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Documento Orientador para

elaboração do
Projeto Político Pedagógico

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO


A educação é projeto, e, mais do que isto,
encontro de projetos; encontro muitas vezes
difícil,
conflitante, angustiante mesmo;
todavia altamente provocativo, desafiador, e,
porque não dizer,
prazeroso, realizador.
Celso Vasconcellos

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO


Sumário

1- Apresentação

2- Significado do Projeto Político Pedagógico

3- Construção do projeto Político Pedagógico

4- Finalidades do Projeto Político Pedagógico - PPP

5- Fases da elaboração e implementação do projeto político pedagógico

- Fase 1- Sensibilização da Comunidade e preparação para o processo de


planejamento

- Fase 2- Princípios norteadores do Projeto Político Pedagógico

- Fase 3-Diagnósticos para elaboração do PPP

- Fase 4- Estabelecimento de objetivos e metas

- Fase 5- Execução e Acompanhamento

- Fase 6- Avaliação Final

6- Sugestões para a estrutura do Projeto Político Pedagógico

Sugestão A
Sugestão B

7- Bibliografia

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO


1- APRESENTAÇÃO

Este roteiro se destina a orientar as unidades escolares na elaboração de seu Projeto


Político Pedagógico - PPP.

A LDB (Lei nº 9.394/96) no inciso I do artigo 12, estabelece que,


respeitadas as normas comuns e do seu sistema de ensino, as instituições educacionais,
com liberdade e responsabilidade devem elaborar e executar seus Projetos Político
Pedagógicos.
Portanto os PPPs devem estar em consonância com as diretrizes e
marcos legais vigentes, princípios éticos, direcionamento, em especial:
A Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996 (estabelece as diretrizes e bases da educação
nacional),
A Lei nº 11274, de 6 de fevereiro de 2006 (altera a redação dos artigos 29, 30, 32 e 87
da Lei no 9.394/96, dispondo sobre a duração de 9 (nove) anos para o ensino
fundamental, com matrícula obrigatória a partir dos 6 (seis) anos de idade),
A Lei nº12796, de 4 de abril de 2013 (altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996,
que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para dispor sobre a formação
dos profissionais da educação e dar outras providências e, em especial torna obrigatória
a matrícula das crianças no sistema educacional a partir dos quatro anos),
A Lei nº 13005, de 25 de junho de 2014 (que aprova o Plano Nacional de Educação para
o período de 2014/2023) e,
A Lei nº 8 069/90- Estatuto da Criança e do Adolescente.
Além disto, devem ser observadas, entre outras normas, as:
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil e Ensino Fundamental para o
Ensino de 9 anos. Diretrizes Curriculares Nacionais para educação ambiental, educação
especial, educação de jovens e Adultos, educação do campo, educação quilombola,
educação indígena, educação das relações étnico raciais e para o ensino de história e
cultura afro brasileira e africana.

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Legislações estaduais e municipais existentes e

Quanto a Organização da Educação Nacional, o Artigo 12 da LDB, estabelece que os


estabelecimentos de ensino terão a incumbência de:
I - elaborar e executar sua proposta pedagógica;
II - administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros; [...]
VI - articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de integração da sociedade
com a escola;
VII - informar os pais e responsáveis sobre a frequência e o rendimento dos alunos, bem como
sobre a execução de sua proposta pedagógica [...]. (BRASIL, 1996).
O Art. 13 explicita que os docentes terão como encargos:
I - participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;
II - elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de
ensino [...]” (Idem, ibidem).
O Art. 14 afirma que:
“Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na
educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios”:
I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola;
II - participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes (Idem,
ibidem).
Por fim, no Art.15, afirma-se que:
“[....] os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de educação básica que
os integram, progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão
financeira, observadas as normas gerais de direito financeiro público” (Idem, ibidem).
O Plano Nacional de Educação, ao tratar dos objetivos e prioridades, faz referência ao Projeto
Político Pedagógico:
[...] democratização da gestão do ensino público, nos estabelecimentos oficiais, obedecendo aos
princípios da participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico
da escola e a participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou
equivalentes (BRASIL, 2014).

Deve ser um documento produzido como resultado de um diálogo com toda a


comunidade escolar levando-se em conta o aluno real, o docente, a
comunidade, e os profissionais de apoio, entre outros.

