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Círculo Iniciático de Hermes

O Rubi Estrela
Sub figura XXV

A. · . A. · .
Publicação em Classe D.
Imprimatur: N. Fra. A. · . A. · .

1 - De frente para o Leste, fazendo o Sinal de Banimento, diga com vontade: APO PANTOS
KAKODAIMONOS (“Afastem-se Espíritos Profanos”)
- a testa e diga: SOI - " A Ti"
- toque o sexo e diga: O FALLE- "O Falus"
- toque o ombro direito e diga: ISCUROS - " A Força"
- toque o ombro esquerdo e diga: EUCARISTOS - "Eucaristia; graça divina"
- junte as mãos no peito e diga: IAO - " O Deus dos Gnósticos; Ísis ( As Forças da Natureza) Apophis (são
destruídas) Osiris ( e renascem)"

3 - Continuando de frente para o Leste, coloque as mãos na face, envergando o corpo para trás, inspirando
profundamente, imagine um Pentagrama dentro da cabeça, bem nítido e então, fazendo o Sinal do que Entra,
lance-o para frente, dizendo THERION.
4 - De frente para o Norte, repetindo o gesto anterior, lance o Pentagrama para frente e diga NUIT.

* Caso o estudante não tenha percebido, está girando no sentido anti-horário.

5 - De frente para o Oeste, repita o processo anterior, e sussurre BABALON.


6 - De frente para o Sul, repita o processo anterior e diga firmemente HADIT
7 - Completando o círculo, faça o Sinal de Banimento com energia e diga IO PAN, pisando forte com o pé
direito.
8 - Faça os sinais de N.O.X..
9 - Na posição de Cruz (os braços abertos e os pés juntos), o estudante repetirá:
- PRO MOU IUGGES - (a minha frente Iugges)
- OPISO MOU TELETARCAI - (atrás de mim Teletarcai)
- EPI DECIA SYNOSES - (a minha direita Sainoses)
- EPARISTERA DAIMONES - (a minha esquerda Daimones)
- FLEGEI GAR PERI MOU O ASTHR TON PENTE - pois ao meu redor flamejam os pentagramas
- KAI EN THI STHLHI O ASTHR TON EX ESTHKE - e na coluna do meio brilha a estrela de seis
pontas.

10 - Repita a Cruz Cabalística, a parte 1 e o ritual estará encerrado.

No 777, a pedra Rubi Estrela, representa a energia masculina da Estrela Criadora.

" COMENTÁRIO (KE) 25 é o quadrado de 5, e o Pentagrama tem a cor vermelha de Geburah.


O capítulo é uma nova versão, mais elaborada, do Ritual de Banimento do Pentagrama.
Seria impróprio comentar mais sobre um ritual oficial da A. · . A. · .
OBS.: (14) O sentido secreto destas palavras é revelado na numeração de cada uma." Liber 333

Data da última revisão: 26/10/2003 – Hora:18:47 Página: 1


E-Mail: goya@rosacruz.com.br
Círculo Iniciático de Hermes
Curitiba, 11 de setembro de 2002. 13:05
In Sol 18º43’ Virgem e Lua 21º22’ Escorpião

Observações sobre o Rubi Estrela


Por: Fr. Goya (Anderson Rosa)

Nomes e frases usadas:

Apo Pantos Kakodaimos – Afastem-se, espíritos profanos (grego)

Sol – A Ti – 280 – Número de quadrados na sala dos adeptos


O Pahhe – falo – 1369 x 37(2) – Yechidah – Aspecto consciente Atribuído a Kether
Ischuros – Forte, poderoso – 1580 – 20 x 79
Eucharistos – benção, misericórdia – 1886 = 2 x 23 x 41
IAO – 811 (Haddit 8 + Nuit 11) ou 881 grego
Nuit – 11 ou Nuith/Nuiq – 469
Babalon – 156
Io Pan
Pro Mou Yunges – diante de mim Yunges/Iynges
Opiso mou Teletarchai – Atrás de mim Teletarchai
Epi Dexia Sunocheis – Na minha mão direita Synoches
Eparistera Daimones – Na minha mão esquerda os daemones
Phlegei Gar Peri Mou ho Aster Ton Pente – Acima de mim flameja a estrela de 5 pontas
Kai en tei Stelei ho Aster Ton hex hesteke – No pilar permanece a estrela de 6 raios
Kalodaimon – belo gênio
Erws – Eros – 375 – Salomão
Yuch – Psique – 1708 – A forma do ágape Y + CH
Therion – Qhrion – 247
Sthlhi – Stele – Estela da revelação
Hadith – Adiq – 315
Nox – Noite de Pan, a sublime escuridão velada pela luz inefavel (2Lo?)
Iugges – 621
Swastika – 17
Sunoces – 1525 = 5 x 5 x 61 – kali
Daimonos – 445; almas dos homens da era de ouro, o laço entre os deuses e os homens – segundo Hesíodo.
445 – Otzb Otzbvn, dor, problema, miséria
orpl – densa névoa, escuridão
Jewry – O lugar de sua dificuldade 380 – Multiplicação 1 a 1 das letras de IHVH pelos valores de ADNI
Teletarchai – Iniciador (grego)
Aspirante – o homem da terra

