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Art. 1º. Fica instituído o Plano Diretor de Desenvolvimento do Município de Alegrete - PDDM, com
fundamento na Constituição da República Federativa do Brasil; na Lei Federal n.º 10.257, de 10 de
julho de 2001 - Estatuto da Cidade; na Constituição do Estado do Rio Grande do Sul e na Lei
Art. 3º. São complementares ao PDDM o Código de Obras e o Código de Posturas do Município.
Parágrafo único. Outras leis poderão vir a integrar ou complementar o PDDM, desde que tratem de
matérias pertinentes às ações de planejamento municipal.
Art. 4º. O PDDM considera o disposto na legislação e nos planos nacionais e estaduais
relacionadas às políticas de desenvolvimento urbano, incluindo saneamento básico, habitação
social, mobilidade urbana e ordenamento territorial, além da política de meio ambiente.
Parágrafo único. O Poder Executivo Municipal deverá encaminhar à Câmara Municipal proposta de
revisão deste PDDM, a ser elaborada de forma participativa e atendendo à legislação vigente, no
ano de 2030, o que perfará o prazo de 10 (dez) anos a contar da sanção desta Lei Complementar.
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Art. 5º. Para a promoção, planejamento, controle e gestão do desenvolvimento municipal, serão
adotados, dentre outros, os seguintes instrumentos:
I - Instrumentos de planejamento urbano;
II - Instrumentos tributários e financeiros;
III – Instrumentos jurídico-administrativos;
IV - Instrumentos de democratização da gestão urbana.
Art. 6º. Para os efeitos desta lei, as seguintes expressões ficam assim definidas:
I - Áreas de Interesse Ambiental:
a) Área de Preservação Permanente – APP: corresponde a áreas de preservação permanente
definidas por legislação ambiental vigente, sendo coberta ou não por vegetação nativa, com a
função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a
biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das
populações humanas;
b) Unidades de Conservação: definidas pela Lei Federal 9.985 de 2000, são espaços territoriais
com características naturais relevantes, legalmente instituídos pelo Poder Público, com objetivos de
conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, aos quais se aplicam
garantias adequadas de proteção;
c) Zona de Amortecimento: é o entorno de uma unidade de conservação, onde as atividades
humanas estão sujeitas a normas e restrições específicas, com o propósito de minimizar os
impactos negativos sobre a unidade;
II - Área urbana: são áreas inseridas nos Perímetros Urbanos onde o Município mantém o controle
das atividades urbanas, da expansão da cidade e de povoados, da otimização do uso do sistema
viário e demais equipamentos urbanos e comunitários;
III - Assentamentos Precários e Irregulares: são ocupações inseridas em parcelamentos informais
ou irregulares, localizadas em áreas urbanas públicas ou privadas, utilizadas predominantemente
para fins de moradia como favelas, núcleos habitacionais, loteamentos irregulares ou clandestinos e
conjuntos habitacionais de interesse social não regularizados;
tráfego, servindo, ainda, como apoio à travessia de pedestres em duas etapas e à qualificação
urbana com elementos de arborização e paisagismo;
h) Lombofaixa: elevações sobre o leito viário nos locais de travessia dos pedestres cuja elevação
alinha-se ao passeio público, tornando a travessia acessível e mais segura;
i) Ciclovia: pista fisicamente segregada destinada à circulação de bicicletas e congêneres;
j) Ciclofaixa: faixa sinalizada destinada à circulação de bicicletas e congêneres sem separação
física;
k) Ciclorrota: rota recomendada para uso de bicicleta e congêneres, preferencialmente sinalizada;
l) Eixo da via: Linha que passa equidistante aos alinhamentos;
VIII - Instrumentos de planejamento urbano:
a) Outorga Onerosa do Direito de Construir: se refere a contrapartida financeira a ser prestada
pelos beneficiários quando requerido potencial construtivo adicional, nos termos dos arts. 28 a 31 e
seguintes da Lei Federal 10.257/2001 - Estatuto da Cidade e de acordo com os critérios e
logradouros públicos;
f) Largura da via: Distância entre os alinhamentos dos lotes, englobando leito carroçável e o passeio
público;
g) Alinhamento predial: Linha divisória entre o lote e o logradouro público;
h) Face de quadra: É formada pelo conjunto de lotes cuja frente esteja voltada para um mesmo
logradouro no intervalo entre duas ruas distintas;
i) Frente do lote: Face do lote com frente para a via oficial de circulação na qual o imóvel está
cadastrado ou tem acesso principal;
j) Áreas institucionais: são áreas destinadas à instalação dos equipamentos comunitários;
k) Condomínio Fechado de Lotes: Modelo de parcelamento do solo formando área fechada com
acesso controlado em que a cada unidade autônoma cabe, como parte inseparável, fração ideal de
terreno correspondente às áreas comuns destinadas às vias de acesso e recreação;
XI - Plano de Urbanização em ZEIS: é aquele que integra medidas administrativas, jurídicas,
urbanísticas e sociais, conforme a complexidade de cada caso, destinadas à regularização dos
assentamentos precários e irregulares, visando à titulação de seus ocupantes, o reassentamento, a
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e a área do lote;
b) Taxa de Permeabilidade: é a relação entre a parte permeável, que permite a infiltração de água
no solo, livre de qualquer edificação, e a área do lote;
c) Gabarito de altura básico: Parâmetro de medida que define a altura máxima que uma edificação
pode alcançar por zona, excluídos o ático, as casas de máquinas e a caixa d’água;
d) Gabarito de altura máximo: Parâmetro de medida que define a altura máxima que uma edificação
pode alcançar por zona através de potencial construtivo adicional (vide Outorga Onerosa do Direito
de Construir), excluídos o ático, as casas de máquinas e a caixa d’água;
e) Recuo: Distância medida em projeção horizontal entre o limite externo da edificação e a divisa do
lote, definidos por linhas paralelas às divisas do lote, ressalvados o aproveitamento do subsolo e a
execução de saliências em edificações, nos casos previstos em lei;
f) Largura do lote: Distância que pode resultar entre:
1. As divisas laterais do lote;
XXI - Zonas Especiais: são porções do território que apresentam características diferenciadas ou
com destinação específica e normas próprias de uso e ocupação do solo e edilícias.
Art. 7º. A política urbana e ambiental do Município deve se pautar pelos seguintes princípios:
I - inclusão social e territorial de modo que a cidade deva garantir aos seus cidadãos a justa
distribuição de moradias e suporte na infraestrutura e serviços urbanos, tendo como objetivos:
a) a erradicação da segregação espacial;
b) a contribuição para a diminuição da pobreza e redução das desigualdades sociais, por meio do
uso racional dos recursos socioambientais
c) a promoção do bem comum sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade, necessidades
especiais e sem quaisquer outras formas de discriminação, devendo os instrumentos de direito
urbanístico ser utilizados visando a atender a essas necessidades;
II - direito à cidade, seus recursos naturais e seus equipamentos, os quais devem ser acessíveis a
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asseguradas ao Município; e
b) instituição ou revitalização dos órgãos fiscalizadores dotados de poder de polícia com
profissionais capacitados e a infraestrutura necessária.
VII - justa distribuição dos benefícios e dos ônus decorrentes do processo de urbanização.
VIII - recuperação dos investimentos do Poder Público de que tenha resultada a valorização de
imóveis urbanos.
IX - regularização fundiária e urbanização de áreas ocupadas por população de baixa renda
mediante o estabelecimento de normas especiais de urbanização, uso e ocupação do solo e
edificação, consideradas as situações socioeconômicas da população e as normas ambientais.
Art. 9º. Os objetivos do PDDM serão atendidos com base na implementação de políticas integradas
para ordenar o desenvolvimento do Município, permitindo um planejamento ambientalmente
sustentável e com a melhoria da qualidade de vida.
Art. 10. As políticas públicas setoriais integram a Política de Desenvolvimento Urbano e Ambiental
do Município e definem as ações que devem ser implementadas pelo Executivo para cumprir os
objetivos estratégicos deste PDDM.
Parágrafo único. As políticas e os sistemas urbanos e ambientais tratados nesta Lei Complementar
são as que se relacionam, direta ou indiretamente, com questões de ordenamento territorial, a
saber:
I - Política de Desenvolvimento Socioeconômico;
II - Política Cultural;
III - Política de Saneamento Ambiental;
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IV - Política de Mobilidade
V - Política de Habitação; e
VI - Política Ambiental.
Art. 11. A Política de Desenvolvimento Socioeconômico tem caráter transversal, articulando-se com
as diversas políticas públicas, sistemas e estratégias de desenvolvimento que integram esta Lei
Complementar.
§ 1º A Política de Desenvolvimento Socioeconômico é composta pela Estratégia Municipal de
Redução de Riscos, pela Política de Desenvolvimento Econômico Sustentável, pelas Políticas
Sociais e pelo Sistema de Equipamentos Públicos.
§ 2º São princípios da Política de Desenvolvimento Socioeconômico:
I - buscar o desenvolvimento socioeconômico e espacial;
II - a formulação, o planejamento e a implementação de Políticas Sociais e Desenvolvimento
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Econômico Sustentável;
III - promover a inovação, o desenvolvimento tecnológico e a produção científica;
IV - fortalecer a posição estratégica do Município na fronteira-oeste e no Mercosul;
V - potencializar o papel do Município como centro local de comércio, indústria, serviços e
conhecimento;
VI - reforçar o Município como polo agropecuário e agroindustrial buscando a diversificação
sustentável do setor;
VII - fomentar as atividades de turismo em todas suas segmentações presentes no Município,
especialmente o Turismo Rural, Cultural, Ecoturismo e Educacional.
Art. 12. Devido às características de riscos presentes na área urbana do Município, o Poder
Art. 13. Para fins de Regime de Ocupação e Uso do Solo, dispostos no Título IV do Plano
Regulador desta Lei, os projetos a serem aprovados pelo Poder Executivo localizados em áreas de
urbanização consolidada sujeitas à inundação, denominadas como Áreas com Condicionantes
Ambientais, deverão respeitar cotas mínimas de segurança para construção.
§ 1º A demarcação das Áreas com Condicionantes Ambientais e indicação das cotas mínimas de
segurança para construção referidas no caput são previstas pela Lei Ordinária Municipal que
regulamenta as Áreas com Condicionantes Ambientais ou outra que vier a substituí-la.
§ 2º O PMRR deverá dispor sobre as Áreas com Condicionantes Ambientais da área urbana do
Município, fazendo a revisão e atualização do contido na Lei Ordinária Municipal que regulamenta
as Áreas com Condicionantes Ambientais e revogando-a expressamente.
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Art. 16. As Políticas Sociais são compostas pelas políticas voltadas para a efetivação e
universalização de direitos sociais, compreendidos como direito do cidadão e dever do Estado, com
participação da sociedade civil nas fases de decisão, execução e fiscalização dos resultados.
§ 1º São componentes das Políticas Sociais:
I - a Política Municipal de Educação;
II - a Política Municipal de Assistência Social;
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IV - capacitar a população para participação nas instâncias de controle social e nos processos
decisórios da Política de Assistência Social.
Art. 21. São objetivos da Política Municipal de Saúde, nos termos da Constituição Federal, da Lei
Federal nº 8.080 de 1990 ou outra que vier a substituí-la, das demais normas federais, estaduais e
municipais, destacando-se:
I - identificar e divulgar os fatores condicionantes e determinantes da saúde;
II - formular e executar a política de saúde, nos campos econômicos e sociais, que vise a redução
de riscos de doenças e de outros agravos, ao estabelecimento de condições que assegurem o
acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e
recuperação;
III - assistir às pessoas por meio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, com a
realização integrada das ações assistenciais.
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Art. 22. São diretrizes da Política Municipal de Saúde, nos termos da Constituição Federal, da Lei
Federal nº 8.080 de 1990 ou outra que vier a substituí-la, das demais normas federais, estaduais e
municipais, destacando-se:
I - ampliação e qualificação do acesso aos serviços de saúde de qualidade, em tempo adequado,
com ênfase na humanização e equidade no atendimento das necessidades de saúde, aprimorando
a política de atenção básica, especializada, ambulatorial e hospitalar e garantindo acesso aos
medicamentos do SUS;
II - aprimoramento das Redes de Atenção à Saúde e promoção do cuidado integral às pessoas nos
diversos ciclos de vida, considerando as questões de gênero e das populações em situação de
vulnerabilidade social, na atenção básica, nas redes temáticas e nas redes de atenção nas regiões
de saúde;
III - redução e prevenção de riscos e agravos à saúde da população, por meio das ações de
vigilância, promoção e proteção, com foco na prevenção de doenças crônicas não transmissíveis,
Art. 25. O Sistema de Equipamentos Públicos é composto pelo conjunto de instalações e espaços
destinados aos serviços públicos e é integrado pela Rede de Infraestrutura e Equipamentos
Urbanos e pela Rede de Equipamentos Comunitários.
Parágrafo único. O Município promoverá a implantação descentralizada dos equipamentos urbanos
e comunitários no sentido de obter adequada distribuição das atividades governamentais no
território, com o objetivo de propiciar o melhor atendimento da população.
Art. 26. Rede de Infraestrutura e Equipamentos Urbanos é integrada pelo Sistema de Saneamento
Art. 27. A Rede de Equipamentos Públicos Comunitários é composta pelas instalações e espaços
de infraestrutura urbana destinados aos serviços públicos de educação, saúde, cultura, assistência
social, esportes, lazer, segurança pública, abastecimento, serviços funerários e congêneres.
Parágrafo único. Os objetivos do Sistema de Equipamentos Públicos Comunitários são:
I - a proteção integral à família e à pessoa, com prioridade de atendimento às famílias e grupos
sociais mais vulneráveis, em especial crianças, jovens, mulheres, idosos, negros, pessoas com
necessidades especiais e pessoas em situação de rua;
II - a redução das desigualdades socioespaciais, suprindo carências de equipamentos e
infraestrutura urbana nos bairros com maior vulnerabilidade social;
III - o suprimento de equipamentos necessários à satisfação das necessidades básicas de saúde,
educação, lazer, esporte, cultura e assistência social de sua população;
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Art. 28. A Política Cultural tem caráter transversal, articulando-se com as diversas políticas públicas,
sistemas e estratégias de desenvolvimento que integram esta lei.
§ 1º A Política Cultural é composta pelo Sistema Municipal de Cultura integrado pelas Políticas de
Proteção ao Patrimônio Cultural, Esporte, Lazer e Turismo.
§ 2º Os princípios da Política Cultural que devem orientar a conduta do Município e da sociedade
nas suas relações com parceiros e responsáveis pelo seu funcionamento são:
I - a diversidade das expressões culturais;
Art. 30. O Patrimônio Cultural é o conjunto de bens culturais e de instrumentos que objetivam a
preservação, valorização, integração e articulação dos bens culturais desde a gestão cultural à
ordenação territorial do Município.
§ 1º. Para os objetivos desta Lei Complementar, constituem o conjunto de bens culturais do
Município as áreas, edificações, imóveis, lugares, paisagens, sítios arqueológicos, monumentos,
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bens imateriais e outros que apresentam valor cultural e social reconhecido por alguns dos
instrumentos legais de proteção definidos na Seção IV do Capítulo I do Título V desta lei.
§ 2º. Compõem o Sistema de Proteção ao Patrimônio Cultural os seguintes elementos:
I - bens culturais, materiais e imateriais, protegidos por legislação específica;
II - áreas ou territórios de preservação cultural;
III - sítios arqueológicos;
IV - conjunto de edificações históricas e museus pertencentes ao Poder Público;
V - acervos de obras de arte, de bens da cultura popular e de bens móveis de valor histórico e
cultural, pertencentes ao Poder Público;
VI - acervos de documentos de valor histórico e cultural, pertencentes ao Município;
VII - acervo de monumentos e obras de arte urbana, localizadas em espaços públicos e edificações
municipais; e
VIII - conjunto de edificações e espaços públicos municipais de uso cultural.
§ 3º. São objetivos e diretrizes do Sistema de Proteção ao Patrimônio Cultural:
I - integrar e articular os bens culturais alegretenses ao sistema de ordenação territorial do
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Município;
II - fomentar a participação social na identificação, proteção e valorização do patrimônio e dos
Territórios de Interesse da Cultura e da Paisagem;
III - promover a identificação de bens e manifestações culturais visando seu registro, valorização e
possível proteção a partir de inventários do patrimônio cultural ou outros instrumentos pertinentes;
IV - identificar e preservar os eixos histórico-culturais, que são elementos do Território de Interesse
da Cultura e da Paisagem e se constituem a partir de corredores e caminhos representativos da
identidade e memória cultural, histórica, artística, paisagística, arqueológica e urbanística para a
formação da cidade, podendo fazer parte de territórios e paisagens culturais e de áreas envoltórias
de bens tombados;
V - incentivar a identificação e o desenvolvimento de projetos de valorização de áreas ou territórios
representativos da identidade e memória cultural, histórica e urbanística para a formação da cidade;
VI - desenvolver programas e ações de educação patrimonial, a partir dos bens culturais e demais
Art. 31. A Política Municipal de Esporte e Lazer tem como fundamento desenvolver e gerenciar
ações que possibilitem práticas esportivas, de lazer, protagonismo juvenil, promoção da saúde e
inclusão do idoso e da pessoa com deficiência por meio da atividade física e sociabilização, com os
seguintes objetivos e diretrizes gerais:
I - fomentar o esporte nas manifestações estudantis, de participação e de rendimento;
II - desenvolver e fomentar práticas de lazer junto à população, estimulando a cultura do lazer ativo
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e hábitos saudáveis, fortalecendo a integração com a natureza e sua identificação com a cidade;
III - contribuir para a formação integral do jovem, articulando ações para o fortalecimento do
protagonismo juvenil;
IV - fomentar a prática de atividades físicas, promovendo um estilo de vida ativo e contribuindo para
a melhoria da qualidade de vida; e
V - facilitar o acesso aos equipamentos municipais esportivos, de lazer ativo e de atividades físicas,
bem como as suas práticas.
