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1 CURSO ONLINE: FUNDAMENTOS DA TEOLOGIA REFORMADA – AUGUSTUS NICODEMUS

Módulo: No princípio

Aula 01: A Confissão de Fé de Westminster

INTRODUÇÃO

1) O objetivo do curso
2) O objetivo dessa aula

I – O QUE SÃO CONFISSÕES DE FÉ

1) São declarações do que cremos


a. Declarações publicas – no recebimento nas igrejas
b. Declarações escritas – como as confissões históricas
c. Resumos das doutrinas de uma igreja
2) Encontramos confissões de fé na própria Bíblia
a. O Shemá de Israel – Dt 6.4
b. As primeiras confissões cristãs
i. Batismo do eunuco – At 8.36-37
ii. Romanos 10.9
iii. Jesus – o que me confessar... Mt 10.32
3) Todos os cristãos e igrejas tem uma confissão de fé
a. Pública, escrita, autoritativa
b. Implícita, informal
4) Para que confissões de fé se temos a Bíblia
a. Declarar o que cremos e o que não cremos
b. Deixar clara a nossa interpretação sobre temas controversos do
Cristianismo
c. Ajudar os crentes a entender os grandes temas da Bíblia
d. Organizar de maneira temática aquilo que a Bíblia
e. Explicar em que diferimos de outras igrejas cristãs
5) Confissões de fé estão subordinadas à Bíblia
a. Não são infalíveis e nem inerrantes
b. Não podem tomar o lugar da Bíblia
c. São exposições sistematizadas do ensino bíblico

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II – O QUE É A CONFISSÃO DE FÉ DE WESTMINSTER

1) Ela foi escrita por 120 pastores e teólogos puritanos no séc. XVII na
Inglaterra
a. Chamada de Westminster em referência ao local onde as
reuniões aconteceram
b. Ela foi o resultado de anos de discussão e debate entre teólogos
e pastores puritanos
i. Eles haviam sido convocados em Assembleia pelo
parlamento inglês
ii. O objetivo era elaborar uma declaração que representasse
o consenso do que os calvinistas ingleses e escoceses
acreditavam quanto à doutrina, culto e administração da
igreja
2) Ela se tornava necessária por várias razões
a. Os calvinistas haviam assumido o governo da Inglaterra e agora
podiam levar avante a reforma da igreja
b. Era preciso uniformizar o pensamento dos reformados por causa
das crescentes controvérsias entre eles
c. Além disso, a contrarreforma estava avançando
i. Ele havia se iniciado com o concílio de Trento cerca de 100
anos antes
ii. Os teólogos católicos publicavam muito material contra os
reformados
3) Ela foi terminada após quatro anos de intensos debates na abadia de
Westminster
a. Tornou-se a confissão de fé mais conhecida e adotada por
reformados no mundo inteiro
b. Serviu de inspiração para muitas outras como a Confissão de Fé
Batista de Londres, a Declaração de Savoy (congregacional).

4) A CFW foi muito abrangente quanto aos temas tratados


1. ESCRITURA SAGRADA
2. DEUS E DA SANTÍSSIMA TRINDADE

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3. OS ETERNOS DECRETOS DE DEUS


4. CRIAÇÃO
5. PROVIDÊNCIA
6. QUEDA DO HOMEM, DO PECADO E DO SEU CASTIGO
7. PACTO DE DEUS COM O HOMEM
8. CRISTO O MEDIADOR
9. LIVRE ARBITRIO
10. VOCAÇÃO EFICAZ
11. JUSTIFICAÇÃO
12. ADOÇÃO
13. SANTIFICAÇÃO
14. FÉ SALVADORA
15. ARREPENDIMENTO PARA A VIDA
16. BOAS OBRAS
17. PERSEVERANÇA DOS SANTOS
18. CERTEZA DA GRAÇA E DA SALVAÇÃO
19. LEI DE DEUS
20. LIBERDADE CRISTÃ E DA LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA
21. CULTO RELIGIOSO E DO DOMINGO
22. JURAMENTOS LEGAIS E DOS VOTOS
23. MAGISTRADO CIVIL
24. DO MATRIMÔNIO E DO DIVÓRCIO
25. DA IGREJA
26. COMUNHÃO DOS SANTOS
27. SACRAMENTOS
28. BATISMO
29. CEIA DO SENHOR
30. CENSURAS ECLESIÁSTICAS
31. SÍNODOS E CONCÍLIOS
32. ESTADO DO HOMEM DEPOIS DA MORTE E DA
RESSURREIÇÃO DOS MORTOS
33. JUIZO FINAL

