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SAUDAÇÃO AOS CANDIDATOS À TURMA LXIX

Abrimos essa carta de saudação desejando a todos que lutam na guerra da aprovação muita
perseverança, pois o cenário atual é incerto, entretanto destacamos que é preciso que o
desânimo não afete os trilhos por onde corre a locomotiva do seu sonho. Confiantes,
sabemos que essa pandemia passará e a seleção natural continuará o seu curso.

É perceptível que o caminho percorrido até a tão aclamada aprovação não é rodeado de
rosas perfumadas, mas sim de muito sofrimento, insônia, ansiedade e, principalmente, de
muito estudo. Contudo, o foco do estudo não se deve ser apenas nas 4 áreas abordadas no
Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), é preciso também se analisar as variáveis
facilitadoras desse processo. Dentro desse cenário, a Turma LXVIII de Medicina da UFG-
Goiânia preparou este material completo anexado, contendo: tabela de notas, notas de
corte, redações e depoimentos. Ressaltamos que estamos abertos para tirar qualquer
dúvida e auxiliá-los no que for possível, mesmo que seja só uma conversa. Seremos mais
que meros veteranos, queremos ser seus AMIGOS durante todo esse processo árduo que
vos afligem.

Durante esse período de estudo a sobrecarga é uma realidade, aconselha-se administrar o


tempo com o intuito de diminuir o impacto psicológico negativo que pode ser atingido. O
estudo não deve ser seu inimigo nessa batalha, mas sim um aliado. Salientamos que cuidem
do seu corpo e mente para que estejam saudáveis, isso será de grande importância durante
a realização da prova.

Por último, é de grande necessidade relembrar que o tempo é uma medida pessoal e não
individual cada um possui o seu, eventualmente a hora de cada um irá ser alcançada. O
vestibular hoje é uma grande prova de resistência, sempre testando seus limites, e o tempo
é um deles, saiba como usá-lo a seu favor. Descubra como o seu tempo corre. A aprovação é
o ápice dessa guerra travada, mas a aprovação só vem por meio da tática da resiliência a
cada dia, a cada guerra, a cada tempo.

“O tempo é um tecido invisível em que se pode bordar tudo”

Machado de Assis, 1904

*Esta cartilha foi desenvolvida por alunos da FM e não possui nenhuma relação com a coordenação de curso.
NOTAS DOS APROVADOS EM AMPLA CONCORRÊNCIA
TOTAL
LINGUAGENS HUMANAS NATUREZA MATEMÁTICA DE MÉDIA MÉDIA
REDAÇÃO
SIMPLES UFG
Categoria Posição acertos média acertos média acertos média acertos média ACERTOS
AC 2 37 657,1 40 752,1 42 829,4 43 984,2 980 162 840,56 836,69
AC 3 39 671,7 42 798,2 41 793 38 925 980 160 833,58 826,72
AC 4 40 723,9 40 748,2 37 754,8 38 899,3 980 155 821,24 814,35
AC 5 37 664,4 33 672,8 43 827,8 40 905,5 960 153 806,1 809,97
AC 6 41 696,6 38 720,7 38 773,1 36 891,9 980 153 812,46 809,14
AC 7 38 667,8 39 719,6 39 791,3 38 916 960 154 810,94 808,29
AC 8 - - - - - - - - - - - 805,40
AC 9 - 692 - 776,1 36 747,4 41 921,8 940 77 815,46 805,31
AC 11 - 695 - 710,8 - 803,1 - 892,8 920 - 804,34 804,47
AC 12 39 670,2 39 745,4 37 762,9 38 899,2 980 153 811,54 804,10
AC 13 37 672,5 38 727,7 39 754,3 38 911,5 980 152 809,2 802,67
AC 14 41 735,8 37 692,7 38 738,3 40 914 960 156 808,16 801,66
AC 15 37 635,4 39 743,2 40 806 37 887,6 940 153 802,44 801,50
AC 16 41 717,8 37 698 37 763 38 907 940 153 805,16 801,33
AC 17 38 669,1 36 717,6 37 752,8 39 919,1 980 150 807,72 801,17
AC 18 37 652,9 40 743,6 34 767,4 39 920,7 940 150 804,92 798,45
AC 19 38 674,4 40 751,7 37 754,1 38 850,4 980 153 802,12 797,43
AC 21 37 640,2 39 725,5 34 727,3 42 969,4 980 152 808,48 796,47
AC 23 32 623,5 37 706.1 38 782,1 39 917,7 960 146 820,825 794,90
AC 24 35 656,8 40 705,7 35 758,8 40 911,1 960 150 798,48 793,52
AC 25 - 697,1 - 762,9 - 722,3 - 846,4 980 - 801,74 793,51
AC 26 - 666,6 - 726,9 - 747,2 - 864,9 980 - 797,12 792,25
AC 27 32 650,8 40 744 37 757,3 35 846,1 980 144 795,64 791,87
AC 28 35 646,7 36 726,4 37 746,6 40 915,9 960 148 799,12 791,67
AC 29 37 657 39 718,4 36 759,4 38 853 980 150 793,56 790,93
AC 31 40 724,4 37 700,4 36 734,5 35 855 960 148 794,86 790,54
AC 32 36 674,2 39 737,1 34 736,3 36 879,3 960 145 797,38 790,19
AC 34 39 667,1 36 685 38 764,4 39 906,1 940 152 792,52 789,41
AC 35 38 662,9 41 737,7 34 726,4 34 876,6 980 147 796,72 788,65
AC 36 37 667 37 712 31 709 39 924 980 144 798,4 787,84
AC 37 34 650,7 37 718,3 39 724,6 42 908,5 980 152 796,42 787,54
AC 38 40 685,5 36 701,9 36 725,2 37 875,9 980 149 793,7 787,33
AC 39 36 641,5 36 694,7 33 735,1 40 919,6 980 145 794,18 786,98
AC 40 - 686,5 - 751,3 39 737,5 33 824,6 960 - 791,98 786,64
AC 41 31 616,5 33 684 40 779,3 36 897,6 960 140 787,48 786,33
AC 42 36 663,8 36 699,2 36 748,1 38 880 960 146 790,22 786,07
AC 43 33 628,2 33 680,5 38 765,2 42 964,5 920 146 791,68 785,95
AC 44 35 649,2 38 731 37 761,7 40 917 900 150 791,78 785,55
AC 45 - - - - - - - - - - - 785,38
AC 46 35 647,5 39 771,7 38 759,4 34 826,6 940 146 789,04 785,37
AC 47 39 689,6 37 714,2 41 778,1 28 765 960 145 781,38 785,31
AC 48 - - - - - - - - - - - 784,89
AC 49 35 650,3 38 712,3 34 735,8 38 899,8 960 145 791,64 784,62
AC 50 - - - - - - - - - - - 783,51
AC 51 - - - - - - - - - - - 783,18
AC 53 35 686 37 697,1 36 737,8 37 903,4 920 145 788,86 782,62
AC 54 36 651,1 34 697,6 38 749,6 37 871,1 960 145 785,88 782,41
AC 55 38 652,1 40 732,8 39 797 31 792,7 920 148 778,92 782,35
AC 1 (2°) 36 639,7 36 693,5 39 770,1 38 895,6 920 149 783,78 781,34
AC 2 (2°) 32 627,8 37 718,9 35 733,6 37 874,4 960 141 782,94 776,64
AC 3 (2°) - - - - - - - - - - - 774,00
AC 4 (2°) 38 667,3 40 744,2 34 699,4 34 835,4 960 146 781,26 772,22
AC 5 (2°) 35 645,6 35 702,1 34 713,5 39 902,6 940 143 780,76 771,88
AC 6 (2°) 38 673,2 38 697,5 40 755,1 38 863,7 880 154 773,9 771,35
AC 7 (2°) - 650,6 - 693,5 - 755,7 - 789 960 - 769,76 771,21
NOTAS DOS APROVADOS NAS CATEGORIAS DE COTAS
LINGUAGENS HUMANAS NATUREZA MATEMÁTICA TOTAL DE MÉDIA MÉDIA
REDAÇÃO
Categoria Posição acertos média acertos média Acertos média acertos média ACERTOS SIMPLES UFG