Art. 32. A Política Municipal de Turismo tem como princípio a promoção e o incentivo ao turismo
como fator de desenvolvimento econômico e social, respeitando e valorizando o patrimônio
arquitetônico, cultural e natural e observando as peculiaridades locais, com os seguintes objetivos e
diretrizes gerais:
I - criação de ações simultâneas e de cooperação entre eventos, negócios, cultura, gastronomia,
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Art. 34. A Política de Saneamento Ambiental é o conjunto de políticas que visam as práticas,
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serviços e atendimentos que contribuem para a melhoria do meio ambiente, da qualidade de vida,
da saúde pública, do bem-estar da população e do desenvolvimento urbano.
§ 1º São complementares e integrados à Política de Saneamento Ambiental o Sistema de
Equipamentos Públicos previsto na Seção III do Capítulo II deste Título.
§ 2º Os componentes da Política de Saneamento Ambiental deverão ser regulamentados através
de Lei Ordinária específica que constituirá o Plano Municipal de Saneamento Ambiental.
Art. 35. O Sistema de Saneamento Ambiental é integrado pelas redes de abastecimento de água,
de esgotamento sanitário, de drenagem e de gestão integrada de resíduos sólidos e é composto
pelos serviços, equipamentos, infraestruturas e instalações operacionais e processos necessários
para viabilizar:
VII - realizar processos participativos efetivos que envolvam representantes dos diversos setores da
sociedade civil para apoiar, aprimorar e monitorar o Sistema de Saneamento Ambiental;
VIII - articular o Plano Municipal de Saneamento Ambiental integrando-o ao Plano Municipal de
Habitação e ao Plano Municipal de Meio Ambiente;
IX - articular as diferentes ações de âmbito municipal relacionadas com o saneamento;
X - atuar no sentido de dar efetividade à legislação estadual sobre as áreas de proteção ambiental e
à legislação referente às unidades de conservação, inclusive as zonas de amortecimento; e
XI - aderir à política nacional de saneamento.
Art. 38. A Rede de Abastecimento de Água é integrada pelas estruturas, equipamentos, serviços e
processos necessários ao abastecimento de água potável.
privado, responsável pelo abastecimento de água ou que faça uso de recursos hídricos, quando
beneficiário da proteção proporcionada por unidade de conservação municipal, em contribuir
financeiramente para sua proteção ou implementação.
Art. 40. A Rede de Esgotamento Sanitário é integrada pelos sistemas necessários ao afastamento e
tratamento dos efluentes sanitários, incluindo as infraestruturas e instalações de coleta, desde as
ligações prediais, afastamento, tratamento e disposição final de esgotos.
§ 1º Os programas, ações e investimentos, públicos e privados, na Rede de Esgotamento Sanitário
devem ter como objetivo a universalização do atendimento de esgotamento sanitário.
§ 2º São diretrizes da Rede de Esgotamento Sanitário:
I - melhorar e expandir a rede de esgotamento sanitário;
II - articular a expansão das redes de esgotamento sanitário às ações de urbanização e
regularização fundiária nos assentamentos precários;
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III - eliminar os lançamentos de esgotos nos cursos d’água e no sistema de drenagem e de coleta
de águas pluviais, contribuindo para a recuperação dos recursos hídricos;
IV - complementar os sistemas existentes, inclusive com a implantação de sistemas isolados; e
V - manter e cadastrar as redes existentes.
Art. 42. A Rede de Drenagem é definida como o conjunto formado pelas características geológico-
geotécnicas presentes no relevo e pela infraestrutura de macro e microdrenagem instaladas.
Art. 44. A rede de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos é definida como o conjunto de serviços,
equipamentos, infraestruturas e instalações operacionais públicas voltadas ao manejo diferenciado,
recuperação dos resíduos sólidos reutilizáveis e recicláveis e disposição final dos rejeitos originários
dos domicílios e da varrição e limpeza de logradouros e vias públicas, estabelecidos pelo Plano de
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, além das normativas municipais pertinentes.
Parágrafo único. Compõem também a rede de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos os serviços,
equipamentos, infraestruturas e instalações operacionais privadas destinadas ao manejo de
resíduos.
Art. 45. São componentes da rede de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos os seguintes serviços,
equipamentos, infraestruturas, instalações e processos pertencentes à rede de infraestrutura
urbana:
I - coletas seletivas de resíduos sólidos;
II - processamento local de resíduos orgânicos;
III - centrais de processamento da coleta seletiva de resíduos secos e orgânicos;
IV - estabelecimentos comerciais e industriais de processamento de resíduos secos e orgânicos;
V - áreas de triagem, transbordo e reciclagem de resíduos da construção civil e resíduos
volumosos;
VI - unidades de compostagem e biodigestão anaeróbia “in situ”;
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aterros.
Art. 48. São ações prioritárias da rede de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos:
I - universalizar a coleta seletiva de resíduos secos e orgânicos com atendimento de todo o território
urbano, precedido de campanhas;
II - implantar e requalificar as centrais de processamento da coleta seletiva de resíduos secos e as
centrais de processamento da coleta seletiva de resíduos orgânicos;
III - integrar a gestão de resíduos sólidos, inclusive os componentes de responsabilidade privada;
IV - introduzir o manejo diferenciado dos resíduos orgânicos, componente principal dos resíduos
urbanos, possibilitando sua retenção na fonte geradora e alternativas de destinação que permitam
sua valorização como composto orgânico e como fonte de energia;
V - estabelecer novas instalações públicas para a destinação final de resíduos sólidos, segundo as
determinações da Política Nacional de Resíduos Sólidos;
VI - expandir as ações de inclusão social, gerar oportunidades de trabalho e obtenção de renda,
incentivar as cooperativas no campo da economia solidária e apoiar os catadores isolados de
materiais reaproveitáveis e recicláveis;
VII - definir estratégias para formalização contratual do trabalho das cooperativas e associações de
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catadores com vista à sustentação econômica do seu processo de inclusão social e dos custos da
logística reversa de embalagens;
VIII - fomentar a implantação de unidades, públicas e privadas, voltadas à valorização de resíduos
secos e orgânicos, resíduos da construção civil e outros, conforme a ordem de prioridades definida
na Política Nacional de Resíduos Sólidos;
IX - apoiar a formalização de empreendimentos já estabelecidos, voltados ao manejo de resíduos
sólidos;
X - estabelecer procedimentos de compra pública sustentável para agregados reciclados e
composto orgânico;
XI - estabelecer parcerias com instituições locais para o desenvolvimento de ações de educação
ambiental e comunicação social; e
XII - incentivar e acompanhar a implementação das ações para o manejo diferenciado dos resíduos
sólidos nas Unidades Educacionais da Rede Municipal de Ensino.
§ 1º A administração municipal estabelecerá mecanismos para incentivar política de compras
públicas sustentável que vise à aquisição pública de produtos e suas embalagens fabricados com
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Art. 49. O Plano Municipal de Saneamento Ambiental Integrado deverá ser elaborado pelo Poder
Art. 50. A Política de Mobilidade é o conjunto de políticas de transporte e circulação que visam
proporcionar o acesso amplo e democrático ao espaço urbano, buscando a acessibilidade, a
equidade, a segurança e a circulação de pessoas, produtos e serviços.
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Art. 51. O Sistema de Mobilidade é definido como o conjunto de infraestruturas necessárias para a
circulação de pessoas, produtos e serviços.
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Art. 54. Sistema Viário é o conjunto de vias do Município, classificadas e hierarquizadas segundo
critério funcional, observados os padrões urbanísticos estabelecidos no Capítulo IV do Título III
desta Lei Complementar.
§ 1º Função da via é o seu desempenho de mobilidade, considerados aspectos da infraestrutura, do
uso e ocupação do solo, dos modais de transporte e do tráfego veicular.
§ 2º Os objetivos e as ações estratégicas da rede viária estarão contidos no Plano Municipal de
Mobilidade.
Art. 55. A Rede de Pedestres é definida como o conjunto de vias e estruturas físicas destinadas à
circulação de pedestres.
Parágrafo único. Os objetivos e as ações estratégicas da rede de pedestres estarão contidos no
Plano Municipal de Mobilidade.
Art. 57. A Rede Estrutural para a Circulação Cicloviária consiste na configuração de uma rede de
vias com dispositivos especiais para a circulação de bicicletas, de forma priorizada e segura,
mediante a segregação de parte do sistema viário para a sua circulação exclusiva.
Parágrafo único. Os objetivos e as ações estratégicas da rede cicloviária estarão contidos no Plano
Municipal de Mobilidade.
III - as ciclorrotas;
IV - os bicicletários e demais equipamentos urbanos de suporte;
V - a sinalização cicloviária; e
VI - o sistema de compartilhamento de bicicletas.
Art. 59. Os programas, ações e investimentos, públicos e privados, na Rede Cicloviária devem ser
orientados segundo o objetivo de estabelecer uma estrutura complementar de transportes,
integrando os componentes da Rede Cicloviária e os demais modais de transporte.
Art. 60. Os programas, ações e investimentos, públicos e privados, na Rede Cicloviária deverão
estar acompanhados de campanhas de conscientização e incentivo ao uso de transportes não
motorizados.
Art. 67. A acessibilidade universal é a diretriz básica para todas as intervenções relacionadas ao
Sistema de Mobilidade.
§ 1º Por acessibilidade universal ao Sistema de Mobilidade entende-se a condição para utilização,
com segurança e autonomia, total ou assistida, dos sistemas que compõem o Sistema de
Mobilidade por pessoas com necessidades especiais ou mobilidade reduzida.
Art. 68. A rede semafórica destinada à travessia de pedestres deverá incorporar, gradualmente,
dispositivos para que as pessoas com necessidades especiais ou mobilidade reduzida possam
atravessar pela faixa de pedestres, com autonomia e segurança, de acordo com a legislação
aplicável.
Art. 69. As calçadas, faixas de pedestres, transposições e passarelas deverão ser, gradualmente,
adequadas para atender à mobilidade inclusiva, visando a autonomia das pessoas com
deficiências, conforme normas técnicas regulamentares pertinentes.
Art. 70. As disposições legais referentes à acessibilidade das Pessoas com Deficiência serão
observadas na aplicação da estratégia de mobilidade urbana, no caso de obras de construção de
praças, vias públicas, loteamentos e espaços urbanos em geral, tanto nos planos e projetos da
iniciativa privada como do Poder Público.
Art. 71. O Poder Executivo Municipal deverá revisar a Lei Ordinária que institui o Plano Municipal de
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Mobilidade de acordo com os prazos e determinações estabelecidas pela legislação federal que
institui a Política Nacional de Mobilidade Urbana e com os objetivos e diretrizes previstas neste
Capítulo da Política Municipal de Mobilidade desta lei.
§ 1º A Lei do Plano Municipal de Mobilidade deverá ser revisada de forma participativa e deverá
conter, no mínimo:
I - a análise sobre as condições de acessibilidade e mobilidade existentes no Município e suas
conexões entre os bairros, a fim de identificar os diferentes tipos de demandas urbanas, sociais,
demográficas, econômicas e ambientais que deverão nortear a formulação das propostas;
II - as ações para a ampliação e o aprimoramento do sistema de transporte público coletivo de
passageiros no Município;
III - o modelo institucional para o planejamento da mobilidade, promovendo maior integração entre
as esferas municipal e estadual, tanto no âmbito da formulação de políticas setoriais, como na
esfera do desenvolvimento técnico dos trabalhos;
IV - o programa para o gerenciamento dos estacionamentos no Município com controle de
estacionamentos nas vias públicas e limitação nas áreas centrais;
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Art. 72. A Política de Habitação assegura a população, especialmente as famílias de baixa renda, o
acesso à habitação digna e é essencial sua integração com as políticas públicas, sistemas e
estratégias de desenvolvimento que integram esta Lei Complementar.
§ 1º Os programas, ações e investimentos, públicos e privados, na Habitação devem ser orientados
para os seguintes objetivos:
I - assegurar o direito à moradia digna como direito social;
II - reduzir o deficit habitacional;
III - reduzir a quantidade de moradias inadequadas; e
IV - reduzir os impactos de assentamentos precários e irregulares, em especial sobre áreas de
proteção ambiental.
§ 2º Os programas, ações e investimentos, públicos e privados, na Habitação devem ser orientados
segundo as seguintes diretrizes:
I - priorizar a população de baixa renda;
II - priorizar o atendimento à população residente em imóveis ou áreas insalubres, de risco e de
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preservação permanente;
III - promover a urbanização de assentamentos precários e irregulares, do ponto de vista urbanístico
e ambiental, prevendo o atendimento habitacional, preferencialmente, no mesmo local, em caso de
necessidade das obras previstas no Plano de Urbanização para ZEIS II;
IV - promover a regularização urbanística, jurídica, fundiária e ambiental, entre outras, de
assentamentos precários e irregulares, inclusive com o reconhecimento e regularização das
atividades comerciais e de serviço existentes nos locais;
V - diversificar os programas e os agentes promotores da política de HIS, de acordo com as
características diferenciadas da demanda;
VI - promover a produção de novas habitações de interesse social nas ZEIS I e em áreas vazias e
subutilizadas, com prioridade para as famílias de baixa renda cuja renda mensal seja de até 3 (três)
salários mínimos - conforme previsto pela Lei Federal 11.888/2008 ou outra que vier a substituí-la,
através do Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social - instituído pela Lei Municipal
4816/2011, do incentivo à produção privada e da ampliação de convênios e parcerias no âmbito
público e privado;
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Art. 74. A revisão do Plano Municipal de Habitação deverá orientar-se pelos objetivos e diretrizes
Art. 75. Será considerada área urbana consolidada, área que disponha de no mínimo três, dos
seguintes equipamentos de infraestrutura ou, que já tenha regular cobrança de tributos municipais,
ou alvará de funcionamento expedido :
I - Drenagem de água pluviais;
II - Esgotamento sanitário;
III - Abastecimento de água potável;
IV - Distribuição de energia elétrica e iluminação pública;
V - Limpeza urbana, coleta e manejo de resíduos sólidos;
Art. 76. Consideram-se áreas consolidadas sobrepostas a áreas de preservação permanente - APP,
aquelas que apresentam edificação individual, dentro de área maior que tenha estágio de
urbanização avançado e em amplo desenvolvimento, encontrando-se:
a) Situadas nas faixas marginais de qualquer curso d'agua natural perene e intermitente, excluídos
os efêmeros.
b) No entorno dos reservatórios d'agua artificiais, decorrentes de barramento ou represamento de
cursos d'agua naturais, na faixa definida na licença ambiental;
c) No entorno das nascentes e dos olhos d'aguas perenes, qualquer que seja sua situação
topográfica;
d) Outras situações não citadas nas alíneas anteriores mas declaradas pelo órgão competente
local.
Art. 77. São passíveis de regularização, nos termos do art. 76, os imóveis pré-existentes, suas
reformas e manutenções.
Parágrafo único. Para fins da regularização ambiental prevista no caput, ao longo dos rios de
qualquer curso d'agua, será mantida faixa não edificável com largura mínima de 20 (vinte)
metros de ambos os lados.
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Art. 78. É vedada a realização de ampliações e novas construções nas APP ainda que dentro da
APP existam áreas consolidadas regularizadas.
§2° Para as pessoas comprovadamente pobres no sentido da lei, o poder público poderá realizar
ação específica junto a profissionais técnicos do seu quadro, ou mediante parcerias com
universidades, conselhos profissionais ou associações específicas para fins do previsto no
parágrafo anterior quanto a profissionais habilitados.
Art. 80. Para além do previsto no Art. 75 são critérios de análise pelo setor responsável visando a
autorização das solicitações de regularização:
I- Projeto arquitetônico e complementares;
II- Memorial descritivo de regularização;
III - Laudo de estabilidade da edificação;
IV- Anotação de responsabilidade técnica.
Art. 81. A Política Ambiental do Município tem caráter transversal e se articula com as diversas
políticas públicas, sistemas e estratégias de desenvolvimento econômico que integram esta lei.
§ 1º São objetivos da Política Ambiental Municipal:
I – valorizar o Patrimônio Ambiental, promovendo suas potencialidades e garantindo sua
perpetuação e superação dos conflitos referentes à poluição e degradação do meio ambiente;
II - a implementação, no território municipal, das diretrizes contidas na Política Nacional de Meio
Ambiente, na Política Nacional dentos federais e estaduais, no que couber;
III - a co Recursos Hídricos, na Política Nacional de Saneamento Básico, na Política Nacional de
Resíduos Sólidos, na Política Nacional de Mudanças Climáticas, no Sistema Nacional de Unidades
de Conservação e demais normas e regulamenservação e recuperação do meio ambiente e da
paisagem;
IV - a redução da contaminação ambiental em todas as suas formas;
V - a garantia de proteção dos recursos hídricos e mananciais de abastecimento;
VI - a priorização de medidas de adaptação às mudanças climáticas;
VII - o incentivo à adoção de hábitos, costumes e práticas que visem a proteção dos recursos
ambientais;
VIII - a produção e a divulgação de informações ambientais organizadas e qualificadas; e
IX - o estímulo às construções sustentáveis.
§ 2º O Patrimônio Ambiental abrange:
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I - os elementos naturais ar, água, solo e subsolo, fauna, flora, assim como as amostras
significativas dos ecossistemas originais indispensáveis à manutenção da biodiversidade ou à
proteção das espécies ameaçadas de extinção, essenciais à sadia qualidade de vida; e
II - os Sítios Arqueológicos e Paleontológicos.
Art. 83. São componentes do Sistema de Áreas Ambientais a Rede de Áreas de Proteção e de
Interesse Ambiental e a Rede de Áreas Verdes Urbanas.
