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SUMÁRIO:
1- INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 02
1.1 – Teoria Eletrônica da Matéria ........................................................................... 02
1.2 - Constituição do Átomo .................................................................................... 03
1.2.1 - Carga Elétrica das Partículas ....................................................................... 05
1.2.2 - Comportamento Elétrico Entre as Partículas ............................................. 06
1.2.3 - Produção de Carga Elétrica em um Corpo ................................................. 06
1.2.4 - Ionização dos Átomos .................................................................................. 07
1.3 - Campo Elétrico ................................................................................................ 11
1.4 - Condutores e Isolantes ................................................................................... 13
1.5 - CORRENTE ELÉTRICA .................................................................................... 14
1.5.1 - Intensidade da Corrente Elétrica ................................................................. 15
1.6 - Circuito Elétrico ............................................................................................... 16
1.7 - Efeitos Produzidos Pela Corrente Elétrica .................................................... 17
1.8 - Aparelho de Medida da Corrente Elétrica ...................................................... 18
1.9 - Tensão Elétrica ................................................................................................. 19
1.10 - Fonte de Energia Elétrica .............................................................................. 22
1.11 - Tensão Contínua ............................................................................................ 25
1.12 - Resistência Elétrica ....................................................................................... 26
1.13 – Resistor .......................................................................................................... 28
1.14 - Fatores Que Determinam a Resistência Elétrica ........................................ 31
1.15 - Lei de Ohm ..................................................................................................... 33
1.16 - Potência Elétrica ........................................................................................... 35
1.17 - Energia Elétrica ............................................................................................. 38
1.18 - Associação de Cargas .................................................................................. 40
1.18.1 - Circuito Série .............................................................................................. 40
1.18.2 - Circuito Paralelo ......................................................................................... 43
1.18.3 - Circuito Misto .............................................................................................. 47
1.19 – Bibliografia ..................................................................................................... 49
1
1– INTRODUÇÃO
O primeiro fenômeno elétrico foi observado no ano 641 a.c por um filósofo grego chamado
Tales, o qual observou que uma peça de âmbar (resina de árvore na forma petrificada),
quando atritada com a pele de animal, adquiria a propriedade de atrair corpos leves tais
como penas, cinzas, pêlos, miolo de sabugueiro, etc.
Como o âmbar no idioma grego é chamado elétron, os fenômenos resultantes do atrito desta
substância foram denominados fenômenos elétricos.
No ano de 1600, Willian Gilbert, Médico Inglês, partindo da experiência de Tales, descobriu
que várias outras substâncias também apresentavam propriedades elétricas quando
atritadas.
Apesar das descobertas de Tales e Gilbert, a história do desenvolvimento da ciência da
eletricidade e do magnetismo principia realmente no século 19, com a descoberta da pilha
elétrica por Alexandre Volta em 1800.
As bases fundamentais desta ciência, as quais são devidas ao grande progresso da
civilização atual, foram assentadas por físicos notáveis, entre os quais destacamos Faraday,
Maxwell, Àmpere, Coulomb, Ohm, Oesrted, Henry, cujas experiências no campo da
eletricidade e do magnetismo permitiram formar um estudo sistematizado que se chamou
eletrodinâmica.
Matéria e Substância:
Aquilo que constitui todos os corpos e pode ser percebido por qualquer dos nossos sentidos
é Matéria. A madeira de que é feita o quadro-negro e o vidro que se faz o bulbo de uma
lâmpada são exemplos de matéria.
Vemos que o nome matéria se relaciona com uma grande variedade de coisas, cada tipo
particular de matéria é uma substância, e, portanto, existem milhões de substâncias
diferentes.
Moléculas e Átomos:
Embora a água seja composta de apenas dois tipos de átomos, Oxigênio e Hidrogênio, as
moléculas de muitas substâncias podem ter sua estrutura bastante complexa.
O átomo, conforme a teoria corrente, possui uma estrutura muito parecida com o do sistema
solar, isto é, possui um núcleo central em volta do qual giram com velocidade fantástica
algumas partículas chamadas elétrons.
