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Governador Valadares
Junho de 2018
KÍSSILLA ALVES PINHEIRO
Kissilla.pinheiro@gmail.com
Governador Valadares
Junho de 2018
ATA DE DEFESA
___________________________________
Professor: Heitor Cardoso de Brito
___________________________________
Professora: Débora Rosa Nascimento
___________________________________
Professora: Mônica Clara Gonçalvez
___________________________________
Aluna: Kíssilla Alves Pinheiro
TERMO DE RESPONSABILIDADE
__________________________________________
Kíssilla Alves Pinheiro
Dedico a minha mãe
querida que sempre esteve ao
meu lado me dando apoio e
forças para continuar a traçar o
meu caminho e quando eu mais
precisava de carinho e cuidados
ela estava presente segurando
em minhas mãos, exatamente
por isso que ela é a pessoa mais
especial da minha vida!
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus por ter me dado saúde e muita força para superar as
dificuldades durante todos esses anos de faculdade. A esta instituição e todo seu corpo
docente, além da direção e administração que me proporcionaram as condições necessárias
para que eu alcançasse meus objetivos. Ao meu orientador Heitor Cardoso, por todo o tempo
que dedicou a me ajudar durante o processo de realização deste trabalho.
Aos meus pais Noeci e Sebastião, por todo o amor que me deram, além da educação,
ensinamentos e não medirem esforços para que eu pudesse realizar meus sonhos. Aos meus
irmãos Keizza e Rodrigo que mesmo estando longe, sempre estiveram presentes em cada
passo da minha vida me dando apoio.
E enfim, a todos da minha família e amigos que contribuíram para a realização deste
sonho, seja de forma direta ou indireta, fica registrado aqui, o meu muito obrigado!
“O sucesso nasce do querer, da
determinação e persistência em se chegar
a um objetivo. Mesmo não atingindo o
alvo, quem busca e vence obstáculos, no
mínimo fará coisas admiráveis.”
José de Alencar
RESUMO
Esse trabalho trata-se de um estudo sobre o lean office desenvolvido na sede do Instituto
Estadual de Florestas da cidade de Governador Valadares - MG, e tem como objetivo otimizar
os processos produtivos, de modo a reduzir os desperdícios de tempos no referido órgão
público. Realizou-se, para tal, o mapeamento dos processos existentes no escritório por meio
de entrevistas informais e abertas, realização de observações diretas e elaboração de
fluxogramas e mapofluxogramas. Através dos dados coletados foi possível identificar um
arranjo físico mal elaborado, o que acarretava em fluxos confusos, grandes distâncias
percorridas, dificuldades e morosidade na procura por documentos, ou seja, desperdícios de
tempo e movimentações desnecessárias. Em vista disso, foram realizadas análises e estudos
para melhorar o fluxo dos processos, o que resultou em um rearranjo da situação inicial
encontrada. Para mostrar quantitativamente a melhoria trazida pela proposta, realizaram-se
medições tanto das distâncias percorridas como dos tempos gastos com a movimentação de
pessoal no arranjo antigo, comparando-se os valores com as expectativas de tempos e
distâncias percorridas no leiaute proposto. Houve uma redução de 44 % em relação às
distâncias percorridas e tempos demandados, além das melhorias não mensuradas como os
ganhos em espaço físico, arrumação e limpeza do local, padronização documentos e de
arquivamentos e uma possível melhora na qualidade de vida dos colaboradores. Também
foram feitas sugestões de melhorias através do programa 5S. Ao final do estudo, fez-se
proposições de elaboração de outros estudos que contribuam para a melhoria contínua do
local em análise.
This work is a study about the lean office developed at the headquarters of the State Forestry
Institute of the city of Governador Valadares - MG, and aims to optimize the productive
processes, in order to reduce the waste of time in the public company. To do this, the mapping
of existing processes in the office through informal and open interviews, direct observations
and elaboration of flowcharts and layouts fluxograms were carried out. Through the collected
data it was possible to identify a poorly prepared physical arrangement, which entailed in
confusing flows, great distances traveled, difficulties and slowness in the search for
documents, that is, waste of time and unnecessary movements. As a result, analyzes and
studies were performed to improve the flow of the processes, which resulted in a
rearrangement of the initial situation found. In order to show quantitatively the improvement
brought about by the proposal, measurements were made both of the distances traveled and
of the times spent with the movement of personnel in the old arrangement, comparing the
values with the expectations of times and distances covered in the proposed layout. There was
a reduction of 44% in relation to the distances traveled and times demanded, in addition to
the improvements not measured as gains in physical space, cleaning of the premises,
standardization documents and filings and a possible improvement in the quality of life of
employees. Suggestions for application the 5S program were also made. At the end of the
study, it was proposed to elaborate other studies that contribute to the continuous
improvement of the place under analysis.
