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2022

DISCIPLINAS ESPIRITUAIS,
RESULTADOS SOBRENATURAIS

REDE DE DISCIPULADO
DAVI E EDINEIA VIEIRA

FONTE DE LUZ | BECO BOGARI, 15 – ALEIXO – MANAUS/AM

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INTRODUÇÃO

E
m 2° Coríntios 5. 18, as escrituras afirmam “Ora, tudo isso provém de
Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos
deu o ministério da reconciliação”. Não há nada que possamos fazer
para merecer essa reconciliação com o Pai. Antes disso, estávamos mortos e sem
esperança, foi somente a graça de Cristo que nos proporcionou viver novamente.
Essa graça, porém, não apenas nos salva, mas também nos educa a viver uma vida
com sabedoria, justiça e devoção. - Tito 2. 12.

Sabemos que toda a semeadura consequentemente trará uma colheita, isso é um


princípio imutável em tudo o que fazemos. Uma vida exercendo disciplinas
espirituais inevitavelmente trará resultados sobrenaturais. Porém, sempre devemos
nos lembrar que não há nada que possamos fazer para merecer o amor do Pai.
Nossa disciplina diária em buscar conhecê-lo mais e mais deve apenas expressar
nossa gratidão e amor a Ele.

Que através desde material você possa experimentar, que caminhar diariamente em
intimidade com o Pai não é uma obrigação, mas sim um privilégio que somente os
filhos têm. Para isso fomos reconciliados: para que onde Ele está, estejamos
também.

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I. TOCANDO A ETERNIDADE - ORAÇÃO.

D
urante o ministério de Jesus aqui na Terra, seus discípulos o viram realizar
muitos milagres e maravilhas, mas talvez o que mais os assombrava era a
intimidade que Ele tinha com o Pai quando orava. A Bíblia relata em Lucas
1. 1 que um de seus discípulos pediu - “ensina-nos a orar”, não a curar, não a
pregar, mas a orar, pois quando Jesus orava, era como se tocassem a eternidade.

As escrituras registram, por várias vezes, que Jesus se retirava para orar, mas por
que Jesus orava tanto se era o Filho de Deus? Justamente porque era filho de Deus!
Qualquer filho que tenha um pai amoroso desejaria desfrutar o máximo de tempo
possível com ele. Pela graça da Cruz de Cristo, fomos reconciliados e por meio do
novo e vivo caminho, que é Cristo, temos acesso ao Pai novamente, como afirmam
as escrituras - “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem
feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome”. - João 1. 12

A oração não é algo simplesmente importante, é algo vital para a vida do cristão,
muito mais do que uma obrigação, devemos entender que a oração é um privilégio.
Por meio da oração, os céus invadem Terra, a vontade de Deus se torna conhecida
e a presença do Senhor manifestada entre os homens.

É sociologicamente comprovado que nos pareceremos com quem andamos, a


convivência diária nos trará virtudes ou deficiências daqueles com quem investimos
tempo e intimidade. Quando oramos, caminhamos com Deus, nos alimentamos do
Seu caráter e virtudes, deixamos quem éramos para sermos parecidos com Ele.

Assim como Enoque andou com Deus e desapareceu, que possamos andar com
Deus na intimidade da oração e “desaparecer”, para que quando as pessoas
olharem para nós, só consigam ver a imagem de Cristo.

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II. SAUDADES DO NOIVO - JEJUM.

"Vieram, depois, os discípulos de João e perguntaram a


Jesus: — Por que nós e os fariseus jejuamos muitas
vezes, mas os seus discípulos não jejuam? Jesus
respondeu: — Como podem os convidados para o
casamento estar tristes enquanto o noivo está com eles?
No entanto, virão dias em que o noivo lhes será tirado, e
então eles vão jejuar". - Mateus 9. 14, 15 NAA

