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NORMAS ACADÊMICAS DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA DE NÍVEL

MÉDIO DO IFBA

TÍTULO I

DAS DIRETRIZES GERAIS

CAPÍTULO I

DA NATUREZA

Art. 1º O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) possui


natureza jurídica de autarquia, com autonomia administrativa, patrimonial, financeira,
didático-pedagógica e disciplinar, de acordo com a Lei nº 11.892, de 29 de dezembro
de 2008 e a Lei 12.677, de 25 de junho de 2012.

Art. 2º O IFBA é uma Instituição de educação básica, profissional e superior,


pluricurricular e multicampi, especializada na oferta de educação profissional e
tecnológica nos diferentes níveis, formas e modalidades de ensino.

Parágrafo Único. No âmbito de sua atuação, o IFBA exercerá o papel de Instituição


acreditadora e certificadora de competências profissionais.

CAPÍTULO II

DO PERFIL INSTITUCIONAL

Art. 3° O IFBA tem como missão: “Promover a formação do cidadão histórico-crítico,


oferecendo ensino, pesquisa e extensão com qualidade socialmente referenciada,
objetivando o desenvolvimento sustentável do país.” (IFBA, 2013)

Art. 4º O Instituto adota a seguinte visão: “Transformar o IFBA numa Instituição de

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ampla referência e de qualidade de ensino no País, estimulando o desenvolvimento do
sujeito crítico, ampliando o número de vagas e cursos, modernizando as estruturas
físicas e administrativas, bem como ampliando a sua atuação na pesquisa, extensão,
pós-graduação e inovação tecnológica.” (IFBA, 2013)

Art. 5ºA atuação do IFBA pauta-se nos seguintes princípios 1:

I - indissociabilidade: Será sempre observada a integração entre Ensino, Pesquisa e


Extensão, assim como a Instituição buscará a articulação de diferentes áreas de
conhecimento;

II - verticalização: Verticalização entre os diversos níveis e modalidades de ensino;

III - continuidade: As áreas técnicas/tecnológicas promoverão oportunidades para uma


educação continuada;

IV - unificação: Buscar-se-á a unificação entre cultura/conhecimento e trabalho, para


desenvolver as funções do pensar e do fazer;

V - integração: A busca da integração interdisciplinar permitirá a geração, construção e


utilização do conhecimento produzido pelo Ensino e pela Pesquisa aplicada para
solução de problemas socioeconômicos da região. A vinculação estreita à tecnologia,
destinada à construção da cidadania, da democracia e da vida ativa de criação e
produção solidárias em uma perspectiva histórico-crítica;

VI - inovação: A implementação da inovação científica, tecnológica, artística, cultural,


educacional e esportiva deverá orientar as ações da Instituição;

1 Projeto Pedagógico Institucional do IFBA. Salvador, 2013, p.27. Disponível In


<http://portal.ifba.edu.br/proen/PPIIFBA.pdf>. Acesso em 27/07/2018.

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VII - democracia: A Instituição promoverá a vivência democrática, buscando a
participação da comunidade acadêmica nos processos de planejamento e gestão;

VIII - qualificação: A Instituição buscará, de modo permanente, a qualificação e a


capacitação de seu quadro pessoal, a melhoria de sua estrutura, de seus processos
organizacionais e de seus programas e ações;

IX - autonomia: O IFBA preservará a autonomia didático-científica, administrativa,


disciplinar e de gestão financeira e patrimonial;

X - respeito: A Instituição deverá assegurar o respeito e a valorização da pessoa


humana em sua singularidade e diversidade;

XI - responsabilidade: O Instituto terá compromisso com o bem público, sua


administração e sua função na sociedade, primando sempre pelo bem comum, pela
ética e priorizando a satisfação das necessidades coletivas à frente das pessoais;

XII - inserção: O IFBA deverá se integrar à sociedade em seu contexto socioeconômico


e cultural no âmbito regional, nacional e internacional;

XIII - difusão: O IFBA disponibilizará todo conhecimento desenvolvido, e oferecerá


suporte aos arranjos produtivos locais, na área sociocultural;

XIV - permanência: A Instituição deverá desenvolver uma política de assistência aos


discentes em situação de vulnerabilidade social, possibilitando a acessibilidade e
inclusão de pessoas com deficiências e necessidades educativas específicas;

XV - inclusão: Ações Afirmativas de inclusão e garantia de acesso para egressos de


Escolas Públicas e/ou em situações de vulnerabilidade social, levando em consideração
as questões étnico-raciais e de gênero;

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XVI - qualidade: O IFBA buscará sempre a excelência no Ensino na Pesquisa e
Extensão;
XVII - equidade: O Instituto promoverá nas suas relações ações de equidade;
XVIII - transparência: Os servidores, principalmente quando ocuparem um cargo de
direção ou função gratificada, têm a obrigação de divulgar seus atos administrativos e
pedagógicos de forma ampla, irrestrita, permanente, atendendo assim o princípio da
publicidade da administração pública;
XIX - sustentabilidade: O IFBA comprometer-se-á com a preservação ambiental, de
forma a garantir a sustentabilidade nas suas ações;
XX - trabalho: O trabalho assumido como princípio educativo, tendo sua integração com
a ciência, a tecnologia e a cultura como base da proposta política-pedagógica e do
desenvolvimento curricular.

Art. 6º As finalidades do IFBA estão fundamentadas no artigo 6º da Lei nº 11.892, de 29


de dezembro de 2008 e no documento “Instituto Federal - Concepções e Diretrizes”
(BRASIL, 2008).

Art. 7º Os objetivos do IFBA são definidos pela Lei 11.892/2008, artigo 7º.

CAPÍTULO III

DO ENSINO, DA PESQUISA E DA EXTENSÃO.

Art. 8º No âmbito do IFBA, Ensino, Pesquisa e Extensão serão articulados e


indissociáveis, promovendo a integração dessas esferas nas diversas áreas de
conhecimento, níveis e modalidades de ensino, da educação básica à pós-graduação.

Art. 9º Em conformidade com o PPI, o ensino refere-se às ações docentes relacionadas


de forma direta aos cursos regulares ofertados pelo IFBA, abrangendo as aulas, as
atividades de manutenção de ensino e as atividades complementares de ensino.

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I - As aulas podem ser presenciais, semipresenciais ou a distância, de acordo com os
Projetos Pedagógicos de Curso (PPC);

II - As atividades de manutenção de ensino referem-se ao estudo, planejamento,


desenvolvimento e avaliação do processo de ensino-aprendizagem;

III - As atividades complementares de ensino referem-se às ações vinculadas às


matrizes curriculares e programas dos cursos regulares do IFBA e/ou que incidam
diretamente na melhoria das condições de oferta de ensino, compreendendo
supervisão e orientação de trabalhos de conclusão de curso, monografia, estágio
curricular supervisionado, iniciação científica, projetos de pesquisa, extensão e
assistência estudantil.

Art. 10 A Extensão compreende toda a interação com o contexto social, a qual deve
ser desenvolvida a partir de atividade educacional, científica, cultural e/ou esportiva
articulada com o Ensino e a Pesquisa. A Extensão efetiva-se através do corpo docente,
técnico e/ou discente, com a finalidade de difundir, socializar e democratizar o acesso
ao conhecimento produzido no âmbito do IFBA.

Art. 11 A pesquisa no IFBA é conceituada pela sua vinculação ao desenvolvimento


regional e à inclusão social, através da produção de ciência e tecnologia
comprometidas com a cidadania, democracia, criação de produtos, processos
solidários, defesa da vida e do meio ambiente, em busca do bem-estar social e do
desenvolvimento do país.

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CAPÍTULO IV

DO CURRÍCULO

Art. 12 A construção do currículo deve integrar a formação geral com a formação


profissional técnica,contemplando a indissociabilidade do Ensino, Pesquisa e Extensão.
A formação deve valorizar a cidadania, o respeito mútuo e a solidariedade norteada
pela busca de uma sociedade mais justa.

§ 1º Os currículos devem estar comprometidos com a formação dos discentes, através


do desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e atitudes, buscando integrar as
práticas de sua formação profissional às realidades e necessidades da região onde o
IFBA está inserido, a fim de combater as desigualdades e impulsionar o
desenvolvimento local sustentável.

§ 2º Na formalização dos currículos, merecem destaque a inclusão dos discentes com


deficiência e com outras necessidades educacionais específicas, a interdisciplinaridade
e as estratégias para a recomposição de aprendizagens não desenvolvidas no percurso
educativo.

§ 3º Os Projetos Pedagógicos de Curso (PPCs) deverão ser revistos no máximo a cada


triênio, com o objetivo de atualizá-los e corrigir as possíveis distorções entre o
planejamento e a prática pedagógica cotidiana.

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TÍTULO II
DA ORGANIZAÇÃO CURRICULAR E ACADÊMICA

CAPÍTULO I
DO REGIME ACADÊMICO

Art. 13 Os cursos técnicos de nível médio do IFBA serão organizados em regime de


matrícula por série (regime seriado) e por semestre (regime semestral).
Parágrafo Único. O s regimes dos cursos para os diferentes
níveis de ensino, formas de articulação com o Ensino
Médio e modalidades serão definidos pela Instituição
através de seus órgãos competentes, de acordo com a
legislação vigente e as características do c u r s o e de seu
público-alvo, podendo ser:
I- seriado anual;
II - seriado semestral;
III - semestral.

Art. 14 O regime seriado é caracterizado pela organização das disciplinas em séries.

§ 1º A matriz curricular dos cursos em regime seriado,


em vista da integralização curricular, deverá ser
organizada em séries obrigatoriamente percorridas de
forma sequencial pelos discentes.

§ 2º Em cada período letivo, o discente será


matriculado sistematicamente nas disciplinas
integrantes da matriz curricular referente ao período.

§ 3º As disciplinas de uma mesma série deverão ser cursadas de forma concomitante

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no período letivo, como previsto no PPC.

I- Em casos excepcionais, a disciplina poderá ser ofertada em um outro período


mediante aprovação do Conselho do Campus.

§ 4º O período letivo dos Cursos Técnicos de Nível Médio, na forma Integrada, será
composto por 03 (três) unidades didáticas.

§ 5º No regime seriado, não é permitido o cancelamento de disciplina.

§ 6º No regime seriado, é permitido o trancamento de série.

Art.15 O regime semestral é caracterizado por


o r g a n i z a ç ã o d a s d i s c i p l i n a s e m semestre.

§ 1º A matriz curricular dos cursos em regime semestral estará organizada em


disciplinas integralizadoras do currículo, as quais serão p e r c o r r i d a s de
forma sequencial pelos discentes.

§ 2º O discente será matriculado semestralmente em


disciplinas integrantes da matriz curricular
previstas para o período.

§ 3º O período letivo dos Cursos Técnicos de Nível


Médio na forma Subsequente será composto por 01
(uma) unidade didática.

§ 4º O discente reprovado em disciplinas do semestre


anterior poderá se matricular em disciplinas do
semestre posterior, desde que não haja pré–
requisitos.

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Art. 16 Os cursos da Educação Profissional Técnica de Nível Médio (EPTNM) poderão
desenvolver-se nos períodos:

I - matutino;
II - vespertino;
III - noturno;
IV - integral.

CAPÍTULO III
DA JORNADA ACADÊMICA E DAS TURMAS

Art. 17 Cada semana letiva será organizada com uma jornada escolar, conforme
previsto nos Projetos Pedagógicos de cursos, com duração de:

I - de 4 (quatro) a 10 (dez) horas-aula por dia, de segunda-feira a sexta-feira,


compreendendo cursos desenvolvidos regularmente em um turno (matutino, vespertino
ou noturno) ou em turno integral.

§ 1º As aulas regulares terão o horário de início e término definido conforme as


condições específicas de cada Campus.

§ 2º Os sábados poderão ser incluídos na jornada escolar regular.

§ 3º Respeitada a carga horária mínima, legalmente estabelecida para cada curso, a


duração da hora-aula será de 45, 50 ou 60 minutos

Art. 18 O d i s c e n t e r e g u l a r m e n t e m a t r i c u l a d o , a p a r t i r d o
segundo período do curso, poderá solicitar, a qualquer

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tempo,alteração de seu turno de estudos.

Parágrafo único. Para o atendimento da referida solicitação, será exigida a


justificativa formal, irrefutável da necessidade de
a l t e r a ç ã o e a e x i s t ê n c i a d e v a g a n o t u r n o pretendido.

CAPÍTULO IV

DA ESTRUTURA CURRICULAR

Art. 19 O currículo dos cursos oferecidos pelo IFBA será definido no seu PPC,
contemplando o perfil desejado para o egresso e abrangendo uma política cultural que
envolva o conjunto de conhecimentos comuns, específicos e eletivos, projetos,
experiências e estágios relacionados à formação do discente.

Art. 20 Uma estrutura curricular é a disposição


ordenada de componentes curriculares organizados em
uma matriz curricular integralizada por disciplinas e
atividades acadêmicas, que expressam a formação
pretendida no PPC.

Art. 21 O currículo dos cursos obedece ao disposto nas diretrizes curriculares


emanadas do MEC, do CNE e demais normas em vigor.

Art. 22 O currículo dos cursos deve alinhar-se à missão institucional expressa no PPI
do IFBA.

Art. 2 3 As estruturas curriculares dos cursos podem conter:

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I - disciplinas obrigatórias;
II - disciplinas optativas;
III - disciplinas facultativas;
IV - atividades complementares;
V - atividades de prática profissional;
VI - reconhecimento de saberes profissionais;
VII - outros componentes curriculares que integrem a respectiva estrutura curricular.