§ 1º A Rede de Áreas de Proteção e de Interesse Ambiental é formada pelas áreas voltadas para
conservação e preservação dos recursos naturais em todo o território do Município, sendo:
I - Áreas de Preservação Permanente (APPs);
II - Áreas de Proteção Ambiental (APA);
III - Reservas Biológicas;
IV - Áreas de Interesse Especial de Preservação; e
V - Áreas Degradadas.
§ 2º Áreas de Preservação Permanente - APPs são todas aquelas definidas pela legislação
ambiental vigente, assim como que pelos Conselhos Nacional, Estadual e Municipal de Meio
Ambiente.
§ 3º Áreas de Proteção Ambiental - APA são áreas, em geral, extensas, com um certo grau de
ocupação humana, dotadas de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente
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importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas, e têm como
objetivos básicos proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar
a sustentabilidade do uso dos recursos naturais, conforme previsto pela Lei Federal 9.985 de 2000
ou outro que vier a substituí-la.
§ 4º Reservas Biológicas são as áreas que têm como objetivo a preservação integral da biota e
demais atributos naturais existentes em seus limites, sem interferência humana direta ou
modificações ambientais, excetuando-se as medidas de recuperação de seus ecossistemas
alterados e as ações de manejo necessárias para recuperar e preservar o equilíbrio natural, a
diversidade biológica e os processos ecológicos naturais, conforme previsto pela Lei Federal 9.985
de 2000 ou outro que vier a substituí-la.
§ 5º Áreas de Interesse Especial de Preservação são áreas verdes que apresentem características
naturais inalteradas pelo processo de urbanização ou pelo uso e ocupação do solo rural,
conservando sua flora e fauna locais.
Art. 84. O Plano Municipal do Meio Ambiente deverá ser instituído pelo Poder Executivo do
Município através de Lei Ordinária no prazo de até 10 anos, a contar da publicação desta Lei
Complementar, tomando por base as disposições da legislação federal, estadual e municipal
vigente.
§ 1º O Poder Executivo deverá realizar a revisão do Plano Municipal do Meio Ambiente com base
em processos participativos pelo menos a cada 10 anos, contados do início da vigência da
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Art. 85. Para garantir um desenvolvimento urbano sustentável e equilibrado, entre as várias visões
existentes sobre o futuro do Município, o PDDM observa e considera, em sua estratégia de
ordenamento territorial, as seguintes dimensões:
I - a dimensão social, fundamental para garantir os direitos sociais a todos os cidadãos, em
especial, o direito à moradia, à mobilidade, à infraestrutura básica e o acesso aos equipamentos
públicos urbanos e comunitários;
II - a dimensão ambiental, fundamental para garantir o necessário equilíbrio entre as áreas
edificadas e os espaços livres e verdes no interior da área urbanizada e entre esta e as áreas
preservadas e protegidas no conjunto do Município;
III - a dimensão imobiliária, fundamental para garantir a adequada produção das edificações
destinadas à moradia e ao trabalho;
IV - a dimensão econômica, fundamental para garantir as atividades produtivas, comerciais e de
serviços, indispensáveis para gerar trabalho e renda;
V - a dimensão cultural, fundamental para garantir a proteção, preservação e recuperação dos
espaços históricos, culturais e a paisagem, essenciais para a educação, a memória e a identidade
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da população.
Parágrafo Único. Os elementos estruturadores a serem utilizados para consolidar o ordenamento
territorial são:
I - a divisão territorial;
II - as áreas ambientais;
III - o zoneamento urbano; e
IV - a infraestrutura viária.
Art. 86. Considera-se, para o fim da presente Lei Complementar, a divisão territorial do Município
em Área Urbana e Área Rural com exigências diferenciadas concernentes às atividades e ao uso
dos seus espaços.
§ 1º É considerada Área Urbana aquela que compõe os perímetros urbanos, demarcados no Anexo
1.2 da Divisão Territorial - Área Urbana, desta Lei Complementar, onde há superfícies total ou
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Art. 87. A Área Urbana é constituída por dois perímetros urbanos não contíguos:
I - O perímetro urbano da sede do Município, inserido no atual 1º Subdistrito do 1º Distrito de
Alegrete e com a seguinte descrição: parte-se de um ponto situado sobre o eixo do Rio Ibirapuitã a
sobre o Rio Ibirapuitã; dali segue cerca de 100m no sentido sul-norte, por onde passa a seguir
ainda em paralelo a referida Rodovia, mas em seu limite de domínio de 50m; passando a última
referida Ponte segue ainda no sentido por mais 800m, quando volta a seguir novamente em
paralelo pela referido Rodovia a uma distância de 100m no sentido norte-sul, primeiro por um trecho
de 150m no sentido oeste-leste, para, logo após, contornar os lotes pertencentes ao Município de
Alegrete, e mais 300m no sentido noroeste-sudeste, em paralelo a Rodovia BR-290, a uma
distância de 100m; dali contorna o Bairro Balneário Caverá no sentido nordeste-sudoeste até
alcançar um ponto sobre o eixo do Arroio Caverá, por onde segue pelo referido Arroio em seu
contrafluxo, contornando todo o referido Bairro, até encontrar a Ponte Júlio de Castilhos; após,
segue no sentido sudoeste-nordeste cerca de 910m; dali segue no sentido sul-norte em paralelo a
uma distância de 50m da VRS-806, até que possa seguir em paralelo a uma distância de 100m,
novamente, pela Rodovia BR-290, no sentido oeste-leste; segue neste sentido até encontrar um
ponto que possa seguir em paralelo a uma distância de 700m do referido “Corredor da CORLAC”,
que divide campos do Espólio de Inácio Campos de Menezes, ou outro que vier a sucedê-lo, no
sentido sul-norte; segue neste sentido até a Avenida Tiarajú, por onde segue no mesmo sentido sul-
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norte até a Sanga do Brandão, afluente do Arroio Jararaca, seguindo pelo eixo da referida sanga
até os limites do Bairro Nossa Senhora da Conceição Aparecida e Saint Pastous, por onde segue
no sentido leste-oeste até os limites do Bairro Capão do Angico, por onde segue através do eixo de
uma sanga d’água, sem denominação até atravessar a RS-377; dali segue em paralelo em uma
distância de 50m da RS-377 no sentido leste-oeste até um ponto distante 100m da Rua Vereador
Evódio Ribeiro Severo, por onde segue no sentido sul-norte e depois sudeste-noroeste ao
atravessar em perpendicular a Estrada de Ferro Porto Alegre-Uruguaiana; depois segue os limites
do Bairro Centenário e a antiga Usina Termoelétrica até encontrar o ponto inicial; e
II - O perímetro urbano da Vila do Passo Novo, inserido no atual 2º Distrito do Passo Novo e com a
seguinte descrição: parte-se do ponto localizado sobre a Avenida Bento Gonçalves, a noroeste,
distante 100m da Estrada de Ferro Porto Alegre-Uruguaiana, segue no sentido norte-sul em
paralelo a referida Estrada de Ferro até encontrar o Arroio Lageado Grande, por onde segue
através do seu eixo em seu contrafluxo até a divisa sul das terras de Carlos Leão Alves de Souza,
Art. 88. O Município poderá delimitar e instituir Distritos Industriais e/ou Empresariais, conforme
disposto a Lei Municipal nº 4.891/2011 ou outra que vier a substituí-la, em glebas não situadas nos
perímetros urbanos previstos no Art. 81 desta Lei Complementar.
§ 1º As áreas delimitadas como Distrito Industrial e/ou Empresarial são demarcadas e previstas
pela Lei Municipal nº 4.891/2011 ou outra que vier a substituí-la.
§ 2º Conforme previsto pela Lei Estadual 10.116 de 1994 ou outra que vier a substituí-la, o
parcelamento do solo para distritos industriais e/ou empresariais passará obrigatoriamente por
aprovação do Estado.
§ 3º A instituição de perímetro urbano para as áreas previstas no caput deverá ser feita por Lei
específica após o parcelamento do solo e a implantação do empreendimento, devendo o referido
perímetro ser incorporado pelo PDDM quando este for revisado e a Lei específica revogada.
§ 4º As áreas previstas no caput deverão adotar o regime de parcelamento, ocupação e uso do solo
estabelecidos no Título IV desta Lei Complementar, adotando o regime urbanístico da Zona
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Especial de Distritos Industriais e Empresarias (ZEDIE) previsto no Art. 111 desta Lei
Complementar.
§ 5º O Município, quando delimitar e instituir Distritos Industriais e/ou Empresariais, deverá atender
às diretrizes e aos objetivos previstos neste PDDM, sobretudo os objetivos e diretrizes previstos na
Seção II da Política de Desenvolvimento Econômico Sustentável do Capítulo I do Título II desta Lei
Complementar.
§ 6º O Município, quando delimitar e instituir Distritos Industriais e/ou Empresariais, deverá
antecipadamente estabelecer estratégias que busquem a parceria entre público-privado para a
implantação da infraestrutura urbana consequente do parcelamento do solo, assim como de
solucionar as demandas urbanas decorrentes do processo de parcelamento que se referem a
transporte público, a coleta de resíduos sólidos e a implantação de equipamentos urbanos públicos
de educação e saúde.
Art. 92. Para os fins previstos nesta seção, entende-se por área de mineração em áreas rurais, a
atividade econômica e industrial que consiste na pesquisa, exploração, lavra (extração) e
beneficiamento de minérios presentes no subsolo em zonas estabelecidas fora do perímetro
urbano.
Parágrafo único. As zonas destinadas a mineração, serão definidas e regradas em legislação
específica.
Art. 93. As atividades de mineração de qualquer natureza, serão objeto de licenciamento ambiental
junto ao órgão ambiental competente, ficando seu responsável obrigado a cumprir as exigências e
condicionantes determinados por este.
§1º O empreendimento que em razão do exercício de suas atividades industriais, necessitar da
supressão de vegetação, será necessária a obtenção de autorização do órgão ambiental
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competente.
§2º Fica o empreendimento minerador, responsável pela recuperação das áreas exploradas, com o
objetivo da recuperação do sítio degradado, em acordo com o Plano de Recuperação de Áreas
Degradadas - PRAD, visando a obtenção da estabilidade do meio ambiente.
Art. 94. As áreas ambientais são definidas pelo Sistema de Áreas Ambientais previsto no Capítulo
VI do Título II desta Lei Complementar e são compostas, respectivamente, na Seção I e Seção II
deste Capítulo.
§ 1º No Plano Municipal do Meio Ambiente, instituído por Lei Ordinária, poderão ser ampliados os
objetivos e diretrizes para todas as áreas ambientais definidas no caput.
§ 2º No Plano Municipal do Meio Ambiente, instituído por Lei Ordinária, poderão ser ampliadas ou
Art. 95. A Rede de Áreas de Proteção e de Interesse Ambiental compõe o Sistema de Áreas
Ambientais definido no Capítulo VI do Título II desta lei e é formada pelas áreas voltadas para
conservação e preservação dos recursos naturais em todo o território do Município, sendo: I - Áreas
de Preservação Permanente (APPs); II - Áreas de Proteção Ambiental (APAs); III - Reservas
Biológicas; IV - Áreas de Interesse Especial de Preservação; e V - Áreas Degradadas. § 2º São
objetivos da Rede de Áreas Verdes Urbanas propiciar lazer e espaços de convivência à população
e áreas paisagísticas na composição do tecido urbano. § 3º As diretrizes e prioridades de
manutenção, conservação e reforma do Sistema de Áreas de Lazer e Paisagismo devem ser
previstas na Lei Ordinária do Plano Municipal do Meio Ambiente
Art. 96. As principais Áreas de Preservação Permanente, além das previstas na legislação
ambiental vigente, na área urbana são:
I - APP do Rio Ibirapuitã;
II - APP do Arroio Regalado; e
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Art. 97. A Área de Proteção Ambiental - APA do Rio Ibirapuitã é uma área Federal sob jurisdição do
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) localizada na porção sul do
território municipal, em zona rural, ocupando parte do 4º Subdistrito de Vasco Alves e do 6º
Subdistrito do Catimbau.
Parágrafo único. Qualquer empreendimento dentro da Área de Proteção Ambiental - APA que
cause algum impacto ambiental deverá ter a prévia anuência do referido Órgão competente.
Art. 98. A Reserva Biológica Ibirapuitã é uma área sob jurisdição Estadual de domínio público
localizada na porção sul do território municipal, em zona rural, ocupando uma pequena parte do 6º
Subdistrito do Catimbau, na margem direita do Rio Ibirapuitã, que tem como destinação a
preservação integral da biota, sem interferência humana direta.
Parágrafo único. Na Reserva Biológica o acesso público é restrito à pesquisa científica e à
educação ambiental previamente outorgado pelo Órgão Ambiental Estadual.
Art. 100. Áreas que apresentam processos resultantes de danos ao meio ambiente, pelos quais se
perdem ou se reduzem algumas de suas propriedades, tais como, a qualidade ou capacidade
produtiva dos recursos ambientais, poderão ser demarcadas como Áreas Degradadas através de lei
específica e reconhecidas pelo Plano Municipal de Meio Ambiente.
§ 1º A demarcação das áreas degradadas tem como objetivo a regeneração de suas características
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Art. 101. A Rede de de Áreas Verdes Urbanas compõe o Sistema de Áreas Ambientais definido no
Capítulo VI do Título II desta lei e é formada pelas áreas de lazer e de interesse paisagístico e pelas
áreas urbanas de vulnerabilidade ambiental.
§ 1º As áreas de lazer e de interesse paisagístico referidas no caput se referem aos canteiros,
jardins, praças, largos e parques inseridos nos perímetros urbanos do Município e definidos em Lei
Ordinária que disporá sobre a matéria.
§ 2º As áreas urbanas de vulnerabilidade ambiental referidas no caput se referem às áreas
pertencentes à Zona Especial de Interesse Ambiental - ZEIA, estabelecida nesta Lei Complementar
no Título III - Do Ordenamento Territorial.
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Art. 102. Considera-se zoneamento, para fins da presente Lei Complementar, a divisão da Área
Urbana do Município de Alegrete em áreas de uso e/ou intensidade de ocupação diferenciada.
Art. 104. Todas Zonas possuem regime urbanístico específico previsto no Título IV desta Lei
complementar e, com exceção da ZEDIE, são delimitadas por logradouros públicos, fundos de
lotes, frente de lotes e outros traçados, conforme representado no Anexo 2 do Zoneamento Urbano
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Art. 107. A Zona da Vila do Passo Novo - ZVPN corresponde à área urbana do Distrito do Passo
Novo, caracterizada pela sua urbanização histórica, de maior proximidade aos aspectos rurais e do
campo e de baixa densidade.
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Parágrafo Único. Na ZVPN são admitidos usos residenciais unifamiliares e multifamiliares e usos
não residenciais diversificados de apoio ao uso residencial como atividades de varejo e serviços,
além de atividades regularmente realizadas no meio rural ou ligadas às atividades rurais e
pequenas atividades industriais desde que toleráveis à vizinhança residencial e sujeitas ao Estudo
para Uso Condicionado ao Impacto de Vizinhança, conforme previsto no Art. 274 desta Lei
Complementar.
Art. 108. A Zona Mista de Interesse Cultural - ZMIC corresponde à área mais antiga da cidade,
caracterizada por:
I - tecido denso de altura e usos variados, com predominância de usos não residenciais em
determinadas vias; e
II - ocorrência de patrimônio arquitetônico histórico em determinados logradouros, constituindo
conjuntos de paisagem histórica.
§ 1º. Na ZMIC são admitidos usos residenciais unifamiliares e multifamiliares e são admitidos e
incentivadas atividades não residenciais diversificadas, conforme previsto no Capítulo III do Regime
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de Uso do Solo do Título IV e no Anexo 4.3 do Regime Urbanístico - dos Usos e Atividades
Permitidas desta Lei Complementar.
§ 2º A preservação de áreas, lugares e unidades de paisagem histórica far-se-á pela definição de
regime urbanístico específico, por tombamento e inventário, a fim de evitar a perda ou o
desaparecimento das características que lhes conferem peculiaridade.
§ 3º A identificação das áreas e dos bens que constituem patrimônio cultural será objeto de estudos
específicos baseados no Inventário do Patrimônio Cultural, observados o valor histórico, a
excepcionalidade, os valores de representatividade, de referência, arquitetônico, simbólico, práticas
culturais, tradições e heranças, levando, ainda, em consideração as relações físicas e culturais com
o entorno e a necessidade de manutenção de ambientação peculiar.
§ 4º O Município, através do Conselho do Patrimônio Histórico e Cultural de Alegrete - COMPAHCA
será responsável pelo Inventário do Patrimônio Cultural, estabelecendo conceitos, conteúdos,
critérios de seleção, características, vigência, formas de proteção e de incentivo.
Art. 110. A Zona Mista II - ZM II corresponde às áreas da cidade caracterizadas por seu potencial
para maior densidade e variedade de usos residenciais e não residenciais;
§ 1º Na ZM II são admitidos usos residenciais unifamiliares e multifamiliares e são admitidos e
incentivados estabelecimentos não residenciais diversificados, conforme previsto no Capítulo III do
Regime de Uso do Solo do Título IV e no Anexo 4.3 do Regime Urbanístico - dos Usos e Atividades
Permitidas desta Lei Complementar.
§ 2º O Poder Público deve incentivar a qualificação urbanística da zona, a fim de permitir:
I - maior adensamento;
II - implantação de estabelecimentos de comércio e serviços diversificados; e
III - consolidação das áreas como novas centralidades de apoio.
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Art. 111. A Zona Mista de Eixos Estruturadores - ZMEE corresponde às áreas da cidade
caracterizadas por:
I - eixos estruturantes ou de importância local com maior densidade e variedade de atividades não
residenciais; e
II - eixos com potencial de importância local onde deve ser incentivado o adensamento e a
variedade de atividades não residenciais para constituição de novas centralidades.
Parágrafo Único. Na ZMEE são admitidos usos residenciais unifamiliares e multifamiliares e são
admitidos e incentivadas atividades não residenciais diversificadas, conforme previsto no Capítulo
III do Regime de Uso do Solo do Título IV e no Anexo 4.3 do Regime Urbanístico - dos Usos e
Atividades Permitidas desta Lei Complementar.