RI 1 37 665,2 38 696 32 694,4 33 819,9 940 140 763,1 756,75


RI 2 34 640,3 36 689,9 30 691,7 37 888 920 137 765,98 756,26
RI 3 39 660,1 30 648,7 30 700,6 35 824,8 960 134 758,84 755,23
RI 4 35 640 37 700 35 710 27 776 960 134 757,2 754,55
RI 5 35 639,1 36 701,1 33 689,3 32 830,5 940 136 760 752,35
RI 6 33 631 34 658 33 706 38 868 920 138 756,6 750,56
RI 7 39 675,3 38 689,6 28 679,8 31 821,7 920 136 757,28 749,70
RI 9 32 635 36 702,1 32 693,8 32 806 920 132 751,38 745,36
RI 10 35 660 26 623,2 31 675,5 36 831,4 960 128 750,02 744,84
RI 11 35 652,3 32 672,8 35 745,4 23 696 920 125 737,3 743,60
RI 2 (CP) 38 653,1 39 704,4 33 658,5 32 789 920 142 745 736,21
RI 4 (CP) 38 665,5 36 680,6 20 641,9 31 793,5 940 125 744,3 734,79
RI-cD 1 - 601,3 - 605,2 - 634,3 - 740 900 - 696,16 692,33
RI-PPI 1 30 616,9 40 731,1 31 717,9 31 815,9 940 132 764,36 758,80
RI-PPI 2 - 627,4 - 681,7 - 692,7 - 840,9 940 - 756,54 749,68
RI-PPI 3 30 607,7 36 693,8 38 739 36 841,1 860 140 748,32 745,48
RI-PPI 5 33 630,9 37 712,8 27 643,2 34 833,5 920 131 748,08 735,09
RI-PPI 6 36 646 39 744,4 30 652,25 26 729,4 940 131 742,41 734,02
RI-PPI 7 28 598,6 30 620,2 35 759,5 32 853,5 820 125 730,36 732,63
RI-PPI 8 36 616,6 - 633 - 648,1 34 823,9 980 - 740,32 732,19
RI-PPI 12 38 681,7 34 693,6 24 630,1 31 793 900 127 739,68 728,36
RI-PPI 13 36 647,3 34 695,8 22 625,2 24 762,9 960 116 742,35 727,83
RI-PPI 14 35 638,3 34 660,5 29 687 - 669,9 960 - 723,14 725,32
RI-PPI 15 27 606 31 636,8 31 683,8 28 768,4 940 117 727 725,12
RI-PPI 1 (2°C) 36 673,7 35 659,2 27 669,8 25 754,7 880 123 727,48 723,77
RI-PPI 2 (2°C) 33 619,7 29 640,9 26 654,4 23 745,4 960 111 724,08 720,21
RI-PPI 1 (CP) 30 616,4 33 670 27 648,4 27 777,1 920 117 726,38 718,95
RI-PPI-cD 2 (CP) - 615,2 - 619 - 563,7 - 578,5 860 - 647,28 643,78
RS 1 - 590,5 36 691 40 805,8 36 874,3 880 112 768,32 770,64
RS 2 39 686,9 37 713,5 30 687,3 37 853,4 960 143 780,22 770,61
RS 3 39 679,4 39 734,8 36 715,5 35 834,1 900 149 772,76 765,87
RS 4 - 663,6 - 658,9 - 759,5 - 842,7 900 - 764,94 765,81
RS 5 38 662 31 653 27 660 40 948 960 136 776,6 762,88
RS 6 37 660,1 37 710,2 33 705,5 34 822,5 940 141 767,66 761,58
RS 8 41 702,4 34 680,5 32 694 31 803,4 940 138 764,06 759,27
RS 9 37 644,9 36 688,4 39 748,5 37 836,8 880 149 759,72 758,31
RS 10 37 676 37 712 31 690 27 751 980 132 761,8 757,93
RS 1 (CP) - 623,5 - 668,8 - 715 - 883,6 880 - 754,18 748,06
RS 3 (CP) 33 635,1 31 662,6 28 685,1 30 789,7 960 122 746,5 742,40
RS-cD 1 33 670 32 - 30 - 23 - 980 118 - 713,68
RS-PPI 2 38 658,7 30 608,3 32 706,8 32 776,3 980 132 746,02 747,46
RS-PPI 3 - 627,1 - 649,2 - 722,7 - 767,1 960 - 745,22 746,68
RS-PPI 4 35 649,5 33 657,1 28 671,7 26 781,2 960 122 743,9 739,16
RS-PPI 5 30 613,4 35 696,1 32 692,8 27 739,4 960 124 740,34 737,85
RS-PPI 6 32 611,9 32 672,7 26 650,8 34 844,4 960 124 747,96 737,19
RS-PPI 7 38 646,6 38 712,5 31 694,7 35 856,7 820 142 746,1 737,11
RS-PPI 8 36 655,1 32 647,6 31 659,6 30 785,9 960 129 741,64 735,93
RS-PPI 10 - 596,5 - 639,5 - 690,5 32 851,8 920 - 739,66 734,15
RS-PPI 11 - 612,5 36 708,2 - 667,6 - 726,9 980 - 739,04 734,05
RS-PPI 12 34 637 29 626,3 31 677,2 31 808,6 940 125 737,82 733,80
RS-PPI 13 28 599,4 33 677,1 30 695,2 31 797,3 920 122 737,8 733,60
RS-PPI 14 35 637 31 647 - 668 28 774 960 - 737,2 733,25
RS-PPI 15 - 659,3 - 677 - 609,6 - 804,7 980 - 746,12 733,00
RS-PPI 1 (2°C) - 625,1 - 647,5 - 637,2 - 822,3 980 - 742,42 732,65
RS-PPI 1 (CP) 34 644,6 35 735,9 - 667,6 - 681,7 940 - 733,96 729,84
RS-PPI 2 (CP) 36 636 34 651,3 27 654 27 769 940 124 730,06 724,51
RS-PPI 3 (CP) 32 627,4 - 617,3 - 620 30 791,3 980 - 727,2 718,77
RS-PPI-cD - - - - - - - - - - - - 698,32

Nota: A tabela não inclui os resultados dos participantes aprovados no SISU que não se
matricularam na UFG. A colocação dos candidatos aprovados em segunda chamada (2°C)
e chamada pública (CP) refere-se as posições em que ocupavam nas listas de espera.