§ 1º Entende–se por disciplina o conjunto de


conhecimentos configurados em um programa de ensino
desenvolvido em um período letivo. A disciplina tem número de horas prefixado, sendo
ministrada por meio d e aulas teóricas e/ou práticas, de
seminários e de outras estratégias de ensino,
possibilitando ao discente articular ensino, pesquisa e extensão.

§ 2º As disciplinas facultativas estabelecidas na matriz


curricular do curso serão d e oferta obrigatória pela escola e de
matrícula facultativa para o discente.

§ 3º As disciplinas optativas são aquelas de livre escolha do discente objetivando o


complemento da formação numa determinada área do conhecimento permitindo ao
discente iniciar-se numa diversificação de conteúdo. Tais disciplinas devem constar na
matriz curricular no respectivo ano/semestre em que serão cursadas.

§ 4º Havendo disciplinas optativas previstas na matriz, o discente terá que cursá-las


obrigatoriamente dentre as ofertadas pelo curso.

§ 5º As disciplinas optativas estabelecidas na matriz curricular do curso, terão a suas


cargas horárias inseridas no cômputo da carga horária total do curso.

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§ 6º O previsto no inciso VI destina-se aos discentes tanto dos cursos técnicos
integrados, na modalidade EJA, quanto àqueles dos cursos técnicos subsequentes e tal
possibilidade estará prevista no PPC dos cursos:

a) A Certificação de saberes profissionais é concebida como um conjunto de ações que


visam acolher o trabalhador e/ou discente. Essa visa reconhecer saberes, validá-los e
complementá-los, objetivando a elevação de escolaridade por meio de um itinerário
formativo, que faculte ao trabalhador galgar todos os níveis de formação profissional e
tecnológica.

b) Esse reconhecimento dar-se-á por meio de ações avaliativas teóricas ou teórico-


práticas, conforme as características da disciplina e/ou componente curricular, a serem
desenvolvidas pelo IFBA e/ou por meio de Programas interinstitucionais que a
instituição faça parte.

Art. 24 As atividades complementares constituem um


conjunto de estratégias didático – pedagógicas que
permite,no âmbito do currículo, a articulação entre
teoria e prática, a complementação dos saberes e habilidades, que serão
desenvolvidos durante o período de formação do discente.

Art. 2 5 Nas matrizes curriculares de cada curso, será fixado o total de horas e horas
- aula de cada d i s c i p l i n a e/ou componente curricular por
período letivo, além da carga horária destinada à
prática profissional e o tempo de duração do curso, em
semestres ou anos, em função da periodicidade e forma
curricular de oferta do curso.

A r t. 2 6 O tempo máximo para integralização curricular pelo discente será de duas


vezes a duração prevista na matriz curricular, para todos os cursos técnicos da

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Educação Profissional de Nível Médio.

§ 1 º Ao findar o prazo concedido no caput do artigo, o discente que não cursar todos
os componentes curriculares previstos para o curso será jubilado.

I - Ao findar o prazo de Integralização, o aluno jubilado poderá requerer a Reintegração


de Curso apresentando as devidas justificativas.

§ 2º O discente poderá ser reprovado em cada


ano/semestre conforme regime do curso, respeitado o
tempo para integralização do curso.

Art. 27 Não será computado para efeito de


integralização curricular:

I - semestre/ano letivo em que o aluno obtenha


trancamento total de matrícula;
II - semestre/ano letivo não oferecido pelo IFBA;
III - semestre/ano letivo em que o aluno esteja inscrito
somente no componente estágio, mas que não tenha
sido alocado pelo IFBA para sua realização;
IV - semestre/ano letivo em que o aluno tenha processo
de reintegração ou ação judicial sob análise, com
posterior deferimento.

Art. 28 Os cursos poderão ser desenvolvidos nas


modalidades presencial ou à distância.

§ 1º Em cursos presenciais, no máximo, 20% da carga


horária poderá ser desenvolvida na modalidade à

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distância.

§ 2 º Os cursos técnicos integrados somente poderão ser ofertados na modalidade


presencial.

§ 3º Para os cursos ofertados em mais de uma


modalidade, as matrizes curriculares resguardarão o
mínimo de 70% (setenta por cento) de compatibilidade,
possibilitando a transferência do discente, excetuando-se os casos
restringidos por legislação específica.

§ 4º O PPC na modalidade a distância, deverá prever a


obrigatoriedade de momentos presenciais (mínimo de 20% de carga horária
presencial),segundo Art. 33 da Resolução CNE/CEB (Conselho Nacional de Educação/
Câmara de Educação Básica) nº 06/2012, para:

I - avaliações de discentes;
II - estágios obrigatórios, quando previstos;
III - defesa de trabalhos de conclusão de curso, quando previstos;
IV - atividades relacionadas a laboratórios e aulas de campo, quando for o caso.

§ 5º Os PPCs na modalidade à distância poderão, ainda, prever e n c o n t r o s


presenciais, em atendimento às especificidades de
caráter vivencial da formação profissional, podendo
coincidir com outros momentos previstos para essa
modalidade de ensino.

Art. 29 A organização curricular dos cursos técnicos de nível médio observará as


determinações legais previstas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(LDB, Lei nº. 9.394/1996, de 20 de dezembro de 1996), nas Diretrizes Curriculares

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Nacionais para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio, no PPI. No caso do
PROEJA, será observado também o Decreto nº 5.840/2006.

Art. 30 Os cursos técnicos de nível médio, nas formas integrada, integrada na


modalidade EJA e subsequente, serão organizados por eixos tecnológicos, de acordo
com a carga horária mínima estabelecida na legislação vigente e o perfil profissional de
conclusão estabelecido no Catálogo Nacional de Cursos Técnicos (CNCT), mantido
pelo Ministério da Educação.

SEÇÃO I
DOS CURSOS TÉCNICOS INTEGRADOS

Art. 31 O s cursos técnicos integrados de nível médio,


destinados aos portadores de certificado de conclusão do ensino
fundamental, prioritariamente em faixa etária regular ao Ensino Médio, serão planejados
de modo a conduzir o discente a uma habilitação profissional técnica de nível médio,
favorecendo a sua inserção no mundo do trabalho e a continuidade de estudos na
educação superior.

Art. 3 2 A matriz curricular dos cursos técnicos de nível médio integrado, organizada
em r e g i m e s e r i a d o a n u a l o u s e m e s t r a l , s e r á c o n s t i t u í d a
por disciplinas/componentes curriculares e estruturada
em núcleos básico, politécnico e t e c n o l ó g i c o , segundo a
seguinte organização:

I - Núcleo Básico: relativo a conhecimentos do Ensino Médio (Linguagens, Ciências


Humanas, Ciências da Natureza e Matemática), contemplando conteúdos de base
científica e cultural basilares para a formação humana integral;

II - Núcleo Politécnico: relativo a conhecimentos do

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Ensino Médio e da educação profissional, traduzidos em
conteúdos de estreita articulação com o curso, por eixo tecnológico, representando
elementos expressivos para a integração curricular, a exemplo de: t e c n o l o g i a s
de informação e comunicação, cultura, sociedade e
trabalho e sustentabilidade, dentre outras;

III - Núcleo Tecnológico: relativo a conhecimentos da


formação técnica específica, de acordo com o campo de
conhecimentos do eixo tecnológico, a atuação
p r o f i s s i o n a l , a s regulamentações do exercício da profissão e o CNCT.

§ 1º Os cursos estarão estruturados com duração de 3


(três) ou 4 (quatro) anos, desde que atendidas as
normas vigentes.

§ 2º O percurso formativo poderá ser organizado de forma anual para cada período
letivo.

§ 3º As matrizes curriculares deverão, prioritariamente, observar o limite de até 15


disciplinas por ano letivo e a necessidade de introdução, desde o primeiro período do
curso, de disciplinas/componentes curriculares que
compõem o núcleo tecnológico.

§ 4º As disciplinas/componentes curriculares, que compõem a matriz curricular, devem


ser articuladas e fundamentadas na integração curricular na
perspectiva interdisciplinar e transdisciplinar. Essas
disciplinas/componentes curriculares, orientadas pelos
perfis profissionais de conclusão, e n s e j a r ã o a formação de
uma base de conhecimentos científicos e tecnológicos, bem como a aplic aç ã o d e
conhecimentos teórico – práticos específicos de uma

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á r e a profissional, contribuindo para uma formação na perspectiva histórico-crítica.

§ 5º A prática profissional será prevista na matriz curricular definida no PPC e


desenvolver-se-à no decorrer do curso, de forma intrínseca ao currículo e em situação
real de trabalho (Estágio Profissional Supervisionado).

§ 6º Após a integralização de todos os componentes curriculares e a prática


profissional, o discente receberá o Diploma de Técnico de Nível Médio no respectivo
curso.

Art. 33 Os cursos técnicos integrados ao nível médio estarão organizados em uma


base de conhecimentos científicos e tecnológicos.

§ 1ºA integralização dos estudos correspondentes aos conhecimentos científicos e


tecnológicos será obtida pela efetivação da carga horária total fixada para cada curso e
do estágio profissional obrigatório, quando previsto no PPC do curso.

§ 2º A distribuição da carga horária e organização dos anos letivos dos cursos


integrados deverão estar em conformidade com legislação federal vigente e com as
normas institucionais.

§ 3º Cada ano letivo poderá ser dividido em 03 (três) unidades letivas.

Art. 34 O acesso aos cursos técnicos ,na forma integrada, dar-se-á por meio de
processo de seleção, para o primeiro período do curso.

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SEÇÃO II
DOS CURSOS TÉCNICOS INTEGRADOS NA MODALIDADE DE EDUCAÇÃO DE
JOVENS E ADULTOS (PROEJA)

Art. 35 Os cursos ofertados, com base no Programa Nacional de Integração da


Educação Profissional à Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e
Adultos- PROEJA, abrangerá os seguintes cursos:

I - formação inicial e continuada (FIC) de trabalhadores;


II - educação profissional técnica de nível médio.

§ 1º A construção da proposta pedagógica dos cursos PROEJA deve contemplar os


seguintes pilares: a formação para atuação no mundo do trabalho (Educação
Profissional Tecnológica - EPT); o modo próprio de fazer a educação, considerando as
especificidades dos sujeitos jovens e adultos, (Educação de Jovens e Adultos - EJA);
a formação para o exercício da cidadania (Educação Básica).

§ 2º O PROEJA FIC, a que se refere o inciso I, objetiva a integração de formação inicial


e continuada de trabalhadores e os anos finais do ensino fundamental na modalidade
de Educação de Jovens e Adultos (EJA).

a) Os Cursos PROEJA FIC, são destinados a discentes e/ou trabalhadores maiores de


15 anos (em conformidade com as diretrizes nacionais para a EJA), que tenham
concluído os anos iniciais (1º ao 5º ano) do ensino fundamental, ou demonstrem, por
meio de processo avaliativo, ter base de conhecimentos necessários para continuidade
de estudos no 6º ano;

b) O tempo mínimo de duração previsto para o curso é de 1.400 horas, sendo, no


mínimo 1.200 horas dedicadas à formação geral e, no mínimo, 200 horas para a

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formação profissional, conforme artigo 4º do Decreto nº 5.840/2006.

c) Os cursos serão estruturados para integrar os conhecimentos da Educação Básica,


próprios dessa etapa de escolarização, com os específicos da formação inicial ou
continuada de uma determinada área profissional ou arcos ocupacionais. Esses cursos
reconhecerão as atualidades do mundo do trabalho, mas não se restringir a elas.

§ 3º O PROEJA Técnico Integrado (cf. inciso II) destina-se aos jovens e adultos, com
idade mínima de 18 anos, que concluíram o ensino fundamental, e não finalizaram o
Ensino Médio.

a) A carga horária dos cursos PROEJA Técnico é de 2.400 horas, conforme


estabelecido no Catálogo Nacional de Cursos Técnicos, das quais 1.200 horas é da
formação geral e 1.200 horas da formação específica, de acordo com o curso. O
PROEJA Técnico seguirá as regulamentações específicas de oferta de cursos
Técnicos.

b) Os cursos PROEJA Técnico serão planejados de modo a conduzir o discente a uma


habilitação profissional técnica de nível médio que lhe possibilitará a inserção no mundo
do trabalho e a continuidade de estudos na educação superior de graduação ou em
cursos de especialização técnica.

Art. 36 Os cursos FIC e técnicos integrados na modalidade EJA serão ofertados


somente na modalidade presencial, com a possibilidade de contemplar até 20% da
carga horária total com atividades em EaD.

Parágrafo único. A oferta presencial não deve ser um limitador na organização dos
tempos e espaços nos cursos, ou seja, poderão ser respeitados os calendários
sazonais, bem como exploradas as possibilidades envolvidas com a pedagogia da
alternância, conforme prevê orientações para oferta de cursos PROEJA.

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Art. 37 Os PPCs dos cursos FIC e técnicos de nível médio integrados na modalidade
EJA verificarão, adicionalmente ao que dispõe a(s):

I - Regulamentação do Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com


a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA);
II - Diretrizes Curriculares Nacionais para a EJA.

Parágrafo único. Os cursos PROEJA FIC serão desenvolvidos em parceria com escolas
da rede pública municipal e/ou estadual de ensino.

