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— Na Mesopotâmia, existiam muitas unidades económicas. Os templos não eram apenas locais
destinados ao culto, mas serviam de bancos, guardando-se ali as riquezas que se obtinham das trocas
comerciais que eram feitas com o Irão, Ásia Menor e outros territórios. Eram também a sede do
Governo e da Justiça e o lugar onde os artesãos tinham as suas oficinas, servindo ainda de local de
armazenagem a géneros e rebanhos. Assim, os templos eram os principais centros de atividade
económica.
— No Antigo Egipto, também existiam muitas unidades produtivas pertencendo aos faraós, aos
templos, e outras a entidades particulares. O Estado tinha o monopólio dos óleos, sal, exploração
pública das terras, minas e, ainda, da planificação das culturas de trigo, linho, papiro, etc.
— A Fenícia pode ser considerada como uma civilização em que o comércio atingiu um valor
significativo.
Os Fenícios abasteciam o Egipto de madeira de cedro, e ficaram célebres pelos trabalhos que realizavam
no domínio da tinturaria, conseguindo a cor púrpura que extraíam de um molusco que existia em
grande quantidade nas suas costas marítimas, "o múrex".
Em virtude de a mão-de-obra ser muito abundante e especializada, desenvolveu-se uma economia
baseada no fabrico de produtos em série.
Portanto, com o fabrico de produtos que se destinavam especialmente ao comércio, surgiu a produção
mercantil, originando a economia de mercado, que levou ao aparecimento de comerciantes, os quais
serviam de intermediários nas trocas.
— Na Grécia, em Atenas, Corinto, Mileto e outros territórios existiam grandes centros comerciais e
agrícolas.
As oficinas e as indústrias estavam muito desenvolvidas no séc. V aC havendo construção naval em
Corinto e Atenas, carpinteiros, escultores, pedreiros, joalheiros, pintores, tecelões, canteiros, padeiros,
doceiros, sapateiros, oleiros, etc.
Dr. Álvaro Rodrigues OEAG Módulo 1
Agrupamento de Escolas de Penacova
Ano Letivo 2016/2017
Em Atenas, existiam pequenas oficinas onde os próprios proprietários e seus familiares trabalhavam
ajudados por escravos. Ao lado daquelas havia as grandes empresas, que chegavam a ter ao seu
serviço mais de 100 escravos.
Nos séculos IV e V aC não se utilizavam máquinas mas apenas mecanismos rudimentares, como
alavancas acionadas pela força muscular dos escravos. As indústrias manufatureiras empregavam
escravos e trabalhadores livres mas na indústria extrativa, a mão-de-obra era constituída apenas por
escravos.
O desenvolvimento da economia do mercado levou ao uso da moeda, o "dracma", para facilitar as
transações.
— Em Roma existiam muitas e grandes sociedades, estando as explorações agrícolas muito bem 2
organizadas, havendo até um manual da Administração Agrícola.
Desenvolveu-se o banco e a atividade cambista. O comércio interno dizia respeito principalmente às
transações do trigo, dos óleos, dos vinhos, da cerâmica, dos tecidos, e dos objetos de vidro, que
sofreram grande incremento.
O comércio externo também se desenvolveu imenso, sendo o tráfego principalmente de pedras
preciosas, especiarias, perfumes, sedas da China, marfim e animais selvagens. Todas as transações
eram pagas, normalmente, em ouro mas os Romanos também cunharam uma enorme diversidade de
moedas.
— Na Idade Média, entre a população rural da época, havia vários grupos que tinham diferenças
sociais conforme o modo como estavam ligados à terra. Assim, havia os vilãos, que viviam totalmente
dependentes dos senhores feudais, os donos da terra. Os servos da gleba que trabalhavam as terras
dos "senhores" sem as poderem abandonar, os colonos que trabalhavam terras alheias, etc.
Em número muito inferior aos que se dedicavam à atividade agrícola, existiam aqueles que se
dedicavam a um ofício ou arte — os artesãos. São várias as profissões ligadas ao artesanato, como
sejam: ourives, padeiros, oleiros, alfaiates, ferreiros, sapateiros, etc. No nosso País o artesanato
desenvolveu-se principalmente nas vilas e cidades.
Os indivíduos que se dedicavam a um ofício ou arte tomavam o nome de mesteirais ou artesãos. Estes
encontravam-se organizados por ruas, isto é, estavam arruados, com o fim de vigiarem a qualidade e o
preço dos produtos dos concorrentes, sendo ainda uma maneira de atrair a clientela, que sabia quais
eram as ruas onde podia encontrar aquilo que desejavam.
Provém dessa época, os nomes de algumas ruas, como sejam, por exemplo: Rua dos Sapateiros, Rua
dos Douradores, Rua da Moeda, Rua das Padeiras, etc.
