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Revolução Humana
Hiromasa ikeda
vice-presidente da SGI
No Prefácio do volume 1 da obra Nova Revolução Humana, o presidente
Ikeda descreve duas razões principais para escrevê-la:
Para Ikeda sensei, redigir esse romance era parte do seu esforço como
discípulo para atestar a grandiosidade do seu mestre, Josei Toda, e
assegurar que o ideal dele perduraria pelo eterno futuro.
Enquanto a Revolução Humana começa com o capítulo intitulado
“Alvorada”, a Nova Revolução Humana inicia com o capítulo “Alvorecer”.
Embora tanto “Alvorada” quanto “Alvorecer” sejam expressões
relacionadas ao Sol, suas nuanças diferem ligeiramente.
“Alvorada” significa a primeira aparição da luz do dia, enquanto o
“alvorecer do sol” ocorre após a alvorada.
Na Revolução Humana, Ikeda sensei descreve como a luz do dia havia
surgido no coração do presidente Josei Toda. Ou seja, Toda sensei
percebeu que ele próprio era um bodisatva da terra e entrou em ação
com base nisso. O que vemos na Nova Revolução Humana é a maneira
como esse fato é herdado por seu discípulo Shin’ichi Yamamoto
(personagem que representa o presidente Ikeda, no romance), que
avança pelo [caminho do] kosen-rufu mundial com a vivacidade e o
ímpeto de um sol raiando.
O volume 1 dessa obra foi publicado pela primeira vez, em japonês, em
formato de livro em 2 de janeiro de 1998, no aniversário de 70 anos do
presidente Ikeda. Dois dias depois, a primeira parte de sua série de
ensaios “Reflexões sobre a Nova Revolução Humana” foi divulgada no
jornal Seikyo Shimbun. Nesse primeiro ensaio, Ikeda sensei reflete
sobre suas rea-
lizações nas décadas anteriores e estabelece metas e objetivos para o
próximo período de dez anos, além de delinear uma perspectiva:
Ele [Shin’ichi] não tomava nenhuma decisão ou agia por mero impulso
ou capricho. Até as decisões mais rápidas eram tomadas tendo como
foco o kosen-rufu e estavam imbuídas da firme determinação de
dedicar cada momento de sua vida a esse propósito. 4
Shin’ichi continua suas viagens pela paz, orando em seu coração nos
lugares que visitava, pela felicidade dos seus amigos e pe-
la prosperidade da localidade deles. “Estava determinado a impregnar o
solo da América com o seu daimoku, oferecendo orações por sua
prosperidade”.5
Essa oração sincera e seu imenso esforço de viajar para nove cidades,
em três países, durante um intervalo de 24 dias, resultaram na
fundação de dois distritos e dezessete comunidades, abrindo o caminho
para o desenvolvimento da Soka Gakkai como um movimento religioso
global.
A última perspectiva consiste em como a tarefa de realizar o kosen-
rufu no mundo inteiro se inicia com o encorajamento da pessoa que
está à nossa frente. Afinal, embora comunidades e distritos possam ser
fundados, são as pessoas que estão no coração da organização.
Em São Francisco, um líder japonês que acompanha Shin’ichi questiona
a falta de pessoas de valor, recebe a seguinte resposta:
O espírito de avançar
Em “Alvorecer”, o presidente Josei Toda brada: “Shin’ichi, viva! Você
precisa viver! Viva o máximo que puder e percorra o mundo!” 7
Na frase “percorra o mundo” (sekai ni iku, em japonês), o ideo-
grama chinês que Ikeda sensei usa para designar “percorra” tem o
matiz extraordinariamente ativo de “avançar com ousadia” ou “seguir
em frente” — não indica apenas a ação [de viajar ou percorrer] em si,
mas também o espírito dela.
O presidente Ikeda considerou o pedido para que “percorresse o
mundo” como ponto de partida de uma incessante jornada pela paz
com seu mestre. Quase no final do último capítulo do volume 1, ele
escreve: “Sua viagem estava chegando ao fim. No entanto, era apenas
o início de sua longa e interminável jornada para a paz”. 8
Na letra da Canção da Revolução Humana é utilizado o mesmo
ideograma empregado para designar a palavra “jornada”, citada na
frase anterior: “Avance, e eu avançarei também, / Apressados em meio
às tempestades de neve, avançamos corajosamente”. 9 Vamos também
avançar em uma interminável jornada para a paz, junto com nosso
mestre, estudando a Nova Revolução Humana.
Principais trechos
Um grandioso palácio de felicidade existe dentro de seu coração. A fé é
a chave para abrir a porta desse palácio.10 (Alvorecer)
Resumo do conteúdo
Alvorecer
Em 2 de outubro de 1960, Shin’ichi Yamamoto parte para as Américas
do Norte e do Sul. Sua visita ao Havaí marca o primeiro passo de sua
jornada pelo kosen-rufu mundial.
Novo Mundo
Em São Francisco, Shin’ichi sugere três diretrizes, que se tornam um
solene juramento para os membros japoneses que vivem nos Estados
Unidos.
Outono Dourado
Em Chicago, Shin’ichi fica impressionado com a dura realidade da
discriminação racial. Ele também visita o Canadá.
Raios Benevolentes
São fundadas comunidades em Nova York e Washington, DC.
Desbravadores
Apesar da saúde debilitada, Shin’ichi visita o Brasil e funda o primeiro
distrito fora do Japão.
Hiromasa Ikeda
vice-presidente da sgi
Gostaria de sugerir três perspectivas para estudarmos o volume 2 da
Nova Revolução Humana.
A primeira delas consiste em como a Soka Gakkai, enquanto
organização, e seus líderes devem se comportar.
O volume 2 abarca o período da posse de Shin’ichi Yamamoto como
terceiro presidente, em 3 de maio de 1960, até dezembro daquele ano,
e descreve como ele incentiva os membros em todo o Japão. Podem ser
lidos detalhes de suas viagens pelo país, desde Hokkaido, ao norte, até
Okinawa, ao sul, tomando pessoalmente a iniciativa de oferecer
palavras de encorajamento a cada um dos membros. Como resultado
de seus extenuantes esforços, a organização se desenvolve de forma
incrível, com o número de distritos saltando de 61, antes de sua posse,
para 124, em todo o país, em apenas oito meses.
No primeiro capítulo, “Vanguarda”, Shin’ichi expressa sua grande
expectativa em relação ao desenvolvimento dos integrantes das
Divisões Masculina e Feminina de Jovens e da Divisão dos Estudantes.
Em seguida, no capítulo “Aprimoramento”, no qual consta a realização
da Segunda Convenção da Divisão Feminina, ele fala sobre a luta
contra os impasses experimentados durante a vida. As importantes
orientações que estabeleceu naquela época ainda hoje são importantes
para nós.
Em todo o volume 2, há uma ênfase em como a Soka Gakkai e seus
líderes devem se comportar, como pode ser visto, por exemplo, na
seguinte passagem do capítulo “Vanguarda”, na qual Shin’ichi enfatiza
a razão da organização — fortalecer a fé dos membros.
Para assentar uma sólida base para o kosen-rufu, no entanto, era
imperativo que estabelecessem mais distritos pelo país. A presença de
organizações locais aceleraria o progresso da fé, prática e estudo.
Também seria vital que contribuíssem para estimular o
desenvolvimento das pessoas, como o solo que nutre o crescimento de
árvores majestosas.
Principais trechos
Existe uma diferença entre seguidor e sucessor. Seguidores se
posicionam na retaguarda, em segurança, longe do combate real e
permanecem alienados no tocante às atribulações vinculadas ao ato de
desbravar um movimento. É provável que aqueles que meramente
seguem a liderança de outra pessoa não consigam cumprir a
responsabilidade exigida dos sucessores.
Um verdadeiro sucessor deve se colocar na vanguarda e hastear a
bandeira da vitória. (Vanguarda)
Resumo do conteúdo
Vanguarda
Imediatamente após sua posse como terceiro presidente, Shin’ichi viaja
por todo o Japão, incluindo Okinawa, local que ainda não havia
retornado ao domínio do Japão, prometendo torná-la uma terra de paz
e felicidade.
Aprimoramento
Shin’ichi dedica-se à promoção de indivíduos indispensáveis ao kosen-
rufu. Ele profere orientações em aprimoramentos ao ar livre para as
Divisões Masculina e Feminina de Jovens (Grupos Suiko e Kayo) e
[promove] um curso de aprimoramento de verão.
Empenho Corajoso
Logo após retornar das Américas do Norte e do Sul, Shin’ichi participa
de reuniões de fundação de diversos distritos no Japão, incluindo
Chiba.
Estandarte do Povo
Shin’ichi faz viagens de orientações às regiões de Tohoku, Kyushu,
Kansai e Chugoku e discute a importância do ambiente familiar para a
educação.
Hiromasa Ikeda
vice-presidente da SGI
A sincera determinação do segundo presidente da Soka Gakkai, Josei
Toda, era promover o kosen-rufu da Ásia com base na predição de
Nichiren Daishonin sobre a transmissão do budismo para o oeste. 1 Toda
sensei confiou [essa missão] a Shin’ichi Yamamoto e a seus jovens
sucessores.
Ao estudar o volume 3 da Nova Revolução Humana, primeiro gostaria
de confirmar o significado desse prognóstico.
Na reunião de fundação da Divisão Masculina de Jovens, em 11 de julho
de 1951, Toda sensei declarou:
O kosen-rufu é a missão que preciso realizar sem falta (...). Nós
devemos propagar a grande Lei pura [do Nam-myoho-renge-kyo] não
apenas para a Coreia, a China ou a distante Índia, mas para os confins
da Terra. Esse é o decreto de Nichiren Daishonin.
Ele também expressou sua decisão de concretizar o kosen-rufu da Ásia
no poema:
Acredito que, como governante, ele procurou realizar aquilo que hoje
chamamos de preservar a liberdade de pensamento e de crença (...),
presumo também que ele tenha tentado evitar com isso a eclosão de
uma guerra religiosa.
Principais trechos
Talvez isso pareça uma ação muito modesta, porém acredito que o
diálogo sincero de pessoa a pessoa é o caminho direto para criar uma
correta concepção sobre a organização. (Índia)
Quando o discípulo procura o seu mestre e decide atuar junto com ele,
a vibração da vida do mestre que vive pelo kosen-rufu também é
transmitida na vida do discípulo. (Raios de Paz)
Resumo do conteúdo
Índia
Em 4 de fevereiro, Shin’ichi visita Bodh Gaya, na Índia, onde
Shakyamuni alcançou a iluminação, e enterra uma placa de granito
dedicada ao kosen-rufu da Ásia.
O Buda
Em Bodh Gaya, Shin’ichi reflete sobre a nobre vida de Shakyamuni
como uma pessoa comum.
Raios de Paz
Shin’ichi visita a Birmânia (atual Mianmar), onde seu irmão mais velho
perdera a vida na guerra.
Hiromasa Ikeda
vice-presidente da SGI
O volume 4 do romance Nova Revolução Humana é ambientado em
1961, ano seguinte à posse de Shin’ichi Yamamoto como terceiro
presidente da Soka Gakkai, uma época em que o movimento pelo
kosen-rufu estava se desenvolvendo de forma dinâmica.
Sementes do crescimento
Durante o seu segundo ano como presidente, Shin’ichi concentrou
esforços no desenvolvimento da Divisão de Jovens, e o capítulo “Folhas
Novas” delineia vários passos essenciais para que os jovens possam
evidenciar seu potencial. Aqui, gostaria de comentar sobre três deles.
O primeiro é despertar para a missão. Mesmo antes de assumir
qualquer posição de liderança, Shin’ichi havia se empenhado em
concretizar os ideais do presidente Josei Toda, assumindo total
responsabilidade pela Soka Gakkai:
Ele [Shin’ichi] sempre assumia as questões da Gakkai como se fossem
de sua responsabilidade, procurando fazer do espírito de seu mestre o
seu próprio para agir sempre como discípulo de Josei Toda. (...) A
determinação de uma pessoa, embora invisível e sem forma, é na
realidade a semente do desenvolvimento.
O segundo passo consiste em decidir a quem ter como mestre. No
mesmo capítulo, há referência a um líder da Divisão dos Jovens de
Kyushu:
Ele atuava tendo como referência a pessoa de Shin’ichi como seu
mestre e como se estivesse na mesma posição que ele. Procurava viver
juntamente com o mestre e olhar para a mesma direção, e não como
uma pessoa que fazia parte de um todo olhando para o mestre.
De fato, a força motriz do crescimento é ter a sincera decisão de
sempre estar ao lado do mestre.
