Você está na página 1de 15

Dicionário de

termos técnicos do
consultório médico
Do faturamento ao financeiro: os termos que você
precisa conhecer para gerir seu próprio espaço.

1
Abrir o próprio consultório ou ingressar no corpo
técnico de uma clínica é um grande passo na carreira
do médico. É lá que ele terá contato com os principais
desafios da profissão, além de adquirir experiência na
sua especialidade.

Mas, é importante lembrar que nem só de consultas


vive um consultório. Por trás de cada atendimento
existe uma gama de obrigações e regras a serem
cumpridas para que ele se torne algo rentável e não dê
prejuízos. Afinal, estabelecimentos de saúde são um
negócio como qualquer outro e precisam se manter
financeiramente.

Pensando nos desafios enfrentados nesta área,


separamos uma lista de termos técnicos que também
fazem parte do dia a dia do médico - e da secretária
- que se tornam indispensáveis na hora de fazer
cobranças, realizar procedimentos e gerir as contas
do seu espaço de trabalho.
2
1-ANS
A.N.S (ɐ̃ʃ)
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)
é a agência reguladora vinculada ao Ministério
da Saúde responsável pelo setor de planos de
saúde no Brasil. É ela quem faz a parametrização
e a operacionalização dos planos de saúde no
País, determinando as regras e o que é ou não
permitido. Todas as empresas deste segmento
necessitam - obrigatoriamente - de um registro
na ANS para exercer suas atividades no Brasil.

3
o A N S
g i s t r
Re a Nacional de
A g ê
Saúde
n c i
S u p lem e n t a r

2-Registro ANS
Re.gis.tro. A.N.S (ʀɘʒˈiʃtɾu ɐ̃ʃ)
O Registro ANS nada mais é do que uma
autorização da ANS para que uma empresa
opere no setor de planos de saúde privados.
Este registro também é necessário na hora de
firmar o contrato entre a operadora e o prestador
O V A D O
AP R de serviços em saúde, onde procedimentos e
valores serão acordados entre as partes, como
a precificação de tabelas, pacotes e deflatores,
que também serão explicados neste E-book.

4
3-TISS T.I.S.S (tˈis)
TISS é a Troca de Informação de Saúde
Suplementar, padrão estabelecido pela ANS que
define como será feita a troca de informações
entre os prestadores de serviços em saúde e
as operadoras de planos de saúde. O objetivo
é padronizar as ações administrativas, técnicas
e financeiras. Sendo assim, todas as empresas
funcionam de uma só forma, facilitando
extremamente o trabalho.

Basicamente, o padrão é composto por guias


TISS, que existem na forma física (em papel) e
eletrônica (em arquivo XML).

5
4-Guias TISS
Gui.as T.I.S.S (ɐ̃ʃ)
As guias TISS são os documentos enviados
pelos consultórios, clínicas e hospitais para
os convênios, contendo todas as informações
acerca dos procedimentos realizados com
os pacientes, desde simples consultas até
cirurgias complexas. São utilizadas para garantir
a segurança no envio de informações, por
exemplo, quais procedimentos foram realizados
e os valores que foram cobrados para cada
item, como o honorário médico, os materiais
e medicamentos usados, internações e taxas
em geral que devam ser cobradas. Ao enviar as
guias, os convênios conferem as informações e
realizam o pagamento para os prestadores de
serviços em saúde.
6
5-Arquivo XML
Ar.qui.vo X.M.L (ɐɾkˈivu ʃml)
Outra parte fundamental do faturamento
é o arquivo XML. Nele, encontramos em
formato eletrônico todas as guias TISS geradas
fisicamente. Caso a clínica ou consultório utilize
algum software de gestão, ele fica responsável
por gerar automaticamente este arquivo. Se não,
XML
o funcionário responsável pelo faturamento fica
encarregado de digitar todos os procedimentos
manualmente em uma plataforma, o que pode
demorar bastante tempo, principalmente se a
cobrança envolver materiais, medicamentos,
taxas e diárias.

7
tis
tiss TISS

6-Versão TISS
Ver.são T.I.S.S (vɘɾsˈɐ̃w̃ tˈis) tiss
TISS tis
tiss
A TISS também tem versões. Atualmente, a mais

tiss TISS
recente é a 03.03.03, lançada em dezembro
de 2017. E como cada uma possui suas
especificidades, os convênios precisam informar

TISS
em qual delas as guias devem ser enviadas para

tis
que não ocorram erros e todo o processo seja
invalidado. Apesar da obrigatoriedade de que
os processos sejam realizados na versão mais
nova, existem períodos de transição, onde cada tiss TISS tiss
tiss
convênio determinará a data específica que
passará a adotar a versão mais recente da TISS.

8
tiss
TERMINOLOGIA UNIFICADA DA SAÚDE SUPLEMENTAR - TUSS
7-TUSS T.U.S.S (tˈus)
É aTerminologia Unificada da Saúde Suplementar.
DESCRIÇÃO CÓDIGO
Ela reúne todos os procedimentos, materiais,
CONSULTA SIMPLES 01010101 medicamentos, taxas e diárias, e as demais
tabelas de domínio, separados por códigos e
EQUIPAMENTO PARA EXAME CARDÍACO 02056800 descrição, em uma tabela regulamentada pela
SERINGA COM AGULHA 18089756 ANS. A sigla pode se confundir com a TISS, mas
é com os códigos desta tabela que as guias TISS
LENTE INTRA-OCULAR 14979870 são preenchidas, dando a este processo uma
ANALGÉSICOS 06498715
padronização na troca de informações.

