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UAV Flying Wing Design by 3D Printing Ba
UAV Flying Wing Design by 3D Printing Ba
____________________________________________________
Prof. Orientador de TCC – Dr. Wanderley Ferreira de Amorim Júnior
Instituição - UFCG
____________________________________________________
Prof. Co-orientador de TCC – Dr. Enivaldo Santos Barbosa
Instituição - UFCG
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Prof. Convidado – Dr. Antônio Gilson Barbosa de Lima
Instituição - UFCG
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Prof. Convidado – Dr. Carlos José de Araújo
Instituição - UFCG
Dedico esse trabalho de conclusão de curso aos meus pais, Valdir e Josefa, que sempre
me deram todo o apoio, força e dedicação me ensinando a ter fé, paciência e força de vontade
para superar todos os desafios que a vida me impôs.
AGRADECIMENTOS
A Deus, pois toda a sabedoria e inspiração vem dele e somente ele é capaz de nos dá aquilo
que nós realmente precisamos no momento de maior necessidade.
A meus pais por todo apoio e dedicação e por ver nos seus olhos toda a felicidade a cada
conquista minha e em saber que para eles essa conquista também é deles.
Às minhas irmãs Flávia e Dayane por estarem presente incentivando e apoiando sempre que
eu precisei.
A minha linda noiva, Bruna Kalíuma, por estar sempre ao meu lado em todos os momentos
apoiando desde os projetos mais simples até os mais cansativos, me fazendo acreditar que no
final vai valer a pena, escutando horas e horas de um assunto que ela mesmo afirma não
entender mas que mesmo assim escuta só para me dá a devida atenção.
Aos meus amigos, que sempre estavam presentes discutindo sobre os mais diversos assuntos,
compartilhando conhecimento ou apenas jogando conversa fora depois de um dia cansativo de
estudos.
Aos professores que cada um à sua maneira soube passar o conhecimento e motivar o
aprendizado.
Ao professor Raimundo Nonato, juntamente com os colegas de curso que participam da
competição SAE aerodesign, que abriu portas para o estudo de CFD e aerodinâmica de onde
eu pude colher muito aprendizado.
Aos meus orientadores, o professor Wanderley por ser um grande motivador e isso ter sido
fundamental para os resultados do trabalho e o professor Enivaldo pelas boas conversas a
respeito de CFD. Ao Núcleo de Tecnologias Estratégicas em Saúde da Universidade Estadual
da Paraíba e ao colega de curso Caio Gonzaga que construiu as peças.
“Ora, no tocante às coisas sacrificadas aos ídolos, sabemos que todos
temos ciência. A ciência incha, mas o amor edifica. E, se alguém
cuida saber alguma coisa, ainda não sabe como convém saber. Mas,
se alguém ama a Deus, esse é conhecido dele”.
I Coríntios 8:1-3
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO………………………………………………………………………………………...1
1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA …………………………………………………..……………...3
1.1 VANT de observação em projetos de VANTs ……………….…………………….………….…3
1.1.1 Classificação dos VANTs…………………………………………….…………………...……....3
1.1.2 Gráfico de tendência para aplicação………………………………...………………..………….4
1.2 Introdução à aerodinâmica ………………………………………………………….….…….…..4
1.2.1 Parâmetros admensionais de maior interesse em aerodinâmica ………………….………….…4
1.2.1.1 Número de Reynolds………………………………………………………………...…………..5
1.2.1.2 Número de Mach…………………………………………………...………………..……….….5
1.2.2 Teoria do perfil aerodinâmico……………………………………………………….………….5
1.2.2.1 Seleção e desempenho de um perfil aerodinâmico ………………...……....………..……….….6
1.2.2.2 Forças aerodinâmicas e momentos em perfis……………………...……………………….…..9
1.2.2.3 Centro de pressão e centro aerodinâmico do perfil……….………….…………….………..…9
1.2.2.4 Efeito da variação dos parâmetros geométricos ……………………………………………...11
1.2.3 Asa de envergadura finita……………………………………………...……………………..…11
1.2.3.1 Alongamento e relação de afilamento……………………………………………...………….12
1.2.3.2 Corda média aerodinâmica ……………………………………………………….…………...13
1.2.3.3 Forças aerodinâmicas e momentos em asas finitas…………………………………………....13
1.2.3.4 Coeficiente de sustentação em asas finitas…………………………………….………………14
1.2.3.4.1 Asas com alto alongamento………………………………………………….…....…………14
1.2.3.4.2 Asas com baixo alongamento…………………………………………………...…………...15
1.2.3.4.3 Asas enflechada………………………………………………………………………….…16
1.2.3.5 Comparação da curva de sustentação do perfil e da asa finita …………...…………………..16
1.2.3.6 Estol…………………………………………………………………………………………....17
1.2.3.7 Torção na ponta …………………………………………………………………..…………..18
1.2.3.8 Arrasto induzido……………………………………………………………….………………18
1.2.3.8.1 Técnicas utilizadas para a redução do arrasto induzido…………………………………...…19
1.3 Grupo motor propulsor ………………………………………………………………………….19
1.3.1 Posição do grupo moto-propulsor………………………………………...…………………….19
1.3.2 Motores elétricos brushless e baterias …………………………………………………….……20
1.3.3 Características das hélices……………………………………………………………………....21
1.3.4 Modelo propulsivo………………………………………………………………………….……22
1.4 Princípios básicos de projeto para asa voadora …………………………………….………….25
1.4.1 Aerofólios para asa voadora ………………………………………………………………….....25
1.4.2 Estabilidade Longitudinal………………………………………………………………………25
1.4.2.1 Unswept wing (Prancha) ou asa sem enflechamento……………………………………….....26
1.4.2.1.1 Ponto Neutro e Estabilidade………………………………………………………………....26
1.4.2.2 Asa voadora com enflechamento…………………..…………………………………………..26
1.4.2.3 Torção………………………………………………………………………………………….27
1.4.2.3.1 Torção geométrica…………………………………………………………………………...28
1.4.2.3.2 Torção aerodinâmica………………………………………………………………………....29
1.4.2.3.3 Encontrando-se a torção requerida ß req.………………………………………………….….29
1.4.2.3.4 Variação do ângulo de sustentação para CL=0…….…………………………………….……30
1.4.2.3.5 Influência dos coeficientes Momento do aerofólio……………………………………….….30
2 MATERIAIS E MÉTODOS ……………………………………………………………………...32
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES …………………………………………………………………34
3.1 Projeto informacional ……………………………………………………………………………34
3.1.1 Pesquisa de mercado ………………………………………………………………….………...34
3.1.2 VANTs militares de pequeno porte no mundo………………………………….………….…...34
3.1.2.1 AR4……………………………………………………………………………………….…….35
3.1.2.2 ZALA 421-08…………………………………………………………………………………...36
3.1.2.3 Bayraktar Mini UAV System…………………………………………….……….………….…37
3.1.2.4 RQ-11B Raven ……………………………………………………………………………...…38
3.1.2.5 Maverick ……………………………………………………………………………………....38
3.1.2.6 MicroB…………………………………………………………………………………………39
3.1.2.7 Baaz mini-UAV………………………………………………………………………………...40
3.1.3 VANTs brasileiros de pequeno porte……………………………………………………………42
