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DO ESCUTISMO
Organização Mundial
Organização Regional
Organização Nacional
Nível Regional
Conselho Consultivo
Nível de Núcleo
Nível Local
(Agrupamentos)
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Percurso Maria do Céu Guerra Rúben Marques, Falcão Peregrino
A Organização Mundial subdivide-se também em seis regiões acomodadas em função da geografia do planeta, contando
também cada região com as suas respetivas Conferências, Comités e Bureaus Regionais. Este mapa ilustra essa distribui-
ção escotista e é de notar que em alguns países (embora poucos, são existentes) proíbem o Movimento.
E no que diz respeito aos escuteiros que compartilham o português como língua materna,
há também um comité que identifica e representa este laço. A 6 de agosto 1995, durante o 18.º
Jamboree que decorreu na Holanda, foi assinada a Carta do Escutismo Lusófono por quatro
organizações escutistas: o Corpo Nacional de Escutas Português, a União dos Escoteiros do
Brasil, o Corpo Nacional de Escutas da Guiné-Bissau e a Associação de Escuteiros de S. Tomé
e Príncipe. Com esta Carta criava-se a Comunidade do Escutismo Lusófono (CEL) no uni-
verso escutista! Passou a ficar assegurada a partilha de informação e experiências, a realização
de projetos comuns e programas educativos e promoveu-se uma voz comum em questões
onde os pontos de vista se coincidiam, fortalecendo a opinião individual num grupo em coro.
Sobretudo, reforçou-se a língua portuguesa como veículo de comunicação intercontinental,
auferindo da OMME a garantia da produção de documentos para português bem como a tra-
dução de atividades.
Atualmente fazem parte da CEL oito países: Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique,
Portugal, Guiné Bissau, S. Tomé e Príncipe e Timor Leste. Destes, apenas Portugal e Brasil
faziam parte da OMME à data da assinatura da Carta, servindo esta também para que os países
usassem da sua influência para que os outros dois signatários pudessem ser reconhecidos pela
OMME com a maior brevidade. A título de curiosidade, dos oito países supralistados, os três
últimos são os mais recentes a ingressarem na Organização Mundial, com entrada oficializada
em 2017, embora registassem atividade há já alguns anos ou mesmo décadas.
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Percurso Maria do Céu Guerra Rúben Marques, Falcão Peregrino
Toda esta estrutura organizativa, que suporta e sustenta a fraternidade escutista em todo o
mundo, unindo continentes e ligando etnias sob uma abóbada de irmandade, é mantida coesa
pela pedagogia investida pelo próprio fundador, Banden-Powell, e constituída por sete ele-
mentos igualmente ponderáveis entre si — o Método Escutista:
»» a Lei e Promessa contém a ideologia fundamental do escutismo;
»» a Mística e Simbologia proporciona um ambiente próprio para cada secção;
»» a Vida na Natureza permite aos jovens confrontarem os seus limites;
»» o Aprender Fazendo traz a solidificação dos conhecimentos adquiridos;
»» o Sistema de Patrulhas motiva à competência, liderança e responsabilidade;
»» o Sistema de Progresso educa para o sucessivo desenvolvimento pessoal;
»» a Relação Educativa incide sobre o desempenho do adulto na formação do jovem.
Mais recentemente, na 41.ª Conferência Mundial que decorreu no Azerbaijão em 2017, foi
resolvido um oitavo elemento que se junta aos prévios sete com a mesma importância e neces-
sidade pedagógica: é o Envolvimento Comunitário e explora o compromisso que o escutismo
tem para com as comunidades, quer locais, quer internacionais.
Este núcleo de formação, ao qual ainda se dá a nomenclatura de 7 Maravilhas do Método,
embora universal e homogéneo em todo o Movimento Escotista, é enriquecido pelos seus
trilhos derivados, como o Escutismo Católico, que pega nesta molécula pedagógica composta
por sete ou oito elementos e coloca-a no centro da sua orientação cristã, fazendo-lhe incidir
uma luz diferente para irradiar um comportamento novo. A missão do CNE sobre a educação
dos jovens parte de um sistema de valores que ajuda a construir um mundo melhor onde as
pessoas se sentem plenas, realizadas enquanto indivíduos únicos mas em seio comunitário,
desempenhando um papel construtivo na sociedade. Em função do Método Escutista, solidifi-
cado na criação de Deus Pai e cristalizado na promessa do Senhor Jesus, cada jovem escuteiro
educa-se para se tornar consciente do Ser, detentor de Saber e preparado para Agir.
Todas estas diferenças convergentes tornam-se elegantemente proeminentes em ativida-
des internacionais. Cada escuteiro leva consigo vivências, desafios e aprendizagens que são
reunidas sob o pano de uma mesma tenda e acomodadas em culturas, geografias e atmosferas
sociais diferentes das habituais. Fazem despertar nos jovens um cómodo desassossego acerca
daquilo que têm vindo a aprender no seu ninho escutista (agrupamento, entenda-se), pois
conhecem novas formas de fazer escutismo e apercebem-se que são, verdadeiramente, um
grãozinho de uma praia maior. Mais do que fazer História nas atividades internacionais (como
a aclamação de Baden-Powell como Chefe Escuta Mundial ou a assinatura da Carta do Escu-
tismo Lusófono), fazem-se histórias, todas elas protagonizadas pelos escuteiros que se sentem
novos e com capacidade de narrar os capítulos das suas vidas.
