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UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

Centro de Ciências Sociais e Aplicadas


Programa de Pós-Graduação em Controladoria e Finanças Empresariais

MODELO DOS INDICADORES ESG EM UMA EMPRESA DE


CONSTRUÇÃO CIVIL BRASILEIRA

Gustavo Araujo Rodrigues

São Paulo
2022
Gustavo Araujo Rodrigues

MODELO DOS INDICADORES ESG EM UMA EMPRESA DE


CONSTRUÇÃO CIVIL BRASILEIRA

Trabalho de Conclusão, apresentado ao


Programa de Pós-Graduação em
Controladoria e Finanças Empresariais da
Universidade Presbiteriana Mackenzie como
requisito parcial para obtenção do título de
Mestre em Controladoria e Finanças
Empresariais

Orientador: Prof. Dr. José Carlos Tiomatsu Oyadomari

São Paulo
2022
FOLHA DE IDENTIFICAÇÃO DE AGÊNCIA DE FINANCIAMENTO

Autor: Gustavo Araujo Rodrigues

Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Controladoria e Finanças Empresariais

Título do Trabalho: MODELO DOS INDICADORES ESG EM UMA EMPRESA DE


CONSTRUÇÃO CIVIL BRASILEIRA

O presente trabalho foi realizado com o apoio de:


CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
CNPq – Conselho Nacional de desenvolvimento Científico e Tecnológico
FAPESP – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo
Instituto Presbiteriano Mackenzie / Isenção Integral de Mensalidade e Taxas
MACKPESQUISA – Fundo Mackenzie de Pesquisa
Empresa / Indústria: Construções e Comércio Camargo Corrêa S.A.
Outro
GUSTAVO ARAUJO RODRIGUES

MODELO DOS INDICADORES ESG EM UMA EMPRESA DE


CONSTRUÇÃO CIVIL BRASILEIRA

Trabalho de Conclusão, apresentado ao Programa


de Pós-Graduação em Controladoria e Finanças
Empresariais da Universidade Presbiteriana
Mackenzie como requisito parcial para obtenção
do título de Mestre em Controladoria e Finanças
Empresariais.

Aprovada em:

BANCA EXAMINADORA
Aos meus pais, Nelson e Marcia, por muito me
amarem, à minha esposa Andréia, companheira
fiel de todos os momentos e aos meus filhos,
Felipe e Lucas, que são o motivo maior de todos
meus esforços e bênçãos na vida da nossa família.
AGRADECIMENTOS

À Construções e Comércio Camargo Corrêa S.A. por ter me proporcionado a


oportunidade de compor o Grupo de Trabalho Multidisciplinar ESG e acesso as informações
organizacionais, cujos desdobramentos me colocaram frente a frente com desafios da empresa
e no relacionamento com os diversos stakeholders e fomentaram sobremaneira meu
desenvolvimento profissional.
Aos companheiros (as) do Grupo de Trabalho Multidisciplinar ESG que estiveram
comigo nos desafios e dificuldades para implementação dos critérios ESG.
À Universidade Presbiterana Mackenzie, na figura de seus dedicados professores, por
quem passamos a nutrir vigoroso respeito e admiração.
Ao meu orientador Professor Dr. José Carlos Tiomatsu Oyadomari, por sua dedicação,
que o fez, por muitas vezes, deixar de lado seus momentos de descanso para me ajudar e me
orientar. E, principalmente, obrigado por sempre ter acreditado e depositado sua confiança em
mim ao longo de todos esses anos de trabalho que se iniciaram ainda na graduação.
Aos professores (as) Dra. Cecília Moraes Santostaso Geron, Dra. Ieda Margarete Oro e
Ms. Corinto Lucca Arruda pelas sinceras contribuições nos processos de qualificação e na banca
avaliadora desta dissertação, o que colaborou na condução do desenvolvimento da pesquisa.
À minha família e amigos pela compreensão das muitas ausências durante o período de
elaboração desta dissertação e por me incentivarem nessa jornada.
Aos meus pais Nelson Rodrigues e Marcia Araujo Rodrigues por sempre me
incentivarem e apoiarem na busca por conhecimento e crescimento intelectual.
À minha esposa e companheira Andréia de Vargas Rodrigues e aos meus filhos Felipe
de Vargas Rodrigues e Lucas de Vargas Rodrigues por estarem ao meu lado em todos os
momentos da minha vida.
Em especial, agradeço aos meus colegas e professores da turma de Mestrado em
Controladoria e Finanças Empresariais, pelo convívio e por poder compartilhar conhecimentos
e experiências profissionais.
Fé em Deus.
RESUMO

Objetivo do Trabalho: Através de uma abordagem intervencionista, criar um modelo dos


indicadores ESG – Environmental, Social and Governance em uma empresa de construção civil
brasileira. Como objetivo específico, pretendeu-se com o estudo: (i) identificar a materialidade
ESG na empresa de construção civil, (ii) desenvolver KPIs atrelados ao negócio que permitam
avaliar sua implementação no processo de gestão e decisório de uma empresa e (iii) interpretar
os aprendizados decorrentes da criação do modelo de indicadores ESG.

Metodologia: O método utilizado é o qualitativo e quanto ao procedimento técnico foi utilizado


a pesquisa-ação (intervencionista), pois buscou-se a resolução de problemas organizacionais
mediante a aplicação de indicadores ESG na empresa. A Companhia objeto do estudo é do setor
de construção civil pesada e o referencial teórico está calcado na teoria dos stakeholders (teoria
principal), onde a teoria da legitimidade e a teoria da divulgação (teorias auxiliares) exercem
“pressão” sobre a teoria dos stakeholders. Com relação aos modelos foram utilizados alguns
frameworks de sustentabilidade (ODS e ISE B3) que auxiliaram no desenvolvimento dos
indicadores ESG, bem como o modelo de PMS de Ferreira e Otley (2009) e o modelo de gestão
de mudança planejada de Van de Ven e Sun (2011).

Resultados: Como resultado final desta pesquisa foi possível determinar a proposta inovadora
de implementação prática composta por 17 (dezessete) indicadores ESG para a Companhia
objeto deste estudo, com uma metodologia de cálculo, materialidade associada, periodicidade
de medição e associação de um ou mais ODSs (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável),
reforçando a importância e a fortaleza desses indicadores. Como aprendizado no processo de
implantação do modelo de indicadores ESG, não foi possível a utilização do framework GRI
(Global Reporting Initiative) nesta Companhia, modelo comumente utilizado pela maioria das
empresas para modelagem da materialidade ESG, em função de uma decisão estratégica e face
ao momento atual da Companhia, o que acarretou uma mudança de rumo na metodologia
inicialmente prevista. No entanto, os frameworks utilizados supriram essa necessidade e
permitiram a definição da materialidade alinhada aos objetivos estratégicos da Companhia, sem
acarretar prejuízos na continuidade do desenvolvimento do modelo ESG.
Implicações Práticas: Esta pesquisa constitui uma referência para modelagem de indicadores
ESG em uma empresa de construção civil. As implicações práticas atingem: (i) para a
Companhia, a implantação do modelo dos indicadores ESG permitirá que os diversos
stakeholders tenham acesso às informações, não apenas financeiras e contábeis, mas também
aquelas relacionadas ao ESG, ampliando a transparência e contribuindo para aumentar o valor
da marca no mercado e assegurar um melhor posicionamento da empresa; (ii) para o setor de
construção civil, a implantação do modelo dos indicadores ESG abarca a aplicação de boas
práticas em empreendimentos sustentáveis, colocando em evidência a necessidade de
preservação do meio ambiente e investimento no bem-estar da sociedade, com a construção de
empreendimentos com responsabilidade social.

Originalidade e Contribuições: Este trabalho tem como principal contribuição acadêmica a


criação de um framework de indicadores para uma construtora nas três dimensões do ESG:
ambiental, social e governança. Este framework terá o objetivo de identificar a materialidade
ESG de uma empresa de construção civil e criar indicadores que contribuam para o processo
de gestão e decisório de uma empresa do setor de construção civil. A pesquisa inova em trazer
o modelo de PMS de Ferreira e Otley (2009) e o modelo de gestão de mudança planejada de
Van de Ven e Sun (2011) atrelados aos frameworks de sustentabilidade (ODS e ISE B3) para
obtenção da materialidade e derivação dos indicadores ESG.

Palavras-chave: ESG – Environmental, Social and Governance; Sustentabilidade;


Indicadores; KPIs; Construção Civil.
ABSTRACT

Objective of the Work: Through an interventionist approach, create a model of ESG -


Environmental, Social and Governance indicators in a Brazilian civil construction company.
As a specific objective, the study intended to: (i) identify the ESG materiality in the civil
construction company, (ii) develop KPIs linked to the business that allow evaluating its
implementation in the management and decision-making process of a company and (iii)
interpret the lessons learned from the creation of the ESG indicator model.

Methodology: The method used is qualitative and as for the technical procedure, action
research (interventionist) was used, as it sought to solve organizational problems through the
application of ESG indicators in the company. The Company object of study is from the heavy
civil construction sector and the theoretical framework is based on stakeholder theory (main
theory), where legitimacy theory and disclosure theory (auxiliary theories) exert “pressure” on
stakeholder theory. Regarding the models, some sustainability frameworks were used (ODS
and ISE B3) that helped in the development of ESG indicators, as well as the PMS model by
Ferreira and Otley (2009) and the planned change management model by Van de Ven and Sun
(2011).

Results: As a final result of this research, it was possible to determine the innovative proposal
for practical implementation composed of 17 (seventeen) ESG indicators for the Company
object of this study, with a calculation methodology, associated materiality, measurement
periodicity and association of one or more ODSs (Objectives of Sustainable Development),
reinforcing the importance and strength of these indicators. As a lesson in the process of
implementing the ESG indicators model, it was not possible to use the GRI framework (Global
Reporting Initiative) in this Company, a model commonly used by most companies for
modeling ESG materiality, due to a strategic decision and direction of the Executive Board in
view of the Company's current situation, which led to a change of course in the initially planned
methodology. However, the frameworks used met this need and allowed the definition of
materiality aligned with the Company's strategic objectives, without causing damage to the
continuity of the development of the ESG model.
Practical Implications: This research constitutes a reference for modeling ESG indicators in
a civil construction company. The practical implications reach: (i) for the Company, the
implementation of the model of ESG indicators will allow the various stakeholders to have
access to information, not only financial and accounting, but also those related to ESG,
increasing transparency and contributing to increase the brand value in the market and ensure
a better positioning of the company; (ii) for the civil construction sector, the implementation of
the model of ESG indicators encompasses the application of good practices in sustainable
undertakings, highlighting the need to preserve the environment and invest in the well-being of
society, with the construction of enterprises with social responsibility.

Originality and Contributions: This work has as its main academic contribution the creation
of a framework of indicators for a construction company in the three dimensions of ESG:
environmental, social and governance. This framework will aim to identify the ESG materiality
of a civil construction company and create indicators that contribute to the management and
decision-making process of a company in the civil construction sector. The research innovates
by bringing Ferreira and Otley's PMS model (2009) and Van de Ven and Sun's (2011) planned
change management model linked to sustainability frameworks (SDGs and ISE B3) to obtain
materiality and derivation of ESG indicators.

Keywords: ESG – Environmental, Social and Governance; Sustainability; Indicators; KPIs;


Civil Construction.
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 19
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA ............................................................................................ 19
1.2 OBJETIVOS ................................................................................................................................... 21
1.3 IMPLICAÇÕES PRÁTICAS E CONTRIBUIÇÃO TECNOLÓGICA-SOCIAL .......................... 22
2. REFERENCIAL TEÓRICO ...................................................................................................... 23
2.1 TEORIA DOS STAKEHOLDERS ................................................................................................... 23
2.2 TEORIA DA LEGITIMIDADE...................................................................................................... 24
2.3 TEORIA DA DIVULGAÇÃO ........................................................................................................ 27
2.4 PESQUISAS JÁ REALIZADAS E DESAFIOS ENCONTRADOS .............................................. 29
3. METODOLOGIA ....................................................................................................................... 32
3.1 METODOLOGIA ........................................................................................................................... 32
3.1.1 Grupo de Trabalho Multidisciplinar ESG .................................................................................... 33
3.1.2 Performance Management Systems (PMSs)................................................................................. 35
3.1.3 Gestão de Mudança Organizacional ............................................................................................. 37
3.1.4 Relatórios de Sustentabilidade ..................................................................................................... 39
3.1.5 Relatório de Desempenho Quantitativo ISE B3 ........................................................................... 40
3.1.6 ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e Indicadores ESG ...................................... 41
3.2 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA .......................................................................................... 42
3.2.1 Histórico e Estrutura Societária.................................................................................................... 42
3.3 OBJETO DE ESTUDO ................................................................................................................... 44
3.4 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO...................................................................................................... 45
3.5 ANÁLISE E TRATAMENTO DOS DADOS ................................................................................ 45
4. RESULTADOS ............................................................................................................................ 46
4.1 MODELO PMS ADAPTADO AO ESG ........................................................................................ 46
4.1.1 Missão e Visão da Empresa ......................................................................................................... 46
4.1.2 Principais Fatores de Sucesso ...................................................................................................... 47
4.1.3 Estrutura Organizacional .............................................................................................................. 48
4.1.4 Estratégias e Planos ...................................................................................................................... 49
4.1.5 Principais Medidas de Desempenho ............................................................................................ 49
4.1.6 Definição de Metas....................................................................................................................... 50
4.1.7 Avaliação de Desempenho ........................................................................................................... 50
4.1.8 Sistema de Recompensa ............................................................................................................... 50
4.1.9 Fluxos de Informações e Redes .................................................................................................... 51
4.1.10 Uso do Sistema Integrado de Gestão.......................................................................................... 51
4.1.11 Mudanças no Sistema de Gestão e de Desempenho................................................................... 52
4.1.12 Força e Coerência ....................................................................................................................... 53
4.2 MODELO DE GESTÃO DE MUDANÇA ORGANIZACIONAL ADAPTADO AO ESG .......... 54
4.3 RELATÓRIO DE DESEMPENHO QUANTITATIVO ISE B3 .................................................... 58
4.3.1 Simulado ISE B3 Dimensão Ambiental ....................................................................................... 58
4.3.2 Simulado ISE B3 Dimensão Social .............................................................................................. 61
4.3.3 Simulado ISE B3 Dimensão Governança .................................................................................... 64
4.4 MATERIALIDADE ESG ............................................................................................................... 68
4.5 INDICADORES ESG – AMBIENTAL, SOCIAL E GOVERNANÇA ......................................... 70
4.5.1 Indicadores Ambientais ................................................................................................................ 70
4.5.2 Indicadores Sociais....................................................................................................................... 72
4.5.3 Indicadores de Governança .......................................................................................................... 74
4.6 APRENDIZADOS NA IMPLANTAÇÃO DO MODELO DE INDICADORES ESG .................. 77
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 82
APÊNDICE A – DECLARAÇÃO DE AUTENTICIDADE ............................................................ 86
APÊNDICE B – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO - TCLE .......... 87
APÊNDICE C – PARECER TÉCNICO DE AVALIAÇÃO DO PROJETO PELO MERCADO
............................................................................................................................................................... 89
APÊNDICE D – SIMULAÇÃO DOS RESULTADOS OBTIDOS NO RELATÓRIO DE
DESEMPENHO QUANTITATIVO ISE B3..................................................................................... 90
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Fluxograma metodológico de pesquisa ................................................................... 32


Figura 2 – Modelo Ferreira, A. e Otley (2009) de Performance Management Systems........... 34
Figura 3 – Estrutura do grupo de trabalho multidisciplinar ESG ............................................. 35
Figura 4 – Modelo Van de Ven e Sun (2011) de mudança organizacional ............................. 38
Figura 5 – Principais frameworks de relatórios de sustentabilidade ......................................... 39
Figura 6 – Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Social .......................................................... 42
Figura 7 – Estrutura societária simplificada do Grupo Econômico ........................................ 44
Figura 8 – Princípios e Valores da Companhia ....................................................................... 46
Figura 9 – Estrutura Organizacional da Companhia ............................................................... 48
Figura 10 – Framework do modelo de gestão do SIGO ........................................................... 52
Figura 11 – Mapa de materialidade com as principais iniciativas ESG ................................... 55
Figura 12 – Mapa de materialidade – iniciativas ambientais .................................................. 56
Figura 13 – Mapa de materialidade – iniciativas sociais .........................................................56
Figura 14 – Mapa de materialidade – iniciativas de governança ............................................ 57
Figura 15 – Materialidade da Companhia – dimensão ambiental ........................................... 68
Figura 16 – Materialidade da Companhia – dimensão social ................................................. 69
Figura 17 – Materialidade da Companhia – dimensão de governança ................................... 69
Figura 18 – Indicador de Eficiência Energética ...................................................................... 70
Figura 19 – Indicador de Eficiência Hídrica ........................................................................... 71
Figura 20 – Indicador do Arquivo Físico (CEDOC) ............................................................... 71
Figura 21 – Indicador de Impressão em Papel ........................................................................ 71
Figura 22 – Indicador de Consumo de Plástico ...................................................................... 72
Figura 23 – Indicador de Campanhas Sociais ......................................................................... 72
Figura 24 – Indicador de Voluntariado ................................................................................... 73
Figura 25 – Indicador de Campanhas em Diversidade e Inclusão .......................................... 73
Figura 26 – Indicador de Treinamento em Diversidade e Inclusão .........................................73
Figura 27 – Indicador de Investimentos em Campanhas Sociais ............................................ 74
Figura 28 – Indicador de Integridade e Compliance ............................................................... 74
Figura 29 – Indicador de Transparência na Prestação de Contas ........................................... 75
Figura 30 – Indicador de Homologação de Fornecedores ...................................................... 75
Figura 31 – Indicador de Canal de Denúncia .......................................................................... 75
Figura 32 – Indicador de Adesão ao Termo de Integridade .................................................... 76
Figura 33 – Indicador de Certificação ISO 37.001 ................................................................. 76
Figura 34 – Indicador de DLP – Data Loss Prevention .......................................................... 76
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Resultados do modelo de Ferreira, A. e Otley (2009) aplicado ao ESG ............... 53


Tabela 2 – Simulado ISE B3 na Dimensão Ambiental ........................................................... 59
Tabela 3 – Critério I – Política na Dimensão Ambiental ........................................................ 59
Tabela 4 – Critério II – Gestão na Dimensão Ambiental ........................................................ 60
Tabela 5 – Critério III – Desempenho na Dimensão Ambiental ............................................. 60
Tabela 6 – Critério IV – Cumprimento Legal na Dimensão Ambiental ................................. 61
Tabela 7 – Simulado ISE B3 na Dimensão Social .................................................................. 61
Tabela 8 – Critério I – Política na Dimensão Social ............................................................... 62
Tabela 9 – Critério II – Gestão na Dimensão Social ............................................................... 63
Tabela 10 – Critério III – Desempenho na Dimensão Social ................................................. 63
Tabela 11 – Critério IV – Cumprimento Legal na Dimensão Social ...................................... 64
Tabela 12 – Simulado ISE B3 na Dimensão Governança ...................................................... 65
Tabela 13 – Critério I – Propriedade na Dimensão Governança ............................................ 65
Tabela 14 – Critério II – Conselho de Administração na Dimensão Governança ...................66
Tabela 15 – Critério III – Gestão na Dimensão Governança .................................................. 66
Tabela 16 – Critério IV – Auditoria e Fiscalização na Dimensão Governança ...................... 67
Tabela 17 – Critério V – Conduta e Conflito de Interesse na Dimensão Governança ............ 67
LISTA DE SIGLAS

B3 Brasil, Bolsa, Balcão


CCCC Construções e Comércio Camargo Corrêa S.A.
CDP Disclosure Insight Action
CDSB Climate Disclosure Standards Board
CFP Corporate Financia Performance
CSP Corporate Social Performance
ESG Environmental, Social and Governance
GRI Global Reporting Initiative
IIRC International Integrate Reporting Council
IBASE Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas
ISE Índice de Sustentabilidade Empresarial
KPI Key Performance Indicators
ODS Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
ONG Organizações Não Governamentais
ONU Organização das Nações Unidas
PMS Performance Management Systems
PRI Principles for Responsible Investment
ROA Return on Assets
ROE Return on Equity
SASB Sustainability Accounting Standards Board
SR Sustainability Reporting
TCFD Task Force on Climate-related Financial Disclosures
VRF Value Reporting Foundation
1. INTRODUÇÃO

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA

A expressão responsabilidade social corporativa está inserida no quotidiano do ser


humano, onde busca-se o equilíbrio entre os aspectos ambientais, sociais e econômicos.
Segundo Carroll (1979), responsabilidade social é o compromisso das empresas em fomentar o
desenvolvimento econômico contribuindo em simultâneo para a melhoria da qualidade de vida
da sociedade e do meio ambiente. Duas décadas depois, o conceito de responsabilidade social
corporativa apresentava uma definição mais ampla. “O compromisso contínuo das empresas
em se comportar com ética e contribuir para o desenvolvimento econômico, melhorando a
qualidade de vida da força de trabalho e de suas famílias, bem como da comunidade local e da
sociedade em geral”. (WORLD BUSINESS COUNCIL FOR SUSTAINABLE
DEVELOPMENT, 1999, tradução nossa). Na visão de Kotler e Lee (2005), a responsabilidade
social corporativa representa compromisso de melhorar o bem-estar da comunidade por meio
de práticas comerciais discricionárias e contribuições de recursos corporativos.
Em uma outra perspectiva, a responsabilidade social corporativa pode ser definida
conforme a seguir:
“A responsabilidade social corporativa é essencialmente um conceito pelo
qual as empresas decidem voluntariamente contribuir para uma sociedade
melhor e um meio ambiente mais limpo. Numa altura em que a União
Europeia se esforça por identificar os seus valores comuns através da adopção
de uma Carta dos Direitos Fundamentais, um número crescente de empresas
europeias reconhece cada vez mais claramente a sua responsabilidade social e
a considera como parte da sua identidade. Esta responsabilidade é expressa
para com os funcionários e, de forma mais geral, para com todas as partes
interessadas afetadas pelo negócio e que por sua vez podem influenciar seu
sucesso”. (COMMISSION OF THE EUROPEAN COMMUNITIES, 2001,
p.4, tradução nossa).
Em meio a este contexto de responsabilidade social corporativa, surge no novo milênio
para o setor empresarial a sigla ESG, derivada do inglês como environmental, social and
corporate governance, com a tradução literal de governança ambiental, social e corporativa.
Elkington (2001), criou na década de 1990 o tripé da sustentabilidade, através da
expressão triple bottom line, afirmando que o desenvolvimento empresarial sustentável é o
princípio que assegura que as ações hoje não limitem o alcance das opções econômica, social e
ambiental para as futuras gerações, sendo assim ingredientes indispensáveis do progresso
duradouro e garantia da competitividade no mercado. Neste contexto, Deegan e Blomquist
(2006) opinam que o ESG não deve ser meramente interpretado como ação de marketing para
estabelecer uma imagem positiva para a companhia. Trata-se de uma forma de remodelagem
do negócio, onde as soluções e a forma de lidar com todos os stakeholders, vão além dos
interesses em maximizar os lucros dos acionistas, mas levam em consideração os colaboradores,
clientes, fornecedores, sociedade e demais partes interessadas. Os recursos naturais são finitos
e as organizações produzem impactos diretos e indiretos através de suas ações.
De acordo com Cattelan, Siluk e Neuenfeldt Júnior (2014), o setor de construção civil
desempenha importante papel na sociedade brasileira, sendo um dos motores da economia.
Entretanto, produz uma grande quantidade de impactos negativos para o meio ambiente no ciclo
de vida das construções. Garcia, Orsato e Mendes-da-Silva (2017) identificaram que há
prevalência do ambiente institucional na relação desempenho financeiro e desempenho ESG e
constataram que empresas de setores polêmicos possuem melhor desempenho ESG do que
empresas dos outros setores. Eliwa, Aboud e Saleh (2019) destacam que as instituições
financeiras recompensam empresas por seu desempenho ESG em termos de redução no custo
de capital de dívida. Nesse cenário, torna-se oportuno o estudo das teorias que embasam as
relações do ESG no ambiente empresarial. A principal abordagem teórica utilizada na pesquisa
no campo da governança corporativa é a teoria dos stakeholders.
Friedman (1970) conceitua que a teoria dos stakeholders é apresentada a partir da ideia
de que todos os grupos que possuem qualquer interesse legítimo e que participem das operações
da organização o fazem para obter benefícios. Freeman (1984 p. 59, tradução nossa) define
stakeholders como “qualquer grupo ou indivíduo que afeta ou é afetado pelo alcance dos
objetivos da empresa”. A teoria dos stakeholders defende que o papel da organização é
gerenciar o relacionamento e interesses de todas as partes interessadas no processo de criação
de valor. Além disso, defende a ideia de que as organizações devem ser socialmente
responsáveis e geridas a serviço do interesse público (FREEMAN, 1984). A transparência
empresarial é fundamental na gestão dos stakeholders, conforme descrevem Rocha e
Goldschmidt (2010): para ser transparente em sua responsabilidade social o gestor deve
apresentar periodicamente relatórios e balanços sociais da empresa, que devem trazer
informações sobre investimentos e realizações nas áreas socioambientais.
De acordo com Garcia, Orsato e Mendes-da-Silva (2017), o aumento da consciência da
sociedade sobre a proteção ambiental e responsabilidade social conduz os executivos das
organizações a buscarem o entendimento se os investimentos em responsabilidade social
corporativa resultam em uma vantagem competitiva para a empresa. Para isso, naturalmente
surgem tentativas de criação de métodos de mensuração dos benefícios e impactos resultantes
das práticas de responsabilidade social corporativa.
Em complemento aos tradicionais indicadores financeiros existentes e largamente
utilizados por acadêmicos e executivos, indicadores não-financeiros foram desenvolvidos para
avaliar a responsabilidade social corporativa das empresas e o desempenho em ESG (Rahdari
e Anvary Rostamy, 2015).
Segundo Rahdari (2016), a grande parte dos estudos que examinam a relação de
indicadores CSP (Corporate Social Performance) com indicadores CFP (Corporate Finance
Performance), nos últimos 40 anos, concentra-se em empresas de países de desenvolvidos. Os
resultados da pesquisa do autor apontam que a maioria desses estudos mostra um resultado
positivo na relação CSP-CFP (Griffin; Mahon, 1997; Orlitzky; Schmidt; Rynes, 2003;
Margolis; Elfenbein; Walsh, 2009). Entretanto, alguns estudos que utilizam somente empresas
de países de economia emergente tem demonstrado que tal resultado não é necessariamente
válido nesses países (Rettab; Brik; Mellahi, 2009; Aras; Aybars; Kutlu, 2010; Chetty; Naidoo;
Seetharam, 2015; Martínez-Ferrero; Frías-Aceituno, 2013).
Ao considerar os mecanismos da teoria dos stakeholders, em conjunto com a teoria da
legitimidade e a teoria da divulgação, pretende-se responder à seguinte questão de pesquisa:
Quais são os KPIs para o processo de gestão e decisório em uma empresa de construção
civil brasileira decorrentes da criação do modelo dos indicadores ESG?

1.2 OBJETIVOS

O objetivo geral do estudo é, através de uma abordagem intervencionista, criar um


modelo dos indicadores ESG – Environmental, Social and Governance em uma empresa de
construção civil brasileira.
Como objetivo específico, pretende-se com o estudo: (i) identificar a materialidade ESG
na empresa de construção civil, (ii) desenvolver KPIs atrelados ao negócio que permitam avaliar
sua implementação no processo de gestão e decisório de uma empresa e (iii) interpretar os
aprendizados decorrentes da criação do modelo de indicadores ESG.
1.3 IMPLICAÇÕES PRÁTICAS E CONTRIBUIÇÃO TECNOLÓGICA-SOCIAL

Para a Companhia, a implantação do modelo dos indicadores ESG permitirá que os


diversos stakeholders tenham acesso às informações, não apenas financeiras e contábeis, mas
também aquelas relacionadas ao ESG, ampliando a transparência e contribuindo para aumentar
o valor da marca no mercado e assegurar um melhor posicionamento da Companhia.
Para o setor de construção civil, a implantação do modelo dos indicadores ESG abarca
a aplicação de boas práticas em empreendimentos sustentáveis, colocando em evidência a
necessidade de preservação do meio ambiente e investimento no bem-estar da sociedade, com
a construção de empreendimentos com responsabilidade social.
O produto que se espera obter como contribuição tecnológica-social é um framework de
indicadores para uma construtora nas três dimensões do ESG: ambiental, social e governança.
Este framework terá o objetivo de identificar a materialidade ESG e criar indicadores que
contribuam para o processo de gestão e decisório em uma empresa do setor de construção civil.
Pretende-se também que, posteriormente, estas ações ESG possam ser divulgadas junto
ao mercado e em relatórios específicos de sustentabilidade corporativa. Adicionalmente,
através desta pesquisa surge a oportunidade de estruturação de cursos de curta duração para
executivos e manual/livro para uso profissional referente à indicadores ESG.
2. REFERENCIAL TEÓRICO

O presente capítulo tem como objetivo apresentar as principais bases conceituais que
servirão de suporte ao trabalho. Serão abordadas a teoria dos stakeholders (teoria principal) e
as teorias da legitimidade e da divulgação (teorias secundárias).
A teoria dos stakeholders destaca o papel da organização em gerenciar os interesses de
todas as partes interessadas no processo de criação de valor. A transparência empresarial é
fundamental na gestão dos stakeholders, e para tal o gestor deve apresentar periodicamente
relatórios e balanços sociais da empresa, que devem trazer informações sobre investimentos e
realizações nas áreas socioambientais.
A teoria da legitimidade traz significativas contribuições ao pensamento organizacional
à medida que enfatiza que as organizações tendem a mudar a sua estrutura para se adaptarem
com as expectativas externas, as quais possuem formas ou estruturas aceitáveis (legítimas). No
que tange a implantação dos critérios de ESG, o estudo da teoria da legitimidade é de
fundamental importância para a organização que quer se perpetuar no mercado, através da
realização eficiente da divulgação corporativa.
A teoria da divulgação, contextualizada nos critérios de ESG, pode contribuir
principalmente na percepção da empresa em identificar os benefícios de divulgar ou não
divulgar informações não financeiras perante a sociedade.

2.1 TEORIA DOS STAKEHOLDERS

Donaldson e Preston (1995) descrevem que há inúmeras definições para stakeholders,


que variam conforme suas abrangências. As definições mais abrangentes consideram os
stakeholders como atores diversos, sejam pessoas, grupos ou entidades, e que tenham relações
ou interesses diretos ou indiretos com ou na organização. As definições menos abrangentes, os
consideram como atores sem os quais a empresa não seria viável, como colaboradores, líderes,
fornecedores, proprietários, acionistas e clientes, todos interessados e com expectativas em
relação à organização.
De acordo com Freeman (1984), a teoria dos stakeholders propõe seis princípios
fundamentais para guiar o comportamento das partes interessadas, descritas como: (i) princípio
da entrada e saída, onde qualquer contrato da corporação deve ter claramente definidos os meios
de inputs e outputs e condições de renegociação; (ii) princípio da governança, o qual destaca
que as mudanças nas "regras do jogo" devem ser acordadas por consentimento unânime das
partes; (iii) princípio das externalidades, que estabelece se um contrato entre dois players impõe
um custo para um terceiro, então esse deve ter a opção de fazer parte do contrato; (iv) princípio
dos custos de contratação, no qual todas as partes devem dividir os custos de contratação; (v)
princípio da agência, onde o agente deve servir o interesse de todos os stakeholders; e (vi)
princípio da imoralidade limitada, o qual determina que a corporação deve ser gerida de modo
a servir os interesses dos stakeholders ao longo do tempo.
A teoria dos stakeholders defende que o papel da organização é gerenciar o
relacionamento e interesses de todas as partes interessadas no processo de criação de valor.
Além disso, defende a ideia de que as organizações devem ser socialmente responsáveis e
geridas a serviço do interesse público (FREEMAN, 1984).
De acordo com Oliveira (2008), na gestão sustentada em stakeholders, a atenção deverá
estar voltada simultaneamente tanto para os diversos stakeholders, quanto para as políticas
gerais e responsabilidade social nas tomadas de decisões. Essa necessidade de atenção
simultânea é fruto dos múltiplos objetivos, os quais deverão ser integrados pelo gestor, que
deverá considerar sempre a responsabilidade social da empresa ou responsabilidade social
corporativa. Na administração contemporânea o lucro dá lugar para o valor da empresa, o que
não significa dizer que o gestor deva deixar de buscar o lucro, pois a ausência deste conduz a
um processo de continuidade de negócio.
A contestação mais forte à gestão embasada na teoria dos stakeholders, segundo
Friedman (2014), é a de que o gestor que cumpre as leis, já cumpre com a função social.
Precisamente, não se pode duvidar que aquele que cumpre a legislação, cumpre com sua função
social, porém, acredita-se que em decorrência da globalização da economia, dada a velocidade
com que as informações são transmitidas, o gestor será sempre pressionado pelos diversos
stakeholders a fazer algo a mais do que o exigido pela lei.

2.2 TEORIA DA LEGITIMIDADE

Meyer e Rowan (1977, p. 340) entendem que as empresas absorvem práticas e


procedimentos para alcançar legitimidade, com o objetivo de se perpetuarem no mercado,
independentemente de essas práticas serem ou não eficientes. Os autores também acreditam
que muitas estruturas organizacionais formais decorrem de regras institucionais racionalizadas.
Na visão de Fonseca e Machado-da-Silva (2002), os seguidores da abordagem
institucional consideram que as normas, regras e procedimento sedimentadas na sociedade
como concepções legitimadas de funcionamento organizacional, geram padrões que regulam o
comportamento individual no ambiente social. Em outro contexto, Cho e Patten (2007),
afirmam que a evidenciação socioambiental é um instrumento de legitimação corporativa.
Perrow (1981) entende que uma das tarefas da organização consiste em criar
legitimidade para seus produtos e metodologia operacional, pois a continuidade da organização
transcende a maximização de lucros para os acionistas, mas dependem da aceitação social do
produto e dos métodos operacionais utilizados em sua fabricação. No contexto da construção
civil, por exemplo, a legitimidade de seus produtos pode ser destacada com a certificação selo
verde. Essa certificação destaca a responsabilidade ambiental das organizações em executar
suas atividades da forma mais sustentável e com o menor impacto ambiental possível. O selo
verde pode chancelar todo um processo, desde extração das matérias-primas até a gestão dos
resíduos, passando pela redução na emissão de gases prejudiciais à atmosfera, e como resultado
provavelmente tem influenciado no comportamento do consumidor em relação ao seu consumo.
Em complemento, Silva e Sancovschi (2006) destacam em seus estudos que um
incentivo para a alta administração gerenciar a legitimidade da organização é a probabilidade
de mudanças na percepção da sociedade sobre como a organização está agindo. Dessa forma,
quando algum evento pode tornar uma ameaça a legitimidade da empresa, os administradores
procuram mudar a percepção dos agentes externos, com o propósito de aumentar a congruência
entre as atividades da organização e a expectativa da sociedade. O meio de comunicação
utilizado pelas organizações é a divulgação corporativa destacada por Deegan (2002, p. 292),
onde cita que as “políticas de divulgação corporativa são consideradas como um importante
meio pelo qual a administração pode influenciar as percepções externas sobre a sua
organização”. Um exemplo clássico da construção civil está atrelado à divulgação corporativa
com o surgimento do concreto ecológico, processo no qual parte dos agregados (britas) são
substituídas por agregados provenientes da trituração de pneus em desuso, ou qualquer outro
material de borracha que tenha chegado ao final de sua vida útil, o que contribui para minimizar
os impactos sofridos pela natureza. Nesse sentido, líderes das organizações podem utilizar a
divulgação social corporativa como meio de manter ou obter a legitimidade organizacional.
A teoria da legitimidade na visão de Suchman (1995), pode ser dividia em três formas
de legitimidade: (i) legitimidade pragmática, (ii) legitimidade moral e (iii) legitimidade
cognitiva. A primeira considera que legitimidade está intimidante ligada ao imediatismo da
organização em resposta às percepções do público externo. Esse imediatismo pode envolver
intercâmbios diretos entre organização e a sociedade. A segunda, reflete uma avaliação
normativa positiva da organização e de suas atividades. Em outras palavras, a legitimidade
moral não repousa em julgamentos sobre os benefícios que uma determinada atividade pode
trazer ao grupo avaliador, mas sim em juízos sobre se a atividade é a coisa correta a ser
realizada. Por fim, a terceira pode envolver o apoio afirmativo para uma organização ou sua
simples aceitação como necessária e inevitável, com base em conceitos culturais tidos como
certos. Assim, o autor considera que a legitimidade cognitiva é obtida mediante a compreensão
social e não por interesse ou avaliação.
Suchman (1995) também propõe três desafios da legitimação, destacas a seguir: (i)
ganhar legitimidade, (ii) manter a legitimidade e (iii) recuperar a legitimidade, e apresenta
algumas estratégias para responder a cada um destes desafios no nível pragmático, moral e
cognitivo.
O desafio de ganhar legitimidade em uma situação em que ao inserir uma nova atividade
no mercado, onde praticamente não há precedentes, a organização enfrenta a difícil tarefa da
aceitação em seu contexto social. Como exemplo, podemos contextualizar uma empresa de
construção civil que execute obras de infraestrutura, com alto impacto socioambiental, e inicie
projetos socioambientais. Ganhar legitimidade pode ser algo desafiador, o qual deve ser
conduzido com o apoio de uma comunicação corporativa muito bem estruturada. Por outro lado,
manter a legitimidade pode ser algo mais fácil, não obstante o autor chama atenção para três
aspectos problemáticos para manter a legitimidade organizacional: públicos são frequentemente
heterogêneos; a estabilidade muitas vezes implica rigidez e a institucionalização gera a sua
própria oposição. Por fim, recuperar a legitimidade na visão do autor, se assemelha à tarefa de
ganhá-la, no entanto, a reparação da legitimidade geralmente representa uma resposta reativa a
uma crise imprevista. Um exemplo para contextualização, pode ser atribuído a uma empresa de
construção civil que sempre praticou programas socioambientais (de maneira legítima), e em
determinado momento, um de seus projetos possa ter sofrido um acidente ambiental de natureza
catastrófica. Recuperar a legitimidade também passa a ser algo desafiador. Machado e Ott
(2015) complementam que as organizações devem segregar as avaliações do público externo
sobre ações específicas do passado e as avaliações sobre ações em andamento.
É importante destacar que à luz da teoria da legitimidade, ainda existem alguns pontos
a serem aprofundados, como por exemplo na construção civil, se as atividades de legitimação
das construtoras realmente funcionam e quais formas de mídia de divulgação são mais bem-
sucedidas no intuito de mudar as visões da comunidade sobre determinada organização. Um
segundo ponto a ser estudado está no fato de grupos específicos na sociedade serem mais
influenciados por divulgações legitimadoras do que outros, ou como grupos específicos são
mais facilmente influenciados do que outros, por exemplo, na compra de um imóvel certificado
pelo selo verde. Outro ponto de aprofundamento nos estudos refere-se como os gestores tomam
conhecimento das preocupações da comunidade e como os gestores determinam quais
segmentos da sociedade estão conferindo a legitimidade à empresa.
Em particular, no que tange a implantação dos critérios de ESG, o estudo da teoria da
legitimidade é de fundamental importância para a organização que quer se perpetuar no
mercado, bem como a compreensão do ambiente onde está inserida é necessária para realização
da correta divulgação corporativa.