"Quando Jesus soube que os fariseus tinham ouvido dizer


que ele fazia e batizava mais discípulos do que João —
se bem que Jesus mesmo não batizava, e sim os seus
discípulos —, deixou a Judeia, retirando-se outra vez para
a Galileia. E era-lhe necessário passar pela região da
Samaria. Assim, Jesus chegou a uma cidade samaritana,
chamada Sicar, perto das terras que Jacó tinha dado a
seu filho José. Ali ficava o poço de Jacó. Cansado da
viagem, Jesus sentou-se junto ao poço. Era por volta do
meio-dia. Nisso veio uma mulher samaritana tirar água.
Jesus lhe disse: — Dê-me um pouco de água. Pois os
seus discípulos tinham ido à cidade comprar alimentos.
Então a mulher samaritana perguntou a Jesus: — Como,
sendo o senhor um judeu, pede água a mim, que sou
mulher samaritana? Ela disse isso porque os judeus não
se dão com os samaritanos. Jesus respondeu: — Se você
conhecesse o dom de Deus e quem é que está lhe
pedindo água para beber, você pediria, e ele lhe daria
água viva. Ao que a mulher respondeu: — O senhor não
tem balde e o poço é fundo. De onde vai conseguir essa
água viva? Por acaso o senhor é maior do que Jacó, o
nosso pai, que nos deu o poço, do qual ele mesmo
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bebeu, assim como os seus filhos e o seu gado? Jesus
respondeu: — Quem beber desta água voltará a ter sede,
mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca
mais terá sede. Pelo contrário, a água que eu lhe der será
nele uma fonte a jorrar para a vida eterna. A mulher lhe
disse: — Senhor, quero que me dê essa água para que
eu não mais tenha sede, nem precise vir aqui buscá-la.
Jesus disse: — Vá, chame o seu marido e volte aqui. Ao
que a mulher respondeu: — Não tenho marido. Então
Jesus disse: — Você tem razão ao dizer que não tem
marido. Porque já teve cinco, e esse que agora tem não é
seu marido. O que você disse é verdade. A mulher então
lhe disse: — Agora eu sei que o senhor é um profeta!
Nossos pais adoravam neste monte, mas vocês dizem
que em Jerusalém é o lugar onde se deve adorar. Jesus
respondeu: — Mulher, acredite no que digo: vem a hora
em que nem neste monte nem em Jerusalém vocês
adorarão o Pai. Vocês adoram o que não conhecem; nós
adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem
dos judeus. Mas vem a hora — e já chegou — em que os
verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em
verdade. Porque são esses que o Pai procura para seus
adoradores. Deus é Espírito, e é necessário que os seus
adoradores o adorem em espírito e em verdade. A mulher
respondeu: — Eu sei que virá o Messias, chamado Cristo.
Quando ele vier, nos anunciará todas as coisas. Então
Jesus disse: — Eu sou o Messias, eu que estou falando
com você. Naquele momento, chegaram os discípulos de
Jesus e se admiraram ao vê-lo falando com uma mulher.
Mas nenhum deles perguntou: “O que você está
querendo?” Ou: “Por que o senhor está falando com ela?”
Quanto à mulher, deixou o seu cântaro, foi à cidade e
disse ao povo: — Venham comigo e vejam um homem

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que me disse tudo o que eu já fiz. Não seria ele, por
acaso, o Cristo? Então saíram da cidade e foram até
onde Jesus estava. Enquanto isso, os discípulos pediam
a Jesus, dizendo: — Mestre, coma! Mas ele lhes disse: —
Tenho para comer uma comida que vocês não conhecem.
Então os discípulos começaram a dizer entre si: — Será
que alguém lhe trouxe algo para comer? Jesus lhes
declarou: — A minha comida consiste em fazer a vontade
daquele que me enviou e realizar a sua obra. Vocês não
dizem que ainda faltam quatro meses até a colheita? Eu,
porém, lhes digo: Levantem os olhos e vejam os campos,
pois estão maduros para a colheita. Quem colhe recebe
desde já a recompensa e ajunta o seu fruto para a vida
eterna, para que se alegrem ao mesmo tempo o que
semeia e o que colhe. Pois, no caso, é verdadeiro o
ditado: “Um é o que semeia, outro é o que colhe.” Eu os
enviei a colher o que vocês não semearam; outros
trabalharam, e vocês aproveitaram o trabalho deles.
Muitos samaritanos daquela cidade creram em Jesus, por
causa do testemunho da mulher, que tinha dito: “Ele me
disse tudo o que eu já fiz.” Quando, pois, os samaritanos
foram até Jesus, pediram-lhe que permanecesse com
eles; e Jesus ficou ali dois dias. Muitos outros creram
nele, por causa da palavra de Jesus. E diziam à mulher:
— Agora não é mais por causa do que você falou que nós
cremos, mas porque nós mesmos ouvimos, e sabemos
que este é verdadeiramente o Salvador do mundo.
Passados dois dias, Jesus saiu dali e foi para a Galileia.
Porque o próprio Jesus testemunhou que um profeta não
tem honra na sua própria terra. Assim, quando chegou à
Galileia, os galileus o receberam, porque viram todas as
coisas que Jesus tinha feito em Jerusalém, por ocasião
da festa, à qual eles também tinham comparecido. Jesus

