Você está na página 1de 54

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS

PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
COORDENAÇÃO DE PROGRAMAS E PROJETOS
SISTEMA INTEGRADO DE BIBLIOTECAS REGIONAIS

DIAMARA RAQUEL DA SILVA ROCHA


JOSIENE RIBEIRO LEMES

TI VERDE : O IMPACTO DA MIGRAÇÃO DE DOCUMENTOS


IMPRESSOS PARA O MEIO DIGITAL EM UM ALMOXARIFADO DE UMA
EMPRESA SUCROALCOOLEIRA

GOIANÉSIA
2023
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS
SISTEMA INTEGRADO DE BIBLIOTECAS REGIONAIS

DIAMARA RAQUEL DA SILVA ROCHA


JOSIENE RIBEIRO LEMES

TI VERDE: O IMPACTO DA MIGRAÇÃO DE DOCUMENTOS


IMPRESSOS PARA O MEIO DIGITAL EM UM ALMOXARIFADO DE UMA
EMPRESA SUCROALCOOLEIRA

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado como exigência parcial para
obtenção de título de Bacharel em
Administração, pela Universidade Estadual
de Goiás – Campus de Goianésia.
Professor Orientador: Esp. César
Augusto da Silva.

GOIANÉSIA
2023
P58g DIAMARA, Rocha; JOSIENE, Lemes.
TI VERDE: O impacto da migração de documentos impressos para o meio digital em um
almoxarifado de uma empresa sucroalcooleira. Goianésia-GO, 2023.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência parcial para obtenção


de título de Bacharel em Administração, pela Universidade Estadual de Goiás –
Campus de Goianésia.
Professor orientador: Prof. Esp. César Augusto da Silva

1. Normas da ABNT. 2. Trabalhos acadêmicos – formatação. 3


DIAMARA RAQUEL DA SILVA ROCHA
JOSIENE RIBEIRO LEMES

TI VERDE: O IMPACTO DA MIGRAÇÃO DE DOCUMENTOS


IMPRESSOS PARA O MEIO DIGITAL EM UM ALMOXARIFADO DE UMA
EMPRESA SUCROALCOOLEIRA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


como exigência parcial para obtenção de título
de Bacharel em Administração, pela
Universidade Estadual de Goiás – Campus de
Goianésia.

Aprovado em ____, de ________, de 2023, pela Banca Examinadora constituída pelos


professores:

____________________________________
César Augusto da Silva – Orientador
Especialista em Eng. de Segurança do Trabalho
Uni Araguaia

____________________________________
Ketlen Munique da Cruz Silva Ferreira – Avaliador
Especialista em Gestão de Pessoas com Ênfase em Educação Corporativa
Universidade Estadual de Goiás

____________________________________
Nilton Ângelo de Moura– Avaliador
Especialização em Gestão Empresarial
Universidade Estadual de Goiás

GOIANÉSIA
2022
AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradecemos a Deus, pois sem ele não seria possível a conclusão
desse curso, agradecemos também a Ele por todo conhecimento, oportunidades, pessoas
e dificuldades que encontramos durante esta jornada, e por estar sempre ao nosso lado.
Aos nossos familiares e amigos pelo apoio e incentivo durante esse processo.
Ao Professor César Augusto, pela paciência e incentivo durante as orientações
para a construção desta monografia, sem o seu apoio sei que a conclusão não seria
possível. A todos os professores do curso, somos verdadeiramente gratas a cada um pelo
apoio, compreensão e ensinamentos durante esta caminhada.
Por fim, as pessoas especiais que encontramos pelo caminho e que de alguma
forma nos ajudou, com uma palestra, um conselho, uma conversa ou uma simples
palavra amiga.
“A humanidade não precisa
voltar a andar de carroça para evitar a
destruição dos recursos naturais, basta
Mudar um pouco os hábitos atuais de
desperdício e substituir as tecnologias
poluentes.”

(George Woodwell)
RESUMO

O grande foco das empresas atualmente é buscar formas de se adaptar as ações e


compromissos socioambiental, pois nota-se a importância da discussão sobre o tema
sustentabilidade que vem apresentando no cenário nacional e internacional, e o quanto
impacta positivamente a imagem da empresa com relação ao mercado em frente aos
clientes, parceiros e concorrentes. Tendo isso em consideração nota se também o quanto
a revolução tecnológica tem agravado a degradação do nosso planeta, onde hoje temos
uma sociedade com grande aumento no consumismo dos recursos e gerando assim o
desperdício. A TI Verde surge então com o objetivo de alinhar de forma sustentável o
uso da TI dentro das organizações com ações práticas usadas para promover a redução
do desperdício e impactos ambientais causados pela área do TI. Para a realização deste
estudo foi realizado a pesquisa bibliográfica qualitativa na busca de apresentar conceitos
relacionados ao tema, também foi realizado e um estudo de caso na área do
Almoxarifado de uma empresa sucroalcooleira do estado de Goiás, através de uma
pesquisa local e a aplicação de um questionário. Frente a necessidade de compreender o
papel da TI Verde com relação a sustentabilidade dentro das empresas, este estudo tem
o objetivo de averiguar a viabilidade da migração do método de armazenamento de
documentos físicos para o meio digital na área de Almoxarifado da empresa avaliando
os impactos trazidos com a metodologia de trabalho.

Palavras-chave: TI Verde; sustentabilidade; consumismo; desperdício de recursos.


ABSTRACT

The big focus of companies today is to seek ways to adapt to the actions and socio-
environmental commitments, because it is noted the importance of the discussion on the
sustainability issue that has been presenting in the national and international scene, and
how much it positively impacts the company's image with respect to the market in front
of customers, partners and competitors. Taking this into consideration, one can also
notice how the technological revolution has aggravated the degradation of our planet,
where today we have a society with a great increase in the consumption of resources,
thus generating waste. Green IT arises then with the objective of aligning in a
sustainable way the use of IT inside the organizations with practical actions used to
promote the reduction of waste and environmental impacts caused by the IT area. To
carry out this study, a qualitative bibliographic research was performed in order to
present concepts related to the theme. A case study was also performed in the
warehouse area of a sugar and alcohol company in the state of Goiás, through a local
survey and the application of a questionnaire. Faced with the need to understand the role
of Green IT in relation to sustainability within companies, this study aims to investigate
the feasibility of migrating the method of storing physical documents to the digital
environment in the company's warehouse area, evaluating the impacts brought about by
the work methodology.

Keywords: Green IT; sustainability; consumerism; waste of resources.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Tripé da Sustentabilidade............................................................................


Figura 2 - Armazenamento de Fichas..........................................................................
Figura 3 - Armário MDF..............................................................................................
Figura 4 - Campanha "Impressão Consciente"............................................................
Figura 5 - Relatório PaperCut......................................................................................
Figura 6 - Docusign - Adicionar destinatário...............................................................
LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Principais práticas de TI Verde.................................................................


LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Quanto a importância da Sustentabilidade...............................................


Gráfico 2 - Quanto as ações sustentáveis na empresa..................................................
Gráfico 3 - Quanto conhecimento das práticas de TI VERDE....................................
Gráfico 4 - Quanto as ações de TI VERDE praticadas na empresa.............................
Gráfico 5 - Quanto ao método de guarda dos documentos..........................................
Gráfico 6 - Quanto aos benefícios da substituição do método de trabalho..................
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

BRACELPA- Associação Brasileira de Celulose e Papel


CO2- Dióxido de Carbono
CONARQ- Conselho Nacional de Arquivos
EPIS- Equipamento de proteção individual
ERP-RM- Enterprise Resource Planning para o português Planejamento dos
Recursos da Empresa
GED- Gerenciador Eletrônico de Documentos
ISO- International Organization for Standardization (Organização Internacional
para Padronização)
MDF- Medium Density Fiberboard ou, em português, chapa de fibra de madeira
de média densidade
PDF- Portable Document Format para o português Formato Portátil de Documento
TI- Tecnologia da Informação
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................

1.1 PROBLEMA.......................................................................................................

1.2 Objetivos.............................................................................................................

1.2.1 Objetivo Geral....................................................................................................

1.2.2 Objetivos Específicos.........................................................................................

1.3 JUSTIFICATIVA................................................................................................

1.4 HIPÓTESE DA PESQUISA...............................................................................

1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO........................................................................

1.6 METODOLOGIA...............................................................................................

2. REFERENCIAL TEÓRICO..................................................................................

2.1 Sustentabilidade..................................................................................................

2.1.1 Conceito de sustentabilidade.............................................................................

2.1.2 O papel da sustentabilidade no ambiente empresarial...................................

2.2 TI VERDE...........................................................................................................

2.2.1 Conceito de ti verde............................................................................................

2.2.2 O papel da ti verde no ambiente empresarial..................................................

2.2.3 A ti verde como estratégia empresarial............................................................

2.3 GESTÃO DE DOCUMENTOS..........................................................................

2.4 GESTÃO DA INFORMAÇÃO..........................................................................

3. ESTRATÉGIAS DA TI VERDE QUE VIABILIZEM A


SUBSTITUIÇÃO DO MÉTODO DE TRABALHO............................................................

3.1 DESAFIOS E ESTRATÉGIAS PARA ADOÇÃO DA TI VERDE...................

3.1.1 Uso racional do papel e impressão....................................................................

3.1.2 Virtualização.......................................................................................................

3.1.3 Gerenciador eletrônico de documentos............................................................


3.2 OS POSSIVEIS IMPACTOS PARA AS ORGANIZAÇÕES COM A
ALTERAÇÃO DA METODOLOGIA DE TRABALHO....................................................

4. ESTUDO DE CASO (EMPRESA SUCROALCOOLEIRA DO ESTADO


DE GOIÁS)..............................................................................................................................

4.1 Apresentação da área de estudo..........................................................................

4.2 APRESENTAÇÃO DAS INICIATIVAS E PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS


DENTRO DA ÁREA DE ALMOXARIFADO DENTRO DA EMPRESA........................

4.3 Método de trabalho atual.....................................................................................

4.4 Apresentação da ferramenta de assinatura digital...............................................

4.5 Custos para Implementação do Sistema..............................................................

5. RESULTADOS........................................................................................................

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................