2.3 TEORIA DA DIVULGAÇÃO

De acordo com Hope (2003), o termo disclosure (divulgação) é um fenômeno


inerentemente complexo e uma simples teoria pode dar uma explicação parcial. Em outro
contexto, Verrecchia (2001) propõe que não existe uma teoria que seja sólida com relação às
informações emitidas pelas organizações. Existe sim um conjunto de direcionadores que
ajudam a integrar os estudos.
“(...) não há uma teoria da divulgação abrangente ou unificada, ou pelo menos,
nenhuma sobre a qual eu me sinta confortável para identificá-la. Na literatura
da pesquisa sobre divulgação não há nenhum paradigma central, nem uma
única noção convincente que dá origem a todas as pesquisas subsequentes,
nenhuma “teoria” bem integrada (...) (VERRECCHIA, 2001, p. 98, tradução
nossa).
Em contrapartida, Dye (2001) afirma que a teoria da divulgação se encontra em um
estágio bem avançado, podendo ser considerada como desenvolvida.
Verrecchia (2001) identificou três categorias de pesquisa sobre os processos da
divulgação de informações na contabilidade: (i) divulgação baseada em associação
(association-based disclosure); (ii) divulgação baseada em julgamento (discretionary-based
disclosure); e (iii) divulgação baseada em eficiência (efficiency-based disclosure).
A primeira categoria (divulgação baseada em associação), segundo Verrecchia (2001),
envolve trabalhos nos quais a principal preocupação consiste em estudar os efeitos exógenos
do disclosure em mudanças ou perturbações nas ações individuais de investidores que
competem no ambiente do mercado de capitais, primariamente por meio do comportamento do
equilíbrio do preço dos ativos e volumes de transação. Neste contexto, Salotti e Yamamoto
(2005) complementam que as pesquisas sobre divulgação baseada em associação têm sido bem-
sucedidas, pois oferecem caracterizações detalhadas sobre as relações entre a divulgação,
mudanças de preços, volume de negócios ou outro fenômeno de mercado.
Verrecchia (2001) descreve que a segunda categoria (divulgação baseada em
julgamento) analisa a forma como os administradores das organizações exercem
discricionariedade no que diz respeito à divulgação de informações sobre as quais eles possam
ter conhecimento. Esta categoria compreende a existência de informações financeiras de caráter
obrigatório, porém os gestores podem gerenciar a divulgação de informações voluntárias, úteis
na avaliação da empresa.
A terceira categoria (divulgação baseada em eficiência), segundo Verrecchia (2001),
discute que tipos de informações são preferidas e mais eficientes, considerando a ausência de
prévio conhecimento da informação. A divulgação baseada em eficiência sumariza a vertente
econômica que engloba as informações preferíveis, as quais reduzem o custo de capital. A busca
de redução de custo de capital está associada às ações da empresa que buscam reduzir outro
tipo de custo, inerente à troca de ativos entre investidores com níveis diferenciados de
informações. Este custo é derivado da questão da seleção adversa, chamada de “componente de
custo de capital relativo à assimetria informacional” (Salotti e Yamamoto, 2005, p. 64).
Em um contraponto interessante, Dye (2001) discorda parcialmente de Verrecchia
(2001), pois da relação ao disclosure obrigatório a literatura atual não está madura para receber
status de teoria.
De acordo com Dye (1985) as informações privadas são aquelas cuja divulgação possui
a capacidade de alterar potencialmente os lucros da empresa, e por consequência a remuneração
de gestores, se for o caso.
Com base na teoria da divulgação, contextualizando com o tema de ESG, pode-se inferir
que a divulgação baseada em julgamento, pode constituir um embasamento teórico para as
organizações que pretendem-se destacar perante a sociedade, com informações ambientais,
sociais e governamentais, através da divulgação de informações voluntárias, úteis na avaliação
da empresa e complementares as informações econômico-financeiras.
2.4 PESQUISAS JÁ REALIZADAS E DESAFIOS ENCONTRADOS

Bebbington e Gray (2001) ilustraram empiricamente a construção da ferramenta de


contabilidade para o desenvolvimento sustentável e Bebbington e Larrinaga (2014), discutiram
a operacionalização da contabilidade para o desenvolvimento sustentável.
De acordo com Buallay (2018), os relatórios de sustentabilidade têm sido amplamente
adotados por empresas em todo o mundo, dada a necessidade das partes interessadas por mais
transparência em questões ambientais, sociais e de governança (ESG). Zhao et al (2018)
destacam que as empresas em todo o mundo estão mudando de metas de curto prazo de
maximizar lucros para metas ambientais, sociais e de governança (ESG) sustentáveis de longo
prazo. Os stakeholders perceberam que os critérios ESG se tornaram importante fonte no
processo de gestão corporativa e isso pode afetar o desempenho financeiro e a lucratividade das
empresas.
As agências de rating ambiental, social e de governança (ESG), atuando como atores
relevantes do mercado financeiro, devem se posicionar no sentido de alcançar um
desenvolvimento mais sustentável. Nesse contexto, Escrig-Olmedo et al (2019) destacam que
as agências de rating ESG evoluíram nos últimos dez anos e mostram que as agências de rating
ESG integraram novos critérios em sua avaliação modelos para medir o desempenho
corporativo de forma mais precisa e robusta para responder aos novos desafios globais.
Entretanto, também mostra que as agências de classificação ESG não integram totalmente os
princípios de sustentabilidade no processo de avaliação de sustentabilidade corporativa.
Em contraponto aos benefícios do ESG, Porter, Serafeim e Kramer (2019) afirmam que
os investidores que se preocupam genuinamente com questões sociais, claramente erraram ao
ignorar os fatores de valor econômico decorrentes do poder do impacto social que melhora os
retornos dos acionistas. A ideia de que empresas que pontuam mais alto em rankings que
agregam métricas ESG, com pouca consideração de sua materialidade financeira e sua relação
com a estratégia competitiva, fornecerão melhores retornos aos acionistas, é uma ideia
simplesmente incorreta.
Porter, Serafeim e Kramer (2019) também afirmam que a maioria dos líderes
corporativos vêm seus esforços de sustentabilidade principalmente como uma forma de
melhorar sua reputação e atrair consumidores, funcionários e investidores socialmente
conscientes. O impacto das inovações sociais na competição e na criação de valor econômico
não são totalmente compreendidos ou mesmo considerados. Como resultado, executivos e
investidores perdem um gerador de valor.
Na visão de Taïbi, Antheaume e Gibassier (2019), a não adoção da ferramenta contábil
levanta questionamentos sobre a aceitabilidade entre os praticantes de visualizar a
insustentabilidade de sua própria organização, em particular dentro de negócios “verdes” e
“socialmente responsáveis”. Além disso, levanta a questão do crescimento e dissociação do
impacto da organização de seu crescimento econômico.
De acordo com a teoria da legitimidade, a divulgação pode ser considerada como uma
ferramenta para responder às mudanças de percepção dos stakeholders de uma empresa. Com
base nessa teoria, Marrone e Oliva (2020), por meio de um estudo de caso, examinaram a reação
das empresas em termos de divulgação ambiental, social e de governança (ESG) a eventos
catastróficos que afetam negativamente a imagem corporativa. Entretanto, os resultados, não
demonstram mudanças significativas na divulgação ESG após o evento catastrófico. As
alterações efetuadas podem, de fato, ser consideradas como uma evolução normal das políticas
de divulgação e não como uma tentativa de reparação da legitimidade perdida.
Pedersen, Fitzgibbons e Pomorski (2020), propõem uma teoria na qual a pontuação
ambiental, social e de governança (ESG) de cada ação desempenha dois papéis: (i) fornecer
informações sobre os fundamentos da empresa e (ii) afetar as preferências dos investidores. A
solução para o problema da carteira do investidor é caracterizada por uma fronteira ESG-
eficiente, apresentando o maior índice de Sharpe atingível para cada nível ESG.
Quando se sugere a adoção de critérios ESG nas empresas, um dos objetivos é investigar
se existem relações entre a divulgação corporativa de aspectos ambientais, sociais e de
governança (ESG) e o desempenho operacional (ROA) e financeiro (ROE) e se essas relações
são positivas ou negativos ou mesmo neutros. Os resultados obtidos por Alareeni e Hamdan
(2020) mostraram que a divulgação ESG afeta positivamente as medidas de desempenho das
empresas. No entanto, medir os subcomponentes ESG separadamente mostrou que a divulgação
ambiental e de responsabilidade social corporativa está negativamente associada ao ROA e
ROE.
Na visão de Aroul, Sabherwal e Villupuram (2022), examinaram a relação entre o
desempenho ambiental, social e de governança (ESG) dos fundos de investimento imobiliário
e sua eficiência operacional e desempenho e puderam constatar que os fundos de investimento
imobiliário com bom desempenho na escala ESG têm maior eficiência operacional. Além disso,
os autores descobriram que fundos de investimento imobiliário com melhores pontuações ESG
estão associados a um melhor desempenho operacional. Por fim, os autores constatam que a
associação positiva entre as pontuações ESG e o desempenho operacional é mais forte em
fundos de investimento imobiliário com maior eficiência operacional.
Existem oportunidades para aprimorar o desenvolvimento de pesquisas atreladas aos
benefícios do ESG em construtoras que divulgam seus indicadores não financeiros (ambiental,
social e de governança). Adicionalmente, conforme exposto por diversos autores, as empresas
que praticam critérios ESG tendem a ter uma relação com maior eficiência operacional e que
as instituições financeiras recompensam empresas por seu desempenho ESG em termos de
redução no custo de capital de dívida.
3. METODOLOGIA

3.1 METODOLOGIA

O método utilizado é o qualitativo. Os métodos qualitativos vêm sendo cada vez mais
utilizados como estratégia de investigação, no intuito de acompanhar as transformações que
acontecem nas organizações (VIEIRA; CASTRO; OLIVEIRA, 2013).
Dentre os diferentes métodos que a pesquisa qualitativa possibilita, muito autores
defendem a pesquisa intervencionista: pesquisa-ação (ANTUNES; MENDONÇA NETO,
VIEIRA, 2016).
A pesquisa intervencionista tem sido sugerida como uma forma possível de produzir
pesquisa em contabilidade gerencial com relevância prática (SUOMALA; YRJÄNÄINEN,
2012).
Quanto ao procedimento técnico, foi utilizada a pesquisa-ação, pois busca-se a resolução
de problemas organizacionais mediante a aplicação de indicadores ESG na empresa. A
pesquisa-ação busca facilitar a busca por soluções aos problemas reais para os quais os
procedimentos convencionais têm pouco contribuído por intermédio de diretrizes de ação
transformadora (THIOLLENT, 2007).
A Figura 1 a seguir estabelece o fluxograma metodológico de pesquisa aplicada neste
trabalho, onde estabelece que a empresa Construções e Comércio Camargo Corrêa S.A. foi
objeto de estudo para o modelo de indicadores ESG. O referencial teórico está calcado na teoria
dos stakeholders (teoria principal), onde a teoria da legitimidade e a teoria da divulgação
(teorias auxiliares) exercem “pressão” sobre a teoria dos stakeholders. O grupo de trabalho
multidisciplinar ESG foi criado com o intuito de engajar os profissionais na tarefa de estabelecer
critérios ESG para a Companhia. Para esta finalidade foram utilizados alguns frameworks de
sustentabilidade (ODS e ISE B3) que auxiliaram no desenvolvimento dos indicadores ESG,
bem como o modelo de PMS de Ferreira e Otley (2009) e o modelo de gestão de mudança
planejada de Van de Ven e Sun (2011).
Figura 1: Fluxograma metodológico de pesquisa

Fonte: Elaborado pelo autor.

A utilização da teoria dos stakeholders se justifica pelo fato de que a implantação de


critérios ESG nas operações da Companhia exerce influência nos principais stakeholders da
Companhia, sejam internos (por exemplo: administradores, executivos e profissionais), sejam
externos (por exemplo: instituições financeiras, mercado segurador, fornecedores, parceiros de
negócios e players de mercado).
Com relação à teoria da legitimidade, a utilização de critérios ESG em conjunto com
políticas de divulgação corporativa, podem influenciar as percepções externas sobre a
organização e criar legitimidade para seus produtos e metodologia operacional.
Por fim, a teoria da divulgação no contexto de ESG pode contribuir para as organizações
que pretendem-se destacar perante a sociedade através da divulgação de informações
voluntárias (não financeiras), as quais são importantes na avaliação da empresa.

3.1.1 Grupo de Trabalho Multidisciplinar ESG

Em novembro de 2020 foi criado um grupo de trabalho multidisciplinar ESG,


constituído por 9 (nove) empresas do Grupo Econômico, com o objetivo de tratar temas
relacionados à governança corporativa. Em fevereiro de 2021, este grupo de trabalho passou a
abranger os temas relacionados as três dimensões do ESG (Ambiental, Social e Governança
Corporativa).
A Figura 2 apresenta a relação de empresas constituintes do grupo de trabalho
multidisciplinar ESG:

Figura 2: Estrutura do grupo de trabalho multidisciplinar ESG

Fonte: Elaborado pelo autor.

Na empresa Construções e Comércio Camargo Corrêa, foram eleitos pela Diretoria


Executiva 4 (quatro) profissionais para atuação nas dimensões ESG. O critério de escolha dos
profissionais foi estabelecido de acordo com a especialidade e experiência de cada profissional,
priorizando profissionais sêniores e suas respectivas as áreas:

• Área administrativa e financeira;


• Área de recursos humanos;
• Área jurídica;
• Área de governança e compliance.

Este grupo de trabalho reuniu-se periodicamente (reuniões quinzenais), em reuniões


internas à Companhia e reuniões externas com as demais empresas do Grupo Econômico, com
o intuito de discutir o tema ESG e buscar sinergia e troca de experiências entre as equipes
multidisciplinares.
3.1.2 Performance Management Systems (PMSs)

O modelo de Ferreira e Otley (2009) apresenta um modelo gerencial no qual visa


orientar a organização no cumprimento dos seus objetivos, pois contempla dentro do seu
modelo a visão e missão, bem como traça os fatores que poderiam causar problemas ao sucesso,
tendo em vista que na busca destes é necessário a análise da estrutura organizacional e as
estratégias e planos, as medidas críticas de performance são necessárias em todo o processo de
administração de uma organização ou empresa dado que os fatores externos influência de forma
direta e podem mudar todo o cenário de lucros, perdas e objetivos.

A Figura 3 a seguir apresenta modelo Ferreira e Otley (2009), o qual será utilizado no
decorrer deste trabalho para a estruturação de um PMS (Performance Management Systems)
ligado (adaptado) ao ESG.

O modelo Ferreira e Otley (2009) apresenta as 12 (doze) questões que a Organização


deve estar atenta para a estruturação de um PMS (Performance Management Systems). A seguir
detalhamos cada uma dessas questões e seus propósitos.

Figura 3: Modelo Ferreira, A. e Otley (2009) de Performance Management Systems

Fonte: Ferreira, A. e Otley, D. 2009. The design and use of performance management systems: An extended
framework for analysis. Management Accounting Research, 20, 263-282.
Q1: Missão e Visão da Empresa: de acordo de Ferreira e Otley (2009), a Organização
deve estabelecer sua visão e missão e estabelecer como isso é levado ao conhecimento dos
gestores e funcionários, bem como quais são os mecanismos, processos e as redes utilizadas
para transmitir os propósitos e objetivos abrangentes da organização aos seus membros.

Q2: Principais Fatores de Sucesso: para esta situação, Ferreira e Otley (2009)
estabelecem que a Organização deve conhecer quais são os principais fatores que se acredita
serem centrais para o sucesso futuro geral da organização e a maneira pela qual eles são trazidos
ao conhecimento dos gerentes e empregados.

Q3: Estrutura Organizacional: Ferreira e Otley (2009) estabelecem que é importante


conhecer como é a estrutura organizacional e que impacto ela tem no projeto e uso de sistemas
de gerenciamento de desempenho (PMSs), bem como a estrutura organizacional influência e
como é influenciada pelo processo de gestão estratégica.

Q4: Estratégias e Planos: neste contexto, a Organização deve ter claro quais são as
estratégias e planos a serem adotados e quais são os processos e atividades que decidiu que será
necessário para garantir o seu sucesso. Ferreira e Otley (2009) complementam que a
Organização também deve conhecer como as estratégias e planos são adaptados, gerados e
comunicado aos gestores e funcionários.

Q5: Principais Medidas de Desempenho: é necessário a Organização definir quais são


as principais medidas de desempenho derivadas de seus objetivos, fatores-chave de sucesso, e
estratégias e planos, além de como são especificados e comunicadas e que papel desempenham
na avaliação de desempenho, comentam Ferreira e Otley (2009).

Q6: Definição de Metas: de acordo de Ferreira e Otley (2009), deve-se identificar que
nível de desempenho a Organização precisa para alcançar para cada uma das suas principais
medidas de desempenho, como se desenrola estabelecer metas de desempenho adequadas para
eles, e quão desafiadoras são essas metas de desempenho.

Q7: Avaliação de Desempenho: Ferreira e Otley (2009) estabelecem quais processos, se


houver, a organização segue para avaliar o desempenho individual, grupal e organizacional. É
necessário conhecer como as avaliações de desempenho são principalmente objetivas,
subjetivas ou mistas e qual a importância das informações e controles formais e informais
nesses processos.
Q8: Sistema de Recompensa: Ferreira e Otley (2009) estabelecem que a Organização
deve conhecer que recompensas – financeiras e/ou não financeiras – os gerentes e outros
funcionários ganharão ao atingir metas de desempenho ou outros aspectos avaliados do
desempenho (ou, inversamente, que penalidades sofrerão ao não alcançá-las).

Q9: Fluxos de Informações e Redes: definir quais fluxos de informações específicos


(feedback), sistemas e redes têm a organização em vigor para apoiar a operação de seus PMSs,
destacam Ferreira e Otley (2009).

Q10: Uso do Sistema Integrado de Gestão: nesse contexto precisa ser estabelecido que
tipo de utilização é feita da informação e dos vários mecanismos de controlo existentes, e se
esses usos podem ser caracterizados em termos de várias tipologias na literatura. Ademais,
como os controles e seus usos diferem em diferentes níveis hierárquicos, comentam Ferreira e
Otley (2009).

Q11: Mudanças no Sistema de Gestão e de Desempenho: de acordo de Ferreira e Otley


(2009), é necessário identificar como os PMSs se alteraram à luz da dinâmica de mudança da
organização e de seu ambiente e se as mudanças no projeto ou uso de PMSs foram feitas de
maneira proativa ou reativa.

Q12: Força e Coerência: por fim, Ferreira e Otley (2009) destacam a necessidade de
compreender quão fortes e coerentes são as ligações entre os componentes das PMSs e as
maneiras pelas quais eles são usados (como denotado pelas 11 perguntas anteriores).

Com base nas respostas às perguntas do modelo de Ferreira e Otley (2009) e adaptando
esse modelo ao ESG obteve-se uma contribuição na identificação da materialidade ESG da
Companhia e na construção do modelo de indicadores ESG.

3.1.3 Gestão de Mudança Organizacional

A teleologia ou modelo de mudança planejada (VAN DE VEN; SUN, 2011) estabelece


que o desenvolvimento é como uma sequência repetitiva de formulação, implementação,
avaliação e modificação de uma meta prevista com base no que foi aprendido ou pretendido
pelas pessoas envolvidas. Um modelo teleológico de mudança planejada se aplica quando um
grupo de participantes concorda e avança em direção a uma meta organizacional compartilhada.
De acordo com Van de Ven e Sun (2011), um modelo falha quando os participantes não
conseguem chegar a um consenso sobre uma meta ou quando as conclusões alcançadas estão
sujeitas a preconceitos individuais e de grupo. A Figura 4 a seguir apresenta o modelo Van de
Ven e Sun (2011) de mudança organizacional com destaque a teleologia.

Figura 4: Modelo Van de Ven e Sun (2011) de mudança organizacional

Fonte: Van de Ven, S., Poole, M.S., 2011. Breakdowns in implementing models of organizational change,
Academy of Management Perspectives 25 (3), 58-74.

Desta forma, foi utilizado nas interações dentro do grupo de trabalho multidisciplinar
ESG este método de gestão de mudança organizacional, buscando o consenso nas decisões e
validação das decisões pela alta gestão da Companhia objeto da intervenção.

Neste contexto, o foco deste trabalho foi atrelado à empresa Construções e Comércio
Camargo Corrêa S.A. (CCCC), onde foram narradas e descritas as ações com vistas a
implementação do modelo de indicadores ESG bem como a intervenção provocada por cada
líder ESG em suas respectivas empresas. Coube também aos líderes do grupo de trabalho
multidisciplinar ESG o desenvolvimento da materialidade, buscando (i) identificação:
mapeamento dos frameworks ESG que serão utilizados no trabalho; (ii) priorização:
levantamento da percepção do stakeholders (através dos frameworks ESG); (iii) análise dos
resultados e definição da materialidade; e (iv) validação com as lideranças e apresentação de
desafios e oportunidades.
3.1.4 Relatórios de Sustentabilidade

Dentre os diversos padrões de frameworks norteadores de Sustainability Reporting (SR),


podem ser identificados na literatura diversos padrões e estruturas de relatórios. A Figura 5
apresenta os principais frameworks voluntários e norteadores de padrões de relatórios de
sustentabilidade.

Figura 5: Principais frameworks de relatórios de sustentabilidade

Fonte: Elaborado pelo autor.


A adoção do framework de sustentabilidade indicado para aplicação prática neste
projeto de pesquisa, inicialmente, foi o GRI (Global Reporting Initiative), por conter
parâmetros globais focados como reportar ESG, e onde o público-alvo são os stakeholders
como um todo além de ser um relatório comumente utilizado pela maioria das empresas para
modelagem da materialidade ESG.

Entretanto, em função de uma decisão estratégica e face ao estágio atual da Companhia,


foram adotados dois outros frameworks também amplamente utilizados no mercado: (i) o Índice
de Sustentabilidade Empresarial (ISE B3), questionário que avalia a performance das empresas
listadas na B3 sob o aspecto ESG e (ii) os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS),
framework global para priorização de ESG, onde público-alvo também são os stakeholders.

3.1.5 Relatório de Desempenho Quantitativo ISE B3

O Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE B3) busca criar um ambiente de


investimento compatível com as demandas de desenvolvimento sustentável da sociedade
contemporânea e estimular a responsabilidade ética das corporações. Iniciado em 2005, foi
originalmente financiado pela International Finance Corporation (IFC), braço financeiro do
Banco Mundial, e seu desenho metodológico foi desenvolvido pelo FGVces e B3.

O ISE B3 é uma ferramenta para análise comparativa da performance das empresas


listadas na B3 sob o aspecto da sustentabilidade corporativa, baseada em eficiência econômica,
equilíbrio ambiental, justiça social e governança corporativa. Também amplia o entendimento
sobre empresas e grupos comprometidos com a sustentabilidade, diferenciando-os em termos
de qualidade, nível de compromisso com o desenvolvimento sustentável, equidade,
transparência e prestação de contas, natureza do produto, além do desempenho empresarial nas
dimensões econômico-financeira, social, ambiental e mudança do clima.

A missão do ISE B3 é apoiar os investidores na tomada de decisão de investimentos


socialmente responsáveis e induzir as empresas a adotarem as melhores práticas de
sustentabilidade empresarial.

Os fundamentos do ISE B3 estão pautados em 4 pilares destacados a seguir:

• Transparência: Dar transparência ao processo ISE B3 e às respostas das empresas


ao questionário;
• Diálogo com as partes interessadas e a sociedade: criar e manter ativos canais de
diálogo com as partes interessadas e a sociedade em geral, como fundamento para
legitimidade, representatividade e atualidade do ISE B3 como expressão das suas
expectativas sobre a sustentabilidade empresarial.
• Aperfeiçoamento contínuo do escopo e do processo: atualizar anualmente o
questionário ISE B3, com base em pesquisa acadêmica e processos participativos,
de modo a mantê-lo em sintonia com o estado da arte do conhecimento em
sustentabilidade e com as expectativas da sociedade. Conhecer os desafios e
oportunidades do processo ISE B3, agindo de modo a otimizar sua eficiência
operacional e sua capacidade de atender aos objetivos estratégicos.
• Autonomia financeira, metodológica e decisória: garantir as condições materiais,
técnicas e de gestão para que o ISE B3 tenha a legitimidade e credibilidade
necessárias para cumprir seu papel e avançar em sua missão.
Com base no preenchimento do questionário de avaliação do desempenho quantitativo
ISE B3 pretende-se obter uma pontuação para cada pilar ESG, que permitirá identificar a
pontuação da Companhia perante a média de mercado das empresas que preencheram o
questionário, bem como obter dados qualitativos que podem contribuir para melhoria da
pontuação e identificação da materialidade da Companhia.

3.1.6 ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e Indicadores ESG

Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) representam um plano de ação


global para erradicar a pobreza extrema e a fome, oferecer educação de qualidade ao longo da
vida para todos, proteger o planeta e promover sociedades pacíficas e inclusivas até 2030. Estes
são os objetivos para os quais as Nações Unidas estão contribuindo para que se possa atingir a
Agenda 2030 no Brasil.
Os membros da ONU (compostos por 193 Estados, incluindo o Brasil),
comprometeram-se a adotar a chamada Agenda Pós-2015, considerada uma das mais
ambiciosas da história da diplomacia internacional. A partir dela, as nações trabalharão para
cumprir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Os ODSs demonstram a escala e a ambição desta nova Agenda Universal, construindo-
se sobre o legado dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) e concluirão o que
estes não conseguiram alcançar. Eles buscam concretizar os direitos humanos de todos e
alcançar a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres e meninas, e são integrados e
indivisíveis, equilibrando as três dimensões do desenvolvimento sustentável: económica, social
e a ambiental. A Figura 6 a seguir apresenta os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável:

Figura 6: Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Social

Fonte: Nações Unidas Brasil (2022).

Com base nesse cenário, após determinada e validada a materialidade pela Diretoria
Executiva da Companhia, a sugestão de cada indicador ESG contemplará e fará referência a um
ou mais Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), para que possam ser aplicados para
o fortalecimento das ações e critérios ESG.

3.2 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA

3.2.1 Histórico e Estrutura Societária

A razão social da empresa objeto de estudo é a Construções e Comércio Camargo Corrêa


S.A., localizada na Avenida Brigadeiro Faria Lima, nº 4.055, 4º Andar, Jardim Paulistano –
CEP: 04538-133, São Paulo / SP – Brasil.
O início da companhia se deu através de um jovem de 17 anos determinado a garantir o
sustento da família após a morte do pai, foi humilde e hábil o suficiente para erguer uma
construtora com economias de seu trabalho de retirada de terra de construções de estradas em
uma carroça puxada por burro. Foi assim que a vida de Sebastião Ferraz de Camargo Penteado
deu uma guinada e começou a transformar a engenharia no Brasil.

Nascido em 25 de setembro de 1909, filho de um pequeno produtor rural de Jaú (SP),


Sebastião Camargo interrompeu seus estudos no terceiro ano primário (hoje ensino
fundamental) para ajudar no sustento da família após a morte de seu pai. Trabalhava com a
carroça diariamente. Posteriormente, ampliou o negócio e comprou mais uma carroça. Com o
passar do tempo e suas habilidades de agregar conhecimento, aprendeu técnicas de
terraplenagem e decidiu investir seu potencial no ramo da construção civil.

Em um pequeno escritório instalado em 1936 na rua Xavier de Toledo, na região central


de São Paulo, que criou, três anos depois, em 27 de março de 1939, a empresa Camargo, Corrêa
& Cia. Ltda. – Engenheiros e Construtores em sociedade com Sylvio Corrêa e Mauro Calasans
(os dois últimos deixaram a participação societária depois). A empresa foi amadurecendo e em
1940 Sebastião Camargo comprou um trator, veículo até então pouco utilizado no país.

O portfólio da construtora acumula mais de 500 obras nas áreas de energia, saneamento,
mineração, óleo e gás, portos, aeroportos, rodovias, sistemas de transportes e construções
industriais, no Brasil e no exterior. Dentre os mais importantes empreendimentos, destacam-se
a Hidrelétrica de Itaipu, a simbólica e internacionalmente conhecida Ponte Rio-Niterói, o
Aeroporto Internacional de Guarulhos, rodovias como Imigrantes, Presidente Dutra, Fernão
Dias e Bandeirantes e mais de 1.600 quilômetros de linhas de metrô em São Paulo e outros
Estados, além de minerodutos, oleodutos, linhas de transmissão de energia elétrica e redes de
saneamento básico, entre outros setores de atuação também no exterior.

Já sem os sócios, Sebastião Camargo ampliou os negócios para outros segmentos, mas
manteve seu crescimento atrelado aos passos inovadores da engenharia. Faleceu aos 84 anos,
em 26 de agosto de 1994. Deixou filhas, netos, genros e um legado para história da
infraestrutura do país.

A estrutura societária da empresa Construções e Comércio Camargo Corrêa S.A. é


constituída pela holding principal do Grupo Econômico. A controladora direta da Construções
e Comércio Camargo Corrêa S.A. é a holding de Engenharia & Construção chamada Camargo
Corrêa Construções e Participações S.A. A seguir, observa-se na Figura 7 como a estrutura
societária do Grupo Econômico, no que tange as empresas atreladas ao segmento de Engenharia
& Construção:

Figura 7: Estrutura societária simplificada do Grupo Econômico

Fonte: Elaborado pelo autor.

O planejamento estratégico da Companhia estabelece o aprimoramento de iniciativas


ESG, com definição de metas objetivas e implementação de KPIs para monitoramento em
conformidade com melhores práticas de mercado. Atuação seguindo as normas de segurança
do trabalho, ética e integridade, respeito ao meio ambiente e stakeholders.

3.3 OBJETO DE ESTUDO

O objeto de estudo compreendeu a implantação do modelo de indicadores ESG –


Environmental, Social and Governance em uma empresa de construção civil brasileira.
Também constituiu o objeto a análise e interpretação dos aprendizados decorrentes da
criação do modelo de indicadores ESG.
O estudo foi de caráter intervencionista e aplicado em uma empresa brasileira de
construção civil no ramo de construção pesada.
3.4 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO

Com relação à pesquisa bibliográfica foram delimitadas aos estudos mais recentes
(principalmente artigos publicados em journals de alta relevância) e de forma temporal entre
2015 e 2022.
A delimitação da pesquisa foi no segmento de construção civil dentro de uma empresa
de construção civil pesada no território geográfico brasileiro.
Os critérios utilizados nessa escolha justificam-se pelo fato de ser uma empresa que
está implantando os critérios ESG, alinhados ao planejamento estratégico de sua controladora
(holding).

3.5 ANÁLISE E TRATAMENTO DOS DADOS

A análise e tratamento dos dados foi através de pesquisa qualitativa e o procedimento


técnico foi o método intervencionista – pesquisa-ação, pois buscou-se a resolução de problemas
organizacionais mediante a aplicação do modelo de indicadores ESG na empresa.
Os dados foram compartilhados e analisados através do Grupo de Trabalho
Multidisciplinar ESG para ações intervencionistas constituído na empresa, para as três
dimensões ESG: ambiental, social e governança, visando: (i) aplicação dos frameworks
aplicados ao ESG; (ii) determinação e validação da materialidade ESG; e (iii) proposta de
indicadores ESG atrelados aos ODSs.
4. RESULTADOS

4.1 MODELO PMS ADAPTADO AO ESG

O modelo de Ferreira, A. e Otley (2009) de Performance Management Systems adaptado


ao ESG foi desenvolvido através de pesquisas e análise de documentos internos da empresa
Construções e Comércio Camargo Corrêa S.A. A seguir são apresentadas as respostas obtidas
para as 12 (doze) perguntas estabelecidas no modelo de Ferreira, A. e Otley (2009), com
adaptação aos critérios ESG.

4.1.1 Missão e Visão da Empresa

A Companhia possui um código de ética e conduta no qual são explícitos os seus


princípios e valores. Essas informações podem ser verificadas na Figura 8 e detalhadas a seguir:

Figura 8: Princípios e Valores da Companhia


PRINCÍPIOS VALORES
Valorização da Vida Respeito às Pessoas e ao Meio Ambiente
Ética Atuação Responsável
Respeito Transparência
Transparência Foco no Resultado
Atuação Responsável Qualidade e Inovação
Compliance

Fonte: Elaborado pela empresa Construções e Comércio Camargo Corrêa S.A. e adaptado pelo autor.

A Companhia adota e pratica os seguintes valores permanentes:

• Respeito às pessoas e ao meio ambiente: agir sempre de forma justa em relação a


acionistas, profissionais, clientes, fornecedores, governos, comunidades locais e
sociedade em geral e atuar com responsabilidade em relação ao meio ambiente;
• Atuação responsável: atender ao que é estabelecido na legislação, onde quer que
atuemos, agindo de forma íntegra. Respeitar a diversidade de acordo com as políticas
universais de boa convivência humana, sem discriminação de raça, classe social, sexo,
orientação sexual, estado civil, religião, crenças, nacionalidade, cargo ou função;
• Transparência: fornecer informações claras e abrangentes sobre as atividades, as
realizações, as políticas e o desempenho da empresa, de maneira sistemática e acessível;
• Foco no Resultado: buscar sempre maximizar o desempenho da empresa, como forma
de garantir sua perenidade, seus investimentos, o retorno aos acionistas e as condições
adequadas aos profissionais;
• Qualidade e Inovação: garantir a qualidade de serviços e produtos e investir
continuamente no aperfeiçoamento de seus profissionais e na inovação de seus
processos.

Dento do contexto de missão e visão da Companhia, a mensagem da presidência é


expressa e disseminada na organização por meio do código de ética e conduta: “Nós
acreditamos que é preciso investir no aperfeiçoamento humano, não apenas no
desenvolvimento de competências técnicas, mas também em questões relacionadas ao
comportamento. Nossas estratégias e ações são orientadas e fundamentadas nos nossos valores.
Entendemos que não basta sentirmos orgulho do que fazemos. É preciso sentir orgulho da
maneira como fazemos”.

A análise dos princípios, dos valores propósito, da missão e da visão da Companhia


demonstra com nitidez o como os critérios ESG permeiam na organização, onde os princípios
ressaltam a valorização da vida, ética, respeito, transparência, atuação responsável e
compliance, princípios esses totalmente atrelados ao ESG. Da mesma maneira é possível
identificar nos valores itens como respeito às pessoas e ao meio ambiente, atuação responsável
e transparência, totalmente alinhados aos critérios ESG. Por fim, destaca-se na mensagem da
presidência todos pilares essências do ESG, bem como o reforço dos valores da Companhia.

4.1.2 Principais Fatores de Sucesso

A Companhia possui como principais fatores de sucesso os itens destacados a seguir, os


quais são revisados anualmente:

• Acompanhamento e reporte de resultados econômicos e financeiros;


• Maximização de resultados;
• Retenção e valorização de pessoas;
• Iniciativas ESG e implementação de KPIs;
• Aprimoramento dos controles internos e auditoria.

A análise dos principais fatores de sucesso da Companhia permite inferir que as


iniciativas ESG estão presentes em seu cotidiano, não desprezando outros fatores essenciais
como resultado econômico e financeiro, o qual também é essencial para a empresa ser
sustentável.

No que diz respeito a ESG, o direcionamento estratégico está calcado no aprimoramento


de iniciativas ESG, com definição de metas objetivas e implementação de KPIs para
monitoramento em conformidade com as melhores práticas de mercado. Atuação seguindo as
normas de segurança do trabalho, ética e integridade, respeito ao meio ambiente e stakeholders.

4.1.3 Estrutura Organizacional

A estrutura organizacional da Companhia é simples e composta pela Presidência,


Diretoria Jurídica, Diretoria de Operações, Diretoria de Negócios, Superintendente de
Administração e Finanças e Gerência de Integridade e Compliance. A Figura 9 permite
visualizar a estrutura organizacional da Companhia:

Figura 9: Estrutura Organizacional da Companhia

Fonte: Elaborado pela empresa Construções e Comércio Camargo Corrêa S.A. e adaptado pelo autor.
As decisões são tomadas de maneira colegiada e deliberadas em reuniões ordinárias.
Destaca-se também que a estrutura organizacional contempla em seu processo de governança
um Comitê de Ética e Pessoas, um Comitê de Riscos e Finanças e um Conselho de
Administração (CAD).

No que tange ao tema ESG, a Alta Administração da Companhia direcionou a criação


de um grupo de trabalho multidisciplinar ESG em fevereiro de 2021, onde os temas ambientais,
sociais e de governança são discutidos periodicamente e foram objeto de exploração nesta
pesquisa.

4.1.4 Estratégias e Planos

As estratégias e os planos de negócio são definidos com base nos direcionadores


estratégicos determinados pela holding (anualmente) e desdobrados a todos os profissionais em
reuniões específicas e/ou pelos canais de comunicação.

A análise dos objetivos estratégicos da Companhia permite identificar alguns dos pilares
ESG, principalmente pautados na governança (aprimoramento dos controles internos e/ou
auditoria e direcionadores estratégicos estabelecidos pela holding) e no aspecto social (retenção
e valorização do capital humano).

4.1.5 Principais Medidas de Desempenho

A Companhia possui diversas medidas de desempenho, as quais permeiam todas as


áreas apresentadas no organograma societário e que são discutidas periodicamente (em reuniões
de resultados e indicadores), as quais ocorrem com periodicidade mensal.

No aspecto ESG, a Companhia possui alguns indicadores de natureza social atrelados a


mão de obra e de natureza de governança corporativa (certificações). No entanto, a análise dos
indicadores permitiu verificar que há possibilidade de inclusão de novos KPIs com a definição
da materialidade ESG.
4.1.6 Definição de Metas

As metas são pactuadas anualmente, entre os meses de outubro e dezembro do exercício


anterior, para acompanhamento e monitoramento no exercício subsequente. A definição das
metas está atrelada as necessidades da Companhia e alinhada com seus objetivos estratégicos.

No contexto de ESG alguns dos executivos da Companhia possuem metas e KPIs


individuais atrelados ao pilar social e de governança corporativa. Entretanto, neste âmbito
também pôde-se observar que há possibilidade de inclusão de novos KPIs com a definição da
materialidade ESG.

4.1.7 Avaliação de Desempenho

As avaliações de desempenho para os gestores e executivos da Companhia contemplam


metas e indicadores corporativos e indicadores individuais.

No que tange a ESG, pôde-se observar que em 2021 a meta corporativa da Companhia
apresentou uma meta específica de governança. Adicionalmente, alguns gestores possuíam
metas ESG atreladas ao seu desempenho individual.

4.1.8 Sistema de Recompensa

O sistema de recompensa da Companhia estabelece a participação nos lucros e


resultados e a remuneração variável para cargos estratégicos, com apuração anual.

Nos anos de 2021 e 2022 foi possível observar que a dimensão governança do ESG
esteve diretamente associado a bonificação dos executivos e profissionais da Companhia,
através da meta de obtenção da certificação ISO 37.001 – Sistema de Gestão Antissuborno. A
determinação da materialidade ESG poderá contribuir para a extensão de outras metas para o
sistema de recompensa dos executivos, gestores e profissionais da Companhia.
4.1.9 Fluxos de Informações e Redes

Os fluxos de informações e redes da Companhia são claros objetivos e de conhecimento


de todos os profissionais. O sistema ERP utilizado pela Companhia é o sistema SAP, onde todas
as informações são consolidadas e compartilhadas com a holding. Este sistema permite
estabelecer elevados padrões de segurança da informação e governança corporativa.

As comunicações com os funcionários são através de e-mails de comunicação interna,


informações disponibilizadas na intranet e reuniões específicas com os profissionais.

O desdobramento do tema ESG envolve todos os profissionais da Companhia e conta


com o apoio do Instituto do Grupo Econômico (empresa sem fins lucrativos que realiza ações
sociais), para a divulgação e disseminação dos temas, principalmente de cunho social.

4.1.10 Uso do Sistema Integrado de Gestão

A Companhia utiliza em seus negócios o SIGO – Sistema Integrado de Gestão de Obras,


o qual estabelece uma metodologia de gestão, cujo principal objetivo é assegurar os resultados
esperados pela empresa através da padronização das atividades no empreendimento.

O SIGO tem suas origens na identificação da necessidade de aprimoramento das práticas


de gestão dos empreendimentos, frente ao acirrado grau de competitividade dos mercados em
que atua a empresa de construção civil deste framework.

Sua concepção inclui elementos dos mais modernos conceitos de gestão empresarial,
desenvolvidos a partir das bases de normas de referência, PMBOK – Project Management Body
of Knowledge, FNQ – Fundação Nacional da Qualidade, Modelo de Excelência da Gestão e das
melhores práticas do mercado, moldados e organizados de forma a respeitar a cultura existente
na empresa.

O modelo de gestão é composto por 15 processos que permite desdobrar as estratégias


da empresa, estabelecer os objetivos e metas para o empreendimento, permitindo a adequação
às suas características e peculiaridades. A Figura 10 a seguir ilustra o Modelo de Gestão:
Figura 10: Framework do modelo de gestão do SIGO

Fonte: Elaborado pela empresa Construções e Comércio Camargo Corrêa S.A.

O desdobramento da estratégia e a garantia dos resultados são os processos que


direcionam o empreendimento, cuja gestão ocorre de forma integrada através dos 14 outros
processos apresentados no centro do círculo.

As etapas do Ciclo PERA – Planejar, Executar, Relatar e Agir – acontecem de forma


cíclica, permeando todos os processos do modelo, tendo como foco a necessidade de ações de
inovação objetivando a melhoria contínua.

A análise dos processos do SIGO permite identificar diversos parâmetros alinhados aos
critérios ESG:

• Ambiental: Processo 14: Saúde, Segurança e Meio Ambiente;


• Social: Processo 8: Gestão Social e Segurança Corporativa e Processo 11: Pessoas;
• Governança: Processo 2: Integração e Processo 3: Contrato.

4.1.11 Mudanças no Sistema de Gestão e de Desempenho

Os sistemas de gestão e de desempenho da Companhia se adequam conforme tamanho


e necessidade, de forma dinâmica à mudança da organizacional e a utilização dos PMSs
(Performance Management Systems) são realizadas de maneira proativa. Os principais fatores
que contribuem para a alteração e/ou mudança no sistema de gestão está atrelado ao aumento
ou volume de projetos, com impacto direto no número de profissionais e prestadores de serviço
da Companhia.