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foi outra vez a Caná da Galileia, onde tinha transformado
água em vinho. E havia ali um oficial do rei, cujo filho
estava doente em Cafarnaum. Quando ouviu dizer que
Jesus tinha vindo da Judeia para a Galileia, foi até ele e
pediu-lhe que fosse curar o seu filho, que estava
morrendo. Então Jesus lhe disse: — Se vocês não virem
sinais e prodígios, de modo nenhum crerão. O oficial
pediu mais uma vez: — Senhor, venha, antes que o meu
filho morra! Jesus respondeu: — Vá, o seu filho vai viver.
O homem creu na palavra de Jesus e partiu. Quando já
estava a caminho, os seus servos vieram ao encontro
dele, anunciando-lhe que o seu filho estava vivo. Então
perguntou a que horas o seu filho havia se sentido
melhor. Informaram: — Ontem, à uma hora da tarde a
febre o deixou. Com isso, o pai reconheceu que aquela
era precisamente a hora em que Jesus tinha dito a ele: “O
seu filho vai viver.” E ele e toda a sua casa creram. Este
foi o segundo sinal que Jesus fez, depois de ir da Judeia
para a Galileia". - João 4. 1 - 54 NAA

Q
uando Deus estava criando o Éden, antes de formar o homem, Ele já havia
criado todo o sustento de que o homem precisaria para sua sobrevivência.
Deus não esperou que o homem tivesse a fome para suprir sua
necessidade, ou seja, antes da necessidade, Deus já tinha concebido a provisão.

Alimentar-se é a necessidade mais básica do ser humano, quando jejuamos


estamos dizendo a nós mesmos e ao Senhor Jesus que Ele está acima e é mais
importante do que qualquer necessidade, por mais importante que seja.

Quando perguntaram para Jesus, em Mateus 9. 14, 15, o porquê de seus discípulos
não jejuarem, Jesus fez uma alusão a uma festa de casamento, durante a qual os
convidados jejuariam pela momentânea ausência do noivo. O jejum é uma

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declaração de saudades, do noivo e dos céus, é uma disciplina de abrir mão da
nossa vontade para ouvir e atender a vontade de Deus.

Em João capítulo 4, Jesus se encontra com uma mulher, esta lhe traz toda a cidade
para ouvir as palavras do Mestre, os seus discípulos, no entanto, insistiam para que
Jesus parasse o que estava fazendo para comer, então Jesus no versículo 4 lhes diz
- “A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e
realizar a sua obra”. Jesus não estava dizendo que nunca mais precisaria comer,
mas estava dizendo, em outras palavras, que o que O sustentava e supria a sua
necessidade não era a comida natural, mas cumprir a vontade de Deus era seu
sustento e prioridade.

Quando jejuamos, somos fortalecidos para cumprir a vontade de Deus, que é boa,
agradável e perfeita. Jejuamos para dizer que ainda que esse mundo seja
encantador, nossa satisfação plena está em ganhar a Cristo e ser achado nEle.

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III. A VERDADE QUE LIBERTA - LEITURA DA
PALAVRA.

"Conhecerão a verdade, e a verdade os libertará". - João


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E
ncontramos, em vários lugares das Escrituras, o testemunho de como a
Palavra de Deus é fiel e verdadeira. Em João 17. 17, na oração sacerdotal
de Jesus, a Bíblia declara que Ele orou dizendo - “Santifica-os na
verdade; a tua palavra é a verdade”. A mentira nos aprisiona e escraviza, nos
torna reféns de uma ilusão que guia para a morte, porém o conhecimento da
verdade da Palavra tem o poder de nos libertar, transformar e salvar nossa alma.

Paulo em 2° Timóteo 3. 16, 17 afirma que - “Toda a Escritura é inspirada por Deus
e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na
justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado
para toda boa obra”. Quando Paulo diz “para a educação na justiça”, está querendo
dizer que a Palavra de Deus é didática e, por meio dela, recebemos uma nova
mentalidade, para que pela prática sejamos transformados na imagem de Cristo.

O conhecimento da Palavra de Deus nos livra de sermos enganados pelo inimigo


das nossas almas. Jesus, quando estava sendo tentado por Satanás no deserto,
venceu as tentações pelo conhecimento da verdade, destruindo as meias verdades
do inimigo. Paulo em 2º Coríntios 10. 4, 5, chama essas meias verdades de
sofismas, ou seja, uma mentira com aparência de verdade. Por causa disso, é muito
importante não apenas saber o que está escrito, mas de fato conhecer intimamente
a palavra da verdade como um todo, como declara em Salmos 119. 160 - “A soma

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da tua palavra é a verdade, e cada uma das tuas justas ordenanças dura para
sempre”.

