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Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto Estado de São Paulo

Secretaria Municipal da Educação

Roteiro para Elaboração do Projeto Político-Pedagógico

RIBEIRÃO PRETO
2023
“É decidindo que se aprende a decidir.”
Paulo Freire

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Sumário
Sumário
INTRODUÇÃO
1. O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO E SUA COMPOSIÇÃO
1.1 Histórico e identificação da instituição de ensino
1.2 Diagnóstico e análise da situação da escola
1.3 Fins e princípios norteadores
1.4 Proposta curricular
1.4.1 Proposta Curricular: considerações que devem ser contempladas/debatidas acerca da Educação
Especial
1.4.2 Proposta Curricular: considerações que devem ser contempladas/debatidas acerca da Educação
para as Relações Étnico-Raciais
1.4.3 Proposta Curricular: considerações que devem ser contempladas/debatidas acerca da
avaliação/acompanhamento da ação educativa
1.5 Objetivos a serem alcançados
1.6 Plano de ação e metas
1.7 Acompanhamento do Plano de Ação
1.8 Perfil do pessoal técnico-administrativo e do corpo docente
1.9 Formação continuada dos profissionais
2. FASES DE ELABORAÇÃO DO PPP
2.1 Divulgação e estratégias de engajamento:
2.2 Calendário de elaboração:
REFERÊNCIAS
Anexos

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INTRODUÇÃO

O Projeto Político Pedagógico (PPP) é uma ferramenta de fundamental importância


para que todos os membros que integram cada uma das escolas da Secretaria Municipal de
Educação de Ribeirão Preto promovam ações dialógicas, colaborativas e coletivas que visam
o desenvolvimento dos propósitos curriculares que constam no Referencial Curricular
Municipal de Ribeirão Preto (RCMRP). (RIBEIRÃO PRETO, 2019, p. 21).
Nesse sentido, as práticas pedagógicas desenvolvidas nas unidades escolares, cujo
objetivo é o ensino/aprendizagem, precisam efetivar os princípios balizadores do RCMRP, tais
como a equidade, o bem comum, o empoderamento, a valorização da vida de cada indivíduo,
a promoção da saúde e do bem-estar, a cultura do respeito mútuo, a equidade racial e de
gênero, e o protagonismo estudantil.
Ainda, em relação aos princípios, os mesmos devem conduzir cada comunidade
escolar na elaboração do PPP a partir dos moldes da gestão democrática, conforme inciso
VIII, Artigo 3º da Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as Diretrizes e
Bases da Educação Nacional.

Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:


I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte
e o saber;
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;
IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII - valorização do profissional da educação escolar;
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos
sistemas de ensino;
IX - garantia de padrão de qualidade;
X - valorização da experiência extra-escolar;
XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
XII - consideração com a diversidade étnico-racial. (Incluído pela Lei nº 12.796, de
2013)
XIII - garantia do direito à educação e à aprendizagem ao longo da vida. (Incluído pela
Lei nº 13.632, de 2018).
XIV - respeito à diversidade humana, linguística, cultural e identitária das pessoas
surdas, surdo-cegas e com deficiência auditiva. (Incluído pela Lei nº 14.191, de 2021).
(BRASIL, 1996)

Nota-se, assim, que a construção do PPP deve englobar a reflexão sobre uma
sociedade justa, fraterna e democrática, principalmente no espaço escolar, de modo que o
saber sistematizado no currículo colabore para a formação de sujeitos críticos. Dessa
maneira, a educação escolar é um direito inalienável e subjetivo de cada indivíduo, que deve
ser garantido para formar cidadãos reflexivos, capazes de transformar a sua própria realidade
social.
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Dando continuidade ao texto, vale ressaltar que o planejamento e a execução do PPP
requer processos de ordem técnica, administrativa e pedagógica que envolvem a gestão
escolar, a coordenação pedagógica, professores, estudantes e comunidade escolar, bem
como uma concepção de currículo na perspectiva histórico-cultural. Nesse sentido, os
processos de aprendizagem são entendidos como efetivos na medida em que as interações
sociais dos estudantes, em suas diferentes vivências, estão conectadas aos objetos de
conhecimento do currículo escolar. Observe o que afirma a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional:

Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu


sistema de ensino, terão a incumbência de:
I - elaborar e executar sua proposta pedagógica;
VII - informar pai e mãe, conviventes ou não com seus filhos, e, se for o caso, os
responsáveis legais, sobre a frequência e rendimento dos alunos, bem como sobre a
execução da proposta pedagógica da escola;
Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de:
I - participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;
VI - colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a
comunidade.
Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino
público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os
seguintes princípios:
I - participação dos profissionais da Educação na elaboração do projeto pedagógico
da escola;
II - participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou
equivalentes. (BRASIL, 1996)

Sendo assim, no que tange ao ensino fundamental, com base nos parâmetros legais,
cada unidade escolar deverá promover estratégias para o envolvimento e engajamento de
todos os membros que a integram, visando construir e implementar, de modo democrático e
dialógico, o PPP. É importante frisar que o PPP é um dispositivo que inclui o currículo, mas
não se reduz a ele, uma vez que demanda ações, proposições, metas, prazos, formas de
avaliação, entre outras práticas, cujo objetivo é garantir um ambiente educacional inclusivo,
diverso e democrático.
Em relação à Educação Infantil, o PPP objetiva a criação de condições que assegurem
os direitos de cada criança a uma aprendizagem voltada para o seu desenvolvimento integral
por meio da exploração dos campos de experiências. As vivências em cada unidade escolar
deverão ocorrer por meio de socializações planejadas e/ou aprendizagens significativas que
complementam as ações das famílias e da comunidade no que diz respeito à promoção do
enriquecimento das experiências das crianças a partir de interações e brincadeiras, tal como é
apresentado no RCMRP.
Por fim, compreende-se que o PPP visa garantir que cada unidade escolar possua um
documento legal, com diferentes ações e proposições que possibilitam identidade e
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singularidade à escola em relação às estratégias de acesso a uma educação de qualidade.