O terceiro passo é encontrar uma maneira de ter equilíbrio entre todos
os aspectos da vida, tanto no trabalho quanto nas atividades da
Gakkai. Shin’ichi incentiva um jovem que está com dificuldades para
participar das atividades por causa do seu atribulado horário de
trabalho dizendo:
Esforce-se na juventude de tal forma que tenha a convicção de ter feito
o melhor em tudo, tanto no trabalho como nas atividades. Isso irá se
constituir numa base muito importante para toda a vida.
Sem falta, o caminho para a vitória se abrirá quando a pessoa decidir
fazer o seu melhor em cada empreendimento, baseando suas ações
numa sincera oração.
Além de definir os pontos fundamentais para capacitar os jovens a
realizar seu potencial, o volume 4 também faz alusão às atitudes
daqueles que são responsáveis por cultivá-los.
O capítulo “Pacificação da Terra” descreve o raciocínio de Shin’ichi
enquanto ele se esforça para manter os jovens constantemente
motivados.
Ele descreve os três princípios observados por ele:
Shin’ichi sabia que o único caminho para conseguir isso seria não
perder de vista o seu mestre, que era a sua fonte de inspiração e o seu
ponto primordial, pois sem uma fonte não pode haver um grande rio.
Sabia também que ele próprio jamais deveria esquecer o espírito de
procura e de desafio para desenvolver a si mesmo, cultivando e polindo
sua capacidade. Certo de que o melhor caminho para os inspirar era
por meio de seu próprio exemplo, jurou agir de modo altruísta e
abnegado, devotando a vida pela felicidade de toda a humanidade.
Espero que aqueles de nós envolvidos na criação de jovens herdem
esse espírito de Shin’ichi.
No capítulo “Folhas Novas”, há também menção sobre uma líder da
Divisão Feminina de Kyushu, que falecera repentinamente em junho de
1961. Ela tinha o grande sonho de visitar a Europa para divulgar o
Budismo Nichiren. O capítulo “Grande Brilho” descreve que durante a
sua primeira viagem de orientações pelo continente europeu em
outubro daquele ano, Shin’ichi fez questão de comprar alguns pratos
decorativos para presentear os filhos dessa senhora. Ele observa aos
seus companheiros:
Muitos tendem a esquecer facilmente os falecidos. No entanto, eu
jamais poderei esquecer os companheiros que lutaram ao meu lado e
compartilharam comigo as dificuldades. Muito mais quando deixam
uma família. Pretendo apoiar essas famílias tanto quanto possível e
sempre estou orando pela sua felicidade.
A Soka Gakkai é o genuíno mundo do incentivo. Vamos abraçar esse
espírito do sensei e continuar a expandir nossa rede de esperança.
Principais trechos
Resumo do conteúdo
Tempestade Primaveril
Shin’ichi participa das reuniões de fundação de diversos distritos em
todo o Japão.
Triunfo
Realiza-se a Convenção Geral da Soka Gakkai comemorativa do
primeiro aniversário da posse presidencial de Shin’ichi com a
participação de representantes dos Estados Unidos e do Brasil.
Folhas Novas
Convenções gerais da Divisão dos Jovens são realizadas em todo o
Japão.
Pacificação da Terra
Shin’ichi explana o tratado Estabelecer o Ensinamento Correto para a
Pacificação da Terra num curso de verão.
Grande Brilho
Shin’ichi parte para sua primeira jornada da paz pela Europa. Diante do
Muro de Berlim, promete dedicar sua vida pela causa da paz mundial.
Volume 5
Hiromasa Ikeda
vice-presidente da SGI
O movimento da SGI pelo kosen-rufu continua a se desenvolver de
forma dinâmica no mundo todo. Os membros da Europa, que
realizaram seu encontro anual em prol do kosen-rufu em janeiro, estão
fazendo grandes progressos sob o lema “Uma Europa com Sensei”,
tomando a liderança do nosso movimento mundial do kosen-rufu com
um ardente senso de sua missão como pioneiros.
Os capítulos “Abrindo Caminho” e “Alegria” do volume 5 da Nova
Revolução Humana detalham a primeira visita de Shin’ichi Yamamoto
[pseudônimo de Daisaku Ikeda no romance] à Europa, em outubro de
1961. Foi de fato uma jornada pioneira, abrindo o portal para a paz e
plantando as sementes do humanismo.
Diante do Portão de Brandemburgo, durante a sua visita à Alemanha
Ocidental, Shin’ichi havia firmado com determinação: “o Muro de Berlim
não mais existirá daqui a trinta anos”. No capítulo “Abrindo Caminho”,
um dos líderes da Soka Gakkai que o acompanhava pergunta se ele
tinha em mente algum plano específico para que isso ocorresse. Em
resposta, Shin’ichi fala sobre a importância de promover o diálogo e o
intercâmbio cultural e compartilha sua determinação de fazer isso
acontecer: “Sei que será uma longa e árdua jornada, mas abrirei o
caminho com perseverança visando os próximos vinte ou trinta anos.
(...) Esta é a minha convicção”. Em conformidade com essas palavras,
o presidente Ikeda buscou ativamente oportunidades de diálogo e
intercâmbios culturais no esforço para abrir o caminho do kosen-rufu na
Europa.
Em Colônia, durante um jantar com alguns empresários alemães,
Shin’ichi fala sobre o humanismo budista com base em Fausto, de
Goethe. Todos os envolvidos desfrutam uma troca calorosa e amigável,
conversando e cantando. Por meio dessa experiência, ele sentiu
profundamente o anseio do povo alemão pelos ensinamentos budistas,
confirmando sua convicção de que era realmente possível que as
pessoas transcendessem as diferenças de nacionalidade ou de cultura,
manifestando entendimento e empatia mútuos.
Na Itália, enquanto observa os prédios e ruas antigas de Roma,
Shin’ichi reflete:
Ele [Shin’ichi] pensou então na realização do kosen-rufu, cujo objetivo
é construir a “cidade eterna” no seio da humanidade. Esse grande
empreendimento não pode ser realizado da noite para o dia. Serão
precisos cem, duzentos, trezentos anos ou mais. Todavia, é uma tarefa
que a Soka Gakkai deverá realizar a todo o custo.
Durante essa viagem, ele também visita a Holanda, a França, o Reino
Unido, a Espanha, a Suíça e a Áustria. As perspectivas que ele
compartilha sobre o kosen-rufu em cada país, sempre se referindo à
história e à cultura específicas, tornaram-se inspiração e diretrizes
motivadoras para os membros da Europa.
Em suas viagens, ele dedica sua energia para encorajar os líderes
centrais. Eiji Kawasaki, que Shin’ichi acabara de nomear como um
contato central da Europa, pergunta o que ele deve fazer e como deve
cumprir com essa responsabilidade. Em resposta, Shin’ichi não sugere
nenhuma ação específica, com o objetivo de cultivar a iniciativa própria
e a independência de Kawasaki como líder:
É muito difícil ser pioneiro. Você tem que pensar em tudo sozinho e
depois fazer tudo sozinho. Você não tem mais ninguém para quem
confiar ou recorrer. Mas é isso que a torna tão gratificante e os
benefícios tão bons.
O capítulo “Alegria” também traz as seguintes palavras: “O que forma a
essência das atividades do kosen-rufu é a conscientização de cada
indivíduo”. Naturalmente, o debate e o consenso são importantes na
condução das atividades, mas vamos gravar em nosso coração que o
kosen-rufu começa quando um único indivíduo decide fazer da paz e da
felicidade, de si e dos outros, sua missão pessoal.
Partido Komei
O capítulo “Leão” descreve como foi formada a Aliança Política Komei,
predecessora do atual Partido Komei no Japão. Shin’ichi esclarece que
essa organização política deve ser um novo tipo de organismo político
dedicado à felicidade de todo o povo japonês, que servirá às pessoas
com um espírito de grande compaixão e que ele não deve existir em
benefício da Soka Gakkai.
Ele também compartilha com os representantes [políticos] suas
profundas expectativas para o novo partido:
Os senhores, como políticos, não precisam se preocupar em prestar
algum favor para a Soka Gakkai. Pelo contrário, sejam grandes políticos
que pensam seriamente na felicidade da população com planos para
cem anos para o nosso país e de mil anos para o bem do mundo.
Espero que prestem bons serviços para a população e sejam políticos
exemplares e admirados pelas pessoas. Sejam leões que protegem o
povo — esse é meu desejo e minha expectativa.
Sobre este ponto, gostaria de abordar dois importantes imperativos nos
quais se baseiam o apoio da Soka Gakkai ao Partido Komei no Japão. O
primeiro é vigiar de perto a política. Isso é algo que o presidente Josei
Toda enfatizou, de forma rigorosa, com base em sua forte convicção
como praticante do Budismo Nichiren e na obstinação de que as
pessoas comuns não podem sofrer devido a políticas corruptas. O
segundo imperativo consiste em permitir que todos os cidadãos do
Japão desenvolvam o bom senso em relação ao julgamento político e à
consciência política. Somente os políticos não determinam a qualidade
de um governo — os eleitores que os apoiam e os elegem são o fator
decisivo para influenciar o curso da governança.
No mesmo capítulo, Shin’ichi expande essa visão: “A verdadeira
reforma política acontece paralelamente ao grau de conscientização do
povo”. E ele continua: “A Soka Gakkai vem despertando e esclarecendo
a cidadania no coração de seus associados para que visualizem o rumo
da sociedade”.
De fato, os membros da Soka Gakkai no Japão mantiveram constante
diálogo para despertar cada indivíduo a se tornar um protagonista na
melhoria da sociedade. Este ano, novamente, os membros japoneses se
orgulham de tais esforços enquanto trabalham para promover ainda
mais o diálogo e demonstrar provas positivas em sua vida.
A fonte do humanismo
A última parte do capítulo “Leão” descreve os eventos de 25 de janeiro
de 1962, o dia em que Shin’ichi foi inocentado de todas as acusações
relacionadas ao Incidente de Osaka.
Em 3 de julho de 1957, ele foi preso sob a acusação de violação da lei
eleitoral, o que, ao final, provou-se ser totalmente infundado. O
julgamento se desdobrou num total de 84 sessões, arrastando-se
mesmo após a sua posse como terceiro presidente da Soka Gakkai em
3 de maio de 1960. Durante esse período, apesar de ter de comparecer
23 vezes ao tribunal, Shin’ichi manteve-se destemido, trabalhando
firmemente para abrir o caminho para o kosen-rufu mundial e para
construir as bases da Soka Gakkai de hoje.
Em uma mensagem para a conferência de representantes das divisões
realizada em janeiro deste ano, o presidente Ikeda lembrou que,
durante o julgamento, seus advogados lhe disseram para se preparar
para um veredicto de culpado. No entanto, alguns membros que
praticavam com ele desde a Divisão dos Jovens trabalhavam
incessantemente para provar quão injusta havia sido a investigação.
Isso também está registrado em detalhes no capítulo “O Julgamento”,
no volume 11, da Revolução Humana. Ele descreve como o juramento
de dedicar a vida à luta pelos direitos humanos começou a se enraizar
no coração de Shin’ichi como resultado dos desafios enfrentados em
Osaka. Esse juramento, afirma, “acabaria por se tornar a fonte de uma
nova correnteza do humanismo que se espalharia amplamente por todo
o mundo na forma do movimento da SGI”. Ele é a base do movimento
da SGI para a paz, cultura e educação, e acredito que herdar esse
juramento é a missão e a responsabilidade de todos os discípulos de
Ikeda sensei.
Principais trechos
Se cada associado ajudasse a ampliar a rede de convivência e de
benevolência em sua respectiva comunidade, o deserto humano da
sociedade moderna poderia ser transformado num oásis de calor
humano. (Abrindo Caminho)
O maior feito de um homem é criar e deixar outro que dá seguimento
ao seu empreendimento. (Alegria)
A questão crucial é o que vamos fazer para edificar o que o presidente
Josei Toda conquistou até então. Se a Soka Gakkai for destruída, não
será mais possível difundir o Budismo Nichiren. (...) Seja como for, não
há outra forma a não ser que os discípulos vençam em tudo
comprovando a grandeza dos seres humanos, e a suprema alegria da
crença religiosa é encontrada nesse triunfo. (Alegria)
As cortinas de uma nova era devem ser abertas com a própria luta e
esforço dos jovens. Em um palco preparado pelos outros, os jovens
jamais poderão atuar como autênticos líderes. Se pretendem liderar a
nova era, esse palco deve ser criado com as próprias mãos. (Vitória)
Na verdade, o poder existe para proteger o povo e não para prejudicar
e fazer sofrer cidadãos honestos. O povo é na realidade o protagonista
da sociedade e do Estado. É preciso combater o poder maligno que age
violando os direitos humanos. Eu declaro que essa é uma missão da
Gakkai. (Leão)
Resumo do conteúdo
Abrindo Caminho
Shin’ichi viaja da Alemanha para a França e para o Reino Unido.