3
Na figura abaixo, foi representado um átomo equilibrado, com as camadas orbitais e núcleo
num mesmo plano.
EQUILÍBRIO DO ÁTOMO
PRÓTON
NÊUTRON
ELÉTRON
4
1.2.1 - Carga Elétrica das Partículas
CARGA ELÉTRICA
Q 1c
n n
VALOR DA CARGA ELÉTRICA DE UM CORPO e 1,602 x 10 19 c
Q=n.e
n 6,24 x 1018
Q = carga elétrica
n = números portadores de carga elementar.
e = carga elementar 6,24 x 1018 elétrons = - 1c
5
1.2.2 - Comportamento Elétrico entre as Partículas
PRÓTON PRÓTON
REPULSÃO
ELÉTRON ELÉTRON
REPULSÃO
As forças elétricas que se manifestam entre duas cargas de mesmo nome são de repulsão,
e de nomes contrários, atração.
Diz-se que um corpo está eletrizado quando o número de elétrons e prótons são diferentes.
Quando se aplica a certos materiais energia externa como calor, luz, ou energia elétrica, os
elétrons adquirem energia e alguns dos elétrons de valência ou da camada mais externa
abandonarão o átomo. Esses elétrons são chamados de elétrons livres.
ELETRIZAÇÃO DO ÁTOMO
ÁTOMO DESEQUILIBRADO
COM CARGA ELÉTRICA
POSITIVA – ÍON POSITIVO.
O Nº DE PRÓTONS É MAIOR
DO QUE O Nº DE ELÉTRONS.
6
2º - Ganhando Elétrons na Última Camada:
ÁTOMO DESEQUILIBRADO
COM CARGA ELÉTRICA
NEGATIVA – ÍON NEGATIVO.
O Nº DE PRÓTONS É MENOR
DO QUE O Nº DE ELÉTRONS.
Atrito
Indução
Contato
Vidro
flanela
7
b) atritando-se os dois, verifica-se o fenômeno de alguns átomos da flanela cederem
elétrons aos átomos do bastão de vidro, conforme a figura abaixo.
Ficando o bastão eletrizado negativamente e a flanela tendo perdido elétrons, carregada
positivamente.
Vidro
flanela
++ ────
++++ ─ ─
Corpo neutro
Nneutro
b) Afastando-se o corpo indutor, o corpo induzido volta ao estado neutro, o que demonstra
que as massas elétricas negativas e positivas, geradas por indução, são iguais em valor
absoluto, e sua soma é constantemente nula.
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c) Se agora aproximarmos do corpo em estado neutro, um outro com carga positiva
(indutor), o corpo eletrizado possivelmente irá produzir por indução eletrostática uma
separação de cargas elétricas no corpo neutro (induzido), fazendo com que a extremidade
deste próximo ao corpo carregado fique negativa, enquanto a extremidade oposta fique
positiva, como observado na figura abaixo.
── ++++
──── ++
Corpo neutro
── ++++
──── ++
─ ─ ─ ─
─ ─ ─ ─
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Ionização por Contato
── ++++
──── ++
Figura a Figura b
+ + +
+ + +
Figura c
Eletrização do corpo,
anteriormente neutro, com
carga de mesmo sinal da do
indutor .
10
1.3 – Campo Elétrico
Campo elétrico é a região do espaço que envolve um corpo carregado, onde outras cargas
colocadas neste campo ficam sujeitas a forças de origem elétrica.
q2 F
O campo elétrico no espaço em torno de um corpo carregado pode ser representado por
linhas (imaginárias) de força.
Qualquer que seja as cargas elétricas, positivas ou negativas, influencia eletricamente uma
determinada região em torno da qual ela está localizada.
(Linhas de força de uma carga positiva) (Linhas de força de uma carga negativa)
A carga elétrica positiva irradia uma influência elétrica de dentro para fora, de formas
divergentes, quanto à negativa a irradiação é de fora para dentro de forma convergente.
