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Autor: ESOPO

¨O ÚTIL E O BELO¨

Monteiro Lobato

(adaptação)

Um dia, um cervo, olhando-se dentro de um lago, observou quão finas, compridas


e feias eram suas pernas e, quão linda e vistosa era a sua galhada, sobre a
cabeça. Então, pensou: por que eu teria nascido desse jeito, com uma parte tão
bela e outra tão repugnante?

Nesse ínterim, um incêndio se instalou na floresta. Sentindo um calor imenso se


aproximando e vendo tantos bichos correndo, apavorados de medo, decidiu sair
velozmente. Conforme corria, pensava: que felizardo eu sou por ter essas pernas,
conseguirei escapar desse sufoco!!
Moral da História: O Belo serve de enfeito, mas o útil tem utilidade. 
Fábula Monteiro Lobato 
O galo que logrou a raposa
Um velho galo matreiro, percebendo a aproximação da raposa,
empoleirou-se numa árvore. A raposa, desapontada, murmurou consigo:
“deixe estar, seu malandro, que já te curo!”… E em voz alta: — Amigo,
venho contar uma grande novidade: acabou-se a guerra entre os
animais. Lobo e cordeiro, gavião e pinto, onça e veado, raposa e
galinha, todos os bichos andam agora aos beijos como namorados.
Desça desse poleiro e venha receber o meu abraço de paz e amor. —
Muito bem! — exclamou o galo. — Não imagina como tal notícia me
alegra! Que beleza vai ficar o mundo, limpo de guerras, crueldades e
traições! Vou já descer para abraçar a amiga raposa mas... como lá vêm
vindo três cachorros, acho bom esperá-los, para que também eles
tomem parte na confraternização
Ao ouvir falar em cachorros, Dona Raposa não quis saber de histórias, e
tratou de pôr-se ao fresco, dizendo: Infelizmente, amigo Có-ri-có-có,
tenho pressa e não posso esperar pelos amigos cães. Fica para outra
vez a festa, sim? E raspou-se. Moral da história: Contra esperteza,
esperteza e meia.
Monteiro Lobato. Fábulas. São Paulo: Brasiliense, 1991
OS BURROS E AS CARGAS DE SAL E ESPONJAS

         OS BURROS E AS CARGAS DE SAL E ESPONJAS


Um velho fazendeiro chamou seus dois burros para transportar
duas cargas importantes.
- Tenho aqui um saco de sal e cinco sacos de esponjas para serem
levados até a cidade. Cada um deve pegar uma das cargas e pôr-se
a caminho.
O primeiro burro, que se considerava o mais esperto, logo
apoderou-se da carga de esponjas dizendo: - Eu leva esta carga
que é cinco vezes maior que a outra.
O segundo burro pegou a carga de sal que lhe sobrara e foi estrada
a fora amaldiçoando seu companheiro cuja carga era
infinitamente mais leve.
Depois de muito caminharem chegaram às margens de um rio que
deveriam atravessar. Entraram na água e ao saírem na outra
margem do rio o sal havia derretido, mas as esponjas ficaram
encharcadas e extremamente pesadas.

Moral da história: Muitas pessoas, que se consideram espertas, acabam


sendo vítimas de suas próprias artimanhas

Autor: Esopo
Fábula atribuída
A GALINHA DOS OVOS DE OURO
Um certo casal foi a uma granja e comprou uma galinha. Aparentemente era uma galinha como
outra qualquer. Tinha bico, penas, pés e um jeito de bobalhona.
Na manhã seguinte, quando a mulher foi ao galinheiro para recolher os ovos, levou um susto
enorme. Em frente aos seus olhos, no meio do ninho, havia um ovo muito diferente, era um ovo
de ouro!
A mulher pegou o ovo com a mão direita, cheirou-o, lambeu-o, examinou-o detalhadamente e
não teve mais duvida, era mesmo um ovo de ouro verdadeiro.
Saiu correndo e foi acordar o marido para contar-lhe a novidade.
- Querido, acorde. Olhe o que eu encontrei no ninho da galinha que compramos ontem.
O marido acordou, olhou o ovo dourado, pegou, mediu, lambeu, pesou e, finalmente, soltou um
grito:
- Mulher, isso é ouro puro! Estamos ricos!
Diante do fato, a mulher foi logo dizendo:
- Se estamos ricos com um único ovo, imagine como ficaremos com o resto de ovos que essa
galinha traz na barriga. Vamos logo abrir seu corpo para pegarmos logo essa fortuna.
O marido, cego de ambição, não perdeu tempo. Correu até a cozinha, pegou uma faca e
decepou a cabeça da galinha.
Ao abrir o corpo, qual não foi sua decepção, dentro dela só havia o que há dentro de todas as
galinhas: tripas, coração, moela, rins e sangue.
O ovo de ouro foi logo gasto e os dois continuaram pobres e passaram o resto da vida se
acusando:
- Continuamos pobres por sua culpa.
- Não, a culpa é sua que não teve paciência.
- Minha não foi sua.
.
Moral da história: O excesso de ambição, leva à precipitação e, quem tudo quer tudo perde.

Autor: Esopo
A cigarra e a formiga Versão: Esopo
A cigarra e a formiga

Vers

ão: Fábulas de La Fontaine

Uma vez, ao chegar o inverno, uma cigarra que estava morta de fome se
aproximou à porta de um formigueiro pedindo comida. Ao seu pedido, as formigas
responderam fazendo a seguinte pergunta: 

- Por que durante o verão você não fez uma reserva de alimentos como a gente
fez?

A cigarra respondeu:

- Estive cantando alegremente o tempo todo e desfrutando do verão plenamente.


Se soubesse como seria duro o inverno...! 

As formigas lhe disseram:

- Enquanto a gente trabalhou duro durante o verão para ter as provisões e poder
passar o inverno tranquilamente, você perdia o tempo todo cantando. Assim, que
agora... Continue cantando e dançando! 

Mas as formigas sentiram pena pela situação e entenderam que a cigarra tinha
aprendido a lição e compartilharam o seu alimento com ela.

Moral da história: Quem quiser passar bem pelo inverno, enquanto for jovem,
deve aproveitar melhor o tempo. Existe tempo para se divertir e para trabalhar.

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