3.1.3.1 Carcará ………………………………………………………………………………………...42
3.1.3.2 Avião Gaiovotão…………………………………………………………………….………....43
3.1.3.3 Echar 20 A……………………………………………………………………………………………..…44
Palavras Chave:
Tabela 1: Atributos de maior interesse pelos consumidores. Fonte: (SCUSSEL, 2013) ….....34
Tabela 2: Especificações físicas Baaz mini - UAV . Fonte: (OM UAV SYSTEMS, 2012)…39
Tabela 3: Especificações do rádio controle. Fonte (OM UAV SYSTEMS, 2012) ………….40
Tabela 4: Configuração do Datalink. Fonte: (OM UAV SYSTEMS, 2012) …………….….40
Tabela 5: Configuração do piloto automático. Fonte: (OM UAV SYSTEMS, 2012) ………40
Tabela 6: Opções de componentes embarcados. Fonte: (OM UAV SYSTEMS, 2012)…… .41
Tabela 7: Características de vôo. Fonte: (OM UAV SYSTEMS, 2012) ……………………41
Tabela 8: Configuração do transmissor de vídeo. Fonte: (OM UAV SYSTEMS, 2012)…... 41
Tabela 9: Especificações Carcará. Fonte: (ESTRATÉGIA GLOBAL, 2014)………………. 42
Tabela 10: Especificações Echar 20 A. Fonte: (XMOBOTS, 2014)………………………... 44
Tabela 11: Resumo das especificações e curvas de tendência…………………………….....45
Tabela 12: Resumo da pré-seleção de componentes………………………………………....50
Tabela 13: Valores pontuais de em função de Alpha e Re…………………………….....59
Tabela 14: Coeficientes para aproximação da função = ( , )…………………….....60
Tabela 15: Valores de interesse do perfil para cálculo analítico……………………………..60
Tabela 16: Resumo dos valores de ótimo em função de Re e AR………………………...64
Tabela 17: Parâmetros geométricos para L=50N……………………………………………..65
Tabela 18: Parâmetros geométricos para L=40 N…………………………………………….65
Tabela 19: Parâmetros geométricos para L=30N……………………………………………..65
Tabela 20: Parâmetros geométricos para L=20N……………………………………………..65
Tabela 21: Potência requerida analítica………………………………………………………69
Tabela 22: Potência requerida usando o Xflr5………………………………………………..71
Tabela 24: Resultados das análises CFD……………………………………………………..86
Tabela 25: Resultados CFD na forma de coeficientes………………………………………..86
Tabela 26: Dados principais do perfil…………………………………………………….......89
NOMENCLATURA
Símbolos SI
Abreviações
1
O corpo deste trabalho é organizado de modo a sintetizar os objetivos gerais apoiados
em uma breve fundamentação teórica seguido dos materiais e métodos necessários para
análise de desempenho e viabilidade do conceito aerodinâmico.
A análise de desempenho será mostrada para cada subsistema do conceito e ao final
será mostrado a configuração que melhor atenda aos requisitos juntamente com os resultados
de alguns modelos simplificados para testes.
2
1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3
1.1.2 Gráfico de tendência para aplicação em projeto de VANTs
4
1.2.1.1 Número de Reynolds
(2)
5
Figura 3: Principais características geométricas do perfil aerodinâmico.
A linha de arqueamento média representa a linha que define o ponto médio entre todos
os pontos que formam a superfície superior e inferior do perfil.
A linha da corda representa a linha reta que une os pontos iniciais e finais da linha de
arqueamento médios.
A espessura representa a altura do perfil medida perpendicularmente à linha da corda.
A razão entre a máxima espessura do perfil e o comprimento da corda é chamada de
razão de espessura do perfil.
O arqueamento representa a máxima distância que existe entre a linha de arqueamento
média e a linha da corda do perfil.
Ângulo de ataque: O ângulo de ataque α é o termo utilizado pela aerodinâmica para
definir o ângulo formado entre a linha de corda do perfil e a direção do vento relativo.
Ângulo de incidência: representa outra nomenclatura comum na definição aeronáutica.
O ângulo de incidência pode ser definido como o ângulo formado entre a corda do perfil e um
eixo horizontal de referência
A seleção do melhor perfil a ser utilizado em uma aeronave é influenciada por uma
série de fatores que envolvem diretamente os requisitos necessários para um bom desempenho
da nova aeronave.
Algumas características importantes que devem ser consideradas para a seleção de um
novo perfil são:
6
a) influência do número de Reynolds;
b) características aerodinâmicas do perfil;
c) dimensões do perfil;
d) escoamento sobre o perfil;
e) velocidades de operação desejada para a aeronave;
f) eficiência aerodinâmica do perfil;
g) limitações operacionais da aeronave.
0 =
(3)
7
Escolhem-se dois pontos arbitrários dessa reta obtendo-se os valores de a1 e a2 com
seus respectivos coeficientes de sustentação.
(4)
8
1.2.2.2 Forças aerodinâmicas e momentos em perfis
As equações (5), (6) e (7) são usadas para estimativa de forças aerodinâmicas com base
nos coeficientes do perfil aerodinâmico, velocidade, comprimento da corda e massa
específica. Onde l é a força de sustentação do perfil, d é a força de arrasto e /4 representa o
coeficiente de momento do perfil.
1
= ∙ ∙ ²∙ ∙
2
(5)
1
= ∙ ∙ ²∙ ∙
2
(6)
1
/4 = ∙ ∙ ²∙ ²∙
2
(7)
9
Figura 6: Resultante aerodinâmica.
10
ataque e, portanto é praticamente constante. Em geral o centro aerodinâmico estar localizado a
25% da corda, variando em pequenos valores por volta de 1%.
Alguns outros fatores são de primordial importância para o bom projeto de uma asa,
dentre eles podem ser citados o alongamento e o afilamento, que são detalhados a seguir:
Alongamento: o alongamento em asas é representado pela equação (8).
2
� =
(8)
O alongamento é uma poderosa ferramenta para se melhorar o desempenho da asa,
pois com o seu aumento é possível reduzir o arrasto induzido. Porém, é importante comentar
que um aumento excessivo do alongamento é muito satisfatório do ponto de vista do projeto
aerodinâmico, mas pode trazer outros problemas operacionais e construtivos da aeronave
relacionados aos seguintes aspectos:
- Problemas de ordem estrutural: a deflexão e o momento fletor em uma asa de alto
alongamento tende a ser muito maior do que para uma asa de baixo influenciando diretamente
no dimensionamento estrutural e consequentemente no seu peso.
12
- Rolamento menor quando comparada a uma asa de baixo alongamento, devido ao
seu maior momento de inércia.
Relação de afilamento: define-se relação de afilamento de uma asa, como a razão entre
a corda na ponta e a corda na raiz como mostra a Equação (9).
(9)
1+ 2∙
δc = ∙
6 1+
(11)
13
atuantes em uma asa podem ser calculados com a aplicação das Equações (12), (13) e
apresentados a seguir.
1
= ∙ ∙ ²∙ ∙ (12)
2
1
= ∙ ∙ ²∙ ∙ (13)
2
1
= ∙ ∙ ²∙ ∙ ∙ (14)
2
0
=
0
1+
∙ ∙�
(15)
Esta Equação 15 somente é válida para asas de alto alongamento operando em regime
subsônico incompressível, onde a e a 0 representam os coeficientes angulares das curvas da
asa e do perfil respectivamente. O resultado obtido é dado em rad-1.