Alegria
Em Viena, Shin’ichi presta uma homenagem à vida e às batalhas de
Beethoven. Em Roma, refletindo sobre a história do cristianismo, prevê
um futuro brilhante para a propagação da Lei Mística.
Vitória
Cem mil membros participam de uma convenção geral da Divisão
Masculina de Jovens (DMJ), enquanto 85 mil moças [também] se
reúnem para a convenção geral.
Leão
Em 17 de janeiro de 1962, a Aliança Política Komei é formada. Em 25
de janeiro, Shin’ichi é inocentado de todas as acusações feitas contra
ele relacionadas ao
Incidente de Osaka.
Volume 6
Aprender com a Nova Revolução Humana | volume 6
Fonte de inspiração
O drama da revitalização
O ano de 1962 foi um período de aceleração dos esforços de
propagação pelos membros da Soka Gakkai.
Numa área da cidade de Fukuoka, havia uma favela conhecida pelos
moradores como Dokan, em referência aos tubos de esgoto
abandonados no local. Aqueles que ficaram desabrigados ou
desempregados após a guerra haviam se estabelecido ali, utilizando as
manilhas como moradia.
O capítulo “Aceleração” detalha como esses indivíduos que foram
marginalizados e deixados de lado pela sociedade japonesa tradicional
começaram a transformar sua vida por meio da prática do Budismo
Nichiren. Embora muitos dos residentes de Dokan sofram com
problemas de saúde, dificuldades financeiras e outras questões, abraçar
a fé no budismo lhes proporciona a luz da esperança e a coragem para
continuar vivendo. Eles experimentam diversos benefícios como
resultado de seus tenazes esforços com base na sabedoria e na
coragem que derivam da fé deles. Através do Seikyo Shimbun, a leitura
dos discursos que Shin’ichi profere em várias reuniões, junto com o
estudo das explanações [de Ikeda sensei] sobre os escritos de Nichiren
Daishonin, serve como uma poderosa fonte de inspiração para esses
membros, permitindo que aprendam o básico da fé.
Shin’ichi está sempre pensando naqueles que mais sofrem ou que estão
enfrentando a maior dificuldade. Ele incentiva uma líder da Divisão
Feminina (DF) a dar o melhor de si para apoiar os tão dedicados e
diligentes membros e a estar constantemente atenta ao bem-estar
deles, oferecendo-lhes apoio e incentivo irrestritos. O presidente
Yamamoto acrescenta que gostaria que ela se esforçasse para manter o
mesmo ritmo que ele: “Essa sintonia equivale à forte determinação de
assumir total responsabilidade pelo kosen-rufu”.
Valorizar e apoiar cada membro — eis o espírito primordial da Soka
Gakkai; nosso compromisso com o bem-estar dos nossos companheiros
é o que inspira a todos.
Principais trechos
O brilho eterno do sol é mantido pela incessante combustão de sua
energia. Viver pela missão é agir a todo instante com incessante
devoção de nossa energia. O esplendor do humanismo que surge dessa
ininterrupta chama da nossa ardente paixão desbravará o novo
amanhã de paz duradoura. (Terra do Tesouro)
Resumo do conteúdo
Terra do Tesouro
Em janeiro de 1962, Shin’ichi parte para uma série de viagens pelo
exterior que abrange sete países, incluindo Irã e Iraque.
Longa Jornada
Ao refletir sobre a vida de Sócrates e o legado de Alexandre, o Grande,
Shin’ichi considera os desafios que o kosen-rufu enfrentará no futuro.
Aceleração
Uma região marginalizada de Fukuoka, conhecida como Dokan
(grandes manilhas utilizadas na canalização de esgotos), é
transformada pelos membros que revitalizam sua vida. O segundo
aniversário da posse de Shin’ichi é comemorado com uma dinâmica
campanha de propagação.
Mares Tempestuosos
Alguns sindicatos, sentindo-se ameaçados pelo sucesso da Aliança
Política Komei nas eleições para a Câmara Alta, perseguem os
membros da Gakkai.
Jovens Águias
Shin’ichi inicia uma série de explanações sobre o Registro dos
Ensinamentos Transmitidos Oralmente para representantes da Divisão
dos Universitários.
Promover a esperança
Brasil Seikyo, Edição 2500, 25/01/2020, pág. 22-23 / Especial
Hiromasa Ikeda
vice-presidente da SGI
O capítulo “Flor da Cultura”, do volume 7, do romance Nova Revolução
Humana, detalha os eventos que se sucederam em novembro de 1962,
quando a Soka Gakkai chegou ao marco de 3 milhões de famílias
praticantes [do budismo] no Japão e, assim, atingiu a meta que lhe foi
confiada pelo segundo presidente, Josei Toda.
Essa conquista pode ser atribuída ao juramento de Shin’ichi Yamamoto
de concretizar o desejo do seu mestre, bem como à obstinada
determinação e ao máximo esforço com os quais ele se engajou nessa
tarefa. De fato, logo que o objetivo é alcançado, Shin’ichi determina:
“Sou seu discípulo e haverei de realizar essa grande meta [3 milhões
de família em sete anos]. Por favor, fique tranquilo e me observe”. É
possível dizer que essa nova meta surgiu de uma profunda consciência
sobre a sua missão e de um senso de responsabilidade com relação ao
kosen-rufu.
No volume 30, o último da Nova Revolução Humana, o presidente
Ikeda declara: “O grande empreendimento do kosen-rufu não pode ser
concretizado em uma única geração. Ele só pode ser alcançado quando
houver a contínua transmissão do mestre para os discípulos e, então,
para sucessivos discípulos das gerações futuras” (BS, ed. 2.449, 31
dez. 2018, p. D1-D8).
Os pensamentos e os sentimentos de Shin’ichi por esses jovens
sucessores também estão descritos no volume 7. Ele enfatiza que, para
garantir o eterno fluxo do budismo, os jovens de cada sucessiva
geração precisam evidenciar os próprios meios mais eficazes para a
propagação dos ensinamentos e dos ideais [budistas] entre seus
contemporâneos. Para isso, ele participa de encontros esportivos e de
concursos de oratória organizados pela Divisão dos Jovens (DJ) e, em
um desses concursos, ele se dirige aos participantes:
O kosen-rufu é um empreendimento que deverá ser concretizado pelas
mãos dos jovens. Para se capacitarem a tal propósito, espero que (...)
conquistem com isso a grande convicção de que o Budismo de Nichiren
Daishonin é absoluto. (p. 240-241)
Trilhar o caminho de mestre e discípulo não significa simplesmente
seguir nosso mestre. Ao contrário, significa que os discípulos assumem
completamente o juramento do mestre, enquanto tomam as medidas
para alcançar esse compromisso compartilhado. Ou seja, concretizar o
juramento do mestre não depende de outra pessoa: cada um de nós,
individualmente, deve assumir total responsabilidade por sua
concretização. Vamos gravar em nosso coração que o caminho de
mestre e discípulo só ganha vida quando os discípulos herdam o
espírito de “levantar-se só”.
Principais trechos
Flor da Cultura
A Soka Gakkai alcança 3 milhões de famílias, uma poderosa rede de
paz. Shin’ichi recebe um convite para se reunir com o então presidente
dos Estados Unidos, John F. Kennedy.
Broto
Em janeiro de 1963, Shin’ichi embarca em uma viagem pelo mundo. A
organização dos Estados Unidos se expande para três localidades
[Honolulu, Los Angeles e Nova York].
Primavera
Durante uma breve escala em Taiwan, no caminho de volta ao Japão,
visitando países e territórios da Europa e da Ásia, Shin’ichi incentiva os
membros de lá.
Leme
Os membros da organização local oferecem apoio aos companheiros
presos em um trem fretado que ficou parado por causa de uma forte
nevasca. Em Taiwan, os membros enfrentam corajosamente as
perseguições.
Volume 8
Aprender com a Nova Revolução Humana | volume 8
Hiromasa Ikeda
vice-presidente da SGI
Em maio de 1963, no terceiro aniversário da posse de Shin’ichi
Yamamoto como presidente da Soka Gakkai, foram criadas novas
regionais nas regiões de Chubu e de Hyogo. Com o acréscimo dessas
duas novas regionais, o número total subiu para 20, com 87 distritos
gerais e 463 distritos. Em setembro do mesmo ano, ficou pronto o
prédio da nova sede da Soka Gakkai em Shinanomachi, Tóquio. Foi um
período de desenvolvimento dinâmico tanto da organização como de
suas instalações.
No primeiro capítulo, “Expansão”, do volume 8, Shin’ichi sente
intensamente que deve construir uma base sólida para o kosen-rufu
mundial durante a sua existência e não gostaria de perder aquela
oportunidade de ouro de propagar o Budismo de Nichiren Daishonin.
Alicerçado pela determinação de preservar por toda a eternidade o
espírito dos seus predecessores — os presidentes Tsunesaburo
Makiguchi e Josei Toda —, que mesmo em face das perseguições
implacáveis dedicaram a vida à consolidação da paz e da felicidade para
toda a humanidade, ele se empenha incansavelmente para desenvolver
líderes com o coração transbordante do espírito da Soka Gakkai.
Portanto, conclama os líderes, em cada região do Japão, a despertar
para a missão e para o senso de responsabilidade pelo kosen-rufu e
instila uma nova determinação no coração de cada membro.
Certa ocasião, numa reunião com alguns diretores da Soka Gakkai,
Shin’ichi relembra uma orientação do seu mestre:
O presidente Josei Toda comentou naquele dia que as orientações não
estavam refletindo positivamente nos resultados das atividades. Disse
que o problema não estava nos membros, mas na consciência dos
líderes em relação à prática da fé e ao desenvolvimento como
responsáveis das respectivas organizações. Ele chegou a dizer que a
causa dessa situação estava nele próprio por ser o presidente e que
deveria se autoaprimorar. (p. 24)
Ao mesmo tempo em que descreve a própria luta de desafiar a si
mesmo para obter o desenvolvimento pessoal, Shin’ichi também solicita
aos diretores que compartilhem desse compromisso.
Num diálogo com alguns líderes da província de Hyogo, ele frisa a
importância de se criar a união:
Os veteranos devem procurar criar jovens valorosos e prezar suas
ideias e opiniões. Nossa organização consegue evidenciar sua
verdadeira força quando os jovens e os veteranos se unem e lutam em
harmonia visando um objetivo. (p. 33)
Posteriormente, durante uma visita a Amami Oshima, uma ilha remota
próxima à costa de Kyushu, ele discorre sobre os obstáculos que podem
impedir a concretização do kosen-rufu, concluindo:
O rigor das condições em que vivem atrapalham suas atividades. Mas,
o fator principal é a indolência no coração dos líderes. “Eu já fiz de tudo
em minha comunidade e é impossível um crescimento maior” ou “Não é
possível alcançar o objetivo que foi lançado” — se existir esse tipo de
pensamento nos líderes, não terão mais êxito em nenhuma atividade.
(p. 61)
Discute também a atitude correta para um líder, observando que “líder”
é outra maneira de designar “aquele que é responsável pelo kosen-
rufu”.
No capítulo “Espada Preciosa”, Shin’ichi devota-se de corpo e alma para
promover o desenvolvimento dos jovens, considerados por ele como a
“espada preciosa” na luta pelo kosen-rufu. No curso de aprimoramento
da Divisão Masculina de Jovens (DMJ), um rapaz lamenta o fato de
haver apenas um pequeno número de membros da DMJ em sua
localidade e a situa-
ção ser muito dura. Shin’ichi responde: “Se você é jovem, levante-se
só. Tudo mudará a partir dessa atitude” (p. 78).
Depois de compartilhar com os jovens as experiências vivenciadas por
ele na Campanha de Fevereiro de 1952, 1 Shin’ichi dirige-se ao rapaz e
diz: “Levante-se como um jovem orgulhoso por pertencer à Gakkai. Irei
acompanhar sua atuação” (p. 79). Ele tenta incutir nesses jovens a
compreensão de que a bravura do mestre diante de obstáculos e
perseguições reside no espírito de levantar-se só.