1. O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO E SUA COMPOSIÇÃO

A seguir, apresentamos os itens que um PPP deve conter e a explicação sobre cada um
deles. Cabe à escola construir e detalhar o documento, assim como evidenciar a sua
identidade e a participação coletiva de todos os membros da comunidade.

1. Capa;
2. Contracapa;
3. Sumário;
4. Histórico e identificação da instituição de ensino;
5. Diagnóstico e análise da situação da escola;
6. Proposta curricular;
7. Fins e princípios norteadores;
8. Objetivos a serem alcançados;
9. Plano de ação e metas;
10. Avaliação do Plano de Ação;
11. Perfil do corpo docente e do pessoal técnico-administrativo;
12. Formação continuada de pessoal;
13. Anexos.

1.1 Histórico e identificação da instituição de ensino

A primeira parte do documento precisa conter informações referentes à localização e


estrutura organizacional da escola. De forma sucinta e objetiva, o texto deve apresentar os
seguintes itens:

● Nome da escola;
● Endereço: rua, nº, bairro, cidade, CEP, telefone, e-mail;
● Nome do(a) diretor(a), vice-diretor(a), coordenador(a) pedagógico(a), secretário e
agentes administrativos e horários de trabalho;
● Níveis e modalidades de ensino oferecidos;
● Períodos e horários de funcionamento;
● Enquadramento legal (ato de criação/denominação, autorização do curso, portaria,

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publicação em DOE ou DOM etc.);
● Números de alunos (as), número de professores (as), número de funcionários (as);
● Período de vigência;
● Breve histórico da escola ressaltando fatos importantes;
● Horário Administrativo homologado pelo Departamento Administrativo da SME
(diretor(a), vice-diretor(a), coordenador(a) pedagógico, secretário(a), agente
administrativo(a)).

1.2 Diagnóstico e análise da situação da escola

Para orientar as ações desenvolvidas no ambiente escolar, a equipe da instituição


precisa dispor de uma proposta pedagógica que parta do conhecimento da realidade daquela
comunidade. Dessa forma, todo Projeto Político Pedagógico necessita de um diagnóstico que
revele aspectos positivos que estão em ação e aqueles que requerem avanços ou até mesmo
mudanças.
Para atingir esta finalidade, torna-se importante fazer a contextualização sócio-
geográfica do bairro (onde a escola se encontra), descrever o perfil desta localidade
(residencial/comercial/industrial) e da comunidade ali inserida, apontando, inclusive, os órgãos
públicos dos arredores que atendem essa população.
Para um maior detalhamento do público alvo atendido pela escola, é imprescindível a
aplicação de um questionário sócio-informativo (sugestão encaminhada via e-mail), que
forneça informações significativas sobre as características da comunidade. Esses dados
precisam ser coletados, analisados e inseridos nesta parte do documento.
Por fim, os resultados das avaliações internas e externas (VUNESP, SARESP e
SAEB), no caso das escolas de Ensino Fundamental, também contribuem para o diagnóstico
e análise da situação da escola e precisam ser inseridos nesse tópico.

1.3 Fins e princípios norteadores

Apresentar um ideário que revele as concepções de ser humano, de sociedade, de


educação e função social da escola que embase todos os seus segmentos. Para tanto, é
importante estar respaldado nos fins educacionais previstos nos documentos legais e fazer
um debate coletivo que traga para o cerne da discussão questões como:
● Que tipo de sociedade queremos?
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● Qual o perfil de ser humano que desejamos formar?
● Qual é o papel da escola?
Essas reflexões e fundamentações são essenciais para a elaboração do PPP e devem
ser o fio condutor de toda a construção do documento.

1.4 Proposta curricular

Visando o desenvolvimento integral do sujeito, a proposta curricular deve estar fundamentada


na construção de processos educativos que contemplem temas contemporâneos, preferencialmente de
maneira transversal, interdisciplinar e integradora.
Segundo o Referencial Curricular da Rede Municipal de Ribeirão Preto, as escolas precisam
incorporar os seguintes temas em suas propostas pedagógicas: Direitos da criança e do adolescente;
Educação para o trânsito; Educação ambiental; Educação alimentar e nutricional; Processo de
envelhecimento, respeito e valorização do idoso; Educação em direitos humanos; Educação das
relações étnico-raciais e ensino de história e cultura afro-brasileira, africana e indígena; Saúde, vida
familiar e social; Educação para o consumo; Educação financeira e fiscal, trabalho, ciência e
tecnologia; Diversidade cultural; Erradicação da pobreza; Boa Saúde e bem-estar; Igualdade de
gênero; Água limpa e saneamento; Energia acessível e limpa; Consumo e produção responsáveis;
Combate às alterações climáticas; Educação de qualidade; Redução das desigualdades; Paz, justiça e
instituições fortes; História Local.
Em sua formulação devem ser considerados elementos diversos, tais como: as concepções de
escola e sociedade, a comunidade e suas culturalidades, a articulação entre as diversas áreas do
conhecimento, as metodologias adotadas nos percursos formativos dos estudantes, as proposta de
recuperação contínua e paralela, os projetos conduzidos pela unidade escolar (os quais serão
integrados como “ANEXOS”), etc.
Cabe, ainda, destacar que essa construção curricular deve estar pautada em conteúdos expressos
pelas leis e normatizações a fim de garantir os preceitos legais da educação nacional. Desse modo, deve-
se levar em consideração:

