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RIBEIRÃO PRETO
2023
“É decidindo que se aprende a decidir.”
Paulo Freire
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Sumário
Sumário
INTRODUÇÃO
1. O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO E SUA COMPOSIÇÃO
1.1 Histórico e identificação da instituição de ensino
1.2 Diagnóstico e análise da situação da escola
1.3 Fins e princípios norteadores
1.4 Proposta curricular
1.4.1 Proposta Curricular: considerações que devem ser contempladas/debatidas acerca da Educação
Especial
1.4.2 Proposta Curricular: considerações que devem ser contempladas/debatidas acerca da Educação
para as Relações Étnico-Raciais
1.4.3 Proposta Curricular: considerações que devem ser contempladas/debatidas acerca da
avaliação/acompanhamento da ação educativa
1.5 Objetivos a serem alcançados
1.6 Plano de ação e metas
1.7 Acompanhamento do Plano de Ação
1.8 Perfil do pessoal técnico-administrativo e do corpo docente
1.9 Formação continuada dos profissionais
2. FASES DE ELABORAÇÃO DO PPP
2.1 Divulgação e estratégias de engajamento:
2.2 Calendário de elaboração:
REFERÊNCIAS
Anexos
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INTRODUÇÃO
Nota-se, assim, que a construção do PPP deve englobar a reflexão sobre uma
sociedade justa, fraterna e democrática, principalmente no espaço escolar, de modo que o
saber sistematizado no currículo colabore para a formação de sujeitos críticos. Dessa
maneira, a educação escolar é um direito inalienável e subjetivo de cada indivíduo, que deve
ser garantido para formar cidadãos reflexivos, capazes de transformar a sua própria realidade
social.
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Dando continuidade ao texto, vale ressaltar que o planejamento e a execução do PPP
requer processos de ordem técnica, administrativa e pedagógica que envolvem a gestão
escolar, a coordenação pedagógica, professores, estudantes e comunidade escolar, bem
como uma concepção de currículo na perspectiva histórico-cultural. Nesse sentido, os
processos de aprendizagem são entendidos como efetivos na medida em que as interações
sociais dos estudantes, em suas diferentes vivências, estão conectadas aos objetos de
conhecimento do currículo escolar. Observe o que afirma a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional:
Sendo assim, no que tange ao ensino fundamental, com base nos parâmetros legais,
cada unidade escolar deverá promover estratégias para o envolvimento e engajamento de
todos os membros que a integram, visando construir e implementar, de modo democrático e
dialógico, o PPP. É importante frisar que o PPP é um dispositivo que inclui o currículo, mas
não se reduz a ele, uma vez que demanda ações, proposições, metas, prazos, formas de
avaliação, entre outras práticas, cujo objetivo é garantir um ambiente educacional inclusivo,
diverso e democrático.
Em relação à Educação Infantil, o PPP objetiva a criação de condições que assegurem
os direitos de cada criança a uma aprendizagem voltada para o seu desenvolvimento integral
por meio da exploração dos campos de experiências. As vivências em cada unidade escolar
deverão ocorrer por meio de socializações planejadas e/ou aprendizagens significativas que
complementam as ações das famílias e da comunidade no que diz respeito à promoção do
enriquecimento das experiências das crianças a partir de interações e brincadeiras, tal como é
apresentado no RCMRP.
Por fim, compreende-se que o PPP visa garantir que cada unidade escolar possua um
documento legal, com diferentes ações e proposições que possibilitam identidade e
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singularidade à escola em relação às estratégias de acesso a uma educação de qualidade.
A seguir, apresentamos os itens que um PPP deve conter e a explicação sobre cada um
deles. Cabe à escola construir e detalhar o documento, assim como evidenciar a sua
identidade e a participação coletiva de todos os membros da comunidade.