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O projeto político pedagógico
elaborado apenas por
especialistas não consegue
representar os anseios da
comunidade escolar, por isso ele
2- Significado do Projeto Político deve ser entendido como um
processo que inclui as discussões
Pedagógico sobre a comunidade local, as
prioridades e os objetivos de cada
A proposta do Projeto Político Pedagógico se escola e os problemas que
constitui num documento formal, intencional que se precisam ser superados, por meio
destina a planejar e organizar todo o trabalho da criação de práticas
pedagógicas coletivas e da
administrativo e pedagógico, buscando soluções para
coresponsabilidade de todos os
os problemas diagnosticados. membros da comunidade escolar.
Expressa o posicionamento político e pedagógico Esse processo deve ser
da escola, sua visão de ideal de homem e a definição coordenado e acompanhado
de sua ação educativa. pelos Conselhos Escolares.
Somente terá efetividade se construído através de
um processo de reflexão de toda a comunidade Para a elaboração coletiva desse
escolar, devendo ser vivenciado por todos os projeto educativo, é importante
considerar: a experiência
envolvidos no processo educativo de cada escola.
acumulada pelos profissionais da
Somente assim se dará sentido e identidade à
educação de cada escola, a
instituição, unificando as atividades dos diversos cultura da comunidade e os
segmentos, se tornando um elemento agregador e currículos locais, a troca de
unificador do trabalho, tornando-se um compromisso experiências educacionais, uma
coletivo com a formação do cidadão e com o alcance bibliografia especializada, as
dos objetivos e metas que forem propostos para a normas e diretrizes do seu
instituição. sistema de ensino e as próprias
Diretrizes Curriculares Nacionais.
As propostas devem refletir os anseios da Todos esses aspectos devem ser
comunidade local, definido pelo coletivo escolar. considerados visando sua
coerência com o projeto de
Neste sentido trata-se de um projeto político se
sociedade que se tenta construir,
tornando um compromisso sócio- político, ligado aos
ou seja, um projeto de sociedade
interesses da comunidade, levando à reflexão sobre
efetivamente compromissado
as prioridades e caminhos para se construir uma
com os interesses e as
nova realidade social.
necessidades da grande maioria
excluída do exercício de uma
A escola deve se apropriar de seu direito de cidadania plena.
autonomia, construindo sua proposta sem se basear
em modelos prontos e acabados, mas sim através de ações planejadas e

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organizadas de acordo com a sua realidade, estimulando inovações e mudanças
de postura de toda a equipe.

É evidente que a escola está inserida em uma organização social maior e sofre
toda uma influência das concepções e princípios desta sociedade, mas deve
atentar para as peculiaridades de sua organização, deixando de ser mera
reprodução e passando a ter um papel na produção e transformação desta
mesma sociedade.
É o Projeto Político Pedagógico que possibilita a integração da comunidade
escolar. Os objetivos comuns e as necessidades de cada escola auxiliam na
construção de um documento básico no qual ela define, de forma participativa e
democrática, a sua concepção de educação, as suas finalidades, seus objetivos,
sua proposta curricular e as estratégias e condições para realizá-la. Devemos
destacar o aspecto democrático, pedagógico e político do projeto:

“... uma ação intencional, com um sentido explícito, com um compromisso definido
coletivamente. Por isso, todo projeto pedagógico da escola é, também, um projeto político
por estar intimamente articulado ao compromisso sócio-político com os interesses reais e
coletivos da população majoritária. É político, no sentido de compromisso com a
formação do cidadão para um tipo de sociedade. ‘A dimensão política se cumpre na
medida em que ela se realiza enquanto prática especificamente pedagógica. (Saviani 1983,
p.93). Na dimensão pedagógica reside a possibilidade da efetivação da intencionalidade
da escola, que é a formação do cidadão participativo, responsável, compromissado,
crítico e criativo. Pedagógico, no sentido de definir as ações educativas e as
características necessárias às escolas de cumprirem seus propósitos e sua
intencionalidade”. (Veiga 1996:12)

O Projeto Político Pedagógico constitui o projeto operacional para a efetivação


da concepção de escola que se pretende desenvolver e o currículo nele contido
constitui o núcleo deste projeto, porque explicita, de forma organizada, o
conjunto de saberes e
experiências do coletivo escolar Projeto: do latim projecto, particípio passado
de projiceie, lançar para diante. Plano,
e aponta os conhecimentos que intento, desígnio. Empresa,
irão ampliar e enriquecer esses empreendimento. Redação provisória de lei.
saberes a partir da investigação Plano geral de edificação."
sobre os alunos, em particular Aurélio Buarque de Holanda FERREIRA Novo
sobre suas necessidades de Dicionário da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro:
desenvolvimento cognitivo. Nova Fronteira, s.d. p.1.153.

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3- Construção Democrática do Projeto Político
Pedagógico

A gestão pública, pautada nos princípios da democracia, exige respeitar o direito


dos cidadãos de participarem na construção das decisões políticas e dar
transparência às ações e resultados. Portanto, também a escola deve elaborar
seus planos de trabalho com ampla participação dos usuários e dos
trabalhadores da educação.
Na construção da proposta político pedagógica não se pode deixar de ressaltar o
papel do dirigente da unidade escolar utilizando-se de sua competência,
habilidade, liderança, entusiasmo e persistência.
É a pessoa responsável por assegurar a participação de todos os grupos da
comunidade, definir as atribuições, cronogramas e garantir seu cumprimento.
Deve assumir a liderança no sentido de mobilizar e sensibilizar a comunidade
escolar, estimulando a participação, compartilhando as decisões, fazendo
circular as informações e o conhecimento.
O Conselho Escolar também tem importante papel na democratização da
educação e da escola. Composto por representantes da comunidade escolar
reúne diretores, professores, funcionários, estudantes, pais e outros
representantes da comunidade para discutir, definir e acompanhar o
desenvolvimento do Projeto Político Pedagógico, garantindo o aspecto
participativo e democrático do Projeto. É interessante incluir, ainda, outras
pessoas além dos conselheiros, ampliando a participação da comunidade.
Esta garantia de participação democrática, condição essencial de formação do
cidadão, pressupõe a presença de conflitos. O incentivo à participação dará
abertura para posições divergentes. Será impossível evitar tais situações,
porque elas existem no dia a dia de qualquer comunidade. Os gestores deverão
ter competência para gerir estas situações e canalizá-las para o bem maior. O
projeto deverá ser uma síntese destes conflitos.