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5) Evidentemente ela não trata diretamente de assuntos que não estavam


em discussão na época
a. Como ordenação de mulheres e a questão do homossexualismo,
aborto
b. Contudo, como é uma exposição dos princípios bíblicos, acaba
servindo de referencial
6) Usaremos a CFW como nossa base para estudar a teologia da reforma
pois ela é a confissão que melhor representa o pensamento da reforma
pelo lado calvinista.

Até a próxima aula!

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Módulo 01: No Princípio

Aula 02: As Sagradas Escrituras

INTRODUÇÃO

1) O que vimos na aula anterior


2) O que veremos na aula de hoje
3) Por que a teologia da Reforma começa com a doutrina da Escritura
4) Vejamos como a teologia da Reforma entende as Escrituras

I – ELAS SÃO A REVELAÇÃO MAIOR E PERFEITA DE DEUS À HUMANIDADE –


parágrafos 1-3

1) Deus se revelou ao homem através da natureza


2) Também se revelou através da sua consciência
a. A revelação natural deixa os homens sem desculpa
b. Mas não trazem o conhecimento salvador de Deus
3) Por isso Deus decidiu revelar-se de maneira especial através das Escrituras, por
essas razões:
a. Declarar qual sua vontade ao seu povo
b. Melhor preservar e propagar a verdade
c. Preparar a igreja contra
i. A corrupção da carne
ii. A malícia de Satanás
4) Deus fez isso em diferentes tempos e diferentes modos
a. Usando diferentes pessoas em diferentes épocas
b. Através delas registrando sua vontade para sempre
5) A Escritura, portanto, é indispensável para a Igreja como única fonte do
conhecimento salvador de Deus e da sua vontade
6) Consequentemente, para os reformados, cessaram aqueles modos antigos de Deus
revelar sua vontade a seu povo
a. Profecias como Enoque, Noé, Jacó, profetas, Moisés, Davi, os apóstolos de
Cristo
b. Sonhos e visões onde Deus aparecia revelando seus planos
c. Teofanias ou cristofanias
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7) Em que isso é diferente de outras tradições cristãs e evangélicas?


a. Não cremos em novas revelações – a revelação cessou
b. Cremos que os dons revelacionais cessaram
c. Cremos que Deus contudo continua a nos guiar pela providência

Sal. 19: 1-4; Rom. 1: 19-20, e 2:14-15; Heb. 1:1-2; Luc. 1:3-4; Rom. 15:4; I Tim. 3: I5; II
Pedro 1: 19-21.

II – A INSPIRAÇÃO DIVINA SE ESTENDEU SOMENTE AOS LIVROS QUE COMPÕEM


O CANON JUDAICO-CRISTÃO – parágrafo 2-3

1) São os 66 livros que fazem parte da Bíblia conforme a Reforma


a. São 39 do Antigo Testamento
b. E mais 27 do Novo
2) Esses e somente esses foram dados por inspiração divina
a. Somente eles são a regra de fé e prática da igreja cristã
b. Os livros sagrados de outras religiões não foram dados por Deus
3) Os livros apócrifos igualmente não devem ser usados como base para doutrina ou
prática da igreja de Cristo
a. Não foram dados por inspiração divina
b. São escritos humanos – podem ser lidos mas não são autoridade na igreja de
Deus
4) Essa definição era importante para os reformados de Westminster
a. A contrarreforma havia aprovado em Trento os apócrifos do AT como parte
do canon sagrado
b. Tobias, Judite, I Macabeus, II Macabeus, Baruque, Sabedoria e Eclesiástico
(7 livros a mais)
5) Aqui a teologia da Reforma se firma hoje contra o liberalismo teológico
a. Que nega a inspiração e autoridade das Escrituras
b. Considera os livros apócrifos iguais aos canônicos
c. Considera todas as religiões como iguais

Ef. 2:20; Apoc. 22:18-19: II Tim. 3:16; Luc. 24:27,44; Rom. 3:2; II Pedro 1:21.