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A figura abaixo está representando as linhas de força de duas cargas de sinais
opostos:
12
1.4 – Condutores e Isolantes
BONS MAUS
CONDUTORES CONDUTORES
OU ISOLANTES
Se ligarmos os extremos deste condutor aos terminais de uma fonte de energia, como, por
exemplo, uma pilha, como um terminal da pilha tem carga elétrica positiva e a outra
negativa, o campo elétrico produzido pelas cargas ficará aplicado ao longo do comprimento
do condutor, fazendo com que os elétrons desse condutor se desloquem para o extremo
positivo, o que sobrepõe os deslocamentos aleatórios.
A esse movimento organizado dos elétrons livres do condutor, denominamos: “Corrente
Elétrica”.
Pilha
14
1.5.1 – Intensidade da Corrente Elétrica:
elétron S
s
Símbolo da Grandeza: I
Unidade de Medida: Ampère (A)
Se um circuito elétrico é percorrido por uma corrente de 2A, dizemos que neste circuito
passam 2 Coulomb de carga elétrica por segundo.
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1.6 – Circuito Elétrico
O circuito elétrico é o caminho por onde pode passar a corrente elétrica, e é constituído de
fonte, condutor e carga. Cada elemento de um circuito elétrico possui a sua função:
Condutor: São os elementos dos circuitos, portadores dos elétrons livres, e o meio por onde
os elétrons irão se deslocar.
I (CONVENCIONAL)
I (REAL)
+
CONDUTORES
G
-
FONTE
(Gerador de C.C.) CARGA
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Quando acionamos o interruptor num circuito de alimentação de uma lâmpada, estaremos
realizando uma das seguintes operações, abertura ou fechamento do circuito.
BATERIA BATERIA
APAGADA ACESA
Quando a corrente atravessa um circuito elétrico, são produzidos alguns efeitos dentre os
quais podemos citar:
Efeito magnético - dentre os equipamentos que necessitam deste efeito para o seu
funcionamento, destacamos os motores elétricos, transformadores, geradores de
energia, etc.
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Banho de revest.
(efeito químico)
Bateria
Chuveiro Lâmpada Motor
(efeito térmico) (efeito luminoso) (efeito magnético)
Símbolo Esquemático: A
Para medirmos o fluxo de água em uma tubulação hidráulica, devemos inserir nesta
tubulação um hidrômetro.
Da mesma forma, se quisermos medir o fluxo de corrente num circuito elétrico, devemos
inserir um Amperímetro neste circuito.
I = 1,5 A
A
FONTE
A
I = 1,5 A
Como só existe um caminho à passagem da corrente, esta tem o mesmo valor em qualquer
parte do circuito. Dessa forma, a corrente medida antes da carga é a mesma depois da
carga.
“ATENÇÃO”: O Amperímetro não deve ser ligado aos terminais da fonte e nem em paralelo
com a carga. Se isso ocorrer, podemos colocar o circuito em curto, danificando o
instrumento e colocando em risco de choque elétrico quem o estiver manuseando.
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1.9 – Tensão Elétrica
Inicialmente, iremos fazer uma analogia entre o circuito elétrico e o circuito hidráulico.
Seja dois reservatórios “A” e “B” de mesma capacidade, sendo que o reservatório “Ä” possui
maior energia potencial hidráulica do que o reservatório “B”, dizemos também que existe
uma diferença de pressão hidráulica entre os reservatórios.
RESERVATÓRIO A RESERVATÓRIO B
ÁGUA
REGISTRO
TUBULAÇÃO
RESERVATÓRIO A RESERVATÓRIO B
REGISTRO
ÁGUA
TUBULAÇÃO
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Para mantermos um fluxo constante de água entre os reservatórios, é necessário que seja
mantida a D.D.P entre os mesmos. O que poderá ser conseguido ligando uma bomba entre
os reservatórios, de tal forma que a água que flui entre os reservatórios devido, a diferença
de pressão hidráulica, retorne ao reservatório A através da bomba.