Curitiba, 16 de setembro de 2002. 18:39


In Sol 23º49’Virgem e Lua 0º54’ Aquário

Mais Observações sobre o Rubi Estrela


Por: Fr. Goya (Anderson Rosa)

1) Soi – 280, Sp, indica a posição do mago na arvore da vida, na interseção dos caminhos de Sameck e Peh,
olhando para Tiphareth ao longo do pilar do meio. Soi é a mais poderosa manifestação do próprio anjo
guardião.

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Soi é um dativo que significa “a ti”. Ele direciona a ação ao vocativo Q Falle, o falo.
Q Falle soma 1366, o produto de 2 primos, 2 e 683. A palavra Falle como 566 é equivalente a DVS,
segredo, encanto, que também é o produto de 2 e 283.
Esse último número é equivalente a “aurum inclusun”, ouro confinado, ou RVGS BHZ.

A palavra Falloc na forma nominativa soma 831, assim como Pyramic (Pirâmide) é o caminho para
a iniciação.
831 é o produto de 3 e 277, e tardiamente em hebraico se refere a DRZ, “ semear”, espalhar,
propagar, semente, esperma, sêmen. Phallus refere-se a Yesod, e até certo ponto a Malkuth.

2) A palavra Isxuroc significa forte, poderoso, também enrijecer, duro, duradouro, severo, grande, excessivo.
Seguindo o padrão de LBR, essa palavra é atribuída a Geburah, e reflete a vigorosa conotação deste
significado.
Seu valor é 1580, o produto de 20 x 79. Reflete um elemento de dualidade perfeita e união. O
número 79, que dos 2 pilares do templo (Zob e Yixai), é um primo não listado no 777. A palavra Euxaristoc ,
1886, é o produto de 2, 23, 41. Os últimos dois números são atribuídos a pentagramas (23=2+3=5;
41=4+1=5). O conceito de eucaristia ou sacramento deriva do prefixo eu, ,significando bom ou bem, e o
verbo Xarizomai significa favor ou gentileza, gratidão, indulgência, favorecimento, concordância ou garantir
um favor.
Em contraste com Isxuroc, essa palavra é atribuída a Chesed e seu significado encaixa bem com essa
posição no pilar da misericórdia. Euxaristoc , interpretada como comunhão, pode ser facilmente interpretado
como um número de níveis ou graduação.

3) IAQ. Pela gematria, o número de iaq é 811, um número primo. O equivalente grego da palavra AIQ
significa: eu respiro, eu vivo, eu sei. Este é um quinto elemento, que quando adicionado a cruz cabalística (do
BMB) cria a figura de um pentagrama, ou se posta num plano superior, indica o ápice da pirâmide.
IAO é incluído como um dos 7 elohim, os filhos da antiga mãe Sophia. Na fase primordial são os 7
poderes elementares, lutando com o caos, ilegalidade e perda de tempo. Foram os primeiros nascidos da mãe
no espaço, e os 7 companheiros passaram à esfera do templo, como auxiliadores de Kronos, ou filhos de Pan.
Linhas 4 a 7:
Xaoc, babalon, eroc, wuxh (Book of Lies 1)