1. Capa;
2. Contracapa;
3. Sumário;
4. Histórico e identificação da instituição de ensino;
5. Diagnóstico e análise da situação da escola;
6. Proposta curricular;
7. Fins e princípios norteadores;
8. Objetivos a serem alcançados;
9. Plano de ação e metas;
10. Avaliação do Plano de Ação;
11. Perfil do corpo docente e do pessoal técnico-administrativo;
12. Formação continuada de pessoal;
13. Anexos.
● Nome da escola;
● Endereço: rua, nº, bairro, cidade, CEP, telefone, e-mail;
● Nome do(a) diretor(a), vice-diretor(a), coordenador(a) pedagógico(a), secretário e
agentes administrativos e horários de trabalho;
● Níveis e modalidades de ensino oferecidos;
● Períodos e horários de funcionamento;
● Enquadramento legal (ato de criação/denominação, autorização do curso, portaria,
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publicação em DOE ou DOM etc.);
● Números de alunos (as), número de professores (as), número de funcionários (as);
● Período de vigência;
● Breve histórico da escola ressaltando fatos importantes;
● Horário Administrativo homologado pelo Departamento Administrativo da SME
(diretor(a), vice-diretor(a), coordenador(a) pedagógico, secretário(a), agente
administrativo(a)).
● Constituição Federal de 1988 - Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o
Ensino Fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos
valores culturais e artísticos, nacionais e regionais. Fonte:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm;
● Lei nº 10.639 de 09 de janeiro de 2003, que alterou a Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996,
que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional para incluir no currículo oficial da Rede
de Ensino a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira e dá outras
providências. Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.639.htm;
● BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para
o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. In: Brasil. Ministério da Educação.
Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Ministério da Educação. Secretaria
de Educação Básica. Diretoria de Currículos e Educação Integral. Brasília: MEC, SEB, DICEI,
2013. p. 496-513;
● Lei nº 13.146 de 06 de julho de 2015, que Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com
Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Fonte:
http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm;
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curricular na escola, inserindo tais temáticas no momento de construção do PPP da unidade e no plano
de ensino dos docentes.
A concepção de Educação Especial deve transpor a ideia de apenas garantir a oferta de recursos
especializados e profissionais especialistas. Embora as iniciativas direcionadas aos alunos com
deficiência contemplem estas possibilidades, é importante considerar que todos os profissionais que
compõem o quadro escolar são responsáveis pela efetiva inclusão.
Não é diferente do preconizado nas Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica
em relação ao projeto político-pedagógico:
Para isso, o AEE atua diretamente com os alunos público-alvo da Educação Especial, bem como
orienta os professores regulares, demais alunos e profissionais da educação presentes na escola.
Conforme a Nota Técnica do MEC SEESP/GAB nº 19/2010, o Projeto Político Pedagógico da
escola relativo à educação inclusiva deve pautar-se pela concepção de diferenciação positiva ou ação
afirmativa. A premissa básica das ações afirmativas é promover igualdade de acesso a todos.
1) A concepção de deficiência não é mais associada à condição de doença, carência ou invalidez, que
pressupõe a necessidade de cuidados clínicos, assistenciais ou de serviços especializados, em todas as
atividades; e
2) Todos os estudantes têm oportunidade de desenvolvimento que considere suas potencialidades, bem
como não restrinja sua participação em determinados ambientes e atividades com base na deficiência.
Tendo assegurado seu direito à plena participação nos ambientes comuns de aprendizagem.
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uma vez que a análise dos resultados alcançados, dos processos em andamento e das
dificuldades encontradas servirão como dados para redirecionar as ações e metas.
Assim, para avaliar se as ações planejadas estão solucionando os problemas
detectados, pode-se recorrer ao uso do quadro abaixo:
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Deve ser preocupação constante da escola a formação continuada dos membros que
atuam na unidade escolar (secretaria, funcionários, cozinheiros), sobretudo dos professores,
como forma de melhor alcançar seus objetivos e elevar seu padrão de desempenho. Assim,
deverá contemplar no PPP da escola ações semanais voltadas para a formação pedagógica
dos professores e semestrais para os demais segmentos, garantindo, assim, espaços
formativos (reuniões de estudos, cursos, encontros etc.) e formas de articulação entre a
unidade de ensino, a Secretaria, a DAE (Divisão de Alimentação Escolar), a Secretaria da
Saúde, o Conselho Tutelar e a Assistência Social.