Fé destituída de dúvidas
No dia 1º de julho de 1963, Shin’ichi comparece a uma reunião de
líderes da Divisão Masculina de Jovens em Tóquio, onde anuncia que a
sétima cerimônia (sexto aniversário de falecimento) em memória de
Josei Toda, marcada para abril do ano seguinte, estabeleceria o início
da “fase essencial” do desenvolvimento da Soka Gakkai. Isso se refere
ao período em que o kosen-rufu se concretiza de forma efetiva, não em
conceito ou teoria, um período em que todas as áreas das atividades
humanas, entre elas, educação, arte, governo e finanças poderão
prosperar à plenitude. Trata-se da época em que os discípulos abrem
suas asas e alçam voo rumo à consolidação do kosen-rufu.
Shin’ichi esclarece que o fator fundamental para alcançar a vitória na
fase essencial é acreditar no Gohonzon com uma fé destituída de
dúvidas que fluísse como um rio cristalino, independentemente do que
pudesse acontecer, e assegurar que a Soka Gakkai sempre se
mantivesse como uma organização de fé pura e límpida.
O capítulo “Correnteza Pura” define a verdadeira natureza das funções
da maldade por meio da análise da conduta de indivíduos que se
aproveitaram da organização ou dos membros por vantagem pessoal e
abandonaram a fé. Eles habitualmente rotulam a Soka Gakkai e o
próprio Shin’ichi de “grandes vilões” e descrevem-se como vítimas que
batalham pela verdade e justiça. Assim operam os “demônios perversos
que se apossam dos outros”.
Forças da maldade buscam semear discórdia entre os praticantes e
causar problemas na organização devotada ao kosen-rufu. A reação aos
boatos mentirosos espalhados por aqueles que abandonaram a fé é
reflexo da condição de vida, do caráter e do conceito de humanismo de
cada um. Portanto, é importantíssimo não se deixar enganar e
reconhecer a verdadeira natureza das funções da maldade.
Esse capítulo detalha as consequências deploráveis enfrentadas por
aqueles que abandonaram a fé. Gravemos no coração a passagem
apresentada a seguir.
No capítulo “Grande Montanha”, do volume 30, da Nova Revolução
Humana, o presidente Ikeda cita as palavras de Toda sensei:
Nesta era dos Últimos Dias da Lei, a Soka Gakkai propagou a Lei para
toda essa multidão de pessoas e a salvou dos sofrimentos. Nos sutras
do futuro estará solenemente registrado o nome “Buda Soka Gakkai”.
Nesse mesmo capítulo, o presidente Ikeda aponta: “Nossa organização,
por ser o ‘Buda Soka Gakkai’, deve criar a eterna correnteza de
sucessores e continuar cumprindo sua grande missão pelo kosen-rufu” .
O kosen-rufu consiste numa batalha incessante e contínua entre o buda
e as funções da maldade. Portanto, mantenhamos uma fé pura por
mais que as tempestades de obstáculos e as forças da maldade
invistam contra nós.
Principais trechos
Mesmo assim, o debate pela justiça deve ser mantido a todo custo e é
essa disposição inabalável que moverá o coração das pessoas na luta
pela paz e felicidade. As pessoas que se empenham seriamente nesse
debate dignificam sua inabalável convicção. (Correnteza Pura)
Resumo do conteúdo
Expansão
Shin’ichi combate a tendência a um comportamento burocrático dentro
da organização. Ele visita Amami, uma das ilhas remotas do Japão,
assentando os alicerces para o desenvolvimento do kosen-rufu.
Espada Preciosa
Shin’ichi declara que a Soka Gakkai ingressará em sua “fase essencial”
em abril de 1964, por ocasião da sétima cerimônia em memória do
presidente Josei Toda. Ele se concentra em treinar os jovens, dando
início a uma série de explanações sobre as Cento e Seis Comparações.
Correnteza Pura
Um escândalo envolvendo alguns líderes da Soka Gakkai revela a
verdadeira natureza das funções da maldade que atuam para obstruir a
organização devotada a realizar o kosen-rufu.
Torrente
O mundo se abala com a notícia do assassinato do presidente John F.
Kennedy. Os membros da Coreia do Sul enfrentam perseguição das
autoridades, com a convicção resoluta de que o inverno sempre se
torna primavera.
Notas:
1. Campanha de Fevereiro: Em fevereiro de 1952, o presidente Ikeda,
na época consultor do Distrito Kamata de Tóquio, deu início a uma
dinâmica campanha de propagação. Junto com os membros de Kamata,
ele quebrou os recordes mensais anteriores de cerca de cem novas
famílias, convertendo 210 novas famílias ao Budismo Nichiren.
2. Campanha de Osaka: Manifestação realizada para protestar contra a
injusta detenção do presidente Ikeda, na época coordenador da
Secretaria da Divisão dos Jovens da Soka Gakkai, pela Procuradoria do
Distrito de Osaka por causa do Incidente de Osaka, no qual ele foi
acusado falsamente de violação da lei eleitoral. Eles se reuniram no
Ginásio Municipal de Nakanoshima em Osaka no dia 17 de julho de
1957, dia da libertação do presidente Ikeda, após duas semanas de
interrogatórios diante de autoridades.
Volume 9
Aprender com a Nova Revolução Humana | volume 9
Inabalável juramento
Principais trechos
Resumo do conteúdo
Nova Era
Em maio de 1964, Shin’ichi visita a Austrália seguindo o itinerário de
uma viagem ao exterior, assinalando o primeiro passo na “era
essencial” da Soka Gakkai.
Jovens Herdeiros
Priorizando o desenvolvimento dos jovens da organização, a quem ele
denomina de “jovens fênix”, Shin’ichi estabelece a DE-Herdeiro e a DE-
Esperança e a DE-Futuro.
Esplendor
Shin’ichi faz sua primeira viagem ao Leste Europeu, observando com os
próprios olhos as contradições impostas por sistemas totalitaristas que
acarretam a opressão do povo.
Expectativa do Povo
Cria-se o Partido Komei. Shin’ichi começa a escrever o romance em
série Revolução Humana em Okinawa.
Nota:
1. “Sete Sinos”: A primeira série de “Sete Sinos” consistiu em sete
períodos consecutivos de sete anos no desenvolvimento da Soka
Gakkai, desde a fundação em 1930 até 1979. Em 3 de maio de 1958,
pouco depois da morte do presidente Josei Toda (em 2 de abril), o
presidente Ikeda, então coordenador da Secretaria da Divisão dos
Jovens da Soka Gakkai, apresentou essa ideia e anunciou metas para
os sete períodos subsequentes de sete anos. No dia 3 de maio de 1966,
ele mencionou uma nova série de “Sete Sinos”, visualizada por ele para
o século 21. Posteriormente, explicou-a de forma mais detalhada,
afirmando que ela se iniciaria em 3 de maio de 2001 e prosseguiria até
2050.
Fonte:
Traduzido do Seikyo Shimbun, jornal diário da Soka Gakkai, edição de
25 de junho de 2019.
Volume 10
Aprender com a Nova Revolução Humana | volume 10
Valorizar cada momento
HIROMASA IKEDA
VICE-PRESIDENTE DA SGI
Principais trechos
Resumo do conteúdo
Castelo do Debate
A primeira parte da Nova Revolução Humana é publicada na edição do
Seikyo Shimbun de 1º de janeiro de 1965. O jornal torna-se diário a
partir de julho do mesmo ano.
Brisas da Felicidade
Shin’ichi viaja para Los Angeles pouco depois da erupção de distúrbios
desencadeados pela injustiça racial. Também vai pela primeira vez ao
México, para onde seu mestre, Josei Toda, sonhara ter viajado pouco
antes de morrer.
Nova Rota
Shin’ichi empenha-se para treinar pessoas valorosas na Europa. Na
Alemanha Ocidental, incentiva jovens que haviam se mudado do Japão
para lá.
Coroa de Louros
No dia 5 de março de 1966, é fundada a Divisão Sênior.
Volume 11
Aprender com a Nova Revolução Humana | volume 11
HIROMASA IKEDA
VICE-PRESIDENTE DA SGI
Principais trechos
Resumo do conteúdo
Luz do Alvorecer
Em março de 1966, Shin’ichi visita o Brasil. Sob rigorosa vigilância
policial, ele encoraja os membros a consolidar a confiança em meio à
sociedade, estabelecendo assim as bases para o kosen-rufu.
Arando a Terra
Shin’ichi viaja para o Peru e destaca o empenho dos membros em
outros quatro países sul-americanos, incluindo a Argentina.
Contínuas Vitórias
O Festival Cultural de Kansai é realizado, apesar do temporal. Shin’ichi
divulga uma proposta clamando pela paz no Vietnã.
Dinâmico Avanço
O Partido Komei obtém sucesso ao disputar pela primeira vez as
eleições para a Câmara Baixa. Em Niigata, Shin’ichi louva a vida de
Nichiren e sua perseverança diante das perseguições.
Nota:
1. O Centro Mundial Seikyo da Soka Gakkai, novo prédio do jornal
Seikyo Shimbun, foi inaugurado em 18 de novembro de 2019.
Fonte:
Traduzido do Seikyo Shimbun, jornal diário da Soka Gakkai, edição de
25 de setembro de 2019.
Volume 12
Aprender com a Nova Revolução Humana | volume 12
O alvorecer dos jovens
Brasil Seikyo, Edição 2520, 20/06/2020, pág. 14-15 / Especial
Hiromasa Ikeda
vice-presidente da SGI
O capítulo “Espírito Comunitário”, do volume 12, da Nova Revolução
Humana, oferece uma descrição detalhada do ambiente de apoio mútuo
existente entre os membros de Matsushiro, uma cidade da província de
Nagano, durante o conturbado período de terremotos contínuos que
começou em 1965 e perdurou por mais de cinco anos. Além do impacto
na infraestrutura da área, os terremotos causaram grandes danos
psicológicos aos habitantes. Apesar dessas condições, os membros de
Matsushiro persistem em seus esforços para expandir sua rede de apoio
e de encorajamento na comunidade.
Principais trechos
A paz mundial não é algo que nós recebemos, mas sim que nós, seres
humanos, devemos criar por meio de nosso esforço e de nossa
sabedoria. É algo pelo qual devemos batalhar e conquistar. (“A Dança
da Vida”, p. 210)
Esperança Renovada
Após celebrar vitoriosamente o sétimo aniversário de sua posse como
terceiro presidente da Soka Gakkai, Shin’ichi parte para uma viagem de
orientações pela Europa e pelos Estados Unidos.
Espírito Comunitário
Shin’ichi visita Matsushiro, província de Nagano, que vinha sofrendo
uma série de terremotos. Em seguida, visita Takayama, em Gifu.
A Dança da Vida
O Festival Cultural de Tóquio é realizado em outubro de 1967, com a
presença de Shin’ichi. Ele também mantém diálogo com o conde
Richard Coudenhove-Kalergi.
Glorioso Futuro
Em 8 de abril de 1968 é realizada em Tóquio a primeira cerimônia de
início de aulas das Escolas Soka de Ensino Fundamental 2 e Ensino
Médio.
Notas:
1. Nota do Editor: O tufão Hagibis, ou supertufão Hagibis, foi um
ciclone tropical de categoria 5 que passou pela região de Kanto no
Japão em 2019 e foi considerado o segundo ciclone tropical mais
intenso no mundo. As origens de Hagibis se deram a partir de uma
perturbação tropical localizada ao norte das Ilhas Marshall em 2 de
outubro. No dia seguinte, o Centro Conjunto de Avisos de Tufão (JTWC)
emitiu um alerta de formação de ciclone tropical. Sua formação
aconteceu em 4 de outubro de 2019, dissipando-se em 20 de outubro
do mesmo ano.
2. K–12 (pronuncia-se “k twelve”, “k through twelve”, ou “k to
twelve”), é uma expressão norte-americana para designar o intervalo,
em anos, abrangido pelo ensino fundamental e ensino médio na
educação dos Estados Unidos, que é similar aos graus escolares
públicos que precedem o ensino superior em países como Afeganistão,
Austrália, Canadá, Equador, China, Egito, Índia, Irã, Filipinas, Coreia do
Sul, Turquia. [Nota do editor: Em 6 de junho de 2018, o Colégio Soka
do Brasil foi certificado como uma escola internacional pelo
International
Baccalaureate (IB), organização sediada em Genebra, Suíça. Como
escola associada, oferece um currículo de dois anos chamado de IBDP,
ou programa de diploma IB, que complementa o currículo oficial do
MEC e confere ao aluno uma certificação de ensino médio internacional
que lhe possibilita oportunidades de admissão em universidades
estrangeiras].