A partir do século XII os artesãos agrupavam-se em confrarias que posteriormente se designam por
corporações de artes e ofícios, associações de trabalhadores do mesmo ramo de atividade de que
faziam parte os mestres de cada arte ou ofício, os oficiais e os aprendizes. Existiam em número muito
limitado e só elas podiam exercer o comércio de natureza familiar e artesanal, tendo no entanto a
obrigação de cuidarem da qualidade dos produtos, nos quais eram fixados marcas e sinetes.
Cada ofício possuía regulamentação à qual tinha de obedecer — o regimento — e ainda o patrono
religioso, o símbolo e a bandeira.
Com os descobrimentos dos Portugueses e dos Espanhóis, o comércio desenvolveu-se e a indústria
substituiu o artesanato.
- Na Idade Moderna verifica-se um rápido desenvolvimento das manufaturas e surge uma corrente
económica — o mercantilismo, que considera que o Estado deve controlar todas as atividades
produtivas e comerciais.
Verifica-se também no século XVI um desenvolvimento considerável das instituições bancárias e das 3
companhias comerciais (sociedades por ações). Da fusão de várias sociedades deste tipo nascem as
Companhias das Índias (holandesas e inglesas).
As atividades mercantis eram orientadas pelo Estado e, devido à prática do comércio, da indústria, da
banca e da navegação, constitui-se uma verdadeira burguesia mercantil muito poderosa.
A partir dos fins do século XVIII e com a descoberta das máquinas a vapor verifica-se um grande
aumento na produção e na atividade comercial em geral. Os negócios floresciam e os homens a eles
ligados continuavam em ascensão, reuniam capitais e fortaleciam-se cada vez mais, montando fábricas,
comprando terrenos e investindo noutras atividades. Cedo tomaram consciência do seu poder, em face
do qual pretenderam a liberdade de comerciar sem a interferência do Estado. Tinha surgido o
Capitalismo.
Uma empresa é um organismo vivo. Tem personalidade, imagem e cultura própria. É constituída por
profissionais com características e habilidades diferentes, mas que, juntos, se complementam em busca
de objetivos e sonhos em comum. Os Valores, a Missão e a Visão sãoelementos que fazem parte do
jeito de ser, que são reflexo da maneira de pensar e que orientam a forma de agir da empresa.É a
vivência prática desses Valores que garantirá uma empresa cada vez mais vitoriosa.
Missão
A missão serve para definir a atividade ou atividades desenvolvidas na empresa, proporcionando uma
visão clara do mercado em que esta se posiciona, dos potenciais clientes e dos competidores.
A missão consiste numa declaração escrita que traduz os ideais e orientações globais da empresa e que
visa difundir o espírito da empresa por todos os seus membros e congregar esforços para a prossecução
dos objetivos gerais.
Para definir uma missão, é necessário indicar os seguintes elementos:
• A Finalidade da empresa
• A Estratégia 4
• Os Padrões
• Os Valores comportamentais
Visão
A visão de uma empresa traduz, de uma forma abrangente, um conjunto de intenções e aspirações para
o futuro, sem concretizar a forma como devem ser atingidas.
A visão significa, resumidamente, saber para onde a empresa se dirige e onde pretende estar no futuro.
A visão usa-se para projetar uma imagem do futuro do que se pretende que a empresa seja, de forma
realista e atrativa.
Ex.º: Ser empresa de referência, reconhecida como a melhor opção por clientes, colaboradores,
comunidade, fornecedores e investidores, pela qualidade dos produtos produzidos e serviços prestados
e pelo exemplar relacionamento com todos os stakeholders.
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FINALIDADES ECONÓMICAS:
A empresa poderá ter várias finalidades económicas; entre elas, poderemos referenciar:
— A continuidade da empresa
— A taxa de rentabilidade
— O crescimento das vendas e dos lucros.
Continuidade
A continuidade de uma empresa sugere estabilidade, e esta, é evidente, depende do modo como ela
é dirigida.
Têm, portanto os dirigentes, ao planificarem a sua atividade, de incluir nos objetivos a atingir uma
continuidade que assentará fundamentalmente em condições económico-financeiras.
Estas condições não são, todavia, suficientes, uma vez que o fator humano é também muito
importante.
Há, por isso, que atender a este pormenor, recrutando pessoal competente e eficiente na execução
das tarefas necessárias à vida da empresa.
Outro fator a ter em conta e que tem grande influência na continuidade da empresa é a aquisição de
instrumentos de trabalho adequados e atualizados para a obtenção do máximo rendimento.
Estes fatores, devidamente organizados e planificados em relação ao futuro, contribuem,
decisivamente, para a continuidade de qualquer unidade produtiva em termos de rentabilidade.
Taxa de rentabilidade
Para que haja rentabilidade é muito importante que se atenda à situação financeira da empresa, isto é,
verificar a capacidade de solvência dos compromissos e encargos tanto presentes como futuros. Para
isso, é necessário determinar o montante do capital próprio e alheio.
A rentabilidade de uma empresa será a taxa com a qual remunera todos os capitais colocados à sua
disposição.
A empresa deve ter sempre presente que uma das suas principais finalidades económicas é a de
conseguir a máxima rentabilidade dos capitais nela investidos.