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O processo de mobilização deve ser contínuo, indo
além da elaboração do projeto, ou seja, deve ocorrer “Projeto Político Pedagógico: ação
durante a execução, acompanhamento e a intencional. Compromisso sócio-
reelaboração. O Projeto deve se transformar em um político no sentido de compromisso
com a formação do cidadão, para um
documento vivo, refletindo as condições concretas tipo de sociedade e Pedagógico: no
da instituição de forma a que se consiga dar ao sentido de definir as ações educativas
trabalho educacional o sentido de uma prática social e as características necessárias às
que beneficie as camadas populares da sociedade, escolas para que essas cumpram seus
deixando de ser apenas um documento burocrático, propósitos e sua intencionalidade”
para cumprir exigência legal e dar um sentido http://
coletivo às reivindicações, se transformando em www.portaleducacao.com.br/
instrumento de trabalho e transformação das pedagogia
condições de funcionamento da escola.
Estratégia de organização do trabalho escolar, a proposta pedagógica é um processo
dinâmico e contínuo de construção coletiva, onde se definem objetivos comuns, horizontes
de chegada, concepção cidadã e de educação. A proposta é, enfim, a identidade da escola.

In Diretrizes Operacionais para o Funcionamento das Escolas da Rede Estadual de Ensino.


Estado da Paraíba

Dado o primeiro passo para a elaboração, que é sensibilizar, passa-se a


transmitir a todos a noção da importância do Planejamento e do entendimento
do significado do projeto para a instituição harmonizar o tempo, os recursos
humanos e materiais, os espaços existentes.

4- Finalidades do Projeto Político Pedagógico

A prioridade dada à elaboração da Proposta Pedagógica depende de um grande


esforço de todos, mas especialmente do Gestor da unidade escolar no sentido
de conduzir, orientar, incentivar, compartilhar, revitalizando, assim, de forma
clara, o papel da escola, levando em consideração o momento histórico-político,
no contexto da comunidade em que está inserida.
Portanto, a Proposta Pedagógica deverá contribuir para dar respostas às
demandas do coletivo da unidade escolar, por meio de mecanismos que
produzam significados de eficiência e eficácia, visando a melhoria da qualidade
do ensino.
No PPP devem ficar evidenciados os fundamentos históricos, filosóficos,
pedagógicos e psicológicos (concepção de ensino e aprendizagem) da
comunidade escolar. Deve ser um documento elaborado coletivamente com
base no diagnóstico da realidade. A partir daí, estabelece-se um ideal de homem
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que se quer formar; possibilidade que se realiza por meio de um currículo
evidenciado na Proposta Pedagógica Curricular e outros instrumentos
complementares da organização do trabalho na escola.
A escola vai, através do PPP, construir sua identidade, explicitando as escolhas
e finalidades que irá perseguir para seus alunos.
A fase diagnóstica pode se transformar em um processo de mobilização,
levando os parceiros e interessados na escola a se comprometerem com a
elaboração da proposta e sua implementação.

5- Fases da elaboração e implementação do Projeto


Político Pedagógico

Não há um único caminho ou modelo para construção do PPP, mas a qualidade


do trabalho dependerá da escolha de uma metodologia que privilegie a
participação e o comprometimento da equipe.

Fase 1- Sensibilização da Comunidade e preparação para o processo


de planejamento

É o momento de mobilizar todos os segmentos da escola para a elaboração do


projeto. Os grupos devem ser organizados, as atribuições e responsabilidades
distribuídas para execução das tarefas, com conscientização sobre a
importância da atividade a ser realizada e seu impacto no futuro da instituição,
do conteúdo que a proposta deverá abranger, de quais e como serão
desenvolvidas as fases, organização do material. Enfim é a fase de previsão das
condições do trabalho.

É importante eleger uma equipe para sistematizar as discussões e elaborar as


propostas que vão surgindo ao longo do trabalho. Esta equipe também pode
ficar responsável por pesquisar a legislação vigente e dados para auxiliar no
diagnóstico: índices de repetência e evasão, resultados dos indicadores
existentes, IDEB, quantidade de alunos, servidores, estrutura física,
equipamentos etc.

Deve também ser definido o período de abrangência do projeto, que deve prever
períodos de reavaliação.

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É uma fase de coleta de informações, de integração e de organização da
comunidade escolar em torno da tarefa a ser desenvolvida.

Neste momento a figura do dirigente ganha destaque. Uma liderança


democrática e encorajadora fará grande diferença para o envolvimento dos
participantes. O dirigente deve estar ciente que deve ter capacidade de
negociação para integrar e direcionar os esforços no sentido do melhor para os
alunos daquela escola e para a comunidade como um todo.

Em escolas ou comunidades maiores, onde se pressupõe o envolvimento de um


grande número de pessoas, a organização pode exige formação de grupos de
discussão, instituição de coordenadores e relatores para dirigir e registrar os
debates e conclusões por segmento: professores, pais, alunos.