● Constituição Federal de 1988 - Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o
Ensino Fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos
valores culturais e artísticos, nacionais e regionais. Fonte:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm;

● Resolução CNE/CP nº 02 de 22 de dezembro de 2017, que institui e orienta a implantação da


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Base Nacional Comum Curricular, a ser respeitada obrigatoriamente ao longo das etapas e
respectivas modalidades no âmbito da Educação Básica.
Fonte:http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/historico/RESOLUCAOCNE_CP222DED
EZE MBRODE2017.pdf;

● BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018;

● Lei nº 10.639 de 09 de janeiro de 2003, que alterou a Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996,
que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional para incluir no currículo oficial da Rede
de Ensino a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira e dá outras
providências. Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.639.htm;

● BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para
o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. In: Brasil. Ministério da Educação.
Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Ministério da Educação. Secretaria
de Educação Básica. Diretoria de Currículos e Educação Integral. Brasília: MEC, SEB, DICEI,
2013. p. 496-513;

● Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva – 2008.


Fonte:http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=16690-
politica-nacional-de-educacao-especial-na-perspectiva-da-educacao-inclusiva-
05122014&Itemid=30192;

● Lei nº 13.146 de 06 de julho de 2015, que Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com
Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Fonte:
http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm;

● Referencial Curricular da Rede Municipal de Ribeirão Preto. Fonte:


http://ribeiraopreto.sp.gov.br/files/seducacao/pdf/referencial-curricular.pdf;

● Programa Municipal de Alfabetização e Letramento. Fonte:


https://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/portal/pdf/educacao485202202.pdf

Para finalizar, é importante salientar a necessidade de se discutir coletivamente esta proposta

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curricular na escola, inserindo tais temáticas no momento de construção do PPP da unidade e no plano
de ensino dos docentes.

1.4.1 Proposta Curricular: considerações que devem ser contempladas/debatidas


acerca da Educação Especial

A concepção de Educação Especial deve transpor a ideia de apenas garantir a oferta de recursos
especializados e profissionais especialistas. Embora as iniciativas direcionadas aos alunos com
deficiência contemplem estas possibilidades, é importante considerar que todos os profissionais que
compõem o quadro escolar são responsáveis pela efetiva inclusão.
Não é diferente do preconizado nas Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica
em relação ao projeto político-pedagógico:

Ao empenhar-se em garantir aos alunos uma educação de qualidade, todas as atividades da


escola e a sua gestão deverão estar articuladas com esse propósito. O processo de enturmação
dos alunos, a distribuição de turmas por professor, as decisões sobre o currículo, a escolha
dos livros didáticos, a ocupação do espaço, a definição dos horários e outras tarefas
administrativas e/ou pedagógicas precisam priorizar o atendimento aos interesses e
necessidades dos alunos. (p.117)

Nesse sentido, cabe ressaltar a importância da mediação em todas as atividades realizadas no


ambiente escolar, das adaptações curriculares que se fazem necessárias, das adequações arquitetônicas e
da superação das barreiras atitudinais que precisam ser suplantadas.
O atendimento educacional especializado (AEE) está alicerçado na Política Nacional de
Educação Especial e deve ser ofertado ao público-alvo previsto nesta política. Considera-se público-alvo
da educação especial as pessoas com deficiência, com transtornos globais do desenvolvimento e com
altas habilidades/superdotação.
O atendimento educacional especializado (AEE) deve ser previsto em sua oferta e aplicação no
PPP. O AEE é uma possibilidade de garantir que o educando com deficiência tenha acesso a um
conjunto de apoios e de recursos que minimizem as dificuldades enfrentadas com base em sua
deficiência.
De acordo com a Política Nacional o AEE não pode ser concebido em uma perspectiva de
substituição ou reforço ao ensino regular. Ele deve se fundamentar essencialmente em ações
colaborativas entre o profissional de AEE, os professores de ensino regular e demais agentes que
participam desse processo para que todos sejam participantes efetivos no progresso escolar e na
aquisição de autonomia desses alunos.
O atendimento educacional especializado deve integrar a proposta pedagógica da escola,
envolver a participação da família, garantir pleno acesso e participação dos estudantes, atender às
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necessidades específicas das pessoas público-alvo da educação especial e ser realizado em articulação
com as demais políticas públicas.
Ainda, o AEE deve elaborar os Planos Educacionais Individualizados (PEI) para cada aluno
atendido. É um plano de atendimento que contempla os objetivos a serem alcançados ao longo do ano
letivo e que envolve a família, os professores e os demais profissionais escolares necessários
relacionados a cada caso.
Conforme o Decreto nº 7611/2011, que dispõe sobre a Educação Especial e o Atendimento
Educacional Especializado, são objetivos do AEE:

I. prover condições de acesso, participação e aprendizagem no ensino regular e garantir


serviços de apoio especializados de acordo com as necessidades individuais dos estudantes;
II. garantir a transversalidade das ações da educação especial no ensino
regular;
III. fomentar o desenvolvimento de recursos didáticos e pedagógicos que
eliminem as barreiras no processo de ensino e aprendizagem;
IV. assegurar condições para a continuidade de estudos nos demais níveis, etapas e
modalidades de ensino.