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A empresa será tanto mais rentável quanto maior for a taxa de rentabilidade.
Conclui-se, portanto, que uma das finalidades económicas de enorme importância para a empresa é
maximizar os lucros.
FINALIDADES SOCIAIS
Ação social
O trabalhador deve conhecer a importância social do seu trabalho, sentindo-se interessado pela sua
tarefa e pelo desenvolvimento da empresa.
Tem direito não apenas a uma remuneração justa, mas também a regalias económicas e sociais de
diferentes espécies, tais como:
— A uma organização de trabalho socialmente dignificante de forma a facultar a sua realização
pessoal.
— À prestação do trabalho em boas condições de higiene e segurança.
— Ao repouso e aos lazeres, a um limite máximo da jornada de trabalho, ao descanso semanal e a
férias pagas.
— À assistência material quando involuntariamente se encontrar em situações de desemprego.
— Ao estabelecimento e atualização do salário mínimo nacional.
— À fixação, a nível nacional, dos limites de duração do trabalho.
— Ao desenvolvimento de centros de repouso e de férias em cooperação com organizações sociais.
— À segurança social, que o protegerá na doença, velhice, invalidez, viuvez e orfandade, bem como no
desemprego e em todas as situações de falta ou diminuição de meios de subsistência ou de capacidade
para o trabalho. (art.° 63.°, n.° 4; CRP).
Uma empresa pode constituir um pólo de atração para os seus trabalhadores se praticar uma perfeita
ação social, pois em geral aqueles escolhem como local de trabalho o que melhor satisfaz as suas
necessidades.
Conclui-se que se pode considerar como finalidades finais ou últimas das empresas o lucro, a produção
de bens materiais e imateriais. Todavia, para conseguir o fim em vista, será necessário atender a
finalidades específicas de ordem económica e social.
Podemos, portanto, definir empresa, considerando o seu carácter social, sem esquecer o aspeto
económico, da seguinte maneira:
É o conjunto de homens que utilizam, da melhor maneira possível, um determinado capital-
técnico, sob a direção de outros homens, devendo estes oferecer-lhes uma vida material e
moral dignas da condição humana.
Todas estas são razões que, por certo, justificam a elaboração de um código de boa conduta. Contudo,
para a empresa, a principal justificação para a introdução de um código ético está entre as razões de
ordem geral e as outras razões apontadas, entre responsabilidade da empresa face aos seus membros e
à sociedade. Daí que muitos líderes se tenham vindo a aperceber, atendendo ao bem comum, da
conveniência da autorregulação das condutas nas suas empresas, o que se traduz numa perceção dos
códigos éticos como um instrumento privilegiado para ajudar a resolver dilemas individuais ou da
organização, relativamente a conflitos de interesses entre diferentes "corpos" da empresa
(colaboradores, acionistas, departamentos).
Qualidade
Setor de atividade;
Critério Económico;
Forma de propriedade;
Dimensão;
Aspeto jurídico.
Critério Económico
Empresa Empresa
industrial comercial
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Critério da dimensão
O tecido empresarial português caracteriza-se pela predominância das empresas de
pequena dimensão. Das 159 047 empresas existentes, 78% têm menos de 10 trabalhadores.
Tomando como base este critério, as empresas classificam-se segundo o número total 15
de trabalhadores que se encontram ao seu serviço, assim:
NUMERO DE
DIMENSÃO DA EMPRESA
TRABALHADORES
Ex.: O "Continente" é
uma grande empresa
Entre 50 e 250
trabalhadores
Ex.: O Novo Mundo Supermercados, S.A. tem 150 trabalhadores. É uma média empresa.
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Em resumo:
Os limites que classificam uma empresa como sendo micro, pequena ou média são os que constam no
texto seguinte:
De acordo com a Recomendação 2003/361/CE, a Comissão Europeia adotou uma nova definição de
microempresas, de pequenas e de médias empresas, com o objetivo de promover o espírito empresarial,
incentivar o investimento e o crescimento, reduzir os encargos administrativos e aumentar a segurança
jurídica.
Esta definição considerará os seguintes limiares aplicáveis às PME:
Categoria N.° de Trabalhadores Volume de Negócios
Média Empresa < 250 < € 43 milhões
Pequena Empresa < 50 < € 10 milhões
Microempresa < 10 < € 2 milhões
Critério Jurídico
As empresas podem também classificar-se segundo o seu regime jurídico, daí que, na sua
classificação, se utilize o Código Comercial e o Código das Sociedades Comerciais. Uma vez que se utiliza
alguma linguagem própria para a classificação jurídica de empresas, torna-se necessário conhecer alguns
conceitos essenciais. Assim, define-se capital social, património e órgãos sociais para que possa
reproduzir devidamente os critérios adotados.
Os órgãos sociais de uma empresa representam os vários conjuntos de pessoas (ou uma só
pessoa) ou entidades que tomam decisões de direção, fiscalização e de gestão da empresa.