NOTAS DE CORTE DA PRIMEIRA CHAMADA

Opção de Participação Nota de Corte

AC 782,35
RS 757,93
RI 743,6
RS-PPI 733
RI-PPI 725,12
RS-cD 713,68
RS-PPI-cD 698,32
RI-cD 692,33
RI-PPI-cD 689,73

Pesos nas áreas do ENEM para Medicina

Área Linguagens Humanas Exatas Natureza Redação


Pesos 2 1,5 1,5 3 2
DADOS SUBJETIVOS DOS APROVADOS

Local de Origem

16%

Goiânia
Interior de Goiás ou Brasília
55% Outros
29%

Idade

25% 28%

17 ou 18
19
20
21 ou mais
18%

29%

Para você, a dificuldade da prova, de maneira


geral, em comparação aos anos anteriores, foi:

10%

Mais fácil

30% Mais difícil

60% Mesmo nível/Semelhante


DADOS DA PROVA

Para você, a dificuldade de NATUREZA, em comparação com os


anos anteriores, foi:

25% Mais fácil


43%
Mais difícil

32% Mesmo nível/semelhante

Para você, a dificuldade da prova de MATEMÁTICA, em comparação


com os anos anteriores, foi:

27% Mais fácil


Mais difícil
58% 15% Mesmo nível/semelhante

Para você, a dificuldade da prova de LINGUAGENS, em comparação


com os anos anteriores, foi:

26% Mais fácil


41%
Mais difícil

33% Mesmo nível/semelhante

Para você, a dificuldade da prova de HUMANAS, em comparação


com os anos anteriores, foi:

34% 26% Mais fácil


Mais difícil
Mesmo nível/semelhante
40%
Para você, em comparação com os anos anteriores, fazer a redação
foi:

Mais fácil
32% 42%
Mais difícil
Sem diferença
26%

Para você, a área determinante na sua aprovação, ou seja, aquela


que você encontrava maior facilidade foi:

Redação
26% Linguagens
42%
Humanas
19% Natureza
9% Matemática
4%

Anteriormente à prova, teve problemas com medo e/ou


ansiedade?

26%
Sim
Não
74%

No momento da prova, teve problemas com Medo e/ou Ansiedade?

44% Sim

56% Não
Quais foram suas maiores dificuldades durante a prova
4%
5% Tempo
Redação
13% Linguagens
4% Humanas
10% 61% Natureza
Matemática
3% Não senti dificuldades

No ano da sua aprovação (2019), como você estudou?

3%
Cursinho/ Pré-vestibular
2% 15% 3° ano do E.M

14% 3° ano e cursinho


66% Maior parte do tempo em casa

Fazia faculdade
DEPOIMENTOS E CONSELHOS DOS ALUNOS DA TURMA 68

Só não passa quem desiste, tenha foco no objetivo que vai dar certo!

“Você nasceu para ser FELIZ, não se distraia! ”. Durante meus anos estudando tive bastante
dificuldade em equilibrar estudos, família, amigos e saúde mental. Eu só estudava e estudava,
psicologicamente estava destruída, pois o resto não existia. Em uma consulta com minha
psicóloga saí com essa reflexão e com a missão de colocá-la em prática. Foi isso que eu fiz,
coloquei essa frase na cabeceira da minha cama e ajustei tudo para ter mais equilíbrio e
conseguir realizar meu sonho, mas acima de tudo estar feliz e bem comigo mesma e com
minha vida. Enfim, se eu pudesse dar dicas para todos os vestibulandos seria focar na
qualidade do seu estudo (não na quantidade) e não deixar de fazer as coisas que os fazem feliz
e bem de lado, mas sempre com equilíbrio.

Cara vocês merecem o mundo, vem com tudo 69 que vocês vão voar alto. Determinação, foco,
fé e principalmente cuidem da saúde mental, sejam saudáveis viu!!! Esperamos vocês com
muito carinho!! Vocês são fodas! E acreditem em si porque o Preto e Laranja sempre nos
pertenceu 69!!!

Acredito que as coisas só acontecem no momento exato em que estamos preparados p ara
receber e seguir adiante! Fiz 4 anos de cursinho e sempre escutei muito de professores e
colegas que já estava pronta, que já devia ter passado, que estava fazendo hora extr a em
cursinho e etc... Sofri por um booom tempo com crises sérias de ansiedade e pânico com
relação a provas, tanto em simulados, quanto em vestibulares. Então, claramente, eu não
estava pronta! E foi nesse tempo todo no cursinho que aprendi a dar valor ao meu próprio
tempo, a ser menos ansiosa e perfeccionista, a valorizar as amizades ao redor e que tem como
sim passar por tudo isso de uma forma mais leve! Hoje enxergo o quanto aprendi e o quanto o
cursinho amadurece as pessoas. Entrar na faculdade com a sensação de que eu fui o meu
melhor não tem preço!

Meus queridos, apenas vocês conhecem os seus próprios caminhos até aqui, somente vocês
sabem o peso e a dificuldade para chegarem aonde chegaram, e somente vocês sabem o
tamanho do sonho de vocês. Não tomem para si a medida dos outros. Cada um de nós tem seu
próprio tempo e seu próprio caminho. Vença a si mesmo, supere a si mesmo, e não se deixe
vencer pelos seus próprios medos e inseguranças. A sorte sorri aos audazes! Aguardo vocês
na UFG, meus calouros <3

Penso que tudo tem o seu tempo e modo, que é fundamental perseverar diante do s
"fracassos" e principalmente aprender com os erros e formar suas próprias estratégias. Após
meses de estudos, parecendo que já são vários anos, todo o esforço é recompensado bem
antes que se espera! Outro aspecto importante é manter a saúde mental e o co ntrole da
ansiedade, o que pode parecer quase impossível sozinho, mas que pode sim ser feito com a
formação de uma rede de apoio formada de amigos e familiares.
Se você tem fé, ore, estude, faça exercícios, se dedique porque vai dar tudo certo! Vão ter dias
de choro, procrastinação e sensação de não aprendizado, você pode pensar que não é p ara
você esse curso, mas não desista! Se eu, estudante de escola pública, com algu ns anos sem
estudar depois do Ensino Médio, sem condições de pagar um cursinho presen cial, consegui
essa aprovação, você também pode!!!Faça do que você tem para estudar a sua melhor arma
para passar!

Independentemente do tempo que demore, insista no seu sonho, o sucesso vem da persistência!
Vocês conseguem!

Nunca ouse duvidar do seu potencial e, principalmente, não deixe de cuidar da sua saúde
mental.

O atual cenário brasileiro e mundial desperta em nós sentimentos de incerteza sobre o


futuro, mas fique tranquilo que tudo passa e tudo se encaixará no seu devido lugar. Sempre
respeite seus limites e procure manter sua saúde mental saudável porque seu desempenho
vai muito além de saber ou não o conteúdo. Enfim, estude, curta com os amigos, viva esse
momento de aprendizado da melhor maneira possível e arrase no ENEM. Estou torcendo
por você e ansiosa para te receber. A aprovação já é sua

Muitas vezes pensamos em desistir, muitas vezes parece algo distante - impossível, mas o
resultado favorável sempre chega, no momento certo, para todos nós. É uma empreitada
árdua, onde não são os geniais que mais frequentemente conseguem vencer, mas os mais
persistentes, os mais batalhadores e empenhados. Todos nós da 68 sabemos o quão difícil é
essa jornada, mas posso dizer, acredito que por todos, que no final todo o esforço é
recompensado. Estamos ansiosos por conhecer vocês 69, venham p ara maior do CO!

Falaaaa futuros calouros!! Primeiramente queria falar que pessoas normais TAMBÉM
PASSAM. Aquilo que foi internalizado em nós outrora de que é necessário gabaritar todas
áreas do conhecimento e ser um super gênio para alcançar uma vaga na federal é um
equívoco muito grande... passei sem dominar todas as matérias, com muita dificuldade em
vários conteúdos. É possível SIM! Nunca deixem de acreditar na capacidade de realização
de vocês porque o “impossível” -vaga enxergada assim por mim por muito tempo- é
realmente só questão de opinião. Esperamos ansiosamente vocês, 69.