Fase 2- Princípios norteadores do projeto político-pedagógico

Nesta fase o grupo da comunidade escolar fará a reflexão


Quanto mais democrática
sobre a escola e a formação desejada para seus alunos. A
instituição vai definir sua missão como instituição escolar, for essa construção, maior a
indicando sua finalidade: as razões de seu funcionamento, probabilidade de se garantir
as intenções de atendimento. Algumas perguntas podem o alcance dos objetivos, na
orientar as discussões: medida em que os que
fizeram parte da elaboração
do Plano vão se enxergar
nele e estarão mais
envolvidos tanto na defesa
de seu conteúdo como da
sua implantação.

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Várias indagações podem auxiliar a definir a missão da escola e o cidadão que
se pretende formar:

A construção do Projeto Político Pedagógico parte dos princípios de igualdade,


qualidade, liberdade, inclusão, gestão democrática e valorização do magistério,
consagrados na Constituição de 1988, na LDB de 1996 e outros instrumentos
legais que regem e organizam a educação nacional. Há princípios que norteiam
 Qual é o compromisso da instituição educacional com as crianças que a buscam, com
suas famílias e comunidade? Que significado a unidade escolar tem para elas?
 Como a unidade escolar se posiciona, enquanto instituição contextualizada no
município, no Estado, no País e no Mundo?
 Como a unidade se situa frente à legislação federal, estadual, municipal? A instituição
cumpre o que determinam? Os espaços de autonomia são utilizados?
 Que tipo de aprendizado será importante para que todos os alunos a unidade, em um
mundo em constante evolução, possam se comunicar e interagir com os outros e com a
natureza, de acordo com os novos paradigmas da sociedade contemporânea?
 Qual é a visão de homem, de mundo e de educação devem ter os que vivenciam a
comunidade escolar?
o trabalho a ser realizado na escola democrática, pública e gratuita.

É preciso que estes princípios sejam mais do que teoria, mais que concepção. É
preciso que todos se apoderem e tomem consciência dos princípios norteadores
do Projeto Político Pedagógico.
O diagnóstico da realidade é
Nesta fase a comunidade define o seu posicionamento elaborado a partir dos seguintes
político-pedagógico, definindo com clareza o papel e dados:
prioridades da instituição. -organização administrativa e
pedagógica;
Fase 3-Diagnóstico para elaboração do PPP -a formação e a suficiência da
equipe escolar (em especial dos
Esta etapa deve fornecer à equipe um retrato da professores);
realidade e contexto da instituição. Trata-se de um -as condições físicas e
momento de interlocução com todos os atores materiais;
envolvidos no processo educacional, tais como as -os alunos em suas condições
reais de aprendizagem;
famílias, educadores, alunos, voluntários e
-as expectativas das famílias em
comunidade onde está inserida a escola. As relação à escola;
-os resultados escolares:
avalições internas e externas.
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Diálogos sobre a Gestão Municipal
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processos de Educação. São Paulo:
CENPEC: Fundação Itaú Social,2012
informações podem ser obtidas por meio de entrevistas, aplicação de
questionários, reuniões, entre outros meios.

O diagnóstico conduz a equipe e dirigentes a otimizarem recursos, reduzindo


possibilidades de insucesso administrativo e pedagógico, assim como auxilia
buscar alternativas para o alcance da eficiência, eficácia e efetividade na
educação que oferece.

O diagnóstico da escola deverá ser feito considerando-se os seus aspectos


pedagógicos, administrativos, financeiros e jurídicos.

Corresponde a uma análise profunda da situação da escola. Aqui se busca


identificar todas as condições de funcionamento da instituição escolar,
lembrando-se que há dois tipos de estrutura a serem analisadas: administrativa
e pedagógica.

A estrutura pedagógica determina a interações políticas, as questões de ensino


e aprendizagem e as de currículo. Aqui se analisa todos os aspectos que têm
impacto direto no trabalho pedagógico.

No aspecto pedagógico, deverão ser analisados: proposta pedagógica (objetivos


e conteúdos, metodologias de ensino e processos de avaliação); faixas etárias,
posição social, necessidades e valores dos alunos; dados sobre repetência e
evasão; relação idade/série; estratégias para recuperação dos alunos com
menor ou baixo rendimento escolar; valorização dos profissionais da educação.

A estrutura administrativa tem uma forma material: o edifício escolar,


equipamentos e materiais didáticos, mobiliário, distribuição das dependências,
espaços livres, cores, limpeza e saneamento (água, esgoto, lixo e energia
elétrica) e envolve ainda os aspectos financeiros.

No aspecto administrativo deve-se, ainda observar os recursos humanos:


composição das equipes, nível de organização da escola, qualificação e
atualização dos professores.

