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2º ENCONTRO DE CRISTÃOS UNIVERSITÁRIOS DA UMADESL
ÍNDICE
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2º ENCONTRO DE CRISTÃOS UNIVERSITÁRIOS DA UMADESL
PALAVRA DA COORDENAÇÃO
Olá, Juventude Pentecostal! É como muita alegria que nós recebemos vocês nesse
2º Encontro de Jovens Cristãos Universitários realizado pela UMADESL com um tema
extremamente relevante para o cenário que vivemos: Guerra Cultural – Defendendo a
Fé em um mundo de Ideologias.
Sabemos que com a virada do novo milênio houve diversas transformações sociais e
culturais que trouxeram impactos positivos e negativos de maneira geral. Entre esses
aspectos negativos, vimos a grande mudança moral da sociedade ocidental colidindo
com a Ética Cristã.
Nessa nova ocasião, passaram a existir diversos movimentos de contracultura que vi-
savam subverter a fé em todos os aspectos. Diversas ideologias passaram a confrontar
a Igreja, a Fé e os jovens nas escolas, universidades e em diversas áreas da sociedade
de maneira geral. Desde então, passamos a enfrentar um guerra no aspecto cultural
em todos os sentidos.
Diante deste cenário que vivemos, é que preparamos para vocês o nosso Segundo En-
contros de Jovens Cristãos Universitários para ajudá-los a fortalecer a fé e refutar as Ideo-
logias que querem nos escravizar segundo os princípios deste mundo (2 Co 10.4-5).
A palavra de Deus diz que “nós devemos apresentar a razão da esperança que há
em nós” (1 Pe 3.15) e isso deve ser feita de maneira diligente, clara e objetiva a fim de
anunciarmos Cristo no Campus Universitário.
A minha oração é que vocês façam bom uso deste material, levante boas perguntas
aos palestrantes e cresçam cada vez mais enraizados em Cristo Jesus sem se deixar
serem enganar pelas vãs filosofias de nossa era (Cl 2.6-8).
Em Cristo,
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COMO VENCER A
GUERRA CULTURAL?
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to. Somos soldados de Deus. Temos que aprovação divina é mais importante que
frear o nosso ritmo de vida e pensamos a aceitação humana.
realmente sobre os grandes temas que
1.4.5. Coragem para representar a
hoje estão sendo debatido. Detalhe:
Cristo.
se você não pesquisar vai falar boba-
gem sobre o que realmente nunca leu. Um dos lugares mais difíceis de pregar
Se não pensar profundamente vai ser o evangelho é na Universidade.
guiado por quem pensou erradamente.
1.4.6. Muita música e pouca teologia
Se não for a fonte, vai depender de in-
e livros.
terpretações tendenciosas e reducionis-
tas. Precisamos pensar em temas como Hoje nossos jovens gostam mais de mú-
aborto, ideologia de gênero, sexualida-
sica que de teologia. Prova real da afir-
de, inteligência artificial, liberdade re-
mação: Pergunte para os jovens quem
ligiosa, racismo, epistemologias social,
desconstrucionismo, poder, linguagem, são os cantores mais conhecidos ou
cultural. Não apenas ler os teóricos, coloque as músicas mais conhecidas e
mas dialogar dentro de um arcabouço peça pra dizerem quem canta...Depois
teórico cristão ao ponto de sabermos pegue uma doutrina da bíblia e peça 5
como ter uma fé que também pensa e referencias que fundamentem a doutri-
sabe responder a questões difíceis. na ou então pergunte o que é Justifi-
1.4.4. Desejo de aceitação social: cação pela fé...O analfabetismo bíblico
Qual a sensação que você tem quando hoje é uma realidade em nossa juventu-
seu amigo da faculdade descobre que de... Eis uma das principais razões por
você é crente, fala em línguas e acredi- que muitos se desviam na Universidade.
ta nos relatos da bíblia sobre a criação, Eles não tem raiz na Palavra. Seria um
na história de Adão e Eva e no relato
bom começa se a mocidade começasse
de Jonas sendo engolido por uma ba-
a ir para escola dominical e mergulhas-
leia (essa é a expressão que eles usam
se na revista como quem estuda para
ao zombar do que chamam de mitos).