2— As sociedades comerciais.
O Código Comercial vai mais longe e refere que os comerciantes são obrigados a adoptar uma
firma.
Normalmente, as empresas, aquando do registo da firma, indicam pelo menos três nomes
alternativos diferentes, para o caso de o primeiro já existir na área considerada.
A — Empresas singulares;
B — Empresas colectivas;
C — Cooperativas.
A — Empresas Singulares
A.1 — Comerciante em nome individual
A personalidade jurídica duma empresa singular confunde-se com a do seu proprietário. Este
assume responsabilidade ilimitada perante terceiros (credores) e, em caso de falência, responde com
todos os bens que integram o seu património (comercial e individual).
Características principais:
A firma do comerciante em nome individual é composta por nome civil (completo ou abreviado)
acrescido ou não do objecto de atividade.
Exemplos de firmas:
Uma empresa pode adoptar uma firma e ter uma denominação comercial simultaneamente.
Características principais:
B — Empresas COLETIVAS
As sociedades, consoante o grau de responsabilidade dos seus associados, revestem-se de
diferentes formas:
As sociedades gozam de personalidade jurídica e por isso são regidas por um contrato — O
Contrato de Sociedade (ou Pacto Social) — Art. 9.°.
A estas sociedades aplicam-se as normas relativas às sociedades por quotas, salvo as que
pressupõem a pluralidade de sócios.
Responsabilidade
Neste tipo de sociedade a responsabilidade do sócio encontra-se limitada ao montante do capital
social.
Capital
O capital social não pode ser inferior a 1 euro mas o normal é ser muito maior.
Firma
A firma destas sociedades deve ser formada pela expressão “sociedade unipessoal” ou pela
O tipo de sociedade aqui referido caiu em desuso em Portugal por não apresentar as vantagens
de outras formas jurídicas quanto à responsabilidade. É, por isso, muito pouco utilizada.
Caraterísticas principais:
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Assenta na mútua confiança dos sócios;
Caraterísticas principais:
Responsabilidade mista: limitada para os sócios comanditários; ilimitada para os
sócios comanditados;
Estamos perante o tipo de sociedade mais vulgar. Trata-se de uma sociedade mista de pessoas
e de capitais.
Caraterísticas principais:
Composta pelo nome de todos, Formada por uma expressão Formada pela firma-nome e por
alguns ou só um dos sócios. que faz alusão ao objecto de uma expressão que faz referência
Ex.: Joaquim Miranda actividade. Ex.: 0 Lavagante ao objecto de actividade. Ex.: Raul
Campelo & F.°s, Lda. — Peixaria, Lda. &João — Ourivesaria, Lda.
Caraterísticas principais:
Capital, dividido em ações, não inferior a 50 000,00€;
Valor nominal mínimo de um cêntimo por cada acção;
Número de accionistas nunca inferior a 5 (salvo se a lei o dispense);
Responsabilidade, perante dívidas, limitada ao valor das ações subscritas;
Não são admitidas contribuições de indústria;
Composta por três órgãos sociais: Assembleia Geral, Conselho de Administração e
Conselho Fiscal.
Nas sociedades anónimas existem três órgãos sociais com desempenhos e poderes
distintos: 23
Conselho de
Assembleia geral Conselho Fiscal
Administração
Equipa eleita pela Assembleia
Accionistas da empresa ou Três membros eleitos em As-
Composição Geral e constituída por n.°
seus representantes. sembleia Geral.
ímpar de elementos.
Fiscalizar e examinar a escrita.
Gerir (administrar) a empresa.
Discutir, modificar e aprovar o Verificar o cumprimento dos
Proceder à elaboração do rela-
relatório de contas. estatutos (pacto social).
tório de contas anual.
Substituir Administradores e Emitir um parecer sobre o
Funções Prestar garantias pessoais ou
membros do Conselho Fiscal; Balanço, a Demonstração de
reais pela sociedade.
Decidir sobre a aplicação a Resultados e o Relatório de
Pode modificar a organização da
dar aos lucros obtidos. Gestão e verificar a sua exac-
empresa e mudança de capital.
tidão.
C — COOPERATIVAS
Uma Cooperativa é uma associação de pessoas com livre constituição, isto é, admite
sempre novos associados, os quais contribuem com bens e serviços para a realização da sua
atividade.
Tal como as sociedades, anteriormente referidas, as cooperativas obedecem a
determinadas regras:
Caraterísticas principais:
Entrada mínima de 100,00€ por cada associado, sendo cada título com valor
superior ou igual a 5,00€
Pelo menos 10% dos títulos subscritos têm de ser realizados em numerário;
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A denominação social deve ser seguida de uma das seguintes expressões: C.R.L.;
UCRL; CCRL; FCRL.