Descanse e se divirta, estar bem no dia a dia é fundamental para você tirar o máximo proveito
dos seus estudos e guardar informações a longo prazo :)

Nunca se compare com os outros, cada um tem sua forma de estudar e tempo de passar, no
fim da certo para todos!

Não desista!!!
DEPOIMENTO DOS ALUNOS DESTAQUES

E aí, futuros (as) calouros (as)! Estou aqui para falar um pouco sobre a prova de Humanas do Enem
e como se preparar melhor para ela. Primeiramente, tenho que ressaltar que essa parte do exame
ainda é muito baseada na interpretação de textos aliada à análise de contextos históricos (é
basicamente você ter ideia do que estava acontecendo no mundo em certa época e ligar os pontinhos
para interpretar o texto base). Então, se você ler uma questão e não entender nada de primeira, está
tudo bem. Leia novamente com calma, talvez ela só demande um pouco de interpretação.

Outro ponto dessa prova que pega muita gente são questões que exigem nada mais do que você
saber o significado de palavras peculiares (como naquela questão do albedo dos corpos e na da
alteridade; e aí, você sabe o que essas coisas significam?). Por isso, tenha certeza de que sempre que
passar por uma palavra desconhecida durante seus estudos você vai parar, pesquisar e nunca mais
esquecer seu significado. Isso pode te render algumas questões no final do ano!
Em uma abordagem mais objetiva, eu indicaria (assim como eu fiz) um estudo especial para as
partes de geografia física e humana, já que isso correspondeu a pelo menos 7 questões da última
edição, cerca de 15% da prova. Como esses conteúdos são mais técnicos (dependem menos de
interpretação), estudá-los pode ser muito recompensador.
Em relação à prova de história, infelizmente o último exame negligenciou principalmente a parte
de história do Brasil. Contudo, como esse conteúdo foi largamente abordado nas edições anteriores,
acho importante manter o foco nele, sem deixar de se ater a todos os conflitos e acontecimentos da
idade moderna.
Em se tratando da parte de filosofia, o Enem 2019 foi mais técnico, trazendo autores e temas de
variadas correntes filosóficas. Pode-se observar que com o passar dos anos a objetividade das
questões de filosofia cresceu, demandando mais conhecimentos do aluno, então esteja preparado para
isso.
Para finalizar, acho válido comentar sobre a prova como um todo. Saiba que o Enem é composto
por questões de todos os níveis, desde as mais simples (como a que tratava da difusão de hábitos
alimentares) até as mais complexas e desafiadoras (como a de Kant e a da Hannah Arendt). Por isso,
se você se deparar com um item sobre o qual não tem noção nenhuma, não se desespere, haverá
dezenas de outros esperando para serem respondidos. Bons estudos e boa sorte, futuros(as)
calouros(as)!!!

Gabriel Pessoa, aluno destaque na prova de Ciências Humanas.

As provas de Matemática e de Redação são aquelas em que você consegue realmente atingir uma
nota acima de 900 pontos. Se você analisar as maiores notas do país, verá que nas provas de
Linguagens, Humanas e Natureza elas não ultrapassam os 860 pontos, enquanto que a de Matemática
contou com uma nota máxima de 985,5. Então, pode-se dizer que essas duas (RED e MAT) vão dar um
boom na sua nota final do ENEM. Apesar de ter o menor peso no SISU para Medicina-UFG (1,5), eu
considero que a prova de Matemática foi essencial para minha aprovação, e espero que seja para a sua
também. Eu acho ela primordial porque acertando as questões fáceis e médias da prova (uma média
de 30 questões no total), você já consegue alcançar cerca de 800 pontos, o que só é possível se você
acertar perto de 40 questões nas outras provas, como Natureza. Entendeu o ponto no qual eu quis
chegar?

Para mim, é importantíssimo que você resolva o máximo de questões possíveis de provas passadas
do ENEM, principalmente na parte da Matemática, e passe a identificá-las como fáceis, médias ou
difíceis. Além disso, escreva ao lado da questão, depois de lê-la, mas antes de respondê-la, o conteúdo
ao qual ela pertence (ex: matemática básica, ecologia, movimento retilíneo uniforme, estatística,
isomeria). Isso ajuda muito no processo mental de lembrar as fórmulas e macetes relacionados a tal
matéria, além de te auxiliar a recordar de alguma questão parecida que você já tenha resolvido. Por
isso é importante responder o máximo de questões possíveis ao longo do ano, pois repertório não é
algo presente só na redação, está na Matemática e nas Ciências da Natureza também: quanto mais
perguntas você resolve, maior a chance de haver uma questão com resolução parecida na prova. Sorte
existe, mas ela só pode ser aproveitada por quem se prepara.

Na minha opinião, a prova de Matemática do ENEM 2019 foi mais fácil do que a dos anos
anteriores. Não percebi a famosa questão ‘’impossível’’ que aparece em quase todas as edições. Já a
prova de Natureza teve um nível semelhante ao dos anos anteriores.

Com o tempo, você perceberá que o tempo que você usa para resolver as questões vai diminuir
naturalmente. Recomendo que não subestime as matérias e questões consideradas fáceis, pois elas
são as que mais te dão pontos no TRI (se você acertá-las), e muitas pessoas passarão na sua frente se
você errá-las. Esteja afiado em geometria (analítica, plana e espacial) para a prova do ENEM, já que
esse é o conteúdo mais cobrado ao longo das provas de Matemática. Estude a teoria, lembre das
fórmulas e dos teoremas de Matemática, Química e Física, resolva questões para fixação. Saiba também
lidar com regra de três direta e inversa, razão e proporção (diretamente proporcional e inversamente
também), propriedades da radiciação e potenciação, funções (afim, 2º grau, logarítmica, exponencial).

Preste atenção nas aulas, que servem como um primeiro estudo da matéria, e na resolução de
exercícios dos professores, que às vezes chegam na mesma resposta que você, porém em menos tempo,
utilizando outro caminho. Faça provas cronometradas em casa, treine o tempo de prova. Eu sabia
responder todas as questões de Matemática, mas por ter gastado tempo demais em algumas questões,
tive que chutar duas ao final da prova por falta de tempo. Espero que você consiga aperfeiçoar essa
parte ao máximo, para que tenhamos entre nós alguém que fechou a prova de Matemática (e quem
sabe a de Natureza também) do ENEM.

No dia da prova, ao ver que uma questão gastará tempo demais, pule-a e leia a próxima. É MUITO,
MUITO importante que você leia a prova inteira, não tente fazer as questões na ordem em que
aparecem na prova. Falo isso porque se você fizer na ordem da prova, pode haver questões facílimas
(como sempre existem no ENEM) que você não responderá ou chutará por falta de tempo. E como as
questões fáceis têm maior valor no TRI, você vai se dar mal.

Sobre minha rotina de estudos: eu tinha aula pela manhã e aulas a tarde em alguns dias da semana.
Quando voltava pra casa, almoçava e começava a estudar 14:30/15:00. Eu marcava a hora que eu
começava a estudar e cronometrava o tempo de estudo de cada dia, a fim de estabelecer metas de
desempenho semanais. É importante que você não estabeleça metas de estudo que você sabe que não
conseguirá alcançar. Coloque a quantidade de horas que você consegue estudar, e se for o caso,
aumente gradativamente de acordo com a sua necessidade. Tente ENTENDER a matéria, e não
simplesmente decorar, principalmente em áreas como a biologia, química e física, marcadas por
conceitos e conteúdos que se interligam muito nos exercícios. Situe-se e saiba fazer as relações
necessárias.