Quando você ouve seu professor dizen- escrever um artigo na universidade.
do que não existe verdade, apenas in-
Para finalizar é só perguntar: O que en-
terpretações e que na verdade tudo é re-
che mais? Um show ou uma tarde de
sultado de uma luta de classe, inclusive
estudo da bíblia?
sua religião é um instrumento de poder
para engano das massas oprimidas pe- 2.Estude as formas de expressões das
los poderosos. Quando o desejo de acei-
ideologias.
tação social vira uma obrigação moral
esquecemos o que cremos por que ser A mais perigosas de todas as ideologias
parte do grupo se torna mais importan- hoje na faculdade: A Cosmovisão Mar-
te que se apegar ao que a bíblia diz. A xista.
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cultura pop, misticismo oriental, nova palavra que eu inventei?), onde tudo
era, justiça social... Agora as palavras se resume a sentir certas emoções em
significam o que nós queremos porque cultos vazios das mensagens do nosso
a verdade não vem mais do Livro, nem Inimigo. As cerimônias serão anima-
da relação com a realidade. das e vibrantes, mas sem nenhuma
transformação. Sem aquele vocabulá-
Sorria, Verminoso. Pela primeira vez na
rio perigoso que me causa nojo só de
história, nossas propagandas criativas
lembrar daqueles pregadorezinhos do
estão estampadas em todos os lugares.
século falando de pecado, redenção, ar-
Viraram máximas em camisas, assun-
rependimento e ira. Você deve levar os
tos em livros e até teses de doutorados
líderes do seu paciente a falar mais de
que ganham prêmios em dinheiro. Mas
motivação, vitória financeira, sucesso e
não esqueça: a batalha continua. Um
prosperidade. Enfatize o amor ao pró-
movimento silencioso e perigoso come-
ximo sem a fidelidade ao Inimigo. Faça
çou de forma despretensiosa. Eles cha-
do “Não julgueis” o lema público dele ao
mam de Apologética, e nós chamamos
criar a liberdade social de todos viverem
de “A Grande Mentira”. O grande perigo
de qualquer jeito, sem qualquer possi-
é seu paciente ter acesso à literatura
bilidade de correção ou disciplina. Você
que pode prepará-lo para batalha no lu-
não imagina o efeito de heresias sabo-
gar mais diabólico que existe nesse “ad-
rosas em levar pobres almas místicas e
mirável mundo novo”: a universidade.
materialistas (gosto da combinação de
Você deve levar nosso paciente a vi- termos!) a irem para o abismo comum
ver um cristianismo light (gostou da livro do nosso Inimigo bem debaixo do
braço...
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O PENTECOSTALISMO COMO
RESPOSTA A MODERNIDADE.
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tural (idade média) ou mesmo mítico tende a realidade como sujeita a razão
(Grécia). O mundo antes visto como e limitada a experiência, o pentecosta-
geocêntrico agora é ressignificado como lismo ultrapassa o misticismo religioso
heliocêntrico, o acaso agora ocupa o católico, submetendo o experiencial ao
lugar da providencia e a práxis ocupa escrituristico dentro da esfera da inte-
o lugar da contemplação. A existência rioridade e da vida.
está atrelada a ideia do “ que é racional
O Pentecostalismo não nega a razão,
é real e o que é real é racional”(Hegel).
