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1.

A galinha dos ovos de ouro

Era uma vez um fazendeiro que tinha uma galinha. Um dia ele percebeu que a
galinha havia botado um ovo de ouro! Ele então pegou o ovo e foi logo mostrar para
a esposa:

— Olha só! Ficaremos ricos!

Assim, foi até a cidade e vendeu o ovo por um bom valor.

No dia seguinte, foi ao galinheiro e viu que a galinha tinha botado outro ovo de ouro,
que ele também vendeu.

A partir de então, todos os dias o fazendeiro ganhava um ovo de ouro de sua galinha.
Ele ficava cada vez mais rico e ganancioso.

Certo dia teve uma ideia e disse:

— O que será que tem dentro dessa galinha? Se ela bota ovos de ouro, então deve ter
um tesouro dentro dela!
E então matou a galinha e viu que no seu interior não havia tesouro nenhum. Ela era
igual a todas as outras. Assim, o rico fazendeiro perdeu sua galinha dos ovos de ouro.

Essa é uma das fábulas de Esopo e conta a história de um homem que, por
conta de sua ganância, acabou perdendo a fonte de sua riqueza.

Com esse pequeno conto aprendemos que: Quem tudo quer, tudo perde.

2. Lenda Ubuntu
Uma vez, um homem branco foi visitar uma tribo africana e se perguntou quais eram
os valores daquelas pessoas, ou seja, o que elas consideram importante para a
coletividade.

Então ele sugeriu uma brincadeira. Propôs para as crianças que fizessem uma
corrida até uma árvore onde havia uma cesta cheia de frutas. Quem chegasse
primeiro poderia ficar com a cesta inteira.

As crianças então esperaram o sinal para começar a brincadeira e saíram de mãos


dadas em direção à cesta. Por isso, chegaram ao mesmo tempo no lugar e puderam
dividir as frutas que estavam na cesta.

O homem, curioso, quis saber:

— Se apenas uma criança poderia ficar com o prêmio todo, por que vocês deram as
mãos?

Uma delas respondeu:

— Ubuntu! Não é possível haver felicidade se um de nós estiver triste!

O homem ficou comovido.

3. A pomba e a formiga
Certo dia uma formiga foi até um rio para beber água. Como a correnteza estava
forte, foi arrastada rio adentro e estava quase morrendo afogada.

Nesse momento, uma pomba que sobrevoava a região, viu o sufoco da formiga, tirou
uma folha de uma árvore e jogou no rio perto da pequena formiga.
A formiga então subiu na folha e conseguiu se salvar.

Depois de algum tempo, um caçador, que estava de olho na pomba, se prepara para
capturá-la com uma armadilha.

A formiguinha percebeu a má intenção do homem e, com rapidez, dá uma picada em


seu pé.

O caçador então ficou atordoado, com muita dor. Ele deixou cair a armadilha,
assustando a pomba, que conseguiu escapar.

Essa fábula de Esopo traz como ensinamento a importância da solidariedade


e união.

Diz também que devemos reconhecer em todos o potencial de ajudar, mesmo


que o outro seja “menor”, como a formiga.

4. O relógio
O relógio de Nasrudin vivia marcando a hora errada.

— Mas será que não dá pra fazer alguma coisa? - alguém comentou.

— Fazer o que? - falou outra pessoa

— Bem, o relógio nunca marca a hora certa. Qualquer coisa que se faça já será uma
melhora.

Narsudin deu um jeito de quebrar o relógio e ele parou.

— Você tem toda razão - disse ele. - Agora já dá para sentir uma melhora.

— Eu não quis dizer “qualquer coisa”, assim literalmente. Como é que agora o relógio
pode estar melhor do que antes?

— Bem, antes ele nunca marcava a hora certa. Agora, pelo menos, duas vezes por dia
ele vai estar certo.

Essa é uma história vinda da Turquia e retirada do livro Os grandes contos


populares do mundo, da editora Ediouro.

Aqui, podemos tirar a lição de que: É melhor estar certo algumas vezes do que
jamais estar certo.
5. O cachorro e o crocodilo
Um cachorro estava com muita sede e se aproximou de um rio para beber água. Mas
ele viu que ali perto havia um grande crocodilo.

Assim, o cão ia bebendo e correndo, ao mesmo tempo.

O crocodilo, que desejava fazer do cão seu jantar, fez a seguinte pergunta:

— Por que você está correndo?

E ainda falou, com jeito gentil de quem está dando um conselho:

— Faz muito mal beber água assim e sair correndo.

— Sei disso muito bem - respondeu o cachorro. - Mas seria ainda pior deixar que
você me devore!

Essa é uma fábula de Félix Maria Samaniego (1745-1801), professor e escritor


espanhol que criou histórias para seus alunos no século XVIII.

Nessa narrativa curta também temos animais para representar


comportamentos humanos. No caso, a moral apresentada é para que se tenha
cuidado ao ouvir recomendações de quem, na verdade, quer o nosso mal.
Assim, não devemos seguir os conselho de um inimigo.

O conto foi retirado do livro Clássicos da infância - Fábulas do mundo inteiro,


da editora Círculo do Livro.

6. As duas panelas
Era uma vez duas panelas que estavam perto uma da outra ao lado de um rio. Uma
era de barro e a outra era de ferro. A água encheu a margem do rio e carregou as
panelas, que flutuaram.

A panela de barro mantinha-se o mais longe possível da outra. Então a panela de


ferro falou:

– Não tenha medo, não te farei mal.


– Não, não - respondeu a outra -, você não me fará mal de propósito, eu sei. Mas, se
por acaso nos chocássemos uma com a outra, o mal estaria feito para mim. Por isso,
não poderemos ficar próximas.

Essa é uma história de Jean-Pierre Claris de Florian (1755-1794), um escritor


e fabulista francês. O conto foi tirado do livro Clássicos da infância - Fábulas
do mundo inteiro, da editora Círculo do Livro.

Na situação retratada, o autor traz como personagens objetos feitos de


materiais diferentes para representar as fragilidades e necessidades diversas
das pessoas.

Assim, a panela de barro, sabendo que se quebraria e poderia afundar no rio


se por acaso batesse na de ferro, se mantém longe por precaução.

A moral da história é que devemos nos proteger de pessoas que podem nos
causar mal, mesmo sem querer.

7. O príncipe sapo
Era uma vez uma princesa que brincava com sua bola dourada perto de um lago em
seu castelo. Por um descuido, ela deixou a bola cair no lago, o que a deixou muito
triste.

Um sapo apareceu e lhe disse que buscaria a bola, contanto que ela lhe desse um
beijo.

A princesa concordou e o sapo buscou a bola pra ela. Mas ela saiu correndo sem
cumprir a promessa.

O sapo ficou muito decepcionado e começou a seguir a princesa em todos os lugares.


Ele então bateu na porta do castelo e falou para o rei que sua filha não havia
cumprido uma promessa. O rei conversou com a princesa e explicou que ela deveria
fazer o que foi combinado.

Então, a garota tomou coragem e beijou o sapo. Para sua surpresa ele se transformou
em um belo príncipe. Eles se apaixonaram e se casaram.
Esse antigo conto de fada traz reflexões sobre a importância de se cumprir
com a palavra. Não devemos prometer coisas que não pretendemos realizar,
apenas para satisfazer algum desejo.

Outro valor que também é colocado é sobre não julgarmos as pessoas pela
sua aparência.

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