BOMBA
A B
REGISTRO
PEQUENA TURBINA
Podemos observar que a bomba está mantendo a energia potencial do reservatório A mas,
para isso, ela está absorvendo energia da sua fonte de alimentação.
Verificamos ainda que a energia potencial do reservatório A e convertida em energia cinética
da água que poderá, através de uma pequena turbina colocada no caminho do fluxo da
água, ser transformada em energia mecânica.
A vazão da água, isto é, os volumes de água que passa pelo cano por segundo, podem ser
associados à intensidade de corrente que se refere à quantidade de eletricidade (elétrons)
que estiver passando num ponto qualquer do condutor ou circuito elétrico (associado ao
cano d’água).
Sejam dois corpos A e B, cada um com igual número de cargas positivas e negativas.
Os dois corpos foram interligados entre si através de um condutor e inserido neste circuito
um Amperímetro.
0 1 2
CORPO A CORPO B
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Temos agora os dois corpos com cargas elétricas desiguais.
A com excesso de elétrons e B com falta de elétrons.
0 1 2
A(-) B(+)
Símbolo da Grandeza: V
Unidade de Medida: Volt
Símbolo da Unidade: V
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O aparelho de medida da corrente elétrica é o “ VOLTÍMETRO ”.
Símbolo Esquemático: V
Fonte
(Bateria) V
O uso da energia elétrica se desenvolve com grande rapidez em todos os países, apesar da
existência de outras energias disponíveis (carvão, petróleo, quedas d’água, etc.)
A energia elétrica é sinônima de conforto. Para ser usada, basta manejar um interruptor:
não esforço humano, nem fumaça, nem sujeira.
A energia elétrica pode ser transmitida instantaneamente do local de geração ao local de
consumo.
A energia elétrica pode ser facilmente transformada em outras formas de energia
conforme os aparelhos ligados: luz, calor, força motriz, energia química.
Para que haja energia elétrica, é preciso que haja corrente elétrica, ou seja, fluxo de
elétrons. Sabemos que os elétrons são extraídos dos átomos por uma força externa.
Então, para produção de eletricidade, alguma fonte de energia deve ser usada para
acionar os elétrons.
Vamos produzir correntes elétricas aproveitando outras formas de energia; a passagem
do fluxo de elétrons ficará evidenciada por um aparelho especial.
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Geração Através das Energias Mecânicas:
SENTIDO DO MOVIMENTO
0
A
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Geração Através da Energia Luminosa
Dois metais diferentes ao ser mergulhado em um meio ácido (eletrólito), surgirão reações
químicas entre o eletrólito e os metais.
A energia química é transformada em energia elétrica.
PLACAS DE PILHA
Sendo os metais diferentes, a reação química será diferente em cada metal. Esta diferença
de reação química é que produz a diferença de potencial, tornando-se uma placa positiva
em relação à outra placa negativa.
Devido às placas ficarem com polaridade definidas, este tipo de fonte é classificada de fonte
de corrente contínua.
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Conclusão:
ENERGIA ENERGIA
QUÍMICA MECÂNICA
PILHA GERADOR
ENERGIA
ELÉTRICA
A
ENERGIA ENERGIA
CALORÍFICA LUMINOSA
TERMO-PAR FOTO CÉLULA
t
A tensão contínua produz num circuito elétrico uma corrente contínua, sendo a corrente
contínua aquela de valor constante que percorre o circuito apenas num sentido. Abaixo está
representado o gráfico (I. t).
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I (sentido convencional)
Fonte
(Bateria) V V
As fontes mais comuns de corrente contínua são as baterias, pilhas, dínamos (gerador de
C.C.) e os retificadores eletrônicos.
A
1º Experiência:
V = 127 V
V I = 0,79 A L1
A
2º Experiência:
V = 127 V
V I = 1,58 A L2
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A tensão nos dois circuitos foi a mesma, mas a lâmpada L2 foi percorrida por uma corrente
maior do que a lâmpada L1.
A lâmpada L2 ofereceu uma dificuldade menor do que a lâmpada L1 à passagem da
corrente elétrica.