4.1.12 Força e Coerência

Observa-se a robustez e as coerências nos processos da Companhia e nota-se uma


correlação muito forte entre os objetivos estratégicos e seus diversos processos, desde os
sistemas de avaliação até os PMSs (Performance Management Systems) comumente utilizados.

A análise das respostas às perguntas do modelo de Ferreira, A. e Otley (2009) obtidas


através de pesquisas aos documentos internos da Companhia permitiram obter o quadro resumo
apresentado na Tabela 1 a seguir.

Tabela 1: Resultados do modelo de Ferreira, A. e Otley (2009) aplicado ao ESG


Pergunta do Modelo PM S Status Comentários
ESG claramente presente nos princípios, valores,
Missão e Visão da Empresa
missão e visão da Companhia
Iniciativas ESG e implementação de KPIs
Principais Fatores de Sucesso
presentes
Estrutura de governança adequada as
Estrutura Organizacional necessidades da Companhia e criação de grupo
de trabalho multidisciplinar ESG
As estratégias e os planos de negócio contemplam
Estratégias e Planos
os critérios ESG
Há possibilidade de inclusão de novos KPIs com a
Principais Medidas de Desempenho
definição da materialidade ESG
Há possibilidade de inclusão de novos KPIs com a
Definição de Metas
definição da materialidade ESG
Metas corporativas e metas individuais de gestores
Avaliação de Desempenho
contemplam critérios ESG
A determinação da materialidade ESG poderá
Sistema de Recompensa contribuir para a extensão de outras metas para o
sistema de recompensa
O desdobramento do tema ESG envolve todos os
Fluxos de Informações e Redes profissionais e conta com o apoio do Instituto
Camargo Corrêa
Sistema Integrado de Gestão contempla os três
Uso do Sistema Integrado de Gestão
pilares ESG
Mudanças no Sistema de Gestão e de Sistemas de gestão e de desempenho adequados
Desempenho à Companhia
Observa-se a robustez e as coerências nos
Força e Coerência
processos da Companhia

Legenda: Atendimento pleno ao PMS


Atendimento parcial ao PMS
Não atendimento ao PMS

Fonte: Elaborado pelo autor.


Com base na análise do modelo PMS de Ferreira, A. e Otley (2009), pode-se observar
que a Companhia está preparada para aplicação dos critérios ESG e que há possibilidade para
inclusão de novos indicadores e KPIs que auxiliarão os gestores nas tomadas de decisão mais
assertivas. Nota-se também que a definição da materialidade ESG será preponderante para a
elaboração de novos indicadores aderentes ao negócio.

4.2 MODELO DE GESTÃO DE MUDANÇA ORGANIZACIONAL ADAPTADO AO ESG

O modelo de gestão de mudança organizacional de Van de Ven e Sun (2011) foi


adaptado para obtenção dos critérios ESG nesta Companhia, com foco no pilar teleologia, o
qual estabelece que um modelo falha quando os participantes não conseguem chegar a um
consenso sobre uma meta ou quando as conclusões alcançadas estão sujeitas a preconceitos
individuais e de grupo. Neste contexto, foi aplicado nas interações dentro do grupo de trabalho
multidisciplinar ESG este método, buscando o consenso nas decisões e validação das decisões
pela alta gestão da Companhia.

Com a criação do grupo de trabalho multidisciplinar ESG em fevereiro de 2021, o passo


seguinte foi estabelecer a proposta de nova abordagem para conceitos ESG. Em abril de 2021,
com foco na evolução nas discussões relacionadas à estratégia ESG no portfólio das empresas
do Grupo Econômico, foram desenvolvidas as seguintes abordagens:
• Direcionamentos estratégicos: criação de fórum de discussão ESG em diferentes grupos
via representante de cada Companhia investida do Grupo Econômico, onde: (i) o grupo
de trabalho multidisciplinar ESG promove maior velocidade em temas e identificação
de riscos via lições aprendidas em cada Companhia investida ou por acesso a
especialistas externos; e (ii) interações com os CEOs e com o overview das estratégias
e temas comuns entre as Companhias investidas, visando auxílio na percepção de
performance, direção estratégica e geração de mecanismos de motivação de
desempenho;
• Proposta de criação de valor fundamentada em pilares de atuação: (i) conhecimento:
troca de conhecimentos e experiencias no grupo de trabalho multidisciplinar ESG; (ii)
contato: estimular contato entre Companhias investidas e especialistas externos,
trazendo visão de mercado; (iii) otimização: otimizar times e custos em iniciativas
comuns; (iv) independência: autonomia para definir sua estratégia de atuação e
amplitude; e (v) engajamento: gerar valor e aprimoramento de processos através do
engajamento da liderança em iniciativas ESG.
Dentre as iniciativas exploradas, as primeiras interações do grupo de trabalho
multidisciplinar ESG, no ano de 2021, possibilitaram a definição do modelo e diagnóstico
inicial:
• Definição do modelo inicial: (i) temas específicos: criação de plataforma de
compartilhamento de políticas, práticas e iniciativas ESG; (ii) temas comuns: definição
das dimensões e categorias de iniciativas que se entendem ser interesse comum em todas
as Companhias investidas;
• Diagnóstico inicial: através do mapa de materialidade, identificando principais
iniciativas em curso dentro de cada Companhia investida.
A materialidade é determinada pela relevância e pela importância de uma questão. Uma
questão material irá influenciar decisões, as ações e o desempenho de uma organização ou de
seus stakeholders. O mapeamento dos principais temas a serem tratados em cada dimensão ESG
e das iniciativas promovidas pelas Companhias investidas permitiu a identificação de sinergias
entre os tópicos, visando a busca por oportunidades dentro das dimensões exploradas. A Figura
11 a seguir apresenta o mapa de materialidade com as principais sinergias dentro do grupo de
trabalho multidisciplinar ESG.

Figura 11: Mapa de materialidade com as principais iniciativas ESG

Fonte: Elaborado pelo grupo de trabalho multidisciplinar ESG.

Como resultado, estabeleceu-se a matriz de sinergia entre propostas as apresentadas no


grupo de trabalho multidisciplinar ESG, a qual apresentou os seguintes resultados destacados
nas Figuras 12, 13 e 14, onde as iniciativas destacadas representam as sinergias entre as
empresas. O preenchimento de cada iniciativa foi elaborado pelos membros do grupo
multidisciplinar ESG de cada empresa e agrupados comparando-se as sinergias em cada uma
das dimensões ESG, com o intuito de identificar as sinergias entre empresas.

Figura 12: Mapa de materialidade – iniciativas ambientais

Fonte: Elaborado pelo grupo de trabalho multidisciplinar ESG.

Figura 13: Mapa de materialidade – iniciativas sociais

Fonte: Elaborado pelo grupo de trabalho multidisciplinar ESG.


Figura 14: Mapa de materialidade – iniciativas de governança corporativa

Fonte: Elaborado pelo grupo de trabalho multidisciplinar ESG.

Com base nos resultados apresentados pela matriz de sinergia, a qual foi fruto de
autoavaliação de cada especialista das Companhias investidas, foi possível observar que para
as iniciativas de governança, que existe sinergia entre os itens (i) gestão de integridade e
compliance, (ii) arquitetura de governança, (iii) auditoria e riscos e (iv) Benchmarking. Para
análise da empresa Construções e Comércio Camargo Corrêa S.A. verifica-se somente o gap
no item matriz de materialidade.
Com relação as iniciativas sociais, existe sinergia entre os itens (i) projetos sociais, (ii)
gestão organizacional e (iii) segurança do trabalho. Para análise da empresa Construções e
Comércio Camargo Corrêa S.A. verifica-se gaps nos itens (i) inclusão e diversidade, (ii)
relacionamento com clientes e (iii) indicadores.
Por fim, com relação as iniciativas ambientais, existe sinergia entre os itens (i)
reciclagem e resíduos e (ii) uso de recursos naturais. Para análise da empresa Construções e
Comércio Camargo Corrêa S.A. verifica-se gaps nos itens (i) uso de recursos naturais, (ii)
métodos construtivos e produtivos, (iii) gestão ambiental, (iv) emissão de CO2 e (v)
certificações e indicadores.
A utilização do modelo de gestão de mudança organizacional de Van de Ven e Sun
(2011) permitiu as discussões e validações das sinergias ESG dentro do grupo de trabalho
multidisciplinar ESG e permitiu a obtenção de uma primeira materialidade comum as empresas
investidas do Grupo Econômico.
4.3 RELATÓRIO DE DESEMPENHO QUANTITATIVO ISE B3

No mês de novembro de 2021, o grupo de trabalho multidisciplinar ESG recomendou o


preenchimento do relatório de desempenho quantitativo ISE B3 (Índice de Sustentabilidade
Empresarial da B3). O preenchimento do simulado foi realizado pelos especialistas do grupo
de trabalho multidisciplinar ESG da empresa Construções e Comércio Camargo Corrêa, com
orientação do Instituto do Grupo Econômico.
O simulado ISE B3 é o resultado de uma carteira teórica de ativos, elaborada de acordo
com os critérios estabelecidos nesta metodologia. Os índices da B3 utilizam procedimentos e
regras constantes do manual de definições e procedimentos dos índices da B3.
O simulado ISE B3 tem o objetivo de ser o indicador do desempenho médio das cotações
dos ativos de empresas selecionadas pelo seu reconhecido comprometimento com a
sustentabilidade empresarial. Entretanto, simulado ISE B3 também pode ser realizado por
empresas de capital fechado e auxilia a empresa nas oportunidades de melhoria para
implantação de critérios ESG.
A empresa Construções e Comércio Camargo Corrêa S.A. preencheu os três simulados
nas dimensões ambiental, social e governança corporativa e os resultados serão apresentados a
seguir, os quais serão importantes para auxiliar na identificação da materialidade dentro de cada
pilar ESG para a Companhia.
As análises qualitativas provenientes de cada uma das dimensões que serão apresentadas
a seguir (ambiental, social e de governança) foram desenvolvidas pelo grupo de trabalho
multidisciplinar ESG da Companhia em conjunto com o Instituto do Grupo Econômico.

4.3.1 Simulado ISE B3 Dimensão Ambiental

Os resultados do preenchimento do questionário do simulado do Desempenho


Quantitativo ISE B3 – Dimensão Ambiental foram extraídos e compilados na Tabela 2
apresentada a seguir:
Tabela 2: Simulado ISE B3 na Dimensão Ambiental
Desempenho Consolidado (Dimensões)
GER NAT GOV ECO AMB SOC CLI
Simulação 0 0 51 0 58 48 0
Desempenho Máximo 95 100 86 91 92 88 93
Desempenho Médio da Carteira 80 87 68 73 76 70 73
Desempenho Médio das Participantes 73 87 65 68 74 66 67
Desvio-Padrão 19 16 12 17 10 14 21

Legenda: GER - Geral AMB - Ambiental


NAT - Natureza do Produto SOC - Social
GOV - Governança CLI - Mudanças Climáticas
ECO - Econômico-Financeiro

Fonte: Simulado do Desempenho Quantitativo ISE B3 e adaptado pelo autor.

Analisando a Dimensão Ambiental, a primeira simulação para a Companhia apresentou


58 pontos, onde o desempenho máximo foi de 92 pontos (a Companhia ficou 34 pontos abaixo
do desempenho máximo, equivalente a 37,0% menor). Com relação ao Desempenho Médio da
Carteira (76 pontos), a Companhia ficou 18 pontos abaixo, equivalente a 23,7% menor. Por
fim, comparando o resultado da Companhia com o Desempenho Médio das Participantes (74
pontos), a Companhia ficou 16 pontos abaixo, equivalente a 21,6% menor. O desvio-padrão foi
de 10%.
O desdobramento da avaliação permitiu extrair a Tabela 3 a seguir, a qual destaca os
critérios e indicadores para política na dimensão ambiental.

Tabela 3: Critério I – Política na Dimensão Ambiental


Cenários: Política
Critérios e Indicadores Peso Simulação Máx Méd
Critério I - Política 2,00 1,00 50,00% 2,00 1,97

Fonte: Simulado do Desempenho Quantitativo ISE B3 e adaptado pelo autor.

A análise da Tabela 3 indica que para atingimento máximo da pontuação a Companhia


precisa na sua política corporativa ter de forma explícita os compromissos da empresa no tema,
avaliação e monitoramento das ações e divulgação dos resultados, além de apresentar a
abrangência da ação nos negócios.
O desdobramento da avaliação também permitiu extrair a Tabela 4 a seguir, a qual
destaca os critérios e indicadores para gestão na dimensão ambiental.
Tabela 4: Critério II – Gestão na Dimensão Ambiental
Cenários: Gestão
Critérios e Indicadores Peso Simulação Máx Méd
Critério II - Gestão 39,00 18,60 47,69% 36,50 32,25
Responsabilidade Ambiental 4,00 - 0,00% 4,00 3,73
Planejamento 13,00 7,15 55,00% 13,00 11,54
Gerenciamento e Monitoramento 3,80 1,95 51,32% 3,80 3,10
Certificações 4,00 1,00 25,00% 4,00 2,48
Comunicação com Stakeholders 6,45 1,75 27,13% 6,45 6,05
Biodiversidade & Serv. Ecossistêmicos 5,75 4,75 82,61% 5,75 3,35
Bem-estar Animal 2,00 2,00 100,00% 2,00 2,00

Fonte: Simulado do Desempenho Quantitativo ISE B3 e adaptado pelo autor.

A análise da Tabela 4 indica que a melhoria dos indicadores pode ser obtida através de:
(i) Ter na descrição dos cargos, quando aplicável, a responsabilidade ambiental
(verificar se há na Companhia esse cargo/função específica);
(ii) Realizar avaliação de impacto em serviços ecossistêmicos, quando cabível,
assim como programas de meio ambiente, monitorando o desempenho das
atividades;
(iii) Monitorar impactos ambientais das operações e monitorar o desempenho
ambiental na cadeia de fornecedores, quando cabível;
(iv) Certificação ambiental, de saúde e segurança no trabalho (SST), de
responsabilidade social, quando cabível à operação da Companhia;
(v) Os indicadores de compromisso global e bem-estar animal não são aplicáveis a
natureza do negócio.
O desdobramento da avaliação também permitiu extrair a Tabela 5 a seguir, a qual
destaca os critérios e indicadores para desempenho na dimensão ambiental.

Tabela 5: Critério III – Desempenho na Dimensão Ambiental


Cenários: Desempenho
Critérios e Indicadores Peso Simulação Máx Méd
Critério III - Desempenho 37,00 21,30 57,57% 33,25 26,99
Consumo de Recursos Ambientais 19,00 9,30 48,95% 16,80 13,90
Emissões Atmosféricas 14,00 10,00 71,43% 14,00 10,71
Aspectos Ambientais Críticos 2,00 - 0,00% 2,00 1,71
Seguro Ambiental 2,00 2,00 100,00% 2,00 0,67

Fonte: Simulado do Desempenho Quantitativo ISE B3 e adaptado pelo autor.


A análise da Tabela 5 indica que a melhoria dos indicadores depende dos critérios de
gestão e depende invariavelmente do estabelecimento de diretrizes, indicadores e
monitoramento das atividades críticas ao negócio.
O desdobramento da avaliação também permitiu extrair a Tabela 6 a seguir, a qual
destaca os critérios e indicadores para cumprimento legal na dimensão ambiental.

Tabela 6: Critério IV – Cumprimento Legal na Dimensão Ambiental


Cenários: Cumprimento Legal
Critérios e Indicadores Peso Simulação Máx Méd
Critério IV - Cumprimento Legal 22,00 17,50 79,55% 22,00 17,44
Área de Preservação Permanente 6,00 6,00 100,00% 6,00 5,53

Fonte: Simulado do Desempenho Quantitativo ISE B3 e adaptado pelo autor.

A análise da Tabela 6 indica que não há ajustes a serem realizados frente a natureza das
operações.

4.3.2 Simulado ISE B3 Dimensão Social

Os resultados do preenchimento do questionário do simulado do Desempenho


Quantitativo ISE B3 – Dimensão Social foram extraídos e compilados na Tabela 7 apresentada
a seguir:

Tabela 7: Simulado ISE B3 na Dimensão Social


Desempenho Consolidado (Dimensões)
GER NAT GOV ECO AMB SOC CLI
Simulação 0 0 51 0 58 48 0
Desempenho Máximo 95 100 86 91 92 88 93
Desempenho Médio da Carteira 80 87 68 73 76 70 73
Desempenho Médio das Participantes 73 87 65 68 74 66 67
Desvio-Padrão 19 16 12 17 10 14 21

Legenda: GER - Geral AMB - Ambiental


NAT - Natureza do Produto SOC - Social
GOV - Governança CLI - Mudanças Climáticas
ECO - Econômico-Financeiro

Fonte: Simulado do Desempenho Quantitativo ISE B3 e adaptado pelo autor.

Analisando a Dimensão Social, a primeira simulação para a Companhia apresentou 48


pontos, onde o desempenho máximo foi de 88 pontos (a Companhia ficou 40 pontos abaixo do
desempenho máximo, equivalente a 45,5% menor). Com relação ao Desempenho Médio da
Carteira (70 pontos), a Companhia ficou 22 pontos abaixo, equivalente a 31,4% menor. Por
fim, comparando o resultado da Companhia com o Desempenho Médio das Participantes (66
pontos), a Companhia ficou 18 pontos abaixo, equivalente a 27,3% menor. O desvio-padrão foi
de 14%.
O desdobramento da avaliação permitiu extrair a Tabela 8 a seguir, a qual destaca os
critérios e indicadores para política na dimensão social.

Tabela 8: Critério I – Política na Dimensão Social


Cenários: Política
Critérios e Indicadores Peso Simulação Máx Méd
Critério I - Política 22,90 12,41 54,19% 22,90 20,00
Compromisso com Princípios e Direitos
13,10 6,06 46,26% 13,10 11,38
Fundamentais nas Relações de Trabalho
Compromisso com a Comunidade 5,30 3,45 65,09% 5,30 4,63
Respeito à Privacidade, Uso da Informação e
4,50 2,90 64,44% 4,50 3,99
Marketing

Fonte: Simulado do Desempenho Quantitativo ISE B3 e adaptado pelo autor.

A análise da Tabela 8 indica que as oportunidades de melhoria nos desempenhos destes


indicadores dependem:
(i) Publicação de versões adaptadas para públicos com necessidades específicas de
acessibilidade;
(ii) Compromisso formal de combate à exploração sexual e infantil e trabalho
forçado em sua cadeia de suprimentos;
(iii) Publicidade da política corporativa de relacionamento com a comunidade;
(iv) Identificar e avaliar os impactos as comunidades causadas pelas suas operações;
(v) Estabelecer uma política para uso de dados, incluindo responsáveis e sanções
aplicadas ao descumprimento à LGPD.
O desdobramento da avaliação também permitiu extrair a Tabela 9 a seguir, a qual
destaca os critérios e indicadores para gestão na dimensão social.
Tabela 9: Critério II – Gestão na Dimensão Social
Cenários: Gestão
Critérios e Indicadores Peso Simulação Máx Méd
Critério II - Gestão 44,20 23,30 52,71% 42,00 31,30

Aplicação dos Compromissos com Princípios e


21,40 14,70 68,69% 20,20 15,37
Direitos Fundamentais nas Relações de Trabalho

Relação com a Comunidade 12,30 2,60 21,14% 12,30 8,37


Relação com Clientes e Consumidores 10,50 6,00 57,14% 10,50 7,56

Fonte: Simulado do Desempenho Quantitativo ISE B3 e adaptado pelo autor.

A análise da Tabela 9 indica que as oportunidades de melhoria nos desempenhos destes


indicadores dependem:
(i) Promover comitês de diversidade ou grupos de afinidade para monitorar a
evolução do tema diversidade na Companhia;
(ii) Adotar uma política ou programa estruturado visando respeitar a diversidade em
termos de orientação sexual e identidade de gênero;
(iii) Adotar práticas cotidianas pela Companhia que buscam construir um
relacionamento com a comunidade local visando o desenvolvimento local, como
por exemplo uma política específica para contratação de fornecedores locais e
incidência em políticas públicas;
(iv) Realizar projetos sociais: incentivo direto e verba incentivada (incentivo fiscal);
(v) Adotar processos e procedimentos, incluindo terceirizados para os temas:
erradicação do trabalho infantil e trabalho forçado.
O desdobramento da avaliação também permitiu extrair a Tabela 10 a seguir, a qual
destaca os critérios e indicadores para desempenho na dimensão social.

Tabela 10: Critério III – Desempenho na Dimensão Social


Cenários: Desempenho
Critérios e Indicadores Peso Simulação Máx Méd
Critério III - Desempenho 22,40 5,50 24,55% 19,30 10,54
Diversidade e Equidade 4,00 1,50 37,50% 2,50 1,04
Gestão de Fornecedores 10,40 - 0,00% 9,50 3,63
Resolução de Demandas de Clientes e
8,00 4,00 50,00% 8,00 5,88
Consumidores

Fonte: Simulado do Desempenho Quantitativo ISE B3 e adaptado pelo autor.


A análise da Tabela 10 indica que as oportunidades de melhoria nos desempenhos destes
indicadores dependem:
(i) Equidade e diversidade na estrutura organizacional;
(ii) Avaliar adesão ao Programa Empresa Cidadã;
(iii) Para fornecedores críticos do negócio adotar critérios de seleção para
valorização de práticas socioambientais e realização de due diligence para todos
os fornecedores no tema de direitos humanos.
O desdobramento da avaliação também permitiu extrair a Tabela 11 a seguir, a qual
destaca os critérios e indicadores para cumprimento legal na dimensão social.

Tabela 11: Critério IV – Cumprimento Legal na Dimensão Social


Cenários: Cumprimento Legal
Critérios e Indicadores Peso Simulação Máx Méd
Critério IV - Cumprimento Legal 10,50 6,50 61,90% 10,50 6,98
Público Interno 4,00 4,00 100,00% 4,00 2,30
Clientes e Consumidores 3,00 - 0,00% 3,00 1,65
Sociedade 3,50 2,50 71,43% 3,50 3,04

Fonte: Simulado do Desempenho Quantitativo ISE B3 e adaptado pelo autor.

A análise da Tabela 11 indica que as oportunidades de melhoria nos desempenhos destes


indicadores dependem:
(i) Reduzir os processos judiciais ou administrativos decorrentes do relacionamento
da Companhia com clientes/consumidores dos produtos e serviços oferecidos;
(ii) Reduzir os processos judiciais ou administrativos envolvendo acidentes ou
desastres socioambientais em suas operações.

4.3.3 Simulado ISE B3 Dimensão Governança

Os resultados do preenchimento do questionário do simulado do Desempenho


Quantitativo ISE B3 – Dimensão Governança foram extraídos e compilados na Tabela 12
apresentada a seguir:
Tabela 12: Simulado ISE B3 na Dimensão Governança
Desempenho Consolidado (Dimensões)
GER NAT GOV ECO AMB SOC CLI
Simulação 0 0 51 0 58 48 0
Desempenho Máximo 95 100 86 91 92 88 93
Desempenho Médio da Carteira 80 87 68 73 76 70 73
Desempenho Médio das Participantes 73 87 65 68 74 66 67
Desvio-Padrão 19 16 12 17 10 14 21

Legenda: GER - Geral AMB - Ambiental


NAT - Natureza do Produto SOC - Social
GOV - Governança CLI - Mudanças Climáticas
ECO - Econômico-Financeiro

Fonte: Simulado do Desempenho Quantitativo ISE B3 e adaptado pelo autor.

Analisando a Dimensão Governança, a primeira simulação para a Companhia


apresentou 51 pontos, onde o desempenho máximo foi de 86 pontos (a Companhia ficou 35
pontos abaixo do desempenho máximo, equivalente a 40,7% menor). Com relação ao
Desempenho Médio da Carteira (68 pontos), a Companhia ficou 17 pontos abaixo, equivalente
a 25,0% menor. Por fim, comparando o resultado da Companhia com o Desempenho Médio
das Participantes (65 pontos), a Companhia ficou 14 pontos abaixo, equivalente a 21,5% menor.
O desvio-padrão foi de 12%.
O desdobramento da avaliação permitiu extrair a Tabela 13 a seguir, a qual destaca os
critérios e indicadores para propriedade na dimensão governança.

Tabela 13: Critério I – Propriedade na Dimensão Governança


Cenários: Propriedade
Critérios e Indicadores Peso Simulação Máx Méd
Critério I - Propriedade 30,00 18,50 61,67% 28,25 21,92
Relacionamentos entre Sócios 21,00 13,50 64,29% 20,50 16,11
Transparência 1,00 - 0,00% 1,00 0,80
Cumprimento Legal 2,00 2,00 100,00% 2,00 1,54
Governança de Controladas, Coligadas e/ou
6,00 3,00 50,00% 4,75 3,47
Subsidiárias

Fonte: Simulado do Desempenho Quantitativo ISE B3 e adaptado pelo autor.


A análise da Tabela 13 indica que as oportunidades de melhoria nos desempenhos destes
indicadores dependem invariavelmente da intenção da Companhia em optar pela abertura de
capital.
O desdobramento da avaliação também permitiu extrair a Tabela 14 a seguir, a qual
destaca os critérios e indicadores para Conselho de Administração na dimensão governança.
Tabela 14: Critério II – Conselho de Administração na Dimensão Governança
Cenários: Conselho de Administração
Critérios e Indicadores Peso Simulação Máx Méd
Critério II - Conselho de Administração 30,00 11,50 38,33% 27,00 15,90
Estrutura do Conselho de Administração 14,00 3,00 21,43% 11,00 4,90
Dinâmica do Conselho de Administração 16,00 8,50 53,13% 16,00 11,00

Fonte: Simulado do Desempenho Quantitativo ISE B3 e adaptado pelo autor.

A análise da Tabela 14 indica que a melhoria no desempenho do indicador estrutura do


Conselho de Administração depende da adoção de critérios de diversidade entre os membros
do conselho e remuneração variável.
Para o indicador dinâmica do Conselho de Administração a adoção de políticas
específicas para os temas: compliance, ambiental e social no que tange publicidade de dados,
sanções e monitoramento devem passar a fazer parte da prática do Conselho de Administração.
O desdobramento da avaliação também permitiu extrair a Tabela 15 a seguir, a qual
destaca os critérios e indicadores para gestão na dimensão governança.

Tabela 15: Critério III – Gestão na Dimensão Governança


Cenários: Gestão
Critérios e Indicadores Peso Simulação Máx Méd
Critério III - Gestão 10,00 7,25 72,50% 10,00 8,15
Qualidade da Gestão 10,00 7,25 72,50% 10,00 8,15

Fonte: Simulado do Desempenho Quantitativo ISE B3 e adaptado pelo autor.

A análise da Tabela 15 indica que a melhoria no desempenho do indicador depende,


invariavelmente da implementação de formação aos níveis de coordenação, gerência e diretoria
nos temas de diversidade e ambiental.
O desdobramento da avaliação também permitiu extrair a Tabela 16 a seguir, a qual
destaca os critérios e indicadores para gestão na dimensão governança.
Tabela 16: Critério IV – Auditoria e Fiscalização na Dimensão Governança
Cenários: Auditoria e Fiscalização
Critérios e Indicadores Peso Simulação Máx Méd
Critério IV - Auditoria e Fiscalização 10,00 3,25 32,50% 10,00 7,87
Prestação de Contas 10,00 3,25 32,50% 10,00 7,87

Fonte: Simulado do Desempenho Quantitativo ISE B3 e adaptado pelo autor.

A análise da Tabela 16 indica que a melhoria no desempenho do indicador depende da


implementação do Comitê de Auditoria (quando cabível) e sua aprovação pelo Conselho de
Administração, além da implementação do Conselho Fiscal.
O desdobramento da avaliação também permitiu extrair a Tabela 17 a seguir, a qual
destaca os critérios e indicadores para conduta e conflito de interesse na dimensão governança.

Tabela 17: Critério V – Conduta e Conflito de Interesse na Dimensão Governança


Cenários: Conduta e Conflito de Interesse
Critérios e Indicadores Peso Simulação Máx Méd
Critério V - Conduta e Conflito de Interesse 20,00 10,75 53,75% 18,75 13,92
Conduta e Conflito de Interesse 20,00 10,75 53,75% 18,75 13,92

Fonte: Simulado do Desempenho Quantitativo ISE B3 e adaptado pelo autor.

A análise da Tabela 17 indica que a melhoria no desempenho do indicador só é possível


às Companhias listados no mercado de capitais. O indicador apresenta o percentual favorável
por ter na Companhia o código de ética e conduta e a política específica para conflito de
interesses.
Analisando-se os resultados apresentados foi possível identificar que a maior pontuação
foi obtida na dimensão ambiental (58 pontos perante o desempenho médio da carteira de 76
pontos). A dimensão governança apresentou 51 pontos perante o desempenho médio da carteira
de 68 pontos (menor diferença entre a média da carteira, comparado com os outros pilares). Por
fim, a dimensão social obteve a menor pontuação (48 pontos perante o desempenho médio da
carteira de 70 pontos).
4.4 MATERIALIDADE ESG

Com base nas informações analisadas, através do modelo de PMS de Ferreira e Otley
(2009), do modelo de gestão de mudança planejada de Van de Ven e Sun (2011) e do relatório
de desempenho quantitativo ISE B3 (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) foi possível
estruturar e organizar as informações para definir a materialidade (ações priorizadas) para a
Companhia, o que foi apresentado, validado e deliberado pela Diretoria Executiva no mês de
outubro de 2022.
As principais ações e materialidade ESG da Companhia são apresentadas nas Figuras
15, 16 e 17 destacadas a seguir:

Figura 15: Materialidade da Companhia – dimensão ambiental

Fonte: Elaborado pela empresa Construções e Comércio Camargo Corrêa S.A. e adaptado pelo autor.
Figura 16: Materialidade da Companhia – dimensão social

Fonte: Elaborado pela empresa Construções e Comércio Camargo Corrêa S.A. e adaptado pelo autor.
Figura 17: Materialidade da Companhia – dimensão de governança

Fonte: Elaborado pela empresa Construções e Comércio Camargo Corrêa S.A. e adaptado pelo autor.
4.5 INDICADORES ESG – AMBIENTAL, SOCIAL E GOVERNANÇA

A sugestão para elaboração e implantação de indicadores ESG na Empresa são descritas


a seguir, em cada um dos três pilares ESG (Ambiental, Social e Governança Corporativa). O
critério adotado nesta sugestão foi através de uma avaliação custo/benefício e praticidade para
implementação destes indicadores.

4.5.1 Indicadores Ambientais

Com base na materialidade proposta pelo grupo de trabalho multidisciplinar ESG, foram
propostos 5 (cinco) indicadores de natureza ambiental para acompanhamento na Companhia a
partir do ano de 2023. As Figuras 18 a 22 apresentam os indicadores ambientais, sua
metodologia de cálculo, a materialidade associada, a periodicidade de medição e o ODS
relacionado.

Figura 18: Indicador de Eficiência Energética


Indicador Unidade
Consumo de Energia Elétrica
Redução do consumo de energia elétrica de fontes não kWh / pessoa * mês
renováveis

Metodologia de Cálculo: ODS Relacionado:


Consumo calculado através das faturas de energia elétrica
emitidas mensalmente pela concessionária do sistema
energético

Materialidade:
Redução de consumo dos Recursos Naturais
Periodicidade: ODS 7: Energia Limpa e Acessível
Mensal

Fonte: Elaborado pelo autor.


Figura 19: Indicador de Eficiência Hídrica
Indicador Unidade
Consumo de Água Potável
litros / pessoa * mês
Redução do consumo de água potável

Metodologia de Cálculo: ODS Relacionado:

Consumo calculado através das faturas de água potável


emitidas mensalmente pela concessionária do sistema hídrico

Materialidade:
Redução de consumo dos Recursos Naturais
Periodicidade: ODS 6: Água Potável e Saneamento
Mensal

Fonte: Elaborado pelo autor.

Figura 20: Indicador do Arquivo Físico (CEDOC)


Indicador Unidade
Arquivo Físico (CEDOC)
Redução do arquivo de caixas nos Centros de Documentos nº de caixas destruídas / mês
responsáveis por guarda e custódia de documentos

Metodologia de Cálculo: ODS Relacionado:

Consumo calculado através da quantidade de caixas com


documentos armazenadas no CEDOC destruídas a cada mês

Materialidade:
Redução de consumo dos Recursos Naturais
Periodicidade: ODS 12: Consumo e Produção Responsáveis
Mensal ODS 13: Ação Contra a Mudança Global do Clima

Fonte: Elaborado pelo autor.

Figura 21: Indicador de Impressão em Papel


Indicador Unidade
Impressão em Papel
Redução do consumo de papel utilizado nas impressoras da folha de papel / pessoa * mês
Companhia (projetos e administração central)

Metodologia de Cálculo: ODS Relacionado:

Consumo calculado através da quantidade de papel consumido


em cada unidade e/ou filial da Companhia

Materialidade:
Impressão consciente e adoção de assinaturas eletrônicas
Periodicidade: ODS 12: Consumo e Produção Responsáveis
Mensal ODS 13: Ação Contra a Mudança Global do Clima

Fonte: Elaborado pelo autor.


Figura 22: Indicador de Consumo de Plástico
Indicador Unidade
Consumo de Plástico
Redução no consumo de garrafas plásticas com água utilizadas garrafas de água / mês
na Companhia (projetos e administração central)

Metodologia de Cálculo: ODS Relacionado:

Consumo calculado através da quantidade de garrafas plásticas


com água com base nas notas fiscais de compra

Materialidade:
Redução de consumo dos Recursos Naturais
Periodicidade: ODS 12: Consumo e Produção Responsáveis
Mensal ODS 13: Ação Contra a Mudança Global do Clima

Fonte: Elaborado pelo autor.

4.5.2 Indicadores Sociais

O pilar social demonstrou ser a dimensão do ESG mais relevante e material para a
Companhia. Desta forma, com base na materialidade proposta pelo grupo de trabalho
multidisciplinar ESG, foram propostos 5 (cinco) indicadores de natureza social para
acompanhamento na Companhia a partir do ano de 2023. As Figuras 23 a 27 apresentam os
indicadores sociais, sua metodologia de cálculo, a materialidade associada, a periodicidade de
medição e o ODS relacionado.

Figura 23: Indicador de Campanhas Sociais


Indicador Unidade
Campanhas Sociais
Número de campanhas sociais (fixas ou pontuais) realizadas ao nº de campanhas / ano
longo do ano

Metodologia de Cálculo: ODS Relacionado:


Quantidade de campanhas sociais realizadas ao longo do ano,
sendo campanhas fixas (ex.: campanha do agasalho, outubro
rosa) ou pontuais (ex.: atendimento à desabrigados de casos
fortuitos)

Materialidade:
Realização de Investimentos e Campanhas Sociais
Periodicidade: ODS 3: Saúde e Bem-Estar
Anual

Fonte: Elaborado pelo autor.


Figura 24: Indicador de Voluntariado
Indicador Unidade
Voluntariado (%) profissionais voluntários /
Engajamento dos profissionais voluntários da Companhia em ação social
ações sociais e no Dia do Bem Fazer

Metodologia de Cálculo: ODS Relacionado:


Número de profissionais engajados nas ações sociais da
Companhia e no Dia do Bem Fazer (ação anual com apoio do
Instituo Camargo Corrêa)

Materialidade:
Realização de Investimentos e Campanhas Sociais
Periodicidade: ODS 3: Saúde e Bem-Estar
Pontualmente, conforme ações sociais

Fonte: Elaborado pelo autor.

Figura 25: Indicador de Campanhas em Diversidade e Inclusão


Indicador Unidade
Campanhas em Diversidade e Inclusão
Plano de comunicação anual com temas de conscientização à nº de campanhas / ano
diversidade e inclusão

Metodologia de Cálculo: ODS Relacionado:

Número de campanhas realizadas no tema Diversidade e


Inclusão

Materialidade:
Conscientização quanto à Diversidade e Inclusão
Periodicidade: ODS 3: Saúde e Bem-Estar
Pontualmente, conforme plano de comunicação anual ODS 5: Igualdade de Gênero

Fonte: Elaborado pelo autor.

Figura 26: Indicador de Treinamento em Diversidade e Inclusão


Indicador Unidade
Treinamento em Diversidade e Inclusão (%) profissionais treinados /
Treinamento da liderança e capacitação dos profissionais para treinamento
ações de Diversidade e Inclusão

Metodologia de Cálculo: ODS Relacionado:


Percentual do total de líderes e profissionais da Companhia que
foram treinados nos temas de conscientização à diversidade e
inclusão

Materialidade:
Conscientização quanto à Diversidade e Inclusão
Periodicidade: ODS 3: Saúde e Bem-Estar
Pontualmente, conforme plano de comunicação anual ODS 5: Igualdade de Gênero

Fonte: Elaborado pelo autor.


Figura 27: Indicador de Investimentos em Campanhas Sociais
Indicador Unidade
Investimentos em Campanhas Sociais
Desenvolvimento de Investimento Social alinhado com a R$ Mil / ano
Diretoria Executiva

Metodologia de Cálculo: ODS Relacionado:

Valor monetário investido (R$ mil) em campanhas sociais


conforme diretrizes da Diretoria Executiva

Materialidade:
Realização de Investimentos e Campanhas Sociais
Periodicidade: ODS 3: Saúde e Bem-Estar
Anual

Fonte: Elaborado pelo autor.

4.5.3 Indicadores de Governança

Por fim, o pilar de governança apresentou ser o ser a dimensão do ESG mais madura
dentro da Companhia. Desta forma, com base na materialidade proposta pelo grupo de trabalho
multidisciplinar ESG, foram propostos 7 (sete) indicadores de natureza de governança para
acompanhamento na Companhia a partir do ano de 2023. As Figuras 28 a 34 apresentam os
indicadores de governança, sua metodologia de cálculo, a materialidade associada, a
periodicidade de medição e o ODS relacionado.

Figura 28: Indicador de Integridade e Compliance


Indicador Unidade
Treinamento em Integridade e Compliance (%) profissionais treinados /
Treinamento de todos os profissionais da empresa nas políticas treinamento
de integridade e compliance

Metodologia de Cálculo: ODS Relacionado:


Percentual do total de profissionais que realizaram os
treinamentos de integridade e compliance através da plataforma
Portal de Formação Camargo Corrêa

Materialidade:
Fortalecimento do Sistema de Integridade
Periodicidade: ODS 4: Educação de Qualidade
Pontualmente, conforme calendário de treinamento ODS 17: Paz, Justiça e Instituições Eficazes

Fonte: Elaborado pelo autor.


Figura 29: Indicador de Transparência na Prestação de Contas
Indicador Unidade
Transparência na Prestação de Contas
Realização da reunião de desempenho financeiro e econômico nº de reuniões / mês
para todos os funcionários e apresentação do orçamento anual
para o Comitê Financeiro, CAD e Holding

Metodologia de Cálculo: ODS Relacionado:

Quantidade de reuniões por mês envolvendo o público alvo da


Companhia e o Comitê Financeiro, CAD e Holding

Materialidade:
Transparência na Prestação de Contas
Periodicidade: ODS 8: Trabalho Decente/Crescimento Econômico
Mensal ODS 17: Paz, Justiça e Instituições Eficazes

Fonte: Elaborado pelo autor.

Figura 30: Indicador de Homologação de Fornecedores


Indicador Unidade
Homologação de Fornecedores
(%) fornecedores analisados /
Homologação de fornecedores com aplicação de due diligence total de fornecedores contratados
conforme Política de Homologação de Fornecedores

Metodologia de Cálculo: ODS Relacionado:

Percentual de fornecedores que foram homologados com a


realização da due diligence

Materialidade:
Fortalecimento do Sistema de Integridade
Periodicidade: ODS 17: Paz, Justiça e Instituições Eficazes
Pontualmente, conforme contratação de fornecedores

Fonte: Elaborado pelo autor.

Figura 31: Indicador de Canal de Denúncia


Indicador Unidade
Canal de Denúncia
Tratamentos dos chamados recebidas de forma sigilosa nos nº comunicados / mês
canais de denúncia da Companhia com o intuito de manter o
ambiente de trabalho íntegro

Metodologia de Cálculo: ODS Relacionado:

Número de comunicados no Canal de Denúncia sem tratativas


de aplicação da Política de Consequências

Materialidade:
Fortalecimento do Sistema de Integridade
Periodicidade: ODS 17: Paz, Justiça e Instituições Eficazes
Mensal

Fonte: Elaborado pelo autor.


Figura 32: Indicador de Adesão ao Termo de Integridade
Indicador Unidade
Adesão ao Termo de Integridade
A adesão ao Termo de Integridade deve ser realizada (%) adesão dos profissionais
anualmente por todos os profissionais da Companhia

Metodologia de Cálculo: ODS Relacionado:

Percentual de profissionais, incluindo membros da Diretoria


Executiva e CAD, que aderiram ao Termo de Integridade

Materialidade:
Fortalecimento do Sistema de Integridade
Periodicidade: ODS 17: Paz, Justiça e Instituições Eficazes
Anual

Fonte: Elaborado pelo autor.