Art. 113. A Zona Especial de Interesse Institucional - ZINST corresponde às áreas públicas ou
privadas de grande porte onde estão implantados equipamentos ou que são objeto de projetos
governamentais e que, por suas características, não são passíveis de enquadramento no regime
urbanístico estabelecido no Título IV desta Lei Complementar, nem em seus anexos.
Parágrafo único. Na ZINST sempre serão exigidos estudos para a aprovação de projetos.
Art. 114. A Zona Especial de Interesse Social I - ZEIS I corresponde às áreas destinadas à moradia
digna para a população da baixa renda, caracterizadas por glebas ou lotes não edificados ou
subutilizados, adequados à urbanização.
§ 1º Na ZEIS I são admitidos usos residenciais unifamiliares e multifamiliares e usos não
residenciais diversificados de apoio ao uso residencial como atividades de varejo e serviços,
conforme previsto no Capítulo III do Regime de Uso do Solo do Título IV e no Anexo 4.3 do Regime
Urbanístico - dos Usos e Atividades Permitidas desta Lei Complementar.
§ 2º O Poder Público deve providenciar a qualificação urbanística das áreas urbanizadas, a fim de
permitir:
I - adensamento controlado; e
II - condições de moradia digna para a população de baixa renda, incluindo o acesso à
infraestrutura pública de qualidade.
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Art. 115. A Zona Especial de Interesse Social II - ZEIS II corresponde às áreas caracterizadas pela
presença de edificações, ocupações e loteamentos irregulares, habitadas predominantemente por
população de baixa renda.
§ 1º Na ZEIS II são admitidos usos residenciais unifamiliares e multifamiliares e usos não
residenciais diversificados de apoio ao uso residencial como atividades de varejo e serviços, desde
que estejam com sua situação fundiária regularizada e conforme previsto no Capítulo III do Regime
de Uso do Solo do Título IV e no Anexo 4.3 do Regime Urbanístico - dos Usos e Atividades
Permitidas desta Lei Complementar.
§ 2º O Poder Público deve providenciar a regularização e a qualificação urbanística das áreas
urbanizadas, a fim de permitir condições de moradia digna para a população de baixa renda,
incluindo o acesso à infraestrutura pública de qualidade.
Art. 116. A Zona Especial de Interesse Social III - ZEIS III corresponde às áreas caracterizadas pela
presença de ocupações irregulares habitadas predominantemente por população de baixa renda
em áreas de vulnerabilidade ambiental.
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Art. 117. A Zona Especial de Interesse Ambiental - ZEIA corresponde a áreas de interesse
ambiental e às áreas caracterizadas pela vulnerabilidade ambiental devido às enchentes periódicas
que afetam o Município.
§ 1º. Na ZEIA é vedada a construção de novas edificações para uso residencial.
§ 2º. Na ZEIA são permitidas as economias compatíveis com a manutenção e recuperação dos
serviços ambientais por elas prestados, em especial os relacionados às cadeias produtivas da
agricultura e do turismo, de densidades demográfica e construtiva baixas.
Art. 118. A Zona Especial de Interesse Cultural - ZEIC corresponde ao entorno da Praça Getúlio
Vargas, onde há predominância de usos não residenciais e concentração de patrimônio cultural,
constituindo uma paisagem e um conjunto de importância cultural e histórica para o Município.
§ 1º. Na ZEIC são admitidos usos residenciais unifamiliares e multifamiliares e são admitidos e
incentivados estabelecimentos não residenciais diversificados, desde que adequados ao Anexo 4.3
do Regime Urbanístico - dos Usos e Atividades Permitidas desta Lei Complementar.
§ 2º A preservação de áreas, lugares e unidades far-se-á pela definição de regime urbanístico
específico, por tombamento e inventário, a fim de evitar a perda ou o desaparecimento das
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Art. 119. A Zona Especial de Distritos Industriais e Empresariais (ZEDIE) fica definida como
referência para regime urbanístico, previsto no Título IV desta Lei Complementar, nas áreas que o
Município delimitar e instituir Distritos Industriais e/ou Empresariais conforme previsto no Art. 82
desta Lei Complementar (das áreas urbanas no Título III).
§ 1º São previstas na ZEDIE a implantação de usos não residenciais onde a preferência é dada aos
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Art. 120. A infraestrutura viária consiste na base física que sustenta as condições e regras de
circulação de pessoas e veículos no ambiente urbano, obedecidas as normas estabelecidas pela
legislação.
§ 1º Constituem a infraestrutura viária a malha viária e equipamentos de apoio à mobilidade, sendo
Art. 121. Malha Viária é o conjunto de vias do Município, classificadas e hierarquizadas segundo
critério funcional, observados os padrões urbanísticos estabelecidos no Anexos 3.1, 3.2 e 3.3 das
Diretrizes Viárias desta Lei Complementar.
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Art. 122. Ficam estabelecidas as diretrizes de expansão viária indicadas através do Anexo 3.2 das
Diretrizes Viárias - da área urbana desta Lei Complementar, constituindo o sistema viário
estruturador do Município.
§ 1º As diretrizes de que trata o caput deste artigo poderão sofrer ajustes e complementações no
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§ 3º Os padrões geométricos mínimos de que trata § 2º não se aplicam às vias existentes caso haja
inviabilidade técnica, permanecendo os já existentes, com adequações possíveis durante o
processo de renovação e intervenção urbana da via.
§ 4º A Lei Ordinária do Plano Municipal de Mobilidade poderá estabelecer características
funcionais, geométricas, de infraestrutura e paisagísticas específicas desde que atendam as
características mínimas previstas no § 2º deste artigo.
§ 5º São indicadas a implantação de eixos cicloviários nas Vias Arteriais e Coletoras como
composição da Rede Cicloviária, mas esta deverá ser regulamentada pela Lei do Plano Municipal
de Mobilidade do Município.
§ 6º Fica a cargo do Poder Público Municipal, através do Grupo Técnico de Monitoramento e
Avaliação do Plano Diretor, indicar a necessidade de implantação de ciclovias e rotas cicláveis nas
Vias Arteriais e Coletoras que vierem a ser implantadas, a fim de que os eixos cicloviários não
sejam descontinuados.
§ 7º Para quaisquer finalidades de uso e ocupação do solo fica estabelecido que a menor via para a
área urbana é a via local com largura mínima de quinze metros, ressalvados os casos de
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Art. 124. As demais vias que compõem a malha viária do Município com leito carroçável, em
território urbano ou rural, de acordo com os critérios de funcionalidade e hierarquia, têm a seguinte
classificação geral:
I - Estradas vicinais, sendo aquelas que promovem circulação e o tráfego local na Área Rural do
Município e interligam com Municípios vizinhos, sendo subclassificadas hierarquicamente em
estradas primárias e secundárias; e
II - Rodovias, sendo aquelas que promovem a interligação do Município com as demais regiões do
Art. 125. Constituem equipamentos de apoio à mobilidade urbana, como parte indissociável do
sistema, os equipamentos destinados à facilitação, conforto e segurança do deslocamento urbano
de pessoas e veículos, regulamentados pela Lei do Plano de Mobilidade Municipal de Alegrete.
Art. 126. O Regime Urbanístico, disposto e regulamentado neste título, é o conjunto de dispositivos
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Art. 127. A disciplina do parcelamento do solo regula a divisão ou redivisão do solo em unidades
juridicamente independentes, objetivando o equilíbrio entre áreas públicas e privadas e seu
adequado aproveitamento urbanístico.
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Art. 128. Somente será permitido o parcelamento do solo para fins urbanos na área urbana definida
no Art. 81 e 82 deste PDDM e este observará o zoneamento urbano e os padrões urbanísticos
estabelecidos nesta Lei Complementar.
§ 1º É vedado o parcelamento do solo em áreas impróprias à edificação, nos termos do art. 121.
§ 2º §2º Os projetos de parcelamento do solo devem abranger, no mínimo, até 40% do imóvel
titulado.
Art. 130. Observadas as disposições desta Lei Complementar e das legislações estaduais e
federais pertinentes, são modalidades do Parcelamento do Solo:
I - o loteamento;
II - o desmembramento;
III – o desdobro ou fracionamento;
IV – a unificação;
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V - o reparcelamento;
VI - o parcelamento de interesse social - PIS.
§ 1º Para efeitos das modalidades do parcelamento do solo, considera-se lote o terreno servido de
infraestrutura básica cujas dimensões atendam aos parâmetros urbanísticos definidos nos Art. 132
e Art. 133.
§ 2º Para efeitos das modalidades do parcelamento do solo, considera-se gleba a porção de terra
que não tenha sido submetida anteriormente a nenhum tipo de parcelamento do solo urbano para
fins urbanos.
§ 3º Para efeitos das modalidades do parcelamento do solo, considera-se a infraestrutura básica os
equipamentos urbanos de escoamento das águas pluviais, iluminação pública, esgotamento
sanitário, abastecimento de água potável, energia elétrica pública e domiciliar e vias de circulação
pavimentadas, incluindo ciclovias, vias de pedestre e calçadas.
§ 4º No caso de edificações existentes em glebas ou lotes objetos de parcelamento do solo urbano
deverão ser observados os parâmetros de regime da ocupação e do uso do solo, previstos nos
Capítulos II e III deste Título.
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Art. 131. Considera-se loteamento, modalidade prevista sob inciso I do art. 122, a subdivisão de
gleba em lotes destinados à edificação, com abertura de novas vias de circulação, de logradouros
públicos ou prolongamentos, modificações ou ampliações das vias existentes.
§ 1º Os loteamentos deverão ser entregues com infraestrutura urbana básica conforme previsto no
Art. 138 desta Lei Complementar.
§ 2º Não caracteriza loteamento a execução de vias públicas de circulação, compreendendo
aberturas, prolongamentos, modificações ou ampliações, efetivada pelo Município, de acordo com
planos de prioridades e diretrizes de expansão viária, com vista a dar continuidade a sua malha
viária.
§ 3º Para a aprovação de parcelamento do solo na modalidade de loteamento, o Município exigirá
Estudo de Impacto de Vizinhança levando em conta a disponibilidade e a repercussão sobre o
transporte público, o acesso às escolas, o saneamento, as condições físico-ambientais e outros
aspectos técnicos relevantes.
Art. 132. Considera-se desmembramento, modalidade prevista sob inciso II do art. 122, a
subdivisão de gleba em lotes destinados à edificação com aproveitamento do sistema viário
existente, desde que não implique na abertura de novas vias e logradouros públicos, nem em
prolongamentos, modificações ou ampliações das já existentes.
§ 1º Os desmembramentos deverão fazer a complementação de infraestrutura básica conforme
previsto no Art. 138 desta Lei Complementar.
§ 2º O desmembramento é restrito ao tamanho máximo de lote na área urbana, sendo
possível aplicar desmembramento em glebas ou lotes de até 50.000m² para Zona Industrial e de até
200.000m² (duzentos mil metros quadrados) nas demais Zonas Urbanas, conforme previsto no Art.
133 .
§ 3º Ainda que aplicada a subdivisão prevista no caput, as áreas resultantes do desmembramento
que não promovam o adequado aproveitamento do solo, conforme previsto nos artigos 229, 230 e
232 desta Lei Complementar, estarão sujeitos à aplicação dos instrumentos indutores da função
social da propriedade previstos no art. 227 desta Lei Complementar, no prazo de seis meses após a
aprovação de seu projeto de parcelamento.
Art. 133. Considera-se desdobro ou fracionamento, modalidade prevista sob inciso III do art. 122, a
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Art. 134. Considera-se unificação, modalidade prevista sob inciso IV do art. 122, o reagrupamento
de lotes contíguos até o limite das dimensões máximas estabelecidas no art. 133.
Parágrafo Único. O reagrupamento de lotes contíguos em processos de unificação deverão ser
pertencentes ao mesmo proprietário, com exceção dos previstos na Lei Federal 6.015 de 1973 ou
outra que vier a substituí-la.
Art. 135. Considera-se reparcelamento, modalidade prevista sob inciso V do art. 122, o
reagrupamento de lotes contíguos, independente da titularidade da propriedade, e suas posteriores
divisões em novos lotes com dimensões, localizações ou configurações distintas das suas situações
originais.
§ 1º O reparcelamento do solo previsto no caput poderá ser aplicado para o reagrupamento de
glebas contíguas, ou ainda de glebas e lotes contíguos, desde que posterior, e obrigatoriamente,
haja o parcelamento do solo através da modalidade loteamento da área resultante.
Art. 136. Considera-se parcelamento de interesse social - PIS, modalidade prevista sob inciso V do
art. 122, o parcelamento de gleba com características especiais e destinada, especificamente, às
pessoas que não possuam bens imóveis em seu nome ou de seu núcleo familiar e cuja renda
familiar auferida seja de até 3 (três) salários mínimos, considerada família de baixa renda -
conforme previsto pela Lei Federal 11.888/2008 ou outra que vier a substituí-la.
Art. 137. Poderão ser realizados projetos de parcelamento do solo na modalidade de loteamento
com prévio desdobro ou fracionamento de glebas, resultando na área ser parcelada na modalidade
de loteamento e em área(s) remanescente(s).
§ 1º O prévio desdobro ou fracionamento de glebas é restrito a áreas superiores a 20ha, sendo
limitado um módulo mínimo para área(s) remanescente(s) de 10ha, conforme previsto no § 2º do
Art. 125.
§ 2º No prazo de um ano após a aprovação do projeto de parcelamento de desdobro ou
fracionamento previsto no caput, as áreas remanescentes que não promoverem o adequado
aproveitamento do solo ou que não tiverem projetos de parcelamento e/ou ocupação em vias de
aprovação no Município, conforme previsto nos artigos 229, 230 e 232 desta Lei Complementar,
estarão sujeitos à aplicação dos instrumentos indutores da função social da propriedade previstos
no art. 227 desta Lei Complementar.
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Art. 138. Os parcelamentos deverão atender, pelo menos, aos seguintes requisitos:
I - respeitar as faixas marginais de cursos d’água naturais perenes e intermitentes e as áreas no
entorno de lagos e lagoas naturais e de nascentes definidas pela legislação federal, salvo maiores
exigências da legislação específica;
II - as vias, quando exigidas, deverão se articular com as vias adjacentes oficiais, existentes ou
projetadas, integrando-se com o sistema viário da região e se harmonizar com a topografia local; e
III - respeitar as faixas de domínio público das rodovias, ferrovias e linhas de transmissões elétricas,
sendo reservada uma faixa não edificável de 15m (quinze metros) de cada lado, salvo exigências
mais restritivas definidas em norma ou legislação específica.
Art. 140. A área mínima de lote no Município é de 200m² (duzentos metros quadrados) e testada
mínima de 8m (oito metros) para lotes de meio de quadra e de 250m² (duzentos e cinquenta metros
quadrados) e testada mínima de 10m (dez metros) para lotes de esquina, conforme estabelecido no
Anexo 4.1 do Regime Urbanístico - do Parcelamento do Solo desta Lei Complementar.
Parágrafo único. Na ZI e na ZEDIE a área mínima do lote é de 750m² (setecentos e cinquenta
metros quadrados) e a frente mínima é de 20m (vinte metros), independente se o lote é de esquina
ou meio de quadra, conforme estabelecido no Anexo 4.1 do Regime Urbanístico - do Parcelamento
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Art. 141. A área máxima de lote na área urbana do Município equivale ao tamanho máximo de um
quarteirão, estabelecido em 14.000m² (catorze mil metros quadrados), sendo que o comprimento
máximo da maior face é limitado a 200m (duzentos metros) e o comprimento máximo da menor face
é de 70m (setenta metros), conforme estabelecido no Anexo 4.1 do Regime Urbanístico - do
Parcelamento do Solo desta Lei Complementar.
§ 1º. Na ZI e na ZEDIE a área máxima do lote é de 50.000 m² (cinquenta mil metros quadrados),
sendo que o comprimento máximo da maior face é limitado a 500 m (quinhentos metros) e o
comprimento máximo da menor face é limitado a 100 m (cem metros), conforme estabelecido no
Anexo 4.1 do Regime Urbanístico - do Parcelamento do Solo desta Lei Complementar
§ 2º. Poderão ser alterados no parcelamento do solo, após ouvido o Conselho do Plano Diretor, os
limites de face e área dos quarteirões estabelecidas no caput, nos seguintes usos:
I - os classificados nos grupos de atividade de serviços públicos sociais;
II - as bases militares, do corpo de bombeiros e similares;
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III - os cemitérios;
IV - os clubes esportivos e clubes de campo;
V - os estádios;
VI - os centros de convenções; e
VII - os hospitais e estabelecimentos de ensino existentes até a data de publicação desta Lei
Complementar.
§ 3º Também poderão ser alterados nos parcelamentos do solo, após ouvido o Conselho do Plano
Diretor, os limites de face e área dos quarteirões estabelecidas no caput, quando a necessidade de
preservação do patrimônio ambiental desaconselhar a abertura de vias ou logradouros públicos,
seus prolongamentos, modificações ou ampliações.
Art. 142. Da área total da gleba objeto de parcelamento do solo na modalidade de loteamento
deverá ser destinado percentual mínimo de 35% para a Municipalidade, a qual servirá à
II - a localização do restante da área exigida para áreas verdes ficará a cargo do interessado e só
será computado como área verde quando nela puder ser inscrito um círculo com raio mínimo de
10m (dez metros), podendo ser localizado em parcelas de terreno que apresentem declividade de
até 15% (quinze por cento).
Parágrafo Único. Para fins de aplicação do disposto no inciso III deste artigo poderá ser admitida
declividade superior a 15% (quinze por cento), ouvido o órgão público municipal responsável pela
utilização da área.
III – será permitida e estimulada a destinação de áreas verdes em canteiros centrais e rótulas,
sendo acrescidas, neste caso, à largura das vias projetadas no anexo 3.3.
