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DIMENSÃO INTERNACIONAL

DO ESCUTISMO

Q uando primeiramente se pensa no escutismo enquanto movimento à escala glo-


bal tem-se a ideia de um grande número de jovens que, embora espalhados por
várias regiões e inseridos em diversas culturas, se reúnem em grandes acam-
pamentos onde trocam ideias, desenvolvem capacidades e partilham experiências. Esta
não se trata de uma imagem redutora, mas também não exemplifica a dimensão onde a
semente do escutismo se desenvolveu, se tornou rica e capaz de albergar uma irmandade
sem fronteiras. Como qualquer árvore da natureza que necessita de bom terreno para
estender as suas raízes e fazer crescer a sua copa, o escutismo necessita de infraestruturas
humanas capazes de suportar o peso da expansão da juventude e de proliferar ao longo de
gerações, sobrevivendo ao tempo e aos homens. Deste modo, os escuteiros são capazes
de se movimentar em tantos países em praticamente todos os continentes, realizando em
uníssono as práticas de uma mesma conduta, uniformizadas por pequenos núcleos orga-
nizativos e concretizar todos, em conjunto, o sonho herdado de Baden-Powell.
Desde muito cedo que o escutismo se mostrou um movimento juvenil diferente dos de-
mais, começando pelo facto de terem sido os próprios jovens, por organização própria e inspi-
rados pelo «Escutismo para Rapazes», a dar os primeiros passos. Atualmente é o maior movi-
mento juvenil do mundo, contando com mais de 40 milhões escuteiros em mais de 224 países
e territórios. Existem cerca de 165 Associações Escutistas Nacionais, dais quais 130 pertencem
exclusivamente à Organização Mundial do Movimento Escutista (OMME), e as restantes 34
têm afiliação tanto na OMME como na AMGE — Associação Mundial das Guias e Escuteiras.
Em todo o mundo celebra-se a 23 de abril o Dia Mundial do Escutismo, uma data que tam-
bém é marcada pelo dia religioso de São Jorge, elegido por Baden-Powell como o
patrono do Movimento. Aponta a História que foi um soldado romano, vene-
rado como um mártir cristão e imortalizado por ter vencido um
dragão. À imagem do Santo, os escuteiros devem normar as suas
condutas no sentido de entreajuda e união, alicerçadas na força e
coragem para enfrentar os medos e desafios, aliadas ao desejo de
cumprir a vontade de Deus. É com premissa nesta hagiologia que
o movimento escutista desenvolve os seus objetivos edu-
cacionais, que visam orientar os jovens para um virtuoso
desabrochar das suas capacidades físicas, intelectuais, espi-
rituais e sociais em todas as dimensões da pessoa humana,
que se insere em diversos estratos de relação interpessoal,
desde as pequenas comunidades locais às grandes socieda-
des internacionais. Sobre a matéria da educação dos jo-
vens — que no contexto do movimento escutista assume
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Percurso Maria do Céu Guerra Rúben Marques, Falcão Peregrino

uma postura informal — é a OMME que desempenha o papel regulamentador.