Art. 38 A matriz curricular dos cursos técnicos de nível médio integrados na


modalidade EJA será organizada em regime seriado com período semestral e
estruturada em núcleos fundamental, básico, politécnico e tecnológico, com base na
seguinte organização:

I - Núcleo fundamental: relativo a conhecimentos de base científica, indispensáveis ao


bom desempenho acadêmico dos ingressantes. Constitui-se de revisão de
conhecimentos de Língua Portuguesa e Matemática do ensino fundamental;

II - Núcleo Básico: relativo a conhecimentos do Ensino Médio (Linguagens, Ciências


Humanas, Ciências da Natureza e Matemática), contemplando conteúdos de base
científica e cultural basilares para a formação humana integral;

I I I - Núcleo Politécnico: relativo a conhecimentos do Ensino Médio e da Educação


Profissional, traduzidos em conteúdos de estreita articulação com o curso, por eixo
tecnológico, representando elementos expressivos para a integração curricular.

I V - Núcleo Tecnológico: relativo a conhecimentos da formação técnica específica,


com a atuação profissional e as regulamentações do exercício da profissão, de acordo

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com o campo de conhecimentos do eixo tecnológico, conforme o CNCT.

§ 1º Os cursos técnicos de nível médio integrados na modalidade EJA estarão


estruturados com duração de 6 (seis) períodos letivos, na proporção de um semestre
para cada período letivo.

§ 2º Adicionalmente às disciplinas do núcleo fundamental, sempre que necessário,


serão desenvolvidos, em qualquer período, estudos ou cursos complementares e
estratégias diferenciadas para a aprendizagem.

§ 3º As matrizes curriculares observarão o limite de até 6 (seis) disciplinas e/ou


componentes curriculares por semestre letivo e a necessária introdução, desde o
primeiro período do curso, de disciplinas e/ou componentes curriculares que compõem
o núcleo tecnológico.

§ 4º As disciplinas e/ou componentes curriculares formadores da matriz curricular


serão articuladas e fundamentadas na integração curricular numa perspectiva
interdisciplinar e/ou transdisciplinar, orientadas pelos perfis profissionais de conclusão,
ensejando ao educando uma base de conhecimentos científicos e tecnológicos, bem
como a aplicação de conhecimentos teórico-práticos específicos de uma área
profissional, contribuindo para a formação histórico-crítica.

§ 5º A prática profissional estará prevista na matriz curricular definida no PPC e será


desenvolvida no decorrer do curso.

§ 6º Após a integralização de todos os componentes curriculares, inclusive a prática


profissional, o discente receberá o Diploma de Técnico de Nível Médio no respectivo
curso.

Art. 39 As matrizes dos cursos PROEJA FIC Fundamental estão estruturadas com três

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núcleos a saber: estruturante, articulador e tecnológico.

I - Núcleo Estruturante: absorve os conhecimentos do ensino fundamental,


contemplando conteúdos da base científico-cultural basilares para a formação humana
integral;

II - Núcleo Articulador: integra conhecimentos do ensino fundamental e da educação


profissional, traduzidos em conteúdos de estreita articulação com o curso, por eixo
tecnológico. Ele pode contemplar bases científicas gerais que alicerçam suportes de
uso geral tais como: tecnologia da informação e comunicação, higiene e segurança no
trabalho, natureza, cultura, sociedade e trabalho;

III - Núcleo Tecnológico: engloba conhecimentos específicos do eixo tecnológico,


atuação profissional e as regulamentações do exercício da profissão. Outras disciplinas
e/ou componentes curriculares não elencados no núcleo articulador, serão
contempladas.

§ 1º O núcleo estruturante organizado, desenvolvido e certificado pelas escolas


parceiras, nas quais os discentes estejam vinculados, cumpre o prescrito para o
currículo EJA – Ensino Fundamental. Esse núcleo contém disciplinas obrigatórias
correspondentes aos anos finais do ensino fundamental na modalidade EJA.

§ 2° A matriz dos cursos, tratando-se da formação específica, está organizada em


módulos, que serão desenvolvidos por disciplinas e/ou componentes curriculares- em
regime seriado semestral, com uma carga horária total de 200h, com duração de 4
períodos letivos (dois anos).

Art. 40 A integralização dos estudos correspondentes aos conhecimentos


científicos e tecnológicos será obtida pela efetivação da carga horária total fixada para
cada curso.

22
A r t . 4 1 O acesso aos cursos técnicos na modalidade EJA será definido em editais
específicos atendendo as especificidades do público da EJA.

SEÇÃO III
DOS CURSOS TÉCNICOS DE NÍVEL MÉDIO SUBSEQUENTE

A r t . 4 2 Os cursos técnicos de nível médio na forma subsequente, destinados aos


portadores de certificado de conclusão do Ensino Médio, serão planejados com o
objetivo de formar o discente, em uma perspectiva histórico crítica, para obter uma
habilitação profissional técnica de nível médio.

Parágrafo único. Os cursos técnicos na forma subsequentes poderão ser ofertados na


modalidade presencial ou a distância.

Art. 43 A matriz curricular dos cursos técnicos de nível médio na forma


subsequentes será organizada em regime semestral, estará constituída por disciplinas
e estruturada em núcleos básico, politécnico e tecnológico, segundo a seguinte
organização:

I - Núcleo Básico: relativo a conhecimentos do Ensino Médio (Linguagens, Ciências


Humanas, Ciências da Natureza e Matemática), contemplando conteúdos de base
científica e cultural basilares para a formação humana integral;

II - Núcleo Politécnico: relativo a conhecimentos do


Ensino Médio e da educação profissional, traduzidos em
conteúdos de estreita articulação com o curso, por eixo tecnológico, representando
elementos expressivos para a integração curricular, a exemplo de: tecnologias de

23
informação e comunicação, cultura, sociedade e trabalho e sustentabilidade, dentre
outras;

III - Núcleo Tecnológico: relativo a conhecimentos específicos do eixo tecnológico, com


a atuação profissional e com as regulamentações do exercício da profissão e o CNCT.

§ 1º Os cursos estarão estruturados com duração de 04 (quatro) períodos letivos


(semestral), em função do curso e do turno de oferta, sendo um semestre
correspondente a cada período letivo.

§ 2º As matrizes curriculares observarão o limite de até 09 (nove) disciplinas por


semestre letivo.

§ 3º As disciplinas formadoras da matriz curricular deverão estar articuladas,


fundamentadas na integração curricular numa perspectiva interdisciplinar e orientadas
pelos perfis profissionais de conclusão. Isso ensejará ao educando a formação de uma
base de conhecimentos científicos e tecnológicos, bem como a aplicação de
conhecimentos teórico-práticos específicos de uma área profissional, contribuindo para
uma sólida formação histórico-crítica.

§ 4º A prática profissional estará prevista na matriz curricular definida no PPC e será


desenvolvida no decorrer do curso.

§ 5º Após a integralização de todos os componentes curriculares, inclusive a prática


profissional, o discnete receberá o Diploma de Técnico de Nível Médio no respectivo
curso.

Art. 4 4 Os cursos técnicos de nível médio, na forma subsequente, estarão


organizados em uma base de conhecimentos científicos e tecnológicos. Deve-se
contemplar o mínimo de 800, 1.000 ou 1.200 horas de disciplinas técnicas, de acordo

24
com o curso, conforme carga horária estabelecida no CNCT.

§ 1º A integralização dos estudos correspondentes aos conhecimentos científicos e


tecnológicos será obtida pela efetivação da carga horária total fixada para cada curso.

§ 2º Se a oferta do curso sofrer alternância de turnos diurno e noturno, deverá ser


considerada, para efeito de distribuição dos semestres na matriz curricular, a estrutura
do curso noturno.

Art. 45 Os discentes que concluíram disciplinas em cursos equivalentes ou superiores,


os transferidos ou reingressantes poderão solicitar aproveitamento de estudos, e,
consequentemente, dispensa de disciplinas no prazo fixado no calendário acadêmico
conforme Resolução n° 41/ 2012 do Conselho Superior (CONSUP) do IFBA.

Art. 46 O acesso aos cursos técnicos na forma subsequentes se dará por meio de
processo de seleção.

SEÇÃO IV
DOS PROCESSOS REGULATÓRIOS E AVALIATIVOS DAS OFERTAS
EDUCACIONAIS

SUB-SEÇÃO I – DOS CONSELHOS DE CURSO

Art. 47 O Conselho de Curso é um órgão colegiado que se destina ao


acompanhamento do Processo Pedagógico desenvolvido no curso.

Art. 48 O Conselho de Curso será constituído pelo (a) Coordenador (a) do Curso, por 3
(três) docentes(as) da área técnica que ministram aula para o curso, por 4
(quatro) docentes representando as áreas de disciplinas comuns (linguagens, ciências
da natureza, matemática e ciências humanas), por 1 (um) representante da área
técnico-pedagógica e por 1 (um) representante do corpo discente, observando-se o
seguinte:

I - o Conselho de Curso será presidido pelo (a) Coordenador (a) do Curso;

25
II - o representante discente será escolhido pelos discentes regularmente matriculados
no curso;

III - a composição poderá ser alterada no caso dos membros perderem a condição
adquirida.

Art. 49 O Conselho de Curso se reunirá:

I - ordinariamente em duas reuniões, por período letivo, sendo, necessariamente,


uma reunião no início do ano letivo e outra após a realização das Reuniões do
Conselho de Classe Final;

II - extraordinariamente quando um fato relevante o requerer.

Art. 50 Outras pessoas poderão ser convocadas, pelo Presidente, para participar das
reuniões do Conselho de Curso, desde que estejam envolvidas ou possam contribuir
com o assunto a ser analisado.

Art. 51 Compete ao Conselho de Curso:

I - assegurar o desenvolvimento do curso em consonância com a missão institucional,


zelando pela formação integral do discente;

II - avaliar o processo pedagógico do curso tomando como base registros, dados e


indicadores acadêmicos;

III - elaborar metodologias necessárias ao aperfeiçoamento do curso;

IV - sugerir atualização dos espaços de aprendizagem e recursos didáticos visando


atender ao perfil profissional do curso;

V - emitir parecer nos p r o c e s s o s estudantis relativos a


registros e requerimentos acadêmicos;

VI - emitir parecer nos processos de solicitação de matrícula para portadores de


diploma ou de certificado de qualificação profissional técnica de nível médio;

VII - indicar uma comissão para avaliar processo dos


discentes ,que solicitaram aproveitamento de
conhecimentos e experiências anteriores, e emitir
parecer final sobre a solicitação;

VIII - aprovar as alterações/reformulações no PPC,


antes do encaminhamento do mesmo para apreciação na Pró-Reitoria de Ensino

26
(PROEN) e no Conselho de Ensino, pesquisa e Extensão (CONSEPE);

IX - analisar o requerimento e emitir parecer sobre o processo de exercício domiciliar.

Art. 52 Na análise dos processos encaminhados ao Conselho de Curso, será observada


a seguinte ordem de prioridade para o preenchimento de vagas:

I - mudança de turno;

II - transferência interna;

III - matrícula para portador de certificado de qualificação profissional técnica de nível


médio;

IV - reintegração no curso;

V - transferência externa;

V I - matrícula para portador de diploma.

A r t . 5 3 O s pareceres advindos do Conselho de Curso deverão ser


encaminhadas à Diretoria de Ensino, para as deliberações finais.

Parágrafo Único. O interessado poderá interpor recurso


da decisão à Diretoria de Ensino, através de
requerimento no prazo de 3 (três) dias úteis.

SUB-SEÇÃO II - DO PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO

Art. 54 A solicitação de aprovação e de alteração de PPC no âmbito do IFBA d e v e r á


obedecer ao fluxo processual, conforme
regulamentação específica recomendada pela PROEN .

Art. 55 Os PPCs deverão ser revistos e/ou alterados, mediante avaliações sistemáticas,
em, no máximo, a cada 3 anos, desde que haja defasagem entre o perfil profissional de

27
conclusão do curso, seus objetivos, conteúdos e organização curricular, os quais
deverão refletir as exigências decorrentes das transformações científicas, tecnológicas,
socioculturais ou quando houver alterações legais que impactem na estrutura e
funcionamento dos cursos.

SUB-SEÇÃO III - DO PLANEJAMENTO DO ENSINO

Art. 56 Entende-se por Plano de Ensino a antecipação de forma organizada de todas


as etapas do trabalho docente, a ser concretizada em roteiro no período de um ano ou
um semestre letivo, coerente com o PPC, em constante zelo pela aprendizagem dos
discentes e construção da sua efetiva cidadania.

§ 1º É obrigatória a elaboração do Plano de Ensino pelos/as docentes, sob a orientação


e/ou revisão da Diretoria de Ensino/Coordenação de Cursos/Área e/ou Coordenação
Pedagógica, no início do ano/semestre letivo.

§ 2º Nos Planos de Ensino deverão constar:

I - Identificação;
II - Ementa;
III - Objetivos;
IV - Conteúdo programático;
V - Metodologia;
VI - Avaliação;
VII - Recuperação da aprendizagem;
VIII - Referências básica e complementar.

28
Art. 57 O docente apresentará ao discente, no início do período letivo, o Plano de Ensi -
no, discutindo-o em sala de aula, abordando, sobretudo, questões relevantes, tais
como: o sistema de avaliação, a metodologia de ensino e o cronograma de trabalho.

Art.58 Os Planos de Ensino serão elaborados e atualizados,


anualmente/semestralmente de acordo com a forma de oferta do curso a que se refere.

Art. 59 São consideradas atividades didático-pedagógicas de caráter multidisciplinar,


constantes nos Planos de Ensino dos diversos cursos, aquelas que objetivam comple-
mentar a aprendizagem e o enriquecimento sociocultural e esportivo dos discentes.

