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: 5651
Poder Executivo
AA-Gabinete do Prefeito
O Prefeito de Belo Horizonte, no exercício da atribuição que lhe confere o inciso VII do art. 108 da Lei Orgânica e tendo em
vista o disposto na Resolução da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária nº 153, de 26 de abril de 2017, e na
Lei nº 7.031, de 12 de janeiro de 1996,
DECRETA:
CAPÍTULO I
DO LICENCIAMENTO SANITÁRIO
Seção I
Disposições Gerais
Art. 1º – O funcionamento dos estabelecimentos e das atividades econômicas sujeitas ao Alvará de Autorização Sanitária –
AAS – se dará na forma prevista neste decreto.
Parágrafo único – Entende-se por estabelecimento, o local que ocupa, no todo ou em parte, um imóvel individualmente
identificado, edificado, destinado a atividades relativas a bens, produtos e serviços sujeitos às ações da Diretoria de Vigilância
Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde – SMSA –, de caráter permanente, periódico ou eventual, incluindo residências, quando
estas forem utilizadas para a realização da atividade e for dispensável a existência de local próprio para seu exercício.
Art. 2º – As atividades econômicas exercidas por pessoa jurídica constantes da Classificação Nacional de Atividades
Econômicas – CNAE – e as atividades exercidas por pessoa física constantes da Classificação Brasileira de Ocupações – CBO –
sujeitas ao licenciamento sanitário serão detalhadas em portaria da SMSA.
Art. 3º – Para a definição dos procedimentos para o licenciamento sanitário, as atividades exercidas por pessoa jurídica ou
pessoa física serão classificadas conforme seu grau de risco sanitário.
§ 1º – O grau de risco considera o nível do perigo potencial de ocorrência de danos à integridade física, à saúde e ao meio
ambiente em decorrência da atividade econômica.
§ 2º – A classificação do grau de risco das atividades será regulamentada por portaria da SMSA.
Art. 4º – Para as atividades econômicas cuja determinação do risco dependa de informações complementares, o responsável
legal deverá responder perguntas inerentes ao processo de licenciamento que o remeterá para uma das seguintes condições:
I – baixo risco;
II – alto risco;
Seção II
Art. 5º – As atividades cujo licenciamento ocorre sem a realização de inspeção sanitária ou análise documental prévia são
classificadas como de baixo risco sanitário, conforme disposto no § 7º do art. 19 da Lei nº 7.031, de 12 de janeiro de 1996.
§ 2º – O início da atividade sem que haja inspeção sanitária ou análise documental não exime o responsável da instalação ou
manutenção da higiene, da biossegurança e da proteção à saúde e à segurança sanitária, sob pena de aplicação das sanções previstas na
legislação sanitária.
Art. 6º – A liberação do AAS para os estabelecimentos cujas atividades sejam classificadas como de baixo risco, está
condicionada ao preenchimento de um roteiro de autoinspeção.
Seção III
Art. 7º – As atividades econômicas cujo licenciamento ocorre com prévia inspeção sanitária ou análise documental são
classificadas como de alto risco.
Art. 8º – O início da operação para os estabelecimentos cujas atividades sejam classificadas como de alto risco fica
condicionada à liberação do AAS.
Seção IV
§ 1º – A veracidade das informações e declarações fornecidas no ato do requerimento será atestada por meio da aceitação do
Termo de Responsabilidade.
§ 4º – O AAS será deferido e emitido eletronicamente, observados os critérios de risco regulamentados por portaria da
SMSA.
Art. 10 – O AAS poderá ser liberado com pendências e, neste caso, o estabelecimento terá trinta dias para proceder às
correções, sob pena de autuação ou outras medidas legais cabíveis.
Parágrafo único – O interessado poderá solicitar prorrogação de prazo para cumprimento das pendências citadas
no caput, com a devida justificativa, no prazo de vinte dias, contados da ciência da notificação ou da publicação no Diário Oficialdo
Município – DOM.
Parágrafo único – Empresas que nunca requereram o AAS ou que tiveram seus processos indeferidos ou cancelados devem
fazer novo requerimento.
Art. 12 – Em situações em que, por meio da inspeção sanitária, for verificado risco sanitário associado à área física, poderá
ser solicitada apresentação de projeto arquitetônico para análise e aprovação, ainda que a atividade seja classificada como de baixo
risco.
Art. 13 – O AAS terá validade de doze meses a partir da data de sua emissão.