Esta coalescência de vidas e de histórias, numa simbiose que está para além do artefacto
humano, demonstra não só que o Método Escutista funciona como também parece fazer par-
te, por natureza, da primavera da vida. A molécula pedagógica descoberta por Baden-Powell
mostra-se, a cada atividade internacional, permeável ao tecido da juventude e deixa os seus
protagonistas energizados por uma vibrante capacidade de provocar outros desassossegos nos
outros e a deixar o mundo — tanto o mundo de todos como o mundo de cada um — um pou-
co melhor à sua passagem. Entre outras atividades, podem contar-se o Jamboree Mundial, o
Jota/Joti, o Roverway, o Moot e o ACANAC nos grandes encontros à escala internacional,
este último realizado em solo português.
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Dever
para com Deus
Serviço Obediência
aos outros à Lei
Verdade Conhecimento
“ ”
O nosso símbolo tiramo-lo do Ponto Norte dos mapas.
Baden-Powell
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UM OLHAR SUBJETIVO
ATIVIDADES INTERNACIONAIS DUAS SUGESTÕES APRECIATIVAS
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UM OLHAR SUBJETIVO
ATIVIDADES INTERNACIONAIS DUAS SUGESTÕES APRECIATIVAS
D e todos os elementos que podemos receber e oferecer por ocasião de uma atividade desta
natureza, com certeza que o património histórico e cultural representam o baricentro
dos interesses. Por um lado a história conta como uma sociedade foi, se desenvolveu, como
chegou até ao presente; por outro, a cultura mostra a forma como se lida com a experiência e
o conhecimento que a história devolve para construir um futuro. Ambas espelham o teor de
uma civilização e quando combinadas tornam-se no nutriente narrativo das sociedades.
Realizar uma atividade internacional sem explorar ao máximo o que estes dois elementos
podem proporcionar seria privar a unidade de uma boa aprendizagem, e a melhor forma de
otimizar a experiência passa por escolher um país cujo destino seja capaz de reunir os referi-
dos patrimónios de forma rica e diferencial quando comparado com Portugal. O Japão é, por
certo, uma boa hipótese, já que se trata de um país de outro continente, situado no oriente e
com uma diversidade muito rica.
A densidade história do Japão converge para o presente uma miríade de atividades e ideais
inspiradores. Desde a lendária educação nipónica à perspicácia a resolver problemas, que são
o motor do desenvolvimento tecnológico do país, e que de certeza não se fica atrás nas ca-
pacidades inteligentes e criativas de fazer escutismo. Muito diferente da Europa ocidental, o
passado asiático guarda registos religiosos (ou mitológicos) muito excêntricos, não obstante o
sepulcral silêncio respeitoso que começa ainda fora dos templos, algo impossível de instruir ao
nosso povo. A exótica cultura que permeia a sociedade por certo também contribuirá para um
enriquecimento sobre a educação escotista, já que entre a intelectualidade organizativa, a hie-
rarquia de comando e a predisposição de interajuda faz dos japoneses líderes em construções,
resolução de problemas e superação de adversidades, seja por ação humana ou da natureza,
como conflitos e catástrofes naturais. Uma atividade internacional neste país incluiria por cer-
to visita a templos sagrados e a antigos dojos, reflexões sob árvores de cerejeira, caminhadas
em percursos referentes à Restauração Meiji e, claro, um grande fogo de conselho.
Portugal é um dos países mais antigos do mundo (ocupa o 12.º lugar), o que proporciona,
neste contexto de patrimónios que se afiguram latentes em ensino e aprendizagem, um gran-
de potencial educativo, já que todos os concelhos têm uma base histórica que pode servir para
atividades escutistas. Desde monumentos a personalidades, de navegações a descobrimentos,
de invasões a conquistas, a herança portuguesa é tão rica que proporciona um aconchego
cultural muito confortável. Se tomarmos o exemplo da receção de escuteiros japoneses, essa
premissa é multiplicada, já que Portugal e Japão compartilham capítulos na sua história, desde
visitas marítimas a missões de cristianização. Uma atividade internacional no seio do nosso
país poderia incluir pernoita em aldeias do xisto, percorrer parte de uma Grande Rota, jogos
em praias fluviais ou castelos, reflexões em mosteiros ou até mesmo na Quinta das Lágrimas,
visita a palácios ou parques naturais como os de Sintra, e um animador fogo de conselho.
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BIBLIOGRAFIA
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• https://www.lightwaterscouts.org.uk/scout-signs-emblems/
• https://prezi.com/94ps7s24-3bf/organizacao-do-cne/