O fator e, é denominado fator de eficiência de envergadura da asa e representa um
parâmetro que depende do modelo geométrico da asa e é muito influenciado pelo
14
alongamento e pela relação de afilamento da asa. A Equação (16) apresentada a seguir
permite uma estimativa do fator e.
1
=
1+�
(16)
O parâmetro δ presente na Equação (16) é denominado fator de arrasto induzido sendo
uma função do alongamento da asa e da relação de afilamento λ. A Figura 9 mostra o gráfico
da variação do fator δ em função da relação de afilamento para asas com diferentes
alongamentos.
Figura 9: Fator δ em função da relação de afilamento e alongamento.
Para asas com alongamento inferior a 4, uma relação aproximada para o cálculo do
coeficiente angular da curva CL versus a foi obtida por Helmbold’s baseada na teoria da
superfície sustentadora, sendo representada pela Equação (17) :
0
=
2
0 0
1+ +
∙� ∙�
(17)
15
1.2.3.4.3 Asas enflechada
0 cos Ʌ
=
1+ 0 ∙ cos Ʌ ∙� 2 + 0 ∙ cos Ʌ ∙�
(18)
Esta equação é válida para uma asa enflechada em regime de vôo incompressível.
Nesta equação é importante observar que o coeficiente angular da curva cl versus α do perfil
também foi corrigido para uma asa enflechada pelo termo α0 cos Ʌ ,onde Ʌ é o ângulo de
enflechamento.
Para cada um dos três casos citados, o coeficiente angular da curva CL versus α da asa
finita sempre será menor que o do perfil. A Figura 11 mostra a comparação entre curvas
genéricas para um perfil e para uma asa de envergadura finita.
16
Figura 11: Comparação das curvas de sustentação.
Neste gráfico é importante observar que o ângulo de ataque para sustentação nula
αL= 0 é o mesmo tanto para o perfil como para a asa, porém com a redução do coeficiente
angular, percebe-se claramente a menor capacidade de geração de sustentação da asa em
relação ao perfil, onde C Lmáx<clmáx, porém, um beneficio da asa finita em relação ao perfil está
relacionado ao ângulo de estol da asa que é maior que o do perfil, proporcionando melhores
características de estol. A região linear da curva CL versus α da asa pode ser calculada
multiplicando-se o coeficiente angular da curva da asa com a diferença entre o ângulo de
ataque e o ângulo de ataque para sustentação nula, como mostra a Equação (19).
= − =0
(19)
1.2.3.6 Estol
O estol é caracterizado como uma perda brusca de sustentação na asa causada pela
separação do escoamento em um determinado ângulo de ataque, geralmente por volta de 15 º.
A velocidade de estol pode ser expressa pela Equação (20).
2∙
=
∙ ∙ á�
(20)
17
1.2.3.7 Torção na ponta
A grande maioria das aeronaves possui asa afilada, e uma das soluções utilizadas para
se evitar o estol de ponta de asa é a aplicação da torção geométrica, ou seja, as seções mais
próximas à ponta da asa possuem um ângulo de incidência menor quando comparadas às
seções mais internas.
A torção geométrica é conhecida na nomenclatura aeronáutica por “washout”. A
Figura 12 mostra um exemplo de torção geométrica em asas.
= +
(22)
18
1.2.3.8.1 Técnicas utilizadas para a redução do arrasto induzido
19
b) o aumento de velocidade do escoamento acelerado pela hélice provoca o aumento
do arrasto total da aeronave, pois aumenta o arrasto de atrito sobre a fuselagem.
b) Configuração “pusher”: Uma aeronave com a configuração “pusher”, possui a
hélice montada na parte de trás do motor e atrás da estrutura da aeronave. Nesta
situação, a hélice é montada de forma a criar uma tração que empurra o avião através
do ar. Em vôo encontrar um escoamento já perturbado pela aerodinâmica da aeronave.
Como principais vantagens dessa configuração podem-se citar:
a) Permite a existência de um escoamento mais limpo sobre a asa e a fuselagem da
aeronave, uma vez que o motor está montado na parte de trás da mesma;
Como desvantagens podem-se citar:
a) com o peso do motor atrás, o CG da aeronave também é deslocado para trás e
maiores problemas de estabilidade longitudinal são obtidos;
b) os problemas de refrigeração do motor são mais severos.
Os motores brushless são motores elétricos de corrente contínua que apresentam alta
eficiência e confiabilidade e podem ser alimentados com tensão variando, em geral, entre 7,4
a 14,8 V.
As características técnicas básicas para a especificação de um motor desse tipo são:
- A corrente máxima admissível
- Tensão máxima admissível
- A velocidade, dada em número de rotações por Volt, kv. Exemplo 1300 kv significa
que quando sem nenhuma carga o motor tem uma velocidade de 1300 rpm para cada Volt.
-Resistência interna
-Corrente em vazio.
-Eficiência do motor.
As baterias usadas para alimentar esse tipo de motor geralmente são baterias tipo LiPo
com capacidade para altas descargas de corrente. As especificações básicas são:
-Capacidade nominal dada em mA/h.
-Numero de células representadas pela letra S, onde cada célula representa 3,7 V.
20
-Capacidade de descarga dada pela letra C. Exemplo 2200 mA 3S 20C ; é uma bateria
com capacidade de 2200 mA/h com tensão nominal de 11,4 V e capacidade de
descarga de 22 A.
A hélice representa um elemento de grande importância num avião. Ela tem a missão
de fornecer a força de tração necessária ao vôo.
Em termos simples, uma hélice é um aerofólio trabalhando em uma trajetória circular,
com ângulo de ataque positivo em relação ao fluxo de ar, de forma a produzir tração em uma
direção paralela ao plano de vôo da aeronave.
O desempenho de uma hélice depende de alguns fatores, entre eles podem se citar: o
diâmetro em função da rotação, a área das pás em função da absorção de potência e o passo.
Cada hélice é definida por duas dimensões características, o diâmetro e o passo, normalmente
indicados em polegadas.
Diâmetro: o diâmetro é representado pela circunferência realizada durante o
movimento.
Passo: representa o avanço (teórico) que a hélice daria em uma única volta, ou seja,
uma hélice 7”x6” tem um diâmetro de 7" e seu passo é de 6", indicando que esta hélice se
deslocaria 6" para frente a cada volta realizada.
Os hélices para aviões rádio controlados possuem um limite prático de rotação,
baseado na potência do motor usado e no diâmetro da hélice. Velocidades baixas, manobras,
decolagens e pousos devem ser executados com hélices de passo pequeno. Hélices com passo
grande resultam em menor manobrabilidade e maior velocidade. O passo deve ser
determinado pelo tipo de vôo desejado. Maior velocidade em detrimento da manobrabilidade
ou vice-versa.
Outros fatores limitantes que reduzem a eficiência da hélice é a potência do motor e o
arrasto do avião, ou seja, uma hélice de passo grande não vai fazer o modelo voar mais rápido
do que ele é capaz e uma hélice com passo pequeno demais resultará em perdas de potência e
tração.
Força de tração: é a força exercida pela hélice em movimento na direção do curso do
vôo. Esse é todo o propósito de uma hélice, converter a potência do motor, que está disponível
na forma de torque, em movimento linear. A tração é usualmente medida em Newtons [N] e
21
está em função da densidade do ar, da rotação da hélice em “rpm”, da razão de avanço, e do
número de Reynolds (Re).