Orgulho e dinamismo
Hiromasa Ikeda
vice-presidente da SGI
No dia 5 de dezembro de 1974, durante a sua segunda visita à China, o
presidente Ikeda se reuniu com o primeiro-ministro chinês Zhou Enlai.
Este ano [2019] marca o 45º aniversário desse encontro.
O capítulo “Ponte Dourada”, do volume 13, da Nova Revolução
Humana, descreve o contexto histórico no qual Shin’ichi [pseudônimo
de Daisaku Ikeda na obra] anuncia sua proposta para a normalização
das relações diplomáticas entre Japão e China, no decorrer da 11ª
Convenção da Divisão dos Universitários da Soka Gakkai, em 8 de
setembro de 1968. Consolidar laços de amizade entre os dois países
também representava um meio para cumprir o juramento do seu
mestre, Josei Toda, o qual nutria um sentimento “intensamente forte e
profundo” em relação à Ásia e, em especial, à China. O presidente Josei
Toda certa vez compôs o seguinte poema expressando essa
determinação:
Planejamento é o segredo
O capítulo “Estrela Guia” destaca a importante tradição da reunião de
palestra dentro do nosso movimento: “Desde a época do presidente
Tsunesaburo Makiguchi, o coração da Soka Gakkai era encontrado
nesse fórum. A própria reunião de palestra havia sido o ponto de
partida para o movimento popular da organização” (p. 122).
Descreve a ação de Shin’ichi de tomar a iniciativa para revolucionar a
cultura das reuniões de palestra. Quando lhe perguntam qual o segredo
para se realizar uma reunião de palestra frutífera, ele declara que o
propósito dessa atividade é servir como um fórum para o diálogo e a
propagação do budismo, e também para transmitir coragem e
convicção aos membros por meio da orientação sincera na fé. Ele
salienta ainda que o sucesso de uma reunião de palestra depende
inteiramente da determinação e capacidade dos líderes responsáveis.
Shin’ichi aponta vários elementos fundamentais para o sucesso dessas
reuniões:
Resumo do conteúdo
Ponte Dourada
No dia 8 de setembro de 1968, Shin’ichi emite um apelo em defesa da
normalização das relações diplomáticas entre o Japão e a China durante
a 11ª Convenção da Divisão dos Universitários.
Estrela Guia
Em setembro de 1968, Shin’ichi viaja de avião para Asahikawa, em
Hokkaido, e, então, para Wakkanai, uma das cidades no extremo norte
do Japão.
Canto da Fortaleza
Em novembro, Shin’ichi faz sua segunda visita a Amami Oshima.
Festivais culturais são realizados em várias regiões do Japão.
Terra da Felicidade
Em 1969, Shin’ichi compõe um poema de ano-novo intitulado Ode à
Construção, dedicado a todos os membros. Em 15 de fevereiro, ele
viaja de avião para Okinawa.
Registrar a verdade
Brasil Seikyo, Edição 2528, 22/08/2020, pág. 14-15 / Especial
HIROMASA IKEDA
VICE-PRESIDENTE DA SGI
Principais trechos
A propagação é a força vital da religião; e a que não propaga seus
ensinamentos é uma religião morta (p. 10). (“Coragem e Sabedoria”)
A paz não se trata simplesmente da ausência de guerra, mas sim de
uma condição em que as pessoas se unem pela confiança mútua
transbordantes de alegria, energia e esperança (p. 97). (“Missão”)
O kosen-rufu é uma batalha para revitalizar todas as esferas da vida —
incluindo a literatura, a educação e a governança — em prol da
felicidade das pessoas
(p. 135). (“Missão”)
Ser uma pessoa descuidada ou distraída indica falta de
comprometimento em assumir total responsabilidade. Se somos sérios
e temos a determinação de não permitir falhas, seremos naturalmente
meticulosos (p. 148). (“Vendaval”)
Os passos dados para alcançar algo importante não são glamorosos. De
fato, na maior parte dos casos, eles ocorrem em silêncio e longe dos
holofotes. Mas esses esforços acumulados possuem a força para
transformar o mundo (p. 254). (“Rio Caudaloso”)
Resumo do conteúdo
Coragem e Sabedoria
Em meio à inquietação estudantil que tomava conta do Japão, Shin’ichi
apresenta várias propostas referentes ao futuro do movimento dos
estudantes e ao reconhecimento da educação como o quarto ramo do
governo. Os membros da Divisão dos Universitários lançam a Nova
Aliança Estudantil.
Missão
São fundados o Grupo Shirakaba (Enfermeiras) da Divisão Feminina de
Jovens e o Departamento Literário.
Vendaval
Em dezembro de 1969, Shin’ichi incentiva os membros de Kansai,
apesar de estar muito doente. O movimento do kosen-rufu continua se
expandindo a despeito da controvérsia deflagrada pelo Incidente da
Liberdade de Expressão.
Rio Caudaloso
O dia 3 de maio de 1970 assinala o 10º aniversário da presidência de
Shin’ichi. Uma nova estrutura organizacional centralizada em blocos
estabelece um novo palco do kosen-rufu. Em setembro, dá-se a
conclusão do novo prédio do Seikyo Shimbun.
HIROMASA IKEDA
VICE-PRESIDENTE DA SGI
Propostas concretas
No outono de 1970, a Soka Gakkai empenha-se com intensa seriedade
às atividades voltadas para a promoção de uma cultura de genuíno
humanismo na sociedade. Na época, o povo japonês estava absorto
com as notícias sobre as doenças relacionadas com a poluição, itai-itai e
Minamata,1 que afligiam partes do país.
Shin’ichi passa a tratar da crescente gravidade da questão da poluição,
contribuindo com um ensaio intitulado “Japão, um Laboratório da
Poluição?” para uma importante revista mensal japonesa. Além disso,
redige texto sobre o assunto para a edição de outono da Toyo
Gakujutsu Kenkyu [Revista de Estudos Orientais] publicada pelo
Instituto de Filosofia Oriental, afiliado da Soka Gakkai. Nesses artigos,
ele discute a poluição da perspectiva de sua relação com a sociedade
humana como um todo. São considerados singulares por identificarem
as formas de raciocínio que acarretaram tal degradação e proporcionam
um direcionamento claro para a solução da questão.
No capítulo “Juramento Seigan”, do volume 30, Shin’ichi relembra que
Toda sensei frisou a importância de apresentar propostas concretas
para a paz da humanidade e, então, tomar a iniciativa de concretizá-
las. Ele apontou as seguintes razões para isso:
Principais trechos
Resumo do conteúdo
Revitalização
Shin’ichi trata de problemas decorrentes da poluição ambiental como o
surto de intoxicação por mercúrio na área de Minamata, e incentiva as
pessoas afetadas. São realizados festivais culturais por todo o Japão.
Shin’ichi publica uma série de poemas, entre eles Ode à Juventude.
Universidade Soka
A Universidade Soka é inaugurada em abril de 1971. Shin’ichi participa
de vários festivais estudantis e revela um caminho para a educação
humanística.
Florescimento
Shin’ichi passa a tirar fotos para incentivar os membros. Laços de
amizade nascem em Kamakura e em Misaki, província de Kanagawa,
por meio de eventos comunitários. Shin’ichi e os membros locais
apoiam o trabalho de socorro aos participantes do Jamboree Mundial
Escoteiro, que foram atingidos por um tufão muito forte.
Nota:
1. Doenças itai-itai (dói-dói) e Minamata, relacionadas à contaminação
ambiental. Itai-itai (literalmente, “ai-ai”) era causada pela ingestão de
cádmio por meio de produtos agrícolas e água durante um longo
período, o que acarretava alterações no metabolismo de cálcio no
organismo e resultava em ossos fracos, malformados e fáceis de
quebrar. Alguns ossos se tornavam tão quebradiços que podiam
fraturar com um simples espirro.
Itai-itai também ocasionava extrema dor nas costas, nos ombros e nos
joelhos, fazendo as vítimas gritarem constantemente — daí o nome “ai-
ai”.
HIROMASA IKEDA
VICE-PRESIDENTE DA SGI
Principais trechos
Quando uma pessoa finalmente se levanta na fé, aqueles que mais se
alegram e recebem os maiores benefícios são os amigos delas, as
pessoas que cuidaram dela, oraram por ela e não pouparam esforços
para apoiá-la. (“Coração e Alma”, p. 20)
É importante ser otimista e enxergar o lado bom das coisas, avançando
constantemente. Há ocasiões em que, embora tenham orado por algo,
a situação não se desenrola como desejam. Lembrem-se, entretanto,
que sempre existe um motivo. No fim, sentirão realmente que tudo
ocorreu da melhor forma. (“Coração e Alma”, p. 32)
Resumo do conteúdo
Coração e Alma
A partir do início de 1972, Shin’ichi se dedica a oferecer orientações a
universitários e membros de vários bairros de Tóquio, assim como para
membros de Okinawa e de outras províncias.
Diálogo
Shin’ichi parte para uma viagem pela Europa e Estados Unidos. Em
maio, encontra-se com o historiador britânico Arnold J. Toynbee na
casa dele em Londres. O diálogo deles engloba diversos temas, como a
natureza da civilização e da religião, abrangendo cerca de 40 horas
num período de dois anos, sendo posteriormente publicado em inglês
com o título Choose Life (Escolha a Vida).
Esvoejar
Em julho, Shin’ichi encoraja membros de áreas assoladas por chuvas
torrenciais. Em 12 de outubro, concluem-se as obras do Grande Templo
Primordial (Sho-Hondo). Vinte e seis anos mais tarde, o prédio é
demolido por Nikken Abe, que reivindicava legitimidade como sumo
prelado da Nichiren Shoshu.
Notas:
1. Dia da Maioridade: Feriado anual japonês para comemorar a
maioridade daqueles que completam 20 anos entre 2 de abril do ano
anterior e 1º de abril do ano corrente. Tradicionalmente celebrado no
dia 15 de janeiro, a partir do ano 2000, foi designado para a segunda
segunda-feira de janeiro.
2. Grande Templo Primordial (Sho-Hondo): Em outubro de 1972, ficou
pronto o Grande Templo Principal, conhecido como Grande Templo
Primordial (Sho-Hondo), no templo principal (Taiseki-ji) da Nichiren
Shoshu, na província de Shizuoka. O projeto de construir esse prédio
para servir como o supremo santuário indicado por Nichiren Daishonin
foi iniciado por Shin’ichi Yamamoto e custeado por doações de um
número incalculável de praticantes. Destinava-se a ser um imenso
edifício onde pessoas comuns poderiam se reunir para orar pela paz e
pela prosperidade de toda a humanidade. No mesmo mês de sua
conclusão, membros de todas as partes do mundo viajaram até o Sho-
Hondo para participar da magnífica cerimônia de inauguração.
3. Nikken Abe: Reivindicava legitimidade como o 67º sumo prelado da
Nichiren Shoshu.
4. Brasil Seikyo, ed. 2.203, 16 nov. 2013, p. A1.
HIROMASA IKEDA
VICE-PRESIDENTE DA SGI
No dia 11 de março de 2020, exatos nove anos desde o terremoto de
Tohoku, o presidente Ikeda publicou um ensaio intitulado O Inverno
Sempre se Torna Primavera. No fim do texto, ele nos conclama a
gravar, mais uma vez, em nosso coração o famoso trecho do tratado de
Nichiren Daishonin, Abertura dos Olhos, que diz:
Eu e meus discípulos, ainda que ocorram vários obstáculos,
desde que não se crie a dúvida no coração, atingiremos
naturalmente o estado de buda. Não duvidem, mesmo que não
haja proteção dos céus. Não lamentem a ausência de
segurança e tranquilidade na vida presente. (CEND, v. I, p.
296)
HIROMASA IKEDA
VICE-PRESIDENTE DA SGI
O Rugido do Leão
No verão de 1973, o romance de Shin’ichi Revolução Humana é
adaptado para o cinema. Ele oferece, pessoalmente, treinamento para
os jornalistas do Seikyo Shimbun.
Gratidão ao Mestre
Shin’ichi participa de cursos de aprimoramento e, depois, visita
Hokkaido, terra natal do seu mestre, para incentivar os membros da
localidade. Na sequência, realiza uma viagem de orientações
percorrendo as províncias de Saitama, Shimane e Tottori e, em
novembro, Tochigi.
Avanço
Shin’ichi realiza uma viagem de orientações para Shikoku. Em Tóquio,
incentiva membros que estavam travando uma árdua batalha em meio
à recessão.
Voo Dinâmico
Em 1974, Shin’ichi incentiva membros da Divisão dos Jovens de Kyushu
que estavam se empenhando para ser bem-sucedidos na vida diária.