1
O RUBI ESTRELA Publicado no Liber 333 – O livro das Mentiras (falsamente chamado)

Encarando o Leste, no centro, inspira fundo, fundo, fundo; fechando tua boca com teu dedo indicador direito
pressionado contra teu lábio inferior. Então, lançando abaixo a mão com uma grande varredura para trás e
para fora, expelindo violentamente teu ar, grita APO PANTOS KAKODAIMONOS
Com o mesmo indicador, toca tua testa, e dize SOI; teu membro, e dize: O PHALLE (14); teu ombro direito, e
dize ISCHUROS ; teu ombro esquerdo, e dize: EUKARISTOS; então fecha tuas mãos, entrelaçando os dedos,
e grita IAO. Avança para o Leste. Imagina fortemente um Pentagrama, diretamente em tua testa. Levando as
mãos aos olhos, lança-as adiante, fazendo o sinal de Hórus, e ruge KHAOS. Retira tuas mãos no sinal de
Hoor-pa-kraat.
Volta-te para o Norte e repete; mas grita BABALON
Volta-te para o Oeste e repete; mas dize EROS
Volta-te para o Sul e repete; mas berra PSYCHE.
Completando o círculo, recua para o centro e eleva tua voz em homenagem, com as palavras IO PAN e com
os sinais de N.O.X. Estende os braços na forma de um Tau, e dize baixo, mas claro:
PRO MOU JUNGES / OPISO MOU TELETARCHAI / EPI DEKSIA SYNOCHEIS / EPARISTERA
DAIMONES / EPARISTERA DAIMONOS / FLEGEI GAR PERI MOU O ASTER TON PENTE / KAI EN TH
STELE O ASTER TON HEX ESTHKE

Repete a Cruz Cabalística, como acima, e termina como começaste.

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Jhrion, nuij, babalon, adij (Magick)2

4) Xaoc soma 871, o produto dos primos 13 e 67. Refere-se a chokmah. É a personificação do espaço, o
primeiro estado da existência. Sob este aspecto é o equivalente grego de Nuit, mas masculino. Representa o
elemento terra.

5) Babalon soma 156 em grego e hebraico. A relação entre caos e Babalon pode derivar dos mitos egípcios.
Ali ela aparece representando o elemento ar e é atribuída a Binah. Como complemento do Caos, ela
representa o estado mais sublime de Nuit. Ela é conectada ao caos pelo caminho da imperatriz – o cruzamento
da cruz hierofântica.
A criação, in sricto sensu, começa com o significado da recordação dos ciclos de tempo. Esses 7
elohim foram reduzidos a um. O nome Sevekh significa as sete dobras, doravante as 7 cabeças do dragão, o
dragão que é de sete e também um oitavo, como dito nas revelações. Nele os sete poderes são unificados,
como encontrados em ea, iao, chnubis, e vários outros deuses. Chefes que tomaram os poderes primários
num único supremo, quando a unidade foi atingida finalmente. Por isso nenhum deus único fez-se conhecer
pelo homem por uma revelação primitiva.
Saturno = Dragão da Vida
A prostituta sagrada, mãe de mistério, segura na sua mão a sujeira de sua fornicação. Este é o
emblema do masculino e feminino representado pelos egípcios pelo centro polar.
O útero da criação é identificado pela constelação da coxa, chamada de Khepsh de Typhon, o velho
dragão, no local norte do nascimento do templo no paraíso. Ambos girando sobre o pólo do céu, ou o terceiro,
como é chamado, que figura no centro do movimento estelar. Por essa razão Babalon esta no norte. Caos e
Babalon então, representam uma polaridade ou arquetípico primitivo de masculino/feminino.

6) Eroc soma 375, ou 1105 se um q é usado. É o deus que representam os aspectos mundanos do amor. É
filho de Afrodite e caos – ou ares ou Hermes. É atribuído a Netzach.

7) Wyxh soma 1708, que é produto de 61 x 7 x 2 x 2. A palavra refere-se a anima, o sinal da vida, o espírito,
a alma como oposição ao corpo; o lugar da vontade, desejos ou paixões; ou alma, mente, razão ou
compreensão.
De vários modos esse valor de Eros é atribuído a Hod. Como complemento de Eros é a barra inferior
da cruz hierofântica. Existe uma expectativa de atribuí-lo ao ar, mas é especialmente atribuído ao fogo no sul.
Existe uma relação entre essa palavra e a fórmula da rosa-cruz.
Também a seqüência de 4 induz a descida das forças. Essa seqüência de quatro palavras, feita com os
movimentos do sinal do que entra e o sinal do silencio em cada direção cardinal, reflete mais a aproximação
clássica e uma primeira compreensão da personificação das forças por Crowley.
Em Magick existe uma mudança de ênfase, e os símbolos que aparecem são mais thelêmicos. De
qualquer modo, existe aqui uma diferença no fluxo das forças como se segue:
Jhrion soma 247. A palavra é usada no sentido da grande besta, preferencialmente ao invés de um animal
selvagem, especialmente macho. É atribuído a touro, se considerado sua posição cardinal, ou a HOD.

