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METROLOGIA

Erros de medição

Prof. Dr. Ramsés Otto Cunha Lima


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Erros de medição

TÓPICOS DE AULA

• Introdução;

• Conceitos clássicos: Exatidão e Precisão;

• Erros de medição
 Erro sistemático;
 Erro aleatório;
 Erro grosseiro;

• Erros absolutos e relativos;

• Correção de erros.

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INTRODUÇÃO

• Por maior cuidado que se tenha ao efetuar uma medição, mesmo que sejam
utilizados equipamentos adequados em condições ambientais bem
controladas, os resultados obtidos virão afetados por diversos erros.

• Nem o operador mais habilidoso e nem o equipamento mais caro são


perfeitos. Dessa forma, os resultados das medições, dos ensaios e das
análises, também não podem ser perfeitos.

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INTRODUÇÃO

• Uma das principais tarefas em metrologia é identificar as fontes de erro que


podem afetar o processo de medição e quantificar essas fontes de erro.

• Essa “falta de perfeição” é designada, atualmente, por “incerteza”.

• A palavra “erro”, que durante anos foi utilizada com esse mesmo
significado, está, atualmente, reservada para designar o afastamento entre o
valor obtido numa medição e o correspondente valor verdadeiro, o qual é, em
geral, desconhecido.

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CONCEITOS CLÁSSICOS: EXATIDÃO E PRECISÃO

• Tem sido prática comum a utilização dos conceitos de “exatidão” e


“precisão” para caracterizar o grau de rigor com que uma medição é efetuada.

• Exatidão:
 Maior ou menor aproximação entre o valor obtido e o valor verdadeiro.

• Precisão:
 Está associada à dispersão dos valores resultantes da repetição das
medições.

• Se fizermos uma analogia do disparo de um projétil contra um alvo,


podemos dizer que:
 A exatidão corresponde a acertar no (ou próximo do) centro do alvo;

 A precisão corresponde ao fato de vários disparos acertarem pontos


muito próximos entre si.
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CONCEITOS CLÁSSICOS: EXATIDÃO E PRECISÃO

• Exemplos:

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CONCEITOS CLÁSSICOS: EXATIDÃO E PRECISÃO

• Considerações:

 Parâmetros qualitativos associados ao desempenho de um sistema.

 Um sistema com ótima precisão repete bem, com pequena dispersão.

 Um sistema com excelente exatidão praticamente não apresenta erros.

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ERROS DE MEDIÇÃO

• Com base na forma como os diversos tipos de erros influenciam nas


medições, o erro de medição pode ser considerado como composto de três
parcelas aditivas:

E = Es + Ea + Eg
• Onde:
 E = erro de medição

 Es = erro sistemático

 Ea = erro aleatório

 Eg = erro grosseiro

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• Erros Sistemáticos:
 São os erros que afetam o resultado sempre no mesmo sentido.

 Exemplo: Posicionamento incorreto do “Zero” da escala, afetando


todas as leituras feitas com esse instrumento.

 Devem ser compensados ou corrigidos de forma conveniente. Para


reduzir os erros sistemáticos, teremos de utilizar instrumentos de
medição mais rigorosos

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ERROS DE MEDIÇÃO

• Erros Aleatórios:
 São inerentes ao processo de medição e se originam de flutuações
imprevisíveis nas condições ambientais, dos instrumentos de medida e
da própria natureza humana do experimentador

 São imprevisíveis e devem ser abordados com métodos estatísticos.

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ERROS DE MEDIÇÃO

• Erros Grosseiros:
 São erros ocorridos devido à falta de atenção, pouco treino ou falta de
perícia do operador;

 Exemplo: uma troca de algarismos ao registrar um valor lido;

 São, geralmente, fáceis de se detectar e eliminar.

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ERROS DE MEDIÇÃO

• Representação gráfica:
 Sistema de medição “perfeito” (indicação = valor verdadeiro).
indicação
960 980 1000 1020 1040

960 980 1000 1020 1040


mensurando
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ERROS DE MEDIÇÃO

• Representação gráfica:
 Sistema de medição com erro sistemático apenas.
indicação
960 980 1000 1020 1040

+Es

960 980 1000 1020 1040


mensurando
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• Representação gráfica:
 Sistema de medição com erros aleatórios apenas.
Re
indicação
960 980 1000 1020 1040

960 980 1000 1020 1040


mensurando
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• Representação gráfica:
 Sistema de medição com erros sistemático e aleatório.
Re
indicação 960 980 1000 1020 1040

+Es

960 980 1000 1020 1040


mensurando
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ERROS DE ABSOLUTOS E RELATIVOS

• É ainda possível definir os erros Absolutos e Relativos, de acordo com a


forma como estes são calculados.

• Porém, antes de estes serem definidos, é importante introduzir o conceito


de “valor verdadeiro” de uma grandeza.

 Valor verdadeiro: Valor que seria obtido em uma medição ideal,


realizadas em condições perfeitas, com instrumentos perfeitos e por
operadores perfeitos.

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ERROS DE ABSOLUTOS E RELATIVOS

sistema de
medição mensurando

indicação  valor verdadeiro

erro de
medição

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ERROS DE ABSOLUTOS E RELATIVOS

• Erros absolutos:
 Correspondem à diferença algébrica (com sinal “+” ou “-”) entre o
valor obtido e o valor verdadeiro:

Erro absoluto = Valor medido – Valor verdadeiro

• Diz-se que uma medição tem erro positivo


(erro com sinal “+”, ou medição “adiantada”)
se o seu valor for superior ao valor que seria
obtido na medição ideal.

• De forma contrária, o erro negativo (erro


com sinal “-”, ou medição “atrasada”) se o
valor obtido for inferior ao da medição ideal.
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ERROS DE ABSOLUTOS E RELATIVOS

• Exemplo:
(1000,00 ± 0,01) g
E = I - VV

1 E = 1014 - 1000

1014
E = + 14 g
1014
0g
g

Indica a mais do
que deveria!
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ERROS DE ABSOLUTOS E RELATIVOS


1020
• Exemplo: 1014 g

dispersão
1015 g
(1000,00 ± 0,01) g 1017 g
1012 g
1015 g
1 11 1018 g
1010

erro médio
1014 g
1015 g
1014
1015
1017
0g 1016 g
1013 g
1016 g
1015 g

1000
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ERROS DE ABSOLUTOS E RELATIVOS

• Erros relativos:
 Por vezes, é muito útil apresentar valores relativos, quando se
exprimem erros de medições. A forma mais usual dessa apresentação
é indicar os erros relativos em porcentagem (%).

Erro relativo = Erro absoluto X 100%


Valor verdadeiro

 É também comum, em determinadas áreas da ciência, exprimir os


erros relativos em “partes por milhão” (ppm).

Erro relativo = Erro absoluto X 106 ppm


Valor verdadeiro

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CORREÇÃO DE ERROS

• Ao simétrico algébrico do erro, dá-se o nome de correção:

Correção = – Erro

 Este termo resulta do fato de que, caso se saiba que determinada


medição está afetada por um determinado erro, o valor correto desta
medição poderá ser obtido mediante a correção deste resultado.

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