Figura 33: Indicador de Certificação ISO 37.001


Indicador Unidade
Certificação ISO 37.001
A Companhia deve renovar anualmente a certificação ISO
nº de não conformidades /
37.001 - Sistema de Gestão Antissuborno e tratar eventuais não auditoria
conformidades geradas no processo

Metodologia de Cálculo: ODS Relacionado:

Número de não conformidades no programa de recertificação da


ISO 37.001 - Sistema de Gestão Antissuborno

Materialidade:
Fortalecimento do Sistema de Integridade
Periodicidade: ODS 17: Paz, Justiça e Instituições Eficazes
Anual

Fonte: Elaborado pelo autor.

Figura 34: Indicador de DLP – Data Loss Prevention


Indicador Unidade
DLP - Data Loss Prevention
(%) profissionais estratégicos
O DLP - Data Loss Prevention deve ser aplicado a todos os com monitoramento
profissionais estratégicos da Companhia

Metodologia de Cálculo: ODS Relacionado:

Percentual de profissionais estratégicos monitorados pelo Data


Loss Prevention

Materialidade:
Fortalecimento do Sistema de Integridade
Periodicidade: ODS 17: Paz, Justiça e Instituições Eficazes
Mensal

Fonte: Elaborado pelo autor.


4.6 APRENDIZADOS NA IMPLANTAÇÃO DO MODELO DE INDICADORES ESG

A pesquisa referente a implantação do modelo de indicadores ESG em uma empresa de


construção civil brasileira possibilitou identificar aprendizados e contribuições para o tema,
visto que existem poucos estudos atrelados aos benefícios dos critérios ESG em construtoras
que estabelecem indicadores não financeiros.
Este modelo permite à Companhia ter a oportunidade de mensurar e explorar os critérios
ESG que melhor se adequam ao seu negócio e as suas operações. Neste estudo pôde-se observar
que muito dos critérios ESG são praticados pela Companhia.
Destaca-se que, periodicamente (por exemplo, a cada dois anos), a empresa pode voltar
a utilizar o simulado do relatório de desempenho quantitativo ISE B3, para verificar a evolução
de seus processos.
Como recomendação prática, após a maturidade dos critérios ESG nos processos da
Companhia, pode-se utilizar o framework GRI (Global Reporting Initiative), o qual permite
explorar e envolver todos os stakeholders.
Sobretudo é importante para a Companhia implantar e acompanhar a evolução de seus
indicadores, além de observar os benefícios e melhorias que os critérios ESG possam trazer
para o processo de gestão organizacional, bem como a aplicação do sistema de melhoria
contínua para adaptação dos indicadores ESG.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta pesquisa, de caráter inovador na área de ESG – Environmental, Social and


Governance em uma empresa de construção civil brasileira teve como objetivo, através de uma
abordagem intervencionista, a criação de um modelo de indicadores. Considerando os
mecanismos da teoria dos stakeholders, em conjunto com a teoria da legitimidade e a teoria da
divulgação, foi possível identificar a materialidade da Companhia, o que permitiu a proposição
de KPIs para o processo de gestão e decisório.
O referencial teórico foi calcado na teoria dos stakeholders, teoria na qual o papel da
organização é gerenciar o relacionamento e interesses de todas as partes interessadas no
processo de criação de valor e que o gestor será sempre pressionado pelos diversos stakeholders
a fazer algo a mais do que o exigido pela lei. As teorias da legitimidade e da divulgação
complementam o referencial teórico pois exercem “pressão” sobre a teoria dos stakeholders,
onde os critérios ESG implantados pela Companhia devem ser legítimos para perpetuação no
mercado onde atua e sua divulgação constitui um embasamento teórico para as organizações
que pretendem-se destacar perante a sociedade.
A implantação do modelo dos indicadores ESG permitiu que os diversos stakeholders
tivessem acesso às informações, não apenas financeiras e contábeis, mas também aquelas
relacionadas ao ESG, ampliando a transparência e contribuindo para aumentar o valor da marca
no mercado e assegurar um melhor posicionamento da empresa, além da aplicação de boas
práticas em empreendimentos sustentáveis, colocando em evidência a necessidade de
preservação do meio ambiente e investimento no bem-estar da sociedade, com a construção de
empreendimentos com responsabilidade social.
Foi possível através da metodologia adotada nesta pesquisa a utilização de três
frameworks: (i) o modelo de PMS (Performance Management Systems) de Ferreira e Otley
(2009), (ii) o modelo de gestão de mudança planejada de Van de Ven e Sun (2011) e (iii) o
relatório de desempenho quantitativo ISE B3 (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3),
os quais permitiram à Diretoria Executiva da Companhia definir a materialidade aplicável.
A aplicação do modelo PMS (Performance Management Systems) de Ferreira e Otley
(2009) adaptado ao ESG permitiu uma análise profunda através das respostas as 12 (doze)
perguntas que o modelo estabelece. Este modelo permitiu identificar que os critérios ESG
claramente permeiam os princípios, valores, missão e visão da Companhia e que as estratégias
e os planos de negócio contemplam os diretrizes ESG. O sistema integrado de gestão também
contempla os três pilares ESG. Identificou-se através da aplicação deste modelo que para as
medidas de desempenho e definições de metas existe a possibilidade de inclusão de novos KPIs
com a definição da materialidade ESG. Outro ponto de observação indicou que a determinação
da materialidade ESG contribuiu para a extensão de outras metas aplicáveis ao sistema de
recompensa da Companhia.
No que diz respeito ao modelo de gestão de mudança planejada de Van de Ven e Sun
(2011) adaptado ao ESG, sua importância nesta pesquisa teve foco na criação de um grupo de
trabalho multidisciplinar ESG, onde a tomada de decisões foram colegiadas, consensadas e
validas pela alta gestão da Companhia, visto que um modelo falha quando os participantes não
chegam a um consenso ou conclusões obtidas estão sujeitas a preconceitos individuais e de
grupo. Este modelo trouxe como contribuição a identificação da materialidade ESG comum
e/ou similar às Companhias do Grupo Econômico, o que trouxe sinergia e compartilhamento
de aprendizados entre os líderes do tema ESG em cada empresa.
Entretanto, o modelo de relatório de desempenho quantitativo ISE B3 (Índice de
Sustentabilidade Empresarial da B3) permitiu que os líderes do grupo de trabalho
multidisciplinar ESG preenchessem os simulados em cada um dos pilares ESG (ambiental,
social e de governança), o que permitiu identificar a pontuação da Companhia frente a média
de mercado das empresas que preencheram este questionário. Os resultados obtidos
demonstraram que a maior pontuação foi obtida no pilar ambiental (58 pontos perante o
desempenho médio da carteira de 76 pontos), frente ao pilar de governança que apresentou 51
pontos perante o desempenho médio da carteira de 68 pontos (menor diferença entre a média
da carteira, comparado com os outros pilares) e, por fim, o pilar social obteve a menor
pontuação (48 pontos perante o desempenho médio da carteira de 70 pontos), identificando
claramente oportunidades de fortalecimento nesta dimensão.
Frente aos resultados obtidos por cada um dos modelos (frameworks) utilizados nesta
pesquisa, os resultados foram compilados e derivadas as ações e materialidade ESG aplicáveis
à Companhia. O resultado obtido para a materialidade na dimensão ambiental refere-se à
conscientização ambiental para todos os funcionários, com plano de comunicação ambiental
estruturado e redução de consumo dos recursos naturais. Para a dimensão social o tema de
conscientização quanto à diversidade e inclusão e a realização de projetos e campanhas sociais
foram os destaques. No que tange a dimensão de governança, o fortalecimento do sistema de
integridade e a transparência na prestação de contas foram os temas com maior visibilidade.
Como resultado final desta pesquisa foi possível determinar a proposta inovadora de
implementação prática composta por 17 (dezessete) indicadores ESG para a Companhia objeto
deste estudo, sendo 5 (cinco) indicadores de natureza ambiental, outros 5 (cinco) indicadores
de natureza social (destaca-se aqui como o pilar ESG de maior materialidade para a
Companhia) e 7 (sete) indicadores de natureza de governança, justamente onde a Companhia
apresenta maior maturidade em seus processos. Destaca-se aqui que para cada indicador
proposto foi possível determinar uma metodologia de cálculo, materialidade associada,
periodicidade de medição e associação de um ou mais ODSs (Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável) reforçando a importância e a fortaleza desses indicadores.
Como aprendizado no processo de implantação do modelo de indicadores ESG,
conforme descrito no corpo desta pesquisa, não foi possível a utilização do framework GRI
(Global Reporting Initiative), modelo comumente utilizado pela maioria das empresas para
modelagem da materialidade ESG, em função de uma decisão estratégica face ao momento
atual da Companhia, o que acarretou mudança de rumo na metodologia inicialmente prevista.
No entanto, os frameworks utilizados supriram essa necessidade e permitiram a definição da
materialidade alinhada aos objetivos estratégicos da Companhia, sem acarretar prejuízos na
continuidade do desenvolvimento do modelo ESG.
Esta pesquisa possui aplicação prática para as empresas do setor de construção civil
que pretendem implantar critérios ESG aderentes ao seu negócio, e pode servir de exemplo
para outros projetos de melhoria de processos na implantação de indicadores não financeiros.
Por fim, os objetivos específicos deste projeto de pesquisa, os quais contemplam a
identificação da materialidade ESG na empresa de construção civil, o desenvolvimento de
KPIs atrelados ao negócio que permitam avaliar sua implementação no processo de gestão e
decisório de uma empresa e as interpretações dos aprendizados decorrentes da criação do
modelo de indicadores ESG foram plenamente atingidos e destacados no transcurso desta
dissertação.
Como primeira limitação os indicadores ESG são aplicáveis à Companhia objeto desta
pesquisa, a qual teve sua materialidade ESG revelada com a utilização de frameworks
específicos, não se estendendo as demais empresas controladas e investidas do Grupo
Econômico. Eventual aplicação deste modelo implica na definição da materialidade ESG da
nova empresa objeto de estudo. Como segunda limitação, a não utilização do framework GRI
(Global Reporting Initiative) simplificou a percepção e análise de alguns stakeholders, o que
não impediu que a materialidade ESG da Companhia fosse definida.
Para trabalhos futuros, almeja-se obter uma série histórica de acompanhamento dos
indicadores ESG propostos e verificar sua relação junto ao setor de construção civil e seus
diversos stakeholders. Uma segunda sugestão seria a produção de um relato integrado para
divulgação ao mercado do setor de construção civil, buscando alavancar uma vantagem
competitiva nos negócios e adesão aos padrões de uma Companhia sustentável.
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APÊNDICE A – DECLARAÇÃO DE AUTENTICIDADE

Declaro que a presente dissertação/tese foi realizada por mim no Programa de Pós-
Graduação em Controladoria e Finanças Empresariais (PPG-CFE), no curso de Mestrado
Profissional em Controladoria e Finanças Empresariais, nos anos letivos de 2021-2022 e que:
a) Todo o conteúdo do trabalho é original e de minha autoria, decorrendo do estudo,
investigação e trabalho por mim desenvolvido e que identifico devidamente todos os
contributos de outros autores, bem como os contributos significativos de outras obras
publicadas de minha autoria.
b) Tenho consciência que a cópia ou o plágio, além de poderem gerar responsabilidade
civil, criminal e disciplinar, bem como reprovação ou a retirada do grau, constituem uma grave
violação da ética acadêmica.
c) Este trabalho, e as partes dele, não foram previamente submetidos como elemento de
avaliação nesta ou em outra instituição de ensino.
d) Tenho conhecimento das normas relativas ao processo de avaliação deste trabalho,
pelo que atesto que ele cumpre todas as orientações e regras determinadas.
e) Autorizo a Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) a arquivar e, sem alterar o
conteúdo, converter a dissertação/tese entregue, para qualquer formato de ficheiro, meio ou
suporte, nomeadamente através da sua digitalização, para efeitos de preservação e acesso.

São Paulo, 30 de julho de 2021

_______________________________
Gustavo Araujo Rodrigues
APÊNDICE B – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO - TCLE

A Sociedade Construções e Comércio Camargo Corrêa S.A., está sendo convidada


como voluntária a participar da pesquisa “Modelo dos Indicadores ESG em uma Empresa de
Construção Civil Brasileira” realizada pelo aluno Gustavo Araujo Rodrigues, sob a
responsabilidade de orientação do Prof. Dr. José Carlos Tiomatsu Oyadomari, do Programa de
Pós-Graduação em Controladoria e Finanças Empresariais, curso de Mestrado Profissional,
desenvolvido no Centro de Ciências Sociais e Aplicadas, como requisito parcial para o título
de Mestre em Controladoria e Finanças Empresariais.
A pesquisa se justifica para a Empresa estabelecer critérios ESG aderentes ao seu
negócio e permite estabelecer KPIs para acompanhamento das ações ESG.

Os procedimentos de coleta de dados para este estudo necessitarão da colaboração da


referida Sociedade para disponibilizar os seguintes documentos internos: dados
disponibilizados em reuniões do Grupo de Trabalho Multidisciplinar ESG, indicadores ESG
utilizados nos negócios, relatórios de sustentabilidade, relatórios de desempenho quantitativo
ISE B3, indicadores não financeiros, pesquisas entre os responsáveis pelo ESG na Companhia,
e outras fontes relacionadas ao tema ESG.

Não haverá nenhum ônus financeiro para a Sociedade participar da pesquisa. A


Sociedade é livre para recusar-se a participar, retirar seu consentimento ou interromper a
participação a qualquer momento caso haja algum desconforto ou risco sem nenhum prejuízo
ou coação. A participação é voluntária e a recusa em participar não irá acarretar qualquer
penalidade ou perda de benefícios.
O produto que se espera obter como contribuição tecnológica-social é um framework de
indicadores para uma construtora nas três dimensões do ESG: ambiental, social e governança.
Uma cópia deste consentimento informado será arquivada no Programa de Pós-
Graduação em Controladoria e Finanças Empresariais da Universidade Presbiteriana
Mackenzie e outra será fornecida à organização.
Havendo dúvidas a respeito da pesquisa, a organização será esclarecida a respeito em
qualquer aspecto que desejar, através do e-mail do orientador:
josecarlos.oyadomari@mackenzie.br.
Eu, Adriana Rosa da Silva Mazotti (assinado e com carimbo da empresa) fui informada
dos objetivos da pesquisa acima de maneira clara e detalhada e esclareci minhas dúvidas. Sei
que em qualquer momento poderei solicitar novas informações para motivar minha decisão se
assim o desejar. O orientador responsável Prof. Dr. José Carlos Tiomatsu Oyadomari certifica
que todos os dados desta pesquisa serão confidenciais. Também sei que a participação da
organização é voluntária e a recusa em participar não irá acarretar qualquer penalidade ou perda
de benefícios. Em caso de dúvidas poderei pedir esclarecimentos via e-mail da pesquisa ou
entrar em contato com o orientador através do contato telefônico: + 55 11 2114 8836.
Declaro que concordo em participar desse estudo. Recebi uma cópia deste termo de
consentimento livre e esclarecido e me foi dada a oportunidade de ler e esclarecer as minhas
dúvidas.
Agradecemos desde já a colaboração,
APÊNDICE C – PARECER TÉCNICO DE AVALIAÇÃO DO PROJETO PELO
MERCADO

Este parecer tem por finalidade verificar o nível de impacto que o produto da pesquisa
poderá contribuir para sua organização atendendo ao objetivo do mestrado e doutorado
profissional, que é de, “promover a articulação integrada da formação profissional com
entidades demandantes de naturezas diversas, visando melhorar a eficácia e a eficiência das
organizações públicas e privadas por meio da solução de problemas, e geração e aplicação de
processos de inovação apropriados, contribuindo para agregar competitividade e aumentar a
produtividade em empresas, organizações públicas e privadas”. (www.capes.gov.br)
Quanto ao Impacto: Nível de transformação do
ambiente a que se destina
O produto proposto pelo projeto, poderá trazer Baixo Médio Alto
benefícios de impacto potencial

Quanto a Aplicabilidade: Nível de Aplicabilidade


O grau de facilidade com que o produto está Baixa Média Alta
apresentado, pode ser empregado para atingir seus
objetivos específicos

Quanto o Potencial de Abrangência Setorial: Nível de Abrangência


O potencial de abrangência setorial que o produto está Baixo Médio Alto
posto, pode alcançar no segmento econômico como
tecnologia social

Quanto a Condição de Replicabilidade Metodológica: Nível de Replicabilidade


Considera que esta metodologia poderá ser replicada Restrita Irrestrita Escalável
em outros ambientes organizacionais como
metodologia intervencionista

Considerações técnicas:
O objetivo geral do estudo é, através de uma abordagem intervencionista, criar um
modelo dos indicadores ESG – Environmental, Social and Governance em uma empresa de
construção civil brasileira. Como objetivo específico, o estudo buscará: (i) identificar a
materialidade ESG na empresa de construção civil, (ii) desenvolver KPIs atrelados ao negócio
que permitam avaliar sua implementação no processo de gestão e decisório de uma empresa e
(iii) interpretar os aprendizados decorrentes da criação do modelo de indicadores ESG.

_______________________________
Gustavo Araujo Rodrigues
APÊNDICE D – SIMULAÇÃO DOS RESULTADOS OBTIDOS NO RELATÓRIO DE
DESEMPENHO QUANTITATIVO ISE B3

Este apêndice tem o objetivo de demonstrar as etapas de preenchimento e resultados


obtidos no relatório quantitativo ISE B3 para as dimensões ESG:

• Ambiental;
• Social;
• Governança Corporativa.

No mês de novembro de 2021, o grupo de trabalho multidisciplinar ESG recomendou


que cada Companhia investida deveria preencher o relatório de desempenho quantitativo ISE
B3 (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3).
O simulado ISE B3 é o resultado de uma carteira teórica de ativos, elaborada de acordo
com os critérios estabelecidos nesta metodologia. Os índices da B3 utilizam procedimentos e
regras constantes do Manual de Definições e Procedimentos dos Índices da B3.
Os dados apresentados a seguir foram preenchidos para a empresa de construção civil
pesada denominada Construções e Comércio Camargo Corrêa S.A., com o intuito exclusivo
para o objeto desta pesquisa, os quais não devem ser utilizados para outra finalidade.
Simulado ISE B3 (ano base 2020)

Dimensão Ambiental A

Construções e Comercio Camargo Correa

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:13 Dimensão Ambiental A 2

Sumário

CRITÉRIO I – POLÍTICA 3
INDICADOR 1. COMPROMISSO, ABRANGÊNCIA E DIVULGAÇÃO 3

CRITÉRIO II – GESTÃO 5
INDICADOR 2. RESPONSABILIDADE AMBIENTAL 5
INDICADOR 3. PLANEJAMENTO 5
INDICADOR 4. GERENCIAMENTO E MONITORAMENTO 10
INDICADOR 5. CERTIFICAÇÕES 13
INDICADOR 6. COMUNICAÇÃO COM PARTES INTERESSADAS 14
INDICADOR 7. COMPROMISSO GLOBAL, BIODIVERSIDADE & SERVIÇOS 16
ECOSSISTÊMICOS
INDICADOR 8. BEM-ESTAR ANIMAL 17

CRITÉRIO III – DESEMPENHO 18


INDICADOR 9. CONSUMO DE RECURSOS AMBIENTAIS – INPUTS 18
INDICADOR 10. EMISSÕES ATMOSFÉRICAS, EFLUENTES LÍQUIDOS E RESÍDUOS 23
INDICADOR 11. ASPECTOS AMBIENTAIS CRÍTICOS 25
INDICADOR 12. SEGURO AMBIENTAL 26

CRITÉRIO IV – CUMPRIMENTO LEGAL 26


INDICADOR 13. ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE E CADASTRO AMBIENTAL 26
RURAL
INDICADOR 14. RESERVA LEGAL 28
INDICADOR 15. PASSIVOS AMBIENTAIS 28
INDICADOR 16. REQUISITOS ADMINISTRATIVOS 29
INDICADOR 17. PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS 30
INDICADOR 18. PROCEDIMENTOS JUDICIAIS 30
Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:13 Dimensão Ambiental A 3

CRITÉRIO I – POLÍTICA

INDICADOR 1. COMPROMISSO, ABRANGÊNCIA E DIVULGAÇÃO


AMB-A 1 A companhia possui uma Política Corporativa que contempla os seus aspectos ambientais e cujas
diretrizes são refletidas nos seus processos de planejamento e gestão?

(P) Os requisitos mínimos para que uma política corporativa permita assinalar as alternativas “b” ou “c” são:
1. Estar documentada e formalmente aprovada pelo Conselho de Administração ou pela alta direção da
empresa;
2. Explicitar o compromisso da organização com a conformidade legal ambiental em todos as suas unidades,
atividades, produtos e/ou serviços;
3. Explicitar o compromisso da organização com uma abordagem preventiva em relação aos seus aspectos
ambientais;
4. Explicitar o compromisso da organização com a melhoria contínua de seu desempenho ambiental;
5. Explicitar o compromisso da organização com o uso sustentável dos serviços ecossistêmicos e dos
recursos naturais;
6. Ser pública e sistematicamente divulgada às partes interessadas (o que inclui uma abordagem proativa
de divulgação, se necessário diferenciada por grupo de interesse);
7. Ser objeto de programas orientados para o público interno da companhia, com vistas à comunicação,
conscientização e monitoramento do comprometimento dos colaboradores;
8. Ser elemento norteador de todos os processos de gestão da companhia, particularmente da gestão
ambiental.
Os itens 2, 3, 4 e 5 devem constar do texto da política corporativa que contemple aspectos de meio ambiente
da companhia. Não se exige que os termos mencionados nesses itens sejam mencionados “ipsis litteris”, mas
é necessário que a informação e o compromisso sejam claros. Por exemplo, no caso dos serviços
ecossistêmicos, que os serviços significativos para a organização (mais impactados ou em relação aos quais a
organização tenha maior dependência) sejam citados.
Os itens 1, 6 e 7 são atributos da política em relação a sua formalização, divulgação e relevância para gestão.
Não precisam estar explícitos no seu texto, mas devem ser práticas passíveis de comprovação.
A política deve abranger todas as unidades da companhia. Aceita-se a possibilidade de existência de mais do
que uma política ambiental (por exemplo, políticas específicas por área de atuação ou unidades de negócio),
mas todas as unidades devem necessariamente estar cobertas por uma política ambiental e todas as políticas
ambientais devem atender aos requisitos deste protocolo. No caso particular das ações voltadas à
comunicação, conscientização de funcionários e colaboradores, é necessário que sejam parte dos programas
regulares de integração e desenvolvimento de colaboradores.
O monitoramento do conhecimento e comprometimento de funcionários e colaboradores em relação à política
deve, necessariamente, implicar na utilização de mecanismos sistemáticos e específicos de avaliação, ainda
que não exclusivos. A especificidade se caracteriza, neste caso, pela existência de itens de checagem,
questões ou requisitos de auditoria destinados à avaliação do conhecimento e comprometimento dos
funcionários em relação à política. Uma auditoria de sistema de gestão ambiental (interna ou externa), por
exemplo, ainda que não tenha esta finalidade exclusivamente, aborda requisitos que tratam especificamente
deste tema. Os efeitos da política no planejamento e gestão da companhia devem ser objetivamente
evidenciados, por exemplo, nas metas, nos programas de gestão, nos procedimentos específicos e seus
resultados. Não são aceitas, portanto, interpretações ou inferências a partir do texto da política.
A avaliação da abrangência da política em relação às etapas de consumo e pós-consumo dos seus
produtos/serviços deve considerar os aspectos e impactos ambientais associados a estas etapas e a
capacidade da organização de controlar ou influenciar as práticas ambientais nestas etapas. Dessa forma, nos
segmentos ou elos da cadeia de valor mais relevantes para o desempenho ambiental da companhia
(considerado na perspectiva do ciclo de vida de seus produtos e serviços) espera-se uma ação de indução de
sua política e nas situações menos relevantes a sua difusão (comunicação). Para assinalar as alternativas “b" e
"c” a companhia deve considerar ambas as possibilidades (difusão e indução).

(GRI Standards) 102-16, 102-26

a) Sim, possui política corporativa que contempla os aspectos ambientais da companhia, mas não
atende todos os requisitos explicitados no protocolo

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:13 Dimensão Ambiental A 4

b) Sim, possui política corporativa que contempla os aspectos ambientais da companhia e é


plenamente compatível com os requisitos descritos no protocolo

c) Sim, possui política corporativa que contempla os aspectos ambientais da companhia e é


plenamente compatível com os requisitos descritos no protocolo. Dela derivam objetivos e
metas ambientais para todas as suas unidades, atividades, produtos e serviços

d) Não possui política corporativa que contemple o aspecto de meio ambiente

(D) Para alternativa “a”, política corporativa. Para alternativa “b”, política corporativa e o Formulário 1. Para
alternativa “c”, a política corporativa, o Formulário 1 e também documento com objetivos e metas estabelecidos a
partir da política.

AMB-A 2 A companhia possui uma política corporativa que contemple aspectos de Saúde e Segurança no
Trabalho (SST) cujas diretrizes são refletidas nos seus processos de planejamento e gestão?

(P) Os requisitos mínimos para que uma política corporativa que contemple aspectos de Saúde e Segurança no
Trabalho permita assinalar as alternativas “b” ou “c” são:
1. Estar documentada e formalmente aprovada pelo conselho de administração ou pela alta direção da
empresa;
2. Explicitar o compromisso da organização com a conformidade legal em relação aos seus aspectos de SST
em todas as suas unidades, atividades, produtos e/ou serviços;
3. Explicitar o compromisso da organização com uma abordagem preventiva em relação aos seus aspectos de
SST e com a melhoria contínua de seu desempenho nesta área;
4. Ser, permanente e sistematicamente, divulgada às partes interessadas (o que inclui a adoção de
procedimentos e mídias diferenciados e compatíveis com os diferentes públicos);
5. Ser objeto de programas orientados para o público interno da companhia, com vistas à comunicação,
conscientização e monitoramento do comprometimento dos colaboradores;
6. Ser elemento norteador de todos os processos de gestão da companhia, particularmente da gestão de SST.
Os itens 2 e 3 devem constar do texto da política que contemple aspectos de Saúde e Segurança no Trabalho
da companhia. Os itens 4, 5 e 6 são atributos da política em relação a sua formalização, divulgação e
relevância para gestão. Não precisam estar explícitos no seu texto, mas devem ser práticas passíveis de
comprovação.
A política deve abranger todas as unidades da companhia. Aceita-se a possibilidade de existência de mais do
que uma política de sst (por exemplo, políticas específicas por área de atuação ou unidades de negócio), mas
todas as unidades devem necessariamente estar cobertas por uma política e todas as políticas devem atender
aos requisitos deste protocolo. No caso particular das ações voltadas à comunicação, conscientização de
funcionários e colaboradores, é necessário que sejam parte dos programas regulares de integração e
desenvolvimento de colaboradores.
Todas as ações relacionadas à política de SST devem estar presentes em todas as unidades da companhia. No
caso particular das ações voltadas à comunicação, conscientização de funcionários e colaboradores, é
necessário que sejam parte dos programas regulares de integração e desenvolvimento.
O monitoramento do conhecimento e comprometimento de funcionários e colaboradores em relação à política
deve, necessariamente, implicar na utilização de mecanismos sistemáticos e específicos de avaliação, ainda
que não exclusivos. A especificidade se caracteriza, neste caso, pela existência de itens de checagem,
questões ou requisitos de auditoria destinados à avaliação do conhecimento e comprometimento dos
funcionários em relação à política de SST. Uma auditoria de sistema de gestão de SST (interna ou externa), por
exemplo, ainda que não tenha esta finalidade exclusivamente, aborda requisitos que tratam especificamente
deste tema. Os efeitos da política de SST no planejamento e gestão da companhia devem ser objetivamente
evidenciados, por exemplo, nas metas, nos programas de gestão, nos procedimentos específicos e seus
resultados. Não são aceitas, portanto, interpretações ou inferências a partir do seu texto.

(GRI Standards) 102-16, 102-20, 102-26, 102-27, 102-29, 103-1 a 103-3 e 403-1

a) Sim, possui política corporativa que contemple aspectos de SST, mas esta não contempla os
elementos mínimos requeridos no protocolo

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:13 Dimensão Ambiental A 5

b) Sim, possui política corporativa que contemple aspectos de SST compatível com os elementos
mínimos requeridos no protocolo e dela derivam objetivos estratégicos para todas as suas
unidades, atividades, produtos e serviços

c) Sim, possui política corporativa que contempla os aspectos de SST da companhia e é


plenamente compatível com os requisitos descritos no protocolo. Dela derivam objetivos e
metas para todas as suas unidades, atividades, produtos e serviços

d) Não possui política corporativa que contemple aspectos de SST

(D) Para alternativa “a”, política corporativa. Para alternativa “b”, política corporativa e o Formulário 1. Para
alternativa “c”, a política corporativa, o Formulário 1 e também documento com objetivos e metas estabelecidos a
partir da política.

CRITÉRIO II – GESTÃO

INDICADOR 2. RESPONSABILIDADE AMBIENTAL


AMB-A 3 Indique para quais níveis hierárquicos da companhia há atribuições relacionadas ao meio ambiente e a
Saúde e Segurança no Trabalho (SST) na descrição formal das funções (descrição de cargo):

(P) A resposta a esta pergunta deverá considerar apenas as funções que possuem atribuições documentadas e nas
quais sejam especificamente mencionadas responsabilidades em relação à gestão ambiental da companhia. A
questão se aplica à todas as funções num determinado nível e não apenas aos funcionários que atuam
diretamente nas áreas de meio ambiente e SST. Refere-se ao o conjunto de gestores num determinado nível. Caso
não exista uma descrição formal de atribuições para a função, a resposta deverá ser “Nenhuma das anteriores”. A
alternativa “Não se aplica” só poderá ser assinalada nos casos em que o nível hierárquico especificado ou
equivalente não existir na companhia.

(GRI Standards) 102-18 a 102-20, 102-26, 102-27, 102-29, 103-1 a 103-3

Saúde e
Meio Nenhuma das Não se
Segurança no
Ambiente anteriores aplica
Trabalho (SST)

a) Terceiro nível

b) Segundo nível

c) Primeiro nível

d) Principal
executivo

(D) Documento formal que contenha a descrição das atribuições de cada nível hierárquico assinalado.

INDICADOR 3. PLANEJAMENTO
AMB-A 4 A companhia identifica e avalia as relações (impactos e dependência) de seus negócios com os serviços
ecossistêmicos?

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:13 Dimensão Ambiental A 6

(P) Sempre, em alguma medida, as organizações afetam os serviços dos ecossistemas e são potencialmente
afetadas pela sua maior ou menor disponibilidade ou qualidade. Identificar a avaliar estas interfaces é
condição essencial para que sejam gerenciadas tanto com o objetivo de reduzir os riscos e os impactos das
organizações sobre estes serviços como para reduzir impactos de sua degradação ou depleção sobre negócio.
Uma gestão ambiental que considere de forma plena e consistente os serviços ecossistêmicos traz também a
possibilidade de identificação e potencialização de oportunidades para as organizações.
Há vários métodos desenvolvidos com este objetivo e não é intenção ou premissa do questionário induzir a
utilização de um específico. O que se espera é que a organização, utilizando-se de algum método estruturado
que contemple, ao menos, os seguintes elementos: definição da abrangência do estudo, identificação das
interações da organização com serviços ecossistêmicos, avaliação dos serviços ecossistêmicos prioritários
tanto em função do impacto da organização (dentro do escopo considerado) sobre o serviço como da
dependência do negócio em relação aos serviços, análise de riscos e oportunidades decorrentes e definição de
estratégia para gerenciamento dos riscos e potencialização de oportunidades.
No caso de experiências pontuais e isoladas, não incorporadas às práticas de gestão da organização, deve-se
considerar – para resposta a esta questão – que se trata de projeto piloto.
Os procedimentos de identificação e avaliação de aspectos e impactos ambientais, ainda que tenham interface
com o tema, não substituem aqueles desenvolvidos especificamente para esta finalidade, salvo nos casos em
que – explicitamente – identifica este tema como um elemento a ser abordado no(s) procedimento(s) de
identificação e avaliação de aspectos e impactos ambientais.
Para a resposta a esta questão deve-se considerar que serviços dos ecossistemas prioritários para uma
empresa são aqueles dos quais a empresa tem uma elevada dependência e/ou sobre os quais gera impactos
significativos. Por decorrência, são estes os serviços que têm a maior probabilidade de ser fonte de riscos e
oportunidades para a organização.
Em termos ideais a organização deve realizar estudos específicos para cada uma de suas unidades. Admite-se,
no entanto, para o caso de organizações cujo número de unidades inviabilize a realização de estudos para
todas, que sejam realizadas avaliações mais amplas, envolvendo várias unidades, desde que seus processos,
dimensões e complexidade sejam equivalentes, que os estudos considerem as especificidades dos
ecossistemas nos quais elas se inserem ou com os quais interagem e que os resultados sejam aplicados à
todas elas.
Recomenda-se, caso seja esta a opção da organização, que as unidades mais complexas e com maior
potencial de impacto sobre os serviços ecossistêmicos, tenham avaliações específicas. Uma referência
metodológica, não obrigatória, para esta análise pode ser encontrada no documento “Diretrizes para a
Identificação de Riscos e Oportunidades Empresariais Decorrentes da Alteração dos Ecossistemas” (WORLD
BUSINESS COUNCIL FOR SUSTAINABLE DEVELOPMENT, MERIDIAN INSTITUTE, WORLD RESOURCER INSTITUTE).
Serviços ecossistêmicos prioritários devem ser considerados no mapeamento de temas materiais.

(GRI Standards) 103-1, 304-1 a 304-4

> >
Projeto ≤ 30% 60% > Não realiza
Piloto 30% e≤ e≤ 90% a atividade
60% 90%

a) Identificação dos serviços


ecossistêmicos prioritários

b) Identificação de riscos e
oportunidades relacionados
aos serviços ecossistêmicos
prioritários

c) Definição de estratégia
formal de atuação para
gestão dos serviços
ecossistêmicos prioritários

d) Implementação de planos
e programas de gestão dos
serviços ecossistêmicos
prioritários

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:13 Dimensão Ambiental A 7

(D) Relatórios com identificação das unidades ou processos avaliados, método utilizado, abrangência considerada,
estratégias definidas e planos e projetos implementados (quando pertinentes em função das respostas).

AMB-A 5 Qual a situação da companhia em relação à avaliação periódica de seus aspectos e impactos
ambientais?

(P) A adoção de práticas e procedimentos de gestão ambiental deve ser precedida de diagnóstico ambiental
voltado à avaliação dos aspectos e dos impactos ambientais da organização, o que inclui – necessariamente –
procedimentos de identificação, análise e avaliação. Os métodos e critérios para a definição de significância
dos impactos ambientais variam de acordo com a organização e podem gerar assimetrias no processo de
avaliação do ISE. Para garantir a necessária isonomia entre respostas considera-se, para o preenchimento do
questionário, que a avaliação de significância de impactos considere (ao menos) legislação e normas
incidentes sobre aspectos e impactos ambientais; a severidade dos potenciais impactos no meio ambiente e
na saúde humana. As avaliações devem considerar os aspectos ambientais de atividades, produtos e serviços
em condições normais de operação, em condições atípicas, porém não emergenciais e em condições
emergenciais ou acidentais. Na avaliação do nível de incorporação das práticas de gestão ambiental, deverão
ser considerados como “processos, sites e situações pertinentes” aqueles em que a adoção das práticas seja
possível e tenha sentido prático no processo de gestão. Deve-se considerar que o desempenho ambiental de
uma empresa não envolve apenas as atividades, processos, produtos e serviços sob seu controle direto.
Espera-se que as organizações tenham uma visão ampla da gestão ambiental, englobando todo o ciclo de vida
do produto (bem ou serviço) no desenvolvimento de atividades de diagnóstico, planejamento e
gerenciamento. Aspectos e impactos significativos devem integrar os temas materiais para fins de relato e
comunicação.

(GRI Standards) 103-1, 304-1 a 304-4

a) É uma prática adotada pontualmente, em menos de 25% das suas instalações, processos,
produtos e/ou serviços

b) É uma prática adotada pontualmente, abrangendo de 25% a menos de 50% das suas
instalações, processos, produtos e/ou serviços

c) É uma prática incorporada à rotina da companhia, abrangendo de 50% a menos de 75% das
suas instalações, processos, produtos e/ou serviços

d) É uma prática incorporada à rotina da companhia, abrangendo de 75% a menos de 100% das
suas instalações, processos, produtos e/ou serviços

e) É uma prática incorporada à rotina da companhia, abrangendo todas as suas instalações,


processos, produtos e/ou serviços

f) É uma prática inexistente

(D) Relatório com a relação das unidades (administrativas, produtivas ou comerciais) e faixa percentual
considerada para cada uma delas.

AMB-A 6 Qual a situação da companhia em relação à avaliação de materialidade de seus aspectos ambientais e
de Saúde e Segurança no Trabalho?

(P) Tanto no âmbito da gestão ambiental como na gestão de saúde e segurança no trabalho a ideia de
significância ou de relevância é fundamental na definição dos aspectos que devem necessariamente ser
considerados nos processos de gerenciamento. Um aspecto ambiental (entendido como toda a potencial
interação da organização com o meio ambiente) é significativo quando pode gerar um impacto significativo.
São vários os métodos e instrumentos de gestão ambiental que, por meio de avaliação metodologicamente

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:13 Dimensão Ambiental A 8

estruturada, permitem a determinação de significância: estudos de impacto ambiental, avaliações de aspectos


e impactos ambientais nos sistemas de gestão ambiental, estudos de análise de risco, análises de ciclo de
vida, entre outros. De forma similar, um aspecto de SST é significativo quanto gera riscos significativos,
avaliação que pode ser obtida nas avaliações de perigos e riscos de sistemas de gestão de SST, em análises
de risco etc. Nas duas áreas, os métodos utilizados são específicos para processos, empreendimentos, sites,
produtos ou serviços e o princípio básico é de que tudo que é significativo deve ser gerenciado. A avaliação de
materialidade, conforme definida no glossário, vai além da definição técnica de significância, na medida que
considera – também – a percepção de partes interessadas em relação aos aspectos ambientais e de SST da
companhia. Além disso, tem uma abordagem mais ampla que a dos estudos específicos que definem ou não a
significância de aspectos ambientais e de SST. Por princípio, todos aspectos ambientais ou de SST
significativos devem ser considerados também como materiais, isto é, são suficientemente importantes para
serem considerados como prioritários no gerenciamento e para serem considerados como essenciais nos
processos de comunicação e relato.

Devem ser considerados como materiais aspectos que podem influenciar avaliações e decisões de partes
interessadas ou que são foco identificado de preocupação, assim como aspectos identificados e avaliados
como significativos por meio de métodos e ferramentas estruturados de avaliação ambiental como: as
avaliações de aspectos e impactos ambientais dos sistemas de gestão ambiental, estudos de impacto
ambiental (EIAs), estudos de análise de risco, análises de ciclo de vida e outros métodos correlatos.
Esta questão deve ser respondida considerando a definição de materialidade no Glossário. Na resposta deve-
se considerar como “ação sistemática” aquela que tem uma metodologia definida, documentada, relatada,
com periodicidade formalmente estabelecida e que seja abrangente em relação às unidades da organização
(mais de 75% das suas unidades sejam consideradas e 100% das unidades com operações potencialmente
impactantes consideradas).

(GRI Standards) 102-44, 102-47, 103-1, 304-1 a 304-4

a) A organização faz avaliação de materialidade de aspectos relacionados ao meio ambiente e à


saúde e segurança do trabalhador, mas de forma não sistemática

b) A organização faz avaliação de materialidade de aspectos relacionados ao meio ambiente e à


saúde e segurança do trabalhador como uma ação sistemática (periodicidade definida, método
estruturado e resultados documentados) e com escopo abrangente em relação às suas unidades

c) A organização não faz avaliação de materialidade

(D) Documento com a apresentação da metodologia utilizada, insumos considerados, partes interessadas
engajadas, matriz de materialidade e indicação dos anos em que a avaliação foi realizada (matriz de
materialidade).

AMB-A 7 Qual a situação da companhia em relação à avaliação periódica de perigos e riscos para a Saúde e
Segurança no Trabalho (SST)?

(P) A adoção de práticas e procedimentos de gestão de saúde e segurança no trabalho deve ser precedida de
diagnóstico voltado à identificação dos perigos e riscos ocupacionais. Os métodos e critérios podem variar, mas é
fundamental que estejam em conformidade com a legislação aplicável e com as normas regulamentadoras
pertinentes.

(GRI Standards) 403-1 a 403-4

a) É uma prática incorporada à rotina da companhia, abrangendo menos de 75% das suas
instalações, processos, produtos e/ou serviços

b) É uma prática incorporada à rotina da companhia, abrangendo de 75% a menos de 90% das
suas instalações, processos, produtos e/ou serviços

c) É uma prática incorporada à rotina da companhia, abrangendo de 90% a menos de 100% das
suas instalações, processos, produtos e/ou serviços

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:13 Dimensão Ambiental A 9

d) É uma prática incorporada à rotina da companhia, abrangendo 100% ou mais das suas
instalações, processos, produtos e/ou serviços

e) É uma prática inexistente

(D) Relatório com a relação de unidades, indicação da existência ou não de avaliação de perigos e riscos para a
saúde e segurança no trabalho, data de realização da última avaliação e metodologia utilizada.

