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INTRODUÇÃO:
Os oponentes de Cristo, em vez de voltar-se para o Senhor com pesar por seus pecados (por
exemplo, com verdadeiro arrependimento) e com fé, endureceram ainda mais.
Jesus estava ensinando numa sinagoga, provavelmente pela última vez durante seu ministério
terreno. Pelo menos esse é o último caso registrado de tal ensino na sinagoga por nosso Senhor.
Ensinar nas sinagogas no sábado era um hábito de Jesus.
Este costume não foi interrompido, embora tivesse a oposição dos líderes judeus.
Jesus manteve o habito de ir aos ·cultos religiosos», a fim de adorar e de ensinar.
Estamos realmente preocupados com as necessidades humanas?
Porque Deus está...
Imagine a angústia da mulher que Satanás mantinha presa havia 18 anos!
No entanto, ela comparecia fielmente à sinagoga e adorava ao Senhor.
Ela, como Abraão, teve fé para crer que Deus podia fazer o impossível (v. 16; Rm 4:19-25).
Jesus curou-a no sábado a fim de incutir nas pessoas a verdade libertadora que apenas ele podia dar.
Os líderes religiosos judeus massacravam tanto as pessoas com preceitos e os regulamentos que elas
estavam curvadas pelo peso desse enorme fardo, da mesma forma que a mulher por causa de seu
problema.
O chefe da sinagoga era hipócrita: ele salvaria um de seus animais, porém não ajudaria um ser
humano feito à imagem do Senhor.
v. 10 - Ora, ensinava Jesus no sábado numa das sinagogas.
Isto significava uma série de ensinos em uma sinagoga durante várias semanas e é neste inervá-lo que o
milagre acontece.
v. 11 - E veio ali uma mulher possessa de um espírito de enfermidade, havia já dezoito anos; andava
ela encurvada, sem de modo algum poder endireitar-se.
Todo mundo vê-esta pobre mulher.
Ela foi num local bem conhecido. Em uma vila onde a vida de todo mundo era pública, as pessoas
iriam saber quem ela era e quanto tempo ela tinha sido assim.
Ninguém poderia explicar medicamente por que ela havia se tornado dobrado.
Alguns hoje pensam que a sua deficiência teve causas psicológicas.
Era um caso extremo de curvatura da espinha, a cabeça junto aos pés, olhando para o chão, “Não era
capaz de erguer-se completamente” e a história fica mais triste ainda pelo fato de ela sofrer com isso
havia dezoito anos.
a enfermidade foi causada por um espírito maligno. (v. 16 - Jesus disse que ela era cativa de Satanás)
Em outras palavras, “espírito de enfermidade” se refere à fraqueza espiritual, que por sua vez vem de
uma causa maior, pela qual a vontade do sofredor se tornou cativa.
Esta “causa maior” é obviamente espiritual; ou seja, uma aflição satânica.
Assim, a mulher tinha uma doença dupla.
(1) A dificuldade física era uma manifestação exterior (2) do cativeiro espiritual interior.
Charles H. Spurgeon diz: “Creio que a enfermidade dessa mulher não era apenas física, mas também
espiritual”.
O que poderia ser mais claro quanto à causa da enfermidade da mulher?
Não temos razão algum a para supor que. nesta era moderna de grandes avanços da medicina, todas
as enfermidades sejam causadas por motivos físicos, ou que possam ser tratadas exclusivamente por
meios físicos.
O poder e a influência dos demônios é algo perfeitamente real, e as enfermidades físicas se alinham
entre os seus maus efeitos.
Por outro lado. seria igualmente tolo supormos que todas as enfermidades se derivam de alguma
fonte diabólica.
v. 12 - Vendo-a Jesus, chamou-a e disse-lhe: Mulher, estás livre da tua enfermidade; e, impondo-lhe
as mãos, ela imediatamente se endireitou e dava glória a Deus.
A ira do chefe da sinagoga (veja 8:41) foi causada porque Jesus violara as tradições do sábado.
Um ato como esse ameaçava a estabilidade da estrutura religiosa de que ele fazia parte.
O chefe assume o papel de doutor da Lei.
A sua interpretação é um exemplo do uso errado que se fazia da liderança religiosa, que Jesus já
havia condenado (11:42 e ss.).
A Lei, de acordo com a interpretação dos rabinos daquela época, só permitia que, no sábado, os
médicos atendessem casos de emergência. O caso em questão era crônico e, portanto, segundo a
interpretação dos rabinos, não podia legalmente ser tratado naquele dia santo.
Ele estava tão irado pela aparente violação do sábado que perdeu totalmente o sentido e o valor do
milagre.
O príncipe da sinagoga não teve coragem de atacar o Mestre diretamente, mas reprovou o povo - a
mulher e aqueles que estavam com ela - com uma voz suficientemente alta para que Jesus ouvisse.
Cristãos que não estão em consonância com Deus, ficam irados, enfurecidos quando a menor das
regras da igreja é desrespeitada. Para eles o Milagre realizado não importa.
Aos olhos dos religiosos, esse foi um dos maiores crimes feito por Jesus. (curar em dia de sábado).
Todos os líderes dos judeus realizavam aquele gesto humano no sábado.
Mesmo assim entendiam que esta mulher deveria sofrer até o dia seguinte.
Esta grotesca inconsistência torna o termo hipócrita, proferido pelo Mestre, ainda mais apropriado.
Quando nos lembramos de que aqueles animais representavam propriedade - riqueza - vemos o
completo egoísmo destes hipócritas.
Jesus se dirige ao chefe, mas inclui também todos os que aceitavam a interpretação dele.
Hipócritas descreve as pessoas que dão atenção à observância de regras religiosas, mas não se
dedicam à “justiça e o amor de Deus” (11:42).
Eles desamarravam os animais no sábado, por causa da preocupação com o bem estar deles mesmos;
Jesus havia acabado de soltar uma mulher.
Uma interpretação da religião que considere os animais mais importantes do que as pessoas são
simplesmente erradas, do ponto de vista de Jesus.
v. 15 - Por que motivo não se devia livrar deste cativeiro, em dia de sábado, esta filha de
v. 16 - Abraão, a quem Satanás trazia presa há dezoito anos?
Jesus lhe disse: “você e todos os que estão mancomunados com você”.
Se, pois, as necessidades dos animais pudessem ser supridas no sábado, as necessidades humanas
não devem ser supridas, em qualquer dia da semana, certamente inclusive no sábado?
Esta “filha de Abraão” é de menos importância que um boi ou um jumento?
Além disso, é realmente certo que se deve permitir que Satanás mantenha em escravidão esta mulher
até o outro dia - além dos dezoito anos durante os quais ele a manteve cativa - só porque ocorre de
ser este um sábado?
O sábado não é o mesmo dia em que mais do que nunca se deve tudo fazer para destruir as obras do
diabo?
O argumento usado por Jesus tinha três pontas de lança:
1. Um ser humano merece mais consideração do que um boi ou outro animal, que ninguém hesitaria em
ajudar em dia de sábado;
2. aquela mulher, em adição a isso, era um a judia, uma filha de Abraão, pelo que também não era de
admirar que Deus quisesse ajudar uma pessoa assim, sem importar que isso viesse a ocorrer em dia
de sábado; e
3. A mulher era idosa e enferma, pelo que seria destituído de compaixão aquele que não se apiedasse
dela.
v. 17 - Tendo ele dito estas palavras, todos os seus adversários se envergonharam. Entretanto, o
povo se alegrava por todos os gloriosos feitos que Jesus realizava.