Referências...................................................................................................................
INTRODUÇÃO

Estamos vivenciando um período em que as tecnologias se tornaram uma de


nossas maiores aliadas no dia a dia, tanto na vida profissional quanto pessoal. Apesar
desta causar impactos negativos como o crescimento da quantidade de lixos eletrônicos,
ela também proporciona diversos benefícios a humanidade e ao meio ambiente quando
gerenciadas de forma correta.

Nota-se também uma crescente preocupação mundial com relação ás


questões ambientais, a forma como o ser humano tem explorado esses
recursos, no Relatório de Brundtland1 , documento elaborado em 1987 com
a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, tem uma
das definições mais utilizada sobre o desenvolvimento sustentável como “o
desenvolvimento que satisfaz às necessidades presentes, sem comprometer
a capacidade das gerações futuras em suprir suas próprias necessidades”
(NOSSO FUTURO COMUM, 1991, p. 9).

Os avanços tecnológicos ao mesmo tempo que contribui para a modernidade e


melhoria de vida estão relacionados de maneira significativa com os problemas
ambientais, tais como: elevado consumo de energia elétrica e emissão de CO2 na
atmosfera, descarte irregular de equipamentos de tecnologia.
Com isso grandes empresas de TI têm demonstrado interesse em diminuir os
impactos negativos que as tecnologias podem causar ao meio ambiente trazendo
práticas a serem adotadas pelas organizações, que são as ações de Green IT (TI Verde).
Que é definida por (PHELIPE, 2010 apud PINTO; SAVOINE, 2011, p. 6) como “o
conjunto de práticas capazes de garantir que a atividade da empresa gere menor impacto
ambiental, o que provê uma boa reputação socioambiental à empresa”.
Segundo o proposto na Agenda Sustentável (2009 apud SILVA, 2009), a TI
Verde é o conjunto de práticas que visam colaborar para que o uso da computação seja
mais sustentável e menos prejudicial, reduzindo custos e malefícios ao meio ambiente,
seguindo com o desenvolvimento de novas tecnologias, mas, sobretudo, promovendo
um futuro sustentável.
A tecnologia da informação vem estabelecendo várias práticas com o objetivo de
reduzir efeitos maléficos no meio ambiente, essas práticas podem ser usadas como
marketing, economia de energia e geração de lucros, entre outras vantagens. Para a
abordagem do tema serão levados em consideração questões relacionadas as ações que
podem ser usadas dentro de empresas para diminuir os impactos negativos que as
tecnologias podem trazer, tendo como principal foco implementação de práticas do dia a
dia dentro das organizações para a diminuição do uso de papel, pois apesar de hoje
estarmos numa era tão tecnológica muitas empresas ainda tem o hábito do consumo
inconsciente e desperdício deste por falta de conhecimento do que os sistemas
tecnológicos podem fazer de um jeito mais simples fácil e com menor custo.

1. PROBLEMA

Pode se perceber que a conscientização para a redução e o desperdício do uso de


papéis é algo que vem sendo questionado mundialmente, estimular a redução do uso
deste pode trazer grandes benefícios não só para a empresa, mas também para a
natureza, promovendo a sustentabilidade e responsabilidade ambiental, além disso
influência de forma positiva a competitividade, pois pilhas de papel nas empresas hoje
demonstra uma forma de gestão bem ultrapassada.
Diante disso, a mudança da metodologia na gestão de documentos físicos para o
meio digital pode ser alternativa financeiramente viável para a empresa?

1.2 OBJETIVOS

O objetivo principal nesse projeto é averiguar estratégias de TI Verde que


viabilizem formas de minimizar os impactos causados pelo consumo excessivo de papel
e consequentemente analisar como seria a implementação destas práticas, se os custos
seriam mais viáveis a curto, médio ou longo prazo e quais seriam os benefícios que
estas poderiam trazer à empresa e ao meio ambiente.

1.2.1 Objetivo Geral

Averiguar a viabilidade da migração do método de armazenagem de documentos


físicos para o meio digital na área de almoxarifado da empresa, avaliando os impactos
trazidos com a alteração da metodologia de trabalho.

1.2.2 Objetivos Específicos

● Entender a diferença da gestão de documentos e gestão da informação;


● Analisar os custos com a migração de documentos físicos para o ambiente
digital da empresa;
● Apontar estratégias da TI verde que viabilizem a substituição do método do
trabalho.

1.3 JUSTIFICATIVA

Devido a rotina de trabalho e os procedimentos administrativos analisados no


almoxarifado de uma empresa sucroalcooleira do estado de Goiás foi possível notar o
quão grande é o consumo e custo relacionados ao do uso de papéis para atender às
demandas diárias de controle e organização de estoque.
Paralelo a isso pode-se também observar a crescente preocupação que a empresa
tem demonstrado com os impactos que o uso exagerado de papéis causa ao meio
ambiente.
Com o surgimento da Tecnologia da Informação Verde (TI Verde) é possível
implementar práticas sustentáveis que contribuem diretamente com a preservação do
meio ambiente, a exemplo disso tem-se a migração de documentos impressos para o
meio digital, que promove a redução de custos e o incentivo aos profissionais de TI na
busca por práticas benéficas não só para a empresa, mas também à natureza.

1.4 HIPÓTESE DA PESQUISA

A mudança de metodologia na gestão de documentos do meio físico para o


digital gera uma economia financeira que justifique a alteração do procedimento. Se
uma empresa optar por adotar a prática simples de treinar os funcionários para reduzir o
consumo de papel, é uma opção mais viável e menos onerosa do que implementar
práticas de TI verde.
Com a implementação de práticas de TI verde em uma empresa não há
necessidade de incorrer no custo de treinamento dos funcionários que serão diretamente
afetados por essa mudança.
1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO

Para melhor abordar o tema, este trabalho está estruturado em sete capítulos; o
primeiro é a Introdução onde apresentamos nossa pesquisa com os objetivos,
justificativa, hipótese, e metodologia utilizada, o terceiro segue o referencial teórico
onde é apresentado surgimento, a evolução e a importância das ações de TI Verde
dentro das organizações.
O terceiro capítulo é composto por estratégias e desafios para a adoção de TI
verde dentro das empresas, já o quarto consiste em um estudo de caso dentro da área do
almoxarifado de uma empresa sucroalcooleira do estado de Goiás, apresentando os
dados colhidos na empresa a fim de analisar a possibilidade da implementação de
práticas de TI verde para a redução do uso de papéis focando na possível redução de
custos, e habituar os colaboradores a usar práticas benéficas causando impactos
positivos tanto para a empresa quanto para o meio ambiente.
No quinto capítulo estão apresentados os resultados obtidos com o estudo de
caso. Por fim, conclui-se que com as considerações finais da pesquisa no sétimo
capítulo com as referências utilizadas para a elaboração da pesquisa.

1.6 METODOLOGIA

O presente trabalho pode ser definido como pesquisa bibliográfica qualitativa,


pois inclui em seu processo de construção teórica livros, artigos e outros trabalhos
científicos. Voltados a temática TI Verde, na busca de compreender sua definição,
processos e impactos. Para Köche (2009, p. 122), “o objetivo da pesquisa bibliográfica,
portanto é de conhecer e analisar as principais contribuições teóricas existentes sobre
um determinado tema ou problema, tornando-se um instrumento indispensável para
qualquer tipo de pesquisa”.
No que se refere ao estudo de caso, trata-se de pesquisa para verificação dos
fatos que comprovam que a gestão eficiente de documentos é de grande importância
para as empresas.
Nesta etapa, será analisado o impacto da migração de documentos impressos
para o meio digital em um almoxarifado de uma empresa sucroalcooleira do estado de
Goiás. Através de pesquisa in loco e aplicação de questionários. Sobre o estudo de caso,
Gil (2008, p.37) evidencia que é: “o estudo profundo e exaustivo de um ou poucos
objetos, de maneira a permitir conhecimentos amplos e detalhados do mesmo”.
Quanto ao objetivo do estudo a pesquisa é também exploratória, pois visa
proporcionar familiaridade com o tema.

São finalidades da pesquisa exploratória proporcionar maiores informações


sobre o assunto que se vai investigar, facilitar a delimitação do tema da
pesquisa; orientar a fixação dos objetivos e a formulação das hipóteses ou
descobrir um novo tipo de enfoque para o assunto. (ANDRADE, 2002, p.
119).

A pesquisa foi desenvolvida com base no caráter qualitativo que conforme


afirma Pereira (1999, p. 21) “ocupa-se da investigação de eventos qualitativos, aqueles
representados por dados qualitativos com referenciais teóricos menos restritivos e com
maior oportunidade de manifestação para a subjetividade do pesquisador”. Assim, a
pesquisa qualitativa concede ao pesquisador uma maior liberdade de expressar sua
opinião decorrente de suas análises.
Portanto, a pesquisa objetiva gerar conhecimentos novos, úteis para o avanço da
ciência, sem uma aplicação prática prevista.
2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 SUSTENTABILIDADE

O grande progresso científico e tecnológico das últimas décadas ignorou a


ligação entre economia e ecologia, resultando em consequências negativas como a
degradação do meio ambiente do planeta. A diminuição dos estoques de recursos não
renováveis, o aumento dos resíduos sólidos e a redução do espaço de armazenamento
são exemplos das consequências do desenvolvimento não sustentável.

