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SECRETARIA-GERAL DA MARINHA
70/010.01
CIRCULAR Nº 34/2023
1. PROPÓSITO
A presente norma visa potencializar a capacidade da Força Naval e proporcionar qualidade
de vida aos permissionários de Próprios Nacionais Residências (PNR), em consonância com o
as prerrogativas da atividade militar, à luz da alínea i, inciso IV, art. 50 da referência A, por
meio do emprego da cessão de uso, na espécie permissão de uso, em condições especiais,
admitida pela vigente legislação federal, conforme dispõe o §10, art. 18 da referência B.
2. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Em complemento às orientações contidas na referência C, o presente normativo facultará
ao Administrador Naval contar com mais uma ferramenta na tarefa de conservar, manutenir
e recuperar as condições de habitabilidade dos PNR.
A cessão de uso em condições especiais, na espécie permissão de uso, prevê a
contrapartida não onerosa, aquela em que não há transferência de recursos financeiros.
A aplicação desse recurso de gestão permite ao futuro permissionário promover melhorias
necessárias e úteis no imóvel pretendido e, em decorrência, ser dispensado do recolhimento
da taxa de uso, no montante equivalente às despesas suportadas, conforme instruções
constantes nesta Circular.
Ressalta-se que o interesse público é complementado pela formação da consciência
organizacional no tocante à responsabilidade comum pela manutenção, conservação e
recuperação do patrimônio imobiliário.
Em síntese, a medida em que o permissionário tem a oportunidade de investir no imóvel,
em benefício de sua família, passa a estar comprometido com a preservação dele. Dessa
maneira, a medida normativa fomenta benefícios recíprocos à Família Naval e aos bens
públicos imóveis tutelados pela Marinha do Brasil.
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3. INSTRUÇÕES
3.1. Definições
Para os fins dispostos nesta Circular, considera-se:
a) Permissionário: é o responsável pelo Próprio Nacional Residencial (PNR), em
decorrência de sua ocupação regular;
b) Organização Militar Responsável (OMR): é aquela que tem a atribuição de
administrar os PNR;
c) Contrapartida não financeira: compensação pela contratação de serviços ou
aquisição de material por parte de permissionário com o objetivo de recuperar a condição de
habitação do PNR, dispensando o pagamento de taxa de uso, nos termos e prazos fixados na
presente Circular;
d) Taxa de uso: valor mensal devido pela ocupação regular de PNR, descontado
preferencialmente em Bilhete de Pagamento (BP); e
e) Despesas de manutenção: são despesas necessárias e destinadas a recuperar as
condições de habitabilidade do PNR.
3.2. Responsabilidades
A organização militar, a qual o PNR estiver vinculado, é a responsável pela análise e
aprovação dos requerimentos que visem a ocupação de PNR por meio de contrapartida não
financeira.
O potencial permissionário é responsável pela fiel execução das contrapartidas e
veracidade das informações constantes do requerimento, bem como pela autenticidade dos
documentos fornecidas à OMR.
3.3. Requisitos
São condições necessárias para o emprego da modalidade de contrapartida não
financeira:
a) Existência de PNR não ocupado, em razão de necessidade de serviço de
manutenção e conservação;
b) Falta ou insuficiência de pessoal especializado na OM em serviço de manutenção
residencial ou predial;
c) Falta ou indisponibilidade de recursos orçamentários para o custeio das despesas
com manutenção de PNR; e
d) Necessidade de ocupação imediata por parte do militar requerente.
Identificada uma ou mais condições citadas acima, poderá a OMR deferir o
requerimento do permissionário que requer a ocupação do PNR por meio da modalidade não
financeira, desde que os serviços e materiais requeridos restrinjam-se às despesas de
conservação, manutenção e recuperação das condições de habitabilidade dos PNR, conforme
relação anexa.
3.4. Procedimento
O processo de permissão de uso, na modalidade de contrapartida não financeira,
deverá observar os seguintes procedimentos:
a) Requerimento administrativo do potencial permissionário ao Titular da OM, ou ao
OD, via Superintendência do Patrimônio Imobiliário Distrital, Prefeitura Naval da OMR ou
Divisão responsável pela administração dos PNR, o qual deverá conter:
I) indicação do PNR pretendido;
II) serviços de manutenção a serem executados, podendo conter, se for o caso, o tipo
e quantidade de material empregado;
III) orçamentos para os serviços e materiais, em pelo menos três empresas;
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IV) cronograma de execução dos serviços; e
V) exposição de motivos.