m metros
s segundos
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 17
1.1 Formulação do Problema ................................................................................................. 18
1.2 Justificativa ...................................................................................................................... 19
1.3 Objetivos.......................................................................................................................... 19
1.3.1 Objetivo geral .................................................................................................................. 19
1.3.2 Objetivos específicos ....................................................................................................... 20
1.4 Estrutura do Trabalho ..................................................................................................... 20
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................................. 22
2.1 A Perspectiva Enxuta: histórico e conceito .................................................................... 22
2.1.1 Os princípios da mentalidade enxuta ............................................................................. 23
2.1.2 Os 7 tipos de desperdício................................................................................................ 24
2.1.3 Kaizen ............................................................................................................................. 25
2.2 O Lean Office ................................................................................................................. 26
2.2.1 O just in time .................................................................................................................. 28
2.2.2 Kanban ........................................................................................................................... 29
2.2.3 Arranjo físico .................................................................................................................. 30
2.2.4 Os cinco sensos - 5S ....................................................................................................... 32
2.2.5 Fluxograma .................................................................................................................... 32
2.2.6 Estudo de tempos e movimentos ..................................................................................... 33
2.2.7 Mapofluxograma ............................................................................................................ 34
3 METODOLOGIA .......................................................................................................... 35
3.1 Classificação da Pesquisa .............................................................................................. 35
3.2 Metodologia do Processo de Pesquisa ........................................................................... 36
4 ESTUDO DE CASO ..................................................................................................... 38
4.1 O Instituto Estadual de Florestas (IEF) ......................................................................... 38
4.2 Estrutura organizacional ................................................................................................ 39
4.3 Mapeamento dos processos ........................................................................................... 43
4.3.1 Identificação dos Problemas ......................................................................................... 44
4.3.2 Layout e mapofluxograma da situação inicial .............................................................. 47
5 ANÁLISES E PROPOSTAS ......................................................................................... 55
5.1 Arranjo físico e fluxo proposto...................................................................................... 55
5.1.1 Tempo despendido com Movimentação ......................................................................... 57
5.2 Proposta de aplicação dos 5‟Ss ..................................................................................... 60
5.3 Proposta de aplicação do kanban ................................................................................. 62
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................... 63
REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 65
APÊNDICES ................................................................................................................ 68
APÊNDICE A – Layout geral inicial ........................................................................... 68
ANEXOS ...................................................................................................................... 70
ANEXO A – Planta fornecida pelo IEF ...................................................................... 70
17
1 INTRODUÇÃO
De modo geral, pode-se dizer que produzir mais e de forma mais lucrativa é complexo,
pois a produção em larga escala acarreta em um volume maior de processos, pessoas e
máquinas para controlar. O que gera a necessidade de criação de novos meios de padronizar
atividades, programar adequadamente a produção, gerir corretamente os estoques e prever, da
melhor maneira, as demandas futuras. Ou seja, é necessário criar meios mais eficientes de
controle das operações e redução dos desperdícios, sem colocar em risco a saúde e a
segurança do trabalhador.
Todas as atividades que envolvem recursos e geram resultados em forma de serviços
ou bens tangíveis, podem ser tratados como sendo processos produtivos e, portanto, carece de
recursos para aprimorá-lo, independentemente de ser uma produção industrial ou não. Isso
não é diferente em ambientes administrativos que executam atividades de rotina, geralmente,
nesses ambientes há muita preocupação em alcançar o resultado objetivado, mas deixa-se de
lado o estudo de processos e meios mais eficientes para agregar rapidez e eficiência à
execução das atividades.
Os resultados de um processo produtivo, seja ele um produto ou um serviço, são
decorrentes de uma série de atividades em conjunto, ele deve ser estudado a fim de encontrar
quais são as atividades que agregam ou não valor ao produto. Para aquelas que não agregarem
valor é necessário que sejam eliminadas se possível, ou reduzidas, assim, pode-se diminuir
tempo e custos, já as atividades que agregam é importante aplicar técnicas que aperfeiçoem
sua execução para alcançar melhores resultados.
O Instituto Estadual de Florestas (IEF) de Governador Valadares – MG presta serviços
que envolvem diversos processos, mas até o momento, não foi realizado um estudo a fim de
encontrar erros nos processos produtivos. Além disso, não aplicam ferramentas que visem à
otimização das atividades para eliminar desperdícios, acredita-se que isso é uma questão para
ser estudada e resolvida. Dessa forma pretende-se responder a seguinte pergunta: “Como
melhorar o fluxo de processos e organização empresarial de modo a agregar valor aos
serviços prestados por uma instituição estadual?”.
19
1.2 Justificativa
1.3 Objetivos
Este trabalho está descrito em seis capítulos, sendo: Introdução, Referencial Teórico,
Metodologia, Estudo de Caso, Resultados e Discussões e Considerações Finais.