2.1.1 Conceito de sustentabilidade

O termo sustentabilidade surgiu da necessidade de se discutir a forma como as


sociedades exploram e usam os recursos naturais, e pensar alternativas para conservá-
los, evitando assim que se esgotem na natureza. A definição de sustentabilidade está
ligada ao conceito de desenvolvimento sustentável.
O conceito de desenvolvimento sustentável vem de um processo longo, contínuo
e complexo de reavaliação crítica da relação existente entre a sociedade civil com seu
meio natural, assumindo diversas abordagens e concepções. Apresentar progresso em
direção à sustentabilidade é uma escolha da sociedade, das organizações, das
comunidades e dos indivíduos, devendo existir um grande envolvimento de todos os
segmentos (BELLEN, 2005).
Conforme Claro, Claro e Amâncio (2008), o termo sustentabilidade está cada
vez mais presente no ambiente empresarial. Popularizou-se mundialmente a partir se
1987, quando foi utilizada pela comissão mundial sobre meio ambiente e
desenvolvimento das nações unidas em seu relatório “Nosso Futuro Comum” também
conhecido como Relatório Brundtland.
No Relatório, foi definido o conceito de Desenvolvimento Sustentável como
sendo aquele que atende as necessidades do presente, sem comprometer a possibilidade
de as gerações futuras atenderem as suas próprias necessidades. De acordo com o
Relatório Brundtland (COMISSÃO MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO, 1988, p. 49), o desenvolvimento sustentável deve ser
entendido como:
[...] um processo de transformação no qual a exploração dos
recursos, a direção dos investimentos, a orientação do desenvolvimento
tecnológico e a mudança institucional se harmonizam e reforçam o potencial
presente e futuro, a fim de atender as necessidades e aspirações humanas.

No que se refere a sustentabilidade é importante enfatizar sobre três aspectos


importantes acerca do assunto: pessoas, planeta e lucro, o que forma um tripé da
sustentabilidade. Estes conceitos devem se encontrar em equilíbrio, de modo que todos
se beneficiem. Assim os negócios devem gerar ganhos, estes lucros se transformarem
em benefícios as pessoas e impactar de maneira mínima o ambiente. Conforme figura 1,
abaixo.

Figura 1 - Tripé da Sustentabilidade

FONTE: Profissionais TI (2014)

Assim, Redclift (2006), destaca que é improvável que as gerações futuras


venham a ser iguais às gerações presentes em aspectos como necessidades, culturas,
comportamentos, entre outros. Seager (2008) afirma que a sustentabilidade e o
desenvolvimento sustentável ocorrem por meio da sucessão de diversos estados, em
oposição à preservação do status quo. Nesse sentido, as necessidades das gerações
atuais não são um problema, porém estimar as necessidades das gerações futuras seria
quase impossível. (MORRIS, 2012).

2.1.2 O papel da sustentabilidade no ambiente empresarial


É crescente a valorização das questões ambientais no segmento empresarial,
atendendo às novas exigências legais, de mercado e da sociedade em geral. O enfoque
econômico, antes preponderante no planejamento, vem sendo substituído por um
conceito mais amplo de desenvolvimento sustentável, no qual as metas de crescimento
estão associadas aos esforços de redução dos efeitos nocivos ao meio ambiente
(STROBEL et al., 2004).
Sobre sustentabilidade Mansur (2011), afirma:

A adequada sustentabilidade gera ao mesmo tempo saber profundo


do negócio, preservação ambiental, redução do custo unitário do produto ou
serviço produzido, maio produtividade, participação no mercado global e
lucro e captura de inteligência do mercado em prol do negócio (MANSUR,
2011, p. 161).

A sustentabilidade empresarial é uma estratégia que prega a organização dos


processos corporativos de modo que a empresa, ao produzir e entregar seus bens ou
serviços, não prejudique o meio ambiente e possa ainda crescer economicamente.
Aplicada à gestão empresarial, a sustentabilidade é comumente compreendida como
“um modelo de gestão de negócios que visa ao retorno (lucro) para os acionistas,
envolvendo o desenvolvimento econômico, a promoção social e a proteção dos recursos
naturais do planeta” (ELKINGTON, 1999, p. 397).

2.2 TI VERDE

O efeito negativo da TI na sustentabilidade ambiental e a relevância do tema


sustentabilidade estimulou o interesse da academia na realização de pesquisas sobre
essa temática (WATSON, BOUDREAU, & CHEN, 2010). Mais especificamente na
área de TI, esse movimento vem sendo referido como TI Verde (MOLLA et al., 2008),
um termo genérico para as medidas e atividades do departamento de TI das empresas
que visam contribuir para os objetivos orientados pela sustentabilidade empresarial e
pela responsabilidade social corporativa (SCHMIDT, EREK, KOLBE, &
ZARNEKOW, 2010).
Sobre a TI Verde Cavalcanti et al (2011), discorre:

A TI Verde é um tema que vem ganhando grande destaque em todo


o mundo devido à importância para os negócios, sociedade e futuro do
planeta. Esse conceito busca minimizar o desperdício e melhorar a eficiência
dos processos relacionados às Tecnologias da Informação e Comunicação.
(Cavalcanti et al., 2012, p. 1).
Ainda que a TI venha representando uma parte significativa dos problemas
ambientais, a abordagem chamada de TI-pelo-verde não considera mais a tecnologia
como uma razão para os problemas ambientais, mas sim como potencial solução (LOSS
et al., 2011).

2.2.1 Conceito de ti verde

O termo TI Verde, ou Green IT, ou mesmo Tecnologia da Informação Verde, é


uma expressão relativamente nova, utilizada com frequência pelo setor de tecnologia
para implantar a preocupação com recursos naturais, o meio ambiente e a
sustentabilidade como um todo. (FERREIRA, 2014).
Medeiros (2014), percebeu que a TI Verde, adquiriu para si, uma falsa
concepção, como algo que diz respeito única e exclusivamente a área da informática.
Esse entendimento deve-se, dentre outros fatores, ao desconhecimento dos empresários.
Em parte, porque o tema é novo, e apesar de haver inúmeros trabalhos, a respeito da
sustentabilidade, poucos chegam ao conhecimento e aplicação junto as empresas e ainda
menos se referem a TI Verde.
A TI verde não é um conceito bem definido nem um conjunto de práticas
uniformemente aceitas. Na linguagem dos executivos, a TI verde tem sido associada as
tecnologias e iniciativas para reduzir os custos de energia com as operações de TI.
(Rasmussen, 2011).
De acordo com Rose (2016), o conceito surgiu em 1980 nos Estados Unidos
quando os computadores pessoais começaram a ser comercializados, Rose alega que
mesmo naquela época já havia uma preocupação com o meio ambiente e que 70% do
impacto ambiental causado pela TI é devido a produção de equipamentos.
No entanto segundo Brayner (2013) o conceito surgiu em 2005 e com a rápida
evolução da tecnologia os equipamentos se tornam inúteis em um menor prazo de
tempo, aumentando assim a produção e o descarte das matérias eletrônicas.
Para Viaro (2011) TI Verde se define como:

TI Verde pode ser compreendida como um conjunto de estratégias,


práticas e políticas que envolvem sistemas de informação, infraestrutura em
TI, bem como a aquisição, uso e descarte de bens em TI, com o objetivo de
trazer resultados econômicos e ambientais para as organizações. (VIARO,
2011, p. 70).
Mansur (2011), defende que a TI verde é um cultural e não simplesmente
técnico, visto que a sociedade está imersa em tecnologia, sendo necessário repensar
posturas frente a esta realidade.
De maneira simplificada, a TI Verde propõe a utilização de práticas ambientais
corretas, considerando três pilares essenciais: a viabilidade econômica, a
responsabilidade social e os impactos ambientais. (BACHOUR, CHASTEEN, 2010).

● Lixo eletrônico

Outro problema que preocupa tanto empresas quanto a sociedade é o descarte de


equipamentos eletroeletrônicos obsoletos. Segundo Smaal (2009), o lixo eletrônico são
objetos eletrônicos que não estão em condições de serem aproveitadas, por exemplo, o
computador, celular, notebook, entre outros. Ainda afirma que os resíduos eletrônicos
representam 5% do lixo no planeta, significando 50 milhões de toneladas produzidas
pela população mundial. Só no Brasil, são produzidas 2,6 kg de lixo eletrônico por
habitante, sendo 10 milhões de computadores fabricados e 150 milhões de celulares e
baterias contendo componentes tóxicos.
Sobre o lixo eletrônico Costa (2012), discorre que:

O lixo eletrônico (ou e-lixo) é um termo designado para qualquer


equipamento eletrônico que perdeu a vida útil e, consequentemente, foi
descartado. Pode-se citar como exemplos um desktop, monitor, celular,
dentre outros. Outra possível semântica para o e-lixo é para todos os
equipamentos eletrônicos que não atingem o seu propósito original, ou seja,
um produto que não consegue mais satisfazer as necessidades do dono.
(COSTA, 2012, p.13).

Pinto (2009), afirma que quando surgem novas tecnologias, os aparelhos que se
possui, apresentam obsolescência ou já não é o melhor da linha. Assim, os aparelhos são
descartados antes do tempo útil. Empresas e consumidores querem adquirir produtos
modernos. O que impressiona é que, atualmente, computadores possuem sua vida útil
muito pequena.
Segundo Aguilar (2009), em menos de dois anos após ter adquirido um
computador o consumidor volta à loja a procura de máquinas com novas tecnologias e
maior capacidade de processamento. E assim, cada vez mais computadores são
substituídos facilmente.
2.2.2 O papel da ti verde no ambiente empresarial

No ambiente empresarial, repleto de todo dinamismo, a inovação tecnológica


passou a ocupar um lugar importante na agenda. As empresas enfrentam
dificuldades para se manterem atualizadas e competitivas, uma vez que os
avanços trazem produtos tecnológicos cada vez mais inovadores.
(HOLANDA; MOURA; MAHL, 2015).

Na Indústria de TI, tanto os fornecedores como os compradores têm notado a


importância de que eles deveriam incorporar os princípios da TI Verde para o
desenvolvimento de projeto, fabricação, operação e alienação de ativos de TI (MINES;
DAVIS, 2009). Pois a adesão de práticas de ti verde dentro das empresas traz grandes
resultados para o ambiente empresarial, pois atualmente o setor de TI tem sido um dos
grandes vilões com relação a sustentabilidade. Os benefícios da TI pode se perceber que
são muitos com relação aos avanços tecnológicos, mas também tem um peso muito
grande para a contribuição dos problemas ambientais, a partir daí surgiu então a ti
verde, para justamente diminuir esses impactos negativos e trazer práticas e soluções a
serem aplicadas dentro de ambientes organizacionais.

No processo decisório em torno das prioridades de investimentos em


tecnologia da informação, as empresas levam em conta fatores como:
utilidade dos recursos, intensidade da competição e as parcerias na
implantação dos recursos, serviços de manutenção/ atualização/ consultoria
tecnológica. (OLIVEIRA et al. 2014).