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No aspecto financeiro, recursos disponíveis; A escola persegue
finalidades. É importante
necessidades e carências; formas de aplicação das ressaltar que os
verbas, tendo-se como prioridade o processo ensino educadores precisam ter
clareza das finalidades
aprendizagem. de sua escola. Para tanto
há necessidade de se
refletir sobre a ação
No aspecto jurídico, a relação que a escola mantém com educativa que a escola
a sociedade e com as várias instâncias do seu sistema de desenvolve com base
nas finalidades e nos
ensino; a sua autonomia, dentro dos princípios da objetivos que ela define.
legalidade, e com responsabilidade. Atenção especial As finalidades da escola
referem-se aos efeitos
deve ser dada ara que todos conheçam a legislação intencionalmente
básica que rege os níveis de ensino na unidade escolar. pretendidos e almejados
(Alves 1992, p.19).

As estratégias para esse diagnóstico podem variar de


acordo com a realidade de cada escola. É preciso: análise da evolução das
matrículas, índices de aprovação, reprovação e evasão, situação sócio
econômica das famílias; análise e interpretação de avaliações externas- IDEB,
SAEB, SARESP, análise de estudos sobre a situação da educação básica, ciclos
de debates com a comunidade, destacando-se a realidade de cada escola. Se
outros índices tiverem sido adotados também deverão ser analisados e incluídos
no diagnóstico.

Nesta fase se caracteriza os tipos de deficiências e de vantagens da instituição


traçando um quadro, buscando detectar até que ponto a instituição tem
condições para alcançar seus objetivos. Os projetos e metas devem ser
estabelecidos para serem exequíveis.

Fase 4 - Estabelecimento de objetivos e metas


O projeto, ao propor uma
Os objetivos serão alvos que se deseja atingir. São as realidade, sempre se põe a favor
prioridades que direcionarão o trabalho da unidade ou contra algo existente com base
escolar de acordo com a realidade observada nos em alguma verificação da
dados do diagnóstico realizado. Os objetivos deverão "realidade rebelde " que desafia o
ser coerentes com a realidade detectada. ser humano. Portanto, ao se falar
em projeto, fala-se, ao mesmo
tempo, numa avaliação do que
Deve-se observar que os dados devem ser analisados, está posto (pra negá-lo ou afirmá-
comparados para servirem como informação de fato. lo) com base em informações,
Um dado sem análise não servirá como informação. deduções, análises, intuições, etc.
(Vale, 1999, p.70).
No caso da construção do Projeto Político Pedagógico,
a seleção de objetivos educacionais devem ter como referência a LDB nº

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9.394/96, o Referencial Curricular para a Educação Infantil, as Diretrizes
Curriculares Nacionais do Ensino Fundamental, e a Proposta de Educação de
Jovens e Adultos e adequando-os às necessidades dos educandos locais.

A escolha de objetivos e metas feita pela comunidade escolar definirá os


projetos e ações a serem implantados com o objetivo de superar problemas ou
alcançar resultados desejados.
Com os objetivos quantificados teremos metas quantificarão e prazos a serem
cumpridos,

É nessa fase que a escola irá definir a maneira pela qual superará os desafios
do seu cotidiano, discutindo e aproveitando as propostas apresentadas pelos
participantes.

Na programação das ações deve estar a definição do que é necessário e


possível fazer para diminuir a distância entre o que a escola é e o que deveria
ser. A programação ou projeto pode ter abrangência anual, bianual ou outra
definida pelo grupo ou de acordo com definição de órgãos regionais ou estadual.

Mas, dentro do projeto podemos ter ações que demandaram tempos diferentes,
parte do tempo ou demandaram tempo total do projeto. Determinadas metas
poderão ser divididas em metas menores que permitiram uma avaliação parcial
da meta final e melhor avaliação das ações.

Analisando os dados levantados no diagnóstico, a equipe escolar poderá


identificar, a partir das evidências, quais as ações que representam forças –
devendo estas ser mantidas ou ampliadas; quais as que representam
fragilidades, para que sejam minimizadas bem como destacar as oportunidades
que estão ou poderão ser utilizadas na melhoria do ensino e aprendizagem e
detectar as possíveis ameaças a fim de minimizar seus efeitos. Todas as
dimensões analisadas poderão merecer novos direcionamentos ou mesmo
formulação de novas propostas caso ainda não contempladas – sempre na
busca da melhoria do desempenho da escola e de seus alunos e educadores.

Será preciso definir as prioridades, porque nem sempre se pode enfrentar todas
as deficiências ou mesmo algumas soluções podem estar aquém das
possibilidades do âmbito escolar. Entre as soluções sugeridas também será
necessária uma escolha: verificar as realistas, possíveis e capazes de superar
as dificuldades apontadas pelo coletivo, ser exequível e prever as condições
necessárias ao desenvolvimento das ações, alcance das metas e avaliação.