O primeiro capítulo aborda os direcionadores da pesquisa com uma breve
contextualização, assim relacionada através de formulação do problema, justificativa e
objetivos geral e específicos.
O segundo capítulo trata da fundamentação teórica para servir como base do estudo.
São apresentados o histórico e o conceito do lean manufacturing e algumas ferramentas
adequadas para essa filosofia que foram utilizadas no estudo, além de conceitos básicos sobre
a filosofia just in time e o método kaizen, pilares para sua execução. O capítulo ainda explora
o conceito de produção enxuta relacionado ao escritório (foco do estudo), e descreve algumas
ferramentas auxiliares (5 S‟s, kanban, arranjo físico).
Já no terceiro capítulo, descreveu-se a metodologia usada do trabalho, bem como a
descrição das etapas das atividades realizadas.
21
O quarto capítulo, por sua vez, apresenta o estudo de caso realizado na Instituição
Pública. Nele, fez-se a descrição específica sobre o órgão e seus serviços, ressaltando o
Departamento de Unidades de Conservação. Foram descritas as informações coletadas com
elaboração do fluxo de atividades e entrevistas com os funcionários e realizadas análises no
departamento e propostas de melhoria e execução do Lean Office, tendo em vista redução do
tempo despendido no fluxo de pessoas e informações, e melhorias relacionadas a organização
do ambiente de trabalho e controle de informações e materiais.
O quinto capítulo apresenta as propostas de aplicação das ferramentas, as melhorias
alcançadas com as sugestões, como as reduções de tempos e distâncias da movimentação de
pessoal e as possíveis melhorias com a aplicação das demais ferramentas sugeridas e, por fim,
o sexto capítulo, que aborda as considerações finais acerca do trabalho desenvolvido e
possíveis estudos futuros.
22
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
ferramentas como just in time (JIT), nivelamento da produção, redução de tempo de setup e
outras, para eliminar os desperdícios de espera, movimentação, defeito, transporte, dentre
outros (ABDULMALEK e RAJGOPAL, 2007).
Há diferentes termos para definir lean, como por exemplo: Sistema Toyota de
Produção (STP), Produção Enxuta e Lean Manufacturing, porém referem-se ao mesmo
sistema de organização do processo produtivo e sua tradução é a manufatura enxuta, que trata
da tentativa de eliminação completa dos desperdícios sustentada por dois pilares: o just in
time (JIT) e a autonomação (OHNO, 1997).
De acordo com Werkema (2006) o conceito lean manufacturing é uma ação que tem
como objetivo eliminar, excluir o que não tem valor para aumentar a velocidade à empresa, e
para ele a produção enxuta veio para revolucionar a forma como o mundo pensava e produzia.
Já para Ohno (1997) a produção enxuta veio pela necessidade de descobrir novos métodos de
produção, ao passo que conseguia eliminar o desperdício aumentaria consequentemente a
produtividade.
Sobre a aplicação do lean nas empresas Pinheiro e Toledo (2016, p. 331) salienta que
“aplicar alguns conceitos ou ferramentas isoladamente não significa, de fato, possuir o Lean
Manufacturing implantado e obter o conhecimento e crença suficientes para ampliar sua
aplicação na cadeia de produção”. Ou seja, para os autores, ter esta ferramenta realmente
aplicada na cadeia de produção está muito além de aplicar ferramentas, requer envolvimento
da alta gerência, melhoria contínua e engajamento dos colaboradores.
Zayko (2007) fala sobre alguns princípios da mentalidade enxuta como “especificar
valor”, onde o cliente é que define qual o melhor valor do produto e não a empresa. A
“identificação do fluxo de valor”, onde a cadeia produtiva é definida e divide-se suas etapas
em três tipos, processos que geram valor, os que não geram e os que precisão ser eliminados.
O “fluxo contínuo” trata-se de ter fluência das atividades do processo. A “produção puxada”
que se trata das requisições dadas pelas solicitações dos clientes. E a “perfeição” que é o
aprimoramento contínuo da produção para atingir um ideal.
Godinho Filho (2004) corrobora com Zayko (2007) apresentando os princípios citados
por ele e mostra outros princípios como pode ser visto no Quadro 1.
24
De acordo com Werkema (2006), a empresa deve buscar sempre melhorar de forma
contínua, gerando uma soma de esforços da organização, pois essa mudança de cultura garata
que a organização assuma uma mentalidade enxuta, conhecida como Lean Thiking, criando
uma estratégia que permite aumentar a satisfação do cliente final, entregando as atividades ou
produtos no tempo hábil, com menor custo de produção, com melhor qualidade e lead times
menores.
O desperdício é definido por Ohno (1997) como os elementos que não são essenciais
para a produção e que podem ser retirados do processo. Ou seja, prega-se a ideia de utilizar
apenas o necessário, no momento e na quantidade certa, pois todo desperdício somente
adiciona custo e tempo ao processo. O desperdício é o sintoma e não a causa do problema.