Devido ao conteúdo ainda escasso sobre o emprego de práticas de TI Verde nas


Empresas, por ser um tema novo o quadro 1, desenvolvido abaixo, baseia-se num
modelo conceitual estabelecido a partir da literatura, sobre as principais práticas
encontradas.

Quadro 1 - Principais práticas de TI Verde

Item Práticas de conscientização


Q. 1 Possui estratégias e políticas ambientais bem definidas.
Possui estratégias naturais e políticas para utilização de recursos
Q. 2
naturais (água, luz, papel)
Q. 3 Procura parceiros comerciais que tem preocupações ambientais.
Q. 4 Faz uso de vídeo conferências para reuniões.
Q. 5 Faz recomendações aos funcionários de como economizar energia.
Tem conhecimento sobre as tecnologias computacionais mais limpas
Q. 6
e eficientes existentes no mercado.
Q. 7 Participa de projetos ligados ao meio ambiente.
Q. 8 Controla custos com manutenção dos equipamentos computacionais.
Q. 9 Incentiva a reciclagem de produtos computacionais.
Fontes alternativas de energia
Q. Faz uso de fontes alternativas de energia.
10
Hardware
Q. Maximiza a vida útil dos seus produtos de informática.
11
Q. Adquire equipamentos computacionais que tenham selo verde de
12 qualidade.
Q. Faz aquisições tecnológicas levando em consideração a eficiência
13 energética.
Impressão
Q. Imprime apenas o que é realmente necessário para a atividade e para
14 o negócio.
Q. Adota o hábito de realizar impressões frente e verso.
15
Q. Controla a impressão de documentos feita pelos funcionários.
16
Desempenho organizacional
Q. Reduz custos (com papel, tonner, impressão, etc.)
17
Q. Aumenta os gastos com acesso à informação e comunicação (gastos
18 com internet, telefone...)
Práticas de conscientização
Q. Aumento de investimentos em tecnologia da informação (aquisição
19 de computadores/ notebookes, tablets, armazenamento na nuvem, etc.)
Q. Aumento da participação no mercado
20
Fonte: Lunardi, Simões e Frio, 2014.

A ti verde envolvem ações dentro das organizações desde o início com extração
de materiais até o descarte final, de acordo com o Green IT- Guide (2008) a TI Verde
pode ser definida também como o desenvolvimento de novas tecnologias que utilizam
de dispositivos que ofereçam menos riscos ao meio ambiente, e que influencia na
redução do consumo de energia e papel, reutilização de equipamentos e até mesmo a
reciclagem.
Portanto, a TI Verde pode gerar para a empresa, uma estratégia de
desenvolvimento sustentável através da redução do impacto ambiental e da
racionalização do processamento de transformação dos dados; utilização mais eficiente
de seus recursos com o objetivo de atender ou melhorar o desempenho de todas as
atividades (LAURA, 2009). As estratégias de ti verde quando adotadas de forma correta
tem o grande papel de levar o nome da organização como uma empresa que assume
compromissos com o meio ambiente trazendo um posicionamento positivo quanto ao
mercado com ações e iniciativas ética com relação a sociedade e a natureza, sendo
exemplo tanto para seus clientes, colaboradores e parceiros, trazendo um grande
diferencial com relação aos seus concorrentes.

2.2.3 A ti verde como estratégia empresarial

Diversos autores têm salientado as vantagens que uma organização tem por ser
considerada verde. Sendo os benefícios ambientais e financeiros os principais. A
importância de uma organização adotar a TI verde vai desde o aumento de sua
relevância no mercado até compromissos assumidos com o meio ambiente. Buscar a
sustentabilidade não significa abandonar o pensamento econômico. Até mesmo porque
a economia é direcionada para o problema de alocar recursos escassos, e recursos como
as energias livres de emissão de gases e os componentes eletroeletrônicos são
particularmente recursos escassos (WATSON, BODREAU e CHEN, 2010).
Uma gestão empresarial sustentável define quais as ações e as iniciativas que a
empresa irá tomar considerando a ética e o respeito ambiental. Organizações que não se
preocupam com a busca e a atualização de conhecimentos referentes a sustentabilidade
de suas atividades tendem a aumentar os custos de produção, em virtude dos
investimentos de capital e custos de operação, prejudicando o resultado financeiro da
organização (KIM & KO, 2010).
Além disso, outros fatores podem estimular o uso eficiente da TI, como a
concessão de incentivos fiscais a empresas que contribuem para o meio ambiente
investindo em tecnologias de produção limpas e eficiente e, portanto, mais sustentáveis
(WATSON et al, 2010).
Embora a adesão de práticas sustentáveis aplicadas à área de TI traga vários
benefícios às organizações, muitas vezes a sua adesão é causada pela pressão crescente
dos concorrentes, consumidores e grupos da comunidade para implantar práticas
empresariais sustentáveis (LADEIRA, COSTA e ARAUJO, 2009).
Os clientes também representam uma grande influência sobre os fornecedores
de produtos eletroeletrônicos, porque são eles que pagam o último custo de todo
consumo de energia. Além de focar nos custos de energia, alguns clientes se tornaram
ativistas da sustentabilidade como cidadãos, pressionando fornecedores e governos para
reduzir as emissões. No entanto, a concorrência e a pressão dos clientes por si só nem
sempre criam resultados que sejam do interesse da sociedade a longo prazo,
especialmente quando se tenta criar uma civilização sustentável. Portanto, em alguns
casos, os governos precisam intervir e emitir leis e regulamentos para mudar a base na
qual os fornecedores competem e direcionar o comportamento do consumidor na
direção desejada pela sociedade. No Brasil, por exemplo, foi aprovada no final de 2010
a lei estabelecendo critérios para coleta, reciclagem e descarte de eletrodomésticos,
eletroeletrônicos e componentes (IDG NOW, 2008; BRAUN, 2010).
As medidas tomadas irão promover e fortalecer a organização, além de dar
exemplo a todos que estão envolvidos nela: clientes, colaboradores, parceiros e
stakeholders. Todos esses são levados a mudar seus hábitos também, logo, inicia-se um
movimento social em prol da conscientização do meio ambiente a disseminação das
práticas adotadas pela organização.
Diferentes grupos ambientais também podem influenciar a inovação na área de
TI. Por exemplo, o Greenpeace apresenta relatórios regulares classificando fornecedores
de produtos elétricos e eletrônicos de acordo com seu impacto no meio ambiente. Além
de divulgar seu "ranking verde", a organização não governamental cobra pessoalmente
que as empresas sigam suas metas (IDG NEWS SERVICE, 2009). A pressão em cima
das empresas não se aplica apenas a reduzir as emissões de CO2, mas também à
aplicação de ações como eliminação de componentes químicos prejudiciais ao meio
ambiente, taxa de reciclagem, recolhimento de componentes, divulgação de informações
etc.

2.3 GESTÃO DE DOCUMENTOS

Independentemente de sua estrutura, finalidade, área de atuação, todas as


organizações produzem documentos arquivísticos para executar suas atividades e atingir
seus objetivos. Ou seja, é consenso que toda organização depende determinantemente
dos ativos informacionais para se manter estruturada e atuante. Entretanto, isso não
representa a garantia de que as informações serão adequadamente gerenciadas.
Segundo Ribeiro (2010),

A gestão documental significa a sobrevivência, competitividade de


uma instituição. Conduz à transparência das atividades, possibilitando a
governança e o controle das informações; documenta as atividades de
pesquisa, desenvolvimento, assegura, de forma eficiente, a produção,
administração, manutenção e destinação; eliminação dos documentos que não
tenham valor administrativo fiscal, legal ou para pesquisa científica e
histórica; assegura o uso adequado de processamento automatizado de dados;
contribui para o acesso e preservação dos documentos que fazem jus à guarda
permanente; faz com que a instituição reformule o seu fazer arquivísticos.
(RIBEIRO, 2010, p. 4).

Pela perspectiva apresentada acima, a existência, funcionamento e


desenvolvimento de toda organização baseia-se na informação orgânica, registrada nos
documentos arquivísticos. Significa afirmar que a sobrevivência de uma organização
depende da informação arquivística. Carvalho e Longo (2002) complementam que os
arquivos se constituem em centros ativos de informação e precisam estar devidamente
organizados e estruturados para atingirem seus objetivos, que são atender à
administração, evitar erros e repetições desnecessárias, produzir conhecimento para
assessorar as tomadas de decisão e dar continuidade aos trabalhos das instituições.
Carvalho e Longo (2002), inferem que:

Nesse novo cenário, as organizações encontrarão na informação, no


conhecimento e no planejamento, os elementos que irão direcionar suas
tomadas de decisão, uma vez que, quanto mais incertezas surgirem no
ambiente organizacional, maiores serão as dificuldades encontradas pelos
dirigentes para programar e rotinizar suas atividades, necessitando, assim,
que um maior número de informações sejam processadas em apoio de suas
tarefas. (CARVALHO e LONGO, 2002, p. 114).
A gestão de documentos arquivísticos (atividade primordial do arquivista),
pauta-se na aplicação de funções que promovem o controle das informações, desde sua
criação, até a destinação final.
A gestão documental é parte da gestão da informação e pode ser definida como
um conjunto de atividades documentais integradas com enfoque na informação
arquivística – contempla a informação orgânica e não orgânica – existente no ambiente
organizacional. A Lei Federal n° 8.159/1991 estabelece, no âmbito da administração
pública, que a gestão de documentos constitui-se no “[...] conjunto de procedimentos e
operações técnicas referentes à sua produção, tramitação, uso, avaliação e arquivamento
em fase corrente e intermediária, visando sua eliminação ou recolhimento para guarda
permanente”. Camargo e Bellotto (1996, p.5) definem gestão documental como um
“Conjunto de medidas e rotinas visando à racionalização e eficiência na criação,
tramitação, classificação, uso primário e avaliação de arquivos”.
A ISO 15.489-1 (2016 p.3) define gestão documental como sendo um:

[...] campo da gestão responsável pelo controle eficiente e sistemático da


produção, recepção, manutenção, uso e eliminação de documentos, incluindo
os processos de captação e manutenção de provas e informações sobre as
atividades de negócios e transações em forma de documentos.