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III – A AUTORIDADE DAS ESCRITURAS É AUTO-EVIDENTE – parág. 4

1) Essa questão também foi muito importante para os reformados


a. Eles haviam rejeitado a autoridade do papa
b. A ICAR dizia que estava acima da Bíblia, pois foram os concílios que a
determinaram e legitimaram o canon sagrado
c. Os reformadores combateram essa visão que subordinava as Escrituras à
autoridade da igreja católica
2) A autoridade da Bíblia não depende do testemunho humano e nem da autoridade
da igreja cristã – quem testifica que ela é verdade é seu autor, Deus
3) Podemos usar argumentos racionais e lógicos a favor da inspiração, verdade e
autoridade da Bíblia, tais como:
a. A sua eficácia em mudar vidas e civilizações
b. A harmonia de todas as suas partes
c. Seu alvo – dar glória a Deus
d. A revelação de como o homem pode salvar-se
e. O cumprimento de suas profecias
f. Sua permanência em que pesem todos os ataques
g. Sua veracidade comprovada pela arqueologia e história antiga
h. O número de manuscritos do AT e NT
4) Eles, contudo, só podem nos dar uma admiração e apreço pela Bíblia
a. A certeza que temos que ela é a palavra de Deus é resultado do testemunho
interno do Espírito, testificando ao nosso coração
5) A relevância dessa perspectiva para nossos dias
a. Não deixar o dogma e a estrutura eclesiástica dominar e controlar as
Escrituras – como em algumas igrejas neopentecostais e outras históricas
que seguem mais suas confissões que a Bíblia
b. Rejeitar a busca de outras fontes de autoridade na igreja, como visões,
sonhos e revelações – ou ainda tradições
c. A necessidade de manter a autoridade sobrenatural da Bíblia
d. A implicação: ler a Bíblia de modo sobrenatural (John Piper)

I João 5:9, I Tess. 2:13. I João 2:20,27; João 16:13-14; I Cor. 2:10-12.

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CONCLUSÃO

1) A centralidade das Escrituras na teologia da Reforma


2) “Sola Scriptura” significa
a. Somente a Bíblia é nossa regra de fé e prática
b. Podemos aprender dos livros dos teólogos antigos e modernos, e ainda da
tradição eclesiástica
c. Mas a autoridade final na igreja é o Espírito Santo falando na Bíblia

Até a próxima aula!

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Módulo 01: No princípio

Aula 03: Escrituras Sagradas

INTRODUÇÃO

1) O que vimos na aula anterior


a. As Escrituras são a maior e mais perfeita revelação de Deus à humanidade
b. A inspiração se estendeu somente aos livros que compõem o cânon judaico-
cristão da Escrituras
c. A autoridade das Escrituras é auto evidente
2) O que veremos agora – como interpretar as Escrituras
a. Os reformadores nos deram não somente uma visão do que é a Bíblia
b. Mas também princípios sobre como devemos interpretá-la
c. O modelo de interpretação é resultado direto do conceito que temos das
Escrituras
3) A Confissão de Fé traz mais cinco parágrafos do Capítulo I relacionados com as
Escrituras e sua interpretação

I – A SUFICIÊNCIA DA ESCRITURA, parág. VI – Três pontos centrais

1) Tudo que precisamos saber sobre Deus e a nossa salvação está na Bíblia
a. Em declarações claras e diretas
b. Ou podem ser deduzidas de maneira clara e lógica
2) Portanto, não podemos acrescentar mais nada às Escrituras
a. Em tempo algum
b. Por novas revelações do Espírito
c. Por tradições dos homens
3) Contudo, precisamos da iluminação do Espírito para compreender de maneira
salvadora o que Deus revelou nas Escrituras
a. O que a iluminação do Espírito não é:
i. revelação de sentidos novos, profundos e ocultos
ii. O acréscimo de conhecimentos que se obtém pelos meios (gramática,
história etc.)
b. Mas a compreensão salvadora da palavra de Deus

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c. Necessária porque somos criaturas e pecadores