Art. 144. Os percentuais referentes à área institucional poderão ser destinados, a critério do órgão
municipal competente, em área de terreno, área construída ou ambas combinadas, devendo
atender às seguintes exigências:
I - estarem situadas junto a uma via oficial de circulação de veículos e, preferencialmente, contidas
em um único perímetro;
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II - ter frente mínima de 10m (dez metros) para a via oficial de circulação;
III - ter relação de no máximo 1/3 (um terço) entre a frente e qualquer de suas demais faces; e
IV - estarem situadas em área com declividade de até 15% (quinze por cento).
§ 1º Quando a destinação de área institucional ocorrer em área construída, esta não poderá
exceder a 50% (cinquenta por cento) da porcentagem mínima de área institucional prevista no Art.
134 desta Lei Complementar.
§ 2º Para fins de aplicação do disposto no inciso IV deste artigo poderá ser admitida declividade
superior a 15% (quinze por cento), ouvido o órgão público municipal responsável pela utilização da
área.
§ 3º Os percentuais referentes à área institucional previstos no caput poderão ser destinados em
área de terreno, área construída ou ambas combinadas, fora da gleba objeto de parcelamento na
modalidade de loteamento, desde que a área destinada possua a mesma titularidade que a da
gleba objeto e que o órgão municipal competente aceite a transferência.
Art. 146. Os loteamentos e desmembramentos deverão ser entregues com infraestrutura básica
implantada.
§ 1º Os loteamentos deverão ser entregues com os equipamentos de escoamento das águas
pluviais, iluminação pública, esgotamento sanitário, abastecimento de água potável, energia elétrica
pública e domiciliar e vias de circulação pavimentadas, incluindo ciclovias, vias de pedestre e
calçadas.
§ 2º Os desmembramentos, conforme previsto no Art. 124, devem aproveitar sistema viário
existente, fazendo a complementação da infraestrutura básica na constituição de equipamentos de
escoamento das águas pluviais, iluminação pública, esgotamento sanitário, abastecimento de água
potável, energia elétrica pública e domiciliar, execução de trechos de ciclovias e pavimentação de
vias de circulação, incluindo calçadas.
§ 3º O sistema de escoamento de águas pluviais deve comportar equipamentos de retenção ou
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Art. 147. A execução de Parcelamento de Interesse Social - PIS poderá ser feita isoladamente pelo
Poder Executivo ou por meio de convênio com outros órgãos federais ou estaduais, vinculados aos
programas populares de habitação.
Parágrafo único. O Parcelamento de Interesse Social - PIS de que trata o caput poderá ser
instituído, inicialmente, nas áreas da Zona Especial Interesse Social I - ZEIS I.
Art. 148. O Parcelamento de Interesse Social - PIS terá destinação residencial, podendo o Poder
Executivo autorizar o exercício de comércio e serviços de apoio à habitação.
Art. 149. No Parcelamento de Interesse Social - PIS os lotes terão área mínima de 200m² (duzentos
metros quadrados) com testada mínima de 8m (oito metros).
Art. 151. No Parcelamento de Interesse Social - PIS deverá ser reservado o percentual mínimo de
35% (trinta e cinco por cento) para áreas públicas, conforme previsto no Art. 134.
Art. 152. As vias do loteamento deverão se articular com as vias adjacentes ou projetadas,
observados os seus gabaritos conforme Anexo 3.3 das Diretrizes Viárias - dos Perfis Vários desta
Lei.
Art. 153. O loteamento popular que incluir a construção de unidades habitacionais unifamiliares
deverá atender aos seguintes requisitos:
I - a instalação, em área de uso institucional, de escola de educação infantil destinada à faixa etária
de 0 (zero) a 6 (seis) anos e ensino fundamental, quando houver demanda para tanto; e
II - a instalação, em área de uso institucional, de um Posto de Saúde, quando não houver serviço de
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Art. 154. O parcelamento do solo, em todas suas modalidades, submetido pelo interessado a
aprovação, será precedido de fixação de diretrizes, pelo órgão municipal competente, conforme
documentação a ser regulamentada em Decreto do Poder Executivo, que permita a adequada
caracterização registrária e planimétrico-cadastral da área a ser parcelada.
§ 1º Para elaboração do projeto na modalidade de loteamento, o interessado deverá solicitar ao
órgão Municipal competente que defina as diretrizes para o uso do solo conforme estabelecido no
Art. 6º da Lei Federal 6.766 de 1979 ou outra que vier a substituí-la.
§ 2º O órgão Municipal competente poderá indicar, nas plantas apresentadas junto com o
requerimento de loteamento, as diretrizes de planejamento conforme estabelecido no Art. 7º da Lei
Federal 6.766 de 1979 ou outra que vier a substituí-la.
§ 3º As diretrizes expedidas para os loteamentos vigorarão pelo prazo máximo de quatro anos,
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a) atendidas pelo projeto as disposições legais, será expedida, pelo órgão competente do Poder
Executivo, aprovação do cronograma físico-financeiro das obras a executar;
b) para garantia da perfeita execução das obras constantes do projeto, memoriais e cronograma
físico-financeiro aprovados, o loteador deverá, alternativamente:
1. efetuar caução em dinheiro, título da dívida pública municipal ou fiança bancária, no valor a ser
estipulado pelo Poder Executivo, em Decreto regulamentador previsto no art. 146 desta Lei
Complementar;
2. vincular à Prefeitura 60% (sessenta por cento) da área total dos lotes, mediante instrumento
público;
c) os procedimentos administrativos para efetivação das garantias previstas serão definidos por
Decreto do Executivo previsto no art. 146 desta Lei Complementar;
d) de posse do cronograma físico-financeiro aprovado, do instrumento de garantia de execução das
obras e dos demais documentos exigidos por lei, será emitido o alvará para fins de execução de
Art. 158. A implantação do loteamento poderá ser realizada em etapas, com a expedição do
respectivo termo de verificação e execução parcial das obras.
Art. 160. O licenciamento das obras de urbanização deve ser requerido no prazo de 180 (cento e
oitenta) dias, a contar da data de seu registro imobiliário, sendo que a conclusão destas deverá
observar o prazo máximo de 5 (cinco) anos a contar da data de sua aprovação.
Art. 161. A execução das obras de urbanização será objeto de garantia por parte do loteador,
segundo as modalidades previstas em regulamentação por Decreto previsto no art. 146 desta Lei
Complementar, garantia hipotecária, em títulos da dívida pública, fiança bancária ou seguro-
garantia, em valor equivalente ao custo orçamentado das obras, aceitas pelos órgãos técnicos
Art. 162. Verificada a infração de qualquer dispositivo desta Lei Complementar, o Executivo
Municipal expedirá uma notificação ao proprietário e ao seu Responsável Técnico no sentido de ser
corrigida a falha verificada dentro do prazo que for concedido, o qual não poderá exceder de 20
(vinte) dias corridos, contados da data da ciência da notificação.
§ 1º A verificação da infração poderá ser feita a qualquer tempo, mesmo após o término das obras.
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Art. 163. Da penalidade de embargo ou multa poderá o interessado recorrer, sem efeito suspensivo,
ao Executivo Municipal, dentro do prazo de 15 (quinze) dias úteis, contados da data de recebimento
da notificação, desde que prove haver depositado a multa, devendo para tanto, comprovar junto a
interposição do recurso, o efetivo depósito em conta específica do FMDU, da multa que lhe foi
aplicada.
Parágrafo único. No caso de provimento do recurso interposto e que no seu mérito seja julgado que
a multa aplicada é indevida, a mesma deverá ser devolvida ao recorrente com correção pelo IGPM
– FGV ou outro índice que vier a substituí-lo até a data da sua efetiva devolução.
Art. 164. Pelas infrações das disposições dos procedimentos de parcelamento do solo previstos
neste Capítulo, sem prejuízo de outras providências cabíveis, deverão ser observadas as sanções
previstas pelo art. 219 desta Lei Complementar.
Art. 165. A documentação legal exigida nos processos de loteamentos no Município será a prevista
em Decreto do Poder Executivo, conforme art. 146 desta Lei Complementar.
Art. 166. São Considerados Condomínios Fechado de Lotes os empreendimentos que formalizem a
situação jurídica individual consolidada sobre os lotes, preservando a unidade do imóvel, conforme
parágrafo § 7º do Art. 2º da Lei federal 6.766/79.
Art. 168. O Condomínio Fechado de Lotes deverá satisfazer aos requisitos e parâmetros de
parcelamento do solo definidos na Seção II deste Título e o Anexo 4.1 do Regime Urbanístico - do
Parcelamento do Solo desta Lei Complementar.
Parágrafo único. As edificações a serem instituídas em condomínio fechado deverão respeitar os
parâmetros de ocupação definidos no Capítulo II deste Título e no Anexo 4.2 do Regime Urbanístico
- da Ocupação do Solo desta Lei Complementar.
Art. 169. O Condomínio Fechado de Lotes deverá seguir as diretrizes de Infraestrutura Viária
previstas no Capítulo V do Título III e nos Anexo 3.2 e 3.3 das Diretrizes Viárias.
Art. 170. A área total do empreendimento não poderá ser maior que 300.000m² (trezentos
mil metros quadrados), podendo ser modulado para melhor permeabilidade urbana, a critério do
Poder Executivo Municipal
Art. 171. Os Condomínios Fechados de Lotes instituídos por esta Lei Complementar, como medida
compensatória, deverão reservar, fora dos limites intra muros do empreendimento, em local
acordado com o Município, área institucional com percentual mínimo de 5% (cinco por cento) da
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Art. 172. A destinação de área de uso comum, em Condomínio Fechado, não poderá ser inferior a
35% (trinta e cinco por cento) do total da gleba.
Parágrafo único. As áreas de uso comum não podem ser inferiores a 15% (quinze por cento) e a
malha viária mínima deverá ser de 20% (vinte por cento) do total da gleba.
Art. 174. O projeto de Condomínio Fechado de Lotes deverá ser acompanhado de memoriais
descritivos e preenchimento dos quadros de áreas.
Art. 175. Serão áreas e edificações de uso privativo e de manutenção privativa do condomínio as
vias urbanas internas de comunicação, os muros, as guaritas, os serviços e obras de infraestrutura,
os equipamentos condominiais e todas as áreas e edificações que, por sua natureza, se destinem
Art. 176. Todas as obras, coletivas ou individuais que vierem a ser edificadas no Condomínio
Fechado de Lotes deverão ser previamente submetidas à aprovação pelo setor competente do
Município, aplicando?se a elas o regime urbanístico do empreendimento e as normas válidas para
construções naquela região, seguindo o que determina o PDDM, o Código de Obras do Município e
a legislação vigente.
Art. 178. O Município, por seus setores competentes, fiscalizará a implantação de obras individuais
ou coletivas e, ao final das mesmas, concederá o habite-se da obra.
Parágrafo único. A não observância do caput do presente artigo acarretará multa, no caso de obras
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Art. 179. A aprovação dada pelo Município ao projeto de lotes ficará condicionada à assinatura de
respectivo Termo de Compromisso onde o interessado se obrigará:
I - a executar, às suas expensas, no prazo fixado pelo cronograma de obras apresentado pelo
empreendedor, todas as obras constantes dos projetos aprovados, com prazo máximo de 3 (três)
anos, podendo o mesmo ser prorrogado por igual período apenas uma vez;
II - a executar e colocar os marcos de alinhamento e nivelamento, os quais deverão ser de
concreto, segundo localização e padrão definidos pelo Município;
III - a permitir e facilitar a fiscalização permanente do Município durante a execução das obras e
serviços; e
IV - durante a construção do condomínio o Poder Executivo admitirá a aprovação e execução de
residências, condicionando a sua respectiva Carta de Habitação ao cumprimento dos requisitos
constantes no caput deste artigo.
Art. 181. Todos os procedimentos de aprovação e de viabilidade para condomínios fechados serão
de competência do órgão municipal e deverão ser regulamentados por Decreto do Poder Executivo.
Art. 182. O Poder Executivo procederá à regulamentação dos requisitos e procedimentos para a
requisição, análise e aprovação ou não de Projetos de Condomínios Fechados de Lotes através de
Decreto, conforme o art.169 desta Lei Complementar.
Art. 183. O regime de ocupação do solo define dispositivos de controle das edificações e possui os
Art. 184. O gabarito de altura - H da edificação, definido no Anexo 4.2 do Regime Urbanístico -
Parâmetros da Ocupação do Solo desta Lei Complementar, fica subdividido em:
I - gabarito de altura básico - Hb; e
II - gabarito de altura máxima - Hm;
§ 1º O Hb é o parâmetro que define a altura máxima que uma edificação pode alcançar por zona.
§ 2º O Hm é o parâmetro que define a altura máxima que uma edificação pode alcançar, por zona,
através do potencial construtivo adicional (PCA) associado à contrapartida financeira estabelecida
pela Outorga Onerosa do Direito de Construir, prevista pelo art. 256 no Capítulo I do Título V - Dos
Instrumentos de Política Urbana e de Gestão Ambiental.
§ 3º A contrapartida financeira apenas é aplicada a partir do primeiro pavimento cujo nível seja
superior ao gabarito de altura básico - Hb estabelecido.
§ 4º Os gabaritos de alturas têm como base a Referência de Nível - RN estabelecida em projeto,
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Art. 185. Para os fins do disposto neste PDDM, a referência de nível - RN é definida em qualquer
ponto do terreno natural para determinação da volumetria máxima da edificação ou trecho da
mesma.
Parágrafo único. A distância vertical entre a RN e o Perfil Natural do Terreno - PNT não poderá, em
qualquer ponto do terreno, ser superior a 4m (quatro metros).
Art. 186. Para os fins do disposto neste PDDM, o nível do pavimento térreo não poderá exceder a
cota de 1m (um metro) acima do nível médio entre as cotas das extremidades da testada do lote,
quando o desnível da testada for menor ou igual a 2m (dois metros).
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§ 1º Quando o desnível na testada do lote for superior a 2m (dois metros), o piso do pavimento
térreo poderá estar situado em qualquer cota intermediária entre os níveis mais elevado e mais
baixo.
§ 2º O disposto no § 1º deste artigo também será aplicado aos casos de desníveis superiores a 2m
(dois metros) em relação à profundidade do lote.
§ 3º Nos casos de terrenos com declive ou aclive superior a 50% (cinquenta por cento) em relação
ao logradouro ou aos imóveis contíguos, o nível do pavimento térreo será definido caso a caso pelo
Grupo Técnico de Monitoramento e Avaliação do Plano Diretor.
§ 4º O Grupo Técnico de Monitoramento e Avaliação do Plano Diretor também apreciará, para os
fins de definição do pavimento térreo, os casos que se enquadrem nas seguintes hipóteses:
I - áreas sujeitas a alagamento;
II - restrição à construção de subsolo em terrenos contaminados, quando exigido por órgão
ambiental competente; e
Art. 188. A Taxa de Ocupação - TO, definida no Anexo 4.2 do Regime Urbanístico - Parâmetros da
Ocupação do Solo desta Lei Complementar, é o parâmetro que relaciona as projeções máximas de
construção e as áreas de lote sobre as quais acedem as construções.
§ 1º A TO deve ser aplicada ao nível do solo, do subsolo e no espaço aéreo do lote.
§ 2º A ocupação em subsolo nunca deve coincidir com a área reservada para a TP.
§ 3º Não serão computáveis para o cálculo da taxa de ocupação os casos de reforma ou restauro
de áreas preservadas e recuperadas das edificações tombadas ou arroladas como Patrimônio
Cultural do Município.
§ 4º Em edificações regulares existentes anteriormente à vigência deste PDDM que não observem
as normas relativas à TO previstas, são permitidas obras de reformas, desde que mantida a
projeção da edificação existente.
§ 5º Em edificações regulares existentes anteriormente à vigência deste PDDM que não observem
as normas relativas à TO previstas, são permitidas obras de ampliações, desde que respeite os
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Art. 189. A Taxa de Permeabilidade – TP, prevista no Anexo 4.2 do Regime Urbanístico -
Parâmetros da Ocupação do Solo desta Lei Complementar, é o parâmetro que reserva parte ou
partes do lote para possibilitar a recarga do lençol freático e auxiliar na drenagem das águas
pluviais, diminuindo a sobrecarga do sistema público de drenagem existente.
§ 1º Será considerada área permeável qualquer parte do terreno não construída e/ou não
pavimentada que permita a infiltração de água no solo e que seja dotada, total ou parcialmente, de
vegetação.
§ 2º A área permeável será exigida para aprovação de qualquer projeto de novas edificações e
reformas.
§ 3º Caso sejam utilizados elementos de concreto tipo piso-grama, piso cimentício drenante ou
qualquer outro tipo que reduza a área permeável, deverá ser apresentado um laudo do fabricante
§ 1º Na hipótese do inciso IX deste artigo, o muro não caracteriza direito adquirido para construções
futuras.
§ 2º Todas as admissões previstas nos incisos deste artigo serão, quando construídas,
consideradas no cômputo da TO e, quando pertinente, da TP.
Art. 192. Quando os R-F forem absorvidos por alargamentos viários, o Município poderá dispensar
o mesmo para construções posteriores.
Art. 193. São previstos R-F e R-L obrigatórios para os pavimentos superiores de edificações de
acordo com gabarito de altura - H previsto no Anexo 4.2 do Regime Urbanístico - Parâmetros da
Ocupação do Solo desta Lei Complementar.
§ 1º Os R-F e R-L dos pavimentos superiores citados no caput deverão ser livres de construções e
não poderão ser inferiores a 12% (doze por cento) da altura da edificação ou o mínimo previsto no
Anexo 4.2 do Regime Urbanístico - Parâmetros da Ocupação do Solo desta Lei Complementar.
§ 2º Quando a edificação for constituída de dois ou mais volumes distintos, os afastamentos serão
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medidos em função da altura de cada volume, com relação ao trecho da divisa que lhe
corresponder.