Outras definições similares são apresentadas pelo CONARQ (2006,)


“Documentos produzidos e recebidos no decorrer das atividades de um órgão ou
entidade, independente do suporte em que se apresentam, registram suas políticas,
funções, procedimentos e decisões” ou “[...] conjunto de condições a serem cumpridas
pela organização produtora/ recebedora de documentos, pelo sistema de gestão
arquivística e pelos próprios documentos, a fim de garantir a sua confiabilidade e
autenticidade, assim como seu acesso”.

2.4 GESTÃO DA INFORMAÇÃO

Atualmente, um dos maiores desafios de um gestor é administrar de maneira


eficiente grandes volumes de informações em um empreendimento. Quando as
informações estratégicas ficam concentradas em apenas um profissional, o risco de uma
visão distorcida dos fatos é evidente.
DAVENPORT (2000, p.173) define o gerenciamento da informação como
processos, isto é, “conjunto estruturado de atividades que incluem o modo como as
empresas obtêm, distribuem e usam a informação e o conhecimento”.
Do ponto de vista da capacitação profissional, de acordo com Vieira (1990, p.
162), a figura do gestor de informação, do Chief Information Officer (CIO) - toma lugar
importante no contexto da área, trazendo características até então pouco discutidas no
âmbito da área de informação:
[...] o gerente de recursos informacionais é um estrategista, que deve
ter, portanto, a capacidade de captação, compreensão, análise crítica e
interpretação da realidade, dentro de uma perspectiva histórica, tal como essa
realidade se apresenta, sob a forma de eventos, notícias, ideias, dados ou
documentos. Esse gerente deve trabalhar dialeticamente os conteúdos de
análise e síntese, mediando a relação entre sua organização e o ambiente.
(VIEIRA, 1990, p. 162)

A literatura reporta variadas formas de gerenciar informações em uma


organização. MCGEE e PRUSAK (1994, p.114) formulam um modelo de processo de
gerenciamento de informação com foco no valor estratégico da informação, definido em
três tarefas: “identificação de necessidades e requisitos de informação; classificação e
armazenamento de informação, tratamento e apresentação da informação;
desenvolvimento de produtos e serviços de informação.”
DAVENPORT (2000) também relata que o fenômeno da gestão da informação
ocorre de forma processual, estabelecendo modelo ecológico para gerenciamento da
informação. Este modelo está sustentado no modelo holístico de pensar e quatro
atributos chave: integração de diversos tipos de informação; reconhecimento de
mudanças evolutivas; ênfase na observação e na descrição; ênfase no comportamento
pessoal e informacional.
De acordo com COSTA (2003), a informação é conhecida como matéria prima
para gerar o conhecimento.
3. ESTRATÉGIAS DA TI VERDE QUE VIABILIZEM A
SUBSTITUIÇÃO DO MÉTODO DE TRABALHO

Podemos perceber que ainda hoje com todos os recursos tecnológicos


disponíveis, muitas empresas não se adaptaram a sustentabilidade ambiental quando o
assunto é o uso exagerado de papéis. Mesmo com todos os benefícios que a TI pode
trazer as empresas estas ainda têm receio, geralmente pela falta de informações quanto
aos benefícios que a mudança de impressão de documentos físicos para documentos
digitalizados pode trazer. Pois pode trazer a redução de custos e mais credibilidade para
a organização, uma vez que mesas entulhadas de papéis e armário desorganizados não
passa a imagem de uma empresa organizada e sustentável.
Segundo Mattar (2002) as organizações que desejam o sucesso e querem se
manter competitivas não podem ignorar as características dos mercados. Para este autor,
atualmente pode se perceber que os consumidores passaram a exigir das empresas um
maior compromisso social, deste modo, as empresas, passaram do foco inicial no
produto (preço, qualidade, marca e atendimento ao consumidor), para o meio ambiente,
e por fim chegando à relação da empresa com os seus diversos públicos – os
denominados stakeholders (MATTAR, 2002).
Com as ações de TI verde reduzindo o uso de papel nas empresas, possível ter
ganhos consideráveis não só financeiramente, mas também a médio e longo prazo.
Usando apenas algumas ações pode-se fazer toda diferença ao meio ambiente.
Os custos de armazenamento vêm ficando mais em conta devido a proliferação de
tecnologias baseadas em nuvem e a adoção deste meio além de trazer a redução dos
custos com recursos e insumos, também diminui a problematização e a encontrar
espaços físicos para o armazenamento destes documentos, na hora da procura ser mais
fácil, pois será necessário apenas digitar o nome o que também traz uma maior
segurança com os dados.
Como exemplo de empresas que adotaram algumas dessas ações Yuri (2008),
apresenta casos reais de empresas brasileiras que adotaram as práticas da TI Verde
obtendo grandes resultados, dentre elas Yuri (2008) apresenta o Banco Real, que possui
um projeto para reduzir custos. Batizado como Blade PC, o projeto de substituição de
computadores gerou economia de 62% no consumo de energia elétrica e 75% de ar-
condicionado, e já eliminaram 400 mil folhas de papel por ano. Outra empresa foi a
Unilever, que também investe em sustentabilidade há mais de 10 anos, criou um
programa de consolidação do parque de impressoras e reduziu o número de
equipamentos em 60% e o volume de impressão caiu drasticamente.
Uma outra empresa que (YURI, 2008) apresentou foi a Fleury Medicina e
Saúde, que no ano de 2006 reduziu o consumo de papel em 6,1% e em 2007, 6,5%.
Desde 2007 esta empresa aderiu a uma nova forma de contratar fornecedores para a área
de TI. Uma das normas adotadas é dar prioridade a fornecedores que invistam em
projetos de reciclagens. Além destas, são muito as empresas que vêm adotando essas
práticas, pois além de contribuir para o futuro do planeta, empresas sustentáveis
possuem melhor reputação no mercado e frente aos seus concorrentes.

3.1 DESAFIOS E ESTRATÉGIAS PARA ADOÇÃO DA TI VERDE

Ainda hoje mesmo que não percebamos, os equipamentos de informática têm


um impacto significativo no meio ambiente, pois consomem muita eletricidade e
recursos naturais na fabricação, gerando impacto negativo quando são descartados. Por
isso, o conceito de TI verde se tornou cada vez mais importante, uma vez que reflete o
foco atual do mundo em tornar empresas, negócios e atividades econômicas mais
amigáveis ao meio ambiente.
Quando se fala em TI VERDE, alguns conceitos se vinculam: eficiência
energética e ambientalmente correto; planejamento e investimento em uma
infraestrutura tecnológica que sirva as necessidades de hoje, conservando recursos
necessários para gerações futuras (POLLACK, 2008).
Assim sendo, a tecnologia da informação (TI Verde) engloba a precaução com a
sustentabilidade no setor tecnológico. Nesse contexto pode-se destacar algumas práticas
preconizadas pela TI Verde, as quais consistem em economia de energia, virtualização
de servidores e desktop, videoconferência, economia de papel, digitalização de
documentos, descarte e reciclagem de equipamentos eletrônicos (PINTO & SAVOINE,
2011).

3.1.1 Uso racional do papel e impressão

Ainda hoje apesar das grandes contribuições das tecnologias para a redução dos
usos de documentos físicos, muitas organizações ainda têm o hábito do desperdício com
relação ao consumo de papéis. Segundo o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada, 2013), estima-se que, apenas com papel, haja um desperdício anual de quatro
mil folhas por servidor.
Em 2010, o setor tupiniquim era o 10º produtor mundial de papéis, com uma
produção de 10,3 milhões de toneladas no ano de 2012, segundo a BRACELPA -
Associação Brasileira de Celulose e Papel. Esse grande aumento na produção também
trouxe vários problemas como o aumento do desperdício, o uso incorreto deste material,
e a poluição do meio ambiente.
Na maior parte das empresas a iniciativa verde ou sustentável envolve além de
redução dos impactos ambientais, a diminuição de gastos com impressão de
documentos, a conscientização dos colaboradores, e a adequação de possíveis situações
oportunas que podem ser conseguidas além dessas, por exemplo lançando mão de
digitalização como afirmam (MOLLA et al. 2008, O’NEIL 2010, BOSE & LUO 2012).
Trata-se de um processo que visa à redução dos impactos em todas as fases do
ciclo de vida dos equipamentos eletrônicos, desde sua criação até o correto descarte,
com o término de sua vida útil (LASSU, Web, 2008). Alcançando consumidores,
empresas e organizações cientes da importância da utilização destes eletrônicos de
forma correta. Com relação ao uso exagerado de papéis têm se a ação de digitalização
de documentos para substituir os documentos físicos que vem trazendo grandes
resultados pois com economia gerada através da adoção dessa tecnologia pode chegar a
75%, devido à diminuição de despesas com espaço físico e procedimentos manuais
além disso reduz custos, aumenta a segurança das informações, otimiza o tempo e
diminui os impactos ambientais.
Não só as empresas têm aderido essas práticas de TI Verde, mas também órgãos
Governamentais como a Câmara dos Deputados. “Considerando o Plano de Logística
Sustentável da Câmara dos Deputados, aprovado pela Portaria nº 53, 22 de março de
2018. Art. 1º Fica instituída a Política de Impressão Sustentável no âmbito da Câmara
dos Deputados.
Parágrafo único. “A Política de Impressão Sustentável é parte integrante do tema
TI Verde do Plano de Logística Sustentável da Câmara dos Deputados.”
Segundo o plano de logística sustentável de acordo com o acompanhamento
dos benefícios que esta política trouxe foram citados estes que:

Em 2018, as metas de redução de impressões foram


alcançadas. O esforço conjunto de algumas áreas da Casa, possibilitou
a redução de mais de 200 equipamentos de impressão, gerando uma
economia de R$450 mil e a redução no número de páginas impressas,
comparando 2020 com 2019, foi de 70,7% e a redução no número de
impressoras instaladas foi de 27,3% para o mesmo período.