ALGUMAS APLICAÇÕES DESSES PONTOS PARA NÓS

1) Há circunstâncias, assuntos, questões para as quais não temos uma passagem


bíblica explícita
a. Muitos ficam pedindo “qual a base bíblica” até para a divisão de classes na
EBD
b. Contudo, podemos organizar o culto e a vida da igreja à luz do senso comum
i. À luz da natureza
ii. Com prudência cristã
iii. Seguindo as regras gerais da Bíblia
iv. Seguindo o bom senso, a lógica e as regras de gramática e
hermenêutica em geral
2) Entender o papel do Espírito Santo na interpretação
a. Devemos sempre orar para que o Espírito nos ilumine
b. Mas não devemos tentar a Deus esperando que ele vai nos dar
sobrenaturalmente o que ele promete nos dar mediante meios
3) Não forçarmos os textos a dizer o que não dizem
a. A Bíblia é suficiente, mas ela não é exaustiva
b. Devemos calar onde ela cala

II Tim. 3:15-17; Gal. 1:8; II Tess. 2:2; João 6:45; I Cor. 2:9-12.

II – A CLAREZA DA ESCRITURA, parág. VII – são 4 pontos aqui

1) A teologia da Reforma reconhecia que havia partes difíceis de entender na Bíblia


a. Era um livro muito antigo
b. Escrito em outras línguas e numa cultura diferente da nossa
c. Escrito por pessoas diferentes por motivos diferentes
d. Há partes na Bíblia que não são claras e evidentes da mesma forma a todos
2) Os reformadores entendiam que essas partes difíceis não incluíam os temas
centrais da fé
a. Estão mais relacionadas com a forma de culto, a administração das igrejas, a
administração dos sacramentos, o relacionamento com o estado etc.

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b. Nesses itens, podemos discordar, mas não são motivo para rejeitarmos os
dissidentes como heréticos
3) Contudo, aquilo que devemos crer e obedecer para a salvação e vida eterna é claro
na Bíblia
a. Em todas as suas partes, embora não de maneira igual
b. Qualquer pessoa que leia ou escute pode ter uma compreensão suficiente
para ser salvo
c. Não precisa ser versado em gramática, história, filosofia, grego, teologia
4) Os reformadores aqui rejeitaram o conceito católico da obscuridade das Escrituras
a. Por isso, tiraram a Bíblia do povo, pois esse não tinha condições de ler por si
b. A igreja reservou-se o direito de ser a única intérprete autorizada da Bíblia
c. Por isso, nunca se preocupou na idade média em traduzi-la para os povos
d. Os reformadores traduziram a Bíblia nas línguas dos povos
e. Encorajaram os povos a ler a Bíblia e buscar entender seu sentido, com a
ajuda dos seus pastores
5) Como isso é importante para nossos dias!
a. Os cristãos devem ler a Bíblia por si mesmos – não ficar dependendo de
pastores e líderes que se arrogam como intérpretes autorizados por Deus
para dar o sentido oculto da Bíblia
b. Por outro lado, reconhecendo as dificuldades, podemos e devemos estudar,
ler comentários, fazer pesquisas
c. A importância da exposição bíblica através dos mestres e pastores

II Pedro 3:15-16; Sal. 119:105, 130; Atos 17:11.

III – A INSPIRAÇÃO DAS ESCRITURAS, parág. VIII – três pontos aqui

1) A inspiração das Escrituras está nos textos originais, os autógrafos, em grego e


hebraico
a. Na sua providência, Deus preservou o texto original através dos séculos
b. Através de copistas, inicialmente, e depois pela imprensa
c. No processo anterior à imprensa, erros de copistas foram introduzidos
d. Mas são erros pequenos e não afetam o conteúdo da Bíblia
e. Temos perto de 100% de certeza dos textos originais