Ser o aluno destaque em duas das cinco provas do ENEM é muito gratificante, pois reflete a
dedicação, empenho e abdicação que eu tive no meu 3° ano do Ensino Médio em 2019. Para finalizar,
desejo boa sorte, resiliência, bons estudos, e espero que você faça parte da nossa família a partir do
ano que vem. Será um prazer ser seu veterano.

Luiz Gustavo, aluno destaque nas provas de Ciências Exatas e Ciências da Natureza.

Olá futuros calouros da turma 69!!


Meu nome é João Paulo e devido ao meu desempenho na prova de linguagens fiquei responsável
em apresentar, dentro de meus limites, algumas dicas que podem ajudá-los. É evidente que a prova de
linguagens vem apresentando um maior nível de dificuldade e de complexidade a cada ano. Desse
modo, a grande questão é como acompanhar tais mudanças. No meu caso, realizei uma estratégia de
estudo pouco complexa, tendo em vista a quantidade de outras matérias para estudar. Assim, busquei
dividir meus estudos de linguagens em dois grupos: literatura/artes e interpretação/gramática.
Para o primeiro grupo, estudei a fundo os dez assuntos mais recorrentes das últimas dez edições
do ENEM e resolvi uma boa quantidade de questões sobre eles. Já para o segundo grupo me apoiei
somente na resolução de exercícios, por meio dos simulados semanais, provas do ENEM e –
principalmente – provas da FUVEST, visto que o nível da prova de linguagens do ENEM tem se
aproximado muito da prova de português da FUVEST, já que as questões de interpretação da prova
paulista cobram uma capacidade de raciocínio e de conhecimentos gerais desejada pela banca do ENEM.
Portanto, resolver as provas antigas do ENEM e da FUVEST já te deixa um pouco mais próximo e
preparado para as futuras provas do ENEM. Espero que essas dicas possam ter ajudado, mas lembre-
se, ter calma e confiança na hora da prova pode ser a estratégia mais importante.

Qualquer dúvida ficarei feliz em poder ajudar, só me enviar pelo Instagram. Bons estudos e boa
sorte a todos!!

João Paulo Rabelo, aluno destaque na prova de Linguagens.


Modelos de redações.
“Durante primeira metade do século XX, as obras cinematográficas de Charlie Chaplin atuavam
como fortes difusores de informações e de ideologias contra a exploração e o autoritarismo no
continente americano. No contexto atual, o cinema permanece como um importante veículo de
conhecimento, mas, no Brasil, não há o acesso democrático a essa mídia em decorrência das
disparidades socioeconômicas nas cidades, as quais fomentam a elitização dos ambientes de
entretenimento, e da falta de investimentos em exibições populares, as quais, muitas vezes, são
realizadas em prédios precários e não são divulgadas. Portanto, é imperativo promover mecanismos
eficientes de integração dos telespectadores para facilitar o contato com filmes, proeminentes na
instrução dos cidadãos.

Tendo em vista a realidade supracitada, destaca-se a crescente discrepância entre as classes


sociais nos grandes centros habitacionais, o que leva a modificações no espaço. Essa visão condiz com
as ideias de Henri Lefebvre, uma vez que, para o sociólogo, o meio urbano é a manifestação de conflitos,
o que pode ser relacionado à evidente segregação socioespacial dos cinemas. Nesse viés, a
concentração de salas de exibição em áreas nobres está vinculada às desigualdades sociais e configura
a elitização do acesso aos filmes em locais públicos em função do encarecimento dos serviços ao longo
dos anos. Dessa forma, para uma grande parte dos brasileiros, o entretenimento e o aprendizado por
meio das obras cinematográficas, como visto no início do século XX, se tornam inviáveis, restringindo
o contato com novos ideais e inibindo a mobilização da sociedade em prol de seus valores.

Além disso, a ineficiência de recursos destinados a exibições em teatros populares é um fator que
dificulta a democratização do cinema no Brasil Isso porque, apesar de Steve Jobs, um dos fundadores
da empresa “Apple”, ter corroborado com a ideia do mundo virtual como influenciador ao constatar
que “a tecnologia move o mundo”, as redes sociais não são utilizadas pelos órgãos públicos para
divulgar apresentações cinematográficas nos centros culturais, presentes em diversas regiões do país.
Aliada à falta de visibilidade, a precariedade infraestrutural dos prédios onde tais eventos ocorrem
reduz a qualidade da experiência e desencoraja muitos de frequentarem os locais, apesar dos menores
preços. Assim, torna-se clara a necessidade de investimentos para garantir o contato com os filmes,
essenciais para a instrução e para a integração dos indivíduos.

Desse modo, é imprescindível democratizar o acesso ao cinema no Brasil. Para isso, cabe às
prefeituras disponibilizar a experiência cinematográfica à população urbana menos privilegiada, por
meio de eventos de exibição em áreas periféricas - os quais devem fornecer programações
internacionais e nacionais a custos reduzidos -, com o intuito de evitar o processo de elitização cultural
em virtude de disparidades socioeconômicas. Ademais, compete ao Ministério da Cidadania promover
a visibilidade dos centros culturais nas redes sociais e investir em reformas periódicas, a fim de
assegurar a manutenção dos locais. Com essas medidas, assim como na época de Charlie Chaplin, a
sociedade terá o maior contato com as novas ideias e as informações do mundo contemporâneo. ”

Redação nota 1000


“De acordo com a antropóloga estadunidense Ruth Benedict "A cultura é a lente pelo qual nós
vemos a realidade". Assim, depreende-se a vitalidade dos aparatos de entretenimento, interação social
e aumento da bagagem cognitiva no alicerce das vivências e experiências. Nesse contexto, ganha
enfoque o cinema, advento do final do século XIX que, apesar de seus sucessivos e constantes refinos
tecnológicos, ainda encontra-se bastante concentrado e elitizado no espectro nacional hodierno.
Desse modo, urge a necessidade de análise dos elementos e recortes geoespaciais propulsores de
referido déficit no acesso às salas cinematográficas. Convém, portanto, uma elencação o dos fatores
intrínsecos à problemática.

Sob um prisma inicial, verifica-se que majoritária parcela dos cinemas contemporâneas encontra-
se localizada junto aos espaços de shopping centers. Esses ambientes estão imersos, em sua maioria,
nas zonas centrais e mais desenvolvidas do tecido citadino. Ampliando-se tal abordagem para uma
esfera mais ampla, percebe-se também a mirrada distribuição de salas de exibição pelas múltiplas
cidades, o que configura uma realidade inversamente proporcional à tamanha amplitude demográfica
e territorial brasileira. Por fim, aliadas a referido cenário, coexistem a urbanização desenfreada e a
desigualdade de renda entre os seres, o que acaba por distanciar a parcela humana marginalizada do
pleno usufruto dos recursos culturais e artísticos afetados pelos cinemas. Logo, torna-se axiomático
que os intempéries impostos pela disposição socioeconômica e as disparidades financeiras
corroboram o "apartheid" de acesso à cultura.