3.1.2 Virtualização

De acordo com FERREIRA (2009) o conceito de TI Verde ganhou força com


virtualização de servidores, tendência que aponta para equipamentos com menor
consumo de energia e gerenciamento da refrigeração mais simplificada.
A virtualização possibilita a criação de sistemas e operacionais virtuais em um
mesmo equipamento através das máquinas virtuais, utilizando da capacidade
computacional do equipamento quase que total.

3.1.3 Gerenciador eletrônico de documentos

Um sistema bastante utilizado nas empresas para o gerenciamento de


documentos é o GED (gerenciador eletrônico de documentos) é um sistema
computacional que possui um conjunto de cinco funcionalidades básicas, sendo essas:
captar, gerenciar, armazenar, distribuir e preservar a informação (TADANO, 2002).
A aplicabilidade de um sistema GED se adequa a organizações de qualquer setor
onde necessite de um gerenciamento adequado de documentos. As vantagens e
benefícios do sistema são muitos, dentre elas se destacam à redução de custos com
cópias, economia de espaço físico nos arquivos, maior velocidade na localização de
documentos e controle de acesso aos mesmos, maior agilidade no processo de tomada
de decisão acesso remoto para consultas e alterações, dentre outros (ARKIVUS, 2010).
Melville (2010) afirma que o uso ineficiente da TI, além de prejudicar o meio
ambiente, pode resultar em maiores custos desnecessários para a organização.

3.2 OS POSSIVEIS IMPACTOS PARA AS ORGANIZAÇÕES COM A


ALTERAÇÃO DA METODOLOGIA DE TRABALHO

As revoluções tecnológicas surgiram e através delas gerou na sociedade o


consumismo exagerado por “tendências”, que tem agravado ainda mais a degradação do
nosso planeta, e esse comportamento social de consumismo exagerado de recursos e
desperdício vem trazendo grandes problemas, ambientais, sociais e econômico.
Segundo Murugesan (2008) as tecnologias da informação vêm representando um
aumento significativo dos problemas ambientais que a sociedade se depara atualmente.
Diante disso, a organização tem como desafio gerenciar de forma inteligente a TI para
desenvolver um ambiente mais sustentável de acordo com as exigências do consumidor.
Às tecnologias da informação devido ao seu crescimento acelerado tem representado
parte significa do crescimento dos problemas ambientais, e a TI verde vem com o
objetivo de trazer soluções para estes problemas. Adotar práticas de TI Verde significa
planejar e investir através da adoção de meios sustentável atendendo as necessidades de
agora já pensando no futuro, preservando os recursos naturais e assim reduzindo custos
organizacionais.
A TI verde tem como objetivo contribuir para o futuro do planeta, em um
período de curto, médio ou longo prazo, o Green IT pode trazer diversos benefícios para
as organizações, alguns que podemos citar seria, diminuição do consumo de energia e
optar por menos produção de infraestrutura de servidores e gadgets que significaria
redução de custos e eficiência operacional.
Além disso as empresas hoje consideradas sustentáveis possuem melhor
reputação no mercado e com grande capacidade de atrair investidores, clientes, e até
mesmo a retenção de colaboradores, que se sentem mais confiantes e orgulhosos em
trabalhar em empresas renováveis.
Com o simples ato da implementação de ações na redução do uso de papel, pode
ter grande impacto na sustentabilidade. De acordo com dados da Embrapa, “produção
de 1 tonelada de papel consome 540 mil litros de água e causa um desmatamento de
cerca de 2 a 3 toneladas de madeira, sem contar o comprometimento da biodiversidade”.
Com as ações de automatizar processos, manter os documentos e informações
empresariais em nuvem e fazer uma Gestão Eletrônica de Documentos, é possível
minimizar o uso de papel e fazer com que toda a gestão de arquivos de um negócio seja
feita em ambiente digital reduzindo custos, consumo exagerado de recurso, trazendo
benefícios para o nosso planeta.
Através das ações de TI Verde diminui o uso desnecessário e o desperdício de
recursos com insumos, Softwares, energia e equipamentos. Investir no TI verde faz com
que a organização se torne um diferencial com relação aos seus concorrentes e seus
produtos e serviço seja mais atrativo para os clientes, pois aderindo estas ações as
organizações podem até mesmo conseguir obter certificações internacionais responsável
para medir impactos que negócios podem causar ao meio ambiente, que é o exemplo da
Iso 14001.
4. ESTUDO DE CASO (EMPRESA SUCROALCOOLEIRA DO ESTADO
DE GOIÁS)

4.1 APRESENTAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

Esta pesquisa contempla um estudo de caso em uma empresa sucroalcooleira


do estado de Goiás a qual trabalha com plantação da cana de açúcar, tendo dois
produtos principais, o álcool e o açúcar. Por questões jurídicas não foi permitido citar o
nome da empresa em questão, sendo permitido apenas apresentar os dados obtidos nos
levantamentos realizados. Portanto, a mesma será denominada como “Empresa
Privada”. O estudo de caso ocorreu em um de seus setores, o Almoxarifado EPIS, aonde
no momento atuam 5 funcionários, e contêm 3 impressoras. Para armazenamento a
empresa conta com 2 armários de MDF e 4 armários gaveteiros para a guardar
documentos impressos do setor, conforme imagem.
Figura 2 - Armazenamento de Fichas

FONTE: Org. Rocha e Lemes, 2022.


Este estudo tem como objetivo analisar as práticas de TI Verde já abordadas
dentro da empresa, analisar e propor a mudança do uso de documentos impressos por
documentos digitalizados no setor para assim trazer pontos positivos e possíveis
melhorias como redução de custos, redução de tempo na busca por documentos, e
liberação espaço, já que neste setor os armários com documentos acabam ocupando um
grande espaço que poderia ser usado para guardar outros utensílios e traz um ar de um
ambiente mais desorganizado. Veja imagens dos armários a seguir:
Figura 3 - Armário MDF

FONTE: Org. Rocha e Lemes, 2022.

4.2 APRESENTAÇÃO DAS INICIATIVAS E PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS


DENTRO DA ÁREA DE ALMOXARIFADO DENTRO DA EMPRESA.

No que se refere as práticas de TI Verde a empresa utiliza estratégias


comportamentais, como a utilização de adesivos da campanha “Impressão Consciente”,
presente em todas as impressoras da empresa com práticas simples que podem ser
utilizadas por todos os colaboradores.
Figura 4 - Campanha "Impressão Consciente"

FONTE: Org. Rocha e Lemes, 2022.


Além das orientações a empresa conta com um sistema de gerenciamento de
impressão que monitora todas as impressões e cópias. O software detalha todo o
impacto da impressão, a quantidade de arvores para se produzir o papel, gases liberados
na produção e a quantidade de energia usada para produzir. É um sistema de controle
individual que demonstra o gasto de folhas semanal e mensal e o custo final, como
podemos observar na figura 5.
Figura 5 - Relatório PaperCut

FONTE: Org. Rocha e Lemes, 2022.

O objetivo deste sistema é incentivar os colaboradores a utilizarem a impressão


de forma correta apenas quando houver a necessidade diminuindo assim o desperdício e
contribuindo de forma positiva com o meio ambiente e a redução de custos dentro da
empresa.
O monitoramento é realizado por setor e por usuário, onde cada setor possui um
saldo mensal e uma conta onde são debitadas as impressões. O orçamento mensal para o
setor analisado é de R$ 340,98 e cada impressão e cópia custa R$ 0,06 sendo possível
imprimir 5.683 folhas. Quando o saldo não é suficiente para finalizar o mês é possível
incrementar R$ 100,00 através de chamado aberto para o departamento de TI.
A manutenção das impressoras é realizada periodicamente por uma empresa
terceirizada que também fornece toners e cilindros como parte do contrato. O saldo de
cada setor é utilizado para pagamento da manutenção, sendo assim, a empresa estudada
arca apenas com o papel utilizado nos processos. São utilizadas mensalmente em média
15 resmas de papel A4 de 500 folhas, custando R$ 19,90 cada resma, totalizando R$
298,50. Considerando a quantidade de folhas utilizadas o custo mensal do almoxarifado
é em média R$ 739,48 para impressão.

4.3 MÉTODO DE TRABALHO ATUAL

Atualmente é utilizado no setor de almoxarifado da empresa o sistema ERP –


RM para gestão e fornecimento de EPIs, além de geração de fichas que comprovem os
empréstimos dos equipamentos de proteção para os colaboradores.
O colaborador se dirige até o almoxarifado com um número de requisição
gerado pelo setor responsável, no almoxarifado é efetuado a baixa no sistema e em
seguida é efetuado o lançamento do empréstimo na ficha do colaborador pelo do
sistema RM através da matrícula. O sistema gera um PDF com todas as informações a
respeito do empréstimo e essa ficha é impressa para conferência e coleta de assinatura
do colaborador, para comprovação jurídica de entrega de EPI.
Esse processo gera muitos documentos impressos que devem ser armazenados
posteriormente em espaços dedicados, causando acúmulo de papel e redução de
produtividade dos colaboradores envolvidos nas atividades.

4.4 APRESENTAÇÃO DA FERRAMENTA DE ASSINATURA DIGITAL

A assinatura eletrônica é uma das soluções pesquisadas para a redução de


documentos impressos e de espaço utilizado para armazenamento deles.
A assinatura eletrônica permite que documentos sejam assinados por meio
digital a partir de uma conta criada em uma plataforma contratada para este fim.
Existem hoje inúmeras plataformas de assinatura eletrônica.
A pesquisa realizada considerou a segurança dos documentos a serem assinados,
certificado digital que valida a assinatura das partes, além de custo e atendimento das
demandas de documentos a serem enviados para assinatura.
A plataforma que melhor atendeu os requisitos foi a DocuSign, essa plataforma é
acessível de qualquer lugar e em qualquer dispositivo, acessando através de uma conta
criada previamente é possível assinar eletronicamente qualquer tipo de documento.
No caso da empresa em questão utilizaremos assinatura presencial através de um
tablet para assinar as fichas de EPI evitando assim a impressão dos documentos.
Para realizar a assinatura presencial é necessário que o host se encontre
fisicamente com a pessoa e esteja em posse de um dispositivo, como um tablet, e neste
momento coletar a assinatura do colaborador.
Após gerar a ficha do colaborador no sistema RM o documento precisa ser
armazenado na máquina em formato PDF. O host precisa fazer login na conta Docusign
e após carregar o documento, precisa definir que assinatura será presencial, conforme
Figura 6

Figura 6 - Docusign - Adicionar destinatário

FONTE: Org. Rocha e Lemes, 2022.