AMB-A 8 Qual a abordagem utilizada pela companhia para a avaliação de seu desempenho ambiental?

(P) O desempenho ambiental, entendido como o conjunto dos resultados mensuráveis da gestão de uma
organização sobre os seus aspectos ambientais (NBR ISO 14031:2015), não se restringe aos aspectos e
impactos ambientais associados aos processos que estão sob seu controle direto. Envolve –
necessariamente – um olhar ou abordagem ampliado, que leve em consideração as atividades, produtos e
serviços ao longo do ciclo de vida do produto, entendido como os “estágios sucessivos e encadeados de um
sistema de produto (seja este um bem ou serviço), desde a aquisição de matéria prima ou obtenção de
recursos naturais ou etapas iniciais do serviço prestado, até a sua disposição final ou finalização do serviço.
(ABNT NBR ISO 14050:2004)”.
A avaliação do desempenho ambiental “ é um processo de gestão que faz uso de indicadores-chave de
desempenho para comparar o desempenho ambiental passado e presente de uma organização com os seus
objetivos e metas ambientais” (NBR ISO 14031:2015), podendo ou não se utilizar de ou estar associada a um
sistema de gestão ambiental.
De qualquer forma, é necessário que a organização lance mão de mecanismos de identificação e avaliação de
seus impactos ambientais (diagnóstico), que defina ou selecione aqueles considerados significativos e, em
relação a esses, que estabeleça indicadores de desempenho que serão objeto de monitoramento,
comunicação e análise crítica.
O objetivo desta questão é verificar se organização avalia e gerencia sistematicamente seu desempenho
ambiental e, em caso afirmativo, se considera neste processo a perspectiva do ciclo de vida dos seus
produtos, bens e serviços.
Ao utilizarmos as expressões “perspectiva, abordagem ou pensamento baseado no ciclo de vida do produto”
não nos referimos, especificamente, a ferramenta Avaliação do Ciclo de Vida, mas a escala ou abrangência
adotada pela companhia em suas avaliações e no processo de gerenciamento de seu desempenho ambiental.
Assim sendo, não há uma vinculação exclusiva com a adoção do método de avaliação do ciclo de vida do
produto.
Considera-se, para esta questão, que uma avaliação estruturada e sistemática do desempenho ambiental
envolve toda a organização, contempla mecanismos de diagnóstico ambiental, definição de indicadores de
desempenho e seu monitoramento.

(GRI Standards) 102-15, 103-1 a 103-3, 203-1 e 304-2

a) Avalia, de forma estruturada e sistemática seu desempenho ambiental, mas não considera o
ciclo de vida de seus produtos ou serviços como referência de avaliação e monitoramento

b) Avalia, de forma estruturada e sistemática seu desempenho ambiental e considera o ciclo de


vida de seus produtos ou serviços em casos específicos ou em caráter piloto (por exemplo para
unidades ou produtos específicos)

c) Avalia de forma sistemática seu desempenho ambiental considerando, em todas as situações, a


perspectiva do ciclo de vida de seus produtos ou serviços

d) Não avalia de forma estruturada e sistemática seu desempenho ambiental

(D) Descrição detalhada do processo de avaliação de desempenho ambiental incluindo: método(s) de diagnóstico
ambiental (métodos e procedimentos utilizados), indicadores de desempenho ambiental e produtos e/ou serviços
considerados.

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:13 Dimensão Ambiental A 10

AMB-A 9 Qual a situação da companhia em relação à pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica para o
uso eficiente de recursos e para produção mais limpa?

(P) Esta pergunta procura avaliar se a companhia investe em pesquisa e desenvolvimento e se este esforço
traz resultados concretos em termos de inovação voltada para abordagens preventivas de gestão ambiental.
Independentemente da referência conceitual adotada (ecoeficiência, prevenção a poluição, produção mais
limpa, por exemplo) os requisitos mínimos a serem considerados para uma resposta afirmativa são:

- Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) devem ser orientados para prevenção dos impactos ambientais
relacionados aos temas materiais, identificados por meio de avaliação do desempenho ambiental de
processos, produtos e serviços, considerando a perspectiva de ciclo de vida;

- Deve haver clara vinculação (incorporação) de requisitos ambientais como critério para o desenvolvimento
de produtos e serviços (ecodesign, dfe, design sustentável...);

- Inovação pode incluir, mas não pode estar restrita, a abordagem “de fim de tubo” (sistemas de controle de
poluição ou outras ações de natureza mitigatória). Necessariamente ela deve levar a redução / eliminação de
aspectos ambientais da organização.

Para esta resposta, devem-se considerar como “sistemáticas” as práticas que são efetivamente orientadas
para ouso eficiente de recursos e para produção mais limpa, possuem equipes dedicadas, orçamento
específico, objetivos e metas formais e mecanismos de monitoramento de desempenho estabelecidos e que
sejam abrangentes em relação aos processos da organização não se configurando, portanto, como iniciativas
piloto.

(GRI Standards) 102-15 e 416-1

a) É uma prática existente mas não sistemática na companhia

b) É uma prática sistemática na companhia, mas não produziu ainda resultados concretos e
mensuráveis significativos no seu desempenho ambiental

c) É uma prática sistemática da companhia e já produziu resultados objetivos e mensurados


significativos no seu desempenho ambiental

d) É uma prática inexistente na companhia

(D) Descrição das estruturas, corpo técnico e recursos alocados para esta finalidade nos últimos 12 meses. No caso
da resposta (c) indicação dos resultados obtidos por meio de pesquisa, desenvolvimento e inovação.

INDICADOR 4. GERENCIAMENTO E MONITORAMENTO


AMB-A 10 Indique o percentual dos processos e atividades da companhia (PPA), considerados potencial ou
efetivamente geradores de aspectos e impactos ambientais e/ou riscos ocupacionais
significativos, que é orientado por procedimentos operacionais específicos:

(P) É pré-requisito para uma resposta afirmativa, que a organização tenha mapeado e avaliado seus aspectos e
impactos ambientais e seus perigos e riscos ocupacionais para definir quais são os significativos. A inexistência
desta avaliação implica, necessariamente, na resposta “Não avalia”. Por outro lado, a avaliação feita parcialmente
dá base para que se assinale uma alternativa compatível com o % de PPA avaliados (desde que haja,
efetivamente) procedimentos de controle operacional para aqueles considerados significativos.

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:13 Dimensão Ambiental A 11

(GRI Standards) 102-15, 403-1 a 403-4

> 50% > 75%


> 85% e Não
< 50% e≤ e≤ 100%
< 100% avalia
75% 85%

a) Aspectos e impactos
ambientais significativos

b) Riscos ocupacionais
significativos

(D) Relação dos processos e/ou atividades geradores de impactos significativos; descrição dos critérios de
avaliação de significância e relação dos procedimentos de controle operacional associados a cada impacto
potencial significativo (planilha, formulário, manual do SGA etc.). Tendo em vista a diversidade e extensão das
informações relacionadas a esta questão, pode ser apresentada documentação que consolide os impactos e os
procedimentos de controle operacional por categoria. A avaliação do percentual deve, no entanto, considerar o
conjunto das operações da companhia.

AMB-A 11 Indique as práticas da companhia relacionadas à melhoria do desempenho ambiental na cadeia de


suprimentos:

(P) Esta questão tem como objetivo avaliar a postura da organização ao tratar dos impactos ambientais de
suas cadeias de suprimentos. Ao selecionar as respostas as organizações devem, necessariamente, considerar
práticas formais e regulares (não pontuais) na gestão das suas cadeias de suprimentos. Nas ações voltadas
aos fornecedores – particularmente no caso de exigências que suplantam a conformidade legal – a
companhia pode considerar, ao responder, as diferentes situações legais e de mercado existentes. Nos casos
em que a atuação da companhia não pode ser determinista (condição de controle sobre o fornecedor) espera-
se que sejam desenvolvidas ações de fomento ou que visem influenciar as práticas ambientais desses. Como
boa prática (alternativa d), pode ser considerada, por exemplo, a certificação de sistemas de gestão
ambiental.
Deve-se considerar para a resposta, entre os procedimentos operacionais específicos, os planos de
contingência ou planos de atendimento a emergências e acidentes que, necessariamente, devem incluir, além
da análise do risco, a definição de responsabilidades, planos de ação, planos de comunicação e realização de
simulados.

(GRI Standards) 308-1 e 308-2

Programas de Programas de
indução de exigência de Nenhuma
melhoria do melhoria de ação
Exigência de
desempenho desempenho relacionada
conformidade
ambiental ambiental ao
legal
(além da (além da desempenho
conformidade conformidade ambiental
legal) legal)

a)
Fornecedores
críticos

b) Demais
fornecedores
(não críticos)

(D) Documento com a descrição das iniciativas que justificaram a(s) alternativa(s) assinalada(s), por exemplo,
conjunto de critérios de seleção de fornecedores, relatório de auditoria de segunda parte ou programa de

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:13 Dimensão Ambiental A 12

desenvolvimento de fornecedores etc.

AMB-A 12 Indique, em relação à preparação e resposta a emergências, quais as políticas e práticas da companhia:

(P) Esta questão tem como objetivo avaliar as políticas e práticas da companhia em relação à gestão de riscos
socioambientais, especificamente quanto à preparação e resposta a emergências.

a) Possui planos de ação para emergências socioambientais para todas as situações de risco
identificadas e avaliadas como significativas

b) Possui equipes capacitadas e treinadas para planejamento, preparação e atendimento à


emergências

c) Realiza simulados, verificações e testes para as ações de resposta planejadas

d) Mantém partes interessadas, em particular aquelas suscetíveis aos efeitos de eventuais


acidentes (funcionários, prestadores de serviços, comunidades localizadas em áreas de risco),
devida e adequadamente informadas sobre os riscos e sobre os planos de atendimento às
emergências

e) Nenhuma das anteriores

(D) Documento com a descrição das iniciativas que justificaram a(s) alternativa(s) assinalada(s), por exemplo,
relação de planos de contingência, plano de comunicação de riscos e simulados realizados.

AMB-A 13 Quais as ações da companhia em relação ao consumo/uso sustentável de seus produtos/serviços?

(P) Para responder a esta questão devem ser consideradas apenas as ações diretamente relacionadas ao uso ou
consumo sustentável de produtos e serviços, tais como: uso racional de energia e água, uso racional de insumos e
materiais, descarte de embalagens e resíduos. As ações consideradas nas respostas deverão ter abrangência e
objetivos compatíveis com a natureza do produto ou serviço e com relação existente entre a companhia e o
consumidor final. A opção “Não se aplica” só pode ser assinalada por companhias que não tem relação direta com
consumidor/usuário final de seus produtos e/ou serviços.

(GRI Standards) 301-3 e 302-5

Não se
Sim Não
aplica

a) Atua sistematicamente por meio da disponibilização de


alternativas sustentáveis pós-uso ou consumo de seus produtos ou
serviços (ex.: logística reversa)

b) Atua sistematicamente na conscientização e orientação de


consumidores finais com vistas ao uso sustentável de seus produtos
ou serviços

c) Atua sistematicamente na conscientização e orientação de


consumidores finais com vistas ao uso seguro de seus produtos ou
serviços

(D) Documento com a descrição dos programas ou iniciativas que justificaram a(s) alternativa(s) assinalada(s).

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:13 Dimensão Ambiental A 13

INDICADOR 5. CERTIFICAÇÕES
AMB-A 14 Qual a condição da companhia quanto a certificação ambiental, de saúde e segurança no trabalho (SST),
de responsabilidade social?

(P) Devem ser considerados para esta questão as certificações ISO 14001 (SGA), ISO 45001 e OHSAS 18001
(SGSST) ou certificações de terceira parte equivalentes (não devem ser consideradas certificações LEED, ACQUA
ou similares). Neste sentido, serão considerados equivalentes os sistemas e certificações que, dentro dos
respectivos temas (meio ambiente, saúde e segurança no trabalho ou responsabilidade social), contemplem, no
mínimo, os seguintes requisitos: (i) tenham por base um modelo de gestão sistêmico, baseado no PDCA; (ii)
tenham, como requisito mínimo de desempenho, o atendimento à legislação e normas aplicáveis; (iii) requeiram o
diagnóstico das condições da organização (em condições normais e anormais de operação) e a definição de planos
e programas de gestão a partir deles; (iv) requeiram mecanismos de conscientização e treinamento dos
envolvidos; (v) requeiram o monitoramento e a verificação periódica da eficácia do sistema e da consecução dos
objetivos e metas definidos; (vi) requeiram mecanismos de comunicação com partes interessadas. No caso da
certificação florestal, serão aceitas tanto a certificação FSC quanto a certificação CERFLOR. No caso das
certificações relacionadas à responsabilidade social, ainda que os sistemas e requisitos não sejam integralmente
compatíveis, serão aceitas tanto a SA 8000 como a ABNT NBR 16001. O cálculo do percentual da produção deve
levar em conta o total produzido pela companhia, considerando todas as unidades, mesmo aquelas que não
possuem sistema de gestão ou que possuem sistema, mas não é certificado por OCA (Organismo Certificador
Acreditado).

> 0% e ≤ > 50% e > 75% e <


0% 100%
50% ≤ 75% 100%

a) Sistema de gestão ambiental

b) Sistema de gestão de saúde e


segurança no trabalho

c) Sistema de gestão de
responsabilidade social

(D) Formulário 2.

AMB-A 15 Qual a condição da companhia quanto a certificação florestal?

(P) Para o cálculo dos percentuais necessários para a seleção das alternativas deve-se considerar o conjunto
de situações passíveis de certificação florestal (SPCF), isto é, processos que se enquadram entre as
possibilidades de certificação florestal, tanto em relação ao manejo florestal como a cadeia de custódia.
Por via de consequência só podem assinalar a alternativa “não se aplica” as organizações que não têm
atividades de manejo florestal (nativo ou plantações) nem tenham relação com extração, produção, consumo,
industrialização ou comercialização de matéria-prima ou produtos de origem florestal. Os sistemas FSC e
CERFLOR são considerados, para esta pergunta e suas alternativas, como equivalentes.

a) Menos de 50% das situações passíveis de certificação florestal efetivamente certificadas

b) Entre 50% e menos que 75% das situações passíveis de certificação florestal efetivamente
certificadas

c) Entre 75% e menos que 100% das situações passíveis de certificação florestal efetivamente
certificadas

d) 100% das situações passíveis de certificação florestal efetivamente certificadas

e) Não se aplica

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:13 Dimensão Ambiental A 14

INDICADOR 6. COMUNICAÇÃO COM PARTES INTERESSADAS


AMB-A 16 A companhia possui procedimentos de comunicação com partes interessadas em relação aos seus
aspectos ambientais e/ou de SST?

(P) Esta questão avalia a política e procedimentos de comunicação em relação aos aspectos ambientais e de saúde
e segurança no trabalho (SST). Para uma resposta afirmativa a companhia deve ter uma política estabelecida de
transparência em relação aos seus aspectos ambientais e de SST, com procedimentos formalmente estabelecidos
para a comunicação com partes interessadas. Procedimentos abrangentes de comunicação com partes
interessadas podem ser considerados desde que mencionem, explicitamente, os temas de meio ambiente e SST
como parte do escopo.

a) Sim

b) Não

(D) Documento com o procedimento formalmente estabelecido para comunicação com partes interessadas em
relação aos aspectos ambientais e de SST.

AMB-A 16.1 Se SIM para a PERGUNTA 16, a companhia possui canal específico, incluindo procedimento para
recebimento de demandas e resposta, para a comunicação com partes interessadas?

(P) Esta questão avalia os canais de comunicação em relação aos aspectos ambientais e de saúde e segurança no
trabalho. Para uma resposta afirmativa a companhia deve ter um canal dedicado para esses temas. Pode ser
considerado também um canal de atendimento não exclusivo, desde que este forneça informação clara e acessível
de que se trata do meio (telefone, e-mail e website) destinado ao recebimento de demandas ambientais e de
saúde e segurança no trabalho.

a) Sim, para temas relacionados ao meio ambiente

b) Sim, apenas para temas relacionados à SST

c) Sim, para temas relacionados ao meio ambiente e SST

d) Não possui canal específico para nenhum dos casos

(D) Indicação do canal específico e do procedimento para recebimento e resposta.

AMB-A 16.2 Se SIM para a PERGUNTA 16, indique a situação da companhia quanto a comunicação com partes
interessadas em relação ao meio ambiente e saúde e segurança no trabalho:

(P) Esta questão avalia a política de comunicação para uma relação de aspectos ambientais e de SST
provavelmente materiais. Uma resposta afirmativa (A) só deverá ser assinalada quando NÃO houver qualquer tipo
de restrição a esta informação.

(GRI Standards) 102-43, 102-44, 103-2, 403-1, 403-4

(B) A
(A) A companhia (C) Tema não
companhia divulga não divulga é
informações sobre o ou restringe considerado
tema informações material
sobre o tema

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:13 Dimensão Ambiental A 15

(B) A
(A) A companhia (C) Tema não
companhia divulga não divulga é
informações sobre o ou restringe considerado
tema informações material
sobre o tema

a) Uso de materiais (peso ou


volume) (GRI 301-1)

b) Uso de materiais recicláveis


(GRI 301-2)

c) Consumo de energia na
organização (GRI 302-1)

d) Intensidade energética (GRI


302-3)

e) Redução da demanda de
energia dos produtos e serviços
(GRI 302-4)

f) Retirada (uso consuntivo) de


água (GRI 303-1)

g) Recursos hídricos
significativamente afetados (GRI-
303-2)

h) Água reciclada ou reutilizada


(GRI 303-3)

i) Sites operacionais dentro ou


adjacentes a áreas protegidas e
áreas verdes com elevado valor
de biodiversidade (GRI 304-1)

j) Impactos significativos das


atividades, produtos e serviços
na biodiversidade (GRI 304-2)

k) Habitats protegidos ou
restaurados (GRI 304-3)

l) Emissões atmosféricas
depletoras da camada de ozônio
(GRI 305-6)

m) Lançamentos na água por


qualidade e destinação (GRI 306-
1)

n) Resíduos por método de


disposição (GRI 306-1)

o) Vazamentos significativos (GRI


306-3)

p) Transporte de produtos
perigosos (GRI 306-4)

q) Corpos d’água afetados por


suas descargas e runoff (GRI
306-5)

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:13 Dimensão Ambiental A 16

(B) A
(A) A companhia (C) Tema não
companhia divulga não divulga é
informações sobre o ou restringe considerado
tema informações material
sobre o tema

r) Não conformidades em relação


à legislação ambiental (GRI 307-
1)

s) Impactos ambientais negativos


na cadeia de suprimentos e
ações adotadas (GRI 308-2)

t) Representação de
trabalhadores em comitês de SST
(403-1)

u) Indicadores de saúde e
segurança no trabalho (403-2)

v) Tópicos de SST formalmente


cobertos em acordos formais
com sindicatos (GRI 403-4)

(D) Relatórios publicados com a indicação dos aspectos informados, relação de informações disponibilizadas no
website e procedimento que orienta as respostas às demandas de partes interessadas.

INDICADOR 7. COMPROMISSO GLOBAL: BIODIVERSIDADE & SERVIÇOS


ECOSSISTÊMICOS
AMB-A 17 Selecione a alternativa que descreve a situação da companhia com relação aos impactos de suas
atividades, produtos ou serviços sobre a biodiversidade:

(P) Toda organização, independentemente de porte, setor ou localização, tem o potencial de interferir na
biodiversidade. É a relevância ou significância desta interferência que vai determinar se ela se configura como um
impactou ou não e se é positiva ou negativa. Nesta questão procura-se avaliar se a organização identifica e avalia
essas potenciais interferências e se, a partir desta avaliação, planeja e implementa ações para evitar ou mitigar
riscos ou impactos negativos e potencializar oportunidades ou impactos positivos.
Não se define aqui uma abordagem ou método específico para a realização desta avaliação, mas espera-se que
seja uma avaliação abrangente, estruturada, documentada e baseada na abordagem de ciclo de vida do produto
(bem ou serviço).

(GRI Standards) 304-1 a 304-4

a) Adota procedimentos estruturados e documentados de avaliação exclusivamente para unidades


e processos de sua propriedade e atua para garantir a conformidade legal

b) Adota procedimentos estruturados e documentados de avaliação para unidades e processos de


sua propriedade e para a sua cadeia de valor e atua para garantir a conformidade legal

c) Avalia e gerencia de forma sistemática, e independentemente de existência de exigência legal


ou administrativa, seus impactos potenciais e riscos sobre a biodiversidade, exclusivamente
para unidades e processos de sua propriedade

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:13 Dimensão Ambiental A 17

d) Avalia e gerencia de forma sistemática, e independentemente de existência de exigência legal


ou administrativa, seus impactos potenciais e riscos sobre a biodiversidade, incluindo sua
cadeia de valor

e) Não adota procedimento ou prática de avaliação de potenciais impactos (positivos ou negativos)


sobre a biodiversidade

f) Tema não é material

(D) Documento que descreve os procedimentos e práticas adotadas, avaliação e o monitoramento de acordo com
a resposta assinalada.

AMB-A 18 Indique quais as ações desenvolvidas pela companhia em prol da conservação e uso sustentável da
biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos:

(P) Esta questão avalia os esforços voluntários da companhia (não decorrentes de exigência legal, judicial ou
administrativa) para a conservação e o uso racional dos recursos da biodiversidade. Na resposta devem ser
consideradas apenas as ações:
a) Cuja efetividade ou relevância podem ser comprovadas com base em procedimentos sistemáticos de
monitoramento e indicadores específicos; e
b) Ações que tenham sido desenvolvidas sistematicamente nos últimos 3 anos.
Tal premissa se aplica as ações desenvolvidas diretamente pela companhia, por terceiros sob contrato ou por
parceiros ou beneficiários de transferência de recursos oriundos da companhia.

(GRI Standards) 304-1 a 304-4

a) Conservação ambiental em propriedades próprias: Desenvolveu, manteve e monitorou projetos


próprios de recuperação e proteção ambiental para a manutenção e conservação de espécies
nativas de fauna e flora (além daqueles decorrentes de exigência legal)

b) Conservação ambiental em propriedades de terceiros: Executou ou financiou projetos para


organizações não governamentais ou governamentais para fins de conservação ambiental em
terras alheias

c) Unidades de conservação públicas ou privadas: Apoiou, voluntariamente, por meio de recursos


financeiros, materiais ou tecnológicos, ações governamentais de conservação ambiental em
unidades de conservação públicas ou privadas

d) Pagamentos por serviços ambientais: Remunerou populações, comunidades ou organizações


não governamentais que desenvolvem projetos de conservação ambiental, com fins de
produção e manutenção de recursos hídricos, proteção da biodiversidade, ou absorção de
carbono por reflorestamento permanente

e) Fundos ambientais: Doou recursos para fundos que apoiam projetos de conservação
de recursos naturais

f) Nenhuma das anteriores

(D) Documento com o relato das ações desenvolvidas nos últimos 3 anos, incluindo indicadores que evidenciem
sua efetividade.

INDICADOR 8. BEM-ESTAR ANIMAL

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:13 Dimensão Ambiental A 18

AMB-A 19 As operações da empresa envolvem a criação de animais, o uso de animais, ingredientes ou produtos de
origem animal na produção de seus produtos?

(P) A empresa deve considerar a criação de animais em unidades próprias e provenientes de produtores e
empresas integrados à sua cadeia de produção.
O bem-estar animal não deve ser confundido com outros aspectos, como ambientais (ex. origem da dieta,
tratamento de efluentes), zootécnicos (índices de produtividade), de segurança alimentar, de biossegurança,
de saúde pública ou outras preferências do consumidor (ex. produto orgânico, local)

(GRI Standards) 102-2 e 102-9

a) Sim

b) Não

CRITÉRIO III – DESEMPENHO

INDICADOR 9. CONSUMO DE RECURSOS AMBIENTAIS – INPUTS


AMB-A 20 Qual a referência mínima de desempenho ambiental da companhia?

(P) Entende-se por referência mínima o menor nível de exigência formalmente estabelecido pela companhia e
válido para todas as suas unidades. Pressupõe-se, portanto, que existam objetivos e metas estabelecidos em
todas as unidades e mecanismos de monitoramento e verificação implementados.
Considera-se que a companhia adota a conformidade legal como requisito mínimo de desempenho
ambiental quando suas metas e critérios de monitoramento estão pautados, exclusivamente, em parâmetros e
condições de instalação e operação previstos na legislação ambiental e nos instrumentos dela derivados como,
por exemplo, licenças ambientais, outorgas e planos de gerenciamento de resíduos sólidos.
A adoção de referência superior aos parâmetros legais ocorre quando a organização, além de buscar a
conformidade legal, define metas e critérios de monitoramento que superam os requisitos legais. Tal condição
pode ser configurada por metas associadas ao desempenho operacional ou a práticas de gestão não
requeridas por legislação (por exemplo, realização de inventário de carbono, cálculo de pegada hídrica, de
carbono ou florestal).
Para assinalar a alternativa “c” devem ser considerados os recursos naturais renováveis e/ou os não
renováveis, de acordo com a pertinência da organização. No primeiro caso, o uso sustentável deve contemplar
o uso dentro dos limites quantitativos e qualitativos do recurso, isto é, o uso deve se dar dentro dos limites de
reposição dos ecossistemas e sem alteração da qualidade do recurso. No caso dos recursos não renováveis,
deve-se considerar o uso dos recursos de forma a otimizar sua disponibilidade no longo prazo.

(GRI Standards) 102-16 e 102-26

a) Há referência mínima formalmente estabelecida de desempenho ambiental tendo como


principal objetivo a conformidade legal

b) Há referência mínima formalmente estabelecida de desempenho ambiental tendo como


principal objetivo, além da conformidade legal, a mitigação dos riscos significativos ao meio
ambiente e à saúde humana

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:13 Dimensão Ambiental A 19

c) Há referência mínima formalmente estabelecida de desempenho ambiental tendo como


principal objetivo, além da conformidade legal, a mitigação dos riscos significativos ao meio
ambiente e à saúde humana e o uso sustentável dos serviços ambientais e dos recursos
naturais

d) Não há referência mínima formalmente estabelecida para o desempenho ambiental da


companhia

(D) Diretriz corporativa ou documento equivalente que formalize as referências mínimas adotadas (nos casos das
alternativas “a” e “b”) ou documento com objetivos, metas e desempenho ambiental aferidos no último ano no
caso da alternativa “c”.

AMB-A 21 Qual a referência mínima para o desempenho da companhia em Saúde e Segurança no Trabalho (SST)?

(GRI Standards) 102-16 e 102-26

a) Há referência mínima formalmente estabelecida de desempenho em SST, tendo como principal


objetivo a conformidade legal

b) Há referência mínima formalmente estabelecida de desempenho em SST, tendo como principal


objetivo, além da conformidade legal, a eliminação de riscos significativos à saúde e segurança
no trabalho, mesmo em situações não previstas em lei ou norma específica

c) Há referência mínima formalmente estabelecida de desempenho em SST tendo como principal


objetivo, além da conformidade legal, a eliminação de riscos significativos à saúde e segurança
no trabalho, mesmo em situações não previstas em lei ou norma específica e a melhoria de
qualidade de vida dos trabalhadores

d) Não há referência mínima formalmente estabelecida para o desempenho da companhia em SST

(D) Documento com referências adotadas, metas decorrentes e evolução dos indicadores correlatos nos últimos 3
anos. No caso daqueles que assinalaram a alternativa “c”, as evidências documentais devem contemplar,
também, qualidade de vida.

AMB-A 22 O uso de serviços ecossistêmicos e de recursos naturais pela organização gera, ou gerou nos
últimos 3 anos, conflitos ou restrição de uso destes pela comunidade local?

(P) Deve-se considerar, na avaliação de conflitos potenciais a atuação da organização em todo o ciclo de vida do
empreendimento ou atividade. Neste sentido, integram potenciais causas de conflito restrições ao uso e ocupação
do solo; a recuperação de áreas degradadas (pós-utilização de um determinado recurso) e a restrição do acesso a
determinado recurso ambiental pela sociedade. Para a delimitação da responsabilidade da empresa pelo conflito
deve-se considerar o fato gerador do conflito e o poder discricionário da organização ao utilizá-lo.
A configuração do “conflito de uso” se dá quando o uso dos serviços ecossistêmicos ou dos recursos naturais pela
companhia coloca em risco a disponibilidade do recurso ou do serviço para a comunidade.

(GRI Standards) 413-1

a) Sim, mas não há perspectiva de solução do conflito e/ou fim da restrição num período de até 10
anos

b) Sim, mas há perspectiva de solução do conflito e/ou restrição em um período superior a 5 anos
e inferior a 10 anos

c) Sim, mas há perspectiva de solução do conflito e/ou restrição em um período de 5 anos

d) Sim, mas o conflito e/ou restrição já foi equacionado e eliminado

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:13 Dimensão Ambiental A 20

e) Não

(D) Documento com a identificação do conflito, descrição das ações de gerenciamento com vistas a sua solução e
o prazo previsto.

AMB-A 23 Com relação aos processos produtivos da companhia, selecione cada opção caso a ação indicada seja
uma prática na gestão:

(P) A opção pelas ações deve considerar especificamente seus aspectos e/ou impactos ambientais. No caso
da companhia ter metas de manutenção e não de redução, é necessário demonstrar que houve redução
significativa nos últimos anos e que se chegou ao nível ótimo de desempenho no consumo daquele recurso
ambiental (em todas as unidades da companhia), uma vez que está sendo utilizada a melhor tecnologia
disponível (BAT - Best Available Technology) e economicamente viável. As metas podem ser absolutas ou
relativas. As metas, absolutas ou relativas, devem ser expressas por meio de indicadores físicos específicos
para cada aspecto/impacto (por exemplo: m³ de água, qualidade da água, MWh, toneladas de resíduos). Não
devem ser considerados indicadores de base financeira (por exemplo: despesas com energia/ano). Para o item
“Consumo de energia” a companhia deve levar em consideração suas práticas em relação às diferentes fontes
de energia (óleos combustíveis Grupos A e B, óleo diesel, gás natural, GLP, etanol, eletricidade entre outros).
Para o item “Emissões atmosféricas” a companhia deve levar em conta apenas as emissões de poluentes
que podem produzir impacto sobre a saúde humana e os ecossistemas em nível local e regional. Gases cujo
efeito ambiental se restringe ao aquecimento global não devem ser considerados (CO2, por exemplo).
Para responder que possui um Programa relacionado ao aspecto ambiental a organização deve considerar a
definição de “Programa” descrita no glossário.
Para assinalar a alternativa “Aspecto não material” a organização deve, necessariamente, ter assinalado a
alternativa “b” na pergunta AMB 6, tendo em vista que só é possível indicar se um tema é ou não material se a
avaliação de materialidade é uma prática consolidada na organização.

(GRI Standards) 302-1 a 302-5, 303-1 a 303-3, 305-1 a 305-7, 306-1, 306-2 e 306-5

Programa
Monitoramento baseado em
Aspecto
com ecoeficiência Nenhuma
Programa não é
indicadores e produção ação
material
específicos mais limpa

a) Uso de
materiais

b) Uso de
materiais
reciclados

c) Consumo de
energia

d) Intensidade
energética

e) Consumo de
água

f) Reuso de
água

g) Emissões
atmosféricas

h) Geração de
resíduos sólidos

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:13 Dimensão Ambiental A 21

Programa
Monitoramento baseado em
Aspecto
com ecoeficiência Nenhuma
Programa não é
indicadores e produção ação
material
específicos mais limpa

i) Logística
reversa

j) Acidentes ou
condições
emergenciais

k) Impactos na
biodiversidade

l) Impactos nos
serviços
ambientais

(D) Documento compatível com a alternativa assinalada para cada aspecto ambiental. Para o monitoramento
com indicadores, apresentar os indicadores e sua evolução nos últimos 2 anos. Para “programas”
apresentar, também, as metas estabelecidas para os últimos 2 anos e para o ano corrente, além dos demais
elementos do programa (cronograma, recursos e responsabilidades).
Para programas baseados em ecoeficiência ou produção mais limpa, a documentação deve, necessariamente,
explicitar ações desenvolvidas, projetos ou processos revisados, resultados esperados e obtidos e indicadores
utilizados.

AMB-A 24 Com relação aos processos administrativos da companhia, selecione cada opção caso a ação indicada
seja uma prática na gestão:

(P) A opção pelas ações deve considerar especificamente os aspectos ambientais. Para o item “Consumo de
energia” a companhia deve levar em consideração suas práticas em relação às diferentes fontes de energia
utilizadas nos processos administrativos (gás natural, GLP, etanol, eletricidade entre outros). No caso da
companhia ter metas de manutenção e não de redução, é necessário demonstrar que houve redução
significativa nos últimos anos e que se chegou ao nível ótimo de desempenho no consumo daquele recurso
ambiental (em todas as unidades da companhia), uma vez que está sendo utilizada a melhor tecnologia
disponível (BAT - Best Available Technology) e economicamente viável. As metas podem ser absolutas ou
relativas. As metas, absolutas ou relativas, devem ser expressas por meio de indicadores físicos específicos
para cada aspecto/impacto (por exemplo: m³ de água, qualidade da água, MWh, toneladas de resíduos). Não
devem ser considerados indicadores de base financeira (por exemplo: despesas com energia/ano).
Para responder que possui um Programa relacionado ao aspecto ambiental a organização deve considerar a
definição de “Programa” do glossário.

(GRI Standards) 302-1 a 302-5, 303-1 a 303-3, 305-1 a 305-7, 306-1 e 306-2

Monitoramento com Programa estruturado


Nenhuma
indicadores com metas, recursos e
ação
específicos responsáveis definidos

a) Consumo de
água

b) Consumo de
energia

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:13 Dimensão Ambiental A 22

Monitoramento com Programa estruturado


Nenhuma
indicadores com metas, recursos e
ação
específicos responsáveis definidos

c) Geração de
resíduos sólidos

(D) Documento compatível com a alternativa assinalada para cada aspecto ambiental. Para o monitoramento com
indicadores, apresentar os indicadores e sua evolução nos últimos 2 anos. Para “programas” apresentar,
também, as metas estabelecidas para os últimos 2 anos e para o ano corrente, além dos demais elementos do
programa (cronograma, recursos e responsabilidades).

AMB-A 25 Assinale o percentual da água utilizada em processos administrativos (escritórios, refeitórios, banheiros)
que é oriunda de reuso da água e/ou captação de água da chuva (pluvial):

(P) Ao assinalar o percentual de reuso, deve ser considerada a relação do consumo de água de reuso em relação
ao consumo total de água nos processos administrativos. No caso o uso compartilhado de instalações (como por
exemplo em condomínios) nos quais as estruturas e processos de reuso sejam coletivos, a resposta pode
considerar o % de reuso global (de toda a instalação).

(GRI Standards) 303-3

a) Menor ou igual a 30%

b) Maior que 30% e menor ou igual a 60%

c) Maior que 60% e menor que 90%

d) Maior ou igual a 90%

e) Não reusa água nos processos administrativos

(D) Planilha com a memória de cálculo utilizada para a resposta.

AMB-A 26 Qual o percentual das instalações dedicadas a processos administrativos que utilizam tecnologias de uso
eficiente de água?

(P) Podem ser consideradas todas as tecnologias que resultem numa maior eficiência global do uso da água no
processo, como o uso de equipamentos mais eficientes. Devem ser consideradas as edificações ou instalações
dedicadas – preponderantemente – a processos administrativos. O termo instalação, neste caso, não se refere a
equipamentos específicos, portanto, mas ao ambiente construído (prédios, galpões e salas).
Entende-se por tecnologias não apenas os equipamentos e dispositivos de uso da água, mas métodos e técnicas
voltados ao uso eficiente, o que inclui: diagnósticos, monitoramento, procedimentos e capacitação.

(GRI Standards) 303-3

a) Menor ou igual a 30%

b) Maior que 30% e menor ou igual a 60%

c) Maior que 60% e menor que 90%

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:13 Dimensão Ambiental A 23

d) Maior ou igual a 90%

e) Não utiliza tecnologias de uso eficiente de água

(D) Documento com a descrição das práticas adotadas e percentual de instalações em cada unidade.

AMB-A 27 Assinale o percentual de reuso da água nos processos produtivos:

(P) A companhia deve considerar o uso de água consuntivo e não consuntivo no processo produtivo ou nas áreas
do processo. Uso consuntivo implica na retirada da água do manancial em questão, sem que haja retorno ao
mesmo local, isto é, há consumo de água no processo. “Não se aplica” pode ser usado somente por companhias
que utilizam água exclusivamente em atividades da área administrativa. Desta forma, por exemplo, a utilização de
água em atividades de limpeza em áreas de processo deve ser considerada como uso de água no processo
produtivo.

(GRI Standards) 303-3

a) Menor ou igual a 30%

b) Maior que 30% e menor ou igual a 60%

c) Maior que 60% e menor que 90%

d) Maior ou igual a 90%

e) Não reusa água nos processos produtivos

f) Não se aplica

(D) Documento com a descrição dos programas ou iniciativas que justifiquem a(s) alternativa(s) assinalada(s).

INDICADOR 10. EMISSÕES ATMOSFÉRICAS, EFLUENTES LÍQUIDOS E


RESÍDUOS
AMB-A 28 Assinale a alternativa que caracteriza a condição dos efluentes líquidos gerados nos processos
produtivos pela companhia:

(P) O atendimento à legislação, que compreende os dispositivos constitucionais, leis, decretos, resoluções e
normas técnicas aplicáveis, inclui também o atendimento as exigências técnicas estabelecidas em atos
administrativos (licenças ambientais, pareceres técnicos, comunicações formais dos órgãos competentes).

(GRI Standards) 306-1

a) Gera e pode garantir que o lançamento se dá em conformidade com a legislação e normas


aplicáveis

b) Gera, pode garantir que o lançamento se dá em conformidade com a legislação aplicável e pode
comprovar que nos últimos 2 anos houve redução absoluta ou relativa da carga poluidora

c) Nenhuma das anteriores

d) Não gera

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:13 Dimensão Ambiental A 24

AMB-A 29 Assinale a alternativa que caracteriza a condição dos esgotos domésticos ou efluentes
líquidos gerados nos processos administrativos pela companhia:

(P) O atendimento à legislação, que compreende os dispositivos constitucionais, leis, decretos, resoluções e
normas técnicas aplicáveis, inclui também o atendimento as exigências técnicas estabelecidas em atos
administrativos (licenças ambientais, pareceres técnicos, comunicações formais dos órgãos competentes).

Para assinalar a resposta “b” é necessário que três condições sejam atendidas:
- Que exista, no caso, regulamentação específica para os esgotos domésticos;
- Que exista, por parte da companhia, monitoramento quantitativo e qualitativo destes efluentes; e
- Que a condição de lançamento esteja em conformidade com os requisitos legais.

(GRI Standards) 306-1

a) Gera e pode garantir que o lançamento se dá em conformidade com a legislação e normas


aplicáveis

b) Gera, pode garantir que o lançamento se dá em conformidade com a legislação aplicável e pode
comprovar que nos últimos 2 anos houve redução absoluta ou relativa da carga poluidora

c) Nenhuma das anteriores

AMB-A 30 Assinale a alternativa que caracteriza a condição das emissões atmosféricas da companhia:

(P) O atendimento à legislação, que abrange os dispositivos constitucionais, leis, decretos, resoluções e normas
técnicas aplicáveis, inclui também o atendimento às exigências técnicas estabelecidas em atos administrativos
(licenças ambientais, pareceres técnicos, comunicações formais dos órgãos competentes). Devem ser
consideradas as emissões relevantes do ponto de vista local e/ou regional em função de impactos sobre saúde
humana e ecossistemas. Referem-se à toxicidade e não a aquecimento global (assunto tratado na dimensão
Mudança do Clima).

(GRI Standards) 305-1 a 305-7

a) Monitora suas emissões e pode garantir e comprovar que as mesmas estão em conformidade
com a legislação, normas e requisitos aplicáveis

b) A afirmação anterior é verdadeira e, além disso, a companhia pode comprovar, nos últimos 2
anos, a redução relativa (massa/produção) da carga de poluentes lançados no ar

c) Nenhuma das anteriores

d) Não se aplica

AMB-A 31 Assinale a alternativa que indica a prática da companhia com relação à geração e destinação de
resíduos sólidos classe I, IIA e/ou IIB:

(P) Para responder às questões relacionadas aos resíduos sólidos deverão ser considerados as definições, critérios
e métodos de classificação de resíduos previstos na norma NBR 10004:2004, publicada em 31/05/2004 e válida a
partir de 30/11/2004 e na Lei 12.305 de 02/08/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Não será
aceita resposta positiva caso as práticas elencadas nas alternativas não sejam adotadas em todas as unidades e
processos da companhia. As metas de redução podem ser absolutas (quantidade de resíduos) ou relativas
(quantidade de resíduos / produção). Só podem marcar “Não se aplica” as companhias que não geram resíduos
classe I e classe IIA.
A conformidade legal se configura, no caso, pelas licenças ambientais e suas exigências, quando for o caso,
além de documentos de caráter autorizativo para o transporte e destinação final de resíduos, quando pertinentes.
Incluem-se, quando exigidos por legislação federal, estadual ou municipal, os Planos de Gerenciamento de

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:13 Dimensão Ambiental A 25

Resíduos Sólidos (PGRS).