A resistência elétrica é uma grandeza que caracteriza a propriedade que tem o circuito
elétrico de opor-se à passagem da corrente, e, ao mesmo tempo, provocar a transformação
da energia elétrica em energia térmica (efeito joule).
A resistência pode ser explicada também pela teoria eletrônica da passagem de corrente. Os
elétrons livres durante o movimento em condutor, colidem com os átomos desse condutor
perdendo.
Parte de sua energia cinética sob forma de calor. Uma tensão aplicada fará com que estes
elétrons recuperem sua energia e velocidade, mas novas colisões farão com que percam
novamente. Esses aumentos e perdas ocorrem continuamente quando temos elétrons livres
se movendo em um condutor.
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1.13 - Resistor
AGLOMERADO AGLOMERADO
METAL
METAL
METAL
ISOLANTE DE MATERIAL
VIDRO OU CERÂMICO ISOLANTE
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O de fio metálico bobinado normalmente o constatam (Liga Metálica de Níquel, Cobre e
Magnésio).
BRAÇADEIRA
FIO BOBINADO
REOSTATO - Tem por finalidade controlar a corrente de um circuito, como por exemplo, a
corrente de partida de um motor ou a corrente de uma lâmpada.
REOSTATO
A C
FONTE B
DE
LÂMPADA
ALIMENTAÇÃO BRAÇO DESLIZANTE
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POTENCIÔMETRO – É usado para variar a tensão aplicada a um circuito, como por
exemplo, em circuitos amplificadores, rádios e em instrumentos elétricos.
BRAÇO DESLIZANTE
B
CIRCUITO
DE 12V
ENTRADA
CIRCUITO
6V DE
SAÍDA
CARGA - os resistores também são usados como carga em circuitos elétricos fazendo a
conversão da energia elétrica em calor, como por exemplo, em forno elétrico, chuveiro
elétrico e lâmpada incandescente.
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1.14 - Fatores Que Determinam a Resistência Elétrica
Do comprimento (ℓ)
R
Quando dobramos o comprimento de
um condutor, a sua resistência elétrica
A ℓ
dobra de valor, desta forma, a
resistência é diretamente proporcional
ao comprimento do condutor. 2R
Símbolo: ℓ
Rℓ A 2ℓ
R
Quando dobramos a área da seção
transversal de um condutor, o valor de sua A ℓ
resistência cai pela metade, ou seja, a
resistência é inversamente proporcional à R/2
seção do condutor, ou diretamente
proporcional ao inverso da área da seção
transversal do condutor. 2A
Símbolo: A
ℓ
Do material ()
R1
Cada material oferece uma dificuldade A ℓ
1
própria que é denominada de
resistividade, que significa a resistência Cobre (Cu)
específica de cada material.
A resistividade é a resistência de um R2
condutor por unidade de comprimento e
seção transversal. A ℓ 2
A resistência varia de maneira Alumínio (Al)
diretamente proporcional com a
resistividade de cada condutor
2 1
Símbolo: (rô) A resistividade do condutor de alumínio é maior
que a do cobre, ou seja, o condutor de
alumínio, para um mesmo comprimento e seção
R
de um condutor de cobre, é mais resistivo à
passagem da corrente.
31
Pelo que foi exposto para qualquer condutor dado, a resistência de um determinado
condutor depende da resistividade do material, do comprimento do fio e da área da seção
transversal do fio de acordo com a fórmula:
Exemplo:
mm 2
0,017 x 200m
R R m R = 0,56
A 6mm 2
50 V 1A 50
V R
100 V 2A 50
150 V 3A 50
Para uma mesma resistência, quando a tensão
aumenta duas vezes, a corrente aumenta duas vezes.
Quando a tensão aumenta três vezes, a corrente aumenta três vezes.