Para isso, o AEE atua diretamente com os alunos público-alvo da Educação Especial, bem como
orienta os professores regulares, demais alunos e profissionais da educação presentes na escola.
Conforme a Nota Técnica do MEC SEESP/GAB nº 19/2010, o Projeto Político Pedagógico da
escola relativo à educação inclusiva deve pautar-se pela concepção de diferenciação positiva ou ação
afirmativa. A premissa básica das ações afirmativas é promover igualdade de acesso a todos.

Nesse sentido, cabe observar que:

1) A concepção de deficiência não é mais associada à condição de doença, carência ou invalidez, que
pressupõe a necessidade de cuidados clínicos, assistenciais ou de serviços especializados, em todas as
atividades; e

2) Todos os estudantes têm oportunidade de desenvolvimento que considere suas potencialidades, bem
como não restrinja sua participação em determinados ambientes e atividades com base na deficiência.
Tendo assegurado seu direito à plena participação nos ambientes comuns de aprendizagem.

Promovendo tais práticas, consolidamos a real inclusão, eliminamos preconceitos e colaboramos


para uma escola cada vez mais plural, participativa e acolhedora, em que a educação para todos se faz
presente.
Todas as discussões acerca das práticas de ensino, do acesso ao conhecimento e da inserção em
projetos contemplados na escola devem considerar as necessidades e peculiaridades desses alunos para
que os mesmos não sejam prejudicados em sua socialização e aprendizagem. Para isso incumbe:
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● Garantir que todos conheçam a ações pertinentes ao AEE na escola;
● Garantir a Acessibilidade Arquitetônica nos espaços escolares;
● Garantir a Acessibilidade Atitudinal, com pleno acolhimento do aluno com deficiência, assim
como de suas famílias, desde a matrícula;
● Garantir que os Planos Educacionais Individualizados (PEI) sejam elaborados de forma
colaborativa e corresponsável entre todos os profissionais educacionais relativos a cada caso,
assim como fomentar a participação familiar nos Planos;
● Fortalecer o entendimento de que o processo educacional de alunos público-alvo da Educação
Especial não seja entendido apenas como de propriedade do AEE ou de outros profissionais
escolares que atuem diretamente envolvidos na Educação Especial;
● Potencializar a organização de planos de aulas mais inclusivos;
● Alicerçar-se nos pressupostos do Ensino Colaborativo, do Desenho Universal para a
Aprendizagem, nas Adaptações Curriculares de Pequeno Porte e na Comunicação Alternativa e
Ampliada.

1.4.2 Proposta Curricular: considerações que devem ser contempladas/debatidas


acerca da Educação para as Relações Étnico-Raciais

A perspectiva da Educação para as Relações Étnico-Raciais (ERER) no Projeto Político


Pedagógico (PPP) das unidades escolares da Rede Municipal de Ensino deve contemplar o
compromisso com a educação antirracista, na perspectiva de combate às discriminações
raciais presentes na sociedade ribeirão-pretana.
Nesse sentido, o combate às discriminações étnico-raciais se dão por meio do
questionamento sobre a produção e reprodução de desigualdades que, observadas no
cotidiano escolar, correspondem ao não reconhecimento dos saberes dos povos afro-
brasileiros e indígenas uma vez que a cultura hegemônica é privilegiada. Assim, a elaboração
do PPP deve primar pelo atendimento desses e outros saberes locais.
Portanto, na perspectiva da ERER, deverão ser observados o compromisso com uma
educação antirracista e não xenofóbica, sob as diretrizes do reconhecimento e valorização da
história e cultura dos povos africanos e afro-brasileiros, indígenas e de todos os que hoje
compõem a diversidade da sociedade ribeirão-pretana por meio da elaboração de percursos
formativos que contemplam as especificidades étnico-raciais da unidade escolar.
O termo cultura deve ser entendido aqui de maneira ampla e incorporar as
manifestações artísticas, políticas, religiosas e econômicas como constituintes e
determinantes da unidade escolar. Dessa forma, considere os seguintes itens na elaboração
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da proposta curricular: perfil étnico-racial da unidade escolar; perfil religioso da comunidade; a
importância da leitura sobre as potencialidades territoriais, baseadas no quesito raça/cor; a
participação de potências representativas da identidade do território no cotidiano escolar.