Em adição a isso, faz-se oportuno salientar que a passividade governamental constitui uma
importante matriz para que os direitos à cultura e ao lazer, ambos plenamente assegurados pela Carta
Magna de 1988, não sejam democráticos de forma efetiva. Em "Ética a Nicômaco", o grego Aristóteles
aponta que a finalidade da política seria garantir a felicidade dos cidadãos; entretanto, vigera um
descaso estatal para com o povo, uma vez que o corpo social carece de investimentos públicos na
infraestrutura de cinemas municipais, além de cinemas privados mais bem distribuídos, os quais
demandem menores dispêndios para ingresso por parte da população. Em um plano antagônico ao
ideal aristotélico, ademais, um percentual maciço dos indivíduos hoje não identificam nos cinemas um
espaço atrativo, por questões de acessibilidade e custos. Assim sendo, optam pela comodidade dos
televisores domésticos. Por conseguinte, em analogia ao ideário newtoniano da Lei da Inércia,
somente as articulações estratégicas podem alterar o vigente estado de exíguo alcance do cinema.

Mediante à ótica supramencionada, é viável que o Poder Público, na figura dos governos estaduais
e prefeituras, designe subsídios para a construção de centros de exibição de filmes nas regiões
periféricas da malha urbana, com o fito de fornecer sessões gratuitas semanais aos menos abastados.
Outrossim, cabe à mídia, promover projetos em conjunto às corporações privadas, de modo a
implantar dias específicos na semana em que os ingressos teriam seus preços reduzidos para todo o
público de baixa renda. Dessa forma, ampliam-se os níveis de acesso ao cinema, além de tal medida
favorecer e popularizar as empresas envolvidas. Espera-se, com referidos mecanismos interventores,
que haja uma gradativa reversão do quadro atual, rumo a um país onde o cinema esteja em progressiva
adesão pela massa.”

Redação nota 980.


“Capital Cultural”, de acordo com o pensador Pierre Bourdieu, é todo tipo de cultura adquirida ao
longo da formação social de um indivíduo, envolvendo, por exemplo, as experiências vividas a partir
do contato com filmes. Nessa perspectiva, depreende-se que a arte cinematográfica tem um papel
fundamental na sociedade contemporânea, visto que proporciona a obtenção de cultura. No entanto,
nota-se, infelizmente, que o acesso ao cinema não é, ainda, democrático no Brasil, uma vez que o pouco
investimento governamental na criação de mais salas de cinema em território nacional e o alto custo
dos ingressos nas salas já existentes dificultam a democratização em questão.

Nesse contexto, ao levar-se em consideração que “liberdade e igualdade não se excluem, mas são
complementares” - expressão teorizada por Ronald Dworkin, ex-professor de filosofia do Direito de
Harvard -, infere-se, pois, que o Estado tem uma função essencial na efetivação dos direitos da
população no acesso à arte - nesse caso o cinema. Contudo, essa igualdade não se mostra abrangente,
haja vista que salas de cinema não estão presentes em todas as cidades brasileiras, gerando, por
conseguinte, uma segregação cultural, de modo que para terem acesso às salas cinematográficas, as
populações das pequenas cidades precisam se deslocar para centros urbanos maiores.

Ademais, é válido ressaltar que o alto custo dos ingressos ratificam, lamentavelmente, o caráter
segregacionista dos cinemas nacionais. Nesse sentido, percebe-se que os indivíduos com menores
condições financeiras sentem-se culpados por não conseguirem adquirir tais ingressos, mas, na
verdade, são vítimas, dado que os preços elevados comprovam isso. Desse modo, o conceito do
antropólogo Roberto Crema sobre “normose” aplica-se, perfeitamente, nesse cenário, visto que algo
que é anormal é caracterizado como normal, ou seja, as pessoas mais humildes encaram os ingressos
caros como normais, mesmo que essa circunstância seja anormal, e interiorizam a culpa por não
conseguirem comprá-los.

Dado o exposto, é imprescindível que duas instituições atuem nesse quadro social de dificuldade
da democratização do acesso ao cinema, são elas: Governo e Escola. A primeira deve, por meio do
investimento em programas socioculturais - em parceria com empresários locais das pequenas
cidades-garantir que ocorra a construção de salas de cinemas nos pequenos centros urbanos, para que
a população brasileira tenha, efetivamente, contato com a arte dos filmes, de maneira que possibilite
a todos a obtenção de um vasto “Capital Cultural”, além de estabelecer preços mais acessíveis, por meio
de leis, nos cinemas existentes. A segunda, por sua vez, deve, por intermédio de “workshops” com pais
e alunos, enaltecer a grandiosidade dos filmes como elementos cruciais no processo de
aprendizagem.”

Redação nota 980.


“No filme “A Invenção de Hugo Cabret”, é narrada a história de um jovem pobre que, ao conseguir
consertar uma máquina misteriosa deixada por seu pai, descobre a vida de um renomado diretor de
cinema e o contato com o mundo da sétima arte muda a vida do protagonista. Paralelamente à
realidade, é nítido que o cinema tem papel importante na vivência dos sujeitos, mas ainda é um
recurso pouco acessível no Brasil. Por isso, a democratização do acesso ao cinema mostra-se urgente,
visto que ela é um direito fundamental dos cidadãos e é necessária para o bem-estar dos brasileiros.

Primeiramente, analisa-se a democratização do acesso ao cinema no Brasil como um direito


fundamental dos cidadãos. Com esse intuito, cita-se o conceito trabalhado por Gilberto Dimenstein em
sua obra “Cidadão de Papel”, segundo o qual muitos brasileiros desconhecem seus direitos e deveres,
o que torna a luta pela efetivação deles mais árdua. Ademais, sabendo que o direito ao lazer é garantido
a todos os indivíduos pela Constituição Federal e que diversos cidadãos não conhecem tal
prerrogativa, é clara a importância de tornar o cinema mais acessível para esclarecer os brasileiros
quanto aos seus direitos e para efetivar as garantias legais. Portanto, uma vez que a sétima arte é uma
ótima opção de lazer e o acesso a ela é um direito fundamental, é indubitável a urgência da
democratização do acesso ao cinema no Brasil.

Adicionalmente, avalia-se a necessidade da democratização do acesso ao cinema no Brasil para


ampliar o bem-estar dos brasileiros. Sendo assim, é válido salientar os relatos do compositor L. v.
Beethoven, que, em seu testamento, confessou que, frente a vários problemas na vida, a arte fora capaz
de salvá-lo do suicídio. A partir disso, percebe-se que as artes exercem forte e satisfatória influência
na vivência dos sujeitos e, sendo o cinema uma expressão artística, sua capacidade de promover o
bem-estar coletivo fica inquestionável, pois gera momentos de lazer, tranquilidade e felicidade. Logo,
a urgência da democratização do acesso ao cinema no Brasil para que mais brasileiros desfrutem do
bem-estar advindo dessa arte torna-se irrefutável.

Finalmente, tendo em vista a urgência na democratização do acesso ao cinema no Brasil, medidas


são vitais para concretizar o exposto. Para isso, o Ministério da Educação deve, por meio de liberação
de verbas, promover ações educativas em escolas - como palestras, debates e atividades lúdicas e
artísticas- a fim de despertar, nos estudantes, o interesse pelo cinema e o conhecimento de seus
direitos para que lutem por eles. Além disso, Secretarias de Cultura estaduais e municipais devem, por
meio de parcerias com empresas de “marketing” e propaganda, desenvolver anúncios publicitários -
que serão transmitidos pelos grandes meios de comunicação e instigarão brasileiros de todas as
esferas sociais a frequentarem salas de cinema - a fim de democratizar o bem-estar advindo do acesso
à sétima arte e para que mais pessoas, como o jovem Hugo Cabret, sejam transformadas pela arte do
cinema.”

Redação nota 980.