• Os objetivos pessoais
• As motivações
Assegurar a vontade de • As competências
constituir a empresa e • Os recursos disponíveis
analisar: • A formação
• A saúde
• A disponibilidade
• Complementando a formação
Eliminando outras dedicações
Compensar as deficiências e
as limitações:
2 - ELABORAÇÃO DO PROJETO
0 projeto trata-se, pois, de um estudo da viabilidade da empresa nos seus vários aspetos:
• As alternativas de localização
• As opções tecnológicas 25
• Objeto do estudo
• Mercado
• Política de aprovisionamentos
• Plano de investimento
• Plano de financiamento
Plano de Investimento
Identificação dos meios e o seu valor:
Materiais 74 819,68
Plano de Financiamento
Descriminação Euros
Subsídio 74 819,68
Vamos ver pormenorizadamente cada passo, desde a escolha do tipo de empresa até à
legalização dos livros obrigatórios.
28
O doc. 2 dá origem ao Cartão de identificação de Pessoa Coletiva provisório, que deve requerer-se
no prazo de 30 dias após o pedido de admissibilidade:
29
— Outros.
30
De seguida poderás analisar uma escritura pública simulada, de uma empresa que foi constituída
por alunos.
No dia dez de novembro de dois mil e quinze, no Terceiro Cartório Notarial de Loures, perante mim, o
Notário do mesmo, Licenciado, Paulo Alexandre Carigo Zenida, compareceram como outorgantes:
PRIMEIRO - Ana Margarida Rosa Santos, natural de Lisboa, solteira, maior, residente na Rua das
Paivas, doze, 1.° Dto. - Loures, contribuinte fiscal n.° 118565656.
SEGUNDO - Ângela de Lurdes Moreira Duarte, natural de Lisboa, solteira, maior, residente na Rua
Vasco da Gama, 38, Loures, contribuinte fiscal n.° 136789456.
TERCEIRO - Diogo João Cocharra Saramago Ferreira, natural de Loures, solteiro, maior, residente 31
na Avenida Poeta da Nova Geração, n.° 56, Loures, contribuinte fiscal n.° 145689546. (...)
Verifiquei a identidade dos outorgantes por exibição dos respetivos bilhetes de identidade, todos emitidos
pelo arquivo de identificação de Lisboa.
E disseram: Que entre si celebram um contrato de sociedade comercial anónima, o qual se vai reger
nos termos constantes dos artigos seguintes:
CAPÍTULO I
ARTIGO 1.°
ARTIGO 2°
1 - A sociedade tem por objeto a venda de produtos de papelaria e livraria, artigos e consumíveis de
escritório e serviços de cópia.
2 - Por deliberação da assembleia geral, pode a sociedade participar no capital de outras sociedades,
constituídas ou a constituir, agrupamentos complementares de empresas, consórcios e outras formas de
associação, qualquer que seja o seu objeto social, assim como em todas elas adquirir e alienar
participações.
CAPÍTULO II
1- O capital social, inteiramente subscrito e realizado, é de 80 000,00€, dividido em ações de 5,00€ cada
e representado por títulos de 1000 ações.
2 - Todas as ações correspondentes ao capital social atual serão nominativas, sem prejuízo de, em futuras
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emissões, poderem ser emitidas ao portador.
………
CAPÍTULO III
Órgãos Sociais
ARTIGO 6.°
Os órgãos sociais são a assembleia geral, o conselho de administração e o conselho fiscal.
ARTIGO 7º
A duração do mandato dos órgãos sociais é de dois anos.
……..
32
CAPÍTULO IV
Assembleia geral
ARTIGO 9o
1 - A assembleia geral é constituída por todos os acionistas que tenham as suas ações averbadas ou
depositadas, com a antecedência mínima de cinco dias do designado para a realização da assembleia, em
primeira convocação.
………
ARTIGO 10°
A mesa da assembleia geral é constituída por um presidente e três secretários, eleitos dentre acionistas.
…………….
ARTIGO 12.°
Para que a assembleia geral possa funcionar devem estar presentes acionistas que representem, pelo menos,
50% do capital social.
CAPÍTULO V
Conselho de administração
ARTIGO 13.°
1- O conselho de administração é composto por três, cinco ou sete membros eleitos pela assembleia
geral, com dispensa de caução, devendo reunir, pelo menos, uma vez por semestre.
…….
CAPÍTULO VI
Conselho fiscal
ARTIGO 15°
1- O conselho fiscal é constituído por quatro membros efetivos e dois suplentes, eleitos pela assembleia
geral de entre os acionistas.
2 - A assembleia geral, ao proceder à eleição do conselho fiscal, deve designar o membro
deste órgão que exercerá o lugar de presidente.
33
………………..
CAPÍTULO VIII
Dissolução e liquidação
ARTIGO 19°
A sociedade dissolve-se nos termos da lei e por deliberação da assembleia geral, sendo, neste caso, exigida
a maioria de três quartos dos votos correspondentes à totalidade do capital social.
Assim o disseram.
Adverti os outorgantes da obrigatoriedade de requererem, no prazo de noventa dias a partir de hoje, na
competente Conservatória o registo do ato titulado por esta escritura.