1.4.3 Proposta Curricular: considerações que devem ser contempladas/debatidas


acerca da avaliação/acompanhamento da ação educativa

A avaliação e o acompanhamento da ação educativa representam um elemento


importante do processo pedagógico sendo que sua concepção, formas e processos devem
superar a prática classificatória, seletiva e autoritária que ainda se vem praticando. A
avaliação deve ser vista como um instrumento para promover o desenvolvimento do aluno, a
correção do percurso, os passos que ainda faltam e como reflexão da prática educativa, pois
se trata de um processo formativo e contínuo.
Como amparo legal sobre as concepções que tratam dos processos avaliativos, temos
a resolução SME nº 13 de 2009 que fixa os princípios da avaliação da aprendizagem e das
condições de oferta do ensino no município de Ribeirão Preto. Essa resolução apresenta
orientações em relação ao acompanhamento do processo de ensino e aprendizagem, bem
como instrumentos e práticas de avaliação que devem ser adotados pela rede.
Para um maior detalhamento dos processos avaliativos, acesse:
https://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/files/seducacao/pdf/i15res-013-09.pdf

1.5 Objetivos a serem alcançados

Alicerçados na análise situacional da escola e na proposta curricular que permeia a


vida estudantil, os objetivos norteadores (de dois a quatro) da ação educativa deverão ser
formulados. Eles devem ser claros e precisos, devem expressar a finalidade da escola e o
que imprimirá unidade e continuidade em suas ações.

1.6 Plano de ação e metas

O plano de ação nos ajuda a definir e organizar as atividades que colocaremos em


prática para alcançar nossos objetivos, a decidir quem serão as pessoas responsáveis por
essas atividades e a prever o tempo necessário para a execução.
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O primeiro passo é saber o que queremos alcançar a partir dos objetivos
estabelecidos. Essa é uma etapa fundamental de elaboração do documento, pois neste
momento o corpo profissional e a comunidade identificam quais são os principais entraves
que afetam a qualidade da educação e que podem complexificar o alcance dos objetivos
estabelecidos.
Esse diagnóstico se baseará no questionário encaminhado pela Secretaria Municipal
da Educação, a partir da seleção de determinados indicadores que compõem o documento:
Indicadores – Diagnóstico e Plano de Ação. Para essa seleção foram priorizadas as
dimensões que contemplam os aspectos pedagógicos.
Levando em conta a coleta e análise desse questionário, será possível qualificar
alguns aspectos que podem revelar sinais da realidade escolar, contribuindo
consequentemente para a organização do plano de ação.
Cabe ressaltar também que fica a critério da escola a utilização do arquivo completo
dos Indicadores de Qualidade da Educação caso a unidade verifique a necessidade.
Com as respostas em mãos é possível chegar próximo a um retrato comum da
qualidade da educação na instituição e partir para um debate que definirá as prioridades.
Essas prioridades deverão ser a base para a produção conjunta de um plano de ação,
podendo estar no âmbito pedagógico, administrativo ou institucional.
Uma vez pautada as prioridades, é preciso estabelecer as metas, refletir sobre o que
será feito para que elas sejam alcançadas e, por fim, pensar em como os recursos
(financeiros, humanos, materiais, entre outros) serão mobilizados para colocar o plano de
ação em prática.
É importante indicar se as ações são de curto ou médio, bem como estabelecer
períodos de avaliação da efetividade das mesmas e os responsáveis por executá-las. Uma
comissão representativa poderá ficar responsável por monitorar a realização do plano de
ação. Reuniões periódicas poderão ajudar a verificar se as atividades estão ocorrendo ou
não conforme o planejado.
Todas essas ações devem ser debatidas coletivamente por meio de audiências que
serão detalhadas nesse roteiro em momento posterior.

1.7 Acompanhamento do Plano de Ação

A avaliação do Projeto Político Pedagógico tem como finalidade o acompanhamento


das ações e metas a fim de verificar se os objetivos estão sendo alcançados. Para tanto, é
necessário criar mecanismos e instrumentos que realizam esse trabalho periodicamente,

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uma vez que a análise dos resultados alcançados, dos processos em andamento e das
dificuldades encontradas servirão como dados para redirecionar as ações e metas.
Assim, para avaliar se as ações planejadas estão solucionando os problemas
detectados, pode-se recorrer ao uso do quadro abaixo:

Problemas Metas Ações Responsáveis Prazo

Para melhor entendimento ao preencher o quadro, lembre-se dos/das:

▪ Problemas: problemas prioritários encontrados na instituição;


▪ Metas: situações ou estados desejados a serem alcançados para resolver um problema
que afeta a qualidade da educação pretendida pela escola. As metas podem estar no
âmbito pedagógico, administrativo ou institucional;
▪ Ações: são formas de tarefas interrelacionadas, escolhidas para atingir cada meta. São
realizadas pelos mantenedores, pela direção pedagógica, pelos professores, auxiliares,
funcionários, família ou comunidade em geral.
▪ Responsáveis: são todos os envolvidos no acompanhamento da realização das ações;
▪ Prazos: tempos de curta ou média duração. Como o PPP será bienal, deve-se considerar
prazos para meses, um ano e dois anos, que devem ser revistos semestralmente e estar
integrados aos Anexos do PPP.

1.8 Perfil do pessoal técnico-administrativo e do corpo docente

O Quadro de Pessoal Administrativo e Técnico refere-se ao ano vigente. Este


relatório não inclui os profissionais terceirizados, estagiários ou demais que atuam na
unidade que não tenham vínculo estatutário. Para tanto, será necessário preencher a tabela
(Anexo I) com os dados dos profissionais que não estão disponíveis no Relatório.
O Quadro de Pessoal Docente refere-se ao ano vigente.