mas reafirma seus limites. Entende que
O ser agora é o que é material, físico,
este mundo não é só o que o observa-
racional, quantificável. Toda a forma
mos, ou mesmo o que conseguimos me-
de conceber o mundo agora passa pelo
dir ou calcular. Existe algo ou Alguém
tribunal da razão. O que sai da esfera
que escapa nos últimos segundos, como
do entendimento humano é visto como
se fugisse, como se Sua realidade não
fantasioso, místico e irreal. Dentro da
pudesse ser controlada, manipulada
esfera do que vai além da compreen-
em nossos frios laboratórios ou revela-
são e experiência (empirismo) huma-
da no escrutínio das nossas análises. O
na, está Deus, os anjos, céu, inferno e
Pentecostalismo não é escravo do senso
a própria alma humana. A Moderni-
comum e nem do sobrenaturalismo das
dade fundou a religião irreligiosa (ou
religiões orientais. Ele depende da expe-
seria anticristã?) onde a recriação a
riência do texto unida a experiência do
partir do próprio homem é a única for-
Espírito Santo na vida. Não é resultado
ma de interpretação da realidade acei-
de meditação, não se apoia em energia
ta como sendo dentro dos limites da
cósmica. A pessoalidade do Pneuma
razão. O mundo encolhe-se até onde o
Hagios (Espirito Santo) é reafirmada do
Estado pode tocar, a ciência pode me-
início ao fim. Sua voz é suprema. Seu
dir e progresso pode determinar. Seria
toque é poderoso. Sua direção é inter-
a modernidade um projeto incrédulo
na. Mas tudo é real. Tudo é vivido. Não
de destruição do significado da reli-
dá pra contar, medir, provar(cientifica-
gião através da fundação da irreligiosi-
mente), mas quem disse que é preciso
dade baseada na imanência obscura? A
ter prova de tudo? A prova do contato
ontologia moderna é um mundo mecâ-
real não cede ao tribunal de quem nun-
nico dominado pelas ideias de Galileu
ca conseguiu provar que tudo tem que
e Newton, em que as de leis imutáveis
ter uma prova.
e a uniformidade da natureza seguem
curso de forma inflexível. A Epistemologia Moderna e a Episte-
mologia Pentecostal.
A ontologia pentecostal escapa dos gri-
lhões do reducionismo matematizante A epistemologia moderna é fundamen-
da modernidade que reduzia o homem o talmente verificacionista e matemati-
mundo ao biológico, químico, histórico zante. Apenas o que pode ser verifica-
e social. Enquanto a modernidade en- do ou comprovado matematicamente
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é aceito como verdadeiro. Mas como de Comte faz parte da infância do ser
Deus, a ética e valores estéticos ficam humano (Comte,1978, p. 38). O Pente-
diante dessa navalha reducionista? costalismo não foi uma invenção tardia,
mas foi uma ressurreição da cosmovi-
O espírito antimetafisico tornou apenas
são bíblica e pneumatologica, esquecida
o que é material e perceptível como sen-
dentro de um mundo asfixiado pela não
do o único possível de ser conhecido. O
possibilidade da religião. Talvez o que
que conhecemos é agora limitado por
o Pentecostalismo tenha sido, o suspiro
que não podemos mais conhecer o que
de um mundo, sufocado, a procura de
não podemos experimentar. Estamos
Deus, e que agora pôde ser encontra-
dentro de um sistema que conhecemos
do igreja estranha e barulhenta de um
que não podemos conhecer. A certeza
homem negro cego de um olho (William
de que só duvidando podemos chegar
Seymour).
a algumas certezas e até essas certezas
ainda são incertas. Literalmente O Pentecostalismo coloca no lugar que
criamos o dogma de que os dogmas não a modernidade dá para as luzes da
devem ser a base do conhecimento e que razão, a Voz do Espírito na Palavra.
na verdade conhecimento é resultado No lugar das predições do «científico”,
apenas de ciência. o Pentecostalismo reafirma o profético.
No espaço da pregação do progresso
A epistemologia pentecostal é baseada
moderno, o Pentecostalismo coloca
profundamente na crença revelacional
o progresso moral do movimento da
do Espírito tanto na Escritura (norma-
Santidade. Enquanto a modernidade
tivamente) quando nos carismas (pro-
se apega a matemática e física, o
feticamente). Enquanto na Modernida-
Pentecostalismo se alia a metafísico e
de o conhecimento é resultado de um
espiritual. No lugar de espírito da épo-
método rigoroso de observação, experi-
ca, o Pentecostalismo prega a época do
mentação e teorização, no Pentecosta-
Espírito. A modernidade profetizou a
lismo o espiritual não é descartado por
morte da religião e o Pentecostalismo é
causa da guerra contra o metafísico. O
a prova que o tiro saiu pela culatra...