V R
V I R
100V 1A 100
A 100V 2A 50
R
V
Através dos resultados obtidos nas duas experiências, podemos descrever o enunciado da
Lei de Ohm:
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“A CORRENTE ELÉTRICA NUM CIRCUITO ELÉTRICO É DIRETAMENTE
PROPORCIONAL À TENSÃO APLICADA EM SEUS TERMINAIS E INVERSAMENTE
PROPORCIONAL À RESISTÊNCIA ELÉTRICA DESSE CIRCUITO”
I=V
R
R=V
V=R x I
I
R I
Trabalho Elétrico
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Toda vez que uma carga elétrica (Q) desloca-se através de um circuito, impulsionada pela
tensão aplica ao mesmo, produz-se um trabalho ou transformação de energia, como por
exemplo, quando as cargas elétricas atravessam a resistência elétrica do chuveiro, a energia
elétrica é transformada em calor, ou seja, realizou-se trabalho.
Potência Elétrica
V xQ Q
P sendo I resulta : P V x I
t t 35
P – potência elétrica em Watt
V – tensão elétrica em volt
I – corrente elétrica em Ampère
A fórmula escrita demonstra que a potência gerada ou absorvida por uma parte de um
circuito é expressa pelo produto entre a diferença de potencial existente nos bornes da parte
considerada do circuito e a intensidade de corrente que a atravessa.
Portanto, pode-se definir o watt como a potência elétrica de um circuito que, tendo em seus
bornes uma diferença de potencial de 1 volt , é percorrido pela corrente de 1 ampère,
então:
1W = 1V x 1A
Uma vez que V = R x I num circuito somente com resistência, a equação da potência pode
ser escrita:
No caso de motores elétricos, temos as unidades de potência mecânica que são a unidade
inglesa “horse-power” (HP), e a unidade francesa “cheval vapuer” (CV), sendo que a
potência mecânica de 1HP equivale a uma potência elétrica de 746 W, e 1CV a 736 W.
Voltímetro – 127V
Amperímetro – 0,788A
36
Pode-se com estes dados calcular a potência absorvida pela lâmpada que seria:
P = 127V x 0,788A
P = 100W
O wattímetro é um instrumento que possui uma bobina de corrente que é ligada em série
com a carga, e uma bobina de tensão que é ligada em paralelo no circuito.
A interação eletromagnética dos campos magnéticos produzidos pelas bobinas de corrente e
tensão do instrumento é que dará o conjugado de torção necessário a movimentar um
ponteiro no qual indicará o valor de potência absorvido pelo circuito.
ENERGIA
EXEMPLO:
EXEMPLO:
38
Quanto maior a potência elétrica, maior será a energia elétrica absorvida.
Quanto maior o tempo de funcionamento de uma instalação, maior será a energia elétrica
absorvida.
E=P.t
Símbolo da grandeza energia: E
Unidade de medida: Watt-hora
Símbolo da unidade de medida: Wh
SÍMBOLO ESQUEMÁTICO
kWh
B.T
FASE
É comum termos circuitos elétricos com mais de uma carga, nestas condições podemos
associá-las em série, em paralelo ou ainda montarmos um circuito misto no caso de termos
39
três ou mais cargas. O tipo de associação a ser feita é de acordo com cada situação.
Estudaremos, a seguir, as características de cada uma destas associações.
É um circuito onde as cargas são interligadas uma após a outra formando um único caminho
para a passagem da corrente elétrica, conforme o esquema abaixo:
I= 2A
R1 = 2
V = 12 V R2 = 3
R3 = 1
I
A
R1 = 2
I=2A A
I=2A
V = 12 V
R2 = 3
R3 = 1
A
I=2A
No circuito elétrico acima, foram instalados três amperímetros em posições diferentes.
Pelo fato de o circuito série ter apenas um caminho para a passagem da corrente, podemos
observar que as corrente elétricas indicadas pelos amperímetros são iguais, onde
concluímos que:
Podemos observar também que as cargas dependem uma das outras, quanto ao
funcionamento, ou seja, se uma carga for desligada, as demais param de funcionar.
40
V1 = 4 V
V1
I=2A
R1 = 2
Vt R2 = 3 V2 V2 = 6 V
Vt = 12 V
R3 = 1
V3
V3= 2 V
Analisando o circuito elétrico acima, percebemos que cada carga não está ligada
diretamente na fonte, conseqüentemente não terá em seus bornes a tensão da fonte.