Art. 60 São consideradas atividades extraclasses:

I – Atividades e/ou trabalhos específicos, individuais ou em grupo, previstos no Plano


de Ensino dos/das docentes, diretamente relacionados às Bases Tecnológicas constan-
tes no PPC;
II – Pesquisa bibliográfica/eletrônica ou de campo, sob orientação dos/das docentes;
III – Elaboração de projetos e/ou realização de experimentos, sob a orientação dos/das
docentes.

§ 1º As atividades extraclasses não devem ultrapassar 15% da carga horária do total


do componente curricular, tão pouco exceder a seis aulas por atividade.

§ 2 º As atividades extraclasses devem ser registradas na caderneta eletrônica do do -


cente, constando no registro dos conteúdos trabalhados, especificando a carga horária
e contabilizá-la no cômputo geral do período.

29
TÍTULO III
DO DESENVOLVIMENTO DO ENSINO

CAPÍTULO I
DO ACOMPANHAMENTO ACADÊMICO DOS DISCENTES

Art. 61 As ações de acompanhamento do processo de aprendizagem, da frequência e


do desempenho acadêmico dos discentes devem ser desenvolvidas, de forma periódica
e sistematizadas, sob a coordenação do Coordenador de Curso, com os/as
docentes/as, a equipe técnico-pedagógica e o departamento/diretoria de ensino do
Campus.

Art. 62 Deverão ser previstas estratégias de acompanhamento da frequência e do


desempenho acadêmico dos discentes de todos os cursos do IFBA, com o objetivo de
desenvolver ações de intervenção que garantam aos discentes a permanência e o
êxito.

Parágrafo único - As ações de intervenção devem estar direcionadas a:

a) implementação de atividades curriculares, que fortaleçam o processo ensino-


aprendizagem e estimulem a permanência dos discentes;

b) fomentação de práticas curriculares, que fortaleçam o ambiente acadêmico como


espaço acolhedor, colaborativo, estimulador da aprendizagem, sobretudo inclusivo,
respeitando e valorizando cada sujeito com suas especificidades;

c) acompanhamento biopsicossocial que promova a inclusão, envolvendo aspectos da


assistência estudantil, da acessibilidade e do desenvolvimento autônomo dos discentes.

30
Art. 63 Constituem espaços privilegiados para o planejamento e o desenvolvimento de
ações de acompanhamento acadêmico dos discentes:

a) atendimentos individuais ou em grupo aos discentes;

b) reuniões pedagógicas;

c) reuniões de Conselho de Curso e;

d) reuniões de Conselho de Classe.

Art. 64 Os discentes com deficiências e com outras necessidades educacionais


específicas deverão ser acompanhados adicionalmente pelo Núcleo de Atendimento às
Pessoas com Necessidades Específicas (NAPNE)/Coordenação de Atendimento às
Pessoas com Necessidades Específicas (CAPNE), que será responsável pela
solicitação e provimento dos apoios necessários para o desenvolvimento das atividades
de ensino-aprendizagem.

CAPÍTULO II
DOS REGISTROS ACADÊMICOS

Art. 65 Entende-se por registro acadêmico os dados e documentos referentes à vida


acadêmica dos discentes vinculados ao IFBA. Estão inclusos:

I - forma de ingresso;

II - matrícula, renovação, reabertura e reintegração de matrícula;

III - histórico, atestado e boletim acadêmicos;

IV - inscrição em disciplinas;

V - aproveitamento de estudos/componentes curriculares;

VI - certificação de conhecimentos;

31
VII - trancamento de matrícula;

VIII - cancelamento de matrícula e componente curricular;

IX - atividades de prática profissional; estágio docente ou técnico; prática como


componente curricular (desenvolvimento de projetos e de pesquisas acadêmico-
científica e/ou tecnológica, atividades de metodologia do ensino); e atividades
acadêmico-científico-culturais;

X - participação em eventos acadêmico-científico-culturais;

XI - atividades de iniciação científica e de extensão;

XII - Atividade de Conclusão de Curso;

XIII - atividades complementares;

XIV - premiações e condecorações;

XV - medidas disciplinares;

XVI - outros dados e documentos de natureza similar.

Art. 66 O registro, no sistema acadêmico, das informações dos conteúdos, das


atividades desenvolvidas e da frequência de cada aula ministrada, bem como da
verificação de aprendizagem de cada componente curricular, deverá ser feito em
ambiente eletrônico próprio, pelo professor da disciplina em questão, nos prazos
previstos no calendário acadêmico do Campus, no qual se encontra vinculado o
discente.

Parágrafo único. Os demais dados, documentação e informações


escolares/acadêmicas e pessoais dos discentes regulares do IFBA deverão ter registro,
arquivo e controle no Setor de Registros do Campus respectivo, segundo as
competências estabelecidas em Regimento do IFBA, sob a responsabilidade de seus
Gerentes/Coordenadores e supervisão, do Departamento ou Diretoria de Ensino em
cada Campus.

Art. 67 A caderneta escolar deverá ser em formato


eletrônico e devidamente preenchido, com o registro de
frequência e desempenho do discente ,os conteúdos
abordados e carga horária previstos no PPC para a
disciplina, e, ao final do período letivo, a versão

32
impressa e assinada pelo(s) docente(s) deverá ser
entregue ao setor de Registros Acadêmicos do c ampus
para arquivamento.

§ 1º O Coordenador de Curso deverá monitorar e acompanhar a realização do exposto


no caput deste Artigo.

§ 2º Na hipótese da existência de registros incompletos ou insuficientes de conteúdos e/


ou carga horária, o docente responsável pela disciplina deverá organizar o
desenvolvimento de estratégias de ensino para reposição.

Art. 68 Os dados e informações na condição física, inclusive a documentação pessoal,


dos egressos e de discentes que tiveram a sua matrícula anulada/cancelada ou que
evadiram ou abandonaram, ficarão sob a responsabilidade do arquivo inativo/passivo,
conforme leis específicas, para as devidas consultas.

CAPÍTULO III
DA ADMISSÃO E DO INGRESSO

Art. 69 O IFBA, por natureza, tem como diretriz básica o atendimento a todo público
onde está inserido, independente de sua origem socioeconômica, sua convicção
política, seu gênero, sua orientação sexual, sua opção religiosa, sua etnia ou qualquer
outro aspecto que possa caracterizar preferência de um em detrimento de outro (s).

Art. 70 A instituição reservará, em todos os cursos técnicos de nível médio vagas para
discentes provenientes da rede pública de ensino, observando outros critérios
igualmente importantes como origem étnica, condição socioeconômica e necessidades
específicas.

§ 1º Os critérios para atendimento das reservas de vagas respeitarão a legislação


federal em vigência e, na ausência desta, regulamentação própria aprovada pelo
CONSUP do IFBA.

§ 2º Não estão incluídas na rede pública de ensino escolas filantrópicas, cenecistas ou


escolas particulares com bolsa de estudos.

SEÇÃO I
DA ADMISSÃO

33
Art. 71 A admissão aos cursos ofertados pelo IFBA será realizada através de processo
seletivo de caráter eliminatório e classificatório, respeitada a legislação específica,
podendo, no entanto, haver interrupção na oferta, de acordo com a demanda e as
condições operacionais da instituição.

Parágrafo Único. Em quaisquer das situações previstas de admissão de discentes,


deverá ser publicado e divulgado edital de processo seletivo constando as vagas,
turnos, cursos e respectivos campi de ofertas, demais procedimentos para inscrições,
entrega de documentação e realização de provas (quando couber), bem como períodos
de resultados e de matrícula.

Art. 72 A admissão de discentes ao primeiro período dos cursos será realizada por
meio de processo seletivo, com classificação por meio de critérios específicos.

Art. 73 A admissão de discentes ao primeiro período dos cursos, caso haja vagas
remanescentes, poderá ser feita por processo seletivo realizado por meio de:

I - prova específica para classificação em ordem decrescente da pontuação final na


prova;

II - análise do histórico acadêmico para definição e compatibilização do período de


ingresso no curso.

CAPÍTULO IV
DA MATRÍCULA

SEÇÃO I
DA MATRÍCULA INSTITUCIONAL

Art. 74 Entende-se por matrícula o ato pelo qual se dá a vinculação do cidadão à


Instituição de Ensino, na condição de discente, observados os procedimentos
pertinentes, constantes destas Normas Acadêmicas.

Art. 75 A matrícula institucional nos diversos cursos será efetivada no Campus


respectivo do IFBA, em data e horário divulgados em site do IFBA.

Art. 76 A matrícula institucional será obrigatória e concedida ao:

I - candidato aprovado e convocado em Processo Seletivo (oferecido pelo IFBA e ou


por adesão);

34
II – discente que obteve aprovação em seu pedido de Transferência;

III - discente de outras instituições de ensino, inclusive estrangeiras, observado o


estabelecido em convênio, intercâmbio ou acordo cultural.

Parágrafo Único. A matrícula institucional poderá ser efetivada pelo próprio candidato,
por seu responsável legal, no caso de discentes menores de dezoito anos, ou por
procurador devidamente constituído.

Art. 77 Fica vedada a matrícula simultânea em dois ou mais cursos técnicos de nível
médio no IFBA.

Art. 78 Perderá o direito à vaga pleiteada no IFBA:

I - O candidato aprovado e convocado ou o requerente, que obteve aprovação em um


dos pedidos descritos no Art. 77, incisos II, III e não efetivar a sua matrícula conforme
consta no Art. 80.

II - O discente que se matriculou e não frequentou os 30 (trinta) primeiros dias de aulas


do início ano letivo, sem apresentação de justificativa devidamente comprovada e
atestada de:

a) convocação para o serviço militar obrigatório (ao completar 18 anos);

b) tratamento prolongado por problemas de saúde pessoal ou de familiares em


primeiro grau, quando não couber o atendimento domiciliar especial; ou

c) gravidez de alto risco ou problemas pós-parto.

Art. 79 A matrícula institucional dar-se-á mediante a entrega da fotocópia autenticada


ou da fotocópia com a apresentação do original dos documentos estabelecidos no
Edital do processo seletivo, no ato da matrícula.

§ 1º Constatada em algum tempo a falsidade ou a irregularidade na documentação,


exigida para efetivação de matrícula, que foi entregue pelo discente e fraude para a
obtenção da matrícula, sua inscrição será cancelada em definitivo com a perda da
respectiva vaga, através de ato administrativo da Direção de Ensino, homologado pela
Direção Geral e registrado pelo setor de Registros Acadêmicos, podendo a Instituição
adotar outras medidas cabíveis na forma lei.

§ 2º Efetivada a matrícula, fica caracterizada a imediata adesão do discente ao


Regimento Interno do IFBA, ao Código Disciplinar Discente e a esta Norma Acadêmica,
vedando-se a invocação de desconhecimento a seu favor.

35
Art. 80 N o p e r í o d o l e t i v o d e i n g r e s s o n o c u r s o , o
discente deverá estar matriculado em todas as
d i s c i p l i n a s compatíveis com o seu período de referência, para qualquer forma de
ingresso.

SEÇÃO II
DA RENOVAÇÃO DE MATRÍCULA

Art. 81 Entende-se por renovação de matrícula, o processo periódico de registro do


discente no Setor de Registros Acadêmicos, realizado de modo online ou presencial,
obrigatoriamente nas datas previstas n o c a l e n d á r i o a c a d ê m i c o d o
Campus de vinculação do discente.

Parágrafo Único. Necessitarão fazer a renovação de


matrícula todos os discentes regularmente matriculados,
inclusive aqueles em realização de prática profissional
ou estágio supervisionado.

Art. 82 O discente, com direito à renovação de


matrícula, que deixar de efetivá–la no prazo previsto,
deverá solicitá–la no setor de registros acadêmicos, em
até 20(vinte) dias corridos desse prazo, com
a p r e s e n t a ç ã o d a ( s ) d e v i d a ( s ) j u s t i f i c a t i v a ( s ) , sob pena de ser
desvinculado da instituição.

§ 1º O Conselho de Curso julgará e emitirá parecer sobre a solicitação de renovação da


matrícula do(s) discentes(s), considerando: a assiduidade e pontualidade, o
cumprimento das tarefas, o tempo máximo para integralização do curso, a existência de
vagas e outros aspectos que o Conselho julgar conveniente.

§ 2º O parecer do Conselho de Curso será enviado à Diretoria de Ensino que


deliberará e encaminhará o(s) processo(s) ao Setor de Registros Acadêmicos, com
decisão clara e definitiva, autorizando ou não a renovação de matrícula do(s)
discente(s).

§ 3º Caso a conclusão do processo indique a d e s v i n c u l a ç ã o d o d i s c e n t e ,


o mesmo deverá ser precedido de apuração, em que lhe
será dado o direito à ampla defesa.

Art. 83 O discente que estiver em débito com a Biblioteca não poderá renovar a
matrícula até que a situação seja regularizada.

Art. 84 O discente perderá o direito à renovação de

36
matrícula quando:

I - tiver concluído todos os componentes curriculares de seu curso, conforme


estabelecido no PPC ;

II - for reprovado por faltas em todas as disciplinas no


1º período acadêmico dos cursos técnicos de nível
médio;

III - deixar de efetivar a renovação da matrícula por


um período letivo ;

IV - ultrapassar o prazo máximo de integralização


curricular fixado pelo Art. 26;

V - da aplicação de imposições disciplinares que resultem no desligamento do discente


da Instituição, conforme o Regimento Interno.

Art. 85 O setor de registro informará ao discente o


cancelamento de sua matrícula institucional e as
respectivas razões, no ato da solicitação de renovação
da matrícula.

SEÇÃO III
DO TRANCAMENTO DE MATRÍCULA

Art. 86 Entende-se por trancamento de matrícula a suspensão total dos estudos, por
um período letivo, a pedido do próprio discente.

