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Como fechar a torneira do desperdício na saúde

A necessidade de reduzir os desperdícios no setor de saúde no Brasil é emergente! O


Relatorio_Definitivo_201901143 - 2020-UPA24h mostra que 20% das UPAS construídas em
2019 estavam fora de funcionamento, outro relatório evidenciou que no ano de 2020 o
desperdício com medicamentos e insumos estratégicos vencidos foi o equivalente à R$ 172
milhões (fonte: Relatório de Auditoria nº 879316 do Ministério da Saúde - Avaliação da
Prestação Anual de Contas). Diante disso, fica a pergunta como fechar a torneira do
desperdício na saúde? É exatamente isso que vamos te explicar hoje.

Giff

Onde está o vazamento?

Uma pesquisa realizada pela Planisa em parceria com o Valor Saúde DRG Brasil
constatou que os ganhos potenciais na assitencia no setor de saúde chega a R$ 38,9 bilhões
para o setor. Vamos atrás desses ganhos então. Para isso precisamos entender onde está o
vazamento, ou seja, onde o desperdício mais acontece.

O relatório da DRG também mostrou que 56,12% dos desperdícios estão relacionados à
ineficicência do uso do leito hospitalar e 17,94% por internações devido à ineficiência do
cuidado na atenção primária, ou seja, internações evitáveis. E cá entre nós, o giro de leitos é
um problema na sua unidade de saúde também? Tenho quase certeza que você respondeu
sim. Então vamos focar nesse problema que já representa 56% do que temos que resolver.

Longe de nós trazer uma fórmula mágica, quem dera ela existisse e soubéssemos, o que existe
com certeza é muito trabalho pela frente para mudar esse cenário preocupante, mas algumas
ferramentas podem te ajudar a fechar um pouco essa torneira de desperdício e controlar o
vazamento.

Por onde começar

Comece pelo agora! Como assim? Mapei o estado atual do processo na sua unidade de
saúde:

 Utilize um diagrama espaguete, para identificar o fluxo do paciente na sua


unidade. Converse com os profissionais da área, os que estão mais próximo do
problema e o vivencia diariamente e ouça suas opniões sobre qual é o problema de
fato, uma vez que a má utilização do leito não é uma causa e sim um sintoma de um
processo doente.
 Colete os dados do Lead time do paciente, e tente responder algumas perguntas,
como: Qual o tempo médio o paciente fica no leito? Existe relação entre o tempo
de internação e a idade do paciente? O tempo de internação e o CID, o tempo de
internação e a reinternação, ou seja, paciente que retornam com as mesmas
queixas que não foram tratados eficientemente na primeira visita. Existe relação
entre o tempo de internação e os plantões, ou seja, o dia ou horário de entrada do
paciente.
 Em seguida é preciso focar no segundo principal problema que é a assistência
primária. O que poderia ser feito que não foi realizado na primeira visita do
paciente? Mais questionamentos? Mais exames? Como foi o apoio pscicológico e
emocional que esse paciente recebeu na unidade? Como melhorar a conduta da
equipe? Os protocolos estão sendo seguidos? Ou até mesmo, existem protocolos?
Uma visita ao Gemba (local onde as coisas acontecem) irá te ajudar a responder
essas perguntas, outras ferramentas importantes que podem ser utilizadas nesse
momento é o diagram de ISHIKAWA e a técnica do Brainstorming.
 Crie iniciativas que sustentem o resultado a longo prazo: Pense na sustentabilidade
das melhorias, programa de incentivo, mural de reconhecimento, plano de
remuneração por resultados, gestões visuais que mostrem, exponham os
indicadores do processo para que a equipe acompanhe seu próprio desempenho.

Identificando e atuando nos microvazamentos dentro do sistema, aos poucos você


perceberá que a torneira está fechando. Ainda há vazamento, ainda há desperdícios mas
também há melhoras efetivas no fluxo do paciente, no tratamento, no cuidado, no custo com
o paciente, na segurança e experiência do paciente na unidade.
Benefícios

Criar uma cultura de redução de desperdícios, aumenta a eficiência da unidade de


saúde, consequentemente mais pacientes podem ser atendidos, mais problemas podem ser
evitados e principalmente : Mais vidas podem ser salvas!

E se você ainda é cético quanto ao que a gestão de leitos aplicada à outras práticas de
redução de desperdícios que você pode aprender na nossa Formação em Lean Six Sigma
Healthcare - Nível Green Belt, pode trazer de melhorias aqui vai um exemplo par ate inspirar:

Em 2021, o SUS de BH ganhou o prêmio em 1º lugar na categoria Planejamento Estratégico:


Municípios no 6º prêmio de Gestão para Resultados e Desenvolvimento do Banco
Interarmericano de Desenvolvimento – BID, referente a gestão em 2019. O grande e merecido
prêmio se deve à práticas do lean com foco no cuidado e gestão de leito, em que mesmo com
a redução de 578 leitos, a rede conseguiu realizar mais de 20.400 internações comparadas há
anos anteriores.

Já pensou que a sua unidade também pode alcançar esse resultado e que você pode
fazer parte dessa história?

Quero fazer parte da história (link para o curso do lean)

Nós da Dorsal acreditamos no potencial de crescimento da Saúde no Brasil e


apostamos na capacitação dos profissionais de saúde para alcançar esses resultados, por isso
temos uma lema: Você cuida de vidas nós cuidamos de você.

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