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2) As línguas em que a Bíblia foi escrita não se falam mais hoje (hebraico, aramaico e
grego)
a. Daí a necessidade de traduzir a Bíblia para as línguas modernas de todas as
nações
b. Uma vez que a Bíblia é a autoridade suprema na Igreja e que Deus nos fala
por ela
c. Além disso, precisamos estudá-la para melhor compreender seu sentido
d. Por isso os reformadores se dedicaram a traduzir a Bíblia
e. Hoje, a Bíblia é o livro mais traduzido do mundo
3) As traduções e versões, por mais fiéis e exatas, não são em si inspiradas, infalíveis
e inerrantes
a. Pela providência de Deus, contudo, podemos ter a certeza de que nossas
Bíblias são a palavra de Deus e podemos ler com confiança
b. Nelas encontramos conforto, direção e ouvimos a voz de nosso Deus
4) A importância desse ponto para nós hoje reside nisso:
a. O liberalismo teológico nega a inerrância bíblica
i. Muitos seminários são liberais
ii. Muita literatura em português
b. Não devemos desprezar o estudo, a teologia, o conhecimento
i. A Bíblia que nós lemos é o resultado do trabalho acadêmico e
intelectual de estudiosos e teólogos
ii. Eles dedicaram a vida toda a estudar a palavra de Deus para traduzi-la
c. A incoerência dos que rejeitam os estudos e dizem confiar apenas no Espírito
para entender a Bíblia

Mat. 5:18; Isa. 8:20; ICor. 14; 6, 9, 11, 12, 24, 27-28; Col. 3:16; Rom. 15:4.

IV – A REGRA INFALÍVEL DE INTERPRETAÇÃO, parág. IX

1) Os reformadores haviam rejeitado a autoridade do papa na interpretação da Bíblia


a. Era preciso, então, definir quem é autoridade máxima da interpretação
b. Eles entenderam que a regra infalível de interpretação é essa: a escritura é
sua melhor intérprete

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2) Também entenderam que o sentido verdadeiro e pleno de qualquer texto da


escritura é único e não múltiplo
a. Durante a idade média, a igreja católica havia ensinado que cada texto
bíblico tem múltiplos sentidos, sendo o mais importante o sentido alegórico
b. Dessa forma conseguiram introduzir suas próprias ideias, através da
alegorização
c. Os reformadores rejeitaram o conceito de interpretação alegórica da Bíblia
d. Insistiram que cada texto tem somente um sentido, que é aquele do autor
bíblico.

3) Portanto, a melhor maneira de interpretar textos difíceis é compará-los com outros


textos da Bíblia onde o seu conteúdo semelhante aparece de maneira mais clara.

4) Esse ponto é muito importante em nossos dias


a. Devemos rejeitar as interpretações alegóricas
b. A importância de estudar a Bíblia toda em pregar a Bíblia toda
c. A importância do contexto

At. 15:15; João 5:46; II Ped. 1:20-21.

V – A AUTORIDADE SUPREMA NA IGREJA, parág. X

1) Na teologia da reforma a Bíblia é autoridade máxima em todas as controvérsias


religiosas
a. Não somente isso, mas ela é a única regra de fé e prática para igreja
b. Isso inclui desde a nossa maneira de viver até a forma de culto que
prestamos a Deus

2) Todas as demais fontes de conhecimento e de práticas devem ser criteriosamente


examinadas pela escritura
a. As decisões dos conselhos das igrejas
b. As opiniões de autores cristãos
c. Todas as doutrinas elaboradas pelas igrejas
d. As opiniões particulares de cada pessoa
e. As alegadas profecias e revelações
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3) A consciência do crente está cativa as escrituras sagradas como o juiz supremo


sobre todas as coisas

Mat. 22:29, 31; At. 28:25; Gal. 1: 10.

Até a próxima aula!

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Módulo 01: No princípio

Aula 04: A Santíssima Trindade

INTRODUÇÃO

1) Na aula de hoje veremos a importante doutrina da Trindade


2) Essa doutrina é central no pensamento cristão em todo mundo
3) A trindade distingue o cristianismo das demais religiões monoteístas mundiais –
judaísmo e islamismo
4) Entretanto, mesmo entre os cristãos existe diferença de opinião quanto ao mistério
da santíssima Trindade
5) Nosso objetivo na aula de hoje é entender o que a teologia da reforma acredita
sobre Deus e sobre as três pessoas que subsistem no seu ser

I – QUEM É DEUS, parágr. I

1) Existe apenas um Deus, vivo e verdadeiro


a. Ele é infinito em seu ser e nos seus atributos
b. Ele é espírito, não tem corpo ou membros
c. Ele é imutável em seus atributos
d. Ele faz tudo para sua glória, conforme sua vontade
e. Ele é amor e é justo
f. Deus é um ser livre e pessoal
2) A importância desse entendimento de Deus
a. Contra o panteísmo (tudo é Deus e Deus é tudo)
b. Contra o politeísmo
c. Contra o conceito de Deus como uma força impessoal
d. Contra qualquer noção corpórea de Deus