1.10 Anexos
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● Divulgação: tem por objetivo fazer chegar ao conhecimento de toda a comunidade
interna e externa que a escola irá se mobilizar para a elaboração do PPP. Para que
essa elaboração seja realmente democrática e que a escola cumpra seu papel social,
torna-se necessário o envolvimento de toda a comunidade a fim de que anseios e
aspirações sejam atendidos.
● Estratégias: cartazes na escola e em comércios da comunidade, comunicado aos
pais, reuniões, SMS’s, redes sociais, página oficial da unidade escolar; material
informativo sobre a organização desse processo que detalhe todas as possibilidades
de atuação.
O calendário previsto com as etapas de elaboração do PPP será definido pela SME,
sendo que os segmentos (Educação Infantil e Ensino Fundamental) deverão se organizar para
cumprir as datas descritas abaixo.
Primeiro momento
TDC Escola (mês de maio) com a comunidade escolar (famílias, alunos, professores e
funcionários).
Objetivos:
- Apresentar o “Roteiro para Elaboração do Projeto Político-Pedagógico”.
- Sensibilizar e engajar toda a comunidade sobre a importância desse documento
para a escola;
- Informar sobre o questionário sócio-informativo e prever o período de aplicação
para as famílias que não possuem acesso a internet (até 31 de maio de 2023).
Nesse caso, disponibilizar a Unidade Escolar (UE) para o auxílio e acesso ao
questionário. Foi encaminhado via e-mail, uma sugestão que pode ser editada
pela UE e disponibilizada via Google Forms para as famílias;
- Apresentar o cronograma da SME com as etapas de construção do PPP.
Segundo momento
Reunião do Conselho de Escola.
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Objetivos:
- Eleger uma comissão encarregada do processo de construção do documento. Tal
comissão deve ser eleita para coordenar as ações previstas, escrever a minuta do
PPP e redigir sua versão final. Fica estabelecido que o diretor é membro nato;
- Estabelecer o cronograma e a agenda de trabalho para elaboração da minuta do
PPP.
Terceiro momento
Reuniões da comissão.
Objetivos:
- Compilar e organizar os dados do questionário sócio-informativo;
- Analisar e registrar, tendo em vista o questionário aplicado, o diagnóstico da
unidade escolar (Integrar o tópico 2.2 deste documento - Diagnóstico e análise da
situação da escola).
Quarto momento
Reuniões da comissão para a escrita da minuta.
No quarto momento também deve ser definido o cronograma das audiências para
apresentação e discussão da minuta. As audiências devem ser organizadas da seguinte
forma:
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- Alunos (no turno escolar);
- Professores e funcionários (após o turno escolar);
- Comunidade escolar (após o turno escolar ou em horário de maior participação
coletiva).
Quinto momento
Início das audiências.
Sexto momento
Redação final do documento, já com a inserção dos resultados das audiências.
Sétimo momento
Oitavo momento
Publicação no site da prefeitura.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão das Pessoas
com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Diário Oficial da União 2015; 7 jul
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018.
Anexos
CODERP-SAE -> GESTÃO ESCOLAR -> RELATÓRIOS PPP -> ESCOLHER A UNIDADE
ESCOLAR -> ESCOLHER ANO VIGENTE -> ESCOLHER 1.3. QUADRO DE PESSOAL
ADMINISTRATIVO E TÉCNICO -> CONFIRMAR -> IMPRIMIR RELATÓRIO
HABILITAÇÃO OU
CARGO OU
RG NÍVEL DE
Nº NOME FUNÇÃO
ESCOLARIDADE
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Anexo II - MODELO DE PROJETO
EDUCAÇÃO INFANTIL
Público-alvo: explicita as turmas e faixas etárias a que se refere o projeto elaborado pela
equipe da unidade escolar.