A vontade do Pai, não é apenas que sejamos livres, mas que nos tornemos
pregadores desta boa notícia, a verdade que liberta. Assim como acessamos essa
graça por meio da fé, que veio por ouvir a mensagem do Evangelho, que
conheçamos essa verdade, até que sejamos como cartas vivas a todos os que ainda
estão aprisionados na mentira.

“Sem dúvida, vocês são uma carta de Cristo, que


mostra os resultados de nosso trabalho em seu meio,
escrita não com pena e tinta, mas com o Espírito do
Deus vivo, e gravada não em tábuas de pedra, mas em
corações humanos”. - 2° Coríntios 3. 3 NVT

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IV. MENTALIDADE REAL - MEDITAÇÃO.

"Bem-aventurado é aquele que não anda no conselho dos


ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se
assenta na roda dos escarnecedores. Pelo contrário, o
seu prazer está na lei do Senhor, e na sua lei medita de
dia e de noite". - Salmos 1. 1, 2 NAA

"E toda arrogância que se levanta contra o conhecimento


de Deus, e levamos cativo todo pensamento à obediência
de Cristo". - 2° Coríntios 10. 5 NAA

"Guardo a tua palavra no meu coração para não pecar


contra ti". - Salmos 119. 11 NAA

H
á um segredo na meditação da Palavra de Deus como disciplina espiritual
que transcende o âmbito da leitura bíblica somente. Meditar nas
Escrituras, constrói em nós uma mentalidade real, real porque a Palavra é
verdadeira, mas também real, porque transforma a mente de um escravo, na
mentalidade em um filho do Rei.

Essa palavra meditar vem do hebraico “Hagah” que significa: gemer, proferir, falar,
imaginar. Seu significado nos remete a uma ação de refletir, ou buscar entender,
comparando a um processo de “digestão” da palavra de Deus e não cessar de
pensar, como diz o salmista, de dia e de noite. Esse processo de meditar na Bíblia
nos leva a uma firmeza espiritual de convicções, fundamentando cada vez mais
nossa fé no Senhor. Ao fazer isso diariamente, fortalecemos nosso homem interior,
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obedecendo aos mandamentos e princípios bíblicos, que é o manual de vida do
cristão.

Ao passar por situações conflitantes, podemos ter pensamentos que podem ser
confusos e contrários à palavra de Deus. Nesses momentos, nossa alma precisa se
ancorar em algo, um firme fundamento, e é por meio da palavra e lei do Senhor em
nossa mente e coração, que firmamos nosso caminho. O apóstolo Paulo, em 2°
Coríntios 10. 5 nos ensina exatamente sobre essa batalha da mente - “Destruímos
argumentos e toda pretensão que se levanta contra o conhecimento de Deus e
levamos cativo todo pensamento, para torná-lo obediente a Cristo”. O salmista
declara no salmo 119. 11 - “Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar
contra ti”. Podemos até ler a Palavra, mas se não houver uma disciplina de meditar,
refletir nela, facilmente podemos nos esquecer do que lemos. Ao meditarmos, nossa
mente e consciência são transformadas, e a verdade da Palavra se torna um
conosco.

Quanto mais meditamos nas Escrituras, mais conhecemos sobre nosso Pai, e
quanto mais O conhecemos, mais confiaremos no seu caráter e amor, entendendo
que Seus planos para nós são de bem e não de mal.

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V. UM TESOURO IMENSURÁVEL - ADORAÇÃO.

"Mas vem a hora — e já chegou — em que os


verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em
verdade. Porque são esses que o Pai procura para seus
adoradores". - João 4. 23 NAA

"Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento


anuncia as obras das suas mãos". - Salmos 19. 1 NAA

"— O Reino dos Céus é semelhante a um tesouro


escondido no campo, que um homem achou e escondeu.
Então, transbordante de alegria, vai, vende tudo o que
tem e compra aquele campo". - Mateus 13. 44 NAA

N
a história da mulher samaritana junto ao poço de Jacó, no evangelho de
João no capítulo 4, Jesus nos revela o coração do Pai. Ao ser perguntado
sobre qual seria o lugar certo para adorar a Deus, o Senhor responde que
o lugar já não seria importante, mas sim o coração de quem adora. Sabemos que
Deus nunca precisou de adoração, como se Ele tivesse alguma crise de identidade e
precisasse de afirmação, muito pelo contrário, em Salmos 19. 1 as escrituras
declaram - “Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as
obras das suas mãos”. Jesus deixa claro, que o Pai não está à procura de
adoração, Ele está em busca de adoradores.