A OMME, embora uma organização sem qualquer vínculo político ou governamental, tem
a sua própria Constituição! É por ela que promove o escutismo em todo o mundo, facilita a
sua expansão e preserva e esclarece o seu caráter e princípios. Dada a sua dimensão e neces-
sidade de ação, possui três órgãos que a permite atuar com maior agilidade: a Conferência, o
Comité e o Bureau.
A Conferência Mundial é o conselho deliberativo (ou seja, é quem toma e resolve decisões)
e cujo propósito se centra na difusão do escutismo à escala mundial como movimento uno e
íntegro. Faz parte do seu trabalho facilitar os intercâmbios de ideias e informação, formular
políticas globais, analisar relatórios e recomendações do Comité Mundial e das organizações
membro, conduzir os aspetos formais da OMME como eleições, formulários para filiação,
quotizações, adendas de constituição, etc. Esta Conferência é composta pelas Organizações
Escutistas Nacionais devidamente oficializadas. Cada país só pode oficializar uma Organi-
zação e fazer representar-se por seis delegados. Em Portugal existe a Federação Escutista de
Portugal (FEP), que acolhe o Corpo Nacional de Escutas (CNE) e a Associação de Escoteiros
de Portugal (AEP).
O Comité Mundial é a estrutura executiva e é responsável pela implementação dos acor-
dos da Conferência Mundial bem como pela sua representação mandatária entre reuniões. É
composto por doze membros oriundos de países diferentes e eleitos desfasadamente — isto é,
as suas eleições não se realizam na mesma Conferência e por isso não há uma sincronização na
rotatividade dos seus doze membros — para mandatos de seis anos e para uma representação
escutista além-fronteiras, ilustrando um movimento global concordante com todas as línguas
e diversas culturas que são reunidas num mesmo abraço de Obra Humana que é a aspiração do
Escotismo. A estes juntam-se o secretário geral e o tesoureiro da OMME, assim como os seis
presidentes dos Comités Regionais e os seis Jovens Conselheiros.
O Bureau Mundial é o secretariado da OMME e é composto por elementos remunerados e
espalhados por vários escritórios no mundo. As operações do Bureau são financiadas maiori-
tariamente pelas quotas das Organizações Escutistas Nacionais, mas outros apoios económi-
cos vêm também de fundações, empresas, agências de desenvolvimento e pessoas particulares.
Toda esta estrutura e sua subsequente pode ser melhor entendida pelo diagrama da página
seguinte.
Embora estes três órgãos estejam primária e intimamente ligados à OMME, facilmente se
infere que não são os únicos; o movimento escotista alberga demasiada diversidade para que
seja compartimentado apenas por um trio de comités. A fim de representar as diferentes iden-
tidades que se encontram aglomeradas pela Organização Mundial, diferentes comités são for-
mados de acordo com os seus objetivos e complementaridade, como a Conferência Interna-
cional Católica do Escutismo (CICE), que diz respeito à orientação católica da religião cristã.
A CICE, da qual o CNE faz parte, é um espaço internacional de encontro, reflexão e parti-
lha dedicado aos escuteiros católicos, havendo mesmo um estatuto integrado na OMME. En-
tre outros desígnios, esta Conferência procura desenvolver e fortalecer a dimensão espiritual
no Escutismo, promover uma participação ativa dos escuteiros católicos na missão da Igreja
e facilitar a comunicação entre a Igreja e o Movimento. A complementar estas ações, coopera
também com outras organizações de Escoteiros ou Guias com finalidades para o desenvolvi-
mento espiritual e promove a educação e o diálogo ecuménico e inter-religioso em favor da
paz e da justiça.
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Percurso Maria do Céu Guerra Rúben Marques, Falcão Peregrino

Organização Mundial

Conferência Mundial Comité Mundial Bureau Mundial

Organização Regional

Conferência Regional Comité Regional Bureau Regional

Organização Nacional

Conselho de Conselho Fiscal e


Representantes Junta Central Jurisdicial

Conselho Nacional Plenário Conselho Permanente

Nível Regional

Conselho de Conselho Fiscal e


Representantes Junta Regional Jurisdicial

Conselho Consultivo

Nível de Núcleo

Conselho de Núcleo Junta de Núcleo Conselho Consultivo

Nível Local
(Agrupamentos)

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Percurso Maria do Céu Guerra Rúben Marques, Falcão Peregrino

A Organização Mundial subdivide-se também em seis regiões acomodadas em função da geografia do planeta, contando
também cada região com as suas respetivas Conferências, Comités e Bureaus Regionais. Este mapa ilustra essa distribui-
ção escotista e é de notar que em alguns países (embora poucos, são existentes) proíbem o Movimento.