Ele visita a Universidade de Hong Kong e a Universidade Chinesa de
Hong Kong.
Notas:
1. Disponível em: http://www.sokayouth.jp/stayhomepj/en/. Acesso
em 11 dez, 2020.
2. Disponível em: https://youtu.be/KqwrUbiVGjM. Acesso em 11 dez,
2020.
3. Grupo Shiraito: Grupo da Divisão Masculina de Jovens, cujo nome se
deve às Cataratas de Shiraito (Fios Brancos), localizada perto do
templo principal, na cidade de Fujinomiya, prefeitura de Shizuoka.
HIROMASA IKEDA
VICE-PRESIDENTE DA SGI
Por mais intensa que seja a escuridão, por mais fustigantes que
sejam as rajadas de ventos, peço-lhes que mantenham no
coração o arco-íris da esperança e avancem com disposição
inabalável. O arco-íris é um símbolo de esperança, ideais e
nobres intenções. E a fé é a fonte de todos esses fatores. (p.
81)
Quando nos deparamos, principalmente, com tempos difíceis, devemos
nos agarrar ao arco-íris dentro do nosso coração ao mesmo tempo em
que criamos um “arco-íris da esperança” no coração dos outros — essa
é a sinceridade de Okinawa e o espírito Soka.
Em maio deste ano [2020], o “arco-íris do incentivo” Soka exibiu suas
cores de forma ainda mais radiante, dissipando a escuridão que a
sociedade ora enfrenta.
Visando o 3 de Maio, Dia da Soka Gakkai, a Divisão dos Jovens (DJ)
lançou um projeto colaborativo para a composição de canções
denominado Utatsukuru. A partir do desejo da Divisão dos Jovens de
encontrar um modo de inspirar a esperança em meio à pandemia da
Covid-19, eles se conectaram virtualmente com participantes de
diferentes países e gerações para criar uma nova canção com o nome
de Step Forward.1
A letra expressa o desejo comum dos jovens de construir o arco-íris da
esperança no coração das pessoas:
you and me
em você e em mim2
Principais trechos
Resumo do conteúdo
Arco-íris da Esperança
Em fevereiro de 1974, Shin’ichi viaja para Okinawa pela primeira vez
após as ilhas terem sido devolvidas para a administração japonesa. Ele
visita as ilhas de Ishigaki e de Miyako, bem como a cidade de Nago ao
norte de Okinawa.
Canção do Triunfo
Shin’ichi viaja para três países das Américas do Norte, Central e do Sul.
No Panamá, encontra-se com o presidente Demetrio Basilio Lakas. No
Peru, promove intercâmbios culturais e educacionais.
Luz do Sol
Shin’ichi profere sua primeira palestra internacional na Universidade da
Califórnia em Los Angeles (UCLA). Participa de várias reuniões, entre as
quais a Convenção Geral da América, e concentra-se em treinar os
jovens.
Torre de Tesouro
A Divisão dos Jovens de Okinawa, Hiroshima, Nagasaki e outras
províncias publicam depoimentos de experiências vividas durante a
Segunda Guerra Mundial, totalizando oitenta volumes e criando ondas
de inspiração pelo país. Shin’ichi participa de uma reunião de palestra
realizada para membros com deficiência visual
Notas:
1. Disponível em: https://youtu.be/KqwrUbiVGjM.
2. Em tradução livre.
3. Esse artigo foi publicado no Seikyo Shimbun, edição de 27 de maio
de 2020.
4. Urumajima: Antigo nome das ilhas de Okinawa.
HIROMASA IKEDA
VICE-PRESIDENTE DA SGI
O volume 20, da Nova Revolução Humana, retrata a primeira viagem
de Shin’ichi Yamamoto à China e à União Soviética, seguida de sua
segunda visita à China, todas elas ocorridas em 1974, no decorrer de
um período de seis meses. Esse volume mostra como a Soka Gakkai,
organização religiosa fundamentada no Budismo Nichiren, conseguiu
manter diálogo com a China e com a União Soviética, países de
ideologia marxista-leninista que nega o valor da religião.
Na época, as relações internacionais estavam cada vez mais
complexas: as tensões da Guerra Fria entre os Estados Unidos e a
União Soviética permaneciam elevadas, ao passo que a China e a União
Soviética atracavam-se por conflitos ideológicos.
Diante desse cenário, em 1968, Shin’ichi havia apresentado uma
proposta para a normalização das relações diplomáticas entre Japão e
China. Essa iniciativa se baseava em sua convicção de que a amizade
sino-japonesa ajudaria a amenizar as tensões entre Leste e Oeste que
vinham se desenrolando na Ásia e, no futuro, levariam à solução das
tensões em âmbito mundial.
Shin’ichi enfrentou uma enxurrada de críticas em virtude dessa
proposta, alguns chegando a questionar por que um líder religioso
deveria “vestir a gravata vermelha” (p. 13). No entanto, ele se
manteve inabalável em sua convicção de que não se pode lutar
realmente pela paz a menos que esteja disposto a assumir todos os
riscos envolvidos. De sua parte, o compromisso com a tarefa de
melhorar as relações entre os dois países era incondicional.
A Soka Gakkai e os ardentes esforços de Shin’ichi pela paz atraíram a
atenção dos líderes chineses e dos soviéticos. Seu plano de visitar
esses países ganhou forma em dezembro de 1973 e se concretizou no
ano seguinte. O propósito da viagem não era promover o budismo em
países soviéticos, tampouco se envolver em negociações políticas.
Antes, buscava dar os primei ros passos para direcionar um mundo que
estava dividido em blocos antagônicos rumo à harmonia e à paz. Como
budista, seu maior objetivo era ajudar a unir um mundo despedaçado
por interesses e ideologias nacionais.
Shin’ichi acreditava realmente que, “independentemente do sistema
social ou político do país em que vivemos, somos todos seres humanos
que nutrem o desejo comum de paz e prosperidade para todos os
concidadãos” (p. 52). Respondendo às perguntas sobre a razão de sua
visita àqueles países socialistas, ele declarou: “Vou para me encontrar
com pessoas (...) Estou realizando essa viagem para construir pontes
de amizade unindo o coração das pessoas” (p. 130). Suas sólidas
convicções é que o motivavam a manter diálogos em prol da paz com a
China e a União Soviética.
Estender a mão para o outro lado
Em maio de 1974, Shin’ichi parte para sua primeira viagem à China,
com a decisão no coração de se tornar “uma ponte da amizade” (p.
129) ligando a China e a União Soviética. Essa determinação se
fortalece por meio dos vários encontros que ele tem com pessoas dos
dois países.
Por exemplo, quando esteve numa escola de ensino fundamental em
Pequim, testemunhou alunos cavando uma trincheira profunda para a
construção de classes subterrâneas e se preparando para um eventual
ataque soviético. Lembrando-se imediatamente dos abrigos antiaéreos
que foram escavados por toda a sua vizinhança durante a Segunda
Guerra Mundial, decide, no fundo do coração, fazer tudo o que puder
para prevenir hostilidades entre os países. Em outro episódio, durante a
sua primeira viagem à União Soviética em setembro daquele ano,
Shin’ichi conhece um museu na entrada para o memorial no cemitério
em Leningrado (atual São Petersburgo) e expressa repúdio e
indignação pela perversidade da guerra.
Por manifestar empatia pelo sofrimento devastador suportado pelas
pessoas comuns dos dois países, sente-se impelido a realizar diálogos,
um após outro, com líderes chineses e soviéticos, entre eles o primeiro-
ministro chinês Zhou Enlai, além de educadores, intelectuais e jovens.
Pouco a pouco, a harmonia da compreensão mútua que transcende
estruturas sociais e políticas começa a repercutir na vastidão daquelas
terras.
Durante a primeira visita de Shin’ichi à China, um representante da
Associação da Amizade Sino-Japonesa lhe assegura: “Acredito que a
China jamais invadirá outro país” (p. 48). Posteriormente, numa
interlocução com o primeiro-ministro soviético Aleksey Kosygin,
Shin’ichi emite sua honesta impressão sobre a visita à China, e a
resposta de Kosygin é a seguinte: “Sinta-se à vontade para informar
aos líderes da China que a União Soviética não atacará o país deles” (p.
213).
Quando esteve na China pela segunda vez, em dezembro de 1974,
Shin’ichi transmite a mensagem de Kosygin a várias autoridades
chinesas, entre as quais o vice-primeiro-ministro Deng Xiaoping, que
atuava como uma ponte entre os dois países. No capítulo “Construindo
Pontes”, Shin’ ichi pondera: “Quando expressamos a verdade
corajosamente, conseguimos abrir a porta do coração dos outros e
permitimos que a luz do espírito resplandeça intensamente. É assim
que se cultivam sementes de confiança” (p. 163).
De fato, a postura de Shin’ichi de manter um diálogo franco e sincero
ajudou a abrir os corações que estavam fechados, criando uma via para
a confiança.
O escritor e comentarista político Masaru Sato abordou recentemente a
diplomacia alicerçada no diálogo adotada pelo presidente Ikeda numa
série intitulada “Estudos sobre Daisaku Ikeda”, a qual está sendo
veiculada na revista semanal japonesa AERA. Na edição de 22 de
junho, ele expressa que, quando revolucionários políticos esbarram
num muro, fazem o que podem para derrubá-lo. O presidente Ikeda,
contudo, estende a mão para os que se encontram do outro lado do
muro e os convida a dialogar. Por meio do diálogo, tenta criar aliados e
cultivar a compreensão entre aqueles que mantêm posições e
perspectivas diferentes.
Realmente, a despeito das diferenças, Ikeda sensei persistiu em
construir redes de paz e de humanismo com pessoas de diversos os
estilos de vida. Quando buscamos o diálogo, removemos todas as
barreiras e fronteiras entre nós.
Um trabalho de paciência e persistência
Ao contrário das expectativas de Shin’ichi, as relações sino-soviéticas
continuaram a se deteriorar após a sua primeira visita a cada um dos
países. Apesar de seus esforços não produzirem frutos de imediato,
Shin’ichi recusa-se a abandoná-los. Afinal, como expõe o volume 16,
ciente da crescente tensão entre Estados Unidos e União Soviética e
entre China e União Soviética, o professor Arnold J. Toynbee, maior
historiador britânico do século 20, confiara a Shin’ichi a tarefa de
dialogar com todos os líderes desses países, com a esperança de que,
assim, um dia isso possibilitaria o diálogo entre eles.
Depois de retornar de sua primeira viagem à China e à União Soviética,
Shin’ichi continua a edificar e a aprofundar o diálogo com líderes de
ambos os países. Quando autoridades chinesas lhe solicitam que se
abstenha o máximo de visitar a União Soviética para não pôr em risco
seus esforços para fortalecer a amizade sino-japonesa, sua resposta é:
“Amo a China. Ela é muito preciosa para mim. Ao mesmo tempo, amo
todas as pessoas. Toda a humanidade é preciosa” (p. 270).
Guiado por sua crença na natureza de buda que reside dentro das
pessoas, e convicto de que, no âmbito mais fundamental, todas
desejam a paz, Shin’ichi se mantém firme no caminho do diálogo.
Dezesseis anos mais tarde, esses esforços para servir de ponte entre
China e União Soviética finalmente começam a prosperar. Em maio de
1989, ocorre, de fato, uma reunião entre o secretário-geral do Partido
Comunista da União Soviética, Mikhail Gorbachev, e o presidente da
Comissão Militar Central e governante da China, Deng Xiaoping, e eles
anunciam a normalização das relações bilaterais. Shin’ichi fica muito
feliz com a notícia.
Nem toda flor que se planta desabrocha imediatamente. Mas, com
convicção ferrenha e ação persistente, nossos ardentes esforços com
certeza frutificarão. Como enuncia o capítulo “Laços de Confiança”,
“Grandes conquistas são obtidas mediante o acúmulo constante de
várias pequenas e inconspícuas ações” (p. 276).
Esse capítulo também contém a seguinte decisão do nosso mestre: “O
kosen-rufu representa a materialização da felicidade da humanidade e
da paz mundial. Como budista, continuarei trabalhando de corpo e alma
para atingir esse objetivo” (p. 273).
Mantenhamos acesa no coração a poderosa chama desse mesmo
ardente senso de missão ao nos empenhar para abrir amplamente o
caminho da paz mundial
Principais trechos
O senhor está absolutamente certo. O trabalho abnegado em prol do
povo e da sociedade é o espírito dos bodisatvas, o espírito do Buda; é a
essência dos praticantes budistas. Sem ação, não há budismo.