mundo não é um sistema matemático
de causa e efeito fechado, mas um lugar O Pentecostalismo é a volta da
exótico, incontrolável, onde a ditadura centralidade da metafísica ao espaço
do naturalismo não tem espaço e nem público. Deus volta aos becos e vielas,
as invasões do historicismo brechas. O falando outras línguas, manifestando
Pentecostalismo nunca foi contra o co- seus sinais ao mundo. O mundo frio
nhecer, ou mesmo, contra o progresso. do conceitual não foi suficiente para
Mas contra as premissas não discutidas satisfazer a fome do transcendental
do que agora era dito como única forma que só uma visão bíblica, completa
de conhecimento aceitável, crível, real. e contextualizada de Deus poderia
O conhecimento religioso na concepção fornecer. Quem disse que a metafísica
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foi morta a séculos atrás? Ela está viva gião e da fé apenas ao campo do intelec-
e passa bem sentada no banco de uma to ou do ético, reconduzido a expressão
igreja pentecostal... do cristianismo a uma modalidade de
existência em que Deus não está ligado
A epistemologia moderna é fundamen-
a uma revelação no passado ou mesmo
talmente verificacionista e matemati-
poderia ser reduzido a símbolo das cul-
zante. Apenas o que pode ser verifica-
turas de povos antigos e pré-científico.
do ou comprovado matematicamente
Deus existe aqui e agora. Ele continua
é aceito como verdadeiro. Mas como
operando sinais, apesar das críticas de
Deus, a ética e valores estéticos ficam
Hume. As leis da natureza não são obs-
diante dessa navalha reducionista?
táculos para o Pai da natureza. Deus
O Pentecostalismo pode ter tido no pas- está vivo, é real e se revelou em Seu Fi-
sado problema com o Anti-intelectualis- lho que agora é ontológica e epistemo-
mo do fundamentalismo, mas com nun- logicamente vivo no Espírito Santo que
ca foi escravo do cientificismo e nem do mora em cada crente.
ceticismo. Ele sempre fugiu das garras
Referencias:
do racionalismo. A resposta do Pente-
costalismo a epistemologia moderna foi COMTE, Augusto. Curso de filo-
a volta da Presença do Real, foi o retorno sofia positiva; Discurso sobre o
do numinoso, foi o reconhecimento dos espírito positivo; Discurso pre-
limites do intelecto. O Pentecostalismo liminar sobre o conjunto do
não caiu no irracionalismo, mas procla- positivismo; Catecismo positivis-
mou junto com a pós-modernidade a ta. São Paulo: Abril Cultural, 1978.
aceitação do sobrenatural como real. A (Os pensadores)
supremacia do modernismo na sua ex-
NAUGLE, David. Cosmovisão: a histó-
pressão epistemológica, caiu por terra
ria de um conceito. Ed. Monergismo.
quando as loucuras da irracionalidade
Brasília- DF, 2017.
brotaram da dita “razão”. Que estranho
racional é esse que gera guerras e ca- SYNAN, Vinsan. O Século do Espirito
sos em nome do progresso e com a ban- Santo. Ed. Vida. São Paulo, 2009.
deira do tecnológico. O Pentecostalismo
sempre reafirmou a imperfeição hu-
mana e a necessidade de regeneração.
Mas o mal foi jogado debaixo do tapete
das Filosofia otimistas do iluminismo.
Algumas décadas depois as previsões
otimistas morreram nas praias das de-
cepções sociais e históricas.
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GUERRA CULTURAL -
A REVOLUÇÃO SEXUAL
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2º ENCONTRO DE CRISTÃOS UNIVERSITÁRIOS DA UMADESL
2 https://www.brasilparalelo.com.br/artigos/revolucao-sexual
3 Marshall, Peter H., 1946- (2010). Demanding the impossible: A History of Anarchism. Oakland,
CA: PM Press. 144 páginas.
4 Gorer, Geoffrey, 1905-1985. (2011). The Life and ideas of the Marquis de Sade.
5 Dostoiévski, Fiodor. Os irmãos Karamazov, p. 109. Ed: 34.
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10 Beauvoir, Simone de. São Paulo. O segundo sexo. Ed: Difusão Européia do Livro, 1970.
11 https://www.brasilparalelo.com.br/artigos/segunda-onda-feminista.
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15https://www.google.com/amp/s/www.techtudo.com.br/google/amp/noticias/2020/08/acesso-a-sites-
pornos-cresce-600percent-em-periodo-de-home-office-diz-pesquisa.ghtml
16 https://www.gazetadopovo.com.br/instituto-politeia/pesquisadores-custos-sociais- pornografia/#:~:text=-
Segundo%20estimativas%20da%20professora%20de,cerca%2014%20milh%C3%B5 es%20de%20lares).