1.9 Formação continuada dos profissionais

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Deve ser preocupação constante da escola a formação continuada dos membros que
atuam na unidade escolar (secretaria, funcionários, cozinheiros), sobretudo dos professores,
como forma de melhor alcançar seus objetivos e elevar seu padrão de desempenho. Assim,
deverá contemplar no PPP da escola ações semanais voltadas para a formação pedagógica
dos professores e semestrais para os demais segmentos, garantindo, assim, espaços
formativos (reuniões de estudos, cursos, encontros etc.) e formas de articulação entre a
unidade de ensino, a Secretaria, a DAE (Divisão de Alimentação Escolar), a Secretaria da
Saúde, o Conselho Tutelar e a Assistência Social.

1.10 Anexos

Destacamos neste item quais documentos devem integrar o Projeto Político-


Pedagógico como anexos:

 Quadro Demonstrativo da Vida Escolar;


 Quadro de Agrupamentos de Alunos;
 Calendário Escolar;
 Matriz Curricular;

 Projetos (conduzidos pela escola ao longo do ano, devem estar alicerçados na


proposta curricular municipal e fundamentados nos objetivos e princípios
norteadores deste documento);
 Concursos;
 Conselho de Escola;
 Associação de Pais e Mestres;
 Grêmio Estudantil;
 Aplicação dos recursos financeiros da APM.

2. FASES DE ELABORAÇÃO DO PPP

2.1 Divulgação e estratégias de engajamento:

A fase de preparação é decisiva para o sucesso do processo de elaboração do PPP,


pois é nessa etapa que se busca assegurar o engajamento dos diversos segmentos da
comunidade escolar. Aqui identificamos momentos significativos, como os mencionados
abaixo:

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● Divulgação: tem por objetivo fazer chegar ao conhecimento de toda a comunidade
interna e externa que a escola irá se mobilizar para a elaboração do PPP. Para que
essa elaboração seja realmente democrática e que a escola cumpra seu papel social,
torna-se necessário o envolvimento de toda a comunidade a fim de que anseios e
aspirações sejam atendidos.
● Estratégias: cartazes na escola e em comércios da comunidade, comunicado aos
pais, reuniões, SMS’s, redes sociais, página oficial da unidade escolar; material
informativo sobre a organização desse processo que detalhe todas as possibilidades
de atuação.

2.2 Calendário de elaboração:

O calendário previsto com as etapas de elaboração do PPP será definido pela SME,
sendo que os segmentos (Educação Infantil e Ensino Fundamental) deverão se organizar para
cumprir as datas descritas abaixo.

Primeiro momento
TDC Escola (mês de maio) com a comunidade escolar (famílias, alunos, professores e
funcionários).
Objetivos:
- Apresentar o “Roteiro para Elaboração do Projeto Político-Pedagógico”.
- Sensibilizar e engajar toda a comunidade sobre a importância desse documento
para a escola;
- Informar sobre o questionário sócio-informativo e prever o período de aplicação
para as famílias que não possuem acesso a internet (até 31 de maio de 2023).
Nesse caso, disponibilizar a Unidade Escolar (UE) para o auxílio e acesso ao
questionário. Foi encaminhado via e-mail, uma sugestão que pode ser editada
pela UE e disponibilizada via Google Forms para as famílias;
- Apresentar o cronograma da SME com as etapas de construção do PPP.

Data prevista de término: até 31 de maio de 2023.

Segundo momento
Reunião do Conselho de Escola.

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Objetivos:
- Eleger uma comissão encarregada do processo de construção do documento. Tal
comissão deve ser eleita para coordenar as ações previstas, escrever a minuta do
PPP e redigir sua versão final. Fica estabelecido que o diretor é membro nato;
- Estabelecer o cronograma e a agenda de trabalho para elaboração da minuta do
PPP.

Data prevista de realização: ocorrer entre 22 e 31 de maio de 2023.

Terceiro momento
Reuniões da comissão.

Objetivos:
- Compilar e organizar os dados do questionário sócio-informativo;
- Analisar e registrar, tendo em vista o questionário aplicado, o diagnóstico da
unidade escolar (Integrar o tópico 2.2 deste documento - Diagnóstico e análise da
situação da escola).

Data prevista de término: até 20 de junho de 2023.

Quarto momento
Reuniões da comissão para a escrita da minuta.

A minuta deverá contemplar:


- A compilação e a organização dos dados do questionário aplicado;
- Histórico e identificação da instituição de ensino;
- Diagnóstico e análise da situação da escola;
- Proposta curricular;
- Fins e princípios norteadores;
- Perfil do corpo docente e do pessoal técnico-administrativo;
- Formação continuada de pessoal;
- Anexos.

No quarto momento também deve ser definido o cronograma das audiências para
apresentação e discussão da minuta. As audiências devem ser organizadas da seguinte
forma:
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- Alunos (no turno escolar);
- Professores e funcionários (após o turno escolar);
- Comunidade escolar (após o turno escolar ou em horário de maior participação
coletiva).

Data prevista de término: até 14 de julho de 2023.

Quinto momento
Início das audiências.

Pauta das audiências:


- Apresentação e discussão da minuta elaborada;
- Debate acerca do Plano de ação e metas (Indicadores de Qualidade do Ensino
destinado a cada agrupamento).