(“Caminho da Amizade”, p. 60)
Resumo do conteúdo
Caminho da Amizade
No dia 30 de maio de 1974, Shin’ichi visita a China pela primeira vez e,
durante a sua estada, encontra-se com o vice-primeiro-ministro Li
Xiannian.
Construindo Pontes
No dia 8 de setembro, Shin’ichi faz sua primeira viagem à
União Soviética e, nesse ensejo, encontra-se com o gigante literário
Mikhail A. Sholokhov e com o primeiro-ministro Aleksey Kosygin.
Laços de Confiança
No dia 2 de dezembro, Shin’ichi viaja novamente para a China e, no dia
5, encontra-se com o primeiro-ministro Zhou Enlai. Em seguida, parte
para os Estados Unidos e entrega ao secretário- geral das Nações
Unidas mais de 10 milhões de assinaturas clamando pela abolição das
armas nucleares coletadas pela Divisão dos Jovens da Soka Gakkai.
Além disso, mantém diálogo em prol da paz com o secretário de Estado
Henry Kissinger.
Broto da esperança
Brasil Seikyo, Edição 2556, 20/03/2021, pág. 14-15 / Especial
HIROMASA IKEDA
VICE-PRESIDENTE DA SGI
O capítulo “SGI”, do volume 21, da Nova Revolução Humana, oferece
uma descrição detalhada sobre a formação da Soka Gakkai
Internacional (SGI) e o espírito que embasa sua fundação. A
organização foi instituída em 26 de janeiro de 1975, durante a Primeira
Conferência para a Paz Mundial, realizada em Guam.
Inicialmente, a única afiliada da Soka Gakkai prevista para ser
estabelecida naquele dia era a Liga Internacional de Budistas (LIB),
uma organização mundial em prol da paz destinada a prover assistência
e apoio mútuo a membros que residiam fora do Japão, auxiliando-os a
se manter em estreita comunicação, e coordenar atividades em sintonia
com o progresso contínuo do movimento da Soka Gakkai ao redor do
mundo. Seu foco eram aspectos operacionais da expansão
internacional.
Durante os preparativos para a criação da LIB, porém, tornou-se
evidente para líderes e representantes nacionais que seria necessária,
também, outra organização — que mais tarde se transformou na SGI —
capaz de oferecer aos membros uma orientação sólida na fé. Eles
sentiam que os aspectos operacionais de suas respectivas organizações
poderiam ser geridos por meio da troca de informação entre si, ao
passo que para promover de fato o kosen-rufu mundial seria
decididamente essencial haver um mestre com quem pudessem
aprender sobre a fé e sobre o espírito da Soka Gakkai. E desejavam
intensamente que Shin’ichi Yamamoto atuasse como líder central dessa
entidade internacional.
Após cuidadosa reflexão, Shin’ichi finalmente decide aceitar a
solicitação deles.
O compromisso conjunto de mestre e discípulo — cujo exemplo
verificamos na ardorosa dedicação de Shin’ichi à criação de
pessoas realmente conscientes e capacitadas a trabalhar em
prol da paz e da felicidade da humanidade, combinada com o
desejo ardente dos membros do mundo todo de buscar seu
mestre no budismo — ocasionou o nascimento da Soka Gakkai
Internacional. (p. 29)
Ressonância
Depois de participar de uma reunião comemorativa do 15º aniversário
de sua posse como presidente da Soka Gakkai, Shin’ichi visita a
Europa, onde mantém diálogo com Aurelio Peccei, André Malraux e
René Huyghe.
Coroa de Joias
Durante a sua segunda visita à União Soviética, Shin’ichi recebe o título
de doutor honorário da Universidade Estatal de Moscou e profere uma
palestra comemorativa. Ele se encontra novamente com o primeiro-
ministro Aleksey N. Kosygin.
HIROMASA IKEDA
VICE-PRESIDENTE DA SGI
No dia 6 de agosto (de 2020), data que assinalou a passagem de 75
anos desde o lançamento da bomba atômica sobre Hiroshima, o Seikyo
Shimbun publicou uma entrevista com Keiko Ogura, diretora do
Intérpretes de Hiroshima pela Paz. Nela, a Srta. Ogura,
uma hibakusha, que na época do bombardeio tinha 8 anos, conta que
houve mais duas ocasiões em sua vida nas quais ela experimentara
sensações similares de medo e de apreensão: o acidente na usina
nuclear de Fukushima em março de 2011 e a atual pandemia da Covid-
19. Ela salienta ainda que o espírito de Hiroshima — de jamais parar de
lutar pela paz — se estende além da abolição das armas nucleares,
abrangendo o amplo empenho contra tudo aquilo que imponha uma
ameaça ao direito inviolável da humanidade à vida. Nesse sentido, ela
solicita aos leitores que deem um novo passo adiante.
Uma razão fundamental para estudarmos a Nova Revolução Humana é
o fato de nos ajudar a herdar um forte compromisso com a paz,
alicerçado numa perspectiva histórica por meio da qual jamais nos
esquecemos do que ocorreu há 75 anos, de modo que possamos de
fato abrir o caminho de uma nova era para a humanidade.
O volume 22 narra eventos ocorridos em 1975, ano do 30º aniversário
do lançamento das bombas atômicas sobre o Japão e o fim da guerra.
Com a sólida determinação de mudar o rumo da história e converter o
século 21 em um “século de paz, humanidade e glória; um século sem
guerras, um século de vida”, Shin’ichi Yamamoto viaja extensivamente
ao Havaí, a Hiroshima e a outros lugares para encorajar os membros
Nos preparativos para a convenção nacional de líderes, realizada em
Hiroshima em novembro daquele ano, ele promove vários progressos
audaciosos em prol da paz. Durante um período de dezoito meses, a
partir de maio de 1974, faz três visitas à China e duas à União
Soviética, num esforço para construir pontes de amizade entre o Japão
e esses países por meio de intercâmbios nos âmbitos da paz, cultura e
educação. Em 26 de janeiro de 1975, também foi estabelecida a SGI
(Soka Gakkai Internacional). Dirigindo-se aos membros da Divisão dos
Jovens de Hiroshima, ele descreve o propósito por trás dessas ações:
“Para mim, visitar Hiroshima é algo indissociável da luta pela paz. Faz
parte do meu juramento como discípulo do meu mestre, Josei Toda” (p.
270).
O que impelia Shin’ichi era o ardente desejo de corresponder ao seu
mestre, segundo presidente da Soka Gakkai, Josei Toda, que travara
uma luta de corpo e alma pela paz até o último momento de sua vida.
O presidente Josei Toda, na verdade, havia tido um desmaio na manhã
de uma viagem de orientações marcada para Hiroshima, em novembro
de 1957, e não pôde realizá-la. Poucos meses antes, em 8 de
setembro, ele proferira sua histórica Declaração pela Abolição das
Armas Nucleares, e em novembro planejava discursar numa reunião no
Memorial da Paz de Hiroshima (atualmente conhecido como Museu
Memorial da Paz de Hiroshima) para suscitar uma nova onda em prol
da paz. No entanto, o presidente Josei Toda, que se encontrava
enfermo e cada dia mais debilitado, sofreu um desmaio na manhã de
sua partida. Por essa razão, Shin’ichi, plenamente ciente do forte
sentimento de seu mestre em relação a Hiroshima, sentia que não
poderia pôr os pés na região sem ter alcançado um sólido histórico
pessoal de ações pela paz.
Conforme expõe o capítulo [“Correntezas”], os membros da localidade
“sentiam que o espírito de Hiroshima era o espírito da paz, e que isso
era sinônimo de espírito da Soka Gakkai. Portanto, consideravam
missão sua criar uma correnteza rumo à paz mundial” (p. 115).
O presidente Ikeda escolheu o dia 6 de agosto, data em que a bomba
atômica foi lançada sobre Hiroshima, não apenas para iniciar, mas
também para finalizar a redação da Nova Revolução Humana. Acredito
que essa seja uma expressão do seu juramento como discípulo de
herdar o ardente anseio do seu mestre pela paz e transmiti-la para as
gerações mais novas, assegurando que o espírito de Toda sensei
perdure longinquamente no futuro.
Líderes mundiais reconhecem os esforços do presidente Ikeda por ele
ter se revelado consistentemente um pioneiro em empreender ações
efetivas para a paz. Em última análise, nossas ações concretas são o
que mais importa. O caminho para a paz não existe em algum lugar
distante. Assim como Shin’ichi está convicto de que “o caminho para
acender a chama da paz em nosso mundo turbulento reside em
interagir com os outros de ser humano para ser humano” (p. 41), nós
também podemos dar um primeiro passo criando laços de amizade com
as pessoas bem diante de nós, em nossa respectiva comunidade e
ambiente de trabalho.
Espírito de procura
Em agosto deste ano (2020), celebramos 73 anos desde que o
presidente Ikeda se encontrou com o presidente Josei Toda pela
primeira vez, acontecimento que mudaria o curso de sua vida. Desde
essa ocasião, ele continuou difundindo amplamente o espírito e as
realizações do seu mestre. No capítulo “Novo Século”, constatamos o
seguinte trecho:
Não consigo deixar de sentir que este significativo ano, que assinala o
60º aniversário da posse de Ikeda sensei como terceiro presidente da
Soka Gakkai, constitui o ensejo para aqueles que se consideram seus
discípulos empreenderem esforços ainda maiores para aprender com o
Mestre e transmitir o coração dele aos outros.
Notas:
1. Consulte: IKEDA, Daisaku; INOUE, Yasushi. Letters of Four Seasons,
p. 34.
2. The Lotus Sutra and Its Opening and Closing Sutras, cap. 7, p. 178.
3. Coletânea dos Escritos de Nichiren Daishonin. São Paulo: Editora
Brasil Seikyo, v. II, p. 405, 2017.
HIROMASA IKEDA
VICE-PRESIDENTE DA SGI
No dia 26 de agosto deste ano [2020], após intervalo de quase seis
meses, realizou-se a 46ª Reunião Nacional de Líderes da Soka Gakkai
da Nova Era do Kosen-rufu Mundial, no Auditório do Grande Juramento
pelo Kosen-rufu, em Tóquio. Em sua mensagem para a ocasião [leia no
Brasil Seikyo, ed. 2.530,5 set. 2020], o presidente Ikeda recorda que o
segundo presidente da Soka Gakkai, Josei Toda, e o presidente
fundador, Tsunesaburo Makiguchi, foram presos pelo governo
militarista da época da guerra por se recusarem a comprometer suas
convicções religiosas. E, também, como isso levou Toda sensei a
despertar para sua identidade de bodisatva da terra durante o período
de encarceramento.
O presidente Ikeda declara: “A Soka Gakkai nada mais é que a fileira
de bodisatvas da terra convocados por essa forte determinação de
mestre e discípulo”.
Na mesma mensagem, ele também reitera que a década do 90º
aniversário da Soka Gakkai ao seu centenário em 2030 será crucial e
que devemos estar ainda mais determinados a “ocasionar uma forte
mudança no destino de toda a humanidade”. Em seguida, salienta que
a Convenção Mundial dos Jovens de 27 de setembro assinalará “o
esperançoso início da extensa jornada de mestre e discípulo”. [leia no
BS, ed. 2.534, 3 out. 2020]
Essa Reunião Nacional de Líderes também testemunhou o lançamento
de uma nova canção composta pelos jovens da Soka Gakkai, intitulada
Eterna Jornada com Sensei [Eternal Journey with Sensei (The Song of
Our Vow)]. Inspirada na Nova Revolução Humana, a letra expressa o
juramento conjunto dos discípulos de levar adiante de forma incessante
o espírito de revolução humana e a decisão do mestre condensada no
romance.
A tradição de entoar canções da Soka Gakkai sempre fez parte de
nosso movimento para promover o avanço do kosen-rufu, e o capítulo
“Coragem”, do volume 23, da Nova Revolução Humana apresenta uma
descrição detalhada da composição da Canção da Revolução Humana
(p. 188) em 1976. Aquele ano foi marcado pelo 20º aniversário da
Manifestação de
Osaka1 — ponto inicial da luta de Shin’ichi Yamamoto pela justiça e
pelos direitos humanos — e ele decide compor uma nova canção que
não apenas capte a essência do espírito e da filosofia da Soka Gakkai,
mas também incite a coragem no coração dos membros, uma canção
que desperte neles “o empoderamento para superarmos até obstáculos
mais intimidadores” (p. 188-189).