II – OS ATRIBUTOS DE DEUS, parágraf. I

1) O que são atributos


2) Atributos incomunicáveis
a. Imutável

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b. Eterno
c. Incompreensível
d. Onipotente
e. Onisciente
f. Onipresente (imanência e transcendência)
3) Atributos comunicáveis
a. Santo
b. Cheio de amor
c. Gracioso
d. Misericordioso
e. Longânimo
f. Bondoso
g. Justo

Deut. 6:4; I Cor. 8:4, 6; I Tess. 1:9; Jer. 10:10; Jó 11:79; Jó 26:14; João 6:24; I Tim. 1:17;
Deut. 4:15-16; Luc. 24:39; At. 14:11, 15; Tiago 1:17; I Reis 8:27; Sal. 92:2; Sal. 145:3; Gen.
17:1; Rom. 16:27; Isa. 6:3; Sal. 115:3; Exo3:14; Ef. 1:11; Prov. 16:4; Rom. 11:36; Apoc.
4:11; I João 4:8; Exo. 36:6-7; Heb. 11:6; Nee. 9:32-33; Sal. 5:5-6; Naum 1:2-3.

II – QUEM É DEUS EM RELAÇÃO ÀS SUAS CRIATURAS, parág. II

1) Ele é autoexistente, autônomo, suficiente em si mesmo – asseidade


2) Ele não precisa de suas criaturas
3) Ele não deriva sua glória delas, mas manifesta sua glória nelas
4) Ele deu origem a tudo o que existe
5) Ele conhece todas as coisas
6) É santíssimo em tudo o que faz
7) Portanto, toda a criação deve adorar, servir e obedecer a Deus

João 5:26; At. 7:2; Sal. 119:68; I Tim. 6: 15; At - . 17:24-25; Rom. 11:36; Apoc. 4:11; Heb.
4:13; Rom. 11:33-34; At. 15:18; Prov. 15:3; Sal. 145-17; Apoc. 5: 12-14.

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III – A SANTÍSSIMA TRINDADE, parág. III

1) As Escrituras falam com muita clareza que existe apenas um Deus


2) Elas também se referem a três pessoas como sendo Deus
a. O Pai
b. O Filho
c. O Espírito Santo
3) Muito embora a palavra Trindade não apareça na Bíblia, o conceito pode ser muito
claramente derivado dela, pela interpretação normal das Escrituras.

4) A Confissão de Fé resumiu o entendimento cristão histórico dessa forma

III. Na unidade da Divindade há três pessoas de uma mesma substância, poder e


eternidade - Deus o Pai, Deus o Filho e Deus o Espírito Santo, O Pai não é de
ninguém - não é nem gerado, nem procedente; o Filho é eternamente gerado do
Pai; o Espírito Santo é eternamente procedente do Pai e do Filho.

5) Os pontos centrais da doutrina da Trindade portanto são esses:


a. Deus é um e somente um
b. Na unidade da Divindade há Três Pessoas distintas
c. Elas participam da mesma substância, poder e eternidade
d. Elas têm nomes distintos que indicam em que são pessoas distintas
i. O Pai – não é gerado nem procedente
ii. O Filho – eternamente gerado do Pai
iii. O Espírito Santo – eternamente procedente do Pai e do Filho
e. O Pai planejou todas as coisas para a sua glória
f. O Filho executou, assumindo a forma humana para sempre
g. O Espírito aplica os benefícios da obra de Cristo aos eleitos

6) As heresias a serem evitadas


a. Modalismo – Pai, Filho e Espírito Santo são três modos do mesmo Deus
aparecer e agir e não três pessoas distintas
b. Subordinacionismo – Deus Filho é semelhante a Deus, mas não igual a ele –
foi criado por Deus e não era pré-existente (Ário).
c. Triteísmo – existem três deuses e não um somente
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7) O conceito de Trindade ontológica e Trindade econômica

Mat. 3:16-17; 28-19; II Cor. 13:14; João 1:14, 18 e 15:26; Gal. 4:6.

Até a próxima aula!

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