Pergner, Rodrigues e Lacerda (2011, p. 683) definem o desperdício como sendo “todas
as atividades praticadas na organização que geram custo, não contribuindo para o alcance da
meta”. Slack, Chambers e Johnston (2009) citam a existência de sete tipos de desperdícios:
superprodução, tempo de espera, transporte, processo, estoque, movimentação e produtos
defeituosos. Ohno (1997), por sua vez, fornece mais detalhes a respeito dos mesmos (figura
1).
25
2.1.3 Kaizen
A aplicação da ferramenta Kaizen nas organizações teve início logo após a Segunda
Guerra Mundial no Japão e tem um significado de melhoria contínua e de redução de
26
desperdícios.
IMAI (1994, p. 3) descreve esta filosofia da seguinte forma:
O objetivo desse capítulo é descrever sobre o que é o lean office, através de uma
revisão bibliográfica sobre tópicos essenciais e explicar os princípios do pensamento enxuto.
O termo escritório enxuto (ou lean office, em inglês) originou-se a partir da aplicação
dos princípios do pensamento enxuto nas atividades administrativas (WOMACK, JONES,
ROSS, 2004). Como o pensamento lean foi majoritariamente difundido em empresas ligadas
ao processamento de materiais físicos, ou seja, nas linhas de produção das fábricas – devido a
sua origem no Sistema Toyota de Produção, os seus princípios tiveram que ser readaptados
para as atividades de escritório, isto é, para o fluxo de informações.
McManus (2003, apud Silva, 2011) desenvolveu o vínculo e a equivalência entre as
atividades de escritório e as atividades relacionadas com o segmento da manufatura. O
comparativo entre a área de manufatura e o setor de escritório é mostrado no Quadro 2.
27
Em seu trabalho, Locher (2013) identificou quatro passos básicos para a aplicação do
lean em escritórios. O primeiro passo é a estabilidade, que fala sobre criar resultados
previsíveis, mapeando o processo e documentando todas as instabilidades do escritório. A
segunda etapa é a padronização, no qual se deve criar práticas consistentes para que todas as
pessoas e colaboradores do processo estejam envolvidas. Posteriormente, tem-se o passo da
visibilidade. Neste, deve-se trabalhar em cima da comunicação visual, aumentando a
visualização das operações e tornando o serviço mais fácil para gerenciar. A quarta e última
parte aborda a melhoria contínua, onde mudanças pequenas dentro de funções já existentes
podem servir de base para as mudanças mais complexas no futuro.
Tapping e Shuker (2010), por sua vez, descrevem oito estágios para promover e
manter as melhorias “enxutas” em áreas administrativas: comprometimento com o lean;
escolha do fluxo de valor; aprendizado sobre o lean; mapeamento do estado atual;
identificação de medidas de desempenho lean; mapeamento do estado futuro; criação dos
planos Kaizen; implementação dos planos Kaizen.
28
Segundo Ohno (1997), o just in time (JIT) foi criado e otimizado dentro das fábricas
da Toyota por Taiichi Ohno para atender às demandas dos consumidores com o menor atraso
possível e fortalecer a competitividade da empresa no mercado através da redução dos
resíduos e melhoria da qualidade do produto e eficiência da produção.
Para Rossetti et al. (2008, p. 5) o JIT trata de uma filosofia gerencial que “procura não
apenas eliminar os desperdícios, como também colocar o componente certo, no lugar certo e
na hora certa”. Ainda segundo o autor, o JIT gerencia os estoques com maior qualidade e
custo menor que os sistemas tradicionais, através do melhor aproveitamento de espaço e mão-
de-obra e, para obter um JIT bem-sucedido, é necessário o envolvimento dos colaboradores e
uma boa liderança de equipes. Ohno (1997) menciona que, para se obter sucesso na
implementação do just in time, é necessário que:
a) Cada pessoa dentro da empresa esteja focada, envolvida e comprometida com
isso;
b) As plantas e os processos da empresa estejam com o máximo de produção e
eficiência;
c) Os programas de qualidade e produção estejam programados para atender às
demandas exatamente.
Slack, Chambers e Johnston (2009) falam sobre a utilização da capacidade de forma
esquematizada, mostrando a abordagem tradicional onde há formação de estoques, mais
paradas devido aos problemas, enquanto a abordagem JIT não há excesso de produção, menos
paradas, dentre outros aspectos, como pode ser visto na Figura 2.
29
2.2.2 Kanban
Para Ohno (1997) o Kanban possui algumas funções importantes para o controle de
estoque e movimentação de material, como o fornecimento de informações sobre o transporte
e a produção, o impedimento de superprodução, do transporte excessivo de produtos e da
fabricação de produtos defeituosos e a descoberta de problemas existentes. Além disso, o
sistema Kanban fornece um modo simples, barato e fácil de implementar melhorias nos
processos das empresas e rapidamente começa a apresentar resultados, permitindo gerenciar o
limite de atividades em andamento e garantindo o bom desempenho da equipe (MARIOTTI,
2012).