O capítulo mostra como Shin’ichi empenha-se ao máximo para
encontrar a melhor forma de transmitir, com a letra da canção, o
momento do despertar de seu mestre na prisão durante a guerra. Ele a
escreve e reescreve várias e várias vezes, buscando exprimir esse
momento de profundo despertar espiritual que constitui a pedra
fundamental da convicção da Soka Gakkai, organização que avança em
total consonância com o desejo do Buda. Tal empenho resultou nos
seguintes versos da segunda estrofe: “Se somos realmente bodisatvas
da terra, / então, temos uma missão a cumprir neste mundo” (p. 223).
Assim como a Canção da Revolução Humana tornou-se uma poderosa
força propulsora do movimento pela revolução humana, estou convicto
de que a nova canção da Divisão dos Jovens também gerará um grande
impulso para a concretização do kosen-rufu mundial e motivará os
jovens em seu avanço.
Pode-se dizer que esses dez anos desde que “Empenho Resoluto” foi
escrito consistiram num período no qual nos esforçamos para revelar
nosso potencial como discípulos capazes de incentivar os outros com o
mesmo coração do Mestre, em vez de simplesmente esperar os
incentivos dele.
Hoje, estamos enfrentando uma época repleta de grandes mudanças na
sociedade. Exatamente por estarmos em meio a tempos turbulentos
como estes, desafiemo-nos a seguir em frente como “Shin’ichi
Yamamoto” e realizemos nossa revolução humana individual todos os
dias.
Principais trechos
Sempre existem novos desafios. Hoje nunca é igual a ontem. Por isso é
tão importante ter paixão, coragem e ação para encarar esses desafios.
O esforço infatigável para solucionar um desafio mediante o processo
de tentativa e erro, com o intuito de descobrir o melhor caminho para
fazer algo, acaba se cristalizando como uma expe-
riência muito valiosa. (“O Futuro”, p. 15)
A vida é, em si, um processo de aprendizagem, e aprender enquanto
vivermos é o caminho para uma vida plenamente humana. (“Luz do
Saber”, p. 83)
Quais são os atributos essenciais para ser uma pessoa capaz no século
21? Uma mente altamente culta, coragem e humanismo burilados por
meio de adversidades. (“Coragem”, p. 162)
Resumo do conteúdo
O Futuro
A Escola de Educação Infantil Soka de Sapporo é inaugurada em 16 de
abril de 1976 em Hokkaido, lugar com o qual os presidentes
Tsunesaburo Makiguchi e Josei Toda possuíam forte ligação.
Luz do Saber
A Divisão de Ensino por Correspondência é estabelecida na
Universidade Soka. Shin’ichi encontra-se com os alunos e os incentiva.
Coragem
O Hisho-kai (grupo de estudantes do período noturno) obtém
progressos dinâmicos. A Canção da Revolução Humana é apresentada
pela primeira vez.
Empenho Resoluto
Shin’ichi participa de seminários e cursos de aprimoramento de verão
num esforço para incentivar os membros da Divisão dos Jovens.
Notas:
1. Manifestação de Osaka: Uma manifestação da Soka Gakkai realizada
para protestar contra a detenção injusta do presidente Ikeda, que na
época exercia a função de chefe da Secretaria da Divisão dos Jovens,
pela Promotoria Distrital de Osaka sob a acusação de violações à lei
eleitoral em uma eleição suplementar da Câmara dos Conselheiros
realizada em Osaka no início daquele ano. Foi marcada para o Ginásio
Municipal de Nakanoshima, em Osaka, no dia 17 de julho de 1957, data
da libertação do presidente Ikeda após passar duas semanas sendo
interrogado pelas autoridades. No fim do processo judicial, que se
arrastou por mais de quatro anos, ele foi totalmente inocentado de
todas as acusações.
2. IKEDA, Daisaku. Nova Revolução Humana. São Paulo: Editora Brasil
Seikyo, v. 30-II, p. 359, 2020.
HIROMASA IKEDA
VICE-PRESIDENTE DA SGI
Enquanto limpam,
seus atos irradiam o brilho
do estado de buda. [p. 113]
Principais trechos
Ode às Mães
Em agosto de 1976, a canção “Mãe” é concluída. Shin’ichi compartilha
lembranças preciosas de sua mãe.
Proteção Plena
Shin’ichi dedica-se a capacitar membros do Gajokai, Sokahan e
Byakuren (grupos de bastidores). Ele dá início a uma série de preleções
sobre os escritos de Nichiren, começando com O Verdadeiro Aspectos
de Todos os Fenômenos.
Educação Humanística
Shin’ichi participa de várias reuniões de líderes da Soka Gakkai de
localidade. O departamento educacional promove diversos encontros,
entre os quais uma grande convenção na qual os professores
compartilharam experiências em primeira mão.
Farol
Em vigorosos gongyokais, Shin’ichi oferece orientações para grupos de
executivos, moradores de conjuntos habitacionais e comunidades
agrícolas e pesqueiras.
HIROMASA IKEDA
VICE-PRESIDENTE DA SGI
Chegou a primavera!
Chegou a primavera
do renascimento! [p. 9]
Principais trechos
Aqueles que pensam unicamente em sua própria felicidade tornam-se
ansiosos e fracos, ao passo que aqueles que decidem viver em prol do
kosen-rufu e cultivam uma fé profundamente arraigada desenvolvem
um espírito amplo e resiliente. (“Luz da Felicidade”, p. 73)
Além disso, o rumo de nossa vida é influenciado por nossa boa sorte.
Para acumular boa sorte, é importante ter gratidão. (“Luz da
Felicidade”, p. 80)
Luz da Felicidade
No dia 11 de março de 1977, Shin’ichi participa de um encontro
comemorativo da inauguração do Centro Cultural de Fukushima, em
Tohoku.
Luta Conjunta
Com a determinação de lançar uma nova Campanha de Yamaguchi,
Shin’ichi visita novamente a localidade e oferece orientações a
membros pioneiros sobre como desfrutar plenamente os capítulos finais
da vida.
Brisa Suave
Shin’ichi visita Kita-Kyushu e Saga para incentivar os jovens.
Fortaleza de Pessoas Capazes
Shin’ichi realiza diálogos com membros em Kumamoto, Kyushu.
Nota:
1. Coletânea dos Escritos de Nichiren Daishonin. São Paulo: Editora
Brasil Seikyo, v. I, p. 522, 2014.
Fonte:
Publicado no Seikyo Shimbun de 25 de novembro de 2020.
Volume 26
Aprender com a Nova Revolução Humana | volume 26
Vença com plenitude
Brasil Seikyo, Edição 2576, 21/08/2021, pág. 14-15 / Aprender com a
Nova Revolução Humana
HIROMASA-IKEDA
VICE-PRESIDENTE DA SGI
Principais trechos
Atsuta
Em outubro de 1977, é inaugurado em Hokkaido o primeiro cemitério
parque memorial da Soka Gakkai.
Estandarte da Lei
Em janeiro de 1978, anuncia-se uma nova estrutura de distrito para a
segunda fase do movimento pelo kosen-rufu.
Líderes Audazes
No dia 19 de janeiro, Shin’ichi visita o Centro de Treinamento de
Shikoku. No dia 25, participa de reunião comemorativa de líderes em
Nara.
Avanço Intrépido
No dia 27 de janeiro, Shin’ichi participa da reunião inaugural do Distrito
Honan, em Suginami, Tóquio. No dia 18, comparece à Reunião Nacional
de Líderes da Soka Gakkai no Centro Cultural de Tachikawa, e, no dia
seguinte, incentiva membros da Divisão Masculina de Jovens da região
de Shin’etsu.
Nota:
1. No método de contagem tradicional japonês, considera-se que a
pessoa tenha 1 ano no dia de seu nascimento.
HIROMASA IKEDA
VICE-PRESIDENTE DA SGI
Nesse capítulo, verificamos que esse nobre espírito foi abraçado pelos
três presidentes fundadores da Soka Gakkai — Tsunesaburo Makiguchi,
Josei Toda e Daisaku Ikeda. Creio que, para a Soka Gakkai dar mais
um grande salto avante como movimento religioso mundial, o mais
importante seja nós herdarmos esse espírito e o pusermos em prática
no cotidiano.
Quando o primeiro presidente Makiguchi se converteu ao Budismo
Nichiren, em 1928, “buscou retornar às origens dos ensinamentos de
Nichiren Daishonin e trilhar o grandioso caminho de um discípulo
genuíno, exatamente de acordo com o espírito do Buda” [p. 102], em
vez de meramente efetuar a prática da Nichiren Shoshu, que havia
resvalado para a formalidade e se tornado ritualista como as demais
escolas budistas de longa data no Japão.
Em meio à Segunda Guerra Mundial, o clero da Nichiren Shoshu,
temendo ser perseguido pelas autoridades militaristas [que se
empenhava em unir o país em torno do xintoísmo estatal para apoiar
os esforços de guerra], concordou em aceitar um talismã xintoísta.
Tsunesaburo Makiguchi e Josei Toda foram terminantemente contrários,
o que, subsequentemente, acarretou a detenção deles e a morte de
Makiguchi na prisão, encerrando sua nobre vida de dedicação abnegada
à propagação da Lei.
Determinado a dar continuidade ao compromisso do seu mestre com o
kosen-rufu, o presidente Josei Toda lançou-se à reconstrução da
organização leiga após ser libertado da prisão [em 3 de julho de 1945].
Apesar de continuar apoiando e protegendo a Nichiren Shoshu, ele
tinha consciência do fato de que uma tendência indesejável de
menosprezar os leigos persistia no clero e posicionou-se resolutamente
contra tais sacerdotes.
Com o mesmo espírito que seu mestre, Shin’ichi Yamamoto também
deu o máximo de si para amparar e assistir à Nichiren Shoshu, por
vezes dizendo o que era necessário para manter as relações
harmoniosas entre o laicado e o clero. Muitos integrantes do clero da
Nichiren Shoshu, porém, ressentiam-se dos conselhos de Shin’ichi
sobre o comportamento apropriado e aceitável dos reverendos, e
persistia uma postura de superioridade predominante por parte deles.
O antagonismo do clero em relação à Soka Gakkai torna-se exacerbado
em virtude da manobra secreta de um advogado, envolvido tanto com
a organização quanto com o clero, chamado Tomomasa Yamawaki, cuja
intenção era controlar a Gakkai às escondidas. Por volta de 1976 em
diante, ele começou a espalhar boatos incendiários entre alguns
reverendos, que, manipulados por esses rumores, passaram a difamar
e a atacar reiteradamente a Soka Gakkai.
Em resposta a essas investidas, Shin’ichi considerou “ser imprescindível
ajudar cada membro da Soka Gakkai a estabelecer uma fé profunda e
inabalável e assimilar o espírito de mestre e discípulo Soka de se
dedicar à missão de realizar o kosen-rufu” [p. 142].
Decidido a não deixar uma única pessoa para trás, canaliza sua energia
para oferecer incentivos, viajando para oito regiões fora de Tóquio
entre janeiro e maio de 1978, com o intuito de se reunir com os
membros. Em junho, visita Hokkaido, a nona região de sua jornada de
orientações naquele ano. Durante a sua permanência de dezesseis dias,
percorre a ilha posando para fotos comemorativas com
aproximadamente 5 mil membros e se encontrando com mais de 20 mil
no total.
Aprender com o espírito descrito no capítulo “Justiça” não é relevante
apenas para nós que praticamos o budismo hoje, neste ensejo em que
assinalamos o 30º aniversário da conquista da independência espiritual
da Nichiren Shoshu [em novembro de 1991]; representa o ponto inicial
e o espírito fundamental da Soka Gakkai para o qual as futuras
gerações sempre devem retornar.
Principais trechos
Resumo do conteúdo
Novos Brotos
No dia 9 de abril de 1978, a Escola Soka de Ensino Fundamental 1
realiza sua primeira cerimônia de ingresso. A Escola Soka de Ensino
Fundamental 1 de Kansai é fundada em abril de 1982.
Justiça
Embora a Soka Gakkai se empenhe na prática correta do Budismo
Nichiren, alguns reverendos da Nichiren Shoshu desferem ataques
contra a organização. Num festival de corais realizado em várias partes
do país, os membros dão voz à verdade e à justiça Soka.
Batalha Feroz
Em maio de 1978, Shin’ichi viaja extensivamente para incentivar os
membros de Tóquio, Kagoshima, Fukuoka, Yamaguchi e Hiroshima.
Espírito de Procura
Shin’ichi visita Tohoku e Hokkaido para cultivar “valores humanos”.
Traduzido do Seikyo Shimbun, jornal diário da Soka Gakkai, edição de
24 de março de 2021.
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