EXAME DE SANGUE SIMPLES 65408790 Uma consulta simples, porexemplo, é identificada


pelo código 10101012. Já uma Microcirurgia
EXAME DE SANGUE PARA COLESTEROL 06549798
para Tumores Intracranianos se identifica pelo
INTERNAÇÃO SEM ACOMPANHANTE 03201479 código 31401155. Esta tabela não tem por
objetivo precificar os itens que a compõem, mas,
BISTURI 25807998
sim, padronizá-los.
9
8-Tabelas AMB e CBHPM
Ta.be.las A.M.B e C.B.H.P.M (tɐbˈɛlɐʃ ˈɐ̃b i kbpw̃)
As tabelas no padrão AMB e CBHPM têm como
TABELA PRECIFICADA - CBHPM
finalidade precificar os honorários médicos
indicados na tabela TUSS, definindo assim
VALOR CÓDIGO DESCRIÇÃO
como as clínicas e consultórios irão realizar
as cobranças dos procedimentos médicos. 100,00 01010101 CONSULTA SIMPLES
Ao assinar o contrato com o convênio, ficará
decidido se as cobranças terão como base a 236,90 02056800 EQUIPAMENTO PARA EXAME
tabela AMB (Associação Médica Brasileira), que
utiliza o Coeficiente Honorário (CH), ou então a 1,25 18089756 SERINGA COM AGULHA
CBHPM (Classificação Brasileira Hierarquizada
1.450,00 14979870 LENTE INTRA-OCULAR
de Procedimentos Médicos), que realiza a
cobrança através do Porte. 8,23 06498715 ANALGÉSICOS

52,60 65408790 EXAME DE SANGUE SIMPLE


10
9-Deflator
G U I A T I S S
De.fla.tor (dɘflɐtˈoɾ)
No mesmo contrato que define se a cobrança
dos procedimentos será feita pela tabela AMB
-
1 50%
-- 1035
ORATOR-- 1
ou CBHPM, também fica definida a porcentagem
do deflator. Ela define uma redução em relação à
A L
V EFL L -
D OTA
T
tabela no pagamento do convênio para a clínica
ou consultório, como um abatimento no preço do
que foi realizado. Por exemplo: o contrato define
que a cobrança dos procedimentos ocorrerá
através da tabela AMB92 com deflator de 10%.
Se na tabela determinado procedimento custa
150 reais, o prestador receberá 135 reais, 10%
a menos do que consta na AMB92.

11
10-Pacotes
Pa.co.tes (pɐkˈɔtɘʃ)
Outra forma de cobrar pelos procedimentos
realizados nos estabelecimentos de saúde são
os pacotes. Cada convênio pode criar pacotes
para procedimentos específicos e pagar ao
conveniado um valor específico, sem passar
pela precificação AMB e CBHPM. Em alguns
modelos de pacotes, não existe a especificação
de quanto custa cada item, mas um valor único
que engloba todo o procedimento.

12
O S A
11-Glosas Glo.sas (ɡlˈɔzɐʃ)
G L
Quando existe uma desconformidade contratual
na cobrança de uma conta médica, o valor em
questão poderá não ser pago pelo Convênio.
Chamamos isso de Glosa. Usando o mesmo
exemplo do deflator: se o prestador não aplicou
o deflator de 10% no procedimento que custaria
123 150 reais, chegando assim a 135 reais, o valor
cobrado a mais (15 reais) provavelmente não será
pago pela operadora. Quando a glosa é indevida,
o prestador poderá fazer o que chamamos de
recurso de glosa, para tentar recuperar aquele
valornão pago. Normalmente as glosas envolvem
o não pagamento de materiais, medicamentos,
taxas e diárias. Um dos maiores objetivos dos
pacotes firmados entre prestadores e convênios
é minimizar as glosas.
13
Se você está abrindo o próprio consultório, tenha em
mente que é necessário um entendimento técnico para
administrar determinados processos no faturamento
e financeiro, por exemplo. É importante que o
médico tenha conhecimento acerca desses termos e
procedimentos para que tenha total controle do que
acontece no seu espaço de trabalho.

E para que ocorra o mínimo de erros possível durante


estes processos, é importante que a clínica ou o
consultório disponha de um bom software de gestão.
Com ele, o envio de Guias TISS e glosas são feitos
de forma mais rápida e segura, além do significativo
ganho de tempo em outros setores, como a recepção,
estoque e etc.

14
Estamos há mais de 25 anos no mercado
oferecendo softwares práticos e eficientes para
a gestão de consultórios, clínicas e policlínicas.
Sendo referência na área, possuímos mais de
40 mil usuários licenciados em todo o Brasil.

Nossa missão é organizar e tornar prático e produtivo


o dia a dia dos profissionais de saúde através
das mais modernas e sofisticadas tecnologias e
claro, com toda a segurança que você precisa!

Levar excelência aos nossos clientes, acompanhar


as evoluções tecnológicas e entregar as
melhores soluções é o que nos motiva.

15

Você também pode gostar