Foram exibidos: a) certificado de admissibilidade passado pelo Registo Nacional de Pessoas Coletivas da
firma adotada aos treze de Outubro de dois mil e quinze; b) duplicado da guia de depósito do montante do
capital depositado no banco terceiro Milénio, Sociedade Anónima, Agência de Loures, datado de 2 de
Novembro do corrente ano.
Foi feita, em voz alta, aos outorgantes e na presença simultânea de todos a leitura e explicação do conteúdo
desta escritura.
Assim, a escritura é publicada no Diário da República ou noutro jornal de grande tiragem através
da Conservatória do Registo Comercial da área da empresa, pelo que se preenche o seguinte
documento (doc.5):
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35
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Deste modo as informações serão armazenadas mais rapidamente nos ficheiros centrais.
A inscrição do contribuinte (entidade patronal) será feita pela entidade patronal no prazo de 30
dias a contar do início de atividade, através do seguinte modelo (doc. 9):
Atualmente foi criada uma alternativa a todo este processo burocrático e moroso de legalização
de uma empresa.
É chamado o Cadastro Único acompanhado da emissão de um cartão eletrónico do contribuinte a
que se associa o chamado programa “Empresa na Hora”.
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12 – Legalizar os livros obrigatórios
Existem outros livros facultativos mas que, pela sua utilidade, devem ser escriturados
pelas sociedades e que são:
Os livros obrigatórios a que se refere o Art. 31.° do Código Comercial, estão sujeitos a
determinadas formalidades legais externas, as quais tem como objetivo garantir a autenticidade
da escrituração.
Declaração de matrícula
Apenas os livros de Inventário e Balanços e Diário estão sujeitos à declaração de matrícula.
Este procedimento é efetuado na Conservatória do Registo Comercial da sede da empresa.
A declaração de matrícula é efetuada no canto superior esquerdo de cada livro, através de um
carimbo com o seguinte texto:
A Ajudante
……………………………
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4 - IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO
Nesta fase, há que colocar em prática o projeto realizado na 2.ª fase e consiste em:
5 – INÍCIO DA ATIVIDADE
Os dados estão lançados, chegou a hora do início das atividades correntes da empresa.
Execução
Gestão Organização
Direcção
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ORGANIZAÇÃO/ATIVIDADE
Ao longo dos tempos as doutrinas sobre organização das empresas passaram por três
fases:
- Fase TEOCRÁTICA - Entende-se que a autoridade atribuída a uma pessoa ou a uma
organização social vem de Deus.
- Fase CIENTÍFICA - Surge nos finais do Séc. XIX . É nesta altura que se começa a
encarar a organização sob o ponto de vista científico. Aparecem, assim, três orientações distintas:
- Orientação RACIONALISTA.
- Orientação PSICOSSOCIOLÓGICA.
- Orientação INTEGRADA.
Por dominação - Quando uma das partes usa o seu poder para impor à outra o
seu ponto de vista.
Por transigência - Em que ambas as partes, abdicando em parte dos seus pontos
de vista, chegam a um consenso, evitando conflitos.
FAYOL
Dividiu o conjunto das operações de toda a empresa em seis grupos:
- Operações Técnicas: Produção, Fabricação, Transformação.
- Operações Comerciais: Compras, Vendas, Trocas.
- Operações Financeiras: Procura e gestão de capitais financeiros.
- Operações de Segurança: Protecção de pessoas e bens relacionados com a
empresa.
- Operações de Contabilidade: Tudo o que está relacionado com os registos e
análise das alterações patrimoniais verificadas.
- Operações Administrativas: Previsão, Organização, Coordenação e Controlo de
todas as actividades relacionadas com a empresa.
Fayol deu especial atenção às Operações Administrativas. Neste contexto enunciou, como
imprescindíveis, os seguintes princípios de organização:
Divisão do Trabalho - Este princípio é antiquíssimo mas tem evoluído ao longo da
História de acordo com a evolução das tecnologias
produtivas. Assim da divisão natural do trabalho baseada no sexo e na idade, passou-se à
divisão social do trabalho baseada nas profissões e ofícios que cada um desempenhava até
chegar à atual divisão técnica do trabalho que surgiu com a Revolução Industrial e se tem
aperfeiçoado ao longo dos tempos (hoje também se fala da divisão internacional do trabalho
como consequência de todo o processo de globalização que temos vindo a assistir).
A divisão técnica do trabalho consiste na divisão de toda a actividade produtiva em
operações específicas e normalmente fáceis de executar que são levadas a cabo por operários
especializados nessa tarefa. A divisão técnica do trabalho permite: - Aumentar a produção;
- Economizar e reduzir os esforços;
- Reduzir substancialmente os custos de produção.
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A divisão Técnica do Trabalho pode ser feita horizontalmente ou verticalmente.
A divisão horizontal consiste em parcelar cada trabalho em partes complementares sendo
cada uma desempenhada por um operário. Assim é normal um deles iniciar o trabalho que vai
passando por vários outros que acrescentam uma ou mais partes até chegar a um último que o
completa.
