No início de sua obra de salvação, quando as atividades religiosas sofriam
rigorosas restrições ideológicas em todo o Japão, Meishu-Sama desenhava imagens de Kannon e as outorgava aos membros da Igreja como obras de arte, sendo esta uma forma alternativa de desenvolver a Obra Divina. Com o término da Segunda Guerra Mundial, e a liberdade religiosa permitindo, agora, a difusão da fé messiânica de forma irrestrita, Meishu-Sama entrou numa fase muito atarefada, o que o fez deixar de desenhar e passar a caligrafar as imagens utilizadas para fins religiosos. Durante sua vida, Meishu-Sama chegou a desenhar cerca de 7 mil imagens. Conservou com ele apenas as imagens de grandes dimensões entronizadas na Sede Geral e outras menores, para uso pessoal, ornamentando com elas seus aposentos e salas. Todas as outras foram outorgadas aos membros da Igreja. Quando já não mais desenhava, chegou a pagar para ter de volta algumas imagens de seu agrado. O ano de 2002 representou o centésimo vigésimo natalício de nosso Mestre Meishu-Sama, o qüinquagésimo ano de inauguração do Museu de Arte de Hakone e o vigésimo ano de abertura do Museu MOA de Belas Artes (em Atami). Neste ano de profundo significado para a nossa instituição, tivemos a permissão de reproduzir, em edição limitada, 5 imagens de Kannon dentre as inúmeras que Meishu-Sama desenhou. Kannon é uma divindade que estende sua misericórdia e salvação a todos os seres, com atuações das mais variadas formas. As imagens de Kannon desenhadas por Meishu-Sama deixam aflorar uma nobreza característica, transmitindo-nos a nítida sensação de que foram elaboradas não por simples prazer, mas sim movidas pelo forte desejo de salvar as pessoas através dessas caligrafias e desenhos. Esperamos que, pela apreciação dessas imagens, possamos ganhar força para o cumprimento da nossa missão de construir o Paraíso Terrestre, o mundo ideal desejado por Meishu-Sama.