COMENTÁRIO (KE) DO CAP. 25 do Liber 333

25 é o quadrado de 5, e o Pentagrama tem a cor vermelha de Geburah. O capítulo é uma nova versão, mais
elaborada, do Ritual de Banimento do Pentagrama. Seria impróprio comentar mais sobre um ritual oficial da
A .'. A .'.
OBS.: (14) O sentido secreto destas palavras é revelado na numeração de cada uma.
2
Segundo alguns, durante esse trecho do ritual, deve-se visualizar para a seqüência, as seguintes cartas do
tarot: Therion=Diabo, Babalon=Luxúria, Nuit=Estrela e Hadit=Aeon.

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5) NUIT ou NUIJ soma 469. É o produto dos primos 7x67. e tem a influência nos conceitos de gêmeos,
ZAIN, e BINAH. 67 representa o útero da mãe contendo os gêmeos. É a epítome do elemento ar. É atribuída
a aquário. Representa a mãe arquetípica, sendo atribuída a BINAH.

6) BABALON é igual a 156 ou 12x13. é a manifestação física de NUIT. A epítome da fêmea ou o reflexo de
BINAH em NETZACH, na base do pilar da misericórdia. É atribuída ao elemento água. é o complemento de
THERION e é atribuída a escorpião.

7) ADIJ tem o valor gemátrico 24. HADIT é o complemento de NUIT, e representa o elemento fogo. NUIT é
a infinita expansão e HADIT a infinita contração. É atribuído a leão, estando no topo do pilar da misericórdia,
em CHOKMAH o círculo de banimento é completado voltando-se para o leste. O círculo possui um aspecto
macrocósmico.

8) VIR, MULIER, PUER, PUELLA, indicam a seqüência no Tarot e em IHVH VIR=Capricórnio,


3
MULIER=Câncer, PUER=Áries e PUELLA=Libra.
Ou seja:
Capricórnio - Diabo
Câncer - Carruagem
Áries - Imperador
Libra - Ajustamento4

3
Sinais de NOX, segundo Liederkanz, Paul the Oriflame, 1974.
4
Devemos aqui fazer uma outra observação importante. Comentamos numa nota anterior (nota 2), que alguns
atribuem cartas do Tarot de Thoth em determinados momentos do ritual. Isso é uma incoerência em vários
sentidos, como pretendemos explicar. A primeira publicação desse ritual se deu em 1913, na publicação do
Livro das Mentiras. Na ocasião, Crowley ainda não havia publicado o Livro da Lei (LIBER AL). Este, foi
publicado pela primeira vez em 1926, 24 anos depois de seu recebimento. – Inclusive, essa demora na
publicação é um dos argumentos contra a data de 1904 como sendo a data original do recebimento do Liber
Al. Mas isso é comentado em outra documento, não havendo necessidade de nos estender aqui. – E na época
do Livro das Mentiras, Crowley não usa símbolos thelêmicos no ritual. A segunda incoerência que apontamos
é que a próxima publicação do Ritual Rubi Estrela acontece em 12 de abril de 1929 com a publicação de
Magic(k) in Theory and Pratice. Dessa vez, Crowley altera o ritual, atribuindo a ele valores relativos ao Livro
da Lei.
Mas o Tarot de Thoth só foi concluído em 1942 e publicado pela primeira vez em 1944, sendo publicado
como The Equinox, Vol. III, Nº5. Este foi o último trabalho de Crowley, antes de sua aposentadoria em
Hastings, onde faleceu em 1º de dezembro de 1947.
Logo, o que nos interessa dizer é que Crowley não fez nenhuma menção ao Tarot de Thoth até porque o
mesmo não existia. Se voltarmos a 1915, veremos no Astrology de Crowley uma descrição das citadas cartas
do tarot sem qualquer citação da magia sexual. O que podemos concluir dessa verificação, é que se há alguma
relação do Tarot de Thoth com o Rubi Estrela, é o fato de se usar o Tarot como depósito de um
conhecimento,e portanto, Crowley deve ter guardado nas cartas, material relativo ao Rubi Estrela e a práticas
de Magia Sexual, mas são coisas independentes, e não interconectadas pela prática do ritual. Dizemos isso até
mesmo porque cada uma das cartas sugeridas para visualização nesse ritual é relativa a uma determinada
prática de Magia Sexual. E a menos que o magista pense em trabalhar com as quatro técnicas ao mesmo
tempo, é incoerência invocar essas forças ao mesmo tempo.
Nos comentários do Livro das Mentiras Cap.25, Crowley ainda nos dá uma pista de que há algo mais do que
apenas um ritual de defesa no Rubi Estrela. Segue o referido trecho: “25 é o quadrado de 5, e o Pentagrama
tem a cor vermelha de Geburah. O capítulo é uma nova versão, mais elaborada, do Ritual de Banimento do
Pentagrama. Seria impróprio comentar mais sobre um ritual oficial da A .'. A .'.
OBS.: (14) O sentido secreto destas palavras é revelado na numeração de cada uma.” – Negrito por
Frater Goya.
Mas se não invocamos as forças simultaneamente, como devem ser usadas as cartas? Na verdade, cada carta
serve apenas como apoio ao praticante, para despertar forças internas, atraindo a si determinadas forças pelo