Potência disponível: é determinada pelo produto entre o torque e a velocidade angular
do eixo. Um ponto interessante a ser compreendido sobre a absorção de potência, é que a
potência da hélice varia na razão do cubo da rotação. Conseqüentemente, ao dobrar a rotação
necessita-se oito vezes mais potência.
A escolha mais adequada depende das características da aeronave em projeto, pois a
melhor hélice é aquela que se apresenta mais eficiente para os requisitos da missão.
As hélices que possuem passo fixo têm geralmente eficiência máxima da ordem de
60%, e, portanto, grande parte da potência disponível no eixo do motor é dissipada.
A escolha de uma hélice adequada para uma aeronave é uma constante fonte de
estudos, pois uma seleção correta proporciona excelentes qualidades de desempenho à
aeronave. Um ponto de grande importância na escolha da hélice é a determinação da tração
estática fornecida pela hélice com o avião parado (V = 0 m/s), pois a partir desta condição é
possível saber entre uma série de hélices estudadas qual delas proporciona melhores
condições para a decolagem da aeronave. Como as hélices de passo fixo utilizadas em
aeromodelos possuem baixa eficiência em função da razão de avanço (η<60%), nem toda a
potência disponível no eixo do motor é aproveitada e, portanto, torna-se muito importante a
escolha de uma hélice que proporcione os máximos valores de rotação e torque. O tipo de
material da hélice também representa grande importância para eficiência.
As técnicas utilizadas para a determinação da tração disponível vão desde uma análise
matemática fundamentada em um modelo propulsivo até análises mais sofisticadas como
ensaios em túnel de vento, ensaios em vôo ou mesmo a utilização de bancadas para testes do
motor.
A presente seção mostra um modelo matemático que permite estimar com boa
confiabilidade a tração disponível, este modelo é fundamentado na potência disponível no
eixo do motor e na eficiência da hélice em função da razão de avanço.
A tração estática pode ser determinada de modo rápido a partir de um modelo
matemático ou então com a realização de um ensaio estático do grupo moto-propulsor.
O modelo analítico que permite determinar a tração estática de forma aproximada com
boa confiabilidade é proposto por Durand & Lesley e definido pelas equações (23) e (24):
22
�
=0 = 0 ∙
∙
(23)
Com o valor de KT0 determinado por:
0 = 57000 ∙ 1,97 −
(24)
Nas Equações (23) e (24), TV=0 representa a tração estática em (lb), P E a potência
disponível no eixo do motor em (hp), n é a rotação em (rpm), D é o diâmetro da hélice em (ft),
p é o passo da hélice em (ft) e KT0 representa o coeficiente de tração estática.
O resultado obtido com a solução da Equação (23) fornece a tração estática em (lb), e,
portanto, o mesmo deve ser convertido para (N) como forma de se obter o resultado no
sistema internacional de unidades (SI).
Uma vez determinada a tração estática, a variação da tração disponível com a
velocidade de vôo pode ser obtida com a solução da Equação (25).
� ∙�
= ∙
0
(25)
=
∙
(26)
23
Figura 13: Eficiência da hélice em função da razão de avanço.
∙ �
� = =
� �
(27)
Assim, a partir da Equação (27), é possível verificar que para uma condição estática
(avião parado, V = 0) tanto � quanto J serão iguais a zero, e como para elevadas velocidades,
Td = 0, � novamente será igual a zero.
Com hélices de passo fixo, é possível verificar que existe somente uma velocidade de
vôo que proporciona a máxima eficiência, para qualquer outra velocidade a hélice sempre
opera em uma condição de eficiência abaixo da máxima.
24
1.4 Princípios básicos de projeto para asa voadora
Aviões sem cauda e asas voadoras podem ser equipados com quase todo tipo de
aerofólio, desde que sejam respeitados os valores de enflechamento e ângulo de torção da
ponta. Assim, um único conceito de "aerofólio para asa voadora" não existe. No entanto, se o
objetivo é projetar um avião sem cauda com uma ampla faixa operacional, a asa deve ter uma
pequena quantidade de torção na ponta ou mesmo nenhuma, para manter o arrasto induzido
em níveis razoáveis em todo o envelope de vôo. Sob estas condições, a asa não deve criar uma
grande variação no coeficiente de momento, quando o ângulo de ataque é variado.Para isso é
necessário usar aerofólios com um coeficiente de momento próximo de zero.
No caso de uma asa de unswept ("prancha"), um coeficiente de momento positivo é
necessário. Nesse caso, tais aerofólios geralmente têm uma linha de camber reflexed, ou seja,
em formato de “S”.
Assim como as aeronaves de tamanho integral, cada modelo de avião deve ter um
mínimo de estabilidade, ou seja, ele deve ser capaz de retornar à sua condição de vôo aparada
após uma perturbação por uma rajada ou uma entrada de controle. A margem de estabilidade
depende do tipo de projeto. Aqui, apenas uma breve introdução sobre o tema será dada, o que
fará com que seja possível encontrar uma primeira estimativa para o centro de gravidade e
uma combinação razoável de enflechamento e torção de ponta para uma asa voadora.
25
1.4.2.1 Unswept wing (Prancha) ou asa sem enflechamento
∗
∙ � /4 −� . − ∙ =0
(28)
que pode ser transformado para encontrar o coeficiente de momento necessário para satisfazer
um determinado coeficiente de estabilidade usando a Equação (29).
∗
= ∙
(29)
26
Para encontrar a distância δc da corda média à origem usa-se a equação (30). Em
seguida se traça uma linha entre as posições c/4 das cordas da raiz e da ponta, que deve
coincidir sobre o ponto c/4 da corda da raiz. Partindo desse ponto, traça-se uma linha
horizontal até a origem para revelar a posição do ponto neutro.
b cr − cμ
δc = ∙
2 cr − ct
Eq.(30)
O cg deve ser colocado em frente a este ponto, e a asa pode precisar de alguma torção
“washout” para obter uma asa suficientemente estável.
A Figura 14 mostra um exemplo pratico desse procedimento com medidas e desenho
proporcional. O círculo mostra a posição do ponto neutro a 166 mm da origem. E a corda
média estar posicionada a 230 mm da origem.
1.4.2.3 Torção
Esta é a torção, o qual é construído na asa como a diferença entre o eixo da raiz e da
secção da ponta. Corresponde à diferença angular entre asa principal e leme horizontal de
aviões convencionais e pode ser facilmente medido.
Uma torção positiva significa um menor ângulo de incidência na seção de ponta
chamada de “washout”.
Grandes ângulos de torção geométricos podem ser usados para estabilizar as asas com
pequenos ângulos de varri mento ou aerofólios altamente abaulados, mas tem o inconveniente
da criação de grandes quantidades de arrasto induzido, quando a asa é operada fora do seu
ponto de desenho.
28
1.4.2.3.2 Torção aerodinâmica
Se forem selecionados aerofólios com diferentes ângulos para a sustentação nula, pode
reduzir a quantidade de torção geométrica necessária. A diferença entre as direções de
sustentação nula é chamada de torção aerodinâmica e é preciso o uso das curvas dos
coeficientes aerodinâmicos do aerofólio para encontrar o ângulo de sustentação nula. Além
disso, um coeficiente de momento pequeno ou mesmo positivo pode reduzir a quantidade
necessária de torção geométrica, e melhora o desempenho do projeto da asa para situações
fora do ponto de projeto.