(GRI Standards) 306-2

Sim Não Não se aplica

a) Inventário

b) Metas anuais de redução da geração

c) Metas anuais de reuso ou reciclagem

d) Monitoramento com indicadores específicos

e) Garantia de conformidade legal dos processos de


manipulação, armazenagem, tratamento, destinação e logística
reversa (quando aplicável)

(D) Licenças, documentos (certificados e autorizações) e planos de gerenciamento de resíduos sólidos.

AMB-A 32 Assinale a situação da companhia em relação ao Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos


(PGRS):

(P) Considera-se o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, conforme definido pela da Política Nacional de
Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/10) e sua obrigatoriedade considerando, em cada caso, a legislação federal,
estadual e municipal, quando pertinentes.

(GRI Standards) 306-2

a) Está obrigada por legislação e está em processo de regularização de suas unidades em relação
a este quesito

b) Está obrigada por legislação e está plenamente regularizada em relação a este quesito

c) Não está obrigada por legislação e não possui PGRS

d) Não está obrigada por legislação e possui PGRS

e) Nenhumas das alternativas

INDICADOR 11. ASPECTOS AMBIENTAIS CRÍTICOS


AMB-A 33 A companhia adota procedimentos específicos para a gestão de aspectos ambientais que, mesmo não
estando contemplados na legislação vigente, representam (ou há evidências científicas de que podem
representar) risco ou à saúde pública ou ao meio ambiente?

(P) A geração de resíduos ou efluentes caracterizados como disruptores endócrinos se enquadra, por exemplo,
nesta pergunta. As metas de redução podem ser absolutas ou relativas.

(GRI Standards) 203-2 e 416-1

a) Monitora o aspecto ambiental nos processos sobre os quais tem controle

b) Monitora o aspecto ambiental e possui metas de redução para os processos sobre os quais tem
controle

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:13 Dimensão Ambiental A 26

c) Monitora o aspecto ambiental e possui metas de redução para os processos sobre os quais tem
controle e identifica e monitora, quando existentes, na sua cadeia de suprimentos

d) Monitora o aspecto ambiental e possui metas de redução para os processos sobre os quais tem
controle e identifica, monitora e possui metas de redução, quando existentes, na sua cadeia de
suprimentos

e) Não desenvolve ação específica

f) Não possui aspecto ambiental com estas características

INDICADOR 12. SEGURO AMBIENTAL


AMB-A 34 Indique a situação da companhia em relação às coberturas de seguro ambiental contratadas para suas
instalações e operações:

(P) O seguro ambiental é uma importante ferramenta para o gerenciamento dos riscos socioambientais, uma
vez que garante recursos financeiros para a mitigação ou compensação de processos de degradação, incluindo
o pagamento de indenizações. Oferece ainda o benefício adicional de reforçar a necessidade de procedimentos
que levem ao conhecimento e controle das operações e dos processos que podem provocar danos. Há
diferentes tipos de apólices com variadas coberturas, mas a questão busca identificar as companhias que
possuem cobertura parcial, isto é, possuem apólices que cobrem danos materiais e corporais reclamados por
terceiros, originados em eventos súbitos, mas excluem a cobertura para remediação do próprio local afetado e
podem também excluir "danos ecológicos" de titularidade difusa; e companhias que possuem seguros com
cobertura ampla, que abrangem os itens da cobertura parcial mais os eventos de natureza gradual ou
paulatina, assim como a remediação do próprio local afetado. A alternativa “Não se Aplica” só poderá ser
assinalada quando não existir no mercado apólice de seguro que permita a cobertura de aspecto ambiental
significativo da companhia.

(A) Possui seguro ambiental, com cobertura de perdas e danos corporais causados a terceiros
(B) Possui seguro ambiental, com cobertura de perdas e danos materiais causados a terceiros
(C) Possui seguro ambiental, com cobertura de custos de limpeza e contenção
(D) Possui seguro ambiental, com cobertura de lucros cessantes do segurado
(E) Não possui seguro ambiental

A B C D E Não se aplica

a) Poluição súbita e acidental

b) Poluição gradual

(D) Apresentação da apólice do seguro comprovando as coberturas assinaladas.

CRITÉRIO IV – CUMPRIMENTO LEGAL

INDICADOR 13. ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE E CADASTRO


AMBIENTAL RURAL
AMB-A 35 Qual a condição das propriedades rurais da companhia em relação ao Cadastro Ambiental Rural (CAR)?

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:13 Dimensão Ambiental A 27

(P) Criado pela Lei nº 12.651/2012, no âmbito do Sistema Nacional de Informação sobre Meio Ambiente -
SINIMA, e regulamentado pela Instrução Normativa MMA nº 2, de 5 de maio de 2014, o Cadastro Ambiental
Rural – CAR é um registro público eletrônico de âmbito nacional, obrigatório para todos os imóveis rurais, com
a finalidade de integrar as informações ambientais das propriedades e posses rurais referentes às Áreas de
Preservação Permanente - APP, de uso restrito, de Reserva Legal, de remanescentes de florestas e demais
formas de vegetação nativa, e das áreas consolidadas, compondo base de dados para controle,
monitoramento, planejamento ambiental e econômico e combate ao desmatamento.
Para a resposta à esta questão deverão ser consideradas todas as propriedades rurais da companhia, de tal
forma que o cálculo do percentual deve ser estabelecido com base na equação % = (nº de propriedades rurais
da companhia cadastradas / nº total de propriedades rurais da companhia) x 100

a) Menos de 50% das propriedades rurais da companhia estão cadastradas

b) De 50% a menos de 75% das propriedades rurais da companhia estão cadastradas

c) De 75% a menos de 100% das propriedades rurais da companhia estão cadastradas

d) 100% das propriedades rurais da companhia estão cadastrados

e) A organização não tem propriedade passível de cadastramento

(D) Relação das propriedades com indicação daquelas que foram cadastradas.

AMB-A 36 Qual a condição das propriedades rurais de terceiros e utilizadas pela companhia (arrendamento, cessão
ou outra forma de uso) em relação ao Cadastro Ambiental Rural (CAR)?

a) Menos de 50% das propriedades rurais nas condições supramencionadas estão cadastradas

b) De 50% a menos de 75% das propriedades rurais nas condições supramencionadas estão
cadastradas

c) De 75% a menos de 100% das propriedades rurais nas condições supramencionadas estão
cadastradas

d) 100% das propriedades rurais nas condições supramencionadas estão cadastrados

e) Não há propriedades rurais nas condições supramencionadas

(D) Declaração da organização com indicação do número de propriedades de terceiros pertinentes à questão e
percentual delas que efetivou o CAR.

AMB-A 37 Qual a condição da companhia em relação as suas Área de Preservação Permanente (APP) em
propriedades rurais?

(GRI Standards) 304-1 a 304-3 e 306-5

a) Menos de 30% das propriedades rurais da companhia estão regularizadas

b) De 30% a menos de 60% das propriedades rurais da companhia estão regularizadas

c) De 60% a menos de 100% das propriedades rurais da companhia estão regularizadas

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:13 Dimensão Ambiental A 28

d) 100% das propriedades rurais da companhia estão regularizadas

e) Não possui área que se configure como APP

(D) No caso da companhia assinalar a alternativa (e), declaração do DRI informando que a empresa não possui
APP.

INDICADOR 14. RESERVA LEGAL


AMB-A 38 Qual a condição da companhia em relação à reserva legal em propriedades rurais?

(GRI Standards) 304-1 a 304-3 e 306-5

a) Menos de 50% das propriedades rurais da companhia estão regularizadas

b) De 50% a menos de 75% das propriedades rurais da companhia estão regularizadas

c) De 75% a menos de 100% das propriedades rurais da companhia estão regularizadas

d) 100% das propriedades rurais da companhia estão regularizadas

e) Nenhuma das anteriores

f) Não possui propriedades que impliquem na exigência de reserva legal

INDICADOR 15. PASSIVOS AMBIENTAIS


AMB-A 39 A companhia possui passivos ambientais?

(GRI Standards) 307-1

a) Sim

b) Não

c) Não possui procedimento sistemático de avaliação e monitoramento de passivos ambientais

AMB-A 39.1 Se SIM para a PERGUNTA 39, qual a previsão para o saneamento integral desses passivos ambientais?

(GRI Standards) 307-1

a) 10 anos ou mais

b) Entre 5 e 10 anos

c) Entre 3 e 5 anos

d) Menos de 3 anos

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:13 Dimensão Ambiental A 29

e) Não há previsão de saneamento do passivo, mas o seu gerenciamento garante níveis de risco
aceitáveis

f) Não há possibilidade de saneamento integral do passivo

AMB-A 39.2 Se SIM para a PERGUNTA 39, a companhia provisionou recursos financeiros para o saneamento dos seus
passivos ambientais?

(P) Devem ser considerados não somente os passivos que foram motivo de notificação ou valorados, mas também
os que ainda não foram notificados conforme os parâmetros da lei ou valorados monetariamente. Referência:
Deliberação CVM 594/2009.

(GRI Standards) 307-1

a) Sim, apenas quando há prognóstico de perda provável

b) Sim

c) Não

AMB-A 39.3 Se SIM para a PERGUNTA 39, a companhia divulga os seus passivos ambientais?

(P) Devem ser considerados não somente os passivos que foram motivos de notificação ou valorados, mas
também os que ainda não foram notificados conforme os parâmetros da lei ou valorados monetariamente.

(GRI Standards) 307-1

a) Sim

b) Sim, divulga a existência dos passivos nos relatórios pertinentes (Deliberação CVM 594/2009)

c) Não

INDICADOR 16. REQUISITOS ADMINISTRATIVOS


AMB-A 40 Qual a situação da companhia em relação ao licenciamento ambiental de suas instalações e processos:

(P) Entende-se como conformidade legal, nesta questão, a situação na qual as licenças ambientais
requeridas para o empreendimento, atividade ou processo existam, esteja dentro do prazo de validade e
tenham todas as suas exigências ou condicionantes técnicas atendidas ou em processo de atendimento mas
dentro do prazo estabelecido.
Situações empreendimentos, atividades ou processos que estejam em processo de regularização poderão ser
considerados como “conformes ou regulares” se todas as condições abaixo estiverem presentes e forem
passíveis de comprovação:
1) O empreendimento, instalação ou atividade tenha sido implantado e tenha entrado em operação antes da
exigência legal, em nível federal, estadual ou municipal, de licenciamento ambiental para o caso;
2) A companhia comprove, por meio de documentação específica que, a partir da configuração da exigência de
licenciamento ambiental para o empreendimento, instalação ou atividade, tenha – tempestivamente –
formalizado junto ao órgão ambiental competente a solicitação de licença de operação (ou equivalente à
época);
3) A companhia comprove ter atendido todas as exigências formuladas pelo órgão ambiental para a
regularização, incluindo estudos ambientais, documentos técnicos, certidões, autorizações e atestados, dentro
dos prazos estabelecidos pelos órgãos ambientais competentes;
4) A companhia comprove que a não emissão da licença de operação ou do documento que determine a

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:13 Dimensão Ambiental A 30

regularidade do empreendimento, seja decorrência – exclusivamente – de impossibilidade técnica, operacional


ou não definição de procedimentos específicos por parte do órgão ambiental competente. Os casos que
atenderem simultaneamente todos os requisitos supramencionados deverão ser claramente identificados na
relação de documentos comprobatórios a ser fornecida para essa questão. Caso a empresa não garanta que os
padrões legais estejam sendo seguidos, deve ser assinalada a alternativa (a).
Alternativamente, poderão ser considerados como “conformes ou regulares” situações que estejam cobertas
por Termos de Ajustamento de Conduta firmados com o órgão ambiental e ministério Público e que todas as
condicionantes tenham sido cumpridas ou esteja em processo mas dentro do prazo previsto.

a) Monitora e pode garantir que pelo menos 25% das suas instalações estão em conformidade

b) Monitora e pode garantir que pelo menos 50% das suas instalações estão em conformidade

c) Monitora e pode garantir que pelo menos 75% das suas instalações estão em conformidade

d) Monitora e pode garantir que 100% das suas instalações estão em conformidade

e) Não possui procedimento sistemático de monitoramento da conformidade legal

(D) Relação das instalações/unidades (inclusive em processo de implantação) e, quando requerido, o status do
licenciamento ambiental (LP, LI e LF), indicando os casos em que há pendências (exigências não cumpridas e com
prazo excedido).

INDICADOR 17. PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS


AMB-A 41 Nos últimos 3 anos, a companhia recebeu alguma sanção administrativa de natureza ambiental?

(GRI Standards) 307-1

a) Sim

b) Não

AMB-A 41.1 Se SIM para a PERGUNTA 41, a companhia possui Termo(s) de Compromisso de Execução
Extrajudicial assinado(s) neste período?

a) Sim

b) Não

INDICADOR 18. PROCEDIMENTOS JUDICIAIS


AMB-A 42 Nos últimos 3 anos, a companhia sofreu algum processo judicial ambiental cível?

(GRI Standards) 307-1

a) Sim

b) Não

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:13 Dimensão Ambiental A 31

AMB-A 42.1 Se SIM para a PERGUNTA 42, a companhia foi condenada?

a) Sim

b) Não

AMB-A 42.2 Se SIM para a PERGUNTA 42, houve acordo(s) judicial(is) objetivando a composição das partes, que
está(ão) sendo cumprido(s) dentro dos prazos e critérios estabelecidos?

a) Sim

b) Não

AMB-A 43 Nos últimos 3 anos, a companhia ou seus administradores, sofreu algum processo judicial ambiental
criminal?

(GRI Standards) 307-1

a) Sim

b) Não

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Simulado ISE B3 (ano base 2020)

Dimensão Social

Construções e Comercio Camargo Correa

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:14 Dimensão Social 2

Sumário

CRITÉRIO I – POLÍTICA 3
INDICADOR 1. COMPROMISSO COM PRINCÍPIOS E DIREITOS FUNDAMENTAIS NAS 3
RELAÇÕES DE TRABALHO
INDICADOR 2. COMPROMISSO COM A COMUNIDADE 7
INDICADOR 3. RESPEITO À PRIVACIDADE, USO DA INFORMAÇÃO E MARKETING 9

CRITÉRIO II – GESTÃO 10
INDICADOR 4. APLICAÇÃO DOS COMPROMISSOS COM PRINCÍPIOS E DIREITOS 10
FUNDAMENTAIS NAS RELAÇÕES DE TRABALHO
INDICADOR 5. RELAÇÃO COM A COMUNIDADE 16
INDICADOR 6. RELAÇÃO COM CLIENTES E CONSUMIDORES 19

CRITÉRIO III – DESEMPENHO 20


INDICADOR 7. DIVERSIDADE E EQUIDADE 20
INDICADOR 8. GESTÃO DE FORNECEDORES 23
INDICADOR 9. RESOLUÇÃO DE DEMANDAS DE CLIENTES E CONSUMIDORES 24

CRITÉRIO IV – CUMPRIMENTO LEGAL 25


INDICADOR 10. PÚBLICO INTERNO 25
INDICADOR 11. CLIENTES E CONSUMIDORES 26
INDICADOR 12. SOCIEDADE 26
Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:14 Dimensão Social 3

CRITÉRIO I – POLÍTICA

INDICADOR 1. COMPROMISSO COM PRINCÍPIOS E DIREITOS FUNDAMENTAIS


NAS RELAÇÕES DE TRABALHO
SOC 1 A companhia possui compromisso formal com o respeito aos direitos humanos reconhecidos pelas
Convenções Internacionais ratificadas pelo Brasil, referentes às relações de trabalho?

(P) Essa pergunta quer reforçar a existência de uma agenda ampla de direitos humanos, para além dos temas que
são tratados no ISE, sem intenção de hierarquização. Voltado à proteção de direitos fundamentais, forma-se um
sistema normativo global de proteção dos direitos humanos, no âmbito das Nações Unidas. O conjunto de
convenções internacionais ratificados pelo Brasil estão disponíveis no site da Organização Internacional do
Trabalho em: http://www.ilo.org/brasilia/convencoes/lang--pt/index.htm

(GRI Standards) 103-1 a 103-3, 405-1, 401-2, 406-2, 407-1, 408-1, 409-1, 410-1, 411-1, 412-1 a 412-3, 413-1, 413-
2, 414-1 e 414-2

a) Sim

b) Não

(D) Política corporativa que ateste explicitamente o compromisso com relativas às relações de trabalho
ratificadas pelo Brasil.

SOC 1.1 Se sim para a PERGUNTA 1, a companhia orienta seu compromisso com base nos Princípios Orientadores
sobre Empresas e Direitos Humanos da ONU, quando pertinentes às relações de trabalho?

(P) Os Princípios Orientadores (POs) sobre Empresas e Direitos Humanos foram aprovados pelo Conselho de
Direitos Humanos da ONU em 2011 e adotados pelo Brasil no mesmo ano. Os 31 POs foram elaborados para
implementar os parâmetros “proteger, respeitar e reparar” apresentados por John Ruggie em 2008 com o
objetivo de estabelecer obrigações para o Estado e empresas a fim de prevenir e reparar violações a direitos
humanos decorrentes dos negócios.

Trata-se de um passo no sentido de garantir que os direitos humanos, que já figuram nos principais Tratados e
Pactos Internacionais, sejam parâmetros também para os negócios, especialmente considerando a capacidade
das empresas, por meio de suas atividades e operações em cadeia, de afetarem uma série desses direitos
(fonte: Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, disponível em:
https://www.mdh.gov.br/sdh/noticias/2017/novembro/cartilha-empresas-e-direitos-humanos-1/view)
A alternativa "b" abaixo considera que a companhia realiza uma due dilligence sobre direitos humanos a fim
de identificar, prevenir, mitigar e assumir responsabilidade.

(GRI Standards) 103-1 a 103-3, 412-1 a 412-3

a) Sim

b) Sim, realizando avaliação de impactos do negócio sobre os direitos humanos

c) Não

(D) Documento oficial que ateste explicitamente os princípios como orientadores da gestão da companhia para
alternativa (a) e relatório sobre a avaliação de impactos para alternativa (b).

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:14 Dimensão Social 4

SOC 2 Assinale os temas para os quais a companhia possui compromisso formal:

(P) Os temas apontados nesta pergunta constam das principais convenções da OIT e de outros acordos
internacionais. O objetivo é avaliar o engajamento da companhia no enfrentamento destas questões, ainda que
elas não estejam diretamente relacionadas à companhia. Responder considerando, inclusive, trabalhadores
terceirizados.

(GRI Standards) 405-1, 406-1, 407-1, 408-1 e 409-1


(ISO 26000) Subseção 4.7

a) Erradicação do trabalho infantil (TI)

b) Erradicação do trabalho forçado ou compulsório (TF)

c) Combate à prática de discriminação em todas as suas formas (DI)

d) Valorização da diversidade (DV)

e) Prevenção do assédio moral e do assédio sexual (AS)

f) Respeito à livre associação sindical e direito à negociação coletiva (LA)

g) Nenhum dos anteriores

SOC 2.1 Para as alternativas assinaladas na PERGUNTA 2, indique de que forma este compromisso está expresso:

(P) Para assinalar a alternativa "b" considerar que a política deve mencionar de forma direta e explícita o tema
enfocado em cada um dos itens assinalados acima. Considerar atentamente as definições existentes no Glossário.
Caso nenhuma das alternativas abaixo reflita a forma de expressão deste compromisso, não deverá ser assinalada
a alternativa correspondente na pergunta anterior.

TI – Erradicação do trabalho infantil


TF – Erradicação do trabalho forçado ou compulsório
DI – Combate à prática de discriminação em todas as suas formas
DV – Valorização da diversidade
AS – Prevenção do assédio moral e do assédio sexual
LA – Respeito à livre associação sindical e direito à negociação coletiva

Note que as colunas “TI e TF” e “DI e DV” só devem ser assinaladas se a companhia possuir o compromisso para
AMBOS os temas. Em cada linha, marcar todas as alternativas aplicáveis.

(GRI Standards) 103-2

TI e TF DI e DV AS LA NDA

a) Código de Conduta

b) Política Corporativa que contemple o tema

c) Adesão formal ou declaração pública relativa a


compromissos e iniciativas voluntárias sobre o tema

(D) De acordo com as opções assinaladas, deverá ser apresentado o Código de Conduta, a Política Corporativa ou
Documento oficial da companhia de formalização da adesão/declaração que mencione explicitamente o(s) tema(s)
da resposta. Em relação aos terceirizados, não serão aceitos documentos que sejam aplicáveis apenas aos
empregados diretos. Caso não haja menção específica a terceirizados, deverá ser apresentada evidência
complementar de que o disposto no documento principal também se aplica aos terceirizados.

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:14 Dimensão Social 5

SOC 2.2 Com relação aos compromissos assinalados na PERGUNTA 2, indique quais ações são contempladas
explicitamente no(s) referido(s) documento(s):

(P) Responder considerando:


TI – Erradicação do trabalho infantil
TF – Erradicação do trabalho forçado ou compulsório
DI – Combate à prática de discriminação em todas as suas formas
DV – Valorização da diversidade
AS – Prevenção do assédio moral e do assédio sexual
LA – Respeito à livre associação sindical e direito à negociação coletiva

Exemplo de diretriz para alternativa "a" seria realizar auditoria (due diligence) em Direitos Humanos com
ênfase no tema enfocado.

A alternativa "c" exige diretrizes para a gestão da cadeia de suprimentos, onde há maior influência por parte da
companhia e, eventualmente, maior risco associado aos fornecedores críticos.

Note que as colunas “TI e TF” e “DI e DV” só devem ser assinaladas se a companhia possuir ações para AMBOS os
temas.

(GRI Standards) 405-1, 406-1, 407-1, 408-1 e 409-1

TI e DI e
AS LA NDA
TF DV

a) Estabelecimento de diretrizes relativas à gestão da


companhia visando o tema enfocado pelo compromisso

b) Prevenção sobre o envolvimento direto e indireto em


situações que contrariam o compromisso assumido

c) Estabelece diretrizes para a gestão junto à sua


cadeia de suprimentos

d) Contempla a promoção deste compromisso na


sua cadeia de valor

(D) Documento referido na pergunta anterior, em que constem explicitamente as ações assinaladas na resposta.

SOC 2.3 Com relação aos compromissos expressos na PERGUNTA 2, indique as opções adotadas para
sua divulgação ampla:

(P) Responder considerando atentamente as definições existentes no glossário. As versões adaptadas para
públicos com necessidades específicas de acessibilidade estão previstas conforme Decreto no. 6.949/2009,
que promulga a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.
Para a alternativa "b", considerar as prescrições legais e normativas, tais como ABNT NBR 9050, ABNT NBR
16537, NM 313, Lei nº 13.146/2015 – Lei Brasileira de Inclusão e Web Accessibility Initiative (WAI).
Para a alternativa (c) um exemplo de ação seria realizar um encontro com comunidade local que contemple na
agenda os temas dos compromissos.

TI – Erradicação do trabalho infantil


TF – Erradicação do trabalho forçado ou compulsório
DI – Combate à prática de discriminação em todas as suas formas
DV – Valorização da diversidade
AS – Prevenção do assédio moral e do assédio sexual
LA – Respeito à livre associação sindical e direito à negociação coletiva

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:14 Dimensão Social 6

Note que as colunas “TI e TF” e “DI e DV” só devem ser assinaladas se a companhia divulgar seu compromisso
sobre AMBOS os temas.
Em cada linha, marcar todas as alternativas aplicáveis à companhia.

(GRI Standards) 102-40 a 102-44

TI e DI e
AS LA NDA
TF DV

a) Publicação na área de livre acesso do website da


companhia

b) Publicação de versões adaptadas para públicos com


necessidades específicas de acessibilidade

c) Promoção de ações visando chamar a atenção e


facilitar a compreensão, considerando peculiaridades e
interesses específicos de diferentes partes interessadas

(D) Evidências de ações realizadas pela companhia nos processos de comunicação mencionados e/ou documentos
oficiais com essa finalidade, inclusive peças de comunicação corporativa.

SOC 2.3.1 Se SIM para alternativa (c) da PERGUNTA 2.3, indique as partes interessadas para as quais é
disponibilizada essa versão específica:

(P) Responder considerando atentamente as definições existentes no Glossário, e a importância de priorizar a


difusão das informações junto aos públicos onde seus efeitos sejam mais relevantes.

TI – Erradicação do trabalho infantil


TF – Erradicação do trabalho forçado ou compulsório
DI – Combate à prática de discriminação em todas as suas formas
DV – Valorização da diversidade
AS – Prevenção do assédio moral e do assédio sexual
LA – Respeito à livre associação sindical e direito à negociação coletiva

ATENÇÃO: Note que as colunas “TI e TF” e “DI e DV” só devem ser assinaladas se a companhia disponibilizar
seu compromisso sobre AMBOS os temas.
Em cada linha, marcar todas as alternativas aplicáveis à companhia.

TI e TF DI e DV AS LA NDA

a) Acionistas e Investidores

b) Funcionários diretos

c) Trabalhadores terceirizados

d) Fornecedores

e) Consumidores/Clientes

f) Comunidade local

g) Governo

h) Sociedade civil organizada

i) Outras partes interessadas

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:14 Dimensão Social 7

(D) Evidências de ações realizadas pela companhia nos processos de comunicação mencionados e/ou documentos
oficiais com essa finalidade, inclusive peças de comunicação corporativa. Apresentar evidências para cada um dos
itens assinalados.

INDICADOR 2. COMPROMISSO COM A COMUNIDADE


SOC 3 A companhia possui uma política corporativa que contemple o tema de relacionamento com a
comunidade local ?

(P) Esta pergunta procura identificar se a companhia possui diretrizes de relacionamento com a comunidade local
e seu grau de formalização. Podem ser consideradas políticas específicas bem como menções expressas ao tema
contidas em outras políticas, tal como na Política de Sustentabilidade.

(GRI Standards) 102-16, 413-1 e 413-2

a) Sim, aprovada pela alta direção

b) Sim, aprovada pelo Conselho de Administração

c) Não

(D) Política corporativa que ateste explicitamente o compromisso e as diretrizes para a gestão do tema na
companhia.

SOC 3.1 Se SIM para a PERGUNTA 3, indique quais diretrizes de gestão da companhia estão contempladas nessa
política:

(GRI Standards) 102-16, 102-17, 102-29 e 102-30

a) Orientar seu compromisso com base nos Princípios Orientadores sobre Empresas e Direitos
Humanos da ONU, quando pertinentes às relações com a comunidade

b) Identificar e avaliar os impactos gerados na comunidade resultantes das atividades da


companhia, bem como os riscos de violação aos direitos humanos

c) Adotar uma hierarquia de mitigação para evitar ou, quando não for possível evitar, minimizar
e, nos casos em que permaneçam impactos residuais, remediá-los

d) Garantir que as reclamações das comunidades sejam respondidas e gerenciadas de forma


apropriada

e) Promover e proporcionar meios de engajamento apropriado

f) Assegurar que informações sociais pertinentes sejam divulgadas e disseminadas

g) Nenhuma das anteriores

(D) Políticas ou documentos formais que atestem explicitamente o compromisso e orientação da companhia sobre
o tema.

SOC 3.2 Se SIM para a PERGUNTA 3, esta política está disponível na área de livre acesso do website da
companhia?

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:14 Dimensão Social 8

a) Sim

b) Não

(D) Link da página do website da companhia.

SOC 4 A companhia possui uma política corporativa que contemple o tema de Investimento Social
Privado (ISP)?

(P) Esta pergunta procura identificar se a companhia possui diretrizes para o investimento social privado e seu
grau de formalização. Podem ser consideradas políticas específicas bem como menções expressas ao tema
contidas em outras políticas, tal como na Política de Sustentabilidade.

(GRI Standards) 102-16, 203-1, 203-2 e 413-1

a) Sim

b) Não

(D) Política corporativa que ateste explicitamente o compromisso e as diretrizes para a gestão do tema na
companhia.

SOC 4.1 Se SIM para a PERGUNTA 4, indique quais diretrizes de gestão da companhia estão contempladas nessa
política:

(GRI Standards) 102-16, 103-1 a 103-3, 203-1, 203-2, 415-1 e 413-1

a) Contribuir na construção participativa e/ou na implementação de políticas públicas e/ou de


agendas coletivas de desenvolvimento sustentável

b) Dialogar e manter canais abertos com a comunidade para a definição dos investimentos sociais

c) Valorizar o protagonismo dos atores locais

d) Participar de Conselhos, Comitês (ou similares) para debater o desenvolvimento local

e) Atribuir prioridade aos investimentos sociais estruturantes e convergentes com as políticas


públicas

f) Estabelecer indicadores de acompanhamento das metas estabelecidas, monitorar, avaliar e


comunicar os resultados

g) Nenhuma das anteriores

(D) Políticas ou documentos formais que atestem explicitamente o compromisso e orientação da companhia sobre
o tema.

SOC 4.2 Se SIM para a PERGUNTA 4, esta política está disponível na área de livre acesso do website da
companhia?

a) Sim

b) Não

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:14 Dimensão Social 9

(D) Link da página do website da companhia.

INDICADOR 3. RESPEITO À PRIVACIDADE, USO DA INFORMAÇÃO E


MARKETING
SOC 5 A companhia tem política corporativa visando impedir que sejam utilizadas de forma não previamente
autorizada as informações sobre clientes/consumidores ou outras partes com as quais se relaciona
no curso de suas atividades usuais ou em seus esforços comerciais, visando preservar a privacidade do
cliente/consumidor e do cidadão em geral?

(P) Para responder a essa pergunta, deve-se considerar que o desenvolvimento da tecnologia da informação e o
aumento no volume de transações concentradas nas grandes companhias criam uma elevada assimetria no poder
entre estas e os vários públicos com que se relacionam (clientes/consumidores, fornecedores, público interno,
concorrentes etc.); que o uso das informações em poder de uma companhia não pode ser realizado visando obter
vantagem não consentida no relacionamento com seus públicos; e que a legislação usual é geralmente pouco
eficaz no controle de abusos, requerendo-se por isso a autorregulação das companhias e setores. Considerar ainda
a responsabilidade da companhia enquanto depositária das informações que coletou e, portanto, responsável por
seu uso e guarda.

(GRI Standards) 102-16, 102-17 e 418-1


(ISO 26000) Subseção 6.7.7

a) Sim, incluindo orientações para as áreas responsáveis pela atividade comercial (como
marketing e vendas)

b) Sim, incluindo orientações para as áreas responsáveis pela coleta, guarda e análise de dados
(como tecnologia da informação e sistemas)

c) Sim, identificando os responsáveis pela implementação e cumprimento dessa política

d) Sim, estabelecendo as sanções para os responsáveis em caso de falhas na aplicação dessa


política

e) Não

(D) Documento aprovado pelo Conselho de Administração, ou pela Diretoria Executiva da companhia,
amplamente divulgado às áreas pertinentes, explicitando a política de utilização e proteção dos dados sobre
clientes/consumidores, funcionários e outros públicos, obtidos no curso de suas atividades normais.

SOC 6 A companhia tem política corporativa visando autorregular o uso de instrumentos de marketing de
suas atividades e produtos, incorporando preceitos éticos e de respeito ao consumidor, ao cidadão e ao
meio ambiente?

(P) Ao responder a essa pergunta deve-se considerar que o conceito de “marketing” não se limita às atividades de
comunicação e vendas, devendo ser considerado como o conjunto de práticas que visam promover a aceitação do
produto/serviço/marca pelo mercado; e que ao adotar e implementar essas práticas as companhias geram efeitos
não apenas sobre seu mercado específico, mas também sobre a sociedade como um todo, e sobre cada indivíduo
em particular (influenciando, entre outras coisas, seus valores, opiniões, aspirações e visões de mundo).

(GRI Standards) 102-16, 102-17, 103-1 a 103-3 e 417-3


(ISO 26000) Subseção 6.7.3

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:14 Dimensão Social 10

a) Sim

b) Não

(D) Documento aprovado pelo Conselho de Administração ou pela Diretoria Executiva da companhia,
amplamente divulgado às áreas pertinentes, que contenha a descrição ou registro da política de utilização de
instrumentos de marketing.

SOC 6.1 Se SIM para a PERGUNTA 6, esta política garante o respeito aos espaços públicos? Contempla
mecanismos que evitem a veiculação de informação ou comunicação publicitária enganosa ou abusiva
e, em particular, que incite à violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de
julgamento e experiência da criança ou de outros grupos vulneráveis, desrespeite valores ambientais, ou
que seja capaz de induzir o público a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou
segurança?

(P) Responder considerando que a veiculação de informações por uma companhia pode ter efeitos significativos
sobre a sociedade e sobre cada indivíduo; e que o cuidado com as informações veiculadas e uso ético do poder de
influência é o comportamento esperado de uma companhia comprometida com a sustentabilidade.

a) Sim

b) Não

(D) Documento amplamente divulgado às áreas pertinentes da companhia, que contenha a descrição ou
registro da política de utilização de instrumentos de marketing, com menção específica ao uso de espaços
públicos. Pode ser o mesmo documento da PERGUNTA 6.

CRITÉRIO II – GESTÃO

INDICADOR 4. APLICAÇÃO DOS COMPROMISSOS COM PRINCÍPIOS E


DIREITOS FUNDAMENTAIS NAS RELAÇÕES DE TRABALHO
SOC 7 Assinale as alternativas que caracterizam os processos e procedimentos implementados pela
companhia, incluindo os trabalhadores terceirizados:

(P) Responder considerando:


TI – Erradicar o trabalho infantil
TF – Erradicar o trabalho forçado ou compulsório
DI – Eliminar qualquer prática de discriminação em matéria de emprego e ocupação
DV – Promover a valorização da diversidade em matéria de emprego e ocupação
AS – Prevenir e coibir o assédio moral e o assédio sexual em todas as suas formas
LA – Respeito à livre associação sindical e direito à negociação coletiva
DT – Assegurar os direitos trabalhistas de funcionários diretos e trabalhadores terceirizados
ED – Prover o acesso dos funcionários, diretos e trabalhadores terceirizados, a atividades de educação e
desenvolvimento, visando ampliar sua competência, empregabilidade e evolução pessoal ou profissional
EQ – Promover a equidade de tratamento e condições de trabalho entre funcionários e trabalhadores
terceirizados
DL – Praticar o diálogo com o público interno, incluindo funcionários diretos e trabalhadores terceirizados,
acolhendo, registrando, respondendo e esclarecendo todas suas críticas e sugestões, atendendo-as quando
cabível

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:14 Dimensão Social 11

Atentar para as definições existentes no Glossário, e que os processos e procedimentos podem ou não se
referir a uma política corporativa, mas devem sempre se referir de forma direta e explícita às ações da
companhia sobre o tema enfocado nesta pergunta. Todos os temas abrangem também trabalhadores
terceirizados, conforme glossário ou enunciado da pergunta.
Responder considerando correspondência entre os códigos que identificam os temas acima e as colunas do
quadro de respostas.
Note que as colunas “TI e TF” e “DI e DV” só devem ser assinaladas se a companhia possuir processos e
procedimentos para ambos os temas.
Em cada linha, marcar todas as alternativas aplicáveis à companhia.

(GRI Standards) 103-1 a 103-3, 406-1, 408-1, 409-1, 404-2, 404-3, 405-1 e 405-1
(ISO 26000) Subseção 6.3.10

TI e DI e
AS LA DT ED EQ DL NDA
TF DV

a) Identificar impactos negativos


diretos e indiretos da companhia
visando o tema

b) Prevenir e mitigar os impactos


negativos sobre o tema

c) Monitorar a eficácia das


medidas de prevenção e controle
de impactos do negócio sobre o
tema

d) Mitigar impactos do negócio


sobre o tema

e) Prestar contas às partes


interessadas sobre as medidas
tomadas para enfrentar os
impactos de suas atividades
sobre o tema

f) Estabelecer diretrizes para a


gestão junto à sua cadeia de
suprimentos

g) Prever sanções por meio de


medidas disciplinares e/ou legais
para situações de
descumprimento ocorridas na
cadeia de suprimentos

h) Contemplar a promoção sobre


o tema na sua cadeia de valor

(D) Documento oficial da companhia e/ou evidências da existência e aplicação dos processos e procedimentos em
questão. A alternativa "e" exige diretrizes para a gestão da cadeia de suprimentos, onde há maior influência por
parte da companhia e, eventualmente, maior risco associado aos fornecedores críticos. Considerar a definição de
diretrizes disponível no glossário e, especificamente, considerar que essas diretrizes devem trazer orientações
práticas para gerenciar os temas da agenda de direitos humanos junto a sua cadeia de suprimentos.

SOC 8 Indique quais práticas estão presentes nos processos e procedimentos para fazer respeitar os
acordos e as negociações coletivas firmadas com organizações legitimamente representativas dos
trabalhadores:

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:14 Dimensão Social 12

(GRI Standards) 102-16, 102-17, 103-1 a 103-3 e 407-1


(ISO 26000) Subseção 6.3.10

a) Informa seu público sobre esses direitos e garante que o seu exercício não resulta em
consequências negativas

b) Contempla uma agenda aberta de diálogo, independente das negociações coletivas e da data-
base definidas pelo governo e/ou entidades de representação dos funcionários

c) Promove o diálogo interno, com o envolvimento do sindicato, sempre que uma atividade é
terceirizada pela companhia

d) Nenhuma das anteriores

(D) Ata de reunião entre as partes (companhia e sindicato), quando aplicável, e documento oficial da companhia
que evidencie a existência e aplicação dos processos e procedimentos em questão.

SOC 9 A companhia promove o engajamento do seu público interno, incluindo funcionários diretos e
trabalhadores terceirizados, no combate a qualquer prática de discriminação em matéria de
emprego e ocupação?

(P) Responder considerando que a eliminação de todas as formas de discriminação em matéria de emprego e
ocupação requer não apenas políticas inclusivas nos processos de contratação, promoção e carreira, mas também
a eliminação de barreiras culturais e comportamentais no ambiente de trabalho.

(GRI Standards) 102-16, 102-17, 103-1 a 103-3 e 406-1


(ISO 26000) Subseção 6.3.7

a) Sim

b) Não

(D) Documentos que evidenciem as atividades de engajamento relativas ao tema.

SOC 10 O compromisso com a valorização da diversidade em matéria de emprego e ocupação abrange as


atividades como:

(P) O compromisso de valorização da diversidade pressupõe a superação de preconceitos inconscientes e


demanda a capacitação de funcionários, especialmente gestores, para detectar e extinguir esses preconceitos,
valorizando os impactos positivos da diversidade.

O fato de a companhia estar sujeita a um regime legal que restrinja a adoção das práticas mencionadas não a
exime de responder aos quesitos conforme as práticas que efetivamente adote.

Para a alternativa "c" um exemplo de ação seria inserir nos processos formais de promoção quesitos para
monitorar e contemplar a diversidade de seu quadro de funcionários.

Para a alternativa "d" um exemplo de ação seria oferecer oportunidades de desenvolvimento de liderança para
mulheres, negros, pessoas com deficiência e outros.

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:14 Dimensão Social 13

(GRI Standards) 102-16, 102-17, 102-22, 102-24, 103-1 a 103-3, 202-1 e 407-1
(ISO 26000) Subseção 6.3.7

a) Seleção e contratação

b) Remuneração

c) Promoção

d) Treinamento

e) Sensibilização dos funcionários diretos e trabalhadores terceirizados para o tema

f) Promoção de comitês de diversidade ou grupos de afinidade para monitorar a evolução do tema


na companhia

g) Nenhuma das anteriores

(D) Evidências das práticas em questão, em que constem a existência de ações afirmativas da companhia
quanto à valorização da diversidade.

SOC 11 Indique as medidas adotadas pela companhia visando respeitar a diversidade em termos de orientação
sexual e identidade de gênero:

(P) Essa pergunta espera conectar a agenda de garantia de direitos ao compromisso das empresas com esse
grupo. Inspira-se na Resolução 17/19 sobre direitos humanos, orientação sexual e identidade de gênero, do
Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas. Destaca-se que a sigla LGBTQIA+ possui forte apelo global,
contemplando também os termos ”queer”, “intersexual” e “assexual”, para além dos termos “lésbica”, “gay”,
“bissexual” e “transgênero”, já contemplados na sigla LGBT. A expressão grupos minorizados se refere a um grupo
de pessoas que, de algum modo e em algum setor das relações sociais, se encontra numa situação de
dependência ou desvantagem em relação a um outro grupo, denominado majoritário.