Duração: explica o tempo de duração do projeto, bem como as etapas em que ele será
desenvolvido.
Justificativa: este item deve apresentar a razão pela qual se optou pela realização do projeto
(a escolha do tema, adequação à faixa etária, duração, questões que foram levantadas e que
serão respondidas).
Objetivos Gerais: os objetivos gerais de um projeto de educação infantil não é apenas para a
criança, ele envolve todo o contexto escolar ao tornar todos os participantes dessa
organização investigadores, orientadores, e mediadores de aprendizagem. Objetivos gerais
que contemplem os interesses das crianças, a sua cultura, sua maneira de encarar o mundo,
seus modos de aprendizagem, e o fazer pedagógico são de grande importância para a
ampliação dos saberes e desenvolvimento infantil.
Campos de Experiência: a partir da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a qual orienta
o currículo da educação básica, o projeto anual, a fim de promover vivências de saberes e
conhecimentos, deve ser organizado contemplando os 5 campos de experiências:
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Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento: compreendem tanto comportamentos,
habilidades e conhecimentos quanto vivências que promovem aprendizagem e
desenvolvimento nos diversos campos de experiências, sempre tomando as interações e a
brincadeira como eixos estruturantes. Explicitam o cerne da pesquisa, as diferentes
finalidades de se aprofundar no que está sendo proposto, pensando na aquisição desse
conhecimento ao longo de todo o ano letivo. Consultar o item “Organizadores Curriculares” na
página 75 do Referencial Curricular da Rede Municipal de Ribeirão Preto assim como a
sugestão de seleção dos objetivos de aprendizagem por bimestres a fim de que, no decorrer
do ano letivo, todos os objetivos de aprendizagem sejam contemplados lembrando que toda
organização do projeto é flexível dada a possibilidade de reorganização para os aspectos não
previstos mas percebidos como de interesse das crianças.
Culminância: deve ser elaborada a partir das experiências conclusivas das turmas que
participaram da realização do projeto. É a culminância do trabalho feito e deve,
necessariamente, estar desvinculada da ideia de produto, uma vez que este remete a algo
concreto, palpável e, muitas vezes, não é possível explicitar o conjunto das experiências
conclusivas vividas pelas crianças. É importante que elas participem da escolha de como
serão apresentados às outras turmas e espectadores diversos, os resultados da
aprendizagem adquirida com o projeto. Pode ser uma mostra, um sarau, um teatro ou até
mesmo a confecção de um livro, não sendo necessariamente o mesmo para todas as turmas
da escola.
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Bibliografia: referenciar os materiais utilizados para a fundamentação teórica do projeto.
ENSINO FUNDAMENTAL
Tema: A partir das leis (LDB, BRASIL, 1997) e dos pilares educacionais (BNCC, BRASIL,
2016) que orientam as práticas pedagógicas, fundamentando o trabalho coletivo escolar,
deve-se privilegiar temáticas com discussões e reflexões com aporte socialmente amplos e
significativos, a saber: direitos humanos, questões étnico-raciais, educação ambiental,
tecnologias, educação sexual e inclusiva. Nesse sentido, espera-se que o professor
contemple e organize o seu plano de aula abordando os temas supracitados.
Título: Sugere-se que o título seja escolhido ao final da elaboração textual, considerando o
tema, as etapas, os objetivos e estratégias idealizadas.
Duração: Indica o período de duração do projeto, bem como o tempo de execução das etapas
em que ele será desenvolvido.
Justificativa: Deve apresentar a razão pela qual se optou pela realização do projeto (a
escolha do tema, adequação à faixa etária, demandas da comunidade escolar, etc.).