“De um lado, a Constituição Cidadã, que prevê o amplo acesso à cultura e ao lazer. De outro lado,
apenas uma pequena parcela de brasileiros que frequenta o cinema. Tal dicotomia evidencia a
necessidade de se democratizar o acesso ao cinema no Brasil, ação essa que é dificultada pela
segregação socioespacial dos investimentos públicos, o que implica exclusão das populações
marginalizadas dos espaços de convivência cultural.

Perante esse cenário, é importante ressaltar o papel dos políticos de investimento municipais no
impedimento do acesso ao cinema. Conforme o conceito de " geografia do lucro" elaborado pelo
geógrafo David Harvey, a aplicação do capital nas cidades contemporâneas segue uma lógica
excludente, de forma que as áreas periféricas são negligenciadas pelo poder público − principalmente
no que tange o desenvolvimento cultural. Nessa perspectiva, a democratização do acesso ao cinema no
Brasil é impossibilitada pela falta de investimentos nas regiões de baixa renda.

Como consequência dessa concentração espacial do capital, é notório que as salas de cinema são
inacessíveis às populações periféricas brasileiras. Segundo a Pesquisa Nacional por Domicílio (PNAD),
78% dos habitantes urbanos de baixa renda afirmam não frequentar esses lugares em razão da
distância das salas de cinema e dos altos custos associados a essa atividade. Dessa forma, engendra-se
a exclusão desse grupo dos espaços de convivência cultural, o que vai de encontro aos preceitos de
inclusão da Constituição de 1988.

Portanto, ante a falta de acesso ao cinema no Brasil, urge que o governo federal, por meio de
alterações no Plano Nacional de Cultura − de modo que se exija dos municípios a implementação de
cinemas gratuitos em áreas periféricas −, democratize o acesso ao cinema, a fim de garantir os direitos
à cultura e ao lazer previstos na Constituição. Dessa maneira, é possível subverter a "geografia do
lucro" enunciada por David Harvey, fazendo com que dados como os da PNAD fiquem restritos ao
passado.”

Redação nota 980.


“A Constituição Brasileira assegura que todos os cidadãos brasileiros possuem direito ao lazer.
Dentro dessa perspectiva, a arte do cinema se torna uma relevante ferramenta de entretenimento por
transpor para o universo de cada indivíduo experiências as quais levam, não só à diversão, mas,
também, muitas vezes, a uma reflexão, colaborando para a construção pessoal de cada um. Entretanto,
na realidade brasileira, é perceptível que o instrumento cinematográfico não alcança essa função por
existir uma falha na democratização do acesso ao cinema em vista de uma alta desigualdade regional
e uma falsa propagação de cidadania.

A priori, é de suma importância considerar que as diferenças regionais influenciam, direta ou


indiretamente, na forma com que a população vai usufruir ou não de uma sala cinematográfico. Essa
influência foi ressaltada pelo renomado geógrafo brasileiro Demétrio Magnoli, em sua obra "Uma
Análise do Espaço Brasileiro", em que confirma que as disparidades estaduais e regionais definem em
como serão os investimentos e o estilo de vida daquele local, apresentando que os indivíduos os quais
residem nas regiões mais desenvolvidas do país, como Sudeste e Sul, conseguem alcançar o lazer por
meio do cinema, teatro e outros com mais facilidade e com preços mais acessíveis do que a outra
parcela da população. Partindo desse princípio, é evidente que, para se obter uma nação com
possibilidades reais de todos experimentarem a arte do cinema, seja indispensável a desconcentração
regional de recursos e que os investimentos consigam facilitar a democratização para o organismo
social.

Além disso, outro ponto que contribui para a problemática em questão é a propagação de uma
falsa cidadania para todos. Diante disso, encontra-se o sociólogo Gilberto Dimmestein e a sua tese do
"Cidadão de Papel", pois ele demonstrou como, no Brasil, a cidadania existe apenas no viés teórico,
não se concretizando na rotina de grande parte dos brasileiros. De maneira análoga a essa perspectiva,
observa-se que muitos cidadãos do país vivem em condições de vulnerabilidade socioeconômica as
quais não permitem que usufruam de um lazer como o cinema, sendo considerado, muitas vezes, como
apenas para as elites. Assim, é inquestionável que, na verdade, não existe uma democratização do
acesso ao cinema justamente porque não existe uma democratização da verdadeira cidadania para o
corpo social brasileiro, ocorrendo que muitos indivíduos não se sintam como sujeitos dignos de
direitos importantes, como o lazer por meio do cinema.

Portanto, é compreensível a necessidade que medidas sejam tomadas para poder democratizar o
acesso ao cinema e, assim, cumprir de forma verossímil e direito assegurado pela Constituição. Para
isso, o Governo Federal deve diminuir as disparidades regionais, por meio de uma distribuição mais
homogênea nos recursos − visto que, dessa forma, os investimentos em mais salas de cinema seria
facilitado −, a fim de oferecer a todos os indivíduos do país o acesso à salas cinematográficas. Ademais,
o Ministério da Cultura e o Ministério da Justiça e Cidadania podem oferecer sessões de cinema à
sociedade, por meio da construção de salas em escolas e espaços públicos − já que, assim, facilitaria
para os cidadãos a ida ao cinema −, com o intuito de democratizar o acesso ao cinema e validar a
cidadania para os indivíduos do país verde-amarelo.”

Redação nota 980.


“Promulgada em 1988, a Constituição Federal garante como dever do Estado promover a cultura.
Entretanto, o acesso desigual ao cinema evidencia a necessidade de democratização desse espaço.
Diante disso, cabe analisar aspectos das diferenças socioeconômicas presentes no Brasil, que
contribuem para a problemática, bem como a importância da cultura para a inclusão social.

Em primeiro plano, é válido enunciar que as desigualdades existentes nos âmbitos sociais e
econômicos no Brasil agravam as adversidades. Nesse lógica, na obra de Jorge Amado "Capitães da
Areia", as crianças moradoras das praias de Salvador têm a oportunidade de brincar em um carrossel
e , ainda que velho e descuidado, trouxe alegria para a vida miserável daquelas pessoas segregadas
pela sociedade. Fora da ficção, as condições financeiras de diversos indivíduos implicam não
acessarem o lazer, em especial, o cinema, Assim, a concentração de renda corrobora o problema
vigente, tendo em vista a utilização do espaço cinematográfico apenas aos mais ricos, pois conseguem
pagá−lo.

Em segundo plano, pode−se observar como a cultura, por meio do cinema, faz−se primordial para
a inclusão social. Desse modo, o líder da Igreja Católica, Papa Francisco, afirma que "A globalização da
esperança, que nasce dos povos e cresce entre o pobres, deve substituir esta globalização da exclusão
e da diferença." Nesse sentido, o acesso ao cinema no Brasil é uma ferramenta a qual pode ser usada
para o acolhimento de pessoas marginalizadas economicamente, Por conseguinte, levar o lazer em
forma de filmes a comunidades carentes resulta na democratização desse espaço, pois, de tal modo,
há a utilização igualitária dele.

Depreende−se, portanto, a necessidade da democratização do cinema, visto que não há acesso


uniforme no Brasil. Visando o cumprimento do previsto na Constituição Federal. Urge que a Secretaria
da Cultura, responsável pela promoção da cultura para a população, crie, por meio de verbas públicas,
cinemas populares em todo o país. Ademais, tais espaços não cobrarão entrada do público, para que
todos os brasileiros tenham, por fim, acesso igualitário dos cinemas construídos.”