Slack, Chambers e Johnston (2009) dizem que existem dois mecanismos usados em
aprimoramento enxuto, um deles é os sete tipos de desperdícios e o outro são os “5 Ss” que se
trata de um conjunto de regras para reduzir o desperdício. Sua terminologia tem origem
japonesa, em que cada “s” se refere a uma palavra, sendo elas seiri, seiton, seiso, seiketsu,
shitsuke. Os 5 Ss são definidos como mostra-se na Quadro 3:
Para Womack e Jones (1998), o Sistema Toyota de Produção foi desenvolvido para
solucionar os problemas que tendem ter uma alta variação nos processos, eliminação dos
desperdícios e redução dos custos operacionais. Percebe-se que com este conceito é possível
aplicar os 5Ss em qualquer local, empresa, departamento ou setor de uma organização, apenas
tendo a criatividade e senso de selecionar o que realmente é necessário, criando um ambiente
de trabalho simplificado com um melhor controle visual e mais enxuto, através de
eliminação/redução de ações que podem não agregar valor nas atividades da empresa.
2.2.5 Fluxograma
adequadas que indicam cada operação em sequência lógica de execução. A figura 5 ilustra um
fluxograma.
Figura 5 – Exemplo de fluxograma
De acordo com Barnes (1977) a mão de obra é essencial para o custo da produção e é
necessário realizar a administração para verificar se os colaboradores executam trabalhos que
são desperdiçados, como por exemplo, uma atividade inútil, com isso a organização deve
certificar que cada ação deve manter o interesse, despertar a “vontade de trabalhar” e
despertar o entusiasmo de cada trabalhador.
34
Por isso, Barnes (1977) destaca a necessidade de realizar um estudo medidas e tempos
para determinar o esforço despendido de cada trabalhador, em termos de quantidade
executada por unidade de tempo para garantir a precisão e ter resultados satisfatórios tanto
para o empregado como para o trabalhador.
2.2.7 Mapofluxograma
Barnes (1977) explica que é necessário criar uma simbologia especial para produzir
um mapofluxograma ou um gráfico do fluxo de processos deforma a aplicar uma menor
quantidade possível de símbolos para ter uma melhor compreensão, os símbolos utilizados
são:
Figura 6 - Símbolos para o mapofluxograma
SÍMBOLO DESCRIÇÃO
OPERAÇÃO- Quando o objeto é modificado propositadamente em uma
ou mais características. Fase mais importante realizada em maquinas ou
estação de trabalho.
TRANSPORTE- Objeto é transferido de um local para o outro, exceto
quando o deslocamento é parte integral de uma operação ou inspeção.
INSPEÇÃO- Quando o objeto é investigado para ser comparado e
apontado como um padrão de quantidade ou qualidade.
ESPERA- A espera ocorre quando a próxima ação não é efetuada.
3 METODOLOGIA
Esse capítulo descreve a forma como a pesquisa foi desenvolvida, através de esquemas
ilustrativos mostrando cada etapa e suas descrições, além de apresentar a classificação
metodológica do estudo conforme definições apresentadas pelos autores.
Segundo Prodanov e Freitas (2013, p. 24) "podemos definir método como caminho
para chegarmos a determinado fim. E método científico como o conjunto de procedimentos
intelectuais e técnicos adotados para atingirmos o conhecimento". Acrescentam ainda que no
método científico tem-se um conjunto de processos e operações que são seguidos para
executar uma investigação e estudo, trata-se na verdade de uma linha de raciocínio.
Marconi e Lakatos (2003) salientam que toda ciência utiliza métodos científicos, que
trata-se de atividades racionais que trazem economia e segurança para alcançar o objetivo. O
método auxilia as etapas e os procedimentos que devem ser seguidos para obter o resultado
almejado, os autores salientam ainda que não existe ciência se não houver uso de métodos
científicos.
Procedimento
Natureza Objetivo Abordagem
Técnico
Estudo de caso
Exploratória
Pesquisa Participante
Aplicada Quantitativa
Pesquisa ex-post-facto
Pesquisa Bibliográfica
Segundo Prodanov e Freitas (2013) a pesquisa pôde ser classificada como aplicada
pois gerou conhecimentos para resolver de forma prática os problemas encontrados. Quanto
aos seus objetivos ela é exploratória, pois utiliza de investigação para definir e delimitar o
tema da pesquisa, bem como orientar melhorar os objetivos e o assunto; e descritiva pois os
fatos observados no estudo, através da coleta de dados, são descritos. É qualitativa porque o
ambiente onde o estudo é desenvolvido é a principal fonte direta dos dados que são coletados
através de observações e entrevistas abertas, e é quantitativa porque utiliza dados numéricos
provenientes das coletas de dados. E quanto ao procedimento técnico trata-se de um estudo de
caso, pois se busca de maneira prática a aplicar conhecimentos para solucionar os problemas
mapeados.