O voltímetro ligado diretamente na fonte medirá a tensão total fornecida ao circuito, e cada
voltímetro ligado nos bornes da carga medirá sua respectiva queda de tensão, concluindo
que:
41
Resistência total ou equivalente no circuito em série:
R1 = 2
R2 = 3
R3 = 1
Deduzindo:
Como, VT = V1 + V2 + V3 e I1 = I2 = I3 = IT = I
Sendo, PT = VT x IT
e substituindo o valor de VT na equação da potência temos:
PT = (V1 + V2 + V3) . I PT = P1 + P2 + P3
42
1.18.2 - Circuito Paralelo
É um circuito onde as cargas estão ligadas diretamente nos bornes da fonte, formando seu
próprio circuito, denominado de ramo ou malha.
It I1 I2 I3
R1 R2 R3
A
I t = 22A
I1=6A I2=4A I3=12A
A A A
Vt = 12 V
R1 = 2 R2 = 3 R3 = 1
No circuito paralelo, a corrente elétrica tem mais de um caminho para circular. A corrente
elétrica total se divide para cada carga ou para cada ramo.
IT = I1 + I2 + I3 +...In
No circuito paralelo, cada carga forma seu próprio circuito, seu próprio ramo,
conseqüentemente as cargas são independentes quanto ao seu
funcionamento.
43
Analisando a tensão no circuito paralelo:
No circuito paralelo, as cargas estão ligadas diretamente nos bornes da fonte, fazendo com
que cada carga trabalhe com a própria tensão da fonte.
No circuito paralelo, temos vários caminhos, ou ramos para a corrente elétrica circular. À
medida que colocamos resistores em paralelo, estaremos criando mais percurso à
passagem da corrente elétrica, fazendo com que a corrente elétrica total aumente. Como a
tensão aplicada no circuito continua a mesma, pela lei de Ohm, a resistência total do circuito
estará diminuindo.
A resistência total é uma única resistência que ao ser ligada ao circuito, sob o mesmo valor
de tensão que o da associação paralela, absorverá o mesmo valor de corrente total desta
associação.
44
Cálculo da resistência total no circuito paralelo:
Deduzindo:
Sabendo que:
VT V V V 1 1 1 1
1 2 3 teremos :
VT RT VT .R1 VT .R2 VT .R3 RT R1 R2 R3
No caso de termos resistências iguais, a resistência total é igual ao valor de uma resistência
dividido pelo número delas.
1 1 1 1 R 2 R1 R1 . R 2
RT
RT R1 R 2 RT R1. R 2 R1 R 2 45
Para dois resistores, a resistência total ou equivalente pode ser calculada dividindo-se o
produto das resistências dos dois resistores pela soma das resistências dos mesmos.
Como, VT = V1 = V2 = V3 = V e IT = I1 + I2 + I3
Sendo, PT = VT . IT
Substituindo o valor de IT na equação da potência temos:
PT = VT . (I1 + I2 + I3) PT = P1 + P2 + P3
O circuito misto é um circuito formado de três ou mais cargas, numa associação com parte
em série e parte em paralelo, conforme exemplo abaixo.
46
R1 = 10
It =5A
I t = 5A I2=2,5A I3=2,5A
VT = 100 V R2 =20 R3 = 20
It =5A
RT = (R2 // R3) + R1, onde R2 está em paralelo com R3 e o conjunto em série com R1
Para desenvolvermos esta equação, temos primeiro que calcular a resistência equivalente
entre R2 e R3.
RT = R23 + R1 RT = 10 + 10 RT = 20
Calculando IT ,
47
1.19 – Referências Bibliográficas
Eletricidade Básica
48
Autor: Millton Gussow
Eletrotécnica
Autor: Alfonso Martignoni
Física
Halliday & Resnick
Eletricidade Básica
Autor: Van Valkenburgh, Nooger & Neville, Inc.
ELABORADO POR:
49
Eletrotécnica
50
51