A divisão vertical do trabalho consiste na decomposição ou subdivisão de certas tarefas
tornando mais simples e menos complexas as atribuições de cada órgão ou entidade. Exº As
tarefas governativas do 1º Ministro são subdivididas pelos diferentes Ministros que por sua vez as
decompõem por vários Secretários de Estado e estes, por sua vez, frequentemente por
Subsecretários de Estado. 44
É por ser praticamente impossível aplicar a Unidade de Mando que Taylor a vai contestar e
contrapor a este o princípio da Especialização de que falaremos mais adiante.
TAYLOR
Taylor estudou o trabalho dos operários com vista à sua metodização e modernização e
considerou os seguintes princípios:
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- Promoção da investigação científica na empresa;
- Selecção e preparação dos trabalhadores para a realização do trabalho no qual revelem
mais aptidão, capacidade e tendência;
- Cooperação e colaboração entre a direcção e os trabalhadores;
- Distribuição do trabalho por vários serviços, de acordo com o princípio da
Especialização.
A especialização pode ser entendida como a concentração do esforço num campo restrito
de actividades e, normalmente, é considerada uma consequência da divisão do trabalho.
A necessidade de especialização é incontestável nos nossos dias, constituindo disso prova
significativa as exigências que são enumeradas para a admissão de indivíduos numa organização. 46
Outro exemplo significativo são as constantes e continuadas subdivisões e especializações dentro
das diferentes ciências. Por exº: - Os diferentes e crescentes ramos da Medicina;
- O constante "nascimento" de novas Ciências Sociais;
- A crescente especialização dos advogados;
- Etc. .
FORD
Henry Ford, o fundador da Fábrica de automóveis Ford, enunciou os seguintes princípios de
organização:
- Produção em série;
- Produtividade máxima - A capacidade produtiva de cada trabalhador deve crescer
continuamente;
- Intensificação - A produção em série provocará um aumento do ritmo de produção com a
diminuição progressiva do tempo de fabrico;
- Economicidade - O aumento da produtividade do trabalho leva, necessariamente, à
diminuição dos custos de produção.
Segundo FORD, a produção em série, que foi o seu grande contributo, exige:
- A identificação das operações que se repetem;
- A aglutinação das operações, sempre que possível;
- A sua realização, numa sequência tal que permita, por um lado, o mínimo tempo de
fabrico e, por outro lado, a proximidade cada vez maior do produto em fabricação com o produto
acabado.
ESTRUTURA DA EMPRESA
Entende-se por estrutura as relações existentes entre os vários órgãos da empresa e,
também, as ligações hierárquicas que se verificam entre os chefes que se encontram em níveis
hierárquicos diferentes.
A empresa deve reunir e relacionar os seus órgãos de uma forma coerente.
A estrutura empresarial deve procurar que os seus componentes se encontrem
devidamente articulados, não permitindo a confusão mas gozando, no entanto, da flexibilidade
necessária para que a empresa possa evoluir.
Dr. Álvaro Rodrigues TTG Módulo 11
Agrupamento de Escolas de Penacova
Ano Letivo 2015/2016
Para definir a estrutura adequada a cada empresa é necessário determinar:
- O que irá produzir?
- Qual o local de instalação que mais lhe convém?
- Onde se irá abastecer?
- Como irá satisfazer os seus Clientes?
- Quantos serão os órgãos e funções a criar?
- Qual a sua dimensão?
- Como fazer a articulação entre os serviços criados?
- Quantos centros de decisão vão funcionar?
- Qual a qualidade do pessoal? 47
Depois de ter respostas a estas e, eventualmente, outras questões começam-se a definir as
ligações entre os diferentes órgãos da empresa entretanto criados.
Estas ligações podem ser de vários tipos:
1ª - Ligações de Autoridade
a) - Ligações Hierárquicas;
b) - Ligações Funcionais;
c) - Ligações de "Estado Maior";
2ª - Ligações de Controlo;
3ª - Ligações de Representação;
4ª - Ligações de Cooperação.
1ª a) Ligações Hierárquicas - Ligações que têm de ser aceites por todos os membros da
empresa e que se encontram fixadas em regulamentos de carácter interno. A sua representação
faz-se por linhas verticais que vão desde o 1º nível hierárquico (o topo - normalmente, Diretor
Geral) até à base que são os executantes que têm por missão obedecer às ordens diretivas.
b) Ligações Funcionais - Ligações em que a autoridade é indireta e a responsabilidade é
especializada. Há, assim, serviços funcionais que têm uma hierarquia autónoma dentro da sua
própria organização.
São os serviços funcionais que preparam as decisões dos dirigentes e que fazem a previsão
do desenvolvimento das atividades que mais tarde serão realizadas.
c) Ligações de "Estado Maior" - Estas ligações têm uma autoridade delegada, visto que
não intervêm em seu próprio nome, mas sim em representação da direcção ou da gestão. É o
exemplo dos secretariados de direcção que dão as ordens em representação da direcção.