Se usarmos diferentes aerofólios na raiz e ponta, eles podem ter pontos diferentes de
CL=0, o que influencia o estado de equilíbrio. Nesse caso o valor da torção geométrica deve
levar em conta a direção que os diferentes ângulos de sustentação nula levam o equilíbrio.
=0 = 0, − 0,
(31)
Usando a mesma superfície de sustentação para ambas as secções, pode simplificar
definindo =0 =0
30
Figura 16: Influência dos coeficientes Momento do aerofólio.
Novamente, o gráfico foi traçado para uma determinada condição padrão, que é um
∗
coeficiente de momento de = 0,05 (nota: valor positivo). Aplicando a relação dos
de torção geométrica.
Esta contribuição deve ser subtraída do ângulo de torção necessário, também. Se
tiverem diferentes aerofólios na raiz e ponta, pode-se usar o coeficiente médio momento
, − ,
2
para calcular a relação ∗ .
Finalmente, pode-se calcular o ângulo de torção geométrica βgeo, que deve ser
construído na asa: (nota: o valor de Cm usado é o correspondente ao de αL=0 )
= − =0 −
(32)
31
2 MATERIAIS E MÉTODOS
A metodologia proposta para esse trabalho buscou dividir o problema em cinco fases
onde o sucesso da etapa seguinte depende muitas vezes da qualidade da fase anterior. A seguir
cada fase será explicada com mais detalhes.
Projeto informacional
A primeira fase do projeto, usando esta metodologia, é o projeto informacional onde o
objetivo é coletar informações a respeito do problema.
Entre os meios mais efetivos para obter informação de qualidade se pode citar:
pesquisa de mercado, pesquisa em trabalhos acadêmicos, busca por patentes e normas.
Com base no conjunto de informações obtidas é possível criar indicadores de
tendência para saber em qual faixa de parâmetros se enquadra o projeto.
Projeto conceitual
A segunda fase trata-se do conceito ou idealização usando como base os indicadores
de tendência obtidos na primeira fase. Dessa forma o projeto conceitual pode ser entendido
como uma primeira estimativa que, dependendo da qualidade das informações obtidas no
projeto informacional, deve se aproximar de um conceito que atenda aos requisitos do projeto.
Facilitando assim a etapa de projeto preliminar.
Projeto preliminar
A terceira fase busca analisar a proposta idealizada no projeto conceitual através da
variação dos parâmetros, em busca de se obter uma solução otimizada.
Para o presente trabalho, a fase preliminar fez uso intenso de softwares e métodos
analíticos.
O software Autodesk Inventor foi necessário para desenho 3D e análise estrutural
estática usando o método dos elementos finitos.
O software STAR - CCM+ foi usado para análise CFD usando o método dos volumes
finitos.
O software livre Xflr5, foi usado para analisar as curvas dos perfis aerodinâmicos,
disponíveis em banco de dados, assim como auxiliar no projeto e desenho de novos perfis
exclusivos para o projeto da aeronave proposta.
Para o dimensionamento do grupo propulsor, foi necessário o uso do programa
AeroDesign Propeller Selector.
32
Alem dos softwares citados anteriormente, foi necessário o uso do método analítico
com base na teoria da linha sustentadora de prandtl.
Para ser possível analisar uma grande quantidade de dados com base em análise
analítca, foi escrito uma planilha em Microsoft Excel que usou como dados de entrada os
dados obtidos das curvas do perfil aerodinâmico fornecidas pelo Xflr5 e uma faixa de
parâmetros do projeto.
Após cada análise realizada, os resultados representam informação disponível e assim,
de forma interativa, nova conceitos surgem na etapa conceitual até que finalmente se possa ter
então um valor detalhado para o projeto final.
Projeto detalhado
O resultado para o qual a fase de projeto preliminar convergiu é chamado de projeto
detalhado. Nessa fase será apresentado o desenho final que será a base para a fabricação dos
modelos de testes e protótipos.
Fabricação e testes
A proposta compreende a fabricação de um modelo aerodinâmico usando métodos
convencionais e em seguida um modelo feito em uma impressora 3D. O projeto para
fabricação em impressora 3D deve ser totalmente adaptado às limitações do equipamento e
material disponível.
33
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
34
3.1.2 VANTs militares de pequeno porte no mundo
3.1.2.1 AR4
Especificações
Envergadura: 0,8 m
Comprimento: 0,41 m
Peso: 2,5 kg
Vôo altitude: 3600 m acima do nível do mar
Link de rádio: 15 km
35
Duração do vôo máxima: 90 min - com motor elétrico
Faixa de velocidade: 65-150 km / h
Lançamento: Com as mãos
Aterrissagem: pára-quedas
Navegação: Glonass / GPS
Tamanho total (dois UAVs e GCS): 8 kg
Carga útil:
Câmera de vídeo
Câmera infravermelha
Câmera fotográfica (10 megapixels)
Fonte: (ZALA,2014)
Bayraktar é um mini UAV produzido por Baykar Makina para as Forças Armadas
turcas. Projetado para missões de reconhecimento e vigilância de curto alcance.
Especificações: envergadura 2 m; massa 4,5 kg; alcance de 15 km; autonomia mínima de 60
min a uma velocidade de cruzeiro de 55 km/h.
36
Figura 20 : Bayraktar B.
37
3.1.2.5 Maverick
3.1.2.6 MicroB
38
3.1.2.7 Baaz mini-UAV
Tabela 2: Especificações físicas Baaz mini - UAV. Fonte: (OM UAV SYSTEMS, 2012)
Especificações físicas:
Envergadura 950 mm
Comprimento 654 mm
Altura 190 mm
Peso 2500g
Carga útil 800 g
Propulsor 3550 1200 kV
Bateria Lithium-Polymer 11.1V 3S 9600mAh
Hélice 12x6 folding propeller (carbon fiber)
39
Tabela 3: Especificações do rádio controle. Fonte: (OM UAV SYSTEMS, 2012)
40
Tabela 6: Opções de componentes embarcados. Fonte: (OM UAV SYSTEMS, 2012)
41
3.1.3VANTs brasileiros de pequeno porte
3.1.3.1 Carcará
42
3.1.3.2 Avião Gaiovotão
Especificações:
› Envergadura: 3 m
› Velocidade de cruzeiro: 80 km/h
› Velocidade de estol: 30 km/h
› Peso vazio: 3, 0 kg
› Pay load: 1,5kg
› Peso máximo de decolagem: 4,5kg
› Motor elétrico ou a gasolina
› Autonomia: 30 minutos (elétrico) ou 1 hora (gasolina)
› Alcance: raio de 10 km
43
3.1.3.3 Echar 20 A
Alcance de Comunicação 10 km
MTOW 6,5 kg
44
3.1.4 Resumo das especificações e gráficos de dispersão.
45
Figura 28: Gráfico de dispersão da envergadura em função da massa.
300
250
Envergadura (mm)
200
150
Envergadura (mm) x Massa (kg)
100
50
0
0 2 4 6 8
Massa (kg)
25
20
Alcance (Km)
15
0
0 1 2 3 4 5 6 7
Massa (kg)
46
Figura 30: Gráfico de dispersão da autonomia em função da massa.