Art. 195. Não são permitidos balanços de edificações sobre os alinhamentos dos logradouros
públicos.
Art. 197. As construções em subsolo, inclusive nas áreas ocupadas por circulação, manobras e
estacionamentos de veículos, quando ultrapassarem mais de 6m (seis metros) de profundidade em
relação ao PNT deverão observar R-F e R-L obrigatórios nas mesmas determinações para
pavimentos superiores definidas pelo Art. 183 desta Lei Complementar.
Art. 198. Nos processos de licenciamentos de edificações novas ou de reformas com alterações de
áreas construídas superiores a 20% (vinte por cento), em lotes com área superior a 500m²
(quinhentos metros quadrados), é obrigatória a reserva de águas pluviais provenientes das
coberturas das edificações para fins de usos não potáveis.
§ 1º Ficam isentos do previsto no caput os processos de licenciamentos de edificações novas ou de
reformas que não ultrapassem 50% da TO sobre a área do lote.
§ 2º O volume mínimo obrigatório de reserva de águas de que trata o caput deste artigo será
calculado de acordo com as seguintes fórmulas:
I - no caso de coberturas impermeáveis Vri = 16,00 × ACi onde:
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Art. 199. Os usos e atividades no Município são classificados em categorias, sendo permitidos,
Art. 201. A categoria de Uso Residencial – R, tendo como referência a unidade habitacional, divide-
se nas seguintes subcategorias:
I - R1 que é constituída de 1 (uma) unidade habitacional por lote;
II - R2 que é constituída de conjunto de duas ou mais unidades habitacionais, agrupadas
horizontalmente ou superpostas, e todas com entrada independente com frente para a via oficial de
acesso ou em condomínio, sendo este subdividido em:
a) casas geminadas, que são o conjunto de unidades habitacionais agrupadas horizontalmente,
todas com frente e acesso independente para a via oficial de circulação;
b) casas superpostas, que são duas unidades habitacionais agrupadas verticalmente no mesmo
lote, com frente e acesso independente para a via oficial de circulação; e
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c) conjunto residencial horizontal que é aquele constituído em condomínio por casas isoladas,
geminadas ou superpostas, com acesso independente a cada unidade habitacional por via
particular de circulação de veículos ou de pedestres, internas ao conjunto, ficando vedado o acesso
direto pela via oficial de circulação;
III - R3 que é constituída de conjunto com mais de duas unidades habitacionais, agrupadas
verticalmente em edifícios de apartamentos ou conjuntos residenciais verticais com áreas comuns.
§ 1º Serão considerados conjunto residencial horizontal, previsto na alínea “c” do inciso II, os
conjuntos que tenham mais de 10 (dez) unidades de moradia, cujo terreno tenha área superior a
2.000m² (dois mil metros quadrados) até 10.000m² (dez mil metros quadrados) e que possua área
de lazer para uso comum dos habitantes que corresponda, no mínimo, a 20% (vinte por cento) da
Taxa de Ocupação Efetiva.
§ 2º Para o caso de conjunto residencial horizontal, quando as unidades de moradia forem
dispostas de forma seriada no terreno, deverá ser reservado um acesso intermediário para
VI – nR5 que é caracterizada pelo uso não residencial não tolerável à área urbana do Município; e
VII - INFRA que é caracterizada por edificações, equipamentos ou instalações acima do nível do
solo ou que tenha permanência humana, necessários aos serviços de infraestrutura de utilidade
pública relacionados ao saneamento básico, gestão de resíduos sólidos, transporte de passageiros
e de cargas, distribuição de gás, produção e distribuição de energia elétrica, redes de
telecomunicações, redes de dados e fibras óticas e outros serviços de infraestrutura de utilidade
pública.
§ 1º As atividades não listadas neste PDDM poderão ser enquadradas, após análise e parecer
favorável do Poder Executivo, em uma categoria de uso, desde que atendam a todos os parâmetros
e características da respectiva subcategoria.
§ 2º Os grupos de atividades existentes em cada subcategoria de uso deverão ser regulamentados
por Decreto do Poder Executivo, conforme previsto no art. 192 desta Lei Complementar.
realizados por períodos de tempo limitados e em instalações ou territórios específicos, tais como
pesquisa científica, educação ambiental, entre outros congêneres;
II - nRA-2 caracterizada por atividades regularmente realizadas no meio rural ou ligadas às
atividades rurais voltadas ao cultivo com compatibilidade em meio urbano;
III - nRA-3 caracterizada por atividades regularmente realizadas no meio rural ou ligadas às
atividades rurais voltadas ao cultivo e à criação que sejam toleradas em meio urbano;
IV - nRA-4 caracterizada pelo ecoturismo e pelo lazer com atividades cujo desenvolvimento se
relaciona à conservação de condições ambientais específicas; e
V - nRA-5 caracterizada por locais de reuniões ou de eventos ambientalmente compatíveis com
estabelecimentos destinados às feiras, exposições ou shows com natureza social, esportiva,
ecoturística e/ou de lazer e que sejam ambientalmente compatíveis com o equilíbrio ecológico.
§ 1º As atividades das subcategorias de uso nRAs têm suas instalações permitidas, condicionadas
ou não permitidas de acordo com a Tabela 2 do Anexo 4.3 do Regime Urbanístico - dos Usos e
construída;
h) nR2-10: os serviços da administração e serviços públicos de médio e grande porte com
atividades prestadas pela Administração Pública direta ou indireta que visam à gestão dos recursos
públicos ou à prestação de serviços públicos não enquadrados como sociais, cuja instalação possa
ser tolerada pela vizinhança residencial, exceto instituições financeiras;
i) nR2-11: serviços de instituições financeiras de médio porte, tais como agências bancárias, bancos
e correlatos, com área construída superior a 250m² (duzentos e cinquenta metros quadrados);
j) nR2-12: as oficinas e estabelecimentos destinados a prestação de serviços mecânicos, de
reparos em geral e de confecção ou similares, de pequeno porte com área construída de até 150m²
(cento e cinquenta metros quadrados), exceto postos de abastecimentos de veículos; e
k) nR2-13: os serviços de lazer, cultura e esportes.
III - Indústria Inócua ou tolerável à vizinhança residencial, subdividida em:
a) nR2-14: as indústrias de fabricação de produtos alimentícios e bebidas, incluindo artesanais,
d) nR3-7: as associações comunitárias, culturais e esportivas com área construída superior a 750m²
(setecentos e cinquenta metros quadrados).
e) nR3-8: os locais de reuniões ou eventos de grande porte com área superior a 750 m² (setecentos
e cinquenta metros quadrados) de área construída;
f) nR3-9: os locais de culto com área superior a 750 m² (setecentos e cinquenta metros quadrados)
de área construída;
g) nR3-10: as oficinas e estabelecimentos destinados à prestação de serviços mecânicos, de
reparos em geral e de confecção ou similares, incluindo os postos de abastecimento de veículos;
h) nR3-11: as centrais de armazenamento com distribuição de cargas com dimensões de até
1.500m² (mil e quinhentos metros quadrados) de área construída total, exceto silos;
i) nR3-12: os serviços de armazenamento e guarda de bens móveis com espaços ou
estabelecimentos destinados à venda ou guarda de mercadorias em geral, máquinas ou
equipamentos e guarda de móveis de até 750 m² (setecentos e cinquenta metros quadrados) de
área construída e estacionamentos com até 40 vagas para automóveis;
j) nR3-13: usos especiais, tais como call center, data center, centros de produção cinematográfica,
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e outros; e
k) nR3-14: os edifícios-garagem.
III - Indústria Inócua especial ou incômodo à vizinhança residencial, subdividido em:
a) nR3-15: as indústrias de fabricação de produtos alimentícios e bebidas, incluindo artesanais,
estabelecimentos destinados a fabricação e preparação de produtos alimentícios, de produtos de
carnes, laticínios, de padaria, dentre outros congêneres, com área construída de até 500m²
(quinhentos metros quadrados), cujo potencial poluidor, em especial de odores, seja passível de
controle tecnológico;
b) nR3-16: as indústrias de beneficiamento e aparelhamento de bens minerais não metálicos e
fabricação de artefatos de materiais minerais não metálicos de concreto e gesso, com até 500m²
(quinhentos metros quadrados) de área construída;
c) nR3-17: as indústrias de preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos de
viagem e calçados sem operações de curtimento, com até 750m2 (setecentos e cinquenta metros
instalações adequadas;
p) nR4-20: as indústrias de fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos com
estabelecimentos destinados à fabricação de geradores, transformadores e motores elétricos, fios e
cabos, dentre outros congêneres;
q) nR4-21: as indústrias de fabricação e montagem de veículos automotores, reboques e
carrocerias e indústrias potencialmente incômodas pela natureza da atividade e porte do
empreendimento que exigem soluções tecnológicas e condições de instalações adequadas; e
r) nR4-22: as indústrias de fabricação de outros equipamentos de transporte e indústrias
potencialmente incômodas pela natureza da atividade e porte do empreendimento que exigem
soluções tecnológicas e condições de instalações adequadas.
s) nR4-23: indústria de secagem, beneficiamento, armazenagem e industrialização de
grãos, cereais e seus produtos e subprodutos afins.
§1º Nas subdivisões em que são previstos os limites de áreas construídas, estas se referem à área
total da atividade.
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§2º Em empreendimentos que utilizam áreas abertas para complementar sua atividade, essas
áreas não construídas deverão ser computadas no cálculo para classificação.
§3º Serão também enquadrados na subcategoria de uso nR4 os estabelecimentos industriais que
realizem processos de fundição e corte de metais, ferrosos ou não ferrosos, assim como laminação,
trefilação ou extrusão de metais, sinterização, estamparia de corte, limpeza de peças por
jateamento, aglutinação e folheamento de fibras, pintura ou envernização a revólver, em processo
industrial.
Art. 208. A subcategoria de uso nR5 é proibida na área urbana do Município, definida no Art. 81
desta Lei Complementar, e é composta pelos seguintes grupos de atividades:
I - nR5-2: de fabricação de produtos de minerais não metálicos com estabelecimentos destinados a
fabricação de cimento, cal, telhas, tijolos, dentre outros congêneres e à extração de materiais
minerais não metálicos;
Art. 211. Os usos residenciais e não residenciais deverão atender aos parâmetros de incomodidade
relativos a:
I - ruídos;
II - vibrações associadas;
Art. 212. As edificações são regidas pelo Código de Obras do Município e demais legislações
específicas, respeitadas as diretrizes deste PDDM, sendo que para fins da disciplina do uso e
ocupação do solo, classifica-se em conforme ou não conforme.
§ 1º Edificação conforme é aquela que atende às características de parcelamento, uso e ocupação
do solo dispostas nesta lei.
§ 2º Edificação não conforme é aquela que não atende a qualquer uma das características de
parcelamento, uso e ocupação do solo dispostas nesta lei.
§ 3º Ainda que não conforme, as edificações serão consideradas em situação regular nas hipóteses
previstas pela legislação edilícia.
Art. 213. O uso de imóveis, para fins da disciplina de parcelamento, uso e ocupação do solo,
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Art. 214. O uso conforme poderá instalar-se em edificação em situação regular, ainda que não
conforme.
§ 1º Os usos não residenciais – nR serão considerados irregulares quando ocuparem ou utilizarem
imóveis irregulares de acordo com as definições constantes da legislação edilícia.
§ 2º Os usos não residenciais também serão considerados em situação irregular quando a licença a
que se refere o art. 209 desta lei tenha perdido a eficácia em função de alterações de utilização, de
incomodidade ou de instalação ocorridas em relação às condições anteriores regularmente aceitas
pelo Executivo.
Art. 215. É permitida a ocupação e o uso de lote com área ou frente inferior ao mínimo estabelecido
pelo art. 132 quando o lote:
I - puder ser considerado regular em decorrência da legislação aplicável à época do parcelamento
do qual resultou;
II - for remanescente de área maior atingida por desapropriação ou melhoramento público;
III - houver sido objeto de usucapião, do qual tenha resultado área ou frente inferior ao mínimo
estabelecido para a zona; e
IV - for destinado a regularização fundiária de interesse social.
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Art. 216. O uso comprovadamente instalado até a data de publicação desta lei, permitido para o
local na legislação vigente quando de sua instalação, que tenha se tornado não permitido ou não
conforme nos termos desta lei, será tolerado, desde que:
I - a edificação possa ser considerada em situação regular nos termos da legislação edilícia;
II - no caso do uso não residencial – nR, sejam atendidos os parâmetros de incomodidade.
§ 1º O Município poderá, com objetivo de possibilitar a adequação aos novos parâmetros desta lei,
conceder prazo proporcional aos ajustes necessários ao atendimento de cada parâmetro de
incomodidade, a partir da entrada em vigor desta lei, até o máximo de 360 (trezentos e sessenta)
dias, excetuadas:
I - as exigências relativas a horário de carga e descarga, que devem ser imediatamente atendidas;
II - as exigências da legislação específica sobre controle da emissão de ruído.
§ 2º Nas edificações de que trata o § 2º do art. 204 desta lei não serão permitidas ampliações,
sendo admitidas somente reformas essenciais à segurança e higiene dessas edificações e a
instalação de equipamentos necessários.
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Art. 217. Nenhuma atividade não residencial – nR poderá ser instalada sem prévia emissão da
licença correspondente pelo Poder Executivo, sem a qual será considerada em situação irregular.
Parágrafo único. A expedição da licença a que se refere o caput deste artigo dependerá de ser o
uso permitido na Zona, da regularidade da edificação, do atendimento das condições de instalação
e dos parâmetros de incomodidade previstos nos Anexos 4.4 do Regime Urbanístico - das
Condições de Instalação e 4.5 do Regime Urbanísticos - dos Parâmetros de Incomodidades desta
Art. 218. Para fins de correspondência com o Código Administrativo do Município de Alegrete,
instituído pela Lei nº 2.711 de 1996 ou outra que vier a substituí-la, fica definido:
I - Zonas residenciais são aquelas que compreendem a ZR I, ZR II e ZEIS I, II e III definidas no art.
94 desta Lei Complementar;
II - Zonas comerciais e/ou Zonas mistas são aquelas que compreendem a ZMIC, ZM I, ZM II, ZEIC,
ZINST definidas no art. 94 desta Lei Complementar;
III - Zonas Industriais são aquelas que compreendem a ZI prevista no art. 104 desta Lei
Complementar; e
IV - Zonas ambientais e/ou áreas ambientais da Área Urbana são aquelas que compreendem a
ZEIA e as áreas de preservação permanente (APP) definidas respectivamente nos art. 109 e 87
desta Lei Complementar.
Art. 219. Art. 211 Para os efeitos desta Lei Complementar, é considerado infrator o proprietário, o
possuidor ou seu sucessor a qualquer título e a pessoa física ou jurídica responsável pelo uso não
conforme ou irregular, previstos respectivamente nos art. 204, 205 e 206, e de acordo com as
demais definições deste PDDM e do tipo de infração cometida.
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Art. 220. A licença a que se refere o art. 209 deverá estar afixada, permanentemente, em posição
visível para o público, no acesso principal dos imóveis de uso não residencial – nR.
Art. 221. Constatado o funcionamento da atividade sem a licença a que se refere o art. 209, o
funcionamento da atividade será considerado irregular, ensejando a lavratura de Autos de Infração
e de Multa e, concomitantemente, de Auto de notificação para regularizar a situação ou encerrar a
atividade, nos seguintes prazos:
I - 90 (noventa) dias úteis, para a atividade considerada conforme;
II - 30 (trinta) dias úteis, para a atividade considerada permitida no local;
III - 5 (cinco) dias úteis, para a atividade considerada não permitida no local.
§ 1º Em se tratando de atividade considerada permitida no local, mas que não atenda às condições
de instalação ou as normas de segurança, de habitabilidade ou de higiene, o prazo será de 10 (dez)
dias úteis, sem prejuízo da imediata observância dos parâmetros de incomodidade.
§ 2º Os prazos estabelecidos neste artigo são improrrogáveis e contados da data da notificação do
responsável ou de seu preposto na forma do art. 224 do Código de Processo Civil Brasileiro - CPC.
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Art. 222. O desatendimento do Auto de notificação de que trata o art. 212 desta lei implicará a
lavratura de Autos de Infração e de Multa, concomitantemente, com a interdição da atividade com
lacre.
§ 1º A interdição da atividade, a critério da fiscalização, também poderá ser efetivada utilizando
meios físicos que criem obstáculos ao acesso, tais como emparedamento dos acessos, colocação
de defensas de concreto, tubos de concreto, dentre outros obstáculos.
§ 2º Os custos de colocação e retirada dos obstáculos físicos serão apropriados com base na
tabela de preços municipais em vigor e serão cobrados do infrator.
§ 3º Para a interdição da atividade, deverão ser adotados meios compatíveis, cuidando-se para que
não seja impedida a retirada de documentos, pertences pessoais e produtos perecíveis.
Art. 223. Constatada a desobediência da ordem de interdição será lavrado Auto de Constatação,
bem como Autos de Infração e de Multa, sendo o fato noticiado à autoridade policial competente
Art. 225. As atividades não permitidas, objeto de ação fiscal, constarão do Portal da Transparência
do Poder Executivo na internet, indicando a respectiva fase da fiscalização e atualizada de acordo
com a periodicidade pertinente.
§ 1º Da publicação deverá constar a razão social do estabelecimento, o nome fantasia, se houver, o
endereço do estabelecimento e a fase da ação fiscal detalhada, entre outros dados que poderão ser
acrescidos a critério do Poder Executivo Municipal, resguardados os sigilos previstos
constitucionalmente.
§ 2º Encerrado o funcionamento do estabelecimento com a desocupação do imóvel, será retirada
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Art. 226. Fica proibida a emissão de ruídos, produzidos por quaisquer meios ou de quaisquer
espécies, com níveis superiores aos determinados pela legislação federal, estadual ou municipal,
prevalecendo, no caso, a mais restritiva.