As pessoas escolhidas para este cargo não podem ser autoritárias, mas boas diplomatas,
não podendo em caso algum considerarem-se elas próprias os dirigentes.
48
É o chamado "Negócio de um só Homem".
VANTAGENS DESVANTAGENS
- O empresário gere o negócio com o - A empresa está ligada ao empresário
maior interesse pois só ele beneficia dos ficando seriamente afectada com a doença ou
lucros. a morte deste.
ESTRUTURA LINEAR
Foi defendida por Fayol (baseada nas instituições militares). Verifica-se que:
- É confiada ao nível mais alto da hierarquia toda a decisão complexa.
- É ao director que compete tomar decisões e responsabilizar-se pela execução das
mesmas.
- Existe o agrupamento das células de trabalho em grandes funções (Produção;
Comercialização; Financeira, etc..)
- A ligação entre os chefes e os subordinados é de tipo hierárquico.
- Existe unidade de mando.
- Está centralizada no topo a tomada de decisões.
- É reduzido o número de níveis de mando.
Dr. Álvaro Rodrigues TTG Módulo 11
Agrupamento de Escolas de Penacova
Ano Letivo 2015/2016
VANTAGENS DESVANTAGENS
- A direcção goza de grande autoridade. - Um só indivíduo é responsável por
- A autoridade hierárquica é perfeitamente todo o funcionamento da empresa.
evidente o que facilita a comunicação. - A colaboração entre os diferentes
- As actividades apresentam uma coordenação serviços é difícil, o que põe em causa o
perfeita. desenvolvimento da empresa.
- A disciplina mantém-se com facilidade já que as - Grande dependência dos quadros face
responsabilidades estão bem definidas. à Direcção. 49
- As decisões podem ser tomadas rapidamente.
ESTRUTURA FUNCIONAL
Foi defendida por Taylor e assenta em:
- Especialização das funções.
- Falta de unidade de mando.
- Competência especializada de comando, havendo em cada escalão hierárquico
vários chefes especializados que dirigem os subordinados, os quais recebem ordens de todos ao
mesmo tempo - Princípio de AUTORIDADE NA ESPECIALIDADE.
VANTAGENS DESVANTAGENS
- Facilidade de especialização. - Acção disciplinar muito dificultada.
- Simplicidade no sistema global de - Dificuldade por parte dos executantes em
controlo. saber onde acaba e começa a competência dos
- Separação nítida entre o trabalho chefes, o que requer um elevado grau de
mental e de execução. compreensão.
- Máxima divisão do trabalho. - Necessidade de um trabalho prévio de
- Facilidade de encontrar especialistas coordenação entre os diversos chefes especialistas
para o desempenho das diversas tarefas para procurarem evitar conflitos de autoridade.
especializadas.
Nesta estrutura, existem os serviços hierárquicos próprios da estrutura Linear, aos quais
compete a tomada de decisões e a execução do trabalho (LINE) e existem serviços funcionais -
órgãos de apoio (STAFF) que têm por obrigação preparar as decisões, reunir e tratar as
informações.
Características:
- Os quadros hierárquicos têm a responsabilidade de comando.
Nota: Chama-se célula elementar de trabalho à parte de uma empresa que se compõe de
um homem ou de um grupo de homens cuja actividade se caracteriza por:
a) - Uma função a preencher.
b) - Uma técnica a executar. 50
c) - Uma quantidade de trabalho realizado - determinada pela competência e
rendimento.
VANTAGENS DESVANTAGENS
- As decisões são - Os serviços podem ser muito numerosos o que torna a estrutura bastante
preparadas por dispendiosa.
especialistas. - As comunicações tornam-se mais lentas que na estrutura Linear já que,
- As técnicas são muitas vezes, é necessário consultar o Staff.
diversificadas. - As funções hierárquicas (Line) podem confundir-se com as funcionais
- Os escalões (Staff).
hierárquicos existem em - Os subordinados frequentemente acabam por reconhecer maior
menor número do que competência nos orgãos de apoio (Staff) o que pode originar tentativas de
na simples estrutura usurpar o poder do chefe hierárquico (Line) por parte dos Staff.
Linear. - Os chefes hierárquicos, muitas vezes, para fazer vincar o seu poder
- As responsabilidades tomam decisões sem consultar o Staff.
são facilmente - O Staff pode negligenciar a sua acção se verificar que o seu trabalho não
evidenciadas. é reconhecido nem levado em linha de conta.
VANTAGENS DESVANTAGENS
- Provoca o desenvolvimento da empresa. - Requer maior número de quadros superiores.
- Torna possível a diversificação de tarefas. - Exige que a direcção seja muito forte.
- Motiva os quadros superiores. - Implica uma diluição de autoridade, o que leva a
- Patenteia as responsabilidades. uma diluição de responsabilidades.
- Reduz o número de escalões hierárquicos.
D . Pro d uç ã o D . C o me rc . D . A d min. D . Pe s s o a l
D i re c . G e ra l
de
D i re c .
Pe s s o a l A d m.