E no que diz respeito aos escuteiros que compartilham o português como língua materna,
há também um comité que identifica e representa este laço. A 6 de agosto 1995, durante o 18.º
Jamboree que decorreu na Holanda, foi assinada a Carta do Escutismo Lusófono por quatro
organizações escutistas: o Corpo Nacional de Escutas Português, a União dos Escoteiros do
Brasil, o Corpo Nacional de Escutas da Guiné-Bissau e a Associação de Escuteiros de S. Tomé
e Príncipe. Com esta Carta criava-se a Comunidade do Escutismo Lusófono (CEL) no uni-
verso escutista! Passou a ficar assegurada a partilha de informação e experiências, a realização
de projetos comuns e programas educativos e promoveu-se uma voz comum em questões
onde os pontos de vista se coincidiam, fortalecendo a opinião individual num grupo em coro.
Sobretudo, reforçou-se a língua portuguesa como veículo de comunicação intercontinental,
auferindo da OMME a garantia da produção de documentos para português bem como a tra-
dução de atividades.
Atualmente fazem parte da CEL oito países: Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique,
Portugal, Guiné Bissau, S. Tomé e Príncipe e Timor Leste. Destes, apenas Portugal e Brasil
faziam parte da OMME à data da assinatura da Carta, servindo esta também para que os países
usassem da sua influência para que os outros dois signatários pudessem ser reconhecidos pela
OMME com a maior brevidade. A título de curiosidade, dos oito países supralistados, os três
últimos são os mais recentes a ingressarem na Organização Mundial, com entrada oficializada
em 2017, embora registassem atividade há já alguns anos ou mesmo décadas.
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Percurso Maria do Céu Guerra Rúben Marques, Falcão Peregrino

Toda esta estrutura organizativa, que suporta e sustenta a fraternidade escutista em todo o
mundo, unindo continentes e ligando etnias sob uma abóbada de irmandade, é mantida coesa
pela pedagogia investida pelo próprio fundador, Banden-Powell, e constituída por sete ele-
mentos igualmente ponderáveis entre si — o Método Escutista:
»» a Lei e Promessa contém a ideologia fundamental do escutismo;
»» a Mística e Simbologia proporciona um ambiente próprio para cada secção;
»» a Vida na Natureza permite aos jovens confrontarem os seus limites;
»» o Aprender Fazendo traz a solidificação dos conhecimentos adquiridos;
»» o Sistema de Patrulhas motiva à competência, liderança e responsabilidade;
»» o Sistema de Progresso educa para o sucessivo desenvolvimento pessoal;
»» a Relação Educativa incide sobre o desempenho do adulto na formação do jovem.
Mais recentemente, na 41.ª Conferência Mundial que decorreu no Azerbaijão em 2017, foi
resolvido um oitavo elemento que se junta aos prévios sete com a mesma importância e neces-
sidade pedagógica: é o Envolvimento Comunitário e explora o compromisso que o escutismo
tem para com as comunidades, quer locais, quer internacionais.
Este núcleo de formação, ao qual ainda se dá a nomenclatura de 7 Maravilhas do Método,
embora universal e homogéneo em todo o Movimento Escotista, é enriquecido pelos seus
trilhos derivados, como o Escutismo Católico, que pega nesta molécula pedagógica composta
por sete ou oito elementos e coloca-a no centro da sua orientação cristã, fazendo-lhe incidir
uma luz diferente para irradiar um comportamento novo. A missão do CNE sobre a educação
dos jovens parte de um sistema de valores que ajuda a construir um mundo melhor onde as
pessoas se sentem plenas, realizadas enquanto indivíduos únicos mas em seio comunitário,
desempenhando um papel construtivo na sociedade. Em função do Método Escutista, solidifi-
cado na criação de Deus Pai e cristalizado na promessa do Senhor Jesus, cada jovem escuteiro
educa-se para se tornar consciente do Ser, detentor de Saber e preparado para Agir.
Todas estas diferenças convergentes tornam-se elegantemente proeminentes em ativida-
des internacionais. Cada escuteiro leva consigo vivências, desafios e aprendizagens que são
reunidas sob o pano de uma mesma tenda e acomodadas em culturas, geografias e atmosferas
sociais diferentes das habituais. Fazem despertar nos jovens um cómodo desassossego acerca
daquilo que têm vindo a aprender no seu ninho escutista (agrupamento, entenda-se), pois
conhecem novas formas de fazer escutismo e apercebem-se que são, verdadeiramente, um
grãozinho de uma praia maior. Mais do que fazer História nas atividades internacionais (como
a aclamação de Baden-Powell como Chefe Escuta Mundial ou a assinatura da Carta do Escu-
tismo Lusófono), fazem-se histórias, todas elas protagonizadas pelos escuteiros que se sentem
novos e com capacidade de narrar os capítulos das suas vidas.
Esta coalescência de vidas e de histórias, numa simbiose que está para além do artefacto
humano, demonstra não só que o Método Escutista funciona como também parece fazer par-
te, por natureza, da primavera da vida. A molécula pedagógica descoberta por Baden-Powell
mostra-se, a cada atividade internacional, permeável ao tecido da juventude e deixa os seus
protagonistas energizados por uma vibrante capacidade de provocar outros desassossegos nos
outros e a deixar o mundo — tanto o mundo de todos como o mundo de cada um — um pou-
co melhor à sua passagem. Entre outras atividades, podem contar-se o Jamboree Mundial, o
Jota/Joti, o Roverway, o Moot e o ACANAC nos grandes encontros à escala internacional,
este último realizado em solo português.
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Percurso Maria do Céu Guerra Rúben Marques, Falcão Peregrino