§ 1º As medições deverão ser efetuadas pelos agentes competentes na forma da legislação
aplicável, por meio de sonômetros devidamente aferidos, de acordo com as normas técnicas em
vigor.
§ 2º Não estarão sujeitos às proibições desta lei os sons produzidos pelas seguintes fontes:
a) aparelhos sonoros usados durante a propaganda eleitoral, conforme o disposto na legislação
própria;
b) sirenes ou aparelhos sonoros de viaturas quando em serviços de socorro ou de policiamento;
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Art. 228. Sem prejuízo das penalidades definidas pela legislação federal e estadual em vigor, aos
responsáveis pelo uso não residencial serão aplicadas as seguintes penalidades pelo
descumprimento do disposto nos arts. 218 e 219 desta Lei Complementar:
I - na primeira autuação, multa e notificação para cessar a irregularidade;
II - na segunda autuação, multa no dobro do valor da primeira autuação e nova notificação para
cessar a irregularidade;
III - na terceira autuação, multa no triplo do valor da primeira autuação e fechamento administrativo;
e
IV - desobedecido o fechamento administrativo, será requerida a instauração de inquérito policial,
com base no art. 330 do Código Penal, e realizado novo fechamento ou embargo de obra, com
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auxílio policial se necessário, e, a critério da fiscalização, poderão ser utilizados meios físicos que
criem obstáculos ao acesso, tais como emparedamento, defensas de concreto, tubos de concreto,
dentre outros similares.
Parágrafo único. A ação fiscalizatória relativa ao uso irregular, nos casos em que não houver a
licença a que se refere o art. 209 desta Lei Complementar, seguirá o disposto na Subseção I desta
Seção, sem prejuízo das sanções previstas neste artigo.
Art. 229. Aqueles que executarem parcelamento do solo, em qualquer de suas modalidades, sem
prévia aprovação do respectivo projeto pelo órgão competente do Município de Alegrete, ou em
desacordo com o projeto aprovado e comprovarem sua regularização, ficam sujeitos às seguintes
sanções:
I – por iniciar a execução da obra sem plano aprovado ou depois de esgotados os prazos de
execução: valor equivalente a 30 (trinta) vezes a unidade de referência monetária de Alegrete
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(URMA) vigente;
II - pelo prosseguimento das obras embargadas, por dia, excluídos os dias anteriores à aplicação da
primeira multa (índice anterior): valor equivalente a 3 (três) vezes a URMA vigente;
III - por aterrar, estreitar, obstruir, represar ou desviar cursos d’água, independente de projeto de
parcelamento do solo, sem licença do Poder Público ou fazê-lo sem precauções técnicas de modo a
provocar danos a terceiros ou modificações essenciais nos escoamentos: 30 (trinta) vezes a URMA
vigente;
IV - por faltas de providências para sanar as falhas de que se trata o item anterior, por dia,
excluídos os dias anteriores à aplicação da primeira multa: valor equivalente a 60% (sessenta por
cento) da URMA vigente.
V - por infração a qualquer dispositivo dos procedimentos de parcelamento do solo, previstos no
Capítulo I deste Título, não discriminado nos incisos anteriores, será aplicada a multa no valor
equivalente a uma URMA vigente.
Art. 230. Cadastrado o Auto de Multa, far-se-á a notificação do infrator para, no prazo nela
determinado, pagar ou apresentar Defesa Prévia, dirigida ao responsável administrativo da
fiscalização municipal, sob pena de subsequente inscrição na dívida ativa.
§ 1º Apresentada a Defesa Prévia e feita a análise, a respectiva decisão será publicada no sítio
oficial na internet da Prefeitura Municipal e cadastrada, expedindo-se nova notificação ao infrator,
da qual constará a data máxima para pagamento ou interposição de Recurso dirigido à secretaria
que emitiu o referido Auto.
§ 2º O despacho que indeferir o Recurso será publicado no sítio oficial na internet da Prefeitura
Municipal e cadastrado, encaminhando-se nova notificação ao infrator, da qual constará a data
máxima para pagamento, restando encerrada a instância administrativa.
Art. 232. A aplicação das multas pecuniárias estabelecidas nesta Lei Complementar não afasta as
sanções imputadas ou medidas judiciais cabíveis.
Art. 233. Os procedimentos administrativos e ações judiciais iniciadas antes da data da publicação
desta Lei Complementar, referentes ao parcelamento, edificação e uso irregular, deverão prosseguir
com observância das normas estabelecidas neste diploma legal.
Art. 234. Os instrumentos de política urbana e gestão ambiental serão utilizados para a efetivação
dos princípios e objetivos deste PDDM e do previsto pela Lei Federal 10.257 de 2001 que institui o
Estatuto da Cidade.
Parágrafo único. As intervenções no território municipal poderão conjugar a utilização de dois ou
mais instrumentos de política urbana e de gestão ambiental, com a finalidade de atingir os objetivos
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Art. 235. O Poder Executivo, na forma da lei, poderá exigir do proprietário do solo urbano não
edificado, subutilizado, ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena,
sucessivamente, de:
I - parcelamento, edificação ou utilização compulsórios;
II - Imposto Predial e Territorial Urbano - IPTU progressivo no tempo; e
III – desapropriação com prévia e justa indenização em dinheiro ou pagamento em ti?tulos da
di?vida pu?blica.
Art. 236. Para aplicação dos instrumentos indutores da função social da propriedade, estão sujeitos
à aplicação dos instrumentos os imóveis não edificados, subutilizados, ou não utilizados,
localizados nas seguintes partes do território:
I - Zonas Especiais de Interesse Social I e II;
II - em todas as áreas urbanas nas quais não incide o IPTU, ressalvadas as áreas efetivamente
utilizadas para a exploração agrícola, pecuária, extrativa vegetal ou agroindustrial;
III - em todas glebas sem utilização e com dimensões superiores a 7.000m², independentemente da
Zona onde esteja localizada; e
IV - outras áreas, lotes ou glebas deverão ser demarcadas em lei específica pelo órgão municipal
competente, podendo ser demarcadas sobre qualquer zona.
Parágrafo único. A demarcação em lei específica indicada no inciso IV deve contemplar áreas, lotes
ou glebas na ZMIC, ZM I e II e ZR II.
Art. 238. São considerados imóveis subutilizados os lotes e glebas com área superior a 300m²
(trezentos metros quadrados) que apresentem Taxa de Ocupação inferior a 15% (quinze por cento).
Art. 239. Ficam excluídos das categorias de não edificados ou subutilizados os imóveis que:
I - abriguem atividades que não necessitem de edificação para suas finalidades, com exceção de
estacionamentos;
II - cumpram função ambiental relevante;
III - situam-se na ZEIA;
IV - forem tombados ou que tenham processo de tombamento aberto pelo órgão competente de
qualquer Ente Federativo ou, ainda, cujo potencial construtivo tenha sido transferido; e
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pela não utilização ou pela interrupção do fornecimento de serviços essenciais como água, luz e
gás.
§ 3º A classificação do imóvel como não utilizado poderá ser suspensa devido a impossibilidades
jurídicas momentaneamente insanáveis pela simples conduta do proprietário e apenas enquanto
estas perdurarem, conforme regulamentação do Poder Executivo.
§ 4º Os imóveis situados na ZEIA ficam excluídos da categoria de imóveis não utilizados.
Art. 241. Os imóveis não edificados, subutilizados e não utilizados são sujeitos ao parcelamento,
edificação e utilização compulsórios.
§ 1º Os proprietários dos imóveis não parcelados, não edificados ou subutilizados deverão ser
notificados pelo Poder Executivo e terão o prazo máximo de 1 (um) ano a partir do recebimento da
Art. 243. Caso os proprietários dos imóveis mencionados na subseção anterior não cumpram as
obrigações nos prazos ali estabelecidos, o Poder Executivo deverá aplicar alíquotas progressivas
de IPTU majoradas anualmente pelo prazo de 5 (cinco) anos consecutivos até atingir a alíquota
máxima de 15% (quinze por cento) sobre o valor do IPTU.
§ 1º A alíquota a ser aplicada a cada ano será igual ao dobro do valor da alíquota do ano anterior.
§ 2º Será adotada a alíquota de 15% (quinze por cento) a partir do ano em que o valor calculado
venha a ultrapassar o limite estabelecido no caput deste artigo.
§ 3º Será mantida a cobrança do IPTU pela alíquota majorada até que se cumpra a obrigação de
parcelar, edificar, utilizar o imóvel ou que ocorra a sua desapropriação.
Subseção IV - Da Desapropriação
Art. 244. Decorrido o prazo de 5 (cinco) anos de cobrança do IPTU Progressivo no Tempo sem que
os proprietários dos imóveis tenham cumprido a obrigação de parcelar, edificar ou utilizar, conforme
o caso, o Poder Executivo poderá proceder à desapropriac?a?o desses imo?veis com prévia e justa
indenização em dinheiro ou pagamento em ti?tulos da di?vida pu?blica.
§ 1º Os títulos da dívida pública terão prévia aprovação do Senado Federal e serão resgatados no
prazo de até 10 (dez) anos, em prestações anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da
indenização e os juros legais, nos termos do art. 8º da Lei Federal 10.257/2001.
§ 2º Findo o prazo do artigo anterior, o Poder Executivo deverá publicar o respectivo Decreto de
desapropriação do imóvel em até 1 (um) ano, salvo em casos de ausência de interesse público na
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Art. 245. Será disponibilizada ao público para consulta, no átrio da sede do Poder Executivo e em
seu sítio oficial na internet, a listagem dos imóveis cujos proprietários foram notificados, a ser
elaborada incluindo todos os imóveis previstos nos incisos do Art. 228, em virtude do
descumprimento da função social da propriedade.
§ 1º Uma primeira versão da listagem prevista no caput deste artigo deverá ser publicada pelo
Poder Executivo no prazo de 1 (um) ano, contado a partir da promulgação desta Lei Complementar.
§ 2º O imóvel permanecerá na listagem até que o proprietário promova seu parcelamento,
edificação ou utilização, conforme o caso, ou imissão na posse pelo Município.
§ 3º Na listagem deverão constar, no mínimo, as seguintes informações:
Art. 246. Para elaboração da listagem de que trata o art. 237 o Poder Executivo poderá:
I - realizar levantamento para identificar os imóveis que se caracterizem como não edificados,
subutilizados ou não utilizados; e
II - analisar indicações de imóveis e áreas feitas por pessoas físicas e jurídicas.
Art. 247. O Poder Executivo poderá realizar consórcios imobiliários para fins de viabilizar
financeiramente o aproveitamento de imóveis que estejam sujeitos ao parcelamento, edificação e
utilização compulsória nos termos desta lei, independentemente da notificação a seus proprietários.
§ 1º O Poder Executivo poderá promover o aproveitamento do imóvel que receber nos termos deste
artigo, diretamente ou por outra modalidade admitida em Lei.
§ 2º O proprietário que transferir seu imóvel ao Município para a realização de consórcio imobiliário
receberá, como pagamento, unidades imobiliárias devidamente urbanizadas ou edificadas com o
valor correspondente ao valor do imóvel antes da execução das obras de urbanização e edificação.
§ 3º O valor de referência a ser considerado para a realização do pagamento mencionado no
parágrafo anterior deverá:
I - refletir o valor de referência para pagamento de outorga onerosa, descontado o montante
Art. 248. O Poder Executivo poderá exercer o direito de preempção, nos termos da legislação
federal, para aquisição de imóvel urbano objeto de alienação onerosa entre particulares sempre que
necessitar de áreas para cumprir os objetivos e implantar as ações prioritárias deste PDDM.
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Parágrafo único. O direito de preempção será exercido sempre que o Poder Público necessitar de
áreas para:
I - execução de programas e projetos habitacionais de interesse social;
II - regularização fundiária;
III - constituição de reserva fundiária;
IV - implantação de equipamentos públicos urbanos e comunitários;
V - criação de espaços públicos de lazer ou áreas verdes;
VI - criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de interesse ambiental; ou
VII - proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou paisagístico.
Art. 249. Serão definidos em lei específica os imóveis ou áreas que estarão sujeitos à incidência do
direito de preempção.
§ 1º O Poder Executivo terá preferência de aquisição dos imóveis sujeitos ao direito de preempção
pelo prazo de dez anos.
§ 2º O Poder Executivo poderá incluir imóveis ou áreas onde estão previstos os projetos de
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Art. 250. O Poder Executivo dará publicidade à incidência do direito de preempção e instituirá
controles administrativos para possibilitar a eficácia do instrumento, podendo utilizar, dentre outros
meios, o controle por meio de sistemas informatizados, averbação da incidência do direito de
preempção na matrícula dos imóveis atingidos e declaração nos documentos de cobrança do IPTU.
§ 1º No caso de existência de terceiros interessados na compra do imóvel, o proprietário deverá
comunicar sua intenção de alienar onerosamente o imóvel ao órgão competente do Município em
até 30 (trinta) dias úteis, contados da celebração do contrato preliminar entre o proprietário e o
terceiro interessado.
§ 2º A declaração de intenção de venda do imóvel deve ser apresentada com os seguintes
Art. 251. Recebida a declaração de intenção de venda a que se refere o § 2º do art. 242 desta Lei
Complementar, o Poder Executivo deverá manifestar, por escrito, dentro do prazo de 30 (trinta) dias
úteis, o interesse em exercer a preferência para aquisição do imóvel.
§ 1º A manifestação de interesse do Município na aquisição do imóvel conterá a destinação futura
do bem a ser adquirido, vinculada ao cumprimento dos objetivos e ações prioritárias deste PDDM.
§ 2º O Poder Executivo fará publicar no seu sítio oficial na internet e em pelo menos um jornal local
ou regional de grande circulação, edital de aviso da declaração de intenção de venda recebida e da
intenção de aquisição do imóvel nas condições da proposta apresentada.
§ 3º Findo o prazo de 30 (trinta) dias úteis para manifestação do Poder Executivo, é facultado ao
proprietário alienar onerosamente o seu imóvel ao proponente interessado nas condições da
proposta apresentada, sem prejuízo do direito do Poder Executivo exercer a preferência em face de
outras propostas de aquisições onerosas futuras dentro do prazo legal de vigência do direito de
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preempção.
§ 4º Concretizada a venda a terceiro, o proprietário fica obrigado a entregar ao órgão competente
do Município cópia do instrumento particular ou público de alienação do imóvel dentro do prazo de
30 (trinta) dias úteis após sua assinatura, sob pena de pagamento de multa diária em valor
equivalente a 0,66% (sessenta e seis centésimos por cento) do valor total da alienação.
Art. 252. Concretizada a venda do imóvel a terceiro com descumprimento ao direito de preempção,
o Poder Executivo promoverá as medidas judiciais cabíveis para:
I - anular a comercialização do imóvel efetuada em condições diversas da proposta de compra
apresentada pelo terceiro interessado; e
II - imitir-se na posse do imóvel sujeito ao direito de preempção que tenha sido alienado a terceiros
apesar da manifestação de interesse do Poder Executivo em exercer o direito de preferência.
§ 1º Em caso de anulação da venda do imóvel efetuada pelo proprietário, o Poder Executivo poderá
adquiri-lo pelo valor da base de cálculo do IPTU ou pelo valor indicado na proposta apresentada, se
este for inferior àquele.
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§ 2º Outras sanções pelo descumprimento das normas relativas ao direito de preempção poderão
ser estabelecidas em Lei específica.
Art. 253. O imóvel que o proprietário abandonar, com a intenção de não mais o conservar em seu
patrimônio, e que se não encontrar na posse de outrem, poderá ser arrecadado, como bem vago, e
após três anos ser incorporado à propriedade do Município, conforme estabelece o art. 1.276 da Lei
Federal 10.406/2002 ou outra que vier a substituí-la.
§ 1º Poderá haver arrecadação pelo Município de imóvel abandonado quando ocorrerem as
seguintes circunstâncias:
I - o imóvel encontrar-se vago, sem utilização e sem responsável pela sua manutenção, integridade,
limpeza e segurança;
Art. 254. O imóvel que passar à propriedade do Município, em razão de abandono, poderá ser
utilizado diretamente pela Administração Pública para programas de habitações de interesse social,
de regularização fundiária, instalação de equipamentos públicos sociais ou quaisquer outras
finalidades urbanísticas.
Parágrafo único. Não sendo possível a destinação indicada no caput em razão das características
do imóvel ou por inviabilidade econômica e financeira, o bem deverá ser alienado e o valor
arrecadado será destinado ao Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano (FMDU) previsto nesta
Lei Complementar.
Art. 255. O procedimento para arrecadação terá início de ofício ou mediante denúncia, que
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Art. 256. O proprietário urbano poderá conceder a outrem o direito de superfície de seu terreno, por
tempo determinado ou indeterminado, mediante escritura pública registrada no Registro de Imóveis.
§ 1º O direito de superfície abrange o direito de utilizar o solo, o subsolo ou o espaço aéreo relativo
ao terreno, na forma estabelecida no contrato respectivo, atendida a legislação urbanística.
§ 2º A concessão do direito de superfície poderá ser gratuita ou onerosa.
§ 3º O superficiário responderá integralmente pelos encargos e tributos que incidirem sobre a
propriedade superficiária, arcando, ainda, proporcionalmente à sua parcela de ocupação efetiva,
com os encargos e tributos sobre a área objeto da concessão do direito de superfície, salvo
disposição em contrário do contrato respectivo.
§ 4º O direito de superfície pode ser transferido a terceiros, obedecidos, os termos do contrato
respectivo.
Art. 257. O Município poderá receber em concessão, diretamente ou por meio de seus órgãos,
empresas ou autarquias, nos termos da legislação em vigor, o direito de superfície de bens imóveis
para viabilizar a implementação de ações e objetivos previstos neste PDDM, inclusive mediante a
utilização do espaço aéreo e subterrâneo.