120
100
Autonomia (min)
80
60
Autonomia (min) x Massa (kg)
40
20
0
0 2 4 6 8
Massa (Kg)
47
Essa “ball turret camera” se mostra como uma solução ideal para um mini VANT dado
as suas características de massa em torno de 97 gramas, captura de vídeo em 1080P ,
capacidade de filmagem com pouca luz e dimensões reduzidas 10,16 cm x 3,18 cm x 8,89 cm.
Existe também uma versão de 65 gramas, porem não retráctil, (MICROUAV, 2014).
Entre as soluções encontradas para transmissão de sinal à longa distância, a que mais
chamou atenção foi a Dragonlink, que segundo o fabricante é um sistema de alta qualidade,
feito nos EUA por especialistas na área, e estar totalmente garantido. O sistema é um tipo de
amplificador de sinal acoplado ao rádio transmissor que promete aumentar o alcance de
controle para 30 km. A massa do receptor é 27 gramas, (DRAGONLINK, 2014)
48
uma bateria maior e consequentemente mais pesada, assim como o próprio transmissor e
antena mais pesados.
Existem no mercado diversos tipos de transmissores que operam em diversas
frequências variando de 900 MHz a 5,8 GHz.
Entre os transmissores encontrados à disposição no mercado, o de maior alcance,
segundo fabricante, é capaz de transmitir dados à uma distância mínima de 8 km com visada
direta. O dispositivo apresenta um ganho de 33 dbm com sensibilidade de recepção de -90
dbm e necessita de uma fonte de alimentação de 7 – 15 volts com fornecimento de corrente de
900 mA. A massa estimada é de 70 gramas.
Segundo experiências de alguns usuários do fórum de discussão FPV Brasil, esse tipo
de dispositivo pode ter o seu alcance aumentado em até 10 vezes dependendo da configuração
de ganho das antenas. Não é foco de este trabalho discutir detalhadamente soluções de
telecomunicações, porem um conhecimento mínimo sobre esse assunto foi necessário para,
como dito anteriormente, uma estimativa de sustentação requerida, (FPV BRASIL, 2014).
O sistema de telemetria faz uso de uma placa controladora que integra sensores de
navegação e GPS. Esse sistema recebe informações de controle autônomo a partir de um
receptor própria sendo assim uma caracteristica redundante em um VANT onde o controle
pode vir de duas fontes aumentando a confiabilidade do sistema. A massa e consumo dessa
placa são pequenos 20 gramas e 100 mW.
49
Figura 34 : Placa controladora
51
3.2.2 Conceitos estruturais
A etapa de análise estrutural exigiu a elaboração de 5 conceitos até chegar à
configuração que atendeu aos requisitos de projeto e fabricação. As Figuras 37 a 41 mostram
a evolução conceitual estrutural que será explicada com mais detalhes na fase preliminar.
52
Figura 39: Conceito estrutural III
A Figura 41 mostra uma vista em corte do conceito estrutural final, idealizado após
construção e análises de um modelo de testes em menor escala do conceito IV.
53
Figura 41: Vista em corte do Conceito estrutural V.
54
resultante apresentou baixa sensibilidade do coeficiente de momento à mudança no número de
Reynolds sendo possível usar o mesmo aerofólio tanto na raiz como na ponta já que o mesmo
apresentou um coeficiente de momento muito pequeno e o ponto de estabilidade próximo de
zero grau. Além disso, uma variação muito pequena do centro de pressão em função do
ângulo de ataque, o que é desejável para diminuir as solicitações estruturais de torção na asa.
As Figuras 42, 43, 44 e 45 mostram os gráficos característicos dos perfis base e o perfil
derivado deles. Nos gráficos, Cl é o coeficiente de sustentação do perfil e Alpha é o ângulo de
ataque em graus, Re0.300 significa que o número Re é 300000, N8 representa o nível de
perturbação do escoamento, simulando escoamento em túnel de vento, quanto mais alto mais
limpo o escoamento.
56
sustentação praticamente não se altera mostrando que o aumento de eficiência se dá devido à
diminuição no arrasto parasita.
57
Figura 48: Gráfico do Cm em função de Alpha e Re.
Como medida inicial optou-se por usar o método analítico para verificar a influência
da variação dos principais parâmetros geométricos no desempenho aerodinâmico.
58
Como o objetivo principal é encontrar uma configuração de alta eficiência, o arrasto é
colocado em função dos demais parâmetros que, de uma maneira bem geral pode se definir
por: = ·
A estratégia usada para diminuir o número de interações foi escolher interagir com os
parâmetros mais influentes fixando os valores que tendem a otimizar o resultado e limitando o
intervalo de variação dentro de valores considerados inicialmente como sendo os mais
viáveis. Desse modo a primeira medida a ser fixada foi o = 0,4, pois é o valor que tende a
otimizar a eficiência de envergadura ficando proximo da unidade.
Para acelerar os resultados foi necessário criar uma planilha no Microsoft Excel onde
a partir da observação de que os parâmetros de maior influência para a eficiência são
justamente o , , � uma vez que o coeficiênte de arrasto induzido é basicamente
= ( , � ). Ver Apêndice.
Para a criação da planilha foi necessário conhecer o valor de e para isso a partir de
valores obtidos das curvas de = ( , ) do perfil foi possível criar funções para
aproximar o valor de . Valores mostrados na Tabela 13 juntamente com os coeficientes das
funções de extrapolação, onde α é dado em radianos
5 4 3 2 1 0
= 1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6
59
Tabela 14: Coeficientes para aproximação da função = ( , ).
∙ 10³ 1 2 3 4 5 6
Cd = f(Re,α)
0,07
0,06
0,05
Re = 150000
0,04
Re = 200000
Cd
0,03 Re = 300000
0,02 Re = 400000
Re = 500000
0,01
Re = 600000
0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3
α (rad)
∙ 10³ =0 ( ) =10 =0
60
Os resultados obtidos nos gráficos a seguir mostram os valores de = ( , , (� ∗ ).
25
20
4
15 5
CL/CD
6
10 7
8
5 9
10
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2
CL
30
25
20 4
5
CL/CD
15 6
7
10
8
5 9
10
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2
CL
61
Figura 53: = ( , , � ∗ = 300 ∗ 10³
30
25
20 4
5
CL/CD
15 6
7
10
8
5 9
10
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2
CL
35
30
25
4
20 5
CL/CD
6
15
7
10 8
9
5
10
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2
CL
62
35
30
25
4
20 5
CL/CD
6
15
7
10 8
9
5
10
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2
CL
35
30
25
AR*e=4
20 AR*e=5
CL/CD
AR*e=6
15
AR*e=7
10 AR*e=8
AR*e=9
5
AR*e=10
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2
CL
Dois fatos interessantes são obtidos a parir desses resultados. O primeiro é que a
eficiência melhora não apenas com o AR, como já esperado, mas também com o aumento do
número de Re. O segundo é que o valor de ótimo varia com o AR, apresentando valores
63
constantes para cada AR a partir de Re > 300 ∙10³. A tabela a seguir busca resumir as tabelas
anteriores onde se mostra os valores de ótimo em função de Re e AR.
Para os resultados obtidos nas tabelas a seguir foram usados como dados de entrada: a
velocidade de cruzeiro desejada, 20 m/s. E razão de afilamento = 0,4. Usando as seguintes
∁ ∙
relações: = 0,5∙1,225 ∙ ; = � ∙ ; = ;∁ é = ∙ 0,74; = é
²∙ ∙0,7 �
64
Tabela 17: Parâmetros geométricos para L=50N
65
8 0,44 0,185529 1,218290 0,217552 0,161610 215479,8 0,012146 0,902231
9 0,50 0,163265 1,212183 0,192410 0,142933 190577,5 0,013100 0,877677
10 0,50 0,163265 1,277753 0,182536 0,135598 180797,7 0,013300 0,850309
O ponto de partida para esboço e análise estrutural usou as dimensões necessárias para
uma capacidade de carga intermediária, 30N, com uma razão de alongamento igual a 7.