Redação nota 980


“O sucesso, no Brasil, da plataforma de 'streaming" Netflix é uma evidência da busca da população
pelo acesso ás películas cinematográficas. Nesse sentido, tendo em vista que a sétima arte é uma
importante via de produção cultural, a difusão de salas de cinema pelo pais é essencial. Entretanto, a
predominância de cinemas em espaços elitizados e o alto preço da sessão, dificultam a democratização
da presença popular nesse meio.

Inicialmente, é notória a segregação socioespacial como um fator de exclusão de grande parte da


população brasileira do cinema. Assim, ao observar o processo de urbanização brasileiro, ocorrido
durante a Era Vargas, é possível identificar a formação de favelas e periferias isoladas dos centros
culturais. Desse modo, como consequência desse processo, ainda hoje, a massa popular se encontra
fisicamente distante dos cinemas e com dificuldade de chegar a esse ambiente. Além disso, essa
segregação é marcante em regiões mais isoladas, como são as populações ribeirinhas do Amazonas,
que dificilmente têm acesso aos locais onde há cinema.

Ademais, o custo de assistir a um filme no cinema é outro obstáculo para a inclusão popular nesse
local. Os filósofos da Escola de Frankfurt teorizam a Indústria Cultural como um processo no qual a
cultura se torna um produto que é vendido a alto preço. Nesse contexto, está incluído o universo
cinematográfico, que, ao se tornar parte de uma grande indústria, elevou as custas do ingresso de
cinema. Tal fato é visível em Hollywood, o local onde são produzidos os maiores filmes da atualidade,
que esbanja luzo pago pelo consumidor final da obra, excluindo a população de baixa renda, pois
encarece a entrada.

Portanto, a respeito da exclusão espacial e financeira no acesso ao cinema, medidas devem ser
tomadas. Portanto, o Governo deve promover em parceria com a iniciativa privada a implantação de
salas de cinema em localidades afastadas, visto que o deslocamento sazonal da população é mais
complicada por intermédio de subsídios e isenção fiscal, para que possam haver salas de fácil acesso
em todo o país. Além disso, o Ministério do Desenvolvimento Social deve ampliar programas de
financiamento culturas, a exemplo do Bolsa Livro, a sétima arte, a fim de que a falta de dinheiro não
impeça a população pobre de usufruir de filmes.”

Redação nota 980.


“No Governo JK, iniciou-se a construção de demasiadas rodovias no país. Por conseguinte,
facilitou-se o êxodo rural, de modo a intensificar a urbanização brasileira. Todavia, o acesso ao
entretenimento - como os cinemas - não acompanhou o crescimento das cidades. Nessa conjuntura,
surge a necessidade de democratização do acesso ao lazer cinematográfico no Brasil. Isso, pois, os
preços dos ingressos são abusivos e, consequentemente, ocorre uma elitização desse entretenimento
na nação.

Em primeiro plano, sabe-se que a democratização do acesso aos cinemas é dificultada pelo altos
preços dos ingressos no Brasil. Nesse contexto, é pertinente referenciar que, de acordo com Walter
Benjamin, a industrialização da cultura tem, como benefício, a democratização da informação. Diante
disso, infere-se que o cinema deveria levar informação lúdica à sociedade como um todo, conforme o
relatado pelo pensador da Escola de Frankfurt. Entretanto, com os elevados custos, as camadas
desfavorecidas economicamente são impedidas de ter acesso a esse entretenimento. Logo, urge que
medidas sejam tomadas para efetivar esse processo democrático.

Ademais, observa-se que - em decorrência dessa gentrificação - ocorre uma elitização do lazer no
país. Frente a isso, é cabível lembrar que, segundo Aristóteles, os políticos devem governar de modo a
promover o equilíbrio e a felicidade da sociedade. Então, a negligência do Estado quanto a esse
processo democrático revela que ele não está cumprindo com seu dever ensinado pelo filósofo
clássico. Dessa maneira, promove-se um desequilíbrio social no Brasil. Em decorrência disso, camadas
privilegiadas da população têm pleno acesso ao lazer cinematográfico, enquanto as marginalizadas
recorrem à pirataria, por exemplo. Diante do exposto, conclui-se, então, que é dever do Governo
Federal resolver esse impasse, a fim de estabelecer o equilíbrio social e a felicidade na sociedade
brasileira.

Portanto, é imprescindível que haja a democratização do acesso aos cinemas no Brasil. Para isso,
o Governo Federal deve promover políticas públicas de inclusão social, por meio da implementação
de um sistema análogo a cotas sociais nos cinemas. Nele, pessoas de baixa renda terão acesso a
ingressos com preços mais acessíveis em qualquer dia da semana. Além disso, o Estado deve promover
incentivos fiscais aos cinemas, para que eles atuem nesse sistema sem serem prejudicados. Isso será
feito a fim de acabar com a elitização desse entretenimento e de promover o equilíbrio social, já que,
dessa forma, todas as classes sociais terão acesso a esse lazer.”

Redação nota 980.


“Ocorrida primariamente no século XIX, a segunda fase da Revolução Industrial proporcionou à
humanidade a invenção de novas tecnologias que revolucionaram a vida da população global, como o
automóvel, o rádio, o telefone e o cinematógrafo. Entretanto, essa mudança supostamente mundial
não foi completamente vivenciada no Brasil, já que, hodiernamente, se presencia a falta de
democratização do acesso ao cinema. Esse panorama é originado, principalmente, por aspectos
espaciais e inconstitucionais.

Primeiramente, é válido destacar que a segregação socioespacial, advinda da gentrificação,


configura como obstáculo à democratização supracitada. Esse fenômeno geográfico é caracterizado
pela valorização das áreas centrais das grandes cidades e atração de grandes estabelecimentos
comerciais para elas, com consequente expulsão da população pobre que antes habitava a região.
Nesse sentido, a retirada desse estrato social em direção às áreas marginais dos municípios impede o
acesso dele aos cinemas, uma vez que esses privilegiam as áreas de maior poder aquisitivo dos grandes
centros urbanos brasileiros. Faz-se necessária, então, uma parceria público-privada que leve o cinema
a essas localidades periféricas.

Outrossim, é inevitável ressaltar o aspecto inconstitucional que permeia a problemática. Nessa


perspectiva, pode-se relacionar a realidade nacional com o conceito de Cidadania de Papel, do escritor
Gilberto Aldenstein**, que versa sobre o descumprimenro, por parte do Estado, na garantia dos
direitos de parcela da população. A partir dessa ótica, inúmeros são os ‘’cidadãos de papel’’ no Brasil,
já que o direito ao acesso às diversas manifestações culturais, assegurado pela Constituição de 1988,
é negligenciado, pois o acesso ao cinema, uma expressão cultural, não é democrático no Brasil.

Portanto, é mister a intervenção estatal para mitigar as causas espaciais e inconstitucionais do


problema. Dessa forma, o Estado deve facilitar a entrada do cinema nas regiões marginais dos grandes
centros, por meio de uma parceria público-privada em que o primeiro oferece benefícios fiscais e
incentivos à instalação do segundo em tais áreas, com o fito de promover o acesso igualitário das
diferentes partes dos centros urbanos à ‘’sétima arte’’. Assim, a Constituição será respeitada e a
democratização desse elemento criado na segunda fase da Revolução Industrial, concretizada.”

Agradecemos a todos os alunos da 68 que


forneceram os dados para que fosse possível o
desenvolvimento deste documento, e
principalmente aos que ajudaram no processo
de elaboração. Muito Obrigado!

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