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ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO


Monitoramento e Avaliação:
Em todas as fases o processo de definição das • verificar em que medida estão
escolhas deve ser democrático, sem deixar de se sendo obtidos os resultados
apoiar nos marcos legais.Todas as ações propostos e quais são as áreas e
planejadas deverão aparecer nesta fase, contendo, condições em que são
registradas maiores dificuldades
no mínimo, Objetivos e metas, a justificativa, as
em fazê-los;
ações ou estratégias de ações, os responsáveis • tomar decisões bem
pela implementação e execução das ações, o informadas e objetivas sobre
período em que elas vão acontecer e os recursos possíveis revisões de ações e
materiais e humanos necessários para as ações ou processos e um melhor
encaminhamento destes, a partir
estratégias.
de uma reflexão coletiva das
dificuldades observadas;
A organização curricular merece ênfase especial, • orientar e apoiar as ações
pois demonstra a maneira como se dará o trabalho implementadas, utilizando as já
docente, a articulação entre as disciplinas. As bem encaminhadas como
referência para o sistema e
Diretrizes
Currículo é uma construção promover a melhoria das
social do conhecimento, Curriculares demais, a partir de processos e
pressupondo a sistematização Nacionais e
dinâmicas que favoreçam a
dos meios para que esta legislação troca, em vez da competição, e a
construção se efetive; a complementar elaboração, em vez da
transmissão dos conhecimentos reprodução de propostas e
deverão nortear
historicamente produzidos e as experiências;
formas de assimilá-los, este trabalho, sem
• prestar contas, de maneira
portanto, produção, transmissão deixar de atenderclara e transparente, aos pais, à
e assimilação são processos as peculiaridadescomunidade, à sociedade e a
que compõem uma metodologia da comunidade
de construção coletiva do onde a escola está inserida e os dados
conhecimento escolar, ou seja,
o currículo propriamente dito. levantados no diagnóstico sobre a
Neste sentido, o currículo aprendizagem dos alunos.
refere-se à organização do
conhecimento escolar.

Fase 5 – Execução e acompanhamento

O projeto não é algo que é construído e em seguida arquivado ou encaminhado


às autoridades educacionais como prova do cumprimento de tarefas
burocráticas. Ele deve ser construído e vivenciado em todos os momentos, por
todos os envolvidos com o processo educativo da escola e da comunidade e,
afinal, ele deve ser implantado.

O documento final deve ser cuidadosamente analisado para verificação de sua


consistência:

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ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO


 Tanto quanto à forma, para se verificar se a proposta está completa, em
linguagem clara e correta, o texto organizado;
 Quanto ao conteúdo, para se verificar se:
 Apresenta informações objetivas,
 A missão está explicitada e o perfil do cidadão que se quer
formar está claro e preciso;
 O diagnóstico permite identificar as prioridades;
 Todos os setores foram ouvidos; se as prioridades foram bem
definidas, de acordo com as necessidades;
 As prioridades estão voltadas para o ensino e aprendizagem
de boa qualidade;
 As metas foram quantificadas e indicam prazos,
 Há definição dos responsáveis pelas ações e
 Os cronogramas são exequíveis.

É importante que após a conclusão da redação do projeto haja assembleias para


aprovação final, sem se esquecer da aprovação pelo Conselho Escolar.

Agora o Projeto está pronto para que a escola e suas equipes de trabalho
realizem as ações e ponham em prática o que toda a comunidade considerou
necessário para cumprir a missão da unidade.

A equipe da escola e da supervisão devem fazer o monitoramento das ações


planejadas, para verificar se estão, de fato, acontecendo como planejado ou
mesmo se foram realizadas e se estão resolvendo os problemas identificados e
priorizados.

Este acompanhamento também deve estar planejado, programado e ser


registrado. É preciso criar espaços sistemáticos de discussão envolvendo
novamente a comunidade escolar, verificando-se a necessidade ou não de
replanejamento. A comparação entre as ações e seus resultados com os
compromissos assumidos no projeto político pedagógico é fundamental para
alcance dos objetivos e metas.

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ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO


Havendo descompasso entre o planejado e o executado será preciso nova
reflexão para alinhar o trabalho cotidiano da escola com as propostas priorizadas

A avaliação é um processo contínuo que deve envolver toda a equipe escolar e


periodicamente disponibilizar os resultados parciais para toda a comunidade
escolar. Este acompanhamento garante o aprimoramento das ações e
redirecionamento constante dos planos de acordo com as mudanças ocorridas.

Não se deve perder de vista que todas as ações da escola visam o avanço na
aprendizagem dos alunos e o cumprimento da missão da educação.

Fase 6 – Avaliação Final

A construção e implementação do Projeto Político Pedagógico requer


continuidade das ações, descentralização, democratização do processo de
tomada de decisões e instalação de um processo coletivo de avaliação.

A sistemática de acompanhamento e avaliação do desenvolvimento da Proposta


Pedagógica deverá ser contínua, capaz de realimentar o processo e voltada
fundamentalmente para o alcance dos objetivos e metas programados.

Este acompanhamento é fundamental para o sucesso das propostas


apresentadas e acolhidas no PPP. Somente com o acompanhamento e
avaliação será possível saber do sucesso ou fracasso das ações programadas
em relação aos objetivos e metas pretendidas. A maioria dos programas e
planejamento fracassa por falta de constante
avaliação e revisão das metas. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro
de 1996.
Ao logo do processo dados devem ir sendo Estabelece as diretrizes e bases
coletados e armazenados de forma que, ao final do da educação nacional.
período programado no PPP, se possa fazer uma TÍTULO II
avaliação institucional para que, novamente a escola Dos Princípios e Fins da Educação
analise e reflita sobre as condições da organização e Nacional
Art. 2º. A educação, dever da
reprograme seu projeto político pedagógico para um
família e do Estado, inspirada nos
novo período, refazendo novamente o caminho que
princípios de liberdade e nos
leve a equalização de seus problemas e alcance dos
ideais de solidariedade humana,
novos objetivos e metas.
tem por finalidade o pleno
desenvolvimento do educando,
seu preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação para
18
o trabalho.
http://portal.mec.gov.br/
ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
arquivos/pdf/ldb.pdf, em 2013
Para garantir o alcance dos objetivos e metas é preciso que o Projeto político
Pedagógico, tenha sido produto de uma construção coletiva da comunidade
escolar, pois somente assim, será assumido como um compromisso da
comunidade com ela mesma, fazendo com que todos se envolvem e se
empenhem para transformá-lo em realidade.