Partindo do conceito de usar materiais plásticos e compósitos na construção, as
análises foram feitas considerando o material plástico de engenharia, ABS, devido ao já
conhecido sucesso e tendência do uso desse material nesse tipo de aeronave.
Sabendo que o método de fabricação idealizado seria o uso de uma impressora 3D,
capaz de fazer peças completas de forma qualquer, e analisando as técnicas utilizadas em
outros projetos que fizeram uso dessa tecnologia optou-se pelo uso de estruturas treliça das
para garantir resistência e baixa massa, que posteriormente poderiam ser recobertas com
plástico adesivo específico.
A primeira estrutura analisada na Figura 37 é composta por longarina principal,
longarina secundária e nervuras com furos redondos para diminuição de massa. O resultado
foi uma semi-asa com massa de 202 gramas com baixo nível de concentração de tensão, mas
que apresentou o inconveniente , quando sob carregamento, uma elevada torção na ponta da
asa. Essa torção não é desejável em um projeto de uma asa voadora, pois a mesma mudaria a
condição de equilíbrio aerodinâmico para a qual a estrutura foi projetada.
Com o objetivo de analisar uma estrutura com menor massa e diminuição da torção na
ponta. A segunda estrutura analisada é composta por treliças triangulares com as devidas
concordâncias nos cantos.
A solução encontrada para a diminuição da torção na ponta, assim como facilitar a
entelagem da asa, foi à utilização de duas nervuras cruzadas em forma de X. O resultado foi
uma estrutura relativamente leve e resistente, mas com o inconveniente de apresentar muitos
concentradores de tensão. A Figura 38 mostra a estrutura conceitual da semi-asa que resultou
em uma massa de 155 gramas com o valor de tensão máxima, obtido por simulação numérica,
de 6 MPa, quando o material pode resistir até 50 MPa, porem com grande deflexão o que não
é desejável.
Visando obter um conceito que apresentasse maior confiabilidade, optou-se por
analisar uma estrutura com treliças com o interior elíptico. O resultado foi um pequeno
aumento de massa, porém uma grande diminuição no valor de tensão máxima que caiu para
menos que a metade alem de apresentar uma deflexão menor que no caso anterior. Massa 177
gramas; representada na Figura 39.
A fuselagem, encarregada de unir as asas, foi elaborada partindo do mesmo principio
descrito anteriormente e resultou em uma peça com 183 gramas.
Até o momento, a estimativa de massa estrutural desconsiderando entelamento e
fixações, foi de 537 gramas. Quando somado a uma estimativa inicial de 700 gramas do
66
sistema de propulsão (baterias, motor, servos e controladores) e 500 gramas do sistema de
imagem e dados, percebe-se que a previsão estimada na etapa de projeto informacional se
confirma, uma aeronave com capacidade total de aproximadamente 2 kg. Sendo assim optou-
se por elaborar um conceito estrutural ainda menor, com o objetivo de reduzir os custos de
fabricação assim como tornar o projeto mais eficiente em todos os aspectos.
O quarto conceito visto na Figura 40 usou os conhecimentos adquiridos nos modelos
anteriores para conceber uma estrutura que se mostrou ainda mais eficiente que os anteriores.
A longarina secundária se tornou desnecessária, sendo substituída pelas nervuras
cruzadas. A nova configuração apresentou deflexão e torção mínima quando estão sob
carregamento e baixa tensão máxima, por volta de 3 MPa. Esse resultado só foi possível após
várias simulações estáticas e correção dimensional dos pontos que apresentavam maiores
tensões, conseguindo assim um elevado fator de segurança com o mínimo de acréscimo de
massa. Um fator interessante nesse caso é que a aeronave poderá suportar melhor impactos
leves ocasionais.
O resultado da configuração anterior é uma estrutura com massa de 340 gramas capaz
de suportar mais de 2 kg com segurança, com dimensão de 1050 mm de comprimento total.
O ultimo conceito visto na Figura 41 foi elaborado após os testes de um modelo em
escala menor do quarto conceito. Foi possível perceber que a resistência de uma peça feita em
impressora 3D é maior na direção paralela à mesa de prototipagem, que na direção vertical,
onde as camadas são apenas sobrepostas, e sendo assim, esse ultimo conceito buscou utilizar
um maior vinculo entre partes que se encontravam no plano horizontal.
O outro fator de interesse é que a principio se buscou uma concepção usando técnicas
convencionais de construção, mas que após a experiência prática mudou para um conceito
diferente, ao perceber que usando esse tipo de tecnologia a dificuldade de construção é o
menor dos problemas e assim é possível aproveitar ao máximo as características mecânicas do
material.
Para o último conceito não foi possível realizar uma simulação de carregamento
estático da estrutura completa, devido à grande quantidade de vínculos e ao limitado recurso
computacional disponível nessa etapa. Porem, simulações de partes representativas foram
feitas para se obter uma proporção de medidas que resultassem em boa resistência à
compressão e a tração nos pontos mais solicitados.
A configuração resultante é semelhante a uma malha cruzada coberta com uma fina
camada impermeabilizante de 0,3 mm com reforços estruturais nos pontos de maior
solicitação. Na Figura 57 é mostrado um esboço da estrutura básica e em seguida na Figura 58
é mostrada uma simulação estática da estrutura.
67
Figura 57: Esboço da estrutura básica da malha estrutural.
68
Figura 59: Conceito estrutural V demonstrando a posição do centro de gravidade e malha estrutural.
69
3.3.4.2 Potência requerida considerando superfícies de controle com base no xfl5
70
Figura 61: Estabilidade usando o Xflr5.
71
Figura 62: Potência requerida
Potência requerida
35
30
25
Potência ( W )
20
Potência requerida xflr5
15
10 Potência requerida
analitica
5
0
0 10 20 30
Velocidade ( m/s)
72
Potência requerida pela hélice
60
50
40 7" x 5"
Potência ( W )
7" x 6"
30
7" x 7"
20 8" x 5"
10 8" x 6"
8" x 7"
0
0 5 10 15 20 25 30
Velocidade ( m/s )
Com base nessa análise, a hélice com melhor desempenho é a 7” x 7”, visto que se
deseja velocidades de cruzeiro superiores a 15 m/s. A potência requerida total também é
dependente da eficiência do motor, que em geral não é inferior a 80%. Sendo assim,
considerando que a potência requerida pela hélice não é superior a 40 W e considerando a
eficiência do motor, a potência requerida máxima não será superior a 50 W. Com base nos
dados do Estimate Electric Motor & Prop Combo uma bateria de 5000 mA 3S, sustenta
essa demanda durante 69,87 min. A massa estimada dessa bateria é de 360 gramas. A figura
64 mostra em detalhes a interação com a calculadora on-line.
Uma observação a ser feita é que o valor de 215,7 w é a potência máxima requerida
por este motor para essa hélice durante o teste de empuxo estático. Esse valor diminui para os
valores apresentados para potência requerida quando a aeronave estiver em movimento.