Data da última revisão: 26/10/2003 – Hora:18:47 Página: 5


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As quatro linhas, YUNGES, TELETARCHAI, SUNO, CHEIS, DAIMONES, colocam o mago no
cruzamento dos caminhos de SAMECH e PEH, a posição padrão da árvore da vida, voltado para leste, ou
talvez pouco acima no caminho de SAMECH, mas abaixo do Véu de Paroketh. A seqüência entre as linhas 9
e 12 do ritual descrevem uma cruz. O final de cada linha é derivado de uma seqüência nos oráculos de
Zoroastro. Por muitas formas, descendem relampeando pelos mundos brilhantes, estando contidas nas 3
supernas. Eles são os guardiões dos trabalhos do pai, e estão na mente única, o inteligível.
3 supernas = tríade intelectual.
Wescott "A segunda ordem da filosofia platônica era a tríade intelectual e inteligível" - entre os
Caldeus esta ordem incluía JUNGES, SYNOCHES e TELETARCHS”.
Podem ser interpretados como véus do abismo e o Exterior, ou os três véus da árvore da vida.

9) IUGGES soma 621, relaciona-se com a roda da fortuna, a swástica. IUGGES é consistente com
CHOKMAH e o súlfur alquímico. É relacionado também com a ordem dos anjos sobre o abismo, um encanto
de amor, feitiço ou desejo, ou como apresentado aqui, um símb olo do abismo.

3
10) OPISO - atrás de mim TELETARXAI soma 1352. Este número é o produto de 8 (ou 2 ) e 169 ( ou
132), oito é o número de mercúrio, da iniciação, seu processo e produto, tendo relação direta com
THELEMA. Numa interpretação fácil TELE = remoto, afastado, ou nesse caso, primeiro, original. ARXAI =
regra, controle e lei, lei natural.
Ou seja, TELETARXAI é aquele que dá a iniciação, o Hierofante.
Mantendo-se o simbolismo de súlfur e do sal para o primeiro par I(UGGES e SYNOXEC), o
terceiro nome é atribuído a mercúrio. "O teletarca corresponde à criança nascida no interior da mãe, ou como
o pensamento verdadeiro da iniciação sendo compreendido pela consciência de BINAH, a compreensão,
sendo mantida”.
Se IUGGES é o símbolo do abismo, Telerxai é a ponte da iniciação, ou véu externo, como o mago
está na intersecção de SAMECH e PEH, voltado para o leste, deverá estar atrás dele. A posição atual do véu
externo aparecendo normalmente acima de MALKUTH em ASSIAH (no sistema da A:.A:. ou da G:.D:.), ou
às vezes entre MALKUTH e YESOD na primeira árvore. E neste evento, o mago entrou no caminho da
iniciação, e cruzou o véu externo.

11) EPIDEVIA = à direita (no sul). Na árvore da vida, está em NETZACH.


Synoxec soma 1525 o equivalente do hebraico SHEMHAMPHORASH, é o produto de 25x61. É parte da
tríade superna, BINAH. Significa "manter junto". Representa as forças do pilar da misericórdia, ou
NETZACH.

12) EPARISTERA = à esquerda (torre do norte), na árvore da vida está em HOD.


DAIMONES soma 445 e 380 respectivamente. Tardiamente, incluía as palavras hebraicas para dor,
problema, miséria, escuridão, dificuldade e Egito. A idéia de Deus/Deusa implica em poder divino, o poder de
controlar o destino dos indivíduos, talvez do karma. Novamente o mago deve equilibrar e balanças os lados
esquerdo e direito, para manter-se no verdadeiro caminho. Em outra versão do Rubi Estrela, o Mago vê os
limites do mundo perceptível. A relação entre esses quatro termos pode ser resumida como segue:
IUGGEC TELETARXAI SYNOXEC DAIMONEC
União de dois espíritos, S.A.G., amor, união
Lei natural, destino, abismo (karma)
Véu externo, Véu de Paroketh, amor é a lei, amor sob vontade.