A proposta é que, nos dias das audiências, inicialmente os participantes reflitam


sobre os elementos contidos na minuta a fim de se apropriarem do documento e trazerem
possíveis contribuições.
Após este momento, sugere-se que o Plano de Ação (item 2.6 deste roteiro) seja
o foco do encontro. As perguntas selecionadas pela SME referem-se a ações, atitudes ou
situações que mostram como está a instituição em relação ao tema abordado pelo
indicador. Cada pergunta será discutida pelo grupo e receberá uma cor: verde, amarelo ou
vermelho. Caso o grupo avalie que essas ações, atitudes ou situações existem e estão
consolidadas na instituição de educação, o mesmo deverá atribuir-lhes a cor verde,
indicando que o processo de melhoria da qualidade já está em um bom caminho. Se essas
atitudes, práticas ou situações ocorrem de vez em quando na instituição de educação, mas
não estão consolidadas, o grupo deve atribuir-lhes a cor amarela, o que indica que elas
merecem cuidado e atenção. Caso o grupo avalie que essas atitudes, situações ou ações
não existem na instituição de educação, o mesmo pode atribuir-lhes a cor vermelha.
Durante esse processo, os indicadores que receberem a cor vermelha ou amarela deverão
ser prioridades no momento de traçar metas para o Plano de Ação.
Um relator deve ser escolhido para conduzir os encontros, cuidar da elaboração do
quadro-síntese (resumo dos apontamentos dos indicadores) e expor o resultado da
discussão na audiência.
Nessa etapa, a escola tem autonomia para organizar a quantidade necessária de
audiências.
18
Data prevista para o início das audiências: a partir de 24 de julho de 2023.

Sexto momento
Redação final do documento, já com a inserção dos resultados das audiências.

Data prevista para a entrega do documento: 30 de setembro de 2023.

Sétimo momento

Análise do documento feita pela supervisão de ensino.

Data Prevista: até dezembro de 2023.

Oitavo momento
Publicação no site da prefeitura.

Data prevista: janeiro 2024

REFERÊNCIAS

BAÍA COELHO , W. de N. .; EVANGELISTA REGIS, K. .; FARIAS DA SILVA, C. A. O Lugar


da Educação das Relações Étnico-Raciais nos Projetos Político-Pedagógicos de duas
Escolas Paraenses. Revista Exitus, [S. l.], v. 11, n. 1, p. e020129, 2021. DOI:
10.24065/2237-9460.2021v11n1ID1533. Disponível em:
http://www.ufopa.edu.br/portaldeperiodicos/index.php/revistaexitus/article/view/1533.
Acesso em: 3 mai 2023.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF:


Presidência da República. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 04 abr 2023.

BRASIL. Lei 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão das Pessoas
com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Diário Oficial da União 2015; 7 jul

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB. 9394/1996.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial (SEESP). Política


Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília:
19
MEC/SEESP, 2008.

RIBEIRÃO PRETO. Secretaria Municipal da Educação. Referencial Curricular da Rede


Municipal de Ribeirão Preto. Ribeirão Preto, 2019. Disponível em:
https://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/files/seducacao/pdf/referencial-curricular.pdf. Acesso
em: 19 abr 2023.

RIBEIRÃO PRETO. Secretaria Municipal da Educação. Indicadores – Diagnóstico e


Plano de Ação. Ribeirão Preto. Disponível em:
https://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/files/seducacao/pdf/se-diagnostico-plano-acao.pdf.
Acesso em 19 abr 2023

Anexos

I - QUADRO DE PESSOAL ADMINISTRATIVO E TÉCNICO

CODERP-SAE -> GESTÃO ESCOLAR -> RELATÓRIOS PPP -> ESCOLHER A UNIDADE
ESCOLAR -> ESCOLHER ANO VIGENTE -> ESCOLHER 1.3. QUADRO DE PESSOAL
ADMINISTRATIVO E TÉCNICO -> CONFIRMAR -> IMPRIMIR RELATÓRIO

HABILITAÇÃO OU
CARGO OU
RG NÍVEL DE
Nº NOME FUNÇÃO
ESCOLARIDADE

Observação: Incluir estagiários e funcionários terceirizados em ordem alfabética.

QUADRO DE PESSOAL DOCENTE

CODERP-SAE -> GESTÃO ESCOLAR -> RELATÓRIOS PPP -> ESCOLHER A


UNIDADE ESCOLAR -> ESCOLHER ANO VIGENTE -> ESCOLHER 1.4. QUADRO DE
PESSOAL DOCENTE - > CONFIRMAR -> IMPRIMIR RELATÓRIO

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Anexo II - MODELO DE PROJETO

EDUCAÇÃO INFANTIL

Tema/Título: É importante que o tema integre o contexto social e de desenvolvimento infantil,


não partindo apenas de um desejo do professor, mas sim, da necessidade e da cultura das
crianças. O tema é a adoção de situações que cercam a realidade de educandos e
educadores. Estes temas precisam ser, não só apreendidos, mas refletidos, para que ocorra a
tomada de consciência dos indivíduos sobre eles.

Público-alvo: explicita as turmas e faixas etárias a que se refere o projeto elaborado pela
equipe da unidade escolar.

Duração: explica o tempo de duração do projeto, bem como as etapas em que ele será
desenvolvido.

Justificativa: este item deve apresentar a razão pela qual se optou pela realização do projeto
(a escolha do tema, adequação à faixa etária, duração, questões que foram levantadas e que
serão respondidas).

Objetivos Gerais: os objetivos gerais de um projeto de educação infantil não é apenas para a
criança, ele envolve todo o contexto escolar ao tornar todos os participantes dessa
organização investigadores, orientadores, e mediadores de aprendizagem. Objetivos gerais
que contemplem os interesses das crianças, a sua cultura, sua maneira de encarar o mundo,
seus modos de aprendizagem, e o fazer pedagógico são de grande importância para a
ampliação dos saberes e desenvolvimento infantil.