Os métodos analíticos usados até o momento são uma forma rápida e necessária em
uma etapa preliminar para o projeto de otimização de uma aeronave. No entanto, se existe
disponibilidade do uso de uma ferramenta CFD nesse tipo de projeto, é interessante o uso
complementar de um software de predição fluidodinâmica.
74
O software usado nesse trabalho é o STAR-CCM+, uma poderosa ferramenta CFD
que apresenta muitos recursos para configuração da malha computacional e modelos físicos
usando o mínimo possível dos recursos computacionais.
As partes são então nomeadas para em seguida serem separadas por regiões. É nessa
etapa onde é possível escolher as faces onde se deseja, na etapa de geração de malha, um
controle manual dos parâmetros físicos e geométricos.
75
Figura 66: Pré-definição das regiões.
A caixa que representa o domínio computacional, foi então dividida em sete regiões
vistas na Figura 67, mas no momento ainda não é possível escolher as condições de contorno,
pois a malha computacional ainda não foi definida. Sendo assim o próximo passo buscá
demonstrar o processo de geração de malha usado no caso em questão.
76
Mesher que cria uma camada de células prismáticas próximo à parede com o objetivo de
resolver o problema dentro da camada limite cinemático.
Figura 68: Seleção do tipo de geração de malha
Uma vez definido o tipo de malha, o próximo passo é definir as dimensões desejadas
para a malha computacional antes da criação da mesma.
O software disponibiliza uma grande liberdade para modificar qualquer parâmetro,
mas o mesmo recomenda que a maior parte dos parâmetros devem ficar no modo padrão.
Sendo assim, os parâmetros de interesse nesse momento são: o tamanho mínimo das células,
tamanho desejado de contorno e a quantidade de camadas de células prismáticas. Muitos
autores defendem várias regras para o refino das células como, por exemplo, determinar um
número mínimo de oito células no bordo de fuga do aerofólio. Porem devido ao alto custo
computacional de seguir determinados padrões adotou-se como tamanho mínimo inicial o
valor de 1% da corda média da asa e 5% da menor medida linear do domínio. Esses valores
tem se mostrado como bons pontos de partida, para posteriores refinos, usados em trabalhos
anteriores.
Antes da geração propriamente dita da malha de trabalho, é possível uma pré-
visualização da triangulação da superfície que será base para a malha. O resultado do refino
usando as configurações citadas acima resultou uma boa configuração em todo o domínio
77
exceto no bordo de fuga da asa, sendo necessário criar uma nova região para melhorar a
qualidade da malha nesse local. A medida da dimensão foi de aproximadamente 1 mm e o
refino das células para 0,5 mm é possível dentro das limitações de hardware disponível.
78
Por se tratar de um problema de escoamento externo, as condições de contorno
escolhidas são: nas regiões nomeadas de IN e out, que são perpendiculares ao escoamento têm
como condições de contorno a velocidade de entrada e pressão de saída respectivamente.
As regiões nomeadas de parede, top, piso e simetria, que são paralelas ao escoamento,
são considerados como plano de simetria com paredes adiabáticas sem atrito. O restante das
faces representam a semi asa e são consideradas como parede com atrito.
79
Figura 72: Malha tridimensional.
As condições físicas para o problema foram definidas conforme a Figura 73. Adotou-
se inicialmente o modelo de escoamento laminar devido ao baixo Reynolds. E por se tratar de
escoamento incompressível pode ser usado o algoritmo Segregated Fluid Temperature. O
fluido de trabalho é o ar e foi considerado como gás ideal e o escoamento como sendo
constante. As condições de pressão e temperatura foram deixadas no modo padrão do
software.
80
Figura 73: Modelos físicos.
3.3.5.2 Processamento
81
Figura 74: Erros residuais para modelo laminar.
Nesse caso, para tentar obter menores erros residuais, resolveu investigar a solução
usando o modelo de turbulência Spalart – Allmaras em conjunto com algoritmo de tratamento
de superfície próximo à camada limite. O resultado mostrado na Figura 76 e 77 mostram uma
grande diminuição nos residuais anteriores a mostra uma nova curva para o erro residual do
modelo de turbulência. A Figura 77 com os valores exatos dos erros mostram uma solução
mais consistente e convergente, apesar de mostrar um aumento no valor do arrasto, a
sustentação é praticamente a mesma para os dois casos. Mostrando que os valores de predição
de arrasto são mais difíceis de obter e exigem maior refino de malha, principalmente na
camada limite.
82
Figura 76: Erros residuais com modelo Sa_nut e algorítimo de tratamento Wall Y+.
83
3.3.5.3 Pós-processamento
84
Figura 79: Wall Y+
85
3.3.5.4 Resultados da análise CFD
CL x Alpha
1
0,9
0,8
0,7
0,6
0,5
CL
0,4 CL x Apha
0,3 Linear (CL x Apha)
0,2
0,1
0
0 5 10 15 20
Alpha (grau)
86
Figura 82: Coeficiente de arrasto em função do ângulo de ataque.
CD x Alpha
0,16
0,14
0,12
0,1
CD
0,08
CD x Alpha
0,06
Poly. (CD x Alpha)
0,04
0,02
0
0 5 10 15 20
Alpha (grau)
CL/CD x Alpha
18
16
14
12
10
CL/CD
8
6 CL/CD x Alpha
4
2
0
0 5 10 15 20
Alpha (grau)
87
Figura 84: Ponto de maior eficiência de planeio segundo análise CFD
CL x CD
1
0,9
0,8
0,7
0,6
0,5
CL
0,4
CL x CD
0,3
0,2
0,1
0
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14 0,16
CD
Figura 85: Desenho simplificado das medidas finais com posição do centro aerodinâmico
88
Fonte: Autoria própria.
Dois modelos de testes foram construídos, o primeiro, feito em impressora 3D, foi feito
em escala reduzida para analisar a viabilidade de construção em impressora 3D juntamente
89
com as posteriores análises visuais de resistência das partes resultando em uma estrura de 50
gramas capas de suportar mais de 10 vezes o seu peso em cada semi-asa vista na Figura 92.
Com a experiência obtida com o modelo, foi possível conhecer as limitações do material
e do método de fabricação e assim idealizar um novo conceito que fez uso dos pontos fortes
do método e as devidas observações referentes a limitações.
92
Figura 93: Sequencia de imagens do modelo aerodinâmico em teste.
93
CONCLUSÃO
O resultado final mostrou uma proposta conceitual aerodinâmica que atende aos
requisitos de mercado visto que a análise preliminar explorou os principais indicadores
desempenho mostrando alem disso que é possível o uso de materiais alternativos como
compósitos à base de polímeros que foram usados na fabricação do modelo de teste estrutural.
O método de fabricação alternativo, em impressora 3D, se mostrou viável do ponto de vista
estrutural e aerodinâmico uma vez que a relação resistência e massa podem ser comparados à
métodos convencionais de fabricação, desde que o desenho estrutural seja otimizado para esta
técnica. Os testes práticos revelaram a necessidade de elaborar algum dispositivo de
lançamento alternativo ao lançamento manual. Trabalhos futuros poderão explorar a variação
na envergadura e ângulo de enflechamento onde será possível o deslocamento para trás do
centro aerodinâmico para mais próximo do centro de gravidade da estrutura e assim facilitar
na obtenção de equilíbrio estático à aeronave.
94
REFERÊNCIAS
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