Significado do Emblema Escoteiro

Dever
para com Deus

Serviço Obediência
aos outros à Lei

Verdade Conhecimento

As 10 pontas das Laço da


2 estrelas representam Irmandade
os 10 artigos da Lei

Círculo de Corda, denota


Branco: pureza a unidade e irmandade
do Movimento
Roxo: liderança e serviço

Nó Direito, que não se desata,


simboliza a força da unidade e irmandade do Movimento

“ ”
O nosso símbolo tiramo-lo do Ponto Norte dos mapas.
Baden-Powell

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Percurso Maria do Céu Guerra Rúben Marques, Falcão Peregrino

UM OLHAR SUBJETIVO
ATIVIDADES INTERNACIONAIS DUAS SUGESTÕES APRECIATIVAS

E mbora as atividades internacionais sejam potencialmente as que mais possam contribuir


para a formação dos jovens, são também aquelas que mais exigem ponderação por parte
deles e sobretudo dos adultos que os acompanham. Essencialmente, o simples facto de uma
unidade se deslocar para fora do seu ninho escutista rumo a um país diferente e fazer escu-
tismo fora de casa resume confortavelmente a bagagem de coisas boas que estas atividades
trazem, já que daqui se podem inferir diversos benefícios.
Qualquer viagem a um país diferente, sendo por via do escutismo ou não, já é por si só
enriquecedor para um jovem. O contacto com hábitos de vida, comportamentos sociais e cul-
turais diferentes convidam à reflexão da sua presença no seu mundo e na comunidade onde
está inserido. Há diversas formas de fazer uma mesma coisa, e encontrar com quem se possa
contrastar costumes e certezas não se resume a uma atividade comparativa mas opulenta, que
imprime capacidades que o irão permitir relativizar as situações da sua vida adulta, lembran-
do-o que na singularidade de indivíduos há sempre espaço para uma simultaneidade de ações
e pensamentos. Para os jovens mais atentos, preocupados ou interessados, as situações políti-
cas que possam estar a vincar o país que se visita podem igualmente suscitar um despertar na
consciência.
Como o reverso de uma moeda, existem situações menos positivas. Desde as atitudes polí-
ticas, que assim como podem ser boas e dignas de estima também poder ser menos boas e pro-
pícias a deixar marcas de caminho a evitar, às condições normativas que as autoridades tomam
nos portos de embarque e desembarque. Seja por esquecimento ou por desapercebimento, o
porte de objetos pessoais considerados proibidos levam as autoridades a dividir e a revistar o
grupo e a bagagem. Embora um procedimento meramente formal, em adolescestes pode pro-
vocar situações de medo e pânico (situação verídica!). Ademais, estar em solo internacional
implica saber comunicar, e apesar do inglês ser uma língua universal, os interlocutores nem
sempre entendem ou se fazem entender, seja para falta de instrução, seja pelos vícios de lin-
guagem dos respetivos sotaques.
Por fim, falta compreender que, tal como qualquer atividade, é necessária uma logística,
começando esta pela recolha de fundos, já que estas são tendenciosamente mais caras. A uni-
dade terá de laborar por vários meses e mesmo anos (situação verídica!) para que a viagem,
estadia, transportes e alimentação estejam assegurados na atividade internacional. Ao longo
deste tempo, há elementos que podem desistir, fazendo aumentar o custo unitário, ou haver
aumentos no custo do orçamento previsto. O insucesso das iniciativas para a angariação de
fundos também podem acontecer, o que tradicionalmente convida os pais a fazer um esforço
financeiro em favor da atividade. Em paralelo com o plano de logística da atividade, deve
haver um plano secundário que permita prever e resolver as situações que podem aparecer
antes, durante e inclusive depois da atividade internacional.