6- SUGESTÕES PARA A ESTRUTURA DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

A) Sugestão 1

1. CAPA /FOLHA DE ROSTO


(Identificação da escola, local e data).

2. MENSAGEM
(Opcional).

3. EQUIPE GESTORA E EQUIPE DE SISTEMATIZAÇÃO DO PPP


(Relação de nomes).

4. SUMÁRIO
(Constitui-se na distribuição das partes do trabalho, indicando as subdivisões do
documento, as páginas correspondentes à localização das partes do projeto. As
referências principais são os títulos, e se houver, subtítulos)

5- DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
5.1. Dados da Mantenedora
5.2 Mantenedora
5.3 CNPJ
5.4 Endereço completo
5.5 Telefone/Fax/e-mail
5.6 Data da fundação
5.7 Diretor
5.8 Endereço completo
5.9 Telefone/Fax/e-mail
5.10 Localização: indicar se é zona urbana ou rural e acrescentar alguns dados
de acesso. Incluir um pequeno mapa de localização da Instituição Educacional
no município.
5.11 Divisão, Delegacia ou Subdivisão de Ensino (conforme o caso)
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ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO


5.12 Data de criação da Instituição Educacional
5.13 Autorização: Deliberação do Conselho Estadual de Educação
5.14 Reconhecimento: Deliberação do Conselho Estadual de Educação
5.15 Turno de funcionamento
5.16 Nível de ensino ofertado
5.17- Etapas, fase e modalidades e ensino/programas

6-HISTÓRICO DA UNIDADE ESCOLAR


(resgatar a história da unidade escolar, aspectos importantes da participação da
comunidade em ações integradas com a escola, enfim uma abordagem histórica
da caminhada da instituição)

7- APRESENTAÇÃO
(O que é o PP? A quem pertence e se destina? Ano de elaboração? período de
execução?

8. JUSTIFICATIVA
(Quais os argumentos em defesa das ideias propostas? Por que é relevante por
em prática as propostas? Quais os limites e as possibilidades de execução?).

9. DIAGNÓSTICO DA REALIDADE ESCOLAR


• Caracterização da comunidade .
• Caracterização da escola (O que sabemos sobre nossa escola e como
queremos que seja: histórico; localização; concepção filosófica e pedagógica;
finalidades da escola; funcionamento; perfil e função do corpo docente, discente
e administrativo; estrutura física; materiais didáticos; concepção de ensino,
aprendizagem e avaliação; índice de aprovação, reprovação e distorção idade-
série; etc.).
• Definição da Estrutura Curricular (Base Nacional Comum, Parte Diversificada
e Conteúdos Mínimos das Áreas de Conhecimento – Ver referências na LDB e
nos PCN).

10. MISSÃO, VALORES E VISÃO DE FUTURO - PRINCÍPIOS


NORTEADORES
(A Missão define o que é a escola hoje, seu propósito e como pretende atuar
no dia-a-dia. Os valores são elementos motivadores que direcionam as ações
das pessoas na escola, contribuindo para a unidade e a coerência do trabalho.
A Visão de Futuro sinaliza o que a escola pretende ser).

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11. OBJETIVOS E METAS
(São os alvos a serem alcançados ou as situações que se pretende atingir e
Indica o resultado que se pretende alcançar, quantitativa ou qualitativamente
num dado período de tempo – por exemplo de 2 a 5 anos).

12. AÇÕES
Relacionar o que será feito para alcançar as metas, a partir das várias
dimensões:
• Dimensão Pedagógica (Ações voltadas para melhoria do processo de ensino e
aprendizagem, encontros, cursos, pesquisas, atividades extraclasse, etc.).
• Dimensão da Gestão Escolar (Articulação com a comunidade externa e interna,
parcerias, convênios, capacitação, jornais informativos, etc.).
• Dimensão Organizacional (Relações de trabalho, clima organizacional,
avaliação dos resultados e processos, etc.).
• Dimensão Orçamentária Física e Humana (convênios, verbas, reformas,
construção, otimização de espaços, aquisição de mobiliários e materiais).

13. CRONOGRAMA
(Quadro com ações, períodos, responsáveis, recursos e resultados esperados).

14. AVALIAÇÃO
(Indica o acompanhamento de todo processo de execução do PPP).

15. REFERÊNCIAS
(Obras e documentos que ajudaram na construção do PPP).

16. ANEXOS
(Relação de professores, atas, índices de desempenho escolar e de avaliação,
horário, calendário, grade curricular etc.).