Campos de Experiência: a partir da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a qual orienta
o currículo da educação básica, o projeto anual, a fim de promover vivências de saberes e
conhecimentos, deve ser organizado contemplando os 5 campos de experiências:

● O eu, o outro e o nós;


● Corpo, gestos e movimentos;
● Traços, sons, cores e formas;
● Escuta, fala, pensamento, e imaginação;
● Espaço, tempo, quantidades, relações e transformações.

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Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento: compreendem tanto comportamentos,
habilidades e conhecimentos quanto vivências que promovem aprendizagem e
desenvolvimento nos diversos campos de experiências, sempre tomando as interações e a
brincadeira como eixos estruturantes. Explicitam o cerne da pesquisa, as diferentes
finalidades de se aprofundar no que está sendo proposto, pensando na aquisição desse
conhecimento ao longo de todo o ano letivo. Consultar o item “Organizadores Curriculares” na
página 75 do Referencial Curricular da Rede Municipal de Ribeirão Preto assim como a
sugestão de seleção dos objetivos de aprendizagem por bimestres a fim de que, no decorrer
do ano letivo, todos os objetivos de aprendizagem sejam contemplados lembrando que toda
organização do projeto é flexível dada a possibilidade de reorganização para os aspectos não
previstos mas percebidos como de interesse das crianças.

Desenvolvimento: Pensando nas estratégias, recursos, metodologias, e que as crianças são


ávidas por conhecimento, o professor como mediador irá propor atividades que criem a
necessidade de descoberta das crianças, de despertar a curiosidade evitando sequência de
repetição de informação ou de treino corriqueiro. Para o desenvolvimento do projeto são
necessárias atividades que surpreendem, que despertem o interesse crescente das crianças
pelo novo e propicie um ambiente favorável para novas aprendizagens. Utilizar recursos,
estratégias e experiências que levem as crianças a aprenderem por meio da pesquisa, da
observação, discussão, experimentação e socialização com o espaço, pares, e conhecimento,
proporcionam aprendizagens que levam ao desenvolvimento dos vários aspectos infantis.

Recursos: são os recursos/materiais utilizados para a elaboração das atividades.

Culminância: deve ser elaborada a partir das experiências conclusivas das turmas que
participaram da realização do projeto. É a culminância do trabalho feito e deve,
necessariamente, estar desvinculada da ideia de produto, uma vez que este remete a algo
concreto, palpável e, muitas vezes, não é possível explicitar o conjunto das experiências
conclusivas vividas pelas crianças. É importante que elas participem da escolha de como
serão apresentados às outras turmas e espectadores diversos, os resultados da
aprendizagem adquirida com o projeto. Pode ser uma mostra, um sarau, um teatro ou até
mesmo a confecção de um livro, não sendo necessariamente o mesmo para todas as turmas
da escola.

Avaliação: afirmar que a avaliação é contínua e baseada na observação do grupo significa


organizar um registro atento ao envolvimento e desenvolvimento de cada criança (e cada
turma) durante o projeto.

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Bibliografia: referenciar os materiais utilizados para a fundamentação teórica do projeto.

ENSINO FUNDAMENTAL

Tema: A partir das leis (LDB, BRASIL, 1997) e dos pilares educacionais (BNCC, BRASIL,
2016) que orientam as práticas pedagógicas, fundamentando o trabalho coletivo escolar,
deve-se privilegiar temáticas com discussões e reflexões com aporte socialmente amplos e
significativos, a saber: direitos humanos, questões étnico-raciais, educação ambiental,
tecnologias, educação sexual e inclusiva. Nesse sentido, espera-se que o professor
contemple e organize o seu plano de aula abordando os temas supracitados.

Título: Sugere-se que o título seja escolhido ao final da elaboração textual, considerando o
tema, as etapas, os objetivos e estratégias idealizadas.

Público-alvo: Explicita a comunidade escolar, as turmas e as faixas etárias a que se refere o


projeto elaborado, em conformidade com a escolha temática.

Duração: Indica o período de duração do projeto, bem como o tempo de execução das etapas
em que ele será desenvolvido.

Recursos: São os recursos/materiais utilizados para a elaboração das atividades.

Justificativa: Deve apresentar a razão pela qual se optou pela realização do projeto (a
escolha do tema, adequação à faixa etária, demandas da comunidade escolar, etc.).

Objetivos gerais: Estabelece as finalidades prioritárias a serem alcançadas durante o projeto,


pensando em orientar de modo intencional o trabalho pedagógico à meta final. E a partir
destes, o professor estrutura objetivos específicos selecionando as habilidades, conforme o
ano escolar e que estão previstas em seu planejamento.

Desenvolvimento: Abrange o percurso a ser realizado pelo corpo escolar no processo de


execução do projeto, descrevendo as etapas e as estratégias previstas, consonante com a
temática e a duração.

Avaliação: Organização de um registro atento, observando o envolvimento do público-alvo no


desenvolvimento do projeto, de maneira contínua e sistematizada com todo corpo escolar.
Vale destacar que o projeto, não necessariamente, precisa culminar em um produto final,
valorizando a importância das etapas, experiências e vivências durante o processo.

Bibliografia: Referir os materiais utilizados para a fundamentação teórica do projeto.


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