Art. 87 A solicitação de trancamento de matrícula deverá ser feita mediante a entrega


de requerimento próprio no setor de Protocolo do Campus, direcionada à Coordenação
do curso, pelo discente maior de 18 (dezoito) anos, por seu representante legal ou
responsáveis, quando menor de 18 (dezoito) anos, em período previsto em calendário
acadêmico do Campus de vinculação do discente.

P a r á g r a f o Ú n i c o . O trancamento de matrícula só terá validade por 1(um) ano/


semestre letivo.

Art. 88 O trancamento total de matrícula não será computado para efeito de contagem
de tempo máximo para integralização curricular.

Art. 89 Caso não haja oferta das disciplinas para o discente ao retornar do período de

37
trancamento, a Coordenação do Curso e Diretoria de Ensino do Campus deverão
garantir uma matrícula específica para caracterizar um vínculo do discente no
ano/semestre letivos.

Parágrafo Único . Para o discente que estiver na condição tratada no caput desse
Artigo, o Coordenador do Curso desenvolverá atividades acadêmicas extracurriculares
durante o período equivalente.

Art. 90 O trancamento de matrícula será autorizado pela Coordenação de Curso,


somente para o discente que tiver cursado os componentes curriculares do primeiro
ano/semestre do curso, por apenas um ano ou semestre letivo para os cursos técnicos
de nível médio.

P a r á g r a f o Ú n i c o . O trancamento de matrícula não será concedido para o


primeiro período letivo após a reintegração, transferência interna ou externa.

Art. 91 Ao retomar às atividades acadêmicas, o discente retomará o período/semestre


letivo interrompido por ocasião do trancamento.

P a r á g r a f o ú n i c o . Nos cursos, com regime seriado ou semestral, o discente


deverá ser matriculado em todas as disciplinas da série ou semestre.

Art. 92 O discente com a matrícula trancada, ao retornar e prosseguir seus estudos,


estará sujeito às mudanças ocorridas nas matrizes curriculares, nos conteúdos
programáticos, no regimento interno ou nas normas acadêmicas.

Art. 93 O discente terá direito ao trancamento de matrícula em qualquer época, por:

I - comprovação por atestado médico, fornecido ou homologado pelo Serviço Médico-


Odontológico do Campus, quando houver ou outros relatórios expedidos por
profissionais das áreas biopsicossociais homologados pelos profissionais do campus;

II - tratamento prolongado de saúde de familiares em primeiro grau, quando não couber


o atendimento domiciliar especial;

III - convocação para o Serviço Militar obrigatório;

IV - gravidez e amamentação comprovadas por atestado homologado pelo Serviço


Médico do Campus, quando houver ou de qualquer outra Unidade do IFBA;

V - direito assegurado em legislação específica.

Parágrafo Único. Para efeito do disposto no inciso I


deste Artigo, o discente ao regressar para a

38
prossecução de seus estudos, ficará condicionado à
apresentação de novo parecer, homologado pelos
profissionais competentes do campus ou de qualquer
outra Unidade do IFBA, acompanhado de requerimento
entregue no setor de Protocolo do campus, e
encaminhado ao Setor de Registros Acadêmicos, onde
fique comprovado encontrar-se o discenteem condições
de prosseguir seus estudos.

SEÇÃO IV
DA REINTEGRAÇÃO

Art. 94 O discente que perder o direito a matrícula (cf.Art. 84, incisos II , III e IV) poderá
formalizar o seu pedido de reintegração, através de requerimento próprio com a devida
justificativa, dirigido ao Conselho de Curso.

Art. 95 Caberá ao Conselho do Curso e, no caso de inexistência desse, à Direção de


Ensino analisar o requerimento do discente e emitir parecer sobre o processo de
reintegração, o qual será encaminhado à Diretoria de Ensino ou Direção Geral para
análise e parecer final.

§ 1o O atendimento à solicitação de reintegração ao curso será condicionado ao


cumprimento dos seguintes requisitos:

a) a existência de vaga;

b) não ter sido negada a renovação de matrícula pelo Conselho de Curso, de acordo
com o estabelecido no Art. 83 desta Norma Acadêmica.

c) não ter sido desligado da instituição por motivos disciplinares.

§ 2o Quando o número de vagas para reintegração for


i n f e r i o r a o n ú m e r o d e p e didos, o Conselho de Curso selecionará os
interessados examinando: as causas para a desvinculação da Instituição, o histórico
escolar, a vida acadêmica do discente, tempo de afastamento e outros elementos que
julgar conveniente.

§3º O Conselho do Curso aprovará a reintegração somente quando houver tempo


disponível para a integralização curricular do discente, conforme determinado no Art. 26.

§ 4º O discente só poderá ser reintegrado mais de uma vez, mediante justificativa a


ser analisada pelo Conselho do Curso e aprovação da Diretoria de Ensino ou Direção

39
Geral.

§ 5º A reintegração não extingue a trajetória acadêmica anterior e seus efeitos.

§ 6º O discente reintegrado não poderá requerer trancamento total ou parcial de


matrícula, salvo nos casos previstos em Lei.

§ 7º Não será concedida a reintegração ao curso para o discente desvinculado da


Instituição por mais de 12 meses.

§ 8º O discente reintegrado estará sujeito às mudanças curriculares, de conteúdo


programático, no regimento interno ou nas normas acadêmicas.

§ 9º Fica dispensada a exigência do disposto nos § 3º e 7º quando o discente solicite


cursar apenas o componente curricular estágio, desde que o discente comprove já ter
cursado todos os outros componentes curriculares previstos no PPC do curso.

Art.96 Indeferido o pedido de reintegração e esgotados os recursos administrativos


cabíveis, o discente perderá o direito à vaga.

SEÇÃO V
DA MATRÍCULA DO DISCENTE POR TRANSFERÊNCIA INTERNA OU EXTERNA

Art. 97 A transferência é caracterizada pela transposição da vida acadêmica do


discente de um determinado curso para outro.

§ 1º S ó s e r á a d mitida a transferência entre cursos com a mesma habilitação


profissional.

§ 2º A transferência interna só será permitida uma vez.

Art. 98 A transferência pode ocorrer para cursos de campi diferentes da mesma


Instituição (consideradas como Transferências Internas) ou para cursos de outra
Instituição (consideradas como Transferência Externa).

§ 1º O processo de solicitação de transferência, em qualquer das condições descritas no


caput deste artigo, iniciar-se-à após manifestação do interessado, por meio de
requerimento, no qual expresse a intenção de transferir-se com base nos trâmites legais.

§ 2º Sendo o discente menor de 18 anos, caberá ao responsável legal fazer a solicitação


da transferência em qualquer das condições descritas no caput desse artigo.

40
Art. 99 O processo de solicitação de transferência será realizado no período definido
no Calendário Acadêmico mediante a apresentação da documentação exigida.

Parágrafo Único. A transferência estará condicionada a existência de vaga na etapa


pretendida do curso.

Art. 100 Para a concessão da transferência solicitada para outra Instituição, exigir-se-á a
declaração de deferimento enviada pela Instituição de destino, devendo o discente, na
sua vida acadêmica, estar isento de:

I - débito (s) com as Bibliotecas do IFBA ;

I I - imposição(ões) disciplinar(es) que pode(m) resultar em desligamento do discente


da Instituição, conforme o Regimento Interno;

III - ação (ões) judicial (is) contra o IFBA.

Art. 101 Compete ao(à) Diretor(a) de Ensino, diante do parecer do Conselho de Curso,
oficializar e enviar ao setor de Registros Acadêmicos, o quantitativo de vagas a serem
oferecidas para matrícula de transferências e posterior publicação do mesmo em edital,
juntamente com o período para a solicitação de transferências já definida no calendário
acadêmico.

Parágrafo Único. O número de vagas será publicado a cada ano/semestre letivo.

Art. 102 A solicitação de matrícula por transferência será encaminhada ao Conselho do


Curso, devendo obrigatoriamente estar acompanhada da seguinte documentação:

I - Histórico devidamente autenticado e assinado pela Instituição de origem, no qual


conste carga horária e descrição dos símbolos dos conceitos ou notas obtidos, com os
valores correspondentes;

II - PPC de origem aprovado pelos órgãos competentes do sistema de ensino,


conforme estabelecido em legislação própria vigente;

III - Declaração da Instituição de origem, informando que o candidato encontra-se


matriculado ou que possui vínculo e esteja em situação regular;

IV - Comprovação legal que regulamenta o curso de origem, quanto à autorização para


funcionamento por órgão competente;

V - Cópia e original do Documento de Identidade e CPF.

41
Art. 103 Caberá ao Conselho do Curso:

I - analisar o requerimento e emitir parecer sobre a solicitação de transferência;

II - proceder aos estudos de adaptação curricular dos candidatos selecionados;

III- enviar o parecer à Diretoria de Ensino para homologação e posterior


encaminhamento ao Setor de Registros Acadêmicos que dará ciência ao discente.

Art. 104 Para análise e seleção das solicitações de Matrícula serão exigidas:

I - existência de vaga no curso pretendido;

II - avaliação do mérito acadêmico através do histórico escolar.

Art.105 Os processos homologados serão enviados ao Setor de Registros


Acadêmicos, contendo o registro de aproveitamento de estudos, no prazo máximo de
30 (trinta) dias, antes do término do semestre/ano letivo em curso.

SEÇÃO VI
DA TRANSFERÊNCIA EX–OFFICIO

Art. 106 A matrícula obrigatória de discente, decorrente de transferências de


servidores públicos ou seus dependentes, em razão de mudança do local de trabalho,
no interesse da administração pública, dar-se-á na forma da legislação em vigor (Lei
9394/96, art. 49 e Lei 9536/97).

Art. 107 A Transferência ex–officio dar–se–á conforme previsto na legislação em


vigor, e as solicitações deverão ser encaminhadas ao Conselho do Curso,
acompanhadas da seguinte documentação:

I - Cópia da publicação no Diário Oficial ou órgão próprio do ato administrativo do


competente setor de pessoal ou de recursos humanos da instituição ou entidade que
determinou a remoção ou transferência ex– officio;

II - Declaração de matrícula ou vínculo com a instituição de origem, no período letivo


em que solicitou a transferência;

42
III - Comprovante de relação de dependência com o servidor (certidão de casamento,
declaração de união estável, guarda judicial, certidão de nascimento, entre outros),
quando a situação exigir;

IV - Histórico devidamente autenticado e assinado pela Instituição de origem, no qual


conste: carga horária; descrição dos símbolos dos conceitos ou notas obtidos, com os
valores correspondentes; base legal que regulamenta o curso de origem, quanto à
autorização para funcionamento ou reconhecimento pela autoridade competente.

V - PPC de origem, aprovado pelos órgãos competentes do sistema de ensino,


conforme estabelecido em legislação própria vigente;

VI - Cópia da Carteira de Identidade.

Parágrafo Único. As solicitações de transferência, de que trata o caput desse artigo, só


serão aceitas para prosseguimento dos estudos no mesmo curso oferecido no IFBA.

Art. 108 Caberá ao Conselho do Curso:

I - analisar o requerimento e emitir parecer sobre a solicitação de transferência;

II - proceder aos estudos de adaptação curricular dos candidatos selecionados;

III- enviar o parecer à Diretoria de Ensino para homologação e posterior


encaminhamento ao Setor de Registros Acadêmicos que dará ciência ao discente.

Parágrafo Único. Os processos homologados deverão ser enviados ao Setor de


Registros Acadêmicos, contendo o registro de aproveitamento de estudos, no prazo
máximo de 30 (trinta) dias antes do término do semestre ou ano letivo em curso.

Art. 109 Atendidas às exigências dispostas nesta seção, a matrícula será efetuada
somente quando for atendida a frequência mínima obrigatória no semestre ou ano letivo
de ingresso. Caso contrário, a referida inscrição será postergada para o semestre ou
ano letivo subsequente.

SEÇÃO VII
DA MUDANÇA DE TURNO

Art. 110 As solicitações para a mudança de turno ocorrerão em prazo estabelecido no


Calendário Acadêmico do campus do IFBA.

Parágrafo Único. As solicitações feitas fora do período disposto no calendário


acadêmico do campus do IFBA deverão ser encaminhadas ao Conselho do Curso.

43
Art. 111 A mudança de turno fica condicionada à existência de vaga na turma
pleiteada.

Art. 112 Havendo mais pedidos do que vagas disponíveis, a solicitação será concedida
de acordo com a ordem de prioridade dos incisos a seguir, mediante comprovação
formal:

I - relação de emprego;

II - relação de estágio curricular;

III - matrícula em curso de educação formal em outras instituições de ensino;

IV - outras atividades educacionais, formais ou informais.

Parágrafo Único. Só serão concedidos pedidos de mudança de turno para o mesmo


campus do IFBA.

Art. 113 A solicitação para mudança de turno será encaminhada ao Conselho de Curso
para análise e emissão de parecer, e o requerente deverá:

I - preencher formulário próprio especificando o turno e a turma pretendidos;

II - anexar os documentos comprobatórios de uma das situações indicadas no Artigo


113, caso o discente deseje análise prioritária da sua solicitação;

Parágrafo Único. Após emissão do parecer pelo Conselho do Curso, a solicitação para
a transferência de turno será encaminhada ao setor de Registros que realizará ajustes
necessários no sistema acadêmico.

SEÇÃO IX
DO PORTADOR DE DIPLOMA OU CERTIFICADO DE QUALIFICAÇÃO
PROFISSIONAL PARA OS CURSOS TÉCNICOS DE NÍVEL MÉDIO

Art. 114 As solicitações para matrícula de discente portador de diploma de curso


técnico de nível médio ou de certificado de qualificação profissional técnica de nível
médio serão realizadas em prazo estabelecido no Calendário Acadêmico específico de
cada campus do IFBA.