(GRI Standards) 102-16, 102-17, 102-22, 102-24, 103-1 a 103-3, 202-1 e 405-1

a) Possui um programa estruturado para garantia de direitos do grupo LGBTQIA+

b) Promove a conscientização para que os grupos minorizados sintam-se à vontade para utilizar as
infraestruturas de inclusão

c) Estabelece medidas disciplinares em caso de violação de direitos

d) Nenhuma das anteriores

(D) Evidências de ações realizadas pela companhia em relação a cada alternativa assinalada.

SOC 12 Indique as medidas adotadas pela companhia visando promover a empregabilidade de pessoas com
deficiência:

(P) Essa pergunta busca compreender a intenção da companhia em relação à empregabilidade de pessoas
com deficiência, os esforços voltados para o bom aproveitamento dessa mão de obra e a proporcionalidade
desse grupo em relação ao quadro total de funcionários. Não é necessário que a companhia realize
capacitação profissional exclusiva para os portadores de deficiência. Os treinamentos regulares podem ser

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:14 Dimensão Social 14

suficientes para promover a empregabilidade desse grupo.

(GRI Standards) 102-16, 102-17, 102-22, 102-24, 103-1 a 103-3, 202-1 e 405-1

a) Investimento em meios de acessibilidade, condições seguras e salubres de trabalho

b) Investimento em tecnologias adequadas para a realização do trabalho

c) Possui programa estruturado para promover uma cultura organizacional inclusiva, com foco nas
relações profissionais

d) Nenhuma das anteriores

(D) Evidências de ações realizadas pela companhia em relação a cada alternativa assinalada.

SOC 13 A companhia possui ações afirmativas para incluir em seu quadro de funcionários os seguintes grupos
minorizados?

(P) A expressão grupos minorizados se refere a um grupo de pessoas que, de algum modo e em algum setor
das relações sociais, se encontra numa situação de dependência ou desvantagem em relação a um outro
grupo, denominado majoritário.
Com relação à alternativa "e", faixas geracionais/etárias referem-se tanto a grupos mais jovens, no início da
carreira, quanto a grupos mais velhos, que enfrentam restrições no mercado de trabalho.

(GRI Standards) 202-2

a) Populações indígenas

b) Pessoas com deficiência

c) Refugiados

d) Migrantes

e) Faixas geracionais/etárias

f) LGBTQIA+

g) Outros grupos minorizados

h) Não possui ações afirmativas

(D) Evidências das práticas em questão. Ressalta-se que, conforme indicador 4, nessa pergunta estão sendo
observadas as ações afirmativas de inclusão relativas às relações de trabalho.

SOC 14 Indique as medidas adotadas pela companhia visando diminuir a desigualdade salarial entre seus
funcionários:

(P) Considerar a proporção entre a remuneração anual total do indivíduo mais bem pago e a remuneração média

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:14 Dimensão Social 15

anual total de todos os funcionários, excluindo o mais bem pago. Os valores divulgados devem incluir participações
nos resultados e outros itens de remuneração variáveis conforme o desempenho do empregado ou da companhia
e excluir a remuneração dos aprendizes.

(GRI Standards) 202-1 e 405-2

(ISO 26000) Subseção 6.4.4

a) A companhia monitora e divulga em seu Relatório Anual a proporção entre o maior salário
pago e a média salarial de todos os demais funcionários da companhia

b) A companhia estabelece metas para reduzir a distância entre o maior salário pago e a média
salarial de todos os demais funcionários

c) A companhia estabelece metas para reduzir a distância entre a maior salário pago e a média
salarial de todos os demais funcionários e as divulga em seu Relatório Anual

d) Nenhuma das anteriores

(D) Para a alternativa "b" documento oficial da companhia, devidamente assinado, em que constem os dados
requeridos. Para as alternativas "a" e "c", além de documento oficial, página do Relatório Anual ou de
Sustentabilidade em que constem as referidas informações. Para a alternativa "d", documento oficial da
companhia que apresente a legislação a que a companhia está submetida e esclareça porque a mesma se
configura em um impeditivo para a aplicação das práticas requeridas por essa pergunta.

SOC 15 Indique quais dos aspectos abaixo, relacionados à qualidade de vida e que impactam a motivação e o
desempenho de seus funcionários, a companhia monitora e implementa ações de melhoria contínua:

(P) Essa pergunta visa avaliar a preocupação da companhia em relação às condições de trabalho, ao equilíbrio
entre as demandas e a carga de trabalho, à retenção de talentos e à qualidade de vida de seus funcionários.
Para a alternativa (d) considerar programas/práticas destinados a ajudar os funcionários que já estão sofrendo
com as manifestações dos transtornos citados.

(GRI Standards) 404-3

a) Possui programas que incentivem a manutenção de um equilíbrio entre carga horária disponível
e demanda de trabalho (observar horas trabalhadas, jornada intermitente, metas de produção e
outros tipos de demanda)

b) Oferece diferentes modalidades de trabalho que possam ser aplicadas em sintonia com o
negócio da empresa, como jornadas de trabalhos parciais e trabalho remoto, mediante aditivo
contratual

c) Promove a cooperação e a integração entre pessoas e departamentos

d) Gerencia as queixas relacionadas a exposição a stress, contemplando aspectos relacionados a


afastamentos por motivo de saúde mental (ex: crises de ansiedade, depressão, síndrome de
burnout)

e) Gerencia as queixas relacionadas a danos morais e excessos por parte dos gestores
(funcionários convocados para trabalhar fora do horário de trabalho acordado com a empresa)

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:14 Dimensão Social 16

f) Gerencia as queixas relacionadas a assédio sexual

g) Consulta os funcionários quanto a sua percepção em relação as políticas e práticas da empresa


na promoção de oportunidades iguais, inclusão e não-discriminação

h) Nenhuma das anteriores

(D) Evidências das práticas em questão, em que constem, explicitamente, o processo de gestão, incluindo
monitoramento e as ações de melhoria contínua para os temas assinalados. Para a alternativa "nenhuma das
anteriores", declaração do DRI.

INDICADOR 5. RELAÇÃO COM A COMUNIDADE


SOC 16 As operações da companhia implicam em impactos socioambientais significativos negativos sobre a
comunidade local?

(P) Escolher apenas uma alternativa: são alternativas mutuamente excludentes para dividir as empresas em
grupos, segundo o seu perfil de relacionamento com a comunidade local. Analise as perguntas-filha desta
pergunta e identifique qual resposta seria mais adequada ao negócio da companhia. Exemplos de atividades
que tipicamente geram impactos negativos significativos incluem: mineração, siderurgia, metalurgia, papel e
celulose, energia, construção civil e concessão de portos, aeroportos, rodovias.
Alguns exemplos, não exaustivos, encontrados nas comunidades são: conflito no uso e ocupação da terra,
aumento dos preços locais, pressão sobre infraestrutura, transportes, aumento da criminalidade, exploração
sexual de crianças e adolescentes, etc.

(GRI Standards) 203-2 e 413-2

a) Sim

b) Não

(D) Se “Não”, declaração assinada pelo DRI da companhia, com a devida justificativa para a resposta assinalada.

SOC 16.4 Se NÃO para PERGUNTA 16, indique por meio de quais práticas cotidianas, a companhia busca construir
um relacionamento com a comunidade local visando o desenvolvimento local:

(GRI Standards) 413-1

a) Articula com outras empresas em favor da comunidade local, de modo a contribuir com o
desenvolvimento territorial

b) Assegura canais de diálogo com a comunidade

c) Promove iniciativas ou fortalece a capacidade e oportunidade dos fornecedores locais para


contribuir com cadeias de valor

d) Avalia as potencialidades e vocações da comunidade local e incentiva outras cadeias de valor

e) Participa de Fóruns Locais

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:14 Dimensão Social 17

f) Participa na formulação e/ou execução de políticas públicas no âmbito municipal, estadual ou


federal, se engajando nas questões do local em que está inserida

g) Integra espaços públicos em prol da diversidade de gênero, raça/cor e sexual no contexto de


desenvolvimento local

h) Nenhuma das anteriores

(D) Evidências das práticas em questão. Caso a relação com a comunidade seja feita por meio de instituto: missão
do instituto em que sinalize que a mesma está vinculada à estratégia da companhia, evidências das práticas em
questão e atas de reunião entre os gestores do instituto e da companhia. As evidências incluem: resultados de
consultas públicas, coleta de dados de programas da comunidade, relatórios de atividades e atas de reuniões e
boletins informativos específicos (comunicações internas).

SOC 17 A companhia promove iniciativas de Investimento Social Privado (ISP)?

(P) As iniciativas podem ser de diversas áreas, como educação, cultura, saúde, geração de renda, acesso à
informação, infraestrutura, e ter diferentes origens de recursos, tais como recursos próprios, incentivados ou não e
etc. Investimentos decorrentes do cumprimento de obrigações legais ou contratuais não deverão ser incluídos.

(GRI Standards) 201-1 e 203-1


(ISO 26000) Subseção 6.8.9

a) Sim

b) Não

(D) Evidências das práticas em questão.

SOC 17.1 Se SIM para a PERGUNTA 17, sobre a relação entre os investimentos sociais e as políticas públicas e/ou
agendas coletivas para o desenvolvimento sustentável, a companhia:

(P) Responder considerando que toda companhia está inserida em um determinado contexto social e político e
que, fortalecendo as políticas públicas e as redes sociais, agindo de forma articulada com outros atores e setores
sociais e assegurando-se da aplicação eficaz dos recursos destinados ao investimento social privado, a companhia
amplia sua contribuição para o desenvolvimento da sociedade e aumenta a geração de valor do seu investimento.
São consideradas agendas coletivas para o desenvolvimento sustentável os conjuntos de objetivos ou
recomendações resultantes de processos amplos de diálogo na sociedade. Podem ser de âmbito global - em
processos como a Agenda 2030 e os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável - ou processos análogos no
âmbito nacional, regional ou local, como, por exemplo, os realizados em conselhos comunitários (como os
Conselhos da Criança e do Adolescente) e comitês (como os Comitês de Gestão de Bacias Hidrográficas).

a) As considera como uma referência geral para a definição dos investimentos sociais, mas sem
incidência direta nas políticas

b) Atua em parceria com o poder público em nível municipal, estadual ou federal na formulação ou
execução de alguma política pública

c) Atua em parceria com a comunidade e outros stakeholders na formulação ou execução de


alguma agenda coletiva

d) Não as considera na construção ou implementação dos seus investimentos sociais

(D) Evidências das práticas mencionadas, para cada alternativa assinalada.

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:14 Dimensão Social 18

SOC 17.2 Se SIM para a PERGUNTA 17, dentre os critérios para definição dos investimentos sociais, a companhia
leva em conta a importância de se obter resultados concretos, e considera:

(P) Responder considerando que o investidor social deve assegurar quanto à aplicação eficaz dos recursos
destinados ao investimento social privado, de forma a maximizar sua contribuição para a Sustentabilidade. A
alternativa "b" considera auditoria como verificação sistemática e periódica das atividades desenvolvidas, não
necessariamente realizada por terceira parte. Seu objetivo principal é a confirmação de que os recursos e
atividades programadas sejam cumpridos de acordo com o planejamento de forma a garantir o cumprimento dos
objetivos estabelecidos.

a) A avaliação dos resultados das iniciativas apoiadas

b) A auditoria sobre os resultados e gestão das iniciativas apoiadas

c) Criação de condições para autossuficiência financeira e organizacional dos projetos (visão longo
prazo)

d) Nenhuma das anteriores

(D) Evidências das práticas mencionadas, para cada alternativa assinalada.

SOC 17.3 Se SIM para a PERGUNTA 17, em relação aos seus investimentos sociais, a companhia:

a) Define de forma clara a estratégia, indicadores e metas específicas para o investimento social

b) Avalia regularmente os resultados

c) Adota práticas de transparência sobre as ações e recursos empregados

d) Realiza consultas com stakeholders relevantes para a definição das prioridades de investimento

e) Nenhuma das anteriores

(D) Evidências das práticas mencionadas, para cada alternativa assinalada.

SOC 17.4 Se SIM para a PERGUNTA 17, a companhia realiza investimentos sociais com recursos disponíveis por
meio de incentivos fiscais?

(P) Por exemplo, Lei Rouanet e Lei de Incentivo ao Esporte.

(GRI Standards) 201-4

a) Sim

b) Não

(D) Evidências das práticas em questão.

SOC 18 Em investimentos sociais de natureza não-voluntária a companhia adota em toda extensão


possível medidas análogas às que pratica em relação ao ISP?

(P) Responder considerando a definição existente no Glossário. Boas práticas de gestão do ISP podem ser capazes

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:14 Dimensão Social 19

de alavancar os resultados das ações sociais obrigatórias, considerando questões como materialidade, impacto,
transparência, planejamento, participação, parcerias e avaliação. Alguns exemplos de investimentos sociais não-
voluntários: mitigação dos impactos socioambientais na qualidade de vida das populações afetadas, programas de
desenvolvimento territorial como contrapartidas socioambientais etc.

(GRI Standards) 203-1 e 203-2

a) Sim

b) Não

c) Não realiza investimentos desta natureza

(D) Evidências das práticas em questão.

INDICADOR 6. RELAÇÃO COM CLIENTES E CONSUMIDORES


SOC 19 Os produtos e serviços da companhia são dirigidos predominantemente para:

(P) Escolher apenas uma alternativa: são alternativas mutuamente excludentes para dividir as empresas em
grupos, segundo o seu perfil relativo a clientes/consumidores.
Alguns exemplos de negócios em que os produtos/serviços são majoritariamente direcionados a pessoas
físicas são: distribuição de energia elétrica, telecomunicações, bancos, cartão de crédito, varejo etc. A
alternativa "b" deve ser assinalada por companhias que possuem um número restrito de clientes pessoas
físicas, ou seja, aquelas em que o fornecimento de produtos ou serviços e o atendimento pós-venda sejam
direcionados, na maioria dos casos, a pessoas jurídicas.
Em caso de dúvida, analise as perguntas-filhas vinculadas às diferentes alternativas desta pergunta e escolha
a que aborda aspectos em que são maiores os possíveis impactos negativos dos negócios da companhia.

(GRI Standards) 102-2 e 102-6

a) Pessoas físicas, que os adquirem diretamente da Companhia ou por meio de revendedores,


como redes de varejo ou distribuidores

b) Outras empresas, que os utilizam em seus próprios processos produtivos

(D) Declaração assinada pelo DRI da companhia, com a devida justificativa para a resposta assinalada.

SOC 19.8 Se SIM para a PERGUNTA 19, alternativa (b), na relação com seus clientes a companhia:

(P) Para resposta à alternativa "a", considerar como práticas abusivas as situações em que, valendo-se de maior
poder de barganha ou situação favorável, o fornecedor de bens ou prestador de serviços impõe a seus clientes
condições desfavoráveis ou demandas excessivas. Alguns exemplos dessas práticas são a imposição de cotas ou
de contratos com cláusulas leoninas; alteração unilateral de preços, prazos ou especificações técnicas; e cobrança
de ágio ou reciprocidades não acordadas, dentre outras.

(GRI Standards) 417-1 e 417-2

a) Adota medidas para evitar práticas abusivas na relação com clientes

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:14 Dimensão Social 20

b) Fornece aos clientes informações claras, compreensíveis e acessíveis, relacionadas aos seus
produtos e serviços

c) Disponibiliza aos clientes canais de atendimento alternativos ou pós-venda, em casos onde o


canal principal de atendimento ao cliente não tenha sido capaz de resolver a demanda

d) Garante aos clientes mecanismos de queixas e reclamações relativas à violação de privacidade,


sigilo e perda de dados

e) Articula com clientes em favor da comunidade local, de modo a contribuir com o


desenvolvimento territorial

f) Promove iniciativas, influenciando a adoção de práticas de modo a contribuir com o


desenvolvimento sustentável

g) Pratica de maneira sistemática o diálogo e engajamento em busca de soluções que reduzam


impactos socioambientais de produtos e serviços

h) Nenhuma das anteriores

(D) Documentos oficiais da companhia ou registros de trabalho que evidenciem a existência das práticas
assinaladas.

SOC 19.9 Se SIM para a PERGUNTA 19, alternativa (b), a companhia realiza periodicamente pesquisa de satisfação
dos clientes?

(GRI Standards) 102-43 e 102-44

a) Sim, referente aos principais produtos/serviços

b) Sim, referente à companhia como um todo

c) Não

(D) Documentos oficiais da companhia ou relatórios que evidenciem a existência da pesquisa e seu escopo.

CRITÉRIO III – DESEMPENHO

INDICADOR 7. DIVERSIDADE E EQUIDADE


SOC 20 Indique na tabela abaixo a diferença de proporção entre pessoas que ocupam cargos de gerência e
cargos de diretoria, considerando os critérios raça/cor e gênero:

(P) Cargos de diretoria não estatutária e estatutária.


Com relação ao gênero: Responder considerando a situação efetiva dos quadros da companhia no último ano,
e que “diferença de proporção” se refere ao percentual de cargos ocupados por pessoas de cada gênero
dividido por 50. Por exemplo, se 45% dos cargos são ocupados por mulheres, a diferença de proporção é igual
a 0,9 (45/50= 0,9)
Com relação à raça/cor: o critério para definição das condições relativas à “cor ou raça” segue a metodologia
do IBGE: deve ser o da autodeclaração do empregado. “Negro (a)” corresponde à soma das opções de “cor ou
raça” “preta” e “parda”. A resposta “Não Disponível” aplica-se apenas a companhias que por deliberação
formal interna não controlem a variável “cor ou raça” em seus registros. Responder considerando como

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:14 Dimensão Social 21

“diferença de proporção” o percentual de cargos ocupados por pessoas de cada raça/cor dividido pelo
percentual de pessoas dessa raça/cor na população da região onde se encontra a companhia (de acordo com
os dados do IBGE e considerando, se desejar, as faixas de idade e escolaridade compatíveis com os cargos em
questão). Por exemplo, se 20% dos cargos são ocupados por pessoas “negras” e este mesmo grupo
representa 40% da população da região, a “diferença de proporção” é igual a 0,5 (20/40 = 0,5). (Fonte:
IBGE/por Região/Informações Estatísticas/Sinopse do Censo Demográfico 2010).

(GRI Standards) 102-35 a 102-39, 405-1, 405-2 e 406-1


(ISO 26000) Subseção 6.3.7

0 < 0,9 0,9 a 1,1 > 1,1 N/D

a) Mulheres em cargos de gerência

b) Negros (as) em cargos de gerência

c) Mulheres em cargos de diretoria

d) Negros (as) em cargos de diretoria

(D) Registros internos ou declarações devidamente assinadas ou outro documento oficial da companhia (inclusive
Balanço Social, Relatório de Sustentabilidade ou outro documento equivalente) onde constem os dados requeridos
(composição e metas quando aplicável).

SOC 21 Indique na tabela abaixo o Fator de Equidade na Remuneração (FER) que relaciona a remuneração dos
integrantes de cada um dos grupos indicados e a remuneração do conjunto de todos os ocupantes de
cargos de cargos de gerência e diretoria:

(P) Para esta pergunta, considerar cargos de diretoria não estatutária e estatutária.
Responder considerando a situação efetiva dos quadros da companhia no último ano. O cálculo deve ser feito
conforme a seguinte fórmula:
FER = SM_GRUPO “M”/ SM_GRUPO “G”
Onde:
FER= Fator de Equidade na Remuneração (número indicado no cabeçalho de cada coluna)
SM_GRUPO = soma da remuneração paga aos membros do “GRUPO” no “período” / “total de meses”
trabalhados no “período” pelos membros do “GRUPO”
Membros do GRUPO “M” = integrantes da “minoria” em questão, que trabalharam na companhia durante o
“período”, ocupando cargos no nível hierárquico a que se refere a pergunta.
Membros do GRUPO “G” = todos que trabalharam na companhia durante o “período”, ocupando cargos no
nível hierárquico a que se refere a pergunta.
“Remuneração” significa o pagamento efetivamente realizado ao diretor(a) ou gerente, excluindo todas as
formas de remuneração variável associadas ao desempenho do profissional ou da companhia.
“Período” é o intervalo de tempo em que se baseia a avaliação. Considerar nesta pergunta especifica de
01/07/2018 a 30/06/2019.
“Total de meses” significa a somatória do número de meses trabalhados no período pelos membros do grupo.
Por exemplo, caso a minoria seja composta por dois indivíduos, sendo que o primeiro trabalhou 12 meses no
“período” e o segundo trabalhou quatro meses no “período”, o “total de meses” será 16.
O critério para definição das condições relativas à “cor ou raça” segue a metodologia do IBGE: deve ser o da
autodeclaração do empregado quanto à pergunta sobre sua “cor ou raça”. “Negro (a)” corresponde à soma
das opções de “cor ou raça” “preta“ e “parda”. A alternativa “Não Disponível” (N/D) aplica-se apenas a
companhias que por deliberação formal interna não controlem a variável “cor ou raça” em seus registros.
Companhia que não tem representante da "minoria", indicar a alternativa “zero”.
Para cada linha da tabela, escolher apenas uma alternativa.

(GRI Standards) 102-35 a 102-39, 405-2


(ISO 26000) Subseção 6.4.3

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:14 Dimensão Social 22

0 < 0,9 0,9 a 1,1 > 1,1 N/D

a) Mulheres em cargos de gerência

b) Negro (as) em cargos de gerência

c) Mulheres em cargos de diretoria

d) Negro (as) em cargos de diretoria

(D) Registros internos (tais como registros contábeis e trabalhistas ou informes para órgãos governamentais ou de
classe), declarações expressas devidamente assinadas ou outro documento oficial da companhia (inclusive
Balanço Social, Relatório de Sustentabilidade ou outro documento equivalente) onde constem os dados requeridos.

SOC 22 A relação entre o maior salário pago e a média salarial de todos os demais funcionários da companhia é:

(P) Considerar a proporção entre a remuneração anual total do indivíduo mais bem pago e a remuneração
média anual total de todos os funcionários, excluindo o mais bem pago. Os valores calculados devem incluir
participações nos resultados e outros itens de remuneração variáveis conforme o desempenho do empregado
ou da companhia e excluir a remuneração dos aprendizes.

(GRI Standards) 102-38 e 202-1

a) Maior que 30

b) Maior que 20 e menor ou igual a 30

c) Maior que 10 e menor ou igual a 20

d) Menor ou igual a 10

(D) Registros internos, declarações devidamente assinadas ou outro documento oficial da companhia onde
constem os dados requeridos.

SOC 23 Indique as medidas adotadas pela companhia visando implementar um modelo de licença parental,
incluindo o benefício para casais homoafetivos e famílias monoparentais:

(P) Considerar que, de acordo com a Constituição Federal do Brasil, assegurar os direitos da criança é um
dever das famílias, da sociedade e dos pais. Apesar disso, alguns fatores como estereótipos de gênero
perpetuados ao longo de gerações, vieses inconscientes e preconceitos reforçam que “cuidar dos filhos é
responsabilidade das mães”. A legislação trabalhista inclusive colabora com isso. O setor empresarial pode
avançar na agenda pela igualdade de gênero no mercado de trabalho, integrando o programa “Empresa
Cidadã”, com base no Marco Legal da Primeira Infância e ainda, estabelecendo políticas e programas que
contribuam com a equidade à licença parental (Fonte: Movimento Mulher 360).

(GRI Standards) 401-3

a) Aderiu ao Programa Empresa Cidadã, no sentido de fortalecer o Marco Legal da Primeira


Infância

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:14 Dimensão Social 23

b) Monitora o percentual de permanência na companhia após licença de suas funcionárias,


obtendo um percentual igual ou superior à 90%, quando considerado o período de 12 meses
após o retorno, nos últimos 3 anos

c) Promove discussões com a alta liderança relacionadas à promoção da equidade entre homens e
mulheres quanto à licença parental, ampliando a discussão sobre o tema

d) Possui programa para apoiar a conciliar período após licença e carreira (ex: horários flexíveis e
home office)

e) Nenhuma das anteriores

(D) Para a alternativa "a" Registro de adesão ao Programa Empresa Cidadã e documentos oficiais da companhia ou
registros de trabalho que evidenciem a existência das práticas assinaladas e comprovem que esses benefícios se
estendem aos casais homoafetivos e às famílias monoparentais.
Para a alternativa "b", documento da área de gestão de pessoas/recursos humanos que comprove essa prática e o
seu monitoramento. Para essa alternativa, deve-se atentar para o fato de que os 3 últimos anos se referem ao
período de 01/07/16 a 30/06/19, conforme glossário, mas as funcionárias não devem ter retornado de licença
maternidade em data posterior à 30/06/18 para que possa ser observada a permanência de 12 meses. Incluir
memória de cálculo.

INDICADOR 8. GESTÃO DE FORNECEDORES


SOC 24 A companhia mantém práticas de gestão de seus fornecedores que viabilizam a identificação e
acompanhamento de fornecedores críticos, do ponto de vista da sustentabilidade?

(P) Responder considerando atentamente as definições existentes no Glossário, e que os processos e


procedimentos devem sempre se referir de forma direta e explícita às ações da companhia sobre o tema enfocado
na pergunta. Há maior foco em processos de avaliação e monitoramento do desempenho dos riscos aos direitos
humanos na cadeia de suprimentos.

(GRI Standards) 102-9, 103-2, 308-1, 308-2, 407-1, 408-1, 409-1, 414-1 e 414-2

a) Sim

b) Não

(D) Registros internos, declaração assinada ou outro documento oficial da companhia que evidencie a existência
do sistema em questão.

SOC 25 Indique abaixo o volume de negócios realizados com:

(P) Considerar o percentual de fornecedores monitorados em relação ao volume total de compras da companhia.
Assinalar 0% caso não seja uma prática adotada.

(GRI Standards) 204-1, 407-1 e 414-1

0% ≤25% >25% e ≤75% >75%

a) Fornecedores locais

b) Pequenos e médios fornecedores

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:14 Dimensão Social 24

(D) Registros do sistema ou outro documento oficial da companhia. Incluir memória de cálculo.

SOC 26 Indique abaixo o volume de negócios realizados com fornecedores que são monitorados pela
companhia e objeto de auditoria externa independente (due diligence) em matéria de direitos
humanos:

(P) Considerar o percentual de fornecedores monitorados em relação ao volume total de compras da companhia
(montante em valor). Assinalar 0% caso não seja uma prática adotada.

(GRI Standards) 102-9, 103-2, 308-1, 308-2, 407-1, 408-1, 409-1, 414-1 e 414-2

0% ≤25% >25% e ≤75% >75%

a) Não utilização de trabalho infantil

b) Não utilização de trabalho forçado ou


compulsório

c) Valorização da diversidade

d) Combate à prática de discriminação

(D) Registros do sistema ou outro documento oficial da companhia e relatório da verificação externa
independente. Incluir memória de cálculo.

INDICADOR 9. RESOLUÇÃO DE DEMANDAS DE CLIENTES E CONSUMIDORES


SOC 27 Os produtos e serviços da companhia são dirigidos predominantemente para:

(P) Escolher apenas uma alternativa: são alternativas mutuamente excludentes para dividir as companhias em
grupos, segundo o seu perfil relativo a clientes/consumidores.

a) Pessoas físicas, que os adquirem diretamente da Companhia ou por meio de revendedores,


como redes de varejo ou distribuidores

b) Outras empresas, que os utilizam em seus próprios processos produtivos

SOC 27.3 Se SIM para a PERGUNTA 27, alternativa (b), a companhia:

a) Monitora sistematicamente o desempenho dos canais de atendimento, de denúncia, de violação


de privacidade de dados ou outros que evitem práticas abusivas na relação com clientes

b) Avalia a satisfação dos clientes sobre as informações disponibilizadas relativas a seus produtos
e serviços

c) Nenhuma das anteriores

(D) Documento oficial da companhia, registros do sistema e/ou evidências da existência e aplicação do serviço em
questão.

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:14 Dimensão Social 25

CRITÉRIO IV – CUMPRIMENTO LEGAL

INDICADOR 10. PÚBLICO INTERNO


SOC 28 A companhia cumpre a legislação relativa à contratação de pessoas com deficiência?

(P) Responder considerando a situação efetiva dos quadros da companhia em todas suas unidades, na data de
referência deste questionário, bem como as exigências da lei Nº 8.213, de 24 de julho de 1991, suas
regulamentações e aplicabilidade ao caso da companhia, para eventuais exceções. Basicamente, de 100 até 200
empregados: 2%; de 201 a 500: 3%; de 501 a 1.000: 4%; de 1.001 em diante: 5%. A alternativa “não se aplica” é
exclusiva para empresas não sujeitas à legislação em pauta, por se tratarem de controladas localizadas fora do
Brasil.

(GRI Standards) 405-1

a) Não, porém está em processo de atendimento a Termo de Ajustamento de Conduta (TAC)

b) Sim

c) Não

d) Não se aplica (controlada no exterior)

(D) Registros internos ou outro documento oficial da companhia (inclusive Relatório de Sustentabilidade ou outro
documento equivalente) onde constem os dados requeridos. Para a alternativa "a", declaração assinada do DRI
indicando quais unidades estão abrangidas por TAC, acompanhada de cópia(s) do(s) referido(s) Termo(s). Indicar
se as demais unidades cumprem ou não essa exigência legal.

SOC 29 O percentual de aprendizes contratados na companhia corresponde a no mínimo 5% e no máximo 15%


dos trabalhadores, por localidade?

(P) Responder considerando a situação efetiva dos quadros da companhia em todas suas unidades. Responder
afirmativamente somente caso todas as unidades cumprirem a exigência legal. Entender por “localidade” cada
estabelecimento da companhia, conforme lei 10.097, de 19/12/2000, Art. 429 e em sua regulamentação, o Decreto
no. 5598/2005. A alternativa “não se aplica” é exclusiva para empresas não sujeitas à legislação em pauta, por se
tratarem de controladas localizadas fora do Brasil.

a) Não, porém está em processo de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC)

b) Sim

c) Não

d) Não se aplica (controlada no exterior)

(D) Registros internos ou declarações devidamente assinadas ou outro documento oficial da companhia (inclusive
Balanço Social, Relatório de Sustentabilidade ou outro documento equivalente) onde constem os dados requeridos.
Destacar no documento os dados relevantes. Incluir memória de cálculo. Para a alternativa "a", declaração
assinada pelo DRI indicando as unidades abrangidas por um TAC, acompanhada de cópia(s) do(s) referido(s)
Termo(s). Indicar se as demais unidades cumprem ou não essa exigência legal.

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:14 Dimensão Social 26

INDICADOR 11. CLIENTES E CONSUMIDORES


SOC 30 Os produtos e serviços da companhia são dirigidos predominantemente para:

(P) Escolher apenas uma alternativa: são alternativas mutuamente excludentes para dividir as empresas em
grupos, segundo o seu perfil relativo a clientes/consumidores.

a) Pessoas físicas, que os adquirem diretamente da Companhia ou por meio de revendedores,


como redes de varejo ou distribuidores

b) Outras empresas, que os utilizam em seus próprios processos produtivos

SOC 30.3 Se SIM para a PERGUNTA 30, alternativa (b) em relação aos processos judiciais ou administrativas
decorrentes do relacionamento da companhia com os clientes/consumidores dos produtos e serviços
que oferece:

(P) Entende-se por Agente Público (ou correlato) o órgão público fiscalizador, Ministério Público e/ou organização
que tenha legitimidade para entrar com Ação Civil Pública (artigo 5º da Lei nº 7.347/85). Para os processos
judiciais considerar “irrecorrível” como “sentença transitada em julgado” e para os processos administrativos
considerar “decisão/sentença definitiva”.

(GRI Standards) 416-2, 417-3, 418-1 e 419-1

a) Existem em tramitação processos judiciais movidos por órgão fiscalizador, agente público ou
correlato

b) Existem em tramitação processos administrativos

c) Houve, nos últimos 3 anos, alguma sentença de condenação/decisão irrecorrível

d) Houve, nos últimos 3 anos, alguma medida corretiva decorrente de autuação ou advertência por
órgão regulador das atividades de comunicação, propaganda e marketing

e) Nenhuma das anteriores

(D) Relação dos referidos processos judiciais e/ou administrativos, em aberto ou encerradas nos últimos 3 anos.
Caso inexistam processos nestas condições, certidão negativa expedida pelos órgãos competentes ou outro
documento que evidencie tal fato.

INDICADOR 12. SOCIEDADE


SOC 31 Em relação aos processos judiciais ou administrativos decorrentes de práticas envolvendo trabalho
forçado ou compulsório e/ou trabalho infantil, em suas próprias operações ou em sua cadeia de
suprimentos:

(P) Para os processos judiciais considerar “irrecorrível” como “sentença transitada em julgado” e para os processos
administrativos considerar “decisão/sentença definitiva”.

(GRI Standards) 408-1, 409-1, 414-1, 414-2 e 419-1


(ISO 26000) Subseção 6.3.10

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:14 Dimensão Social 27

a) Existem em tramitação processos judiciais movidos por órgão fiscalizador, agente público ou
correlato

b) Existem em tramitação processos administrativos

c) Houve, nos últimos 3 anos, alguma sentença de condenação/decisão irrecorrível

d) Houve, nos últimos 3 anos, alguma medida corretiva decorrente de autuação ou advertência por
órgão público

e) Nenhuma das anteriores

(D) Relação dos referidos processos judiciais e/ou administrativos, em aberto ou encerradas nos últimos 3 anos.
Caso inexistam processos nestas condições, certidão negativa expedida pelos órgãos competentes ou outro
documento que evidencie tal fato.

SOC 32 A companhia nos últimos 3 anos, foi responsabilizada pela autoridade federal
responsável por trabalho forçado ou compulsório e/ou trabalho infantil, em suas próprias
operações ou em sua cadeia de suprimentos?

(GRI Standards) 409-1

a) Sim

b) Não

SOC 33 Em relação aos processos judiciais ou administrativos decorrentes de práticas envolvendo assédio
moral ou sexual e/ou discriminação em suas próprias operações ou em sua cadeia de suprimentos:

(P) Para os processos judiciais considerar “irrecorrível” como “sentença transitada em julgado” e para os processos
administrativos considerar “decisão/sentença definitiva”.

(ISO 26000) Subseção 6.6.6

a) Existem em tramitação processos judiciais

b) Existem em tramitação processos administrativos

c) Houve, nos últimos 3 anos, alguma sentença de condenação/decisão irrecorrível

d) Houve, nos últimos 3 anos, alguma medida corretiva

e) Nenhuma das anteriores

(D) Relação dos referidos processos judiciais e/ou administrativos, em aberto ou encerrados nos últimos 3 anos.
Caso inexistam processos nestas condições, certidão negativa expedida pelos órgãos competentes ou outro
documento que evidencie tal fato. Para a alternativa "e", certidão negativa expedida pelos órgãos competentes, ou
declaração assinada pelo DRI da companhia atestando, sob as penas de lei, a inexistência das ações em questão.

SOC 34 A companhia, nos últimos 3 anos, foi responsabilizada pela autoridade federal responsável por práticas
envolvendo assédio moral ou sexual e/ou discriminação em suas próprias operações ou em sua
cadeia de suprimentos?

a) Sim

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:14 Dimensão Social 28

b) Não

SOC 34.1 Se Sim para a PERGUNTA 34, a situação é:

a) Relativa às suas próprias operações e já resolveu integralmente suas causas

b) Relativa às operações de algum integrante de sua cadeia de suprimentos, e resolveu a


questão estabelecendo e controlando um processo de ajuste de conduta junto ao fornecedor ou
parceiro comercial que a originou

c) Nenhuma das anteriores

(D) Relatório contendo a relação das referidas reclamações, em aberto ou encerradas nos últimos 3 anos. Caso
inexistam reclamações nestas condições, o relatório deverá evidenciar tal fato. Documentação que evidencie a
solução dos problemas de acordo com a resposta assinalada.

SOC 35 Em relação aos processos judiciais ou administrativos envolvendo acidentes ou


desastres socioambientais em suas operações:

(P) Para os processos judiciais considerar “irrecorrível” como “sentença transitada em julgado” e para os processos
administrativos considerar “decisão/sentença definitiva”.

a) Existem em tramitação processos judiciais

b) Existem em tramitação processos administrativos

c) Houve, nos últimos 3 anos, alguma sentença de condenação/decisão irrecorrível

d) Houve, nos últimos 3 anos, alguma medida corretiva

e) Nenhuma das anteriores

(D) Relação dos referidos processos judiciais e/ou administrativos, em aberto ou encerrados nos últimos 3 anos.
Caso inexistam processos nestas condições, certidão negativa expedida pelos órgãos competentes ou outro
documento que evidencie tal fato. Para a alternativa "e", certidão negativa expedida pelos órgãos competentes, ou
declaração assinada pelo DRI da companhia atestando, sob as penas de lei, a inexistência das ações em questão.

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Simulado ISE B3 (ano base 2020)

Dimensão Governança Corporativa

Construções e Comercio Camargo Correa

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:12 Dimensão Governança Corporativa 2

Sumário

CRITÉRIO I – PROPRIEDADE 3
INDICADOR 1. RELACIONAMENTOS ENTRE SÓCIOS 3
INDICADOR 2. TRANSPARÊNCIA 5
INDICADOR 3. CUMPRIMENTO LEGAL 6
INDICADOR 4. GOVERNANÇA DE CONTROLADAS, COLIGADAS EOU SUBSIDIÁRIAS 6

CRITÉRIO II – CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 7


INDICADOR 5. ESTRUTURA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 7
INDICADOR 6. DINÂMICA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 9

CRITÉRIO III – GESTÃO 12


INDICADOR 7. QUALIDADE DA GESTÃO 12

CRITÉRIO IV – AUDITORIA E FISCALIZAÇÃO 14


INDICADOR 8. PRESTAÇÃO DE CONTAS 14

CRITÉRIO V – CONDUTA E CONFLITO DE INTERESSES 17


INDICADOR 9. CONDUTA E CONFLITO DE INTERESSES 17
Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:12 Dimensão Governança Corporativa 3

CRITÉRIO I – PROPRIEDADE

INDICADOR 1. RELACIONAMENTOS ENTRE SÓCIOS


GOV 1 Os acionistas preferencialistas têm direito a voto em matérias relevantes?

(P) O termo “matérias relevantes” inclui, pelo menos, fusão, cisão, transformação, incorporação e transações com
partes relacionadas, avaliação de bens destinados à integralização de aumento de capital da Companhia e para
a escolha de instituição especializada para laudo de avaliação para cancelamento de registro de companhia
aberta. A menção a “capital da companhia” refere-se a toda e qualquer ação em circulação ou em posse de algum
acionista ou da própria organização.

(GRI Standards) 102-16, 102-22

a) O capital da companhia é composto exclusivamente por ações ordinárias

b) Sim

c) Não

(D) Para alternativa (a), item 17.1C do Formulário de Referência; para alternativa (b), Estatuto Social indicando o
direito de voto dos preferencialistas em matérias relevantes.

GOV 2 Com relação às operações societárias que resultam na alienação ou na aquisição do controle acionário
e/ou reorganizações societárias, quais direitos são garantidos aos acionistas pelo Estatuto Social da
companhia? (assinale todas as alternativas que se apliquem):

(P) Condições equitativas devem ser dispensadas a todos os sócios, e os requisitos de conformidade,
independência e transparência deverão ser observadas nas ofertas públicas de aquisição de ações e
operações de reorganização societária.
O Comitê de Aquisições e Fusões (CAF) apresenta em seu Código princípios que deverão estar refletidos nos
processos de fundamentação e negociação por todos os envolvidos em matéria de reorganização societárias-
www.cafbrasil.org.br
O artigo 254-A, da Lei 6.404/76 (“Lei das S.A.”) exige tag along de no mínimo 80%. O tag along superior
(100%) precisa estar expresso no estatuto da companhia.
Ofertas Públicas de Aquisições (OPAs); Reorganizações Societárias: - incorporação, incorporação de ações,
fusão e cisão com incorporação.
A adesão ao Novo Mercado somente servirá de comprovação a alternativa (d) caso a previsão de emissão de
parecer pelo conselho de administração esteja explícita no Estatuto Social.

(GRI Standards) 102-16, 102-22

a) Tag along de 100% para as ações ordinárias (ON)

b) Tag along de 100% para as ações preferenciais (PN), ou a companhia não possui ações
preferenciais (PN) emitidas

c) Previsão de tempo suficiente aos acionistas para que decidam de forma fundamentada, refletida
e independente sobre a OPA, e o envio, pela companhia, tempestiva e equitativamente de todas
as informações necessárias para a avaliação e deliberação dos acionistas

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:12 Dimensão Governança Corporativa 4

d) Previsão de emissão de parecer pelo conselho de administração contendo, entre outras


informações relevantes: opinião da administração sobre a OPA; valor econômico da companhia;
e impacto estimado da transação sobre as partes relacionadas e sobre a estratégia de longo
prazo da companhia

e) Adesão ao Comitê de Aquisição e Fusões (CAF)

f) Nenhuma das anteriores

(D) Estatuto Social, identificando o tag along de 100% para as espécies (ON ou PN) assinaladas nas alternativas, e
demais artigos que disciplinem o tema.