13) FLEGEI ou FEGGEI. Embora sejam familiares, possuem significados diferentes, mostrando as
diferenças entre os rituais. Elas significam "chama" e "brilho" respectivamente. De qualquer modo, em termos

uso de uma determinada carta. Mas isso não é uma regra definitiva, ou seja: o estudante pode usar uma carta
do Tarot, isso é diferente de deve. Se o estudante preferir não usar carta alguma, não há necessidade. O que
deve evitar, é utilizar as quatro cartas ao mesmo tempo, o que poderia conduzi-lo a um desequilíbrio.

Data da última revisão: 26/10/2003 – Hora:18:47 Página: 6


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de visualização por parte do mago, o plano a ser excitado é tornar a consciência mais ativa, expandi-la, na
primeira forma FLEGEI. A primeira forma sugere um conceito mais abstrato, enfatizando a parte da árvore
acima de TIPHARETH, e num plano acima do véu do abismo, enquanto a forma tardia FEGGEI sugere uma
interpretação mais baixa das forças da árvore. O significado das diferenças entre ambas pode ser indicado por
Crowley "Cego" onde uma das camadas foi retirada de FEGGEI. Pode haver um indício nas 6 letras de
FLEGEI, e nas 5 de FEGGEI, podendo indicar que a primeira versão para um mago de grau mais avançado,
ou alguém que tenha definido seu trabalho mais acima na árvore das vidas. Ou talvez possa ser apenas o
resultado de uma revisão ruim.

14) GAR PERI MOU, O ASTHR TQN PENTE a interpretação literal dessa linha é relativamente fácil,
contanto que se reconheça a inclusão do verbo ETSHKE da linha 16. a preposição PERI aqui assume o
genitivo, significando "a meu redor (permanece) a estrela de cinco (pontas)". Como tal, essa linha tem um
paralelo bastante claro com a visualização do Ritual menor do pentagrama. Reconhecido o perímetro, nos
quatro pontos cardeais, da área do banimento e a clareza de consciência do mago nos planos abaixo de
TIPHARETH. Isso representa o mundo mágico e a base da pirâmide.

15) KAI EN THI STHLHI, O ASTH TQN EV aqui novamente numa tradução mais literal, uma
correspondência com o ritual mentor de banimento significa - "E na coluna (permanece) a estrela de seis
(pontas)". Esse elemento vertical num ritual do pentagrama reconhece que o hexagrama, como símbolo do
macrocosmo está acima do planto do microcosmo. Está relacionado particularmente com a esfera da árvore
acima de TIPHARETH, mas também define o objeto do banimento como um sólido, mais que uma figura
"plana". Ao invés de interpretar a figura apenas como uma estrela plana de cinco pontas, isso também
simboliza o ápice da pirâmide trazendo o cosmo s e a consciência para uma realidade espacial.

16) ESTHKE é o verbo "permanecer" nas frases das linhas 14 e 15. Basicamente implica em existência ou
estado. Linhas 17 e 18. A cruz qabalística. A repetição da cruz qabalística segue o padrão de ambos, RMBP e
Liber Reguli, e dá simetria ao ritual. O forte acento final serve para pontuar a ação do banimento, o objetivo
do ritual. Pode se dizer que quando o ritual é executado perfeitamente, o mago irá sentir uma sensação (ou irá
ter) de "pureza" e "limpeza", mas também estará exausto. Inflamando a si mesmo.

Em L.L.L.L.,
Fr. Goya

ANKh – USA – SEMB

Bibliografia utilizada:

Aleister Crowley, The Book of Lies


Magick in Theory and Practice
Astrology
Book of Thoth.
Frater A.L., An Analysis of the Star Ruby Ritual
Faerie K., The Star Ruby
E.A.O.A., Ritual of the Star Ruby, Text, Translation, Commentary
Discussões em fóruns Thelemicos
Frater Goya, Alguns Comentários sobre o Liber Al
Tarot o Templo Vivente
O Livro da Lei – Com Tradução e comentários de Frater Goya, publicado
pelo C:.I:.H:..
Stephen Skinner, Magical Diaries of Aleister Crowley, Tunísia 1923.

Data da última revisão: 26/10/2003 – Hora:18:47 Página: 7


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