Após escolhida opção “signatário presente” são apresentadas 3 opções, onde


serão inseridas o nome do signatário, nome e e-mail do anfitrião. Com todos os campos
preenchidos, podemos concluir a montagem do documento adicionando o campo para
assinatura e enviando o envelope. O host é notificado por e-mail ou no aplicativo e
clicando em analisar documento o site apresenta as instruções para a assinatura e
clicando no botão iniciar o tablet deve ser entregue ao colaborador para que este assine
o documento.
Após a assinatura do documento o colaborador terá a opção de receber uma
cópia do documento assinado, caso ele tenha um e-mail. Clicando em continuar a
plataforma pede que o dispositivo seja entregue ao host para que o processo seja
finalizado. Para autenticar a assinatura é preciso fazer login na conta Docusign,
validando assim a assinatura do colaborador. O documento assinado é mantido na
plataforma Docusign podendo ser visualizado ou baixado. O certificado de autenticação
é armazenado juntamente com cada documento assinado atestando a validade das
assinaturas. Os documentos ficam salvos na plataforma por 5 anos, podendo estender o
prazo.
A DocuSign oferece certificados digitais como parte de sua plataforma de
assinaturas, o que proporciona níveis mais altos de autenticação de identidade e
segurança de transação de documentos.

4.5 CUSTOS PARA IMPLEMENTAÇÃO DO SISTEMA

Para a implementação da mudança de método de trabalho será necessário um


investimento inicial para adquirir 3 tablets (um para cada almoxarifado) que serão
utilizados para assinatura, além do plano mensal para envio dos documentos. Os tablets
terão o custo total de R$ 4.497,00 e o plano mensal é personalizável para a necessidade
da empresa, com valores que variam de acordo com as funcionalidades e a quantidade
de documentos a serem enviados.
Inicialmente o plano que atende a empresa contempla o envio de cerca de 2.000
envelopes por mês com o valor de R$ 13.500,00, podendo ultrapassar a quantidade de
documentos enviados com o custo adicional de R$ 6,75 por envelope. O plano conta
com integração entre os sistemas já utilizados na empresa e treinamento completo para
administradores e para usuários finais, além de suporte empresarial.
5. RESULTADOS

Para finalizar o presente estudo de caso elaborou-se um questionário no Google


forms com seis questões de múltipla escolha, e uma dissertativa e foi solicitado que os
colaboradores da área respondessem. Essas perguntas têm como objetivo entender e
analisar o conhecimento e opinião destes sobre o uso da sustentabilidade dentro da
empresa.
As duas primeiras questões abordam sobre a importância da sustentabilidade
dentro de empresas e se a empresa onde atuam possuem práticas suficientes quanto
sustentabilidade, Veja abaixo os resultados:

Gráfico 1 - Quanto a importância da Sustentabilidade

Fonte: Elaborado pelos autores (2023).

Gráfico 2 - Quanto as ações sustentáveis na empresa

Fonte: Elaborado pelos autores (2023).


Como se vê nos gráficos acima quanto a acharem importante a sustentabilidade
80% colocaram a resposta sim como sendo importante a sustentabilidade para as
empresas e 20% talvez. Sobre serem suficientes as ações já praticadas na empresa onde
atuam 80% disseram que não e 20% como talvez.
Já as demais perguntas são voltadas para TI Verde a primeira é sobre o
conhecimento dos colaboradores com relações suas práticas e ações.
Como se pode perceber no gráfico abaixo apenas 40% já conhecem o termo TI
VERDE e 60% ainda não.

Gráfico 3 - Quanto conhecimento das práticas de TI VERDE

Fonte: Elaborado pelos autores (2023).

A quarta pergunta está relacionada as ações já praticadas dentro da empresa


quanto a Reciclagem, ficou em primeiro lugar algo que é muito positivo e segundo com
as mesmas porcentagens ficou o descarte correto de equipamentos e o trabalho remoto e
em terceira virtualização do servidor com 20%.

Gráfico 4 - Quanto as ações de TI VERDE praticadas na empresa

Fonte: Elaborado pelos autores (2023).


Quando perguntado sobre a importância da mudança do uso de documentos
digitalizados ao invés de impressos 80% trouxe como algo importante e positivo para a
empresa e 20% descreveram como talvez.

Gráfico 5 - Quanto ao método de guarda dos documentos

Fonte: Elaborado pelos autores (2023).

A sexta pergunta foi sobre os benefícios que seriam mais favoráveis a empresa,
com relação a substituição de documentos impressos por digitalizados, das três opções a
Produtividade (quanto ao tempo que os colaboradores gastam para a procura de
documentos quando solicitados) ficou em primeiro lugar com 60%, em seguida a
segurança na guarda dos documentos com 40%, a terceira opção colocada foi a redução
de custos, porém não teve nenhum voto.
Gráfico 6 - Quanto aos benefícios da substituição do método de trabalho

Fonte: Elaborado pelos autores (2023).


Quando perguntado sobre o conhecimento de algum sistema de assinatura
digital 4 pessoas responderam duas não tem conhecimento de nenhum sistema de
assinatura digital e duas disseram que sim citando o Docusign.

Você conhece algum sistema de assinatura digital, se sim qual?


4 respostas
1ª Sim. Docusign.
2ª Não
3ª Não
4ª Sim, Docusign.
Por fim, o estudo conclui que a implementação da assinatura eletrônica traria
grandes benefícios ao meio ambiente, aumento de produtividade, considerando o tempo
que é utilizado para manuseio do papel impresso que seria dedicado a outra atividade,
além de ganho em espaço físico, que poderia ser utilizado para outro fim. Porém teria
um custo elevado se comparado ao método atual.
Devido a questões financeiras e estratégicas a empresa decidiu não
implementar o método estudado no momento, optando por buscar outras tecnologias
para substituir o método atual de trabalho, visando não só a redução dos custos, mas
também o impacto negativo causado no meio ambiente.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A TI Verde, é um tema relativamente novo, agregou, para si, uma falsa