17 https://www.familia.com.br/porque-ver-pornografia-faz-de-voce-cumplice-da-exploracao-infantil-e- escra-
vidao-sexual/
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contra o conhecimento de Deus, e le- lavra meios pelos quais ele possa ser “po-
vando cativo todo pensamento à obe- deroso” em palavras argumentando com
diência de Cristo.” (2 Co 10.4-5). precisão, diligência e reduzindo à cinzas
as ideias que são contra tudo aquilo que
Paulo entende a vida cristã como uma acreditamos. Além do mais, Paulo con-
milícia, algo muito comum no Novo tinua dizendo que essas armas servem
Testamento (2 Co 6.7; Ef 6.10-18; 1 Tm também para anularmos “os sofismas”
1.18; 2 Tm 2.3-4; 4.7). Mas ao contrário que são ideias, especulações, raciocínios
da guerra que nós estamos costumados falaciosos, filosofias e falsas religiões que
a estudar, as nossas armas não são são como fortalezas ideológicas que se
carnais, isto é, humanas. Não temos opõem ao Deus verdadeiro.
tanques de guerras, nenhum aparato
cibernético e não carregamos revólve- Paulo fez isso no Areópago quando de
res, pois as nossas armas são espiri- maneira muito sábia analisou de ma-
tuais porque a luta em si é espiritual. neira consistente aquilo que os filósofos
gregos acreditavam. Paulo não chegou
Paulo emprega a ideia de “fortalezas” de de maneira aleatória, sem estratégia
maneira metafórica para a igreja de Co- para refutar e apresentar a verdade. Ele
rinto, porque eles entendiam isso muito simplesmente disse que “andou obser-
bem. Corinto possuía uma fortaleza na vando que eles eram muito religiosos”
parte sul da cidade no topo na qual os (Atos 17.22-23). Se queremos refutar
seus habitantes poderiam se refugiar
em momentos de guerra. Essas forta- o erro, precisamos observar de maneira
lezas são difíceis de serem penetradas diligente no que e em que ou em quem
pelos exércitos adversários, mas eles eles acreditam, a fim de que possamos
conseguiam muitas vezes penetrar, ba- refuta-los com a verdade de Deus e anun-
talhar, vencer a guerra e subjugar. ciar o Evangelho de Cristo, a fim de que
as mentes deles sejam libertas da menti-
Paulo está falando que as fortalezas es- ra e encontrem a plena verdade.
pirituais da maldade de fato são fortes
e difíceis de serem penetradas. Isso é 2. Lutando pela Renovação da Mente
extremamente visível quando você
Em Romanos 12.2 Paulo diz que deve-
confronta a crença de uma pessoa que
mos “nos transformar pela renovação
abraçou totalmente a Revolução Se-
do nosso entendimento.” A transforma-
xual. A razão parece não fazer senti-
ção do entendimento é necessária à me-
do para a sua mente e o que importa
dida que usufruímos da comunhão com
são apenas os seus sentimentos. No
Deus em meio a um mundo corrompi-
entanto, Paulo diz que “Em Deus” as
do pela revolução sexual. Quando nós
nossas armas são “poderosas.” Essa é
voltamos ao início do livro de Romanos
uma expressão usada por Lucas para
1.18-32 nós passamos a ver de manei-
falar de como Moisés era “poderoso
ra clara como a mente da humanidade
em obras e palavras “ (At 7.22).
fora afetada “...porquanto, tendo co-
Moisés era um homem equipado não so- nhecimento de Deus, não o glorifica-
mente pelo poder de Deus que se mani- ram como Deus, nem lhe deram graças;
festava de maneira extraordinária, mas antes, se tornaram nulos em seus pró-
também na capacidade de argumentar prios raciocínios, obscurecendo-se-lhes
com diligência em prol da vida em um o coração insensato. Inculcando-se por
tempo de profundo engano e mentira. O sábios, tornaram-se loucos..”. Aqui ve-
Cristão tem que buscar em Deuse na pa- mos de maneira muito clara que a cor-
18 https://www.burkeinstituto.com/blog/guerra-cultural/o-que-e-guerra-cultural/
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