Art. 14 – A autoridade sanitária, no desempenho de suas atribuições e atendidas as formalidades legais, tem livre acesso a
estabelecimentos, ambientes e serviços de interesse direto ou indireto para a saúde para inspeção e aplicação de medidas de controle
sanitário.
a) razão social;
c) endereço;
Art. 16 – O AAS será emitido mediante o pagamento da Taxa de Expediente para Alvará de Autorização Sanitária, por meio
do Documento de Recolhimento e Arrecadação Municipal, gerado eletronicamente, no processo de licenciamento.
Parágrafo único – Após a compensação do pagamento, o AAS estará disponível em meio eletrônico para impressão.
Seção V
Art. 17 – São dispensadas do licenciamento sanitário as atividades exercidas por pessoa jurídica ou pessoa física não sujeitas
à vigilância sanitária.
Parágrafo único – Determinadas atividades econômicas sujeitas à vigilância sanitária poderão ser dispensadas do
licenciamento sanitário a partir do fornecimento de informações complementares, conforme portaria da SMSA, disponibilizada no
Portal da PBH.
Art. 18 – A dispensa do AAS não impede que, a qualquer tempo, a Diretoria de Vigilância Sanitária realize inspeção no
estabelecimento.
Seção VI
I – o não cumprimento dos requisitos mínimos para liberação do AAS a serem definidos em portaria da SMSA;
IV – o não cumprimento das exigências constantes em documentos lavrados pela autoridade sanitária.
Seção VII
I – o responsável legal:
a) deixar de cumprir as condições estipuladas para o exercício das atividades econômicas dentro dos prazos estabelecidos
pela autoridade fiscal sanitária;
b) apresentar documentação irregular, inapta ou eivada de vícios perante a Diretoria de Vigilância Sanitária;
Art. 21 – Na hipótese do cancelamento do AAS, o interessado poderá apresentar recurso à Junta de Julgamento Fiscal
Sanitário de Primeira Instância da SMSA, no prazo de vinte dias, contados a partir da ciência do interessado.
Art. 22 – O cancelamento do AAS implicará na interdição do estabelecimento até a regularização das pendências sanitárias.
Art. 23 – Na impossibilidade de ser dada ciência diretamente ao interessado, este deverá ser cientificado do cancelamento do
AAS por meio de uma publicação no DOM, considerando-se efetivada a notificação cinco dias após a publicação.
Seção VIII
Do Monitoramento
Art. 24 – Após a emissão do AAS, a qualquer tempo, a Diretoria de Vigilância Sanitária poderá verificar as informações
prestadas, inclusive por meio de inspeções e solicitação de documentos.
Art. 25 – Os serviços, produtos, equipamentos, atividades ou outros que possam acarretar, direta ou indiretamente, riscos à
saúde da população também estão sujeitos ao monitoramento ou à intervenção sanitária, independente da obrigatoriedade de seu
licenciamento pela Diretoria de Vigilância Sanitária.
CAPÍTULO II
Art. 26 – Os responsáveis legais e técnicos poderão responder pelo fornecimento de informações sanitárias total ou
parcialmente falsas, enganosas ou omissas.
Art. 27 – O AAS deverá ser impresso e afixado em local visível ao público e aos trabalhadores.
Art. 29 – A solicitação de renovação do AAS para os estabelecimentos cujas atividades sejam classificadas como de alto
risco deverá ser feita anualmente, no mínimo, trinta dias antes do seu vencimento.
Art. 30 – As atividades sujeitas ao licenciamento sanitário serão regulamentadas por portaria da SMSA e poderão ser
modificadas a seu critério.
Art. 31 – Os processos de requerimento de AAS datados até 31 de dezembro de 2015 serão arquivados quando da publicação
deste decreto e os responsáveis legais deverão peticionar novo requerimento em meio eletrônico.
Art. 32 – Os processos de requerimento de AAS, datados de 1º de janeiro de 2016 até a data de publicação deste decreto e
que não tiveram inspeção sanitária, serão arquivados e os responsáveis legais das empresas deverão peticionar novo requerimento em
meio eletrônico.
Parágrafo único – Os processos referidos no caput e que tiveram inspeção sanitária até a data de publicação deste decreto
serão mantidos até 31 de janeiro de 2019.
Art. 33 – A lista dos processos a serem arquivados, conforme os arts. 31 e 32, será publicada no DOM.
Art. 34 – Este decreto entra em vigor quinze dias após sua publicação.
Alexandre Kalil