Fundamentos de Metrologia

Científica e Industrial

O Erro de Medição
 Erro de Medição
sistema de
medição mensurando

indicação ≠ valor verdadeiro

erro de
medição

Fundamentos de Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 3 - O Erro de Medição (Slide 2)

 Um exemplo de erros...
 Teste de precisão de tiro de canhões:
 Canhão situado a 500 m de alvo fixo;
 Mirar apenas uma vez;
 Disparar 20 tiros sem nova chance para
refazer a mira;
 Distribuição dos tiros no alvo é usada para
qualificar canhões.
 Quatro concorrentes:

Fundamentos de Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 3 - O Erro de Medição (Slide 3)

 A B

D C

Fundamentos de Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 3 - O Erro de Medição (Slide 4)

Ea Ea
Es Es

A B

D C

Ea Ea

Es Es

Fundamentos de Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 3 - O Erro de Medição (Slide 5)

 Tipos de erros
 Erro sistemático: é a parcela
previsível do erro. Corresponde ao erro
médio.

 Erro aleatório: é a parcela

imprevisível do erro. É o agente que
faz com que medições repetidas levem
a distintas indicações.
Fundamentos de Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 3 - O Erro de Medição (Slide 6)
 Precisão & Exatidão
 São parâmetros qualitativos
associados ao desempenho de um
sistema.

 Um sistema com ótima precisão repete

bem, com pequena dispersão.

 Um sistema com excelente exatidão

não apresenta erros.
Fundamentos de Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 3 - O Erro de Medição (Slide 7)
Exemplo de erro de medição
(1000,00 ± 0,01) g
E = I - VVC

1 E = 1014 - 1000

1014
E = + 14 g
1014
0g
g

Indica a mais do
que deveria!

Fundamentos de Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 3 - O Erro de Medição (Slide 8)

 Erros em medições repetidas
1020
1014 g

dispersão
1015 g
1017 g
(1000,00
(1000,00
(1000,00
± 0,01)
± 0,01)
± 0,01)
g g g
1012 g
1015 g
111 1018 g
1014 g 1010

erro médio
1015 g
1014g
1016 g
1014
1015
1017
0g 1013 g
1016 g
1015 g

1000
Fundamentos de Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 3 - O Erro de Medição (Slide 9)
 Cálculo do erro sistemático

média de infinitas indicações

condições:
valor verdadeiro conhecido exatamente

Fundamentos de Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 3 - O Erro de Medição (Slide 10)

Estimativa do erro sistemático

tendência

Fundamentos de Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 3 - O Erro de Medição (Slide 11)

 Algumas definições
 Tendência (Td)
 é uma estimativa do Erro Sistemático
 Valor Verdadeiro Convencional (VVC)
 é uma estimativa do valor verdadeiro
 Correção (C)
 é a constante que, ao ser adicionada à
indicação, compensa os erros sistemáticos
 é igual à tendência com sinal trocado
Fundamentos de Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 3 - O Erro de Medição (Slide 12)
 Correção dos erros
sistemáticos

Td C = -Td

Fundamentos de Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 3 - O Erro de Medição (Slide 13)

 Indicação corrigida
Nº I C Ic Ea
1 1014 -15 999 -1 C = -Td
2 1015 -15 1000 0
3 1017 -15 1002 2
4 1012 -15 997 -3
5 1015 -15 1000 0 C = 1000 - 1015
6 1018 -15 1003 3
7 1014 -15 999 -1 C = -15 g
8 1015 -15 1000 0
9 1016 -15 1001 1
10 1013 -15 998 -2
11 1016 -15 1001 1
12 1015 -15 1000 0
média 1015 -15 1000 0

995 1000 1005

Fundamentos de Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 3 - O Erro de Medição (Slide 14)
Erro aleatório e repetitividade

-5 0 5
O valor do erro aleatório é imprevisível.

A repetitividade define a faixa dentro da qual

espera-se que o erro aleatório esteja contido.