Como pôde ser visto na figura 8, para a elaboração da pesquisa realizou-se uma revisão
bibliográfica a fim de ter embasamento teórico sobre o assunto. Em seguida, realizou-se o
mapeamento da situação existente na empresa, utilizando-se, para tal, de entrevistas informais e a
realização de observações no local. Com base dos dados coletados, foi possível perceber pontos a
serem melhorados para reduzir desperdícios (e.g. desperdícios de tempo devido aos maus fluxos
de informações e materiais).
Assim, ao tomar conhecimento dos problemas – estes, observados durante a etapa de
mapeamento do processo, e com as ferramentas apropriadas – identificadas na revisão teórica, foi
possível escolher os métodos adequados para solucionar as questões necessárias como, por
exemplo, a aplicação de mapeamento dos processos para elaboração de uma proposta de arranjo
físico mais otimizado.
38
4 ESTUDO DE CASO
A lei nº 2.606 instituiu a criação do Instituto Estadual de Florestas (IEF) que se trata
de uma autarquia inicialmente ligada à Secretaria de Estado da Agricultura e, a partir de 1995,
passou a se vincular à recém-criada Secretaria de Estado de Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável (SEMAD). A missão do instituto é o cumprimento da “agenda
verde” do Sistema Estadual do Meio Ambiente (SISEMA), para isso ele deve promover o
desenvolvimento e a execução das políticas florestais, de pesca, de recursos naturais
renováveis e de biodiversidade em Minas Gerais.
O artigo 5º do decreto 47.344 de 2018 diz que o IEF tem como competência
“desenvolver e implementar as políticas florestal e de biodiversidade do Estado, visando à
manutenção do equilíbrio ecológico, à conservação, à preservação, ao uso sustentável e à
recuperação dos ecossistemas”.
Dentre as competências do instituto, pode-se citar a promoção de mapeamentos e
monitoramentos das áreas de preservação ambiental e demais coberturas vegetais do estado.
Contribuir com o estabelecimento de áreas para conservação da biodiversidade, além de criar,
proteger e fiscalizar as áreas das unidades de conservação. O instituto também apoia
pesquisas sobre o equilíbrio ecológico, e executar procedimentos sobre as regularizações
ambientais em conjunto com os outros órgãos responsáveis.
O IEF deve fazer inventários com base nos mapeamentos realizados das áreas de
coberturas vegetais, controlar a lista de espécies ameaçadas de extinção no estado, contribuir
com ações de recuperação de áreas degradadas e a restauração de ecossistemas naturais, além
de apoiar e incentivar o florestamento através do fornecimento de matérias-primas de origem
vegetal.
O instituto também atua na promoção de educação ambiental e atua, como órgão
seccional de apoio, junto ao Conselho Estadual de Política Ambiental (COPAM) e ao
39
Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CERH), nas matérias inerentes à sua área de
competência.
Chefe de Núcleo
Regional Rio
Doce
Coordenação
Administrar as atividades de apoio operacional,
Regional de
orçamentário, financeiro e administrativo da URFBio e Coordenador Kên.
Administração e
elaborar a programação orçamentária mensal.
Finanças
Assistente
Die.
Admin.
Analista
Ida.
Coordenação Ambiental
Coordenar a tramitação de processos administrativos de
Regional de Assistente
aprovação de intervenção ambiental e prestar assistência às Bru.
Controle e Autos Jurídica
demais unidades administrativas.
de Infração
Auxiliar
Ade.
ambiental
Gestor
Cle.
Ambiental
42
(continuação)
Colaboradores
Departamento Principais atividades
Cargo Respons.
Coordenadora Ros.
Gerente Luc.
Coordenação Monitor de
Coordenar as atividade de fixação, preservação, Rap.
Regional de parque
conservação, manejo e sustentabilidade das unidades de
Unidade de Agente de
conservação, das zonas de amortecimento e do entorno. Kis.
Conservação parque 1
Agente de
Lea.
parque 2
Coordenação
Coordenar e executar ações de conservação, restauração e Coordenador Jún.
Regional de
uso sustentável da biodiversidade, da vegetação nativa e
Conservação e
dos processos ecológicos, e de gestão de paisagem no
Recuperação de
âmbito da URFBio. Téc. Ambiental Mar.
Ecossistemas
Coordenadora Tal.
Coordenação Coordenar e executar a prática de políticas e regras
Regional de referentes às espécies da fauna silvestre terrestre e aquática
Proteção à Fauna em sua área de abrangência. Analista
Ren.
Ambiental
Coordenador Mar.
Analista
Administrar, por meio do uso de sensoriamento remoto, de Dav.