GOV 3 O Estatuto Social da companhia estabelece a arbitragem como meio para a solução de conflitos
societários?

(GRI Standards) 102-16

a) Sim

b) Não

(D) Estatuto Social indicando a cláusula de resolução de conflitos via arbitragem ou Adesão à Câmara de
Arbitragem do Mercado (CAM) da B3.

GOV 4 O Estatuto Social prevê com clareza que as bases econômico-financeiras para fechamento de capital e
a saída de um segmento de listagem da B3 não sejam inferiores ao valor econômico?

(GRI Standards) 102-16, 201-1

a) Sim, prevê valor econômico para todos os acionistas

b) Não

(D) Estatuto Social, indicando o "valor econômico" como metodologia de cálculo para os casos mencionados.

GOV 5 O Estatuto Social e, se existente, o Acordo de Acionistas da companhia:

(P) Entende-se por vinculação do exercício de direito de voto a presença de cláusula no Acordo de Acionistas que
obrigue o conselheiro eleito pelos signatários do acordo a votar, nas reuniões de conselho, de acordo com
orientação definida em reunião prévia de acionistas.

(GRI Standards) 102-16

a) Não possuem cláusula de vinculação do exercício do direito de voto dos Conselheiros de


Administração (um ou mais conselheiros)

b) Não preveem, em qualquer circunstância, a indicação de qualquer diretor (incluindo o


presidente) diretamente pelos sócios, sendo esta função unicamente do Conselho de
Administração

c) Nenhuma das anteriores

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:12 Dimensão Governança Corporativa 5

(D) Para a alternativa (a) declaração indicando a inexistência de acordo de acionistas, ou apresentação do acordo
de acionistas vigente sem a presença de cláusula de vinculação de voto; (b) Trechos do estatuto social indicando a
forma de indicação e eleição dos diretores (incluindo o presidente) e declaração indicando a inexistência de acordo
de acionistas ou apresentação do acordo de acionistas vigente sem a presença de cláusula de indicação de
diretores (incluindo o presidente) pelos acionistas.

GOV 6 Com relação ao mecanismo de proteção à tomada de controle (poison pill) previsto em estatuto,
assinale as alternativas que se apliquem:

(GRI Standards) 102-16

a) O mecanismo prevê a possibilidade de os acionistas, em assembleia, aceitarem alterações nas


condições previstas em estatuto para realização da oferta pública de aquisição (OPA)

b) O mecanismo prevê a possibilidade de os acionistas, em assembleia, dispensarem a realização


da OPA pelo adquirente

c) O mecanismo não prevê penalidade para os acionistas que votarem pela sua supressão ou
modificação

d) A companhia não possui tal mecanismo previsto em estatuto

e) O mecanismo está previsto em estatuto, mas não possui as caraterísticas previstas nas
alternativas anteriores

(D) Trecho do Estatuto Social referente ao mecanismo de proteção à tomada de controle (poison pill), com
destaque para as informações correspondentes às alternativas. Para mais informações sobre o tema:
http://www.ibgc.org.br/userfiles/files/Carta_2.pdf

GOV 7 A companhia é Sociedade de Economia Mista?

(GRI Standards) 102-5, 102-18

a) Sim

b) Não

INDICADOR 2. TRANSPARÊNCIA
GOV 8 A companhia realiza reuniões públicas presenciais ou virtuais, com analistas e demais agentes do
mercado de capitais?

(P) Refere-se às reuniões públicas presenciais ou virtuais com investidores e agentes de mercado para a
divulgação de resultados, perspectivas futuras, permitindo a participação de acionistas e não acionistas. Por
exemplo, reuniões da APIMEC, Expo Money, outras reuniões públicas realizadas pela companhia ou por
terceiros (desde que abertas ao público) ou similares.
Para responder sim devem ter sido realizadas ao menos duas reuniões espaçadamente ao longo do ano,
considerando pautas e/ou períodos de informação diferentes.

(GRI Standards) 102-40 a 102-44

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:12 Dimensão Governança Corporativa 6

a) Sim

b) Não

(D) Cópia dos convites (eletrônico ou físico), link para website da companhia evidenciando a realização das
reuniões públicas ou comprovação de realização de reunião APIMEC ou equivalente, ou de outros tipos de reuniões
abertas ao público, direcionadas a analistas e demais agentes de mercado.

INDICADOR 3. CUMPRIMENTO LEGAL


GOV 9 Assinale todas as alternativas que se apliquem em relação aos processos administrativos, arbitrais ou
judiciais contra a companhia, os administradores ou o acionista controlador, envolvendo tratamento
não equitativo de acionistas minoritários e/ou quebra do dever fiduciário de administradores,
ocorridos nos últimos 5 anos:

(P) Para os processos judiciais considerar “irrecorrível” como “sentença transitada em julgado” e para os processos
administrativos e arbitrais considerar “decisão/sentença definitiva”.

(GRI Standards) 102-35 a 102-37

a) Houve alguma sentença de condenação/decisão irrecorrível

b) Houve encerramento com celebração de termo de compromisso com a CVM em algum processo

c) Há processos ainda em andamento

d) Houve absolvição irrecorrível em todos os processos

e) Não houve qualquer processo nos últimos 5 anos

(D) Alternativas (a) à (d), enviar o número e um breve resumo do teor do processo administrativo sancionador da
CVM para processos administrativos; para processos judiciais, número do processo de origem, número da vara e
justiça que tramita ou tramitou a ação original, e breve resumo do teor da ação.

INDICADOR 4. GOVERNANÇA DE CONTROLADAS, COLIGADAS E/OU


SUBSIDIÁRIAS
GOV 10 A companhia exige formalmente (por meio de Política Corporativa, Estatuto Social, determinação
formal do conselho de administração ou da diretoria, etc.) que em suas controladas, coligadas e/ou
subsidiárias nas quais haja a participação de outros acionistas, haja uma estrutura de governança
corporativa própria, compatível ao seu porte, complexidade e relevância no grupo econômico?

(P) Para responder sim, a companhia precisa apresentar o documento (Política Corporativa, Estatuto Social ou
determinação formal etc.) que formalize a exigência de que suas controladas, coligadas e subsidiárias, nas
quais haja participação de outros acionistas, devem possuir estrutura de governança, compatível ao seu porte,
complexidade e relevância no grupo econômico. As empresas controladas, coligadas e/ou subsidiárias nas
quais não haja a participação de outros acionistas não devem ser consideradas.

(GRI Standards) 102-18, 102-22, 102-45

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:12 Dimensão Governança Corporativa 7

a) Sim

b) Não

c) Não, pois a companhia não possui controladas, coligadas e/ou subsidiárias ou não possui
participação de outros sócios nessas companhias

(D) Documento (Política Corporativa, Estatuto Social ou determinação formal etc.) que formalize a exigência de
governança por parte dessas companhias. Caso a estrutura de governança seja compartilhada entre as
companhias do grupo, é necessário que esse compartilhamento esteja explícito e formalizado na documentação
enviada.

GOV 11 A companhia acompanha formalmente a adequação de suas controladas, coligadas e/ou subsidiárias
com relação às questões de conformidade (compliance)?

(P) Como “acompanha formalmente” entende-se um acompanhamento do tema de forma estruturada e


devidamente registrada em atas e/ou outros documentos da companhia, abrangendo a avaliação das estruturas
disponíveis nas controladas, coligadas e ou/subsidiárias e de seu funcionamento, e acompanhamento de eventuais
deficiências ou casos de não conformidade relevantes encontrados.

(GRI Standards) 102-22, 102-45

a) Sim, porém não conseguiu obter informações suficientes sobre algumas de suas controladas,
coligadas e/ou subsidiárias

b) Sim, e conseguiu obter informações suficientes sobre todas as suas controladas, coligadas e/ou
subsidiárias

c) Não

d) Não, pois a companhia não possui controladas, coligadas e/ou subsidiárias

(D) Para a alternativa (a), documento (ata do conselho e/ou diretoria da holding ou outro documento oficial) que
formalize o acompanhamento dessas questões para as companhias controladas, coligadas e/ou subsidiárias. No
caso de existência de política do grupo, deve ser demonstrado que a administração da holding (conselho e/ou
diretoria) acompanha sua efetiva aplicação nas demais companhias do grupo. Na alternativa (b) é preciso
comprovar adicionalmente que foram obtidas as informações suficientes sobre todas as companhias.

CRITÉRIO II – CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

INDICADOR 5. ESTRUTURA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO


GOV 12 Assinale as alternativas que caracterizam o Conselho de Administração da companhia:

(P) A pergunta trata dos membros titulares do Conselho de Administração, não incluindo os eventuais conselheiros
suplentes. Considerar mandato ordinário, a pergunta não se refere à eventual renovação dos mandatos, que pode
ou não estar prevista. A previsão de participação em outros conselhos, comitês ou cargos executivos pode estar
em estatuto, regimento ou política, e pode ficar a critério da companhia se abrange nos limites apenas cargos em
outras companhias e organizações ou também companhias coligadas, controladas ou subsidiárias.
Para assinalar a alternativa (a) deverão ser satisfeitas simultaneamente as duas condições (30% de independentes
E no mínimo 2 conselheiros independentes). Para calcular o percentual de conselheiros independentes, deve-se
multiplicar o número total de conselheiros por 0,3 e este número deve ser igual ou inferior ao número de
conselheiros independentes, para resultados em que a primeira casa decimal for igual ou superior a 0,5, deve-se

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:12 Dimensão Governança Corporativa 8

arredondar o valor para o número inteiro imediatamente superior. Exemplo: uma companhia com 9 conselheiros
deve fazer o seguinte cálculo: 30% * 9 = 2,7. De acordo com a regra de arredondamento, essa companhia deverá
ter pelo menos 3 conselheiros independentes para assinalar a alternativa (a). Uma companhia com 7 conselheiros,
sendo 2 independentes, também poderia assinalar a alternativa (a).

(GRI Standards) 102-18, 102-22 ,405-1

a) Possui ao menos 30% de conselheiro(s) independente(s) em sua composição e no mínimo 2


conselheiros independentes

b) Há previsão de reavaliação periódica da independência dos conselheiros independentes, ou


previsão de número máximo de mandatos consecutivos para esses conselheiros

c) Há previsão sobre o número máximo de outros conselhos, comitês e/ou cargos executivos que
podem ser acumulados por seus conselheiros de administração

d) Há mulheres como membros titulares do conselho

e) Há negros como membros titulares do conselho

f) Há representantes, como membros titulares do conselho, de outros grupos comumente sub


representados entre os administradores

g) Nenhuma das anteriores

(D) Para a alternativa (a) Estatuto Social ou Item 12.5/6 do Formulário de Referência; (b) e (c), Estatuto Social ou
regimento interno do conselho; alternativas (d), (e) e (f) lista de membros do conselho de administração com a
indicação de quais membros se enquadram em cada uma das categorias correspondentes assinaladas pela
companhia.

GOV 13 Em relação às questões de diversidade, o Conselho de Administração:

(P) Como “avalia e discute formalmente” entende-se que o assunto está formalmente registrado nas pautas e atas
do conselho de administração, indicando que o conselho efetivamente avaliou e discutiu tal questão. Como
“incorpora, no processo de seleção de administradores” entende-se que entre os critérios utilizados para escolha
dos executivos da companhia estão incluídos os referidos critérios. A política mencionada na alternativa (c) não
precisa ser exclusiva sobre o tema da diversidade; o tema pode estar tratado em outra política corporativa
aprovada pelo conselho. Outros grupos minorizados dizem respeito a demais grupos étnicos, LGBTQ+,
estrangeiros etc.

(GRI Standards) 102-18, 405-1

Outros Nenhuma
Mulheres Negros grupos das
minorizados Anteriores

a) Definiu metas quantitativas ou


prazos para reduzir desigualdade ou
equiparar a participação desses
grupos nos cargos de alta
administração da companhia

b) Incluiu nos critérios para


remuneração variável dos
executivos metas relativas à
participação desses grupos nos
cargos de gerência e/ou diretoria da
companhia

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:12 Dimensão Governança Corporativa 9

Outros Nenhuma
Mulheres Negros grupos das
minorizados Anteriores

c) Incorpora, no processo de seleção


de todos os administradores
(conselheiros e diretores
estatutários), critérios e aspectos
relativos à participação desses
grupos nos cargos de alta
administração da companhia

(D) Para a alternativa (a), apresentação das metas e prazos aprovados pelo conselho pra redução da desigualdade;
para alternativa (b) apresentação do contrato de metas, política de remuneração variável ou item 13.1-c do
Formulário de Referência, evidenciando a inclusão de critérios e indicadores relativos à diversidade; e (c)
apresentação de documentos que indiquem a incorporação dessas questões no processo seletivo de
administradores (por exemplo: política de recursos humanos ou de recrutamento, descrições de cargos, roteiros de
entrevista utilizados internamente ou pelas companhias de recrutamento de executivos contratadas, critérios de
desempate ou exclusão etc., recomendação do conselho ou comitê de nomeação sobre os perfis desejados para o
órgão, incluindo conhecimentos na área).

INDICADOR 6. DINÂMICA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO


GOV 14 Algum dos documentos que normatizem as atividades do Conselho de Administração (Regimento
Interno, Estatuto Social) dispõe sobre tratamento de situações de conflito de interesses
especificamente no âmbito do conselho?

(P) O documento deve mencionar especificamente o tratamento dado ao conflito de interesses no âmbito do
Conselho de Administração. Como tratamento de situações de conflito de interesses entende-se os procedimentos
a serem adotados no momento em que o conflito é identificado, como por exemplo: a necessidade de
manifestação do conflito, afastamento das discussões e deliberações etc. Não se trata de mecanismos para
resolução de conflitos, tais como Mediação e Arbitragem.

(GRI Standards) 102-25

a) Sim, no estatuto social

b) Sim, no regimento interno

c) Não

(D) Trechos específicos do regimento Interno do Conselho de Administração ou Estatuto sobre conflitos de
interesses no conselho de administração.

GOV 15 Com relação aos mecanismos formais de avaliação periódica, no mínimo anual, do Conselho de
Administração e de seus conselheiros individualmente, assinale as alternativas que se apliquem:

(P) Como mecanismos de avaliação incluem-se, entre outros, autoavaliação, avaliação externa, benchmarking,
avaliação 360º, entre outros. Mais informações podem ser obtidas em: http://www.ibgc.org.br/userfiles/10.pdf
Para a alternativa (c), é possível considerar a divulgação dos resultados de forma agregada ou individual.

(GRI Standards) 102-28

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:12 Dimensão Governança Corporativa 10

a) Há avaliação do conselho como colegiado

b) Há avaliação dos conselheiros individualmente

c) A companhia divulga em seu relatório anual, relatório de administração, assembleia ou website


de RI informações sobre o processo de avaliação, a síntese dos principais pontos identificados
para melhoria do órgão e as ações corretivas implementadas

d) Não há avaliação do conselho ou dos conselheiros ou ela não ocorre no mínimo anualmente

(D) Para as alternativas (a) e (b), documento que descreve o processo de avaliação e ata (extrato do trecho
correspondente) do Conselho de Administração indicando a realização da avaliação. Não é necessário informar o
resultado da avaliação. Para alternativa (c), documento correspondente.

GOV 16 De que maneira o Conselho de Administração se assegura de que as questões de ordem


socioambiental estejam integradas ao planejamento estratégico da organização e ao dia-a-dia de suas
operações?

(P) Para as alternativas (a) e (c), a política e/ou diretrizes não precisam necessariamente ser pública, mas
serão solicitadas como evidência para comprovação das respostas. Na alternativa (b), é necessário que a
empresa comprove que, entre os indicadores e métricas considerados para a remuneração variável dos
administradores, há indicadores relacionados a questões sociais e ambientais. Basta indicar a existência das
métricas relacionadas ao desempenho socioambiental para o(s) grupo(s) (conselho e/ou diretoria) que
recebe(m) algum tipo de remuneração variável. Para a alternativa (f), como engajamento entende-se
iniciativas e atividades que promovam a conscientização, sensibilização, reflexão e participação em relação
aos temas sociais e ambientas, tais como cursos, participação em eventos, workshops, entre outras iniciativas
e não apenas o acompanhamento de resultados das ações empreendidas.
Assinale todas as alternativas aplicáveis.

(GRI Standards) 102-19 a 102-21, 102-24, 102-26 a 102-31

a) Inclusão de critérios/indicadores relacionados ao desempenho socioambiental da companhia


entre as métricas de avaliação e de remuneração variável
dos administradores (conselheiros e diretores)

b) Incorpora, no processo de seleção de administradores (conselheiros e diretores estatutários),


critérios e aspectos relativos à sua conduta e a seus conhecimentos sobre aspectos sociais e
ambientais

c) Discussão, no conselho de administração, sobre as externalidades decorrentes da atuação da


companhia e as formas de lidar com elas

d) Acompanhamento de política corporativa que trate sobre o relacionamento com stakeholders


em geral (não apenas acionistas e investidores)

e) Existência de mecanismos para o engajamento dos membros do conselho de administração da


companhia nos temas sociais e ambientais, visando sua conscientização sobre a importância
dessas questões

f) Nenhuma das anteriores

(D) Para alternativa (a), contrato de metas, política de remuneração variável ou item 13.1-c do Formulário de
Referência, evidenciando a existência de critérios/indicadores relacionadas às questões sociais e ambientais; para
alternativa (b), política ou documentos que indiquem a incorporação dessas questões no processo seletivo de
administradores (política de recursos humanos ou de recrutamento, descrições de cargos, roteiros de entrevista
utilizados internamente ou pelas companhias de recrutamento de executivos contratadas, critérios de desempate

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:12 Dimensão Governança Corporativa 11

ou exclusão, etc., recomendação do conselho ou comitê de nomeação sobre os perfis desejados para o órgão,
incluindo conhecimentos na área); alternativa (c) ata do conselho de administração evidenciando a discussão do
tema; alternativa (d) ata do conselho de administração evidenciando o acompanhamento da aplicação da política;
e alternativa (e) documentos que comprovem a existência de tais mecanismos de engajamento.

GOV 17 A respeito da atuação do Conselho de Administração em relação aos sistemas de compliance,


assinale todas as alternativas aplicáveis:

(P) A simples adesão a pactos não basta, a menos que esses pactos exijam, e a companhia tenha adotado
práticas e compromissos formais e específicos relacionados às questões de compliance, conforme exigido nas
alternativas e documentação comprobatória.
Segundo o IBGC, o sistema de compliance deve ser entendido como um conjunto de processos
interdependentes que contribuem para a efetividade do sistema de governança e que permeiam a
organização, norteando as iniciativas e as ações dos agentes de governança no desempenho de suas funções.
Envolve a deliberação ética em mecanismos de cumprimento de leis, normas internas e externas, de proteção
contra desvios de conduta e de preservação e geração de valor no longo prazo para a companhia. Esse
conjunto de processos visam a prevenção, detecção e o tratamento de qualquer desvio ou inconformidade que
eventualmente possa ocorrer.
Como “discute e avalia periodicamente” entende-se o processo de revisão periódica das políticas, práticas ou
compromissos, visando identificar se estes instrumentos continuam adequados, acontecendo anualmente ou
em prazo maior. Como “monitora periodicamente” entende-se o acompanhamento periódico da aplicação das
políticas, práticas ou compromissos e eventuais casos ocorridos, com maior frequência (trimestral, bimestral,
mensal etc.).

(GRI Standards) 102-26, 102-30, 102-33, 120-34

a) Discute, avalia e ratifica, periodicamente, incluindo a definição dos papéis e responsabilidades e


a segregação de funções

b) Aprova a matriz de riscos desenvolvida pela diretoria e se assegura de que os riscos de


compliance estejam contemplados na mesma

c) Se assegura de que a sua efetividade é avaliada de maneira independente (por exemplo:


processo de certificação, avaliações externas ou outras metodologias de verificação
independente)

d) Monitora periodicamente o seu funcionamento e eventuais ocorrências

e) Supervisiona a atuação do comitê de conduta (ou comitê de ética)

f) Não adota políticas, práticas ou compromissos no tema

(D) Para alternativa (a) atas do Conselho de Administração indicando a aprovação e discussão periódica do sistema
de compliance, incluindo a definição de papéis, responsabilidades e a segregação de função (para evitar conflito
de interesses). Para alternativa (b), ata da reunião do conselho de administração indicando a aprovação da matriz
de riscos, que contemple o mapeamento regulatório atualizado, desenvolvido pela diretoria. Para alternativa (c),
ata do conselho de administração ou outro documento que comprove que o conselho é periodicamente informado
sobre a aplicação das políticas, práticas ou compromissos adotados(as) e que conta com avaliação externa e
independente. Não é necessário explicitar os casos, apenas indicar que eles foram informados ao e tratados pelo
conselho. Para alternativa (d), atas do conselho de administração ou outro documento indicando discussão e o
monitoramento periódico das políticas, práticas ou compromissos adotados(as) pela companhia com relação ao
tema. Para alternativa (e), atas do conselho de administração indicando o acompanhamento da atuação do comitê
de conduta (ou comitê de ética).

GOV 18 A respeito da atuação do Conselho de Administração em relação aos mecanismos de combate à


corrupção, assinale todas as alternativas aplicáveis:

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:12 Dimensão Governança Corporativa 12

(P) Assim como na pergunta anterior, a simples adesão a pactos não basta, a menos que esses pactos exijam,
e a companhia tenha adotado práticas e compromissos formais e específicos relacionados às questões de
combate à corrupção, conforme exigido nas alternativas e documentação comprobatória.
Como “discute e avalia periodicamente” entende-se o processo de revisão periódica das políticas, práticas ou
compromissos, visando identificar se estes instrumentos continuam adequados, acontecendo anualmente ou
em prazo maior. Como “monitora periodicamente” entende-se o acompanhamento periódico da aplicação das
políticas, práticas ou compromissos e eventuais casos ocorridos, com maior frequência (trimestral, bimestral,
mensal etc.).

(GRI Standards) 102-26, 102-30, 102-33, 120-34

a) Discute, avalia e ratifica, periodicamente, incluindo a definição dos papéis e responsabilidades e


a segregação de funções

b) Aprova a matriz de riscos desenvolvida pela diretoria e se assegura de que os riscos de


corrupção estejam contemplados na mesma

c) Se assegura de que a sua efetividade é avaliada de maneira independente (por exemplo:


processo de certificação, avaliações externas ou outras metodologias de verificação
independente)

d) Monitora periodicamente o seu funcionamento e eventuais ocorrências

e) Supervisiona a atuação do comitê de conduta (ou comitê de ética)

f) Não adota políticas, práticas ou compromissos no tema

(D) Para alternativa (a) atas do Conselho de Administração indicando a aprovação e discussão periódica dos
mecanismos de combate à corrupção, incluindo a definição de papéis, responsabilidades e a segregação de função
(para evitar conflito de interesses). Para alternativa (b), ata da reunião do conselho de administração indicando a
aprovação da matriz de riscos, que contemple o mapeamento regulatório atualizado, desenvolvido pela diretoria.
Para alternativa (c), ata do conselho de administração ou outro documento que comprove que o conselho é
periodicamente informado sobre a aplicação das políticas, práticas ou compromissos adotados(as) e que conta
com avaliação externa e independente. Não é necessário explicitar os casos, apenas indicar que eles foram
informados ao e tratados pelo conselho. Para alternativa (d), atas do conselho de administração ou outro
documento indicando discussão e o monitoramento periódico das políticas, práticas ou compromissos adotados(as)
pela companhia com relação ao tema. Para alternativa (e), atas do conselho de administração indicando o
acompanhamento da atuação do comitê de conduta (ou comitê de ética).

CRITÉRIO III – GESTÃO

INDICADOR 7. QUALIDADE DA GESTÃO


GOV 19 Existe um processo formalizado de avaliação do desempenho do executivo principal pelo Conselho de
Administração, com frequência, no mínimo, anual?

(P) Caso a avaliação seja realizada por um comitê ou apenas pelo presidente do Conselho, a comprovação precisa
evidenciar que os resultados da avaliação foram apresentados aos demais membros do conselho e validados em
reunião do Conselho.

(GRI Standards) 102-28

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:12 Dimensão Governança Corporativa 13

a) Sim

b) Não

(D) Documento que descreve o processo de avaliação e ata (extrato do trecho correspondente) de reunião do
Conselho de Administração mencionando a realização da avaliação do executivo principal, referente aos últimos
dois anos (exceto para a companhia que começou a prática no último ano, que deve enviar a ata da avaliação
realizada). Não é necessário informar o resultado da avaliação.

GOV 20 Foram reportadas pelos auditores independentes, nos últimos 3 anos, deficiências significativas
no sistema de controles internos (ambiente de controles internos) da companhia?

(P) Conselho Federal de Contabilidade, norma NBC TA 265: Deficiência significativa de controle interno é a
deficiência ou a combinação de deficiências de controle interno que, no julgamento profissional do auditor, é de
importância suficiente para merecer a atenção dos responsáveis pela governança. Disponível em:
http://www1.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2009/001210

a) Sim

b) Não

(D) Para (b), extratos da carta de controles internos, carta de recomendações ou relatório circunstanciado do
auditor independente, dos últimos 3 anos, indicando, explicitamente, que não foram encontradas deficiências
significativas nos controles internos, ou item “5.3,d” do Formulário de Referência.

GOV 20.1 Se SIM para a PERGUNTA 20, companhia solucionou as deficiências apontadas?

a) Sim, parcialmente

b) Sim, totalmente

c) Não

(D) Para alternativa (a), documento(s) indicando a solução das deficiências apontadas pelos auditores
independentes; para alternativa (b), documento indicando o tratamento parcial das questões apontadas
(tratamento parcial das questões, tratamento de apenas algumas das questões ou indicação que as questões vêm
sendo tratadas, mas ainda não houve conclusão).

GOV 21 A companhia promove capacitação ao menos para os níveis de coordenação, gerência e diretoria para
estimular o engajamento em relação a quais dos seguintes temas da sustentabilidade empresarial?

(P) Os níveis de coordenação, gerência e diretoria são funções que exercem liderança e gestão de pessoas nas
companhias, por isso todas devem estar engajadas nesses temas para disseminar valores e comportamentos a
todos os colaboradores. Como capacitação entendem-se atividades presenciais ou virtuais com o objetivo de
apresentar aos colaboradores os principais conceitos de cada um dos temas, contextualizados em relação às
características da companhia, com fim de demonstrar a importância de tais temas e nivelar conhecimentos.
Como engajamento, entende-se iniciativas e atividades que promovam a conscientização, sensibilização,
reflexão e participação em relação aos temas socioambientais, tais como cursos, participação em eventos,
workshops, entre outras iniciativas e não e não apenas o acompanhamento de resultados das ações
empreendidas. Como sustentabilidade empresarial, de acordo com o glossário, entende-se “uma nova
abordagem de se fazer negócios que, simultaneamente, promove inclusão social (com respeito à diversidade
cultural e aos interesses de todos os públicos envolvidos no negócio direta ou indiretamente), reduz - ou
otimiza - o uso de recursos naturais e o impacto negativo sobre o meio ambiente, preservando a integridade
do planeta para as futuras gerações, sem desprezar a rentabilidade econômico-financeira do

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:12 Dimensão Governança Corporativa 14

empreendimento.”
Assinale todas as alternativas que se apliquem:

(GRI Standards) 102-27

a) Governança corporativa

b) Aspectos sociais

c) Aspectos ambientais

d) Diversidade

e) Direitos humanos

f) Compliance

g) Combate à corrupção

h) Não promove capacitação para temas dessa natureza

(D) Documentação que comprove a realização das capacitações correspondentes às alternativas assinaladas.

CRITÉRIO IV – AUDITORIA E FISCALIZAÇÃO

INDICADOR 8. PRESTAÇÃO DE CONTAS


GOV 22 Com relação ao Comitê de Auditoria assinale as alternativas que se aplicam:

(P) Refere-se a um Comitê do Conselho de Administração, não se aplicando para Conselho Fiscal
“Turbinado” (ver glossário). Na alternativa (c), não é necessário que o especialista possua formação nas áreas,
mas apenas comprovada experiência nestas áreas.

Conselheiro interno: conselheiros que ocupam posição de diretores ou que são empregados da organização (IBGC,
2015: p. 45).

(GRI Standards) 102-18, 102-22

a) Está formalmente estabelecido no estatuto social

b) Possui maioria (ou totalidade) de conselheiros independentes em sua composição

c) Possui maioria (ou totalidade) de membros independentes (não necessariamente conselheiros)


em sua composição

d) Possui ao menos um membro especialista em assuntos contábeis, controles internos,


informações e operações financeiras, e auditoria independente

e) É coordenado por um Conselheiro Independente

Simulado ISE B3 (ano base 2020)


Construções e Comercio Camargo Correa | 16-12-2022 17:12 Dimensão Governança Corporativa 15

f) Não possui conselheiros que acumulem funções executivas na organização em sua


composição (conselheiro interno)

g) Não possui executivos da organização como membros do comitê

h) Não possui Comitê de Auditoria

(D) Para a alternativa (a), trecho do estatuto social; para as alternativas (b), (c), (e), (f) e (g) Item 12.7 do
Formulário de Referência; para a alternativa (d) Mini-CV do membro especialista.

GOV 23 Com relação a outros serviços que não sejam auditoria das demonstrações financeiras prestados pelos
auditores externos e independentes:

a) Houve prestação de outros serviços e não há uma política formal aprovada pelo conselho para a
contratação dessas atividades

b) Não houve prestação de outros serviços e não há uma política formal aprovada pelo conselho de
administração

c) Há uma política formal aprovada pelo conselho para a contratação desses serviços e houve
prestação de outros serviços com valores superiores a 5% dos honorários cobrados pela
auditoria das demonstrações financeiras

d) Há uma política formal aprovada pelo conselho para a contratação de outros serviços e não
houve contratação

(D) Para comprovar que não houve a contratação de outros serviços por parte dos auditores externos e
independentes: Item 2.2 do Formulário de Referência; para a comprovação da política formal, apresentar a Política
aprovada pelo Conselho de Administração ou ata (extrato do trecho correspondente) da reunião do Conselho de
Administração onde o tema foi deliberado.

GOV 24 O Conselho de Administração e/ou Comitê de Auditoria se posiciona(m) formalmente a respeito da


declaração de independência dos auditores externos e independentes?

(P) A “declaração de independência dos auditores independentes” está prevista no item 17 da NBC TA 260 (R1) –
Comunicação com os Responsáveis pela Governança (norma do Conselho Federal de Contabilidade). Independente
de quem avalia a declaração de independência dos auditores, sempre caberá ao Conselho de Administração se
posicionar formalmente a respeito da independência dos auditores independentes. Caso a avaliação tenha sido
realizada por outro órgão, como o comitê de auditoria, deve haver manifestação do conselho avaliando o
posicionamento apresentado.

(GRI Standards) 102-22, 102-26

a) Sim

b) Não

(D) Ata (extrato do trecho correspondente) de reunião do Conselho de Administração onde consta o seu
posicionamento relativo à declaração de independência dos auditores ou parecer do Conselho sobre as
demonstrações financeiras, mencionando a análise da independência dos auditores.

GOV 25 O Conselho de Administração monitora a integridade e a qualidade do sistema de controles


internos no mínimo anualmente?

(P) Independente da instância responsável pela revisão do sistema de controles internos, sempre caberá ao

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Conselho de Administração assegurar-se, formalmente, do seu cumprimento adequado. Para esta questão, é
preciso que o Conselho se posicione formalmente, em ata, sobre a revisão de controles internos realizada pelo
próprio conselho, comitê de auditoria ou pela gestão. Portanto, não basta apenas que o conselho se posicione
sobre a revisão de controles internos realizada pelos auditores independentes.

(GRI Standards) 102-18, 102-22, 102-26

a) Sim

b) Não

(D) Ata (extrato do trecho correspondente) do Conselho de Administração em que consta a manifestação do
conselho sobre a revisão dos controles internos (realizada pelo próprio conselho, comitê de auditoria ou pela
gestão), ou sobre o reporte do Comitê de Auditoria para o Conselho de Administração sobre esse tema. Não se
refere à revisão realizada pelos auditores independentes, mas sim avaliação conduzida pelos próprios
administradores.

GOV 26 A companhia possui uma área ou profissional responsável pelas funções de auditoria interna?

(P) A pergunta refere-se ao reporte informacional e de relatórios, e não ao relacionamento funcional.

(GRI Standards) 102-18, 102-22

a) Sim, com reporte à diretoria

b) Sim, com reporte ao Principal Executivo

c) Sim, com reporte ao Conselho de Administração ou ao Comitê de Auditoria

d) Não

(D) Para “Sim”, em qualquer dos casos, documentação que comprove a existência da área ou profissional, e que
indique a quem se reporta.

GOV 26.1 Se SIM para a PERGUNTA 26, a auditoria interna também atua e monitora questões não financeiras?

a) Sim

b) Não

(D) Atas (extratos dos trechos correspondentes) das reuniões do Comitê de Auditoria e/ou relatórios,
apresentações ou reportes da auditoria interna, que indiquem também a sua atuação sobre questões não
financeiras.

GOV 27 Existe Conselho Fiscal instalado?

(P) Também se aplica para Conselho Fiscal “Turbinado” (ver glossário).

(GRI Standards) 102-16, 102-18, 102-22

a) Sim, Conselho Fiscal "Turbinado", em caráter permanente

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b) Sim, em caráter não permanente

c) Sim, em caráter permanente

d) Não

(D) Ata (extrato do trecho correspondente) da Assembleia mencionando a instalação do Conselho Fiscal em
caráter ou Estatuto Social indicando existência de Conselho Fiscal em caráter permanente.

CRITÉRIO V – CONDUTA E CONFLITO DE INTERESSES

INDICADOR 9. CONDUTA E CONFLITO DE INTERESSES


GOV 28 A companhia está listada no segmento do Novo Mercado?

(GRI Standards) 102-18

a) Sim

b) Não

GOV 29 Considerando as regras formais para transação com partes relacionadas, elas:

(P) Para a alternativa (b) serão aceitos os requisitos exigidos pelos níveis diferenciados de governança
corporativa da B3. Como hipóteses de conflitos entende-se a exemplificação de situações de potencial conflito de
interesses.

(GRI Standards) 102-25

a) Contém procedimentos sistemáticos, objetivos, impessoais e são divulgadas ao mercado

b) Exigem a divulgação completa dos detalhes das operações realizadas com partes relacionadas

c) Preveem hipóteses de conflito

d) Preveem que as transações devam ser realizadas em condições equivalente às de mercado

e) Preveem que as transações devam ser aprovadas pelo conselho de administração (com a
exclusão de eventuais membros com interesses potencialmente conflitantes) ou por comitê
independente

f) Preveem que as transações relevantes devam ser aprovadas pela Assembleia de Acionistas (com
a exclusão de eventuais acionistas potencialmente conflitados)

g) Nenhuma das anteriores

h) A companhia não possui política de transação com partes relacionadas

(D) Indicação da área do website ou Formulário de Referência onde a política, estatuto ou legislação específica
estão disponíveis (em caso de legislação, citar número da lei); (b) e (c) Política, Estatuto Social ou Legislação
Específica (em caso de legislação, citar número da lei).

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GOV 30 A companhia proíbe empréstimos e garantias em favor do controlador, dos administradores e de


outras partes relacionadas?

(P) Não será aceita comprovação baseada no artigo 154, § 2°, alínea c, da Lei 6.404/76 (“Lei das S.A.”), pois
este não proíbe empréstimos - apenas faculta à Assembleia Geral ou ao Conselho de Administração decidir
sobre o assunto. Idem para a seção 402 da lei Sarbanes-Oxley, que apenas impede empréstimos para os
administradores (conselheiros e executivos), mas não para outras partes relacionadas (nem o controlador).
Empréstimos podem ser aceitáveis desde que as companhias possuam a mesma composição societária.

(GRI Standards) 102-25

a) Sim, constando de política do Conselho de Administração

b) Sim, constando do Estatuto Social

c) Não, mas a legislação em vigor específica do setor já proíbe

d) Não

e) Não, a companhia é uma holding que empresta para outras partes com a mesma composição
societária

(D) Estatuto Social, ata (extrato do trecho correspondente) do Conselho de Administração ou cópia da
legislação em vigor. Não será aceita como documentação a comprovação da adesão aos níveis
diferenciados de governança corporativa da B3, pois estes exigem apenas a divulgação das transações,
não tratando de regras para a realização das transações.

GOV 30.1 Se NÃO para a PERGUNTA 30, a companhia divulga ao mercado informações detalhadas dos
empréstimos e garantias concedidos?

(GRI Standards) 102-25

a) Sim

b) Não

c) Não, pois não foram concedidos empréstimos e garantias

(D) Caso afirmativo, apresentar documento de divulgação correspondente, indicando onde pode ser
encontrado.

GOV 31 Com relação ao código de conduta da companhia, assinale todas as alternativas que se apliquem:

(GRI Standards) 102-17

a) Aplica-se a todos os administradores, executivos e demais empregados

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b) Está disponível na área de livre acesso no website da companhia

c) Exige adesão formal (termo de adesão ou outro meio de adesão formal) de todos os funcionários
quando contratados

d) Exige que todos os funcionários confirmem sua adesão quando houver alteração no código ao
longo do tempo (mesmo que de forma eletrônica)

e) Prevê a existência de comitê para monitorar o seu cumprimento, aplicar e revisar seus
dispositivos

f) Prevê a realização de treinamentos periódicos para os atuais e novos colaboradores sobre o


Código, e a companhia os realiza como estabelecido

g) Prevê penalidades, punições ou procedimentos a serem adotados em caso de descumprimento


do código

h) Prevê mecanismos para a prevenção e encaminhamento de situações relacionadas às questões


de compliance

i) Não possui Código de Conduta

(D) Para todas as alternativas, o código de conduta deve apresentar a data de aprovação ou vigência, ou outro
documento, aprovado pelo conselho ou diretoria, que comprove a data de quando o código entrou em vigor. Para
as alternativas (a), (c), (d),(e) e (h) Trechos correspondentes do Código de Conduta da companhia que tratem
explicitamente dos respectivos temas; (b) Indicação da área do website onde o código encontra-se disponível; (f)
trecho do código com a previsão de treinamentos periódicos e evidências de que os treinamentos foram de fato
realizados ao longo do ano; (g) trecho do código com a previsão de penalidades, punições ou procedimentos a
serem adotados em caso de descumprimento do código.

GOV 31.1 Se SIM para a PERGUNTA 31, com relação ao encaminhamento previsto em caso de situações
de conflito de interesses no âmbito de atuação da companhia, tanto interno quanto externo, o código
exige que a pessoa envolvida:

(P) Para responder “Sim” o código precisa prever, explicitamente, qual encaminhamento deve ser dado às
situações de conflito de interesses. Esta questão se refere a conflitos de interesse de modo geral e a todos os
colaboradores, não se restringindo a nenhum público específico.

(GRI Standards) 102-17, 102-25

a) Se retire da reunião imediatamente

b) Não participe da decisão

c) Nenhuma das anteriores

d) Existe código de conduta, mas não há encaminhamentos previstos em caso de situações de


conflito de interesses

(D) Trecho correspondente do Código de Conduta da companhia ou estatuto ou outra política corporativa que
trate explicitamente desse tema.

GOV 32 Em relação ao canal de denúncias da companhia, assinale todas as alternativas aplicáveis:

(P) Para aumentar as chances de tomar ciências de irregularidades, um sistema de compliance bem estruturado
deve contar com canais para receber denúncias. Assim como o comitê de conduta, os canais de denúncias são um

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complemento essencial ao código de conduta para detectar eventuais desvios. Como acompanhamento do
andamento da denúncia, entende-se a possibilidade de obter informações, ainda que de forma superficial, sobre se
o caso está em avaliação, concluído, aceito, rejeitado etc.

(GRI Standards) 102-17

a) Existe um canal de denúncias, acessível também a terceiros e ao público externo, com meios
para que o denunciante acompanhe o andamento da denúncia

b) Existem políticas que garantam a proteção e a não retaliação ao denunciante e aàs demais
partes envolvidas, bem como asseguraem o sigilo necessário

c) O conselho de administração monitora os resultados do canal de denúncias, presta contas aos


públicos internos e externos em relação à efetividade do canal e as investigações são
documentadas

d) Nenhuma das anteriores

e) A companhia não possui um canal de denúncias

(D) Para alternativa (a), documento que descreve o funcionamento do canal existente e indicação de local para seu
acesso. Para alternativa (b), políticas ou trechos específicos do documento que regula o funcionamento do canal
de denúncias e explicita as regras de proteção, sigilo e proibição de retaliação aos denunciantes e demais partes
envolvidas. Para a alternativa (c), documentos ou relatórios públicos explicitando dados estatísticos publicamente
disponíveis sobre o canal de denúncias. Para alternativas (a), (b) e (c), documentos que demonstrem a data de
aprovação e/ou vigência do código de conduta, como o próprio código ou ata de reuniões do conselho ou da
diretoria que o aprovou.

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