Fundamentos de Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 3 - O Erro de Medição (Slide 15)

 Distribuição de probabilidade
uniforme ou retangular

1.2

probabilidade 1

Probabilidade (1/6)
0.8

0.6

1/6 0.4

0.2

0
0 1 2 3 4 5 6 7
Valores
1 2 3 4 5 6
Lançamento de um dado

Fundamentos de Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 3 - O Erro de Medição (Slide 16)

 Distribuição de probabilidade
triangular
probabilidade (1/36)
6
4
2

1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0
Média de dois dados

Fundamentos de Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 3 - O Erro de Medição (Slide 17)

Distribuição de probabilidade
triangular
7
6
Probabilidade (1/36)

0
0 1 2 3 4 5 6 7
Média de 2 dados

Fundamentos de Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 3 - O Erro de Medição (Slide 18)

 Lançamento de um dado
1.2

1
Probabilidade (1/6)

0.8

0.6

0.4

0.2

0
0 1 2 3 4 5 6 7
Valores

Fundamentos de Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 3 - O Erro de Medição (Slide 19)

 Média de dois dados
7

6
Probabilidade (1/36)

1
0
0 1 2 3 4 5 6 7
Médi a de 2 dado s

Fundamentos de Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 3 - O Erro de Medição (Slide 20)

 Média de três dados
30

25
Probabilidade (1/216)

20

15

10

0
0 1 2 3 4 5 6 7
Médi a de 3 dado s

Fundamentos de Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 3 - O Erro de Medição (Slide 21)

 Média de quatro dados
160
140
Probabilidade (1/1296)

120
100
80
60
40
20
0
0 1 2 3 4 5 6 7
Médi a de 4 dado s

Fundamentos de Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 3 - O Erro de Medição (Slide 22)

 Média de seis dados
5000
4500
Probabilidade (1/46656)

4000
3500
3000
2500
2000
1500
1000
500
0
0 1 2 3 4 5 6 7
Médi a de 6 dado s

Fundamentos de Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 3 - O Erro de Medição (Slide 23)

 Média de oito dados
160000
Probabilidade (1/1679616)

140000
120000
100000
80000
60000
40000
20000
0
0 1 2 3 4 5 6 7
Média de 8 dados

Fundamentos de Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 3 - O Erro de Medição (Slide 24)

 “Teorema do sopão”
 Quanto mais verduras e legumes
diferentes forem misturadas à mesma
sopa, mais o seu gosto se aproximará
do gosto único, típico e inconfundível
do "sopão".

Fundamentos de Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 3 - O Erro de Medição (Slide 25)

 Teorema central do limite
 Quanto mais variáveis aleatórios forem
combinadas, tanto mais o
comportamento da combinação se
aproximará do comportamento de uma
distribuição normal (ou gaussiana).

Fundamentos de Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 3 - O Erro de Medição (Slide 26)

 Curva normal
pontos de inflexão
σ = desvio padrão
µ = média

assíntota σ σ assíntota
µ
Fundamentos de Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 3 - O Erro de Medição (Slide 27)
Efeito do desvio padrão

σ>σ>σ

µ
Fundamentos de Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 3 - O Erro de Medição (Slide 28)
 Cálculo e estimativa do
desvio padrão
cálculo exato: estimativa:
(da população) (da amostra)

Ii i-ésima indicação
média das "n" indicações
n número de medições repetitivas efetuadas
Fundamentos de Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 3 - O Erro de Medição (Slide 29)
 Incerteza padrão (u)
 medida da intensidade da componente
aleatória do erro de medição.
 corresponde à estimativa do desvio
padrão da distribuição dos erros de
medição.
 u=s
 Graus de liberdade (ν):
 corresponde ao número de medições
repetidas menos um.
 ν= n - 1de Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 3 - O Erro de Medição
Fundamentos (Slide 30)
Área sobre a curva normal

95,45%

2σ 2σ
µ
Fundamentos de Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 3 - O Erro de Medição (Slide 31)
Estimativa da repetitividade
(para 95,45 % de probabildiade)
A repetitividade define a faixa dentro da qual,
para uma dada probabilidade, o erro aleatório
é esperado.

Para amostras infinitas: Para amostras finitas:

Re = 2 . σ Re = t . u

Sendo “t” o coeficiente de Student para ν = n - 1

graus de liberdade.

Fundamentos de Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 3 - O Erro de Medição (Slide 32)

Coeficiente “t” de Student

Fundamentos de Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 3 - O Erro de Medição (Slide 33)

 Exemplo de estimativa da
repetitividade
1014 g
1015 g
1017 g
(1000,00 ± 0,01) g
1012 g
1015 g
1 1018 g
u = 1,65 g
1014 g
1015 g ν = 12 - 1 = 11
1014g
1016 g
1014
0g 1013 g t = 2,255
1016 g
1015 g Re = 2,255 . 1,65
média: 1015 g Re = 3,72 g
Fundamentos de Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 3 - O Erro de Medição (Slide 34)
Exemplo de estimativa da
repetitividade
-3,72 1015 +3,72

1010 1015 1020

Fundamentos de Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 3 - O Erro de Medição (Slide 35)

 Sistema de medição
“perfeito” (indicação =
mensurando)
indicação
960 980 1000 1020 1040