Ambiental
Coord. Regional de sistemas de informações geográficas e de apoio às ações
Controle e voltadas para a regularização ambiental, a execução das Téc. Em
Anp.
Monitoramento de atividades relacionadas ao controle, monitoramento, Gestão Amb. 1
Geotecnologia fiscalização da supressão e à exploração da vegetação Téc. Em
Sar.
nativa e das florestas plantadas. Gestão Amb. 2
Téc. Em
Nil.
Gestão Amb. 3
dos departamentos pois os mesmos não fazem parte do corpo estrutural do IEF. Entretanto,
são aqui citados por causar interferências no estudo do mapofluxograma.
Como pode ser visto na figura 11, as requisições – internas ou externas – são recebidas
na secretaria e analisadas para que as mesmas sejam encaminhadas ao departamento
responsável. Ao receber, o departamento analisa quais devem ser as etapas realizadas e
executa-as. Ao finalizar os procedimentos, o resultado é entregue ao solicitante.
ocorrem: o mesmo funciona em um galpão, e cada local, ao invés de possuir divisões (com
paredes ou divisórias, por exemplo), é separado por armários improvisados.
A recepção, por exemplo, local que recebe visitas do público em geral, tem móveis
improvisados para bloquear a visão de dentro do galpão, assim como as demais estruturas
existentes no IEF valadarense, tudo feito de maneira paliativa. As mesas e cadeiras também
não foram planejadas de maneira ergonômica e que otimizem os espaços.
A figura 12, abaixo, mostra armários e arquivos em caixas amarelas colocados na
estante de prateleiras (foto do lado direito), que eram usados para bloquear a visão da
recepção para o galpão
três imagens, evidenciando a necessidade de separá-los para que fosse possível visualizar
melhor os fluxos.
5 ANÁLISES E PROPOSTAS
Como pôde ser visualizado nas figuras 15, 16, 17, e 18 os funcionários dos mesmos
departamentos (coordenadorias) estão dispersos no local, longe uns dos outros. Há também
muitos funcionários que não são do IEF (destacados com nomes em vermelho) e não realizam
atividades correlatas com os colaboradores da área em estudo, caracterizando a falta de
coerência de estarem localizados no mesmo ambiente.
Em vista dessas questões, buscou-se corrigir esse problema propondo um layout que
otimizasse os fluxos dos processos, objetivando reduzir as distâncias percorridas e
consequentemente o tempo gasto para percorrer o percurso durante a realização de
determinada atividade. Em outras palavras, procurou-se contribuir com a economia de custos
de modo a trazer agilidade no processo de acordo com a proposta lean office. Para elaborar o
novo arranjo, físico, alguns pontos principais foram levados em consideração:
Como pôde ser visto através das cores, os objetivos usados como critérios para
elaboração do layout foram seguidos, e é possível perceber as linhas de mesma cor (mesmo
departamento) mais agrupadas, proporcionando reduções de distâncias e diminuições nos
tempos de trajeto e movimentos realizados.
O novo arranjo proporcionou a remoção de cinco mesas. Em relação aos funcionários
do DRAF e IGAM, inadequadamente instalados na situação inicial, foram removidos do
layout proposto e inseridos em espaços disponíveis no galpão ao lado, destinado à SUPRAM
e em comum acordo com a área.
Alguns armários foram aproveitados para fazer uma divisória para a mesa do
funcionário Rég. – chefe regional, proporcionando a ele maior privacidade para realizar as
reuniões, uma vez que na situação inicial as mesmas ocorriam entre as mesas (outros
funcionários que não participavam do assunto acabavam por ouvir – indiretamente – os
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assuntos tratados). Providenciou-se, ainda nesta sala uma mesa para ser utilizada pelos
estagiários que por lá passam.
(continuação)
(continuação)
Com pode ser visto a tabela 4, de modo geral a proposta traz uma significativa redução
de distâncias percorridas. É de suma importância relatar que todas as atividades citadas nessa
tabela foram calculadas em função da realização de somente um trajeto no dia; é fato que os
colaboradores se dirigem mais de uma vez em diversos locais para realizar suas atividades
durante a jornada laboral, e que nem sempre os mesmos realizam todos os trajetos em um só
dia. Dessa forma, as distâncias aumentarão, e muito, nas comparações antes e depois da
proposta do novo layout, mas isso não impede de evidenciar os ganhos obtidos. Esta última
atividade não foi realizada em função do pequeno período de observação; tal exercício
demandaria cerca de três a quatro semanas de dedicação exclusiva da autora para a coleta de
dados.
Assim sendo, a tabela 5 mostra o resumo dos ganhos obtidos em termos percentuais.
Foi preciso medir as distâncias através da régua do software Microsoft Visio e estimar
os tempos através do Software Microsoft Excel porque a proposta não foi implantada, trata-se
de um projeto idealizado para solucionar os problemas encontrados.