Art. 115 O atendimento à matrícula para portadores de diploma ou certificado de

44
qualificação profissional técnica de nível médio será condicionado aos requisitos a
seguir:

I - a existência de vaga no curso pretendido;

II - o candidato seja portador de certificado de qualificação profissional técnica de nível


médio (cf. Resolução CNE/CEB nº 6/2012) e de diploma de técnico de nível médio;

III - a qualificação pretendida esteja inserida no mesmo eixo tecnológico, de acordo


com o CNCT do curso do diploma apresentado.

Art. 116 A solicitação para matrícula ficará condicionada à apresentação dos seguintes
documentos devidamente autenticados e assinados pela direção da instituição de
origem:

I - certificado de qualificação profissional técnica de nível médio ou diploma de técnico


de nível médio;

II - histórico escolar atualizado que discrimine os componentes curriculares cursados,


os resultados das avaliações e cargas horárias cumpridas;

III - o PPC

Parágrafo Único. Após a aprovação da solicitação, o discente deverá apresentar os


documentos necessários para efetuar sua matrícula institucional.

Art. 117 Caberá ao Conselho do Curso emitir parecer sobre o processo de matrícula
como portador de diploma, o qual será encaminhado à Diretoria de Ensino para análise
e parecer final, sendo posteriormente encaminhado ao setor de Registros Escolares.

Art. 118 O discente realizará, quando necessário, adaptação de componentes


curriculares constantes no PPC no qual solicita matrícula.

§ 1º Caberá ao Conselho de Curso emitir parecer quanto às adaptações a serem


realizadas.

§ 2 º O discente só poderá cursar uma determinada etapa do curso, realizando


adaptações de componentes curriculares constantes da etapa anterior, se for
autorizado pelo Conselho de Curso.

45
CAPÍTULO IX
DO APROVEITAMENTO DE ESTUDOS E DA CERTIFICAÇÃO DE
CONHECIMENTOS

Art. 119 Entende-se por aproveitamento de estudos o processo de reconhecimento de


disciplinas ou etapas cursadas com aprovação do discente regularmente matriculado no
próprio IFBA ou em instituições de ensino superior e de ensino da EPTNM, nacionais
ou estrangeiras (credenciadas pelo MEC , oficiais ou reconhecidas) feito pelos órgãos
competentes do IFBA, quando solicitado pelo discente para obtenção de habilitação
diversa.

Art. 120 Para discente dos cursos da EPTNM, a solicitação do aproveitamento de


estudos deverá estar diretamente relacionada com o perfil profissional do egresso da
habilitação pretendida, conforme estabelece a Resolução CNE/CEB nº 06/12.

Parágrafo Único. Não será concedido aproveitamento de estudos do ensino médio para
os cursos da EPTNM integrados ao Ensino Médio.

Art. 121 Nos cursos subsequentes, a regulamentação do aproveitamento de estudos


está definida na Resolução nº 41, aprovada pelo CONSUP do IFBA em 21 de
dezembro de 2012.

Art. 122 Com a integração do IFBA à Rede Nacional de Certificação Profissional e


Formação Inicial e Continuada (CERTIFIC), os discentes poderão ter seus saberes
certificados no âmbito do Programa.

§ 1º A Certificação no contexto da Rede CERTIFIC é concebida como um conjunto de


ações, que objetiva acolher o trabalhador, reconhecer seus saberes, validá-los e
complementá-los. Tal certificação busca elevar a escolaridade através de um itinerário
formativo, que oriente e possibilite ao trabalhador galgar todos os níveis de formação
profissional e tecnológica.

§ 2º O processo de inscrição nas áreas de formação profissional, que serão


certificadas pelo IFBA , efetuar-se-à por meio de edital, no qual constará as estratégias
de inscrição para trabalhadores no Programa CERTIFIC.

§ 3º Nos cursos desenvolvidos, através da integração dos programas PROEJA e


CERTIFIC, o processo de Certificação de Saberes Profissionais será considerado a
primeira etapa do curso. O mesmo será realizado por meio de avaliação teórica ou
teórico-prática, conforme as características do componente curricular.

46
CAPÍTULO VI
DO ATENDIMENTO DOMICILIAR

Art. 123 O atendimento domiciliar é um recurso que envolve a família e a instituição.


Isso assegura ao discente dos cursos presenciais e a distância realizar atividades
acadêmicas em domicílio, quando houver impedimento de frequência às aulas
presenciais, sem prejuízo na sua vida acadêmica.

Parágrafo único. Os discentes dos cursos e disciplinas ofertados a distância não serão
dispensados das atividades e avaliações realizadas no ambiente virtual de
aprendizagem.

Art. 124 Terá direito ao atendimento domiciliar o discente que necessitar ausentar-se
das aulas presenciais por um período superior a 15 (quinze) dias, nos seguintes casos:

I – possuir doença infectocontagiosa com o afastamento comprovado por atestado


médico;

II - necessitar de tratamento de saúde com o afastamento comprovado por atestado


médico;

III - necessitar acompanhar responsáveis legais em primeiro grau com problemas de


saúde e ficar comprovada a necessidade de assistência intensiva, com o parecer do
serviço social do campus;

IV - licença à gestante, a contar da data requerida.

§ 1º O atendimento domiciliar será efetivado mediante relatório médico, reconhecido


pelo Serviço Médico e Odontológico de um dos Campi do IFBA.

§ 2º Nos casos dos incisos I a III, o tempo de atendimento domiciliar poderá ser de até
60 (sessenta) dias, em requerimento inicial, e ampliado por igual período, mediante
novo requerimento, com apresentação e homologação de novo atestado pelo Serviço
Médico e Odontológico de um dos Campi do IFBA.

§ 3º Caso o discente necessite ultrapassar o tempo máximo de afastamento, a


Coordenação do Curso deverá orientá-lo a realizar o trancamento total da matrícula.

§ 4º No caso do inciso IV, o tempo de atendimento domiciliar poderá ser de até 120
(cento e vinte) dias, conforme legislação própria e mediante a apresentação e
homologação de atestado pelo Serviço Médico e Odontológico de um dos Campi do
IFBA.

47
§ 5º O discente terá sua frequência computada durante o período em que estiver em
atendimento domiciliar.

§ 6º O discente poderá ter um prazo diferenciado para cumprimento das atividades


durante o período em que estiver em atendimento domiciliar.

Art. 125 Compete ao discente, a seu responsável ou representante legal:

I - preencher requerimento e anexar o atestado médico e/ou parecer do serviço social;

II - dar entrada no processo no setor de registos acadêmicos do campus; e

III - responsabilizar-se por receber e devolver as atividades elaboradas pelos/as


docentes, com periodicidade estipulada pelo docente.

Art. 126 C a b e r á a o C o l e g i a d o / C o o r d e n a ç ã o d o C u r s o :

I - analisar e emitir parecer sobre a solicitação;

II- enviar o parecer à Diretoria de Ensino para homologação e posterior


encaminhamento ao Setor de Registros Acadêmicos que dará ciência ao discente.

Art. 127 Cabe à Coordenação do Curso ao qual o discente está vinculado:

I - prestar orientações acerca do atendimento domiciliar ao discente, seus responsáveis


ou representantes legais;

II - comunicar a situação do discente aos/as docentes e envolvê-los no planejamento,


realização e acompanhamento das atividades acadêmicas;

III - viabilizar a manutenção do contato com o discente, responsável ou representante


legal para o encaminhamento e recebimento das atividades.

Parágrafo único. O fluxo processual para atendimento ao discente deverá ser


estabelecido internamente em cada campus.

CAPÍTULO VI
DA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM

Art. 128 A avaliação da aprendizagem deve ter como referencial a Missão Institucional
do IFBA, tais como: os princípios, objetivos e diretrizes expressos no PPC.

48
Art. 129 A avaliação da aprendizagem dos discentes é processo de caráter formativo e
permanente e visa a sua progressão para o alcance do perfil profissional de conclusão.
A avaliação deve ser contínua e cumulativa, com prevalência dos aspectos qualitativos
sobre os quantitativos, bem como dos resultados ao longo do processo sobre os de
eventuais provas finais, conforme preconiza a Lei de Diretores e Bases da Educação
Brasileira, LDB nº 9394/96.

Parágrafo Único. A avaliação qualitativa inclui diagnóstico e reorientação permanente


no processo de ensino e aprendizagem, buscando o desenvolvimento integral do
educando.

Art. 130 A avaliação da aprendizagem deve respeitar as diferenças e especificidades


individuais dos discentes com deficiência e com outras necessidades educacionais
específicas, contribuindo para o efetivo desenvolvimento do seu percurso educativo,
incluindo:

I - instrumentos diferentes e/ou adaptados às necessidades de cada discente;

II - ampliação do tempo para realização das avaliações;

III - atendimento individualizado antes e após a avaliação para melhor aproveitamento


acadêmico do discente.

CAPÍTULO VII
DO DESEMPENHO ACADÊMICO

Art. 131 A avaliação do desempenho acadêmico deverá ter como referência os


parâmetros orientadores de práticas avaliativas qualitativas, a saber:

a) Domínio cognitivo - capacidade de relacionar o novo conhecimento com o


conhecimento já adquirido;

b) Cumprimento e qualidade das tarefas - execução de tarefas com requisitos


previamente estabelecidos no prazo determinado com propriedade, empenho, iniciativa,
disposição e interesse;

c) Capacidade de produzir em equipe - aporte pessoal com disposição, organização,


liderança, cooperação e interação na atividade grupal no desenvolvimento de
habilidades, hábitos, conhecimentos e valores;

d) Autonomia - capacidade de tomar decisões e propor alternativas para solução de


problemas, iniciativa e compreensão do seu desenvolvimento.

49
Art. 132 Em cada instrumento de avaliação, os parâmetros orientadores de práticas
avaliativas qualitativas serão considerados em conjunto, quando aplicáveis, na
composição da nota.

Art. 133 A verificação do desempenho acadêmico será feita de forma


diversificada de acordo com a peculiaridade de cada processo educativo, contendo
entre outros:

I - atividades individuais e em grupo, como: pesquisa bibliográfica, demonstração


prática e seminários;

II - pesquisa de campo, elaboração e execução de projetos;

III - provas escritas e/ou orais: individual ou em equipe;

IV - produção científica, artística ou cultural;

V - Atividades interdisciplinares e integradoras.

§ 1º Para disciplinas com Carga Horária de até uma 1h/aula semanal terão no mínimo 2
(duas) avaliações e 3 avaliações para os demais casos, os quais terão instrumentos
avaliativos diferentes.

§ 2º Para os cursos do regime semestral, serão utilizados, em cada semestre ou


módulo, por disciplina, 3 (três) instrumentos de avaliação diferentes.

§ 3º Compete à Coordenação de Curso divulgar o cronograma de avaliações no início


da unidade didática.

§ 4º Em caso de alterações nas datas programadas, a data de aplicação de cada


instrumento deverá ser divulgada pelo docente com, no mínimo, 72 horas de
antecedência.

§ 5º Observar-se-à a realização de, no máximo, 2 (duas) atividades avaliativas por dia


em cada turma, independente do instrumento avaliativo, devendo, para isso, ser
estabelecido acompanhamento de agendamento das atividades avaliativas.

§ 6º Após os registros de notas e outras informações pelo docente, as avaliações serão


discutidas e devolvidas aos discentes.

§ 7º Compete ao docente, devolver as avaliações aos discentes, no mínimo 7 (sete)


dias antes de eventuais atividades de recuperação da aprendizagem ou outra atividade
avaliativa e promover, pelo menos, um momento de revisão dos conteúdos avaliados

50
durante o horário das aulas e/ou atendimento ao discente.

Art. 134 Será facultado o direito de segunda chamada ao discente que faltar a qualquer
avaliação ou não ter executado o trabalho escolar, desde que requeira, no prazo de 48
(quarenta e oito) horas úteis, após o término do prazo de afastamento, sob condição de
apresentar documentos comprobatórios em uma das seguintes situações:

I - problema de saúde e psicossociais;

II - obrigações com o Serviço Militar;

III - pelo exercício do voto (um dia anterior e um dia posterior à data da eleição se
coincidentes com a realização da prova);

IV - convocação pelo Poder Judiciário ou pela Justiça Eleitoral;

V - participação autorizada pela Instituição, em atividades desportivas, culturais, de


ensino, pesquisa ou extensão;

VI - acompanhamento de parentes (respeitando os diversos arranjos familiares) em


caso de doença;

VII - falecimento de familiar (respeitando os diversos arranjos familiares), e parentes de


até segundo grau, contanto que a avaliação tenha sido realizada durante o período de
até oito dias corridos após a ocorrência;

VIII - outras situações asseguradas por legislação específica.

IX - participação em processo seletivo de instituição de ensino superior;

X - exame de direção veicular.

§ 1º O discente ou seu responsável ou representante legal será obrigado a preencher o


requerimento próprio, anexando o(s) documento(s) comprobatório(s), no Setor de
Registos Acadêmicos do campus.

§ 2º O requerimento e os documentos comprobatórios serão encaminhados ao Setor de


Registros Acadêmicos, que os enviará à Coordenação do Curso.

§ 3° Caberá à Coordenação do Curso emitir parecer a respeito da validade dos


documentos apresentados pelo discente, para a realização da segunda chamada e
encaminhá-lo ao Setor de Registros Acadêmicos ,que terá a incumbência de dar ciência
ao discente.