B) Sugestão 2 – de autoria de Joaquim A. Severino no artigo Projeto


Político Pedagógico: a saída para a escola, publicado na Revista de Educação
AEC. Ano 27, n° 107, abr/jun -1998, p.81-91.

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SUGESTÃO DE ITENS PARA COMPOR O PROJETO POLÍTICO-
PEDAGÓGICO:
Após ter finalizada a etapa de sensibilização, mobilização e diagnóstico inicial da
situação atual do trabalho político-pedagógico da escola e das possíveis ações
para se construir um projeto educacional de inclusão social na perspectiva da
diversidade cultural da equipe partirá para a elaboração do Projeto Político-
pedagógico da escola.
ITENS PARA O PROJETO
1. FOLHA DE ROSTO – deve conter os dados de identificação do projeto: Nome
da Instituição Educacional; Proposta Pedagógica (PPP); Título do projeto (Ao
elaborar o Projeto Pedagógico a instituição escolar deve escolher um título que
situe, caracterize e evidencie a sua identidade, ou seja, a sua marca para a
comunidade); Local e data.
2. SUMÁRIO - relação das partes principais do projeto e suas respectivas
páginas, objetivando facilitar a localização e o acesso às parte em que o projeto
foi dividido.
3. APRESENTAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - faz-se neste
item a apresentação do projeto, informando ao leitor as características gerais do
mesmo e como este foi estruturado/organizado: em quantas partes está dividido
e uma explanação breve sobre cada uma dessas partes.
4. INTRODUÇÃO - deve explicar a proposta de trabalho, enfatizando-se as
etapas de elaboração desta proposta e os principais sujeitos envolvidos,
deixando claro os níveis e as modalidades de ensino atendidos, como a
instituição atende aos fins e princípios presentes na legislação educacional,
nacional e regional, em vigor da, descrever a realidade antes da
proposição/implantação da proposta e as principais mudanças e condições
necessárias à alteração dessa realidade.
5. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - da mantenedora e da instituição educacional
– nome, endereço completo, telefone, fax, e-mail, data de fundação/criação,
níveis/modalidades de ensino atendidos, turnos de funcionamento.

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6. MISSÃO - indica as finalidades, a razão de ser da instituição. Responde à
questão: Para que esta instituição de ensino existe?
7. HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO EDUCACIONAL - apresenta a trajetória da
instituição. É interessante destacar as principais ações/projetos, as experiências
bem sucedidas e os seus sujeitos mais importantes. Para contextualizar pode-se
apresentar inicialmente o histórico da comunidade.
8. DIAGNÓSTICO - retrato da realidade e do contexto onde está inserida a
instituição, destacando até que ponto a instituição está contribuindo ou poderá
contribuir com mudanças na realidade/contexto em que está inserida.
9. OBJETIVOS - definem as prioridades que direcionarão o trabalho da
instituição, tendo em vista as informações destacadas no diagnóstico.
10. PRINCÍPIOS NORTEADORES - epistemológicos; didático-pedagógico,
éticos e estéticos.
11. ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA - descrição das instalações físicas, dos
recursos humanos e financeiros (e suas fontes), níveis e modalidades de ensino
oferecidos.
12. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR - neste item deve-se demonstrar de que
maneira o coletivo da escola desenvolverá o seu trabalho.
13. AVALIAÇÃO - apresenta o sistema de avaliação (os princípios
epistemológicos e os critérios/instrumentos de avaliação) a ser adotado pela
instituição com relação ao processo de ensino e de aprendizagem, bem como
com relação à execução do projeto político-pedagógico em questão.
14. PROJETOS ESPECIAIS ESPECÍFICOS – neste item poderá ser inserido o
P.I.- Projeto de Intervenção.
15. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS – relacionar os livros, publicações,
documentos, entre outros, consultados para a elaboração do Projeto
Pedagógico.

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ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO


Bibliografia
BECKER, Fernando. A epistemologia do professor, Porto Alegre, Artmed, 1996.

BRASIL.-. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Diretrizes


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Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível em:
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Aprova o Plano Nacional de Educação e dá outras providências. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10172.htmAcesso em: 2013.

BRASIL. Presidência da República. Constituição da República Federativa do


Brasil, de 5 de outubro de 1988. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm Acesso em:
2013.

BRASIL. Presidência da República. Lei n° 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe


sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm. Acesso em:
2013.

Construindo a Proposta pedagógica da Escola.,in Sistema Municipal de Ensino-


apostila da Oficina Municipal – São Paulo. 2010.

Diretrizes Operacionais para o Funcionamento das Escolas da Rede Estadual de


Ensino-Governo do Estado da Paraíba - 2013

Ferrari, Eliana Moysés Mussi, Roteiro para elaboração de Proposta Pedagógica-


Brasília, Secretaria de Estado do Distrito Federal, 2006.
LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola: teoria e prática. 5. ed.
Goiânia: Editora Alternativa, 2004.
MELLO, Guiomar Namo. Educação Escolar Brasileira: o que trouxemos do
século XX, Porto Alegre, Artmed, 2004.

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PORTELA, Adélia Luiza e ATTA, Dilza Maria Andrade. A Dimensão Pedagógica
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de Educação – PRASEM IIBrasília: FUNDESCOLA/MEC, 1999. p. 77 a 114.
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Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. – Brasília, DF:
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