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omitido, sendo a sua adoção ou não de acordo com a ordem superior). Ex.: ao verificar
o arquivo “2018-05-26 – Kíssilla Alves Pinheiro.docx”, qualquer funcionário saberá
que ele foi catalogado como produto final no dia 26 de maio de 2018 pela funcionária
Kíssila (obs. evitar acentos e „ç‟); (Senso de organização)
Organizem suas mesas e, de preferência, que adotem um padrão. Ex. durante a jornada
de trabalho, dispor documentos que estão trabalhando à esquerda, e rascunhos, canetas
etc. à direita da mesa. Ao final do expediente, guardar os papéis em utilização,
devolver os rascunhos à secretaria, arrumar a sua poltrona de trabalho, fechar as
gavetas, descartar o copo plástico que foi usado para tomar água, manter o ambiente
livre de quaisquer resíduos e descarta-los em local apropriado, etc.; (Senso de limpeza)
Orientar o colega de trabalho em situações que o funcionário tenha a percepção de que
algo está errado, ou saindo dos padrões estabelecidos; (Senso de disciplina)
Que o gestor geral do IEF de Governador Valadares divulgue as melhorias
encontradas para seus colegas regionais, incentivando-os a fazer o mesmo, seja ao
receber visitas de outras áreas, seja ao visitar outras regiões. (Senso de disciplina)
Ainda em relação à numeração, o gestor geral do IEF poderá solicitar que seja criado
um software onde o próprio funcionário faça login e estabeleça os procedimentos de
catalogação, inserindo, por exemplo, seu nome, o título do trabalho, o tipo de
necessidade/solicitação do cliente, a data da criação etc., e o próprio sistema geraria um
número para acompanhamento do processo além, é claro, da situação (status) em que o
mesmo se encontra (aguardando indicação do profissional, iniciado, paralisado ou finalizado).
Este método permite trazer a melhoria para as condições de trabalho como uma forma
simples de arrumação do ambiente, uma vez que ele enfatiza a ordem visual, ajuda a criar
uma cultura de disciplina, identifica problemas e cria oportunidades de melhoria. Em
consequência, ele poderá eliminar a incerteza na busca por documentos, a espera pelos
arquivos pretendidos e a busca por informações relevantes, elevando-se, desta forma, a
eficiência operacional.
As contribuições a serem adquiridas pela implementação dos cinco sensos, são:
O senso de utilização cuidará dos itens e recursos realmente necessários para o
funcionamento do trabalho, ou seja, tudo que está em excesso e não é essencial será
retirado do ambiente;
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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esse trabalho buscou encontrar uma proposta de solução que otimizasse os processos
do IEF através de ferramentas lean office; isso foi alcançado graças à aplicação de um estudo
sobre os fluxos de processos existentes na instituição. Foi possível identificar quais eram as
ações que mais despendiam tempo, isso ocorreu por meio de entrevistas indiretas, que
mostraram quais eram as atividades com movimentação de pessoal mais realizadas por cada
colaborador. A posse dessas informações possibilitou o estabelecimento de critérios que
diminuíssem essas movimentações.
O mapeamento e ilustração da situação inicial através dos mapofluxogramas foi
essencial para que os problemas pudessem ser visualizados corretamente. Com base nesses
dados, foram sugeridas melhorias no arranjo físico, com a elaboração de uma proposta de
layout por processo e justificativas das escolhas.
Apesar das distâncias terem sido medidas com o auxílio da ferramenta „régua‟, do
software Microsoft Office Visio, e a estimativa dos tempos gastos nas movimentações terem
sido feitas com a ajuda do software Microsoft Office Excel, acredita-se que esta foi a melhor
maneira possível de se fazer as aferições dos resultados da proposta, devido à escassez de
tempo e a não aplicação das alterações físicas no galpão.
A proposta de melhoria de baixo custo ainda não foi implantada; na verdade, a
idealização desse projeto não requer alto investimento em aquisição de móveis e
equipamentos, basta o reposicionamento dos mobiliários já existentes e o aproveitamento das
próprias estruturas e instalações do galpão.
A proposta de um investimento a custo baixo com melhorias possíveis de serem
aplicadas, foi um ponto crucial para realizar as análises e propostas, pois órgãos públicos
costumam não apresentar muitos recursos financeiros.
Além disso, o mapeamento permitiu a identificação de problemas de falta de
organização e excesso de informações materiais como pilhas de processos e materiais
armazenados de forma não padronizada, tanto na área administrativa como no almoxarifado.
Propõe-se a digitalização de documentos de forma a diminuir o volume de geração de papéis,
a redução no tempo gasto na procura de arquivos nos armários por meio da codificação dos
arquivos, e obtendo, em contrapartida, uma melhor organização local e redução dos custos de
impressão e armazenagem de materiais.
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APÊNDICES
ANEXOS