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A adoração em espírito e em verdade é a resposta que damos à revelação de quem
Deus é, há uma relação entre adorar e conhecer; só poderemos adorá-lo em
verdade, se O conhecermos de verdade.

Em Mateus 13. 44, o Senhor Jesus faz uma ilustração dizendo - “O reino dos céus
é semelhante a um tesouro oculto no campo, o qual certo homem, tendo-o
achado, escondeu. E, transbordante de alegria, vai, vende tudo o que tem e
compra aquele campo”.

Jesus na sua ilustração faz uma comparação: o tesouro valia muito mais do que
tudo o que o homem possuía, pois se fosse equivalente ou tivesse próximo o valor, o
esforço de entregar tudo não valeria tanto a pena, ou seja, o valor deste tesouro é
inestimável. A glória de um reino era medida pelo tesouro que possuía, o tesouro
que Jesus se refere é o próprio Deus, Ele é a glória dos céus, o valor da Sua
presença é inestimável. Não podemos pensar que podemos comprar esse privilégio,
a ilustração sobre vender tudo o que possui fala sobre uma total entrega e devoção.

À medida que conhecemos mais quem é o Pai na revelação do seu amor, adorá-lo
será inevitável, não cantamos porque Ele exige, não ofertamos por ganância, não
nos prostramos e nos rendemos por religiosidade, nós O adoramos porque, ao
conhecê-lo, voluntariamente viveremos uma vida de total rendição e devoção.

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VI. EDIFICANDO UNS AOS OUTROS -
COMUNHÃO.

"Assim, a igreja tinha paz por toda a Judeia, Galileia e


Samaria, edificando-se e caminhando no temor do
Senhor; e, no consolo do Espírito Santo, crescia em
número". - Atos 9. 31 NAA

"O Senhor Deus disse ainda: — Não é bom que o homem


esteja só; farei para ele uma auxiliadora que seja
semelhante a ele". - Gênesis 2. 18 NAA

"Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por


nós; portanto, também nós devemos dar a nossa vida
pelos irmãos". – 1º João 3; 16 NAA

"Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo


naquele que é a cabeça, Cristo, de quem todo o corpo,
bem-ajustado e consolidado pelo auxílio de todas as
juntas, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua
o seu próprio crescimento para a edificação de si mesmo
em amor". - Efésios 4. 15,16 NAA

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E
m Gênesis 2. 18, depois de haver Deus criado todas as coisas disse - " Não
é bom que o homem esteja só; farei para ele alguém que o auxilie e
lhe corresponda". Sabemos que, neste contexto, Deus estava se referindo
a Eva, mas a afirmação de Deus é muito interessante quando diz - "não é bom que
o homem esteja só". Possível até pode ser, mas bom nunca será. A comunhão de
Deus com Adão não seria o suficiente? Ao questionarmos isso, as Escrituras
revelam o propósito completo de Deus. O Pai nos criou para dois níveis de
comunhão: uma na vertical, e uma na horizontal.

Na comunhão vertical, somos chamados à comunhão com o Senhor, como declara


1° Coríntios 1. 9 - “Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados à comunhão de seu
Filho Jesus Cristo, nosso Senhor”., nossa relação com Deus é primordial e
indispensável, mas a prova que o amamos é amar o que Ele ama.

Em Salmos 133. 1, o salmista declara - “Como é bom e agradável quando os


irmãos vivem em união!”. Na comunhão horizontal, com nossos irmãos,
agradamos o coração do Pai. Jesus sendo um Filho amado, sabia o desejo de Deus,
em João 13. 34, 35 Ele diz: "Um novo mandamento dou a vocês: Amem-se uns
aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros. Com isso
todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos
outros". O mandamento de Jesus não é apenas amar, mas amar semelhantemente
como Ele nos amou, entregando a vida. O apóstolo João, conhecido como o
apóstolo do amor, na sua primeira carta, no capítulo 3 e versículo 16 diz - “ Nisto
conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa
vida pelos irmãos”.

Todos os talentos e dons que temos, foi concedido para edificação mútua, como
família espiritual, o desejo do Pai é que, juntos em amor, nos edifiquemos uns aos
outros, para que “Seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele
que é a cabeça, Cristo, de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado
pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o
seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor”. - Efésios 4. 15,
16.

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