51
§ 4º A avaliação de segunda chamada deverá ser feita pelo próprio docente que
ministra a disciplina, em horário previamente comunicado ao interessado.

Art. 135 O desempenho acadêmico do discente será registrado na Caderneta


Eletrônica.

§ 1º A Caderneta Eletrônica é um instrumento de registro dos conteúdos ministrados


pelos/as docentes, da frequência e do desempenho dos discentes, e situações
referentes ao acompanhamento acadêmico do discente durante a etapa do curso.

§ 2º O desempenho do discente em cada unidade didática será registrado através de


nota, compreendida entre 0,0 (zero) e 10,0 (dez), e resultante de 3 (três) instrumentos
de avaliação de diferentes naturezas.

§ 3º O discente que não realizar as atividades de avaliação terá como registro o código
NA- Não Avaliado, que corresponderá a 0,0 (zero).

§ 4º Para o regime anual, a nota final do discente na disciplina cursada será a média
aritmética das notas das unidades didáticos.

§ 5º Para o regime semestral, a nota final do discente na disciplina cursada


corresponderá à nota do período letivo.

Art. 136 No regime anual, o docente registrará na Caderneta Eletrônica a nota final
dos discentes na disciplina cursada, ao final de cada unidade didática, conforme
estabelecido no Calendário Acadêmico.

Art. 137 No regime semestral, o docente deverá registrar na Caderneta Eletrônica a


nota final dos discentes na disciplina cursada, ao final de cada período letivo, conforme
estabelecido no Calendário Acadêmico.

SEÇÃO I
DO CÁLCULO DA MÉDIA DA DISCIPLINA

Art. 138 Nos cursos com regime semestral, será considerado aprovado na disciplina o
discente que, ao final do semestre, não tenha sido reprovado por faltas e tenha obtido
média aritimética igual ou superior a 6,0 (seis).

§ 1º Apenas o discente que obtiver média na unidade didática igual ou superior a 2,0
(dois) e inferior a 6,0 (seis) terá direito de submeter-se a uma recuperação da unidade
didática em qualquer disciplina.

§ 2° Entre a média aritmética do semestre e a nota da recuperação, prevalecerá a

52
maior nota obtida.

§ 3° As notas de cada unidade didática tem valor final igual a 10,0 pontos (N = 10,0)

Art. 139 Nos cursos com regime seriado anual, será considerado aprovado na
disciplina o discente que, ao final da 3ª unidade didática, não for reprovado por falta e
obtiver média aritmética igual ou superior a 6,0 (seis), de acordo com as equações a
seguir:

N1  N 2  N 3
M1 
3 OU M 1  R1

N1  N 2  N 3
M2
3 OU M 2  R 2

N1  N 2  N 3
M3
3 OU M 3  R3

M1 M 2  M 3
MD 
3

Na qual
M1 = Média do discente no 1º unidade didática
M2 = Média do discente no 2º unidade didática
M3 = Média do discente no 3º unidade didática
N1 = Nota da 1ª avaliação da unidade didática
N2 = Nota da 2ª avaliação da unidade didática
N3 = Nota da 3ª avaliação da unidade didática
R1 = Nota da recuperação do 1º unidade didática
R2 = Nota da recuperação do 2º unidade didática
R3 = Nota da recuperação do 3º unidade didática
MD = média da disciplina

§ 1º Apenas o discente que obtiver média da unidade didática inferior a 6,0 (seis) terá
direito submeter-se a uma recuperação da unidade didática em cada disciplina.

§ 2° Entre a média aritmética da unidade didática e a nota da recuperação prevalecerá


a maior nota obtida.

§ 3° As notas de cada uma das avaliações da unidade didática tem valor igual a 10,0
pontos (N =10,0)

53
SEÇÃO II
DOS CRITÉRIOS DE APROVAÇÃO

Art. 140 Será considerado aprovado na etapa do curso o discente que tiver nota igual
ou superior a 6,0 (seis) em todas as disciplinas e possuir frequência igual ou superior a
75% (setenta e cinco por cento) do total de horas desenvolvidas na etapa do curso (ano
ou semestre).

Art. 141 Todos os docentes deverão desenvolver atividades de recuperação da


aprendizagem para discentes que obtiveram m é d i a d a u n i d a d e d i d á t i c a
e igual ou superior a 2,0 (dois) e inferior a 6,0 (seis).

§1º Os estudos de recuperação da aprendizagem serão realizados durante o processo


pedagógico, incluindo o horário de atendimento ao discente definido no horário do
docente.

§2º O docente realizará atividades orientadas à(s) dificuldade(s) do discente ou grupo


de discentes, de acordo com a peculiaridade de cada disciplina, contendo entre outros:

a) atividades individuais e/ou em grupo, como: pesquisa bibliográfica, demonstração


prática, seminários, relatório, portfólio, provas escritas ou orais, pesquisa de campo,
produção de textos, entre outros;

b) produção científica, artística ou cultural;

c) oficinas.

§ 3º A recuperação da aprendizagem deverá estar contemplada no plano de disciplina e


de aula.

SEÇÃO III
DOS PROCEDIMENTOS PARA REVISÃO DE PONTUAÇÃO DE ATIVIDADE
AVALIATIVA

Art. 142 A solicitação de revisão das atividades avaliativas deverá ser direcionada ao
Departamento/Coordenação de Área, e, na inexistência destes, à Coordenação de
Curso em questão, através do Setor de Registros Acadêmicos, até 48 (quarenta e oito)
horas após a publicação do resultado. Em primeira instância a revisão deverá ser
realizada pelo próprio docente da disciplina.

Parágrafo Único. Mantendo-se a divergência, o discente

54
poderá recorrer em segunda instância, observando-se os
procedimentos, previstos no caput deste artigo, cabendo
à chefia do Departamento/Coordenação de Área, e, na
inexistência destes, à Coordenação de Curso indicar
uma comissão composta por 2 (dois/duas) docentes da
área e 1 (um )pedagogo, excluindo o professor
envolvido, para emissão de parecer final.

CAPÍTULO VIII
DO CONSELHO DE CLASSE

Art. 143 O Conselho de Classe é Instância avaliativa, composta por diferentes


profissionais envolvidos no processo ensino-aprendizagem, com a finalidade de
promover discussão e reflexão sobre a aprendizagem dos discentes, atuação dos/das
docentes, os resultados acadêmicos, as estratégias de ensino empregadas, a
adequação da organização curricular e outros aspectos referentes a esse processo.

Parágrafo Único. A condução técnico-pedagógica do Conselho de Classe será de


responsabilidade das Coordenações de Cursos ou Diretoria de Ensino do campus, cuja
finalidade será de efetuar a apreciação qualitativa do processo pedagógico
desenvolvido, no respectivo período letivo, observando os seguintes aspectos:

a) Domínio cognitivo - capacidade de relacionar o novo conhecimento com o


conhecimento já adquirido;

b) Cumprimento e qualidade das tarefas - execução de tarefas com requisitos


previamente estabelecidos no prazo determinado com propriedade, empenho, iniciativa,
disposição e interesse;

c) Capacidade de trabalhar em equipe - aporte pessoal com disposição, organização,


liderança, cooperação e interação na atividade grupal no desenvolvimento de
habilidades, hábitos, conhecimentos e valores;

d) Autonomia - capacidade de tomar decisões e propor alternativas para solução de


problemas, iniciativa e compreensão do seu desenvolvimento.

Seção I
Das Competências

55
Art. 144 Compete ao Conselho de Classe em quaisquer das suas reuniões:

I - avaliar contínua e sistematicamente a dinâmica do processo pedagógico;

I I - verificar o desempenho acadêmico de cada discente, por meio de análise do seu


aproveitamento, de sua assiduidade e das suas possibilidades de crescimento e
superação das dificuldades;

III - aperfeiçoar o processo ensino-aprendizagem através da contínua revisão


dos métodos, as técnicas de ensino e de avaliação, face às exigências das
necessidades apontadas;

IV - identificar discentes com dificuldades de aprendizagem e definir meios de superá-


las;

V - encaminhar discentes à orientação especializada, quando necessário;

VI – orientar os/as docentes a avaliarem e redimensionarem sua atuação no processo


educativo, através das análises dos resultados obtidos pela turma em cada disciplina,
incentivando a troca de ideias e o intercâmbio de experiências;

VII - estabelecer reuniões extraordinárias para o encaminhamento de questões


específicas;

VIII - solicitar pronunciamento do Conselho de Curso quando necessário.

Seção II
Da Composição e Funcionamento

Art. 145 Os Conselhos de Classe terão a seguinte composição:

I - Diretor(a) de Ensino ou representante;

II - Coordenador(a) do Curso;

III - todos os/as docentes da turma;

IV- pelo menos um representante da área técnico-pedagógica,


preferencialmente Pedagogo;

V - dois representantes de turma.

Art. 146 Os Conselhos de Classe serão desenvolvidos em duas modalidades, a saber:

56
I - Conselhos de Classe Diagnóstico e Prognóstico - para diagnosticar e prognosticar o
processo pedagógico em desenvolvimento;

II - Conselhos de Classe Final - para avaliar, respectivamente, em dois momentos


sucessivos, o processo pedagógico desenvolvido durante o ano/semestre letivo e o
desempenho do discente ao final deste processo.

Art. 147 A ação avaliativa do Conselho de Classe fará encaminhamentos em função do


desenvolvimento e aperfeiçoamento do processo ensino-aprendizagem.

§ 1o Os/as docentes deverão manter suas cadernetas eletrônicas atualizadas com


registros de aulas, levantamento de frequência e preparar, previamente, o seu relatório
de avaliação do processo ensino-aprendizagem da turma. Esse relatório será
apresentado nas reuniões, abrangendo dados relativos à disciplina (conhecimentos,
habilidade e atitudes desenvolvidos pelos discente, metodologia, condições de trabalho,
desempenho dos discente, materiais instrucionais e serviço de apoio) e ao que se fizer
necessário.

§ 2o O docente que, por motivos superiores, não puder comparecer à reunião do


Conselho de Classe, estará incumbido de encaminhar ao Coordenador(a) do Curso o
relatório de sua avaliação feita com a turma, acompanhado de sua justificativa da
ausência em memorando que posteriormente será encaminhado à Diretoria de Ensino
do campus.

§ 3o Caberá ao relator, escolhido entre os membros do Conselho de Classe, elaborar a


ata da reunião, que será lida e assinada ao final de cada Conselho.

Art. 148 As reuniões dos Conselhos de Classe Diagnóstico e Prognóstico, para


funcionamento, exigirão a participação mínima de 50% (cinquenta por cento) dos/das
docentes mais o (a) Coordenador (a) do Curso. As reuniões terão os seguintes
procedimentos:

I - Relato da turma, pelos seus representantes, considerando as condições da


aprendizagem;

II - Relato de cada docente quanto ao desenvolvimento do seu trabalho pedagógico e


ao desempenho da turma. Apresentação do prognóstico do plano de trabalho a ser
realizado, para a superar eventuais dificuldades dos discentes;

III - Relato do (a) Coordenador(a) do Curso quanto ao desenvolvimento do curso e da


turma e encaminhamentos propostos e adotados;

57
IV - Relato de um representante da área técnico-pedagógica quanto ao
acompanhamento do processo pedagógico;

V – Análise apresentada pelos/as docentes a respeito da situação acadêmica e


comportamental de cada discente da turma;

VI - Sistematização de processos de intervenção para superação das dificuldades dos


discentes, envolvendo ações sob a responsabilidade de:

a) Professor(res), cujos discentes estejam em situação de dificuldades na


aprendizagem e/ou baixo desempenho acadêmico;

b) Coordenador de Curso, em situações de intervenção disciplinar com toda a


turma, grupos específicos e/ou discentes individualmente;

c) Coordenador de Curso e/ Diretoria de Ensino, em aspectos referentes à


infraestrutura geral e dos cursos;

d) Pedagogos, Assistentes Sociais, Psicólogos, Representações do NAPNE, nas


seguintes questões: dificuldades de aprendizagem, situação socioeconômica e familiar
dos discentes, questões psicológicas e atendimento aos discentes com necessidades
específicas, que impactem no processo de aprendizagem.

VII - Registro, em Ata, dos relatos e das determinações estabelecidas.

§ 1º A representação discente participará somente do processo até a etapa


correspondente ao inciso IV deste capítulo.

§ 2º Após a realização do(s) Conselho(s) de Classe Diagnóstico e Prognóstico, o


Presidente do Conselho deverá encaminhar cópia da Ata à coordenação de curso e à
área técnico-pedagógica.

Art. 149 As reuniões do Conselho de Classe Final adotarão os seguintes


procedimentos:

I- No primeiro momento:

a) Relato da turma, pelos seus representantes, considerando as condições da


aprendizagem ;

b) Relato de cada professor quanto ao trabalho pedagógico desenvolvido e as


intervenções realizadas durante o ano letivo/semestre com a finalidade de superar das
dificuldades encontradas pelos discentes;

58
II - No segundo momento:

a) Relato de cada doscente quanto ao desempenho de cada discente;

b) Deliberação, a partir de votação, quanto à condição final de cada discente;

c) Registro dos resultados finais dos discentes na Planilha de Resultados.

§ 1º A representação discente participará apenas do 1 o momento dos Conselhos de


Classe final.

§ 2º Para o regime anual/semestral caberá ao Setor de Registros Acadêmicos


encaminhar, ao Presidente do Conselho, a Planilha de Resultados com o registro das
notas finais das disciplinas, até o primeiro dia útil anterior à realização da reunião do
Conselho de Classe Final.