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Percurso Maria do Céu Guerra Rúben Marques, Falcão Peregrino

UM OLHAR SUBJETIVO
ATIVIDADES INTERNACIONAIS DUAS SUGESTÕES APRECIATIVAS

D e todos os elementos que podemos receber e oferecer por ocasião de uma atividade desta
natureza, com certeza que o património histórico e cultural representam o baricentro
dos interesses. Por um lado a história conta como uma sociedade foi, se desenvolveu, como
chegou até ao presente; por outro, a cultura mostra a forma como se lida com a experiência e
o conhecimento que a história devolve para construir um futuro. Ambas espelham o teor de
uma civilização e quando combinadas tornam-se no nutriente narrativo das sociedades.
Realizar uma atividade internacional sem explorar ao máximo o que estes dois elementos
podem proporcionar seria privar a unidade de uma boa aprendizagem, e a melhor forma de
otimizar a experiência passa por escolher um país cujo destino seja capaz de reunir os referi-
dos patrimónios de forma rica e diferencial quando comparado com Portugal. O Japão é, por
certo, uma boa hipótese, já que se trata de um país de outro continente, situado no oriente e
com uma diversidade muito rica.
A densidade história do Japão converge para o presente uma miríade de atividades e ideais
inspiradores. Desde a lendária educação nipónica à perspicácia a resolver problemas, que são
o motor do desenvolvimento tecnológico do país, e que de certeza não se fica atrás nas ca-
pacidades inteligentes e criativas de fazer escutismo. Muito diferente da Europa ocidental, o
passado asiático guarda registos religiosos (ou mitológicos) muito excêntricos, não obstante o
sepulcral silêncio respeitoso que começa ainda fora dos templos, algo impossível de instruir ao
nosso povo. A exótica cultura que permeia a sociedade por certo também contribuirá para um
enriquecimento sobre a educação escotista, já que entre a intelectualidade organizativa, a hie-
rarquia de comando e a predisposição de interajuda faz dos japoneses líderes em construções,
resolução de problemas e superação de adversidades, seja por ação humana ou da natureza,
como conflitos e catástrofes naturais. Uma atividade internacional neste país incluiria por cer-
to visita a templos sagrados e a antigos dojos, reflexões sob árvores de cerejeira, caminhadas
em percursos referentes à Restauração Meiji e, claro, um grande fogo de conselho.
Portugal é um dos países mais antigos do mundo (ocupa o 12.º lugar), o que proporciona,
neste contexto de patrimónios que se afiguram latentes em ensino e aprendizagem, um gran-
de potencial educativo, já que todos os concelhos têm uma base histórica que pode servir para
atividades escutistas. Desde monumentos a personalidades, de navegações a descobrimentos,
de invasões a conquistas, a herança portuguesa é tão rica que proporciona um aconchego
cultural muito confortável. Se tomarmos o exemplo da receção de escuteiros japoneses, essa
premissa é multiplicada, já que Portugal e Japão compartilham capítulos na sua história, desde
visitas marítimas a missões de cristianização. Uma atividade internacional no seio do nosso
país poderia incluir pernoita em aldeias do xisto, percorrer parte de uma Grande Rota, jogos
em praias fluviais ou castelos, reflexões em mosteiros ou até mesmo na Quinta das Lágrimas,
visita a palácios ou parques naturais como os de Sintra, e um animador fogo de conselho.
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BIBLIOGRAFIA

• https://prezi.com/p/6gcdrwuieps7/dimensao-internacional-do-escutismo/
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• https://correiodominho.pt/cronicas/a-comunidade-do-escutismo-lusofono/9000
• http://viseu.cne-escutismo.pt/programa-educativo
• http://viseu.cne-escutismo.pt/programa-educativo/missao-escutismo
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• https://www.facebook.com/notes/n%C3%B3-direito/o-m%C3%A9todo-escutista-mu-
dou/2044137155648727/
• https://www.lightwaterscouts.org.uk/scout-signs-emblems/
• https://prezi.com/94ps7s24-3bf/organizacao-do-cne/

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