b) O Requerimento para o uso da contrapartida não financeira deverá ser
fundamentado por consistente exposição de motivos.
c) Vistoria inicial do imóvel pelo futuro permissionário, ou representante legal, e de
militar(es) da Superintendência do Patrimônio Imobiliário Distrital, Prefeitura Naval da OMR
ou Divisão responsável pela administração dos PNR;
d) Manifestação formal, por meio de Laudo de Vistoria, da Superintendência do
Patrimônio Imobiliário Distrital, Prefeitura Naval da OMR ou Divisão responsável pela
administração dos PNR que deverá abordar:
I) análise dos orçamentos, de acordo com parâmetros utilizados nas normas que
regulam o processo de pesquisas de preços, e informações que dizem respeito à empresa
vencedora;
II) compatibilidade de mercado em relação ao valor total dos serviços;
III) prazo para conclusão dos serviços;
IV) quantidade de meses de ocupação que poderão ser concedidos a título de
contrapartida não financeira; e
V) posicionamento a respeito da concordância ou não da realização dos serviços.
e) Autorização para o início dos serviços pelo Titular da OM, ou por militar com
delegação de competência para o ato administrativo, por meio de despacho que deverá
prever:
I) que o militar só poderá ocupar o PNR, na modalidade contrapartida não
financeira, após a conclusão dos serviços; e
II) a nomeação de Fiscal para acompanhar a execução dos serviços, o qual poderá
solicitar apoio técnico especializado na Superintendência do Patrimônio Imobiliário Distrital,
Prefeitura Naval da OMR ou Divisão responsável pela administração dos PNR.
f) Comunicação da conclusão dos serviços será formalizada pelo Fiscal à
Superintendência do Patrimônio Imobiliário Distrital, Prefeitura Naval da OMR ou Divisão
responsável pela administração dos PNR, por meio de relatório formal e detalhado da
comprovação dos serviços, que deverá conter:
I) orçamentos;
II) memória de cálculo dos quantitativos;
III) fotografia do antes e depois da execução dos serviços;
IV) planilha de medição;
V) custos unitários; e
VI) totais dos materiais e mão de obra.
g) Prestação de contas a ser realizada pelo permissionário, por meio da apresentação
de notas fiscais e comprovantes de pagamento, junto à Superintendência do Patrimônio
Imobiliário Distrital, Prefeitura Naval da OMR ou Divisão responsável pela administração dos
PNR, em até quinze dias após a comunicação da conclusão dos serviços;
h) Validação dos serviços executados que constará em Laudo de Vistoria elaborado
pela Superintendência do Patrimônio Imobiliário Distrital, Prefeitura Naval da OMR ou Divisão
responsável pela administração dos PNR com sugestão de data para ocupação do PNR; e
i) Autorização para ocupação do PNR a ser formalizada por despacho do Titular da
OM, ou por militar com delegação de competência para o ato administrativo, após a validação
dos serviços executados, e deverá dispor sobre:
I) data para ocupação do PNR;
II) tempo de duração da contrapartida não financeira; e
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III) determinação para que a implantação da Taxa de Uso na folha de pagamento do
permissionário ocorra no mês subsequente ao término da contrapartida não financeira.
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4. VIGÊNCIA
Esta Circular entra em vigor na presente data.
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Anexo da Circ no 34/2023, da SGM.
MARINHA DO BRASIL
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Continuação do anexo da Circ no 34/2023, da SGM.
29. Reparo/substituição/instalação de tanque de lavar roupa (louça ou cerâmica, plástico
ou de fibras, mármore sintético, aço inoxidável etc.)
30. Manutenção em instalações elétricas (tomadas, interruptores e respectivos espelhos,
quadros, fiação, disjuntores etc.);
31. Serviço de carpintaria;
32. Reparo/substituição/instalação de armários planejados;
33. Tratamento de infiltrações no teto, paredes e pisos, utilizando-se soluções e técnicas
comumente aceitas no ramo da construção civil;
34. Construção de valas de infiltração no terreno do PNR, com a utilização de manta
geotextil, tubo corrugado e brita, conforme a necessidade do local;
35. Enchimento de paredes (primeira e segunda fiada) com argamassa e aditivo
impermeabilizante;
36. Execução de impermeabilização de parede, com refazimento do emboço/chapisco com
aditivo impermeabilizante;
37. Revisão de coberturas (telhados, com substituição de telhas, e lajes
impermeabilizadas); e
38. Reparo/substituição/instalação de captação de água dos telhados (calhas de chuva).
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