§ 3º Nas reuniões do Conselho de Classe Final, as Cadernetas Eletrônica da turma,


devidamente preenchidas, deverão ser entregues às Coordenações de Curso nas
versões impressas e assinadas, as quais serão arquivadas, posteriormente, pelos
Setores de Registros Acadêmicos.

§ 4º Nos Conselhos de Classe Final serão efetuados os registros dos


resultados finais dos discentes na Planilha de Resultados.

Art. 150 Farão jus à avaliação no Conselho de Classe Final, os discentes que
possuam, no mínimo, frequência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento) do
total de horas desenvolvidas na etapa do curso, que não tenham obtido aprovação nas
disciplinas ofertadas no respectivo ano/semestre, segundo critérios iniciais ( cf. Art 146,)
acrescidos de:

I - Reprovação em no máximo 30% das disciplinas cursadas com média igual ou


superior a 4 (quatro). Caso o número de disciplinas for um valor decimal, aproximar
para o número inteiro imediatamente superior.

II - Registro de acompanhamento pedagógico e biopsicossocial, pelos setores do IFBA,


durante o período letivo.

III - Pessoas com Deficiência e outras necessidades educacionais específicas.

§ 1º Os discentes, aprovados pelo Conselho de Classe, terão suas notas finais, nas
disciplinas em que foram reprovados, substituídas pelo valor 6,0 (seis).

59
§ 2º As ausências justificadas, com base no art. 136, não serão computadas para fins
de reprovação no cálculo de 75% de frequência do discente.

§ 3º . Qualquer caso extraordinário, apresentado durante o conselho, deverá ser


avaliado pelo Conselho de Classe, considerando a anuência de 2/3 (dois terços) dos
conselheiros e conselheiras presentes.

Art. 151 Para os Cursos que funcionam em regime anual devem ser realizadas duas
Reuniões de Conselho de Classe Diagnóstico e Prognóstico (por unidade didática
letiva) e uma Reunião de Conselho de Classe Final (ao final da última unidade didática).

Art. 152 Para o Cursos que funcionam em regime semestral, é obrigatório no mínimo,
que se faça uma Reunião de Conselho de Classe Diagnóstico e Prognóstico e uma
Reunião de Conselho de Classe Final.

Art. 153 As reuniões de Conselho de Classe serão convocadas pela Diretoria de


Ensino e estarão determinadas no calendário acadêmico.

Art. 154 O efetivo mínimo de docentes para funcionamento das reuniões de Conselho
de Classe final é de 50% (cinquenta por cento) mais o (a) Coordenador (a) do Curso.

§ 1º Cada membro do Conselho de Classe final terá direito apenas a um voto, ainda
que lecione mais de uma disciplina.

§ 2º Em caso de empate na votação sobre o resultado final de 01 (um) discente,


competirá ao Coordenador do Curso emitir o voto de desempate.

§ 3º Caso o Coordenador do Curso seja docente da turma/discente avaliado, em caso


de empate, a Direção de Ensino ou sua representação proferirá o voto de desempate.

Art. 155 Após a realização do Conselho de Classe Final, o Presidente do Conselho


deverá:

a) encaminhar a Planilha de Resultados Finais ao Setor de Registros Acadêmicos, em


formato digital e impressa, no prazo máximo de 03 (três) dias úteis, juntamente com
cópia da Ata do conselho.

b) encaminhar cópia da Ata com a Planilha de Resultados Finais à área técnico-


pedagógica.

Art. 156 O Setor de Registros Acadêmicos divulgará a Planilha de Resultados Finais,


em data estabelecida no Calendário Acadêmico.

60
Seção III
Das Determinações

Art. 157 Os cronogramas e os locais de reuniões do Conselho de Classe deverão ser


amplamente divulgados entre os membros do Conselho.

Art. 158 Caberá ao Conselho de Classe, em todas as suas reuniões, garantir, na


avaliação, a predominância dos aspectos qualitativos sobre os aspectos quantitativos.

Art. 159 Caberá recurso à decisão do Conselho de Classe Final pelo discente através
de requerimento à Coordenação de Curso, no prazo de dois dias úteis, após a
publicação dos resultados do Conselho de Classe Final.

Parágrafo único: O Conselho de Classe reunir-se-á para tratar dos pedidos de revisão
devidamente justificados.

Art. 160 Os casos omissos serão avaliados pela Diretoria de Ensino do campus.

CAPÍTULO IX
DA PRÁTICA PROFISSIONAL

Art. 161 O IFBA, na organização curricular dos cursos técnicos em todas as formas e
modalidades, contemplará a realização de Práticas Profissionais.

Art. 162 A Prática Profissional será realizada de acordo com o previsto no PPC em que
o discente esteja matriculado (cf CNE/CEB nº 06/2012, art. 20 III e IV), e desenvolver-
se-á de duas formas, combinadas ou não:

I - Intrínseca ao currículo desenvolvida em ambientes de aprendizagem;

II - Estágio Profissional Supervisionado em situação real de trabalho.

Seção I
Da Prática Profissional Intrínseca Ao Currículo

Art. 163 A prática profissional configura-se como um componente curricular integrante


do processo formativo estudantil. Esse processa-se através das disciplinas específicas
da formação profissional ou não. Em se tratando de formação técnica de nível médio, a
prática profissional deve ser inerente a uma metodologia de trabalho pedagógico, que
contextualize e integre todo o aprendizado do ponto de vista da formação para o
trabalho.

61
Art.164 A prática profissional (cf. art. 21/ Resolução CNE/CEB nº 06/2012) deve ser
prevista na organização curricular e articulará saberes científicos e tecnológicos, tendo
a pesquisa como princípio educativo e integrando as cargas horárias mínimas de cada
habilitação profissional.

Parágrafo Único. A prática na Educação Profissional compreende diferentes situações


de vivência, aprendizagem e trabalho, como atividades específicas em ambientes, tais
como: laboratórios, oficinas, empresas pedagógicas, ateliês e outros, bem como investi -
gação sobre atividades profissionais, projetos de pesquisa e/ou intervenção, visitas téc -
nicas, simulações, observações e outras (cf. Resolução CNE/CEB nº 06/2012).

Art.165 A Prática Profissional Articuladora (PPA), enquanto atividade intrínseca ao


currículo, é o componente curricular que deverá estar previsto no PPC, na Matriz
Curricular do Curso e levar em conta a aplicação dos conhecimentos adquiridos durante
o curso.

Parágrafo Único. A organização dos projetos e atividades vinculados à PPA observará


as condições estabelecidas em documentos institucionais específicos.

SEÇÃO II
Do Estágio Técnico Supervisionado no Ensino Técnico

Art. 166 O estágio profissional supervisionado caracteriza-se como prática profissional


em situação real de trabalho e assumido como ato educativo do IFBA:

I - o estágio profissional, sendo necessário à natureza do itinerário formativo ou exigido


pela natureza da ocupação, deve ser incluído no PPC como obrigatório ou não
obrigatório, sendo realizado em empresas e outras organizações públicas e privadas
(cf.Lei nº 11.788/2008), conforme diretrizes específicas editadas pelo CNE;

II - o formulário do plano de realização do estágio profissional supervisionado deve ser


explicitado na organização curricular e no PPC, porque é ato educativo de
responsabilidade da instituição educacional(cf. inciso V do Art. 20 da Resolução
CNE/CEB nº 06 de 20 de setembro de 2012);

III - a carga horária das atividades de estágio profissional supervisionado será


estabelecida pelo CNE ou prevista no CNCT para a duração do respectivo curso
técnico de nível médio ou correspondente qualificação ou especialização profissional,
salvo em cursos ofertados na forma integrada na modalidade EJA, no âmbito do
PROEJA, que obedece regras próprias;

62
IV - o estágio profissional supervisionado poderá ser realizado apenas a partir de 50%
da duração do curso conforme previsto no PPC, garantido ao discente orientação e
supervisão de estágio pelo docente responsável;

V - além do estágio supervisionado ou na ausência deste, as práticas profissionais


deverão ser realizadas por meio de outras atividades intrínsecas ao currículo, que
possibilitem uma relação com situação real de trabalho, tais como: visitas técnicas,
projetos integradores, atividades em laboratórios, oficinas, atividades desenvolvidas nos
setores de produção, dentre outras.

Art. 167 Após a conclusão das disciplinas ou competências, o discente terá o direito à
renovação de matrícula para a realização de estágio obrigatório pelo tempo máximo de
um ano ou dois semestres letivos.

CAPÍTULO XI
DA ATIVIDADE DE CONCLUSÃO DE CURSO

Art. 168 A Atividade de Conclusão de Curso (ACC) tem como finalidade desenvolver no
discente a capacidade de análise, síntese, aplicação e aprimoramento dos
conhecimentos construídos durante o curso.

§ 1º Serão consideradas Atividades de Conclusão de Curso: atividades desenvolvidas


no âmbito do ensino, pesquisa e extensão que resultem em:
a) produções textuais: monografias, relatórios, pesquisas bibliográficas, artigos e resu-
mos;

b) produção de esquemas representativos da realidade como: mapas, plantas, maque-


tes e protótipos, acompanhados de um memorial descritivo;

c) desenvolvimento de tecnologias que auxiliem na realização de trabalhos vinculados


à habilitação profissional.
§ 2º A opção pela inserção do ACC como componente curricular é definida no PPC de
cada curso.

Art. 169 As normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) deverão ser
observadas na elaboração da Atividade de Conclusão de Curso, para a estruturação e
redação, além das seguintes regras:

I - A Atividade de Conclusão do Curso será redigida em língua portuguesa;

63
II – A ACC versará sobre um tema pertinente ao Curso. A verificação da pertinência do
tema ficará a critério do docente da disciplina;

III - A escolha do orientador do ACC - para cada discente - será feita consensualmente
entre o discente, o professor encarregado da disciplina e o orientador escolhido;

IV - Poderá ser escolhido, de comum acordo entre o discente, o docente encarregado


da disciplina e o orientador escolhido, um coorientador que atue em uma ou mais das
grandes áreas de afinidades do curso;

V - Para efeito de avaliação, a ACC deverá ser apresentada, podendo ser adotadas as
seguintes formas:
a) em eventos científicos (internos ou externos), na modalidade de comunicação oral ou
pôster: assim sendo, o discente deverá entregar à banca examinadora o certificado de
apresentação, junto ao que foi produzido;
b) para a banca examinadora: cabendo ao discente a entrega da produção.

VI - Caso a ACC não seja aprovada, a banca examinadora decidirá sobre a


possibilidade de reapresentação ou não do trabalho, em prazo estabelecido pela
própria banca. Nessa situação, haverá apenas uma nova avaliação da ACC .

Art. 170 O campus tem o compromisso de realizar pelo menos um Seminário


Interdisciplinar durante o ano letivo onde os/as docentes apresentem suas ACCs e
outras manifestações Técnico-Científico-Culturais.

CAPÍTULO XII
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 171 O IFBA deverá garantir os requisitos necessários para o acesso e participação
dos discentes com deficiência e outras necessidades educacionais específicas no
desenvolvimento das atividades acadêmicas(cf. Resolução CONSUP nº 09/2016 e
Política de Inclusão do IFBA).

Art. 172 Não será concedido ao discente frequentar as aulas de qualquer turma, na
qual não esteja regularmente matriculado, exceto em casos especiais analisados pelo
Conselho de Curso.

Art. 173 Nos Cursos da EPTNM Integrados ao Ensino Médio, será facultada a prática

64
de Educação Física:

I - ao discente de curso diurno com mais de 30 (trinta) anos de idade;

II - ao discente que comprove exercer atividades profissionais em jornada igual ou


superior a 6 (seis) horas diárias;

III - ao discente que estiver prestando serviço militar inicial ou que, em outra situação,
comprove estar obrigado à prática de Educação Física na Organização Militar em que
serve;

IV - à discente que tenha prole, amparada pelo Decreto-Lei nº 1.044/1969. Art. 110.

Art. 174 Não será considerado concluído o curso, nem haverá expedição de diploma
para o discente, enquanto sua matrícula depender de decisão judicial, inclusive em grau
de recurso.

Art. 175 No caso de solicitações de transferência para estabelecimento congênere,


caberá ao Setor de Registros Acadêmicos expedir a documentação pertinente,
cancelando automaticamente a matrícula do discente no IFBA.

Art. 176 O professor, exercendo irregularmente suas atribuições, conforme definido no


Regimento Interno da Instituição, estará sujeito às penalidades disciplinares legais (cf.
Lei nº 8.112/1990).

Art. 177 Os documentos relativos à vida acadêmica do discente só terão validade


quando expedidos pelo Setor de Registros Acadêmicos dos respectivos Campi,
devidamente assinados.

Art. 178 As Jornadas Pedagógicas serão instituídas, com pelo menos uma edição
anual, precedendo o início do ano letivo, realizadas em cada campus, como espaço
privilegiado do debate e planejamento acadêmico e com a presença obrigatória do
corpo docente;

Art. 179 Serão instituídos os Plantões Educativos com Responsáveis, docentes,


Pedagogos e Profissionais das áreas biopsicossociais por unidade didática para os
cursos integrados, como espaço fundamental para o acompanhamento dos discentes,
bem como o compartilhamento de informações e dados acerca da vida e rotina dos
discentes.

Art. 180 Os aspectos referentes à mobilidade estudantil interna e externa são tratados
em regulamento próprio.

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Art. 181 Os aspectos referentes à Prestação Alternativa por Motivo de Crença
Religiosa serão tratados em Regulamento próprio.

Art. 182 Os casos omissos serão dirimidos pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e
Extensão (CONSEPE) do IFBA.

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