concepção, como algo que é, e diz respeito única e exclusivamente à área de
informática. Observa‐se, que a crescente popularização da tecnologia, aliada às
facilidades de consumo presentes nas classes econômicas emergentes contribuem para o
descontrole na produção de resíduos tecnológicos.
Esses resíduos têm se acumulado de forma desordenada prejudicando todo
ecossistema. Este fato, aliado ao crescente aumento no consumo de recursos energéticos
tem gerado preocupação não somente de parte de ambientalistas, mas também de
governos e da sociedade.
Entende‐se a concepção defendida por Mansur (2011), de que TI Verde é na
contemporaneidade um aspecto cultural e não simplesmente técnico. No entanto, a
análise dos dados da pesquisa demonstrou que longos esforços ainda são necessários
para que se tenham profissionais aptos ao desenvolvimento social, econômico e
ambiental de forma a suprir adequadamente a crescente demanda por sustentabilidade e
competitividade.
Nesse sentido, tanto a Educação Ambiental como as questões da
Sustentabilidade Ambiental necessitam de maior atenção, visto que para a construção de
um futuro promissor há que se considerar que a tecnologia, o meio ambiente e a
qualidade de vida estejam em harmonia. Longos esforços são necessários no preparo
docente para que esses venham a tratar adequadamente das questões aqui destacadas a
enfatizar: a TI Verde; a Educação Ambiental e a Sustentabilidade.
No que se refere ao estudo de caso realizado junto a uma empresa
sucroalcooleira do estado de Goiás, foi realizada pesquisa no setor do almoxarifado,
após questionário, análise e discussões como resultado, apesar dos pontos positivos
apontados na migração de documentos impressos para o digital, devido a questões
financeiras e estratégicas a empresa decidiu não implementar o método estudado no
momento, optando por buscar outras tecnologias para substituir o método atual de
trabalho, visando não só a redução dos custos, mas também o impacto negativo causado
no meio ambiente.
REFERÊNCIAS
AGUILAR, F. P. Tecnologia da Informação Verde: Uma abordagem sobre
investimentos e atitudes das empresas para tornar socialmente sustentável o meio
ambiente. Trabalho de Conclusão de Curso, FATEC, São Paulo, 2009. Disponível em:
http://www.fateczl.edu.br/TCC/2009-2/tcc-23.pdf.
ANDRADE, Maria M. Como preparar trabalhos para Cursos de pós-
graduação. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
BELLEN, H. M. V. Indicadores de sustentabilidade: uma análise comparativa.
1. ed. Rio de Janeiro : Editora FGV, 2005.
BOSE, Ranji; LUO, Xin Robert. Green IT adoption: a progress management
approach. International journal of accounting and information management, 2012.
63-77.
BRAUN, D. Lei de reciclagem muda de hábitos de empresas e consumidores.
PC World, 2010. Disponível em: http://pcworld.uol.com.br/noticias/2010/05/14/lei-de-
reciclagem-muda-de-habitos-de-empresas-e-consumidores/#rec:mcl. Acesso em: 14
outubro 2022.
BRAYNER, Flávio. TI Verde: Sustentabilidade na área da tecnologia da
informação. Profissionais TI, 2013. Disponível em:
http://www.profissionaisti.com.br/2013/08/ti-verde-sustentabilidade-na-area-da-
tecnologia-da-informacao. Acesso em: 06 Junho 2022.
CAMARA DOS DEPUTADOS. ECOCAMARA: T.I Verde. Disponível em:
https://www2.camara.leg.br/a-camara/estruturaadm/gestao-na-camara-dos-deputados/
responsabilidade-social-e-ambiental/ecocamara/pls-plano-de-logistica-sustentavel/areas-
tematicas/responsabilidade-social-1. Acesso em: 09 Dezembro 2022.
CAMARGO, Ana Maria de Almeida; BELLOTTO, Heloisa Liberalli.
Dicionário de terminologia arquivística. São Paulo: Associação dos Arquivistas
Brasileiros, 1996.
CARVALHO, E. L.; LONGO, R. M. J. Informação orgânica: recurso estratégico
para tomada de decisão pelos membros do Conselho de Administração da UEL,
Londrina, 2002. p. 113-133.
CAVALCANTE, Victor; ARAUJO, Beatriz; WALLY, José. TI Verde: Estudo
Conceitual e Análise das Iniciativas de TI Verde nas empresas de Fortaleza. XII
CONNEPI, 2012. Disponível em:
propi.ifto.edu.br/ocs/index.php/connepi/vii/paper/view/3689/967. Acesso em: 14
Dezembro 2022.
CHEN, A; BOUDREAU, M; WATSON, R. Information systems and ecological
sustainability. Journal of Systems and Information Technology, Sustainability and
Information Systems, 2008. P.186-201.
CLARO, P. B. O; CLARO, D. P; AMANCIO, R. Entendendo o conceito de
sustentabilidade nas organizações. Revista Administração (FEA – USP), São Paulo,
2008. p.289-300.
CONARQ. Modelo de requisitos para sistemas informatizados de gestão
arquivística de documentos. (E-ARQ Brasil), Brasília, 2006. 133p.
COSTA, Marília M. R. D. Procedimentos para aplicação de mapas
semânticos como estratégia para criação do conhecimento organizacional. [S.l.]:
Tese (Doutorado em Engenharia de Produção), Universidade Federal de Santa Catarina,
2003.
COSTA, V. TI Verde: um Estudo de Aplicações e Ferramentas do Mercado.
Dissertação (Graduação) Centro Paula Souza – Faculdade de Tecnologia de São
Paulo, São Paulo, 2012.
DAVENPORT, Thomas H. Ecologia da informação: porque só a tecnologia
não basta para sucesso na era da informação. São Paulo: Futura, 2000.
ELKINGTON, J. Cannibals with forks. Canada: New Society, 1999.
FERREIRA, Caio C. Introdução à gestão sustentável de TI: Estudo de caso. 2.
ed. [S.l.]: [S.n.], 2014.
GIL, Antônio C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas,
2008.
GREEN IT-GUIDE. Disponível em: http://www.cebit.de/greenit_d. Acesso em:
01 Setembro 2022.
HOLANDA, F. C. S. de; MOURA, T. G. Z.; MAHL, A. A. Fomento às
inovações nas micro e pequenas empresas - avaliação das empresas baianas sobre
editais de subvenção econômica. Navus - Revista de Gestão e Tecnologia,
Florianópolis-SC, 2015. p. 35-50. Disponível em:
http://navus.sc.senac.br/index.php/navus/article/view/201. Acesso em: 29 Novembro
2022.
IDG NEWS SERVICE. Dell, HP e Lenovo perdem posições em ranking 'verde'
do Greenpeace. Computerworld, 2009. Disponível em:
http://computerworld.uol.com.br/gestao/2009/03/31/dell-hp-e-lenovo-perdem-posicoes-
em-ranking-verde-do-greenpeace. Acesso em: 31 Outubro 2022.
IDG NOW. Câmara analisa Projeto com regras para descarte de lixo eletrônico.
PC World, 2008. Disponível em:
http://pcworld.uol.com.br/noticias/2008/01/29/camara-analisa-projeto-com-regras-para-
descarte-de-lixo-eletronico/#rec:mcl. Acesso em: 29 Novembro 2022.
IPEA. Melhores Práticas - Eficiência contra o desperdício na administração
pública., 2013. Disponível em: https://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?
option=com_content&view=article&id=2914&catid=40&Itemid=42. Acesso em: 2022.
ISO 15.489-1. Records management – part 1: general. ISO, Geneva, 2016.
KIM, Y.; KO, M. Identifying green IT leaders with financial and environmental
performance indicators. Proceedings of the Americas Conference on Information
Systems, , Lima, Peru, 2010.
KÖCHE, José C. Fundamentos de metodologia científica: teoria da ciência e
iniciação à pesquisa. 26. ed. Petropolis-RJ: Vozes, 2009.
LADEIRA, W; COSTA, J; ARAUJO, C. Green IT e o Processo de Produção de
Informação: Uma Análise das Atividades que Produzem Sustentabilidade Ambiental.
Anais do XXXIII ENANPAD, 2009.
LAURA, Fréderic. Optimisation et rationalisation de I`infrastructure de
stockage-pour um développement plus durable. Armazenamento verde: problemas e
fatores chave de 100 sucesso. Mastère (MSIT Executive. HEC) – Ecole Supérieure
des Mines de Paris: Management des Systèmes d`Information et des Technologies,
Paris, 2009.
LOSS, P. E. A. Green IT: a matter of business and information systems
engineering?. Business & Information systems Engineering, 2011.
LUNARDI, G. L.; SIMÕES, R; FRIO, R. S. TI Verde: uma análise dos
principais benefícios e práticas utilizadas pelas organizações. Revista Eletrônica de
Administração, 2014. p. 1-30.
MANSUR, Ricardo. Governança de TI Verde – O ouro verde da nova TI. 1.
ed. Rio de Janeiro: Ciencia Moderna, 2011.
MATTAR, Helio. Os novos desafios da Responsabilidade Social
Empresarial. São Paulo: Instituto Ethos Reflexão, São Paulo, ano 2, n.5, julho, 2002.,
2002.
MCGEE, James; PRUSAK, Laurence. Gerenciamento estratégico da
informação: aumente a competitividade e a eficiência de sua empresa utilizando a
informação como uma ferramenta estratégica. Rio de Janeiro: Campus, 1994.
MEDEIROS, Jonas D. TI Verde: educação ambiental e sustentabilidade no
ensino profissional e tecnologico. 1. ed. Curitiba, PR: CRV, 2014.
MELVILLE, N. Melville, N. (2010). IS innovation for environmental
sustainability. MIS Quarterly. 1-21.
MINES, Christopher; DAVIS, Euan. Topic overview: green IT. Disponível em:.
Acesso em: 15 Setembro 2022.
MOLLA, A E. A. E-readiness to G-readiness: developing a green information
technology readiness framework. Proceedings of the Australasian Conference on
Information Systems, Canterbury, Christchurch, New Zealand, 2008.
MORRIS, M. Sustainability: An Exercise in Futility. International Journal of
Business and Management, 2012. p. 36-44.
MURUGESAN, S. Harnessing green IT: principles and practices. IT
professional, 2008.
PEREIRA, Júlio C. R. Análise de dados qualitativos: estratégias
metodológicas para as ciências de saúde, humanas e sociais. 2. ed. São Paulo: Editora da
Universidade de São Paulo, 1999.
PINTO, F. N. TI Verde: Tecnologia sendo influenciada pelo meio ambiente.
São Paulo: [S.n.], 2009.
PINTO, T. M. da C; SAVAINE, M. M. Estudos sobre TI Verde e sua
aplicabilidade em Araguaina.. Revista científica da ITPA., 2011. p.11-12.
PLANO DE LOGÍSTICA SUSTENTÁVEL. PLS (2015-2016), 2015.
Disponível em: http://www.ifsp.edu.br/sustentavel/PLS-IFSP.php. Acesso em: 10
Agosto 2022.
POLLACK, T. A. Green and Sustainable Information Technology: A
foundation for students., ASCUE 2008 Procedins, 2008. p.63-72.
RASMUSSEN, N. Implementing energy efficient data centres. Schneider
Electric, 2011. Disponível em:
http://www.apcmedia.com/salestools/NRAN6LXSHX_R1_EN.pdf. Acesso em: 20
Outubro 2022.
REDCLIFT, M. R. Sustainable development (1987-2005) - an oxymoron comes
of age. Horizontes Antropológicos, 2006. p. 65-84.
RIBEIRO, M. L. Preservação do patrimônio documental do INPE: desafios e
soluções encontradas. CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUIVOLOGIA, Santos,
2010.
ROSE, Ricardo. A TI Verde: A TI (Tecnologia da Informação) tem um
significativo impacto ambiental. ADMINISTRADORES, 2016. Disponível em:
http://administradores.com.br/arthos/a-ti-verde. Acesso em: 01 Novembro 2022.
SCHMIDT, N. et al. Predictors of green IT adoption: implications from an
empirical investigation. Proceedings of the Americas Conference on Information
Systems, , Lima, Peru, , 2010.
SEAGER, T. P. The Sustainability Spectrum and the Sciences of Sustainability.
Business Strategy and the Environment, 2008. p. 444-53.
SILVA, T K. T.I. Verde – Um estudo de aplicações e impactos. 74f. Monografia
(Graduação) - Faculdade de Tecnologia da Zona Leste, São Paulo, 2009. Acesso em: 25
Outubro 2022.
SILVA, T K. T. I. TI Verde – Um estudo de aplicações e impactos. 74f.
Monografia (Graduação) – Faculdade de Tecnologia da Zona Leste, São Paulo, 2009.
Disponível em: http://www.fateczl.edu.br/. Acesso em: 25 Outubro 2022.
SMAAL, Beatriz. Lixo eletrônico: o que fazer após o término da vida útil dos
seus aparelhos.. TEC MUNDO, 2009. Disponível em:
https://www.tecmundo.com.br/teclado/2570-lixo-eletronico-o-que-fazer-apos-o-
termino-da-vida-util-dos-seus-aparelhos-.htm. Acesso em: 2022 Outubro 2022.
STROBEL, J. S; CORAL, E; SELIG, P. M. Indicadores de sustentabilidade
corporativa: uma análise comparativa. ENCONTRO ANUAL DA ANPAD, Curitiba,
2004.
VIARO, T. A. Proposição de um Modelo Conceitual para Avaliação da
Maturidade em Green IT. Universidade do Vale do Rio dos Sinos, São Leopoldo,
2011.
VIEIRA, A. D. S. Gerência de recursos informacionais: o advento do futuro? R.
Esc. Bibliotecon. UFMG, v. 19, n. esp., 1990. p. 159-170.
YURI, Flávia. Quatro exemplos reais de TI verde e, grandes empresas
brasileiras.. ITForum, 2008. Disponível em: https://itforum.com.br/noticias/quatro-
exemplos-reais-de-ti-verde-em-grandes-empresas-brasileiras/. Acesso em: 06 Junho
2022.

Você também pode gostar