960 980 1000 1020 1040

mensurando
Fundamentos de Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 3 - O Erro de Medição (Slide 36)
Sistema de medição com erro
sistemático apenas
indicação
960 980 1000 1020 1040

+Es

960 980 1000 1020 1040

mensurando
Fundamentos de Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 3 - O Erro de Medição (Slide 37)
 Sistema de medição com
erros aleatórios apenas
±Re
indicação
960 980 1000 1020 1040

960 980 1000 1020 1040

mensurando
Fundamentos de Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 3 - O Erro de Medição (Slide 38)
 Sistema de medição com
erros sistemático e aleatório
±Re
indicação
960 980 1000 1020 1040

+Es

960 980 1000 1020 1040

mensurando
Fundamentos de Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 3 - O Erro de Medição (Slide 39)
 Curva de erros
Td + Re
Td
erro Td - Re
Emáx
15

1015 indicação

- Emáx
Fundamentos de Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 3 - O Erro de Medição (Slide 40)
 Algumas definições
 Curva de erros:
 É o gráfico que representa a distribuição
dos erros sistemáticos e aleatórios ao
longo da faixa de medição.
 Erro máximo:
 É o maior valor em módulo do erro que
pode ser cometido pelo sistema de
medição nas condições em que foi
avaliado.
Fundamentos de Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 3 - O Erro de Medição (Slide 41)
 Erros ou incertezas?
 Erro de medição:
 é o número que resulta da diferença entre
a indicação de um sistema de medição e o
valor verdadeiro do mensurando.
 Incerteza de medição:
 é o parâmetro, associado ao resultado de
uma medição, que caracteriza a faixa dos
valores que podem razoavelmente ser
atribuídos ao mensurando.
Fundamentos de Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 3 - O Erro de Medição (Slide 42)
 Fontes de erros:
fatores externos
operador

sistema de medição
sinal de
medição indicação
fatores
internos
retroação retroação

mensurando
fatores externos

Fundamentos de Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 3 - O Erro de Medição (Slide 43)

Erros provocados por fatores
internos
 Imperfeições dos componentes e
conjuntos.
 Não idealidades dos princípios físicos.
alongamento

força
região linear região não linear

Fundamentos de Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 3 - O Erro de Medição (Slide 44)

 Erros provocados por fatores
externos
 Condições ambientais
 temperatura
 pressão atmosférica
 umidade
 Tensão e freqüência da rede elétrica
 Contaminações

Fundamentos de Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 3 - O Erro de Medição (Slide 45)

 Erros provocados por
retroação
 A presença do sistema de medição
modifica o mensurando.

65 °C
20 °C

70 °C 65 °C

Fundamentos de Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 3 - O Erro de Medição (Slide 46)

Erros induzidos pelo operador
 Habilidade
 Acuidade visual
 Técnica de medição
 Cuidados em geral
 Força de medição

Fundamentos de Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 3 - O Erro de Medição (Slide 47)

 Dilatação térmica
 Propriedade dos materiais modificarem
suas dimensões em função da variação
da temperatura.
ΔT

b b' Δb = b' - b
Δc = c' - c
c
c' Δb = α . ΔT . b
Δc = α . ΔT . c

Fundamentos de Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 3 - O Erro de Medição (Slide 48)

 Temperatura de referência
 Por convenção, 20 °C é a temperatura
de referência para a metrologia
dimensional.
 Os desenhos e especificações sempre
se referem às características que as
peças apresentariam a 20 °C.

Fundamentos de Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 3 - O Erro de Medição (Slide 49)

 Dilatação térmica:
distintos coeficientes de expansão térmica

I = 40,0
I = 44,0 α>α
I = 38,0

20°C 40°C 10°C

Fundamentos de Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 3 - O Erro de Medição (Slide 50)

 Dilatação térmica:
mesmos coeficientes de expansão térmica

I = 40,0 I = 40,0 α=α

I = 40,0

20°C 40°C 10°C

Fundamentos de Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 3 - O Erro de Medição (Slide 51)

 Correção devido à
dilatação térmica
SM Peça a medir Correção devido à temperatura
Mat Temp. Mat Temp.
A 20 °C A 20 °C C=0
A TSM ≠ 20 °C A TP = TSM C=0
A TSM A TSM ≠ TP C = αA . L . (TSM - TP)
A 20 °C B 20 °C C=0
A TSM ≠ 20 °C B TSM = TP C = (αA - αB). (TSM - 20°C) . L
A TSM B TSM ≠ TP C = [αA . (TSM - 20°C) - αB . (TP - 20°C)] . L

Fundamentos de Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 3 - O Erro de Medição (Slide 52)