Art. 258. O Município poderá ceder, mediante contrapartida de interesse público, o direito de
superfície de seus bens imóveis, inclusive o espaço aéreo e subterrâneo, com o objetivo de
implantar as ações e objetivos previstos neste PDDM, incluindo instalação de galerias
compartilhadas de serviços públicos e para a produção de utilidades energéticas.
Art. 261. Extinto o direito de superfície, o proprietário recuperará o pleno domínio do terreno, bem
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Art. 262. O Poder Executivo poderá outorgar onerosamente o direito de construir correspondente ao
potencial construtivo adicional, mediante contrapartida financeira a ser prestada pelos beneficiários,
nos termos dos arts. 28 a 31 e seguintes da Lei Federal 10.257/2001 - Estatuto da Cidade e de
acordo com os critérios e procedimentos estabelecidos neste PDDM.
Parágrafo único. Os recursos auferidos com as contrapartidas financeiras oriundas da outorga
onerosa de potencial construtivo adicional serão destinados ao Fundo Municipal de
Desenvolvimento Urbano, previsto no Capítulo IV do Título VI desta Lei Complementar, e pagos em
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Art. 263. O potencial construtivo adicional (PCA) é bem jurídico dominical, de titularidade do
Município, com funções urbanísticas e socioambientais.
Parágrafo único. Considera-se potencial construtivo adicional o correspondente à diferença entre o
gabarito de altura utilizado e o gabarito de altura básico estabelecido no art. 176 do Capítulo II do
Título IV desta Lei Complementar.
Art. 264. A contrapartida financeira à outorga onerosa de potencial construtivo adicional será
calculada segundo a equação CF = CUB x PCA x FP, onde:
I - CF é Contrapartida Financeira de potencial adicional;
II - CUB é Custo Unitário Básico da Construção Civil ou outro índice oficial e setorial que vier a
substituí-lo, sobre a categoria R-8-N, estabelecido mensalmente e utilizado no Rio Grande do Sul,
Art. 266. Fica autorizada a transferência do potencial construtivo de imóveis urbanos, privados ou
públicos considerados tombados, conforme Lei Municipal 6.198/2019 ou outra que vier a substituí-
la, para fins de viabilizar a preservação de bens de interesse histórico, social ou cultural listados
pelo Conselho Municipal de Patrimônio Histórico e Cultural de Alegrete - COMPAHCA.
§ 1º A transferência prevista no caput fica condicionada às disposições previstas em Lei, em
especial ao atendimento às providências relativas à conservação do imóvel e caso estas
providências não forem tomadas, o proprietário do imóvel ficará sujeito às sanções cabíveis.
§ 2º O controle da transferência de potencial construtivo será realizado por órgão competente do
Município, que expedirá, mediante requerimento, Declaração de Potencial Construtivo Passível de
Transferência e Certidão de Transferência de Potencial Construtivo.
Art. 268. São excluídos do enquadramento de transferência do potencial construtivo os imóveis que
tenham perdido a condição de tombados, sem prejuízo da aplicação do disposto no art. 267 desta
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Art. 269. As operações de Transferência de Direito de Construir serão efetivadas através da livre
negociação de venda e compra de Certidão de Transferência de Potencial Construtivo entre
particulares.
§ 1º A viabilidade da utilização do potencial construtivo obtido nas operações de Transferência do
Direito de Construir, deverá ser verificada pelo Município quando da análise dos projetos
construtivos submetidos para aprovação pelo adquirente.
§ 2º Independente do valor obtido nas operações de Transferência do Direito de Construir, o
adquirente deverá sempre construir considerando os parâmetros de regime da ocupação e uso do
solo previstos nos Anexos 4.2 do Regime Urbanístico - Parâmetros da Ocupação do Solo e 4.3 do
Regime Urbanístico - dos Usos e Atividades Permitidas desta Lei Complementar.
Art. 276. Para cumprimento do disposto neste PDDM, o Poder Executivo poderá celebrar, com força
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de título executivo extrajudicial, nos termos da lei federal, TACC com pessoas físicas ou jurídicas
responsáveis pela reparação integral de danos ou descaracterizações causadas a bens imóveis,
áreas ou espaços protegidos em função de seu valor histórico e cultural.
Parágrafo único. O TACC tem por objetivo precípuo a recuperação de bens, imóveis, áreas ou
espaços protegidos pelo seu valor histórico e cultural que tenham sofrido abandono ou
intervenções, mediante a fixação de obrigações que deverão ser rigorosamente cumpridas pelo
infrator, visando à reparação integral dos danos causados.
pagamento ao Município do potencial construtivo transferido, calculado pela fórmula SPCT = CUB x
PCPT x FS, onde:
a) SPCT é a Sanção sobre potencial construtivo transferido;
b) CUB é o Custo Unitário Básico da Construção Civil ou outro índice oficial e setorial que vier a
substituí-lo, sobre a categoria R-8-N, estabelecido mensalmente e utilizado no Rio Grande do Sul,
publicado pelo SINDUSCON/Porto Alegre.
c) PCPT é o Potencial Construtivo Passível de Transferência; e
d) FS é o Fator de sanção, que equivale a 0,10.
IV - a Taxa de Ocupação passará a ser de no máximo 10% (dez por cento) pelo prazo de 20 (vinte)
anos, a contar da aplicação das penalidades deste artigo;
V - o impedimento de adotar o gabarito de altura máximo - Hm; e/ou
VI - impedimento de aplicação de todos os incentivos previstos nesta Lei Complementar.
§ 1º Para a utilização do CUB deverá ser considerado o valor do mês imediatamente anterior do
proteção integral as medidas mitigadoras e compensatórias deverão atender ao disposto nos seus
planos de manejo, priorizando a viabilização de ações e projetos previstos e sujeitas à aprovação
dos respectivos Conselhos Gestores.
§ 4º Os impactos decorrentes de empreendimentos e atividades sujeitos à avaliação de EIA/RIMA
deverão ser objeto de monitoramento pelo Poder Executivo.
Art. 279. O Termo de Compromisso Ambiental - TCA é o instrumento a ser firmado entre o órgão
municipal integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente e pessoas físicas ou jurídicas,
referente a contrapartidas, obrigações e compensações nos casos de:
I - autorização prévia para supressão de espécies arbóreas;
II - intervenções em área de preservação permanente, nos casos da legislação vigente, com ou sem
Art. 281. Para cumprimento do disposto nesta Lei Complementar, o órgão ambiental municipal
poderá celebrar, com força de título executivo extrajudicial, nos termos da lei federal, Termo de
Compromisso de Ajustamento de Conduta Ambiental - TCACA com pessoas físicas ou jurídicas
responsáveis pela construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e
atividades utilizadores de recursos ambientais, considerados, efetiva ou potencialmente, poluidores.
§ 1º. O TCACA tem por objetivo fundamental a recuperação do meio ambiente degradado,
mediante a fixação de obrigações e condicionantes técnicos, que deverão ser rigorosamente
cumpridas pelo infrator em relação à atividade degradadora a que deu causa, de modo a cessar,
adaptar, recompor, corrigir ou minimizar seus efeitos negativos sobre o meio ambiente.
§ 2º As obrigações e condicionantes técnicos decorrentes de empreendimentos situados no interior
de unidades de conservação de uso sustentável ou na zona de amortecimento de unidades de
conservação de proteção integral, as medidas mitigadoras e compensatórias deverão atender ao
disposto nos seus planos de manejo, priorizando a viabilização de ações e projetos previstos no
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empreendimentos e atividades;
II - definir medidas intensificadoras em relação aos impactos positivos de empreendimentos e
atividades;
III - orientar a realização de adaptações aos projetos objeto de licenciamento urbano e ambiental,
de forma a adequá-los às características urbanísticas, ambientais, culturais e socioeconômicas
locais;
IV - assegurar a utilização adequada e sustentável dos recursos ambientais, culturais, urbanos e
humanos;
V - subsidiar processos de tomadas de decisão relativos ao licenciamento urbano e ambiental;
VI - contribuir para a garantia de boas condições de saúde e segurança da população;
VII - evitar mudanças irreversíveis e danos graves ao meio ambiente, às atividades culturais e ao
espaço urbano.
§ 4º Com base nas análises e objetivos previstos nos § 1° e § 2° deste artigo, o Município poderá
exigir adequação ao projeto e/ou contrapartidas para mitigar os impactos trazidos pelo
empreendimento.
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§ 5º As contrapartidas para mitigar os efeitos trazidos pelo empreendimento com uso condicionado
deverão obrigatoriamente beneficiar a qualidade de vida da população residente, usuária e
circulante na área e em suas proximidades e poderão ser dadas através de:
I - melhorias e complementações nas redes de transporte coletivo e de circulação não motorizada,
em especial de bicicletas e pedestres;
II - melhoria do escoamento das águas superficiais e subterrâneas existentes na área;
III - dentre outras que visem a melhoria da área e de suas proximidades.
análise sobre:
I - o adensamento populacional e seus efeitos sobre o espaço urbano e a população moradora e
usuária da área;
II - as demandas por serviços, equipamentos e infraestruturas urbanas e comunitárias;
III - as alterações no uso e ocupação do solo e seus efeitos na estrutura urbana;
IV - os efeitos da valorização imobiliária no perfil socioeconômico da área e da população moradora
e usuária;
V - os efeitos na valorização ou desvalorização imobiliária;
VI - a geração de tráfego e de demandas por melhorias e complementações nos sistemas de
transporte coletivo e de circulação não motorizada, em especial de bicicletas e pedestres;
VII - os efeitos da volumetria do empreendimento e das intervenções urbanísticas propostas sobre a
ventilação, iluminação, paisagem urbana, recursos naturais e patrimônios culturais do entorno;
VIII - a geração de poluição ambiental e sonora na área;
IX - as águas superficiais e subterrâneas existentes na área; e
X - o acúmulo de impactos urbanos, ambientais, socioeconômicos e culturais gerados tanto pelos
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Art. 284. Serão objetos de elaboração de EIV os empreendimentos e as atividades que seguem:
I – autódromos, cartódromos abertos e hipódromos;
II - Helipontos;
III – clubes com área construída superior a 3.000m2 (três mil metros quadrados);
IV – comércios atacadistas com área construída superior a 1.500m² (mil e quinhentos metros
quadrados);
XIX – estabelecimentos de ensino com área construída acima de 5.000m² (cinco mil metros
quadrados);
XX - instituições científicas e tecnológicas com área construída superior a 1.500m² (mil e quinhentos
metros quadrados);
XXI - hospitais;
XXII – estádios esportivos;
XXIII – estabelecimentos de entretenimento noturno;
XXIV – garagens comerciais em terreno com área superior a 1.000m² (mil metros quadrados);
XXV – indústrias inócuas com área construída acima de 750m² (setecentos e cinquenta metros
quadrados) implantadas fora das Zona Industrial (ZI);
XXVI – parques temáticos;
XXVII – quadras de escolas de samba;
XXVIII – estações rodoviárias;
XXIX – supermercados com área construída superior a 3.000m² (três mil metros quadrados);
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Art. 285. A elaboração do EIV será dispensada em casos de a avaliação de impacto ser solicitada
pelo Poder Público Municipal por meio de Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e respectivo Relatório
de Impacto Ambiental (Rima), desde que contemplados os conteúdos de análises dispostos nos art.
274 desta Lei Complementar.
Art. 288. O Município ou os demais legitimados na forma da lei, com base nas atribuições previstas
no inciso VIII do art. 30 da CF/88, na Lei Federal 10.257/2001 - Estatuto da Cidade, na Lei Federal
11.977/2009 e na Lei Federal 13.465/2017, deverá incorporar os assentamentos precários e
irregulares, favelas, loteamentos irregulares e cortiços, visando à sua regularização urbanística e
fundiária, mediante a utilização de instrumentos urbanísticos próprios como seguem:
I - Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS;
II - a concessão do direito real de uso;
III - a concessão de uso especial para fins de moradia;
IV - a usucapião especial de imóvel urbano, individual ou coletivo;
V - a demarcação urbanística;
VI - a legitimação de posse; e/ou
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Art. 289. Aquele que, até 22 de dezembro de 2016, possuiu como seu, por cinco anos,
ininterruptamente e sem oposição, até duzentos e cinquenta metros quadrados de imóvel público
situado em área com características e finalidade urbanas, e que o utilize para sua moradia ou de
sua família, tem o direito à concessão de uso especial para fins de moradia em relação ao bem
objeto da posse, desde que não seja proprietário ou concessionário, a qualquer título, de outro
imóvel urbano ou rural, conforme previsão do art. 77 da Lei Federal 13.465/2017.
§ 1º A concessão de uso especial para fins de moradia será conferida de forma gratuita ao homem
ou à mulher, ou a ambos, independentemente do seu estado civil.
§ 2º O direito de que trata este artigo não será reconhecido ao mesmo concessionário mais de uma
vez.
§ 3º Para os efeitos deste artigo, o herdeiro legítimo continua, de pleno direito, na posse de seu
Art. 290. A concessão de uso especial para fins de moradia poderá ser outorgada mediante
requerimento do interessado, dirigido ao órgão municipal de habitação.
Art. 291. O Município deverá buscar e firmar parcerias com órgãos Estaduais e Federais para o
atendimento habitacional em programas de apoio habitacional, tais como aluguel social e parceria
social ou por intermédio de indenização por benfeitorias, dentre outros, sendo realizado por período
determinado e vinculado ao atendimento definitivo em programa de produção de Habitação de
Interesse Social.
Art. 292. O Poder Executivo promoverá planos de urbanização com a participação dos moradores
de áreas usucapidas para a melhoria das condições habitacionais e de saneamento ambiental nas
áreas habitadas por população de baixa renda, usucapidas coletivamente por seus possuidores
para fins de moradias, nos termos da Lei Federal 10.257/2001 - Estatuto da Cidade.
Art. 293. A regularização fundiária de interesse social que envolva apenas a regularização jurídica
da situação dominial do imóvel poderá, a critério da Administração do Município, dispensar a
apresentação do plano mencionado no art. 284 desta Lei Complementar, hipótese em que serão
exigíveis apenas os documentos necessários à viabilização do registro do projeto de regularização.
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Art. 295. O Município deverá empenhar-se com órgãos estaduais e federais em busca da garantia
de assistência técnica, jurídica, urbanística e social gratuita à população, indivíduos, entidades,
grupos comunitários e movimentos na área de Habitação de Interesse Social e de Agricultura
Familiar, buscando promover a inclusão social, jurídica, ambiental e urbanística da população de
baixa renda à cidade, na garantia da moradia digna e no reconhecimento dos serviços ambientais e
sociais prestados pelos agricultores familiares, particularmente nas ações visando à regularização
fundiária e qualificação dos assentamentos precários e irregulares existentes e à regularização
fundiária e ambiental dos imóveis rurais.
Art. 296. Com o objetivo de promover transformações estruturais o Município deverá desenvolver
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Art. 297. Para promover os objetivos estabelecidos no art. 288 fica o Poder Executivo autorizado a
constituir Fundo de Investimento Imobiliário ou delegar sua constituição à instituição autorizada pela
Comissão de Valores Mobiliários - CVM, tudo nos termos da Lei Federal nº 8.668/1993 ou outra
legislação que venha a sucedê-la, com as seguintes finalidades:
I - instalar a infraestrutura necessária à implantação dos planos urbanísticos e projetos de
intervenções urbanas;
II - viabilizar eventuais desapropriações;
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Art. 298. O Projeto de Intervenção Urbana deverá indicar os seus objetivos prioritários e as
propostas relativas aos aspectos urbanísticos, ambientais, sociais, econômico-financeiros e de
gestão democrática com, no mínimo:
I - o estudo do perímetro para a realização do Projeto de Intervenção Urbana;
II - as indicações, por meio de mapas, desenhos ou outras formas de representação visual, das
intervenções propostas;
III - os mecanismos para a implantação compartilhada das intervenções propostas e de
arrecadação de receitas mediante parcerias do Poder Público com o setor privado, quando couber;
IV - os mecanismos de garantia de preservação dos imóveis e dos espaços urbanos de especial
valor histórico, cultural, arquitetônico, paisagístico e ambiental protegidos por tombamento ou lei,
quando couber;
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Seção I - Das áreas prioritárias para elaboração de Projetos de Intervenção Urbana - PIUs
VII – PIU Tiaraju, composto por trecho de canteiro central da Avenida Tiaraju.
Parágrafo único. Todas áreas prioritárias indicadas no caput têm suas localizações, delimitações e
diretrizes indicadas nas subseções que compõem esta Seção.
Art. 300. Fazem parte das áreas prioritárias para PIUs as orlas e áreas ferroviárias existentes nos
perímetros urbanos do Município.
§ 1º São consideradas orlas ferroviárias as faixas de domínio situadas às margens das ferrovias e
demais áreas públicas adjacentes às ferrovias cuja utilização está ligada à atividade ferroviária ou
de lazer.
§ 2º A largura das faixas de domínio varia de acordo com cada trecho.
§ 3º São consideradas áreas ferroviárias a composição dos eixos ferroviários juntamente de lotes,
edificações e demais estruturas a eles vinculados.
§ 4º Poderão ser incluídas ou integradas no PIU das orlas e áreas ferroviárias as faixas não-
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edificáveis previstas pela Lei Federal nº 6.766/79, no seu Art 4º, inciso III, que determina como faixa
não-edificável a largura de 15m (quinze metros) além da faixa de domínio.
Art. 302. Integra as áreas prioritárias para PIUs a área da antiga pedreira localizada no Bairro Airton
Senna.
Parágrafo único. A delimitação do PIU para a área da antiga Pedreira é a constante no Anexo 5
desta Lei Complementar.
Art. 303. São diretrizes específicas para a área da antiga pedreira no Bairro Airton Senna:
I - municipalizar a área e buscar medidas de regularização fundiária, regeneração ambiental e
implementação de área de lazer;
II - instituir medidas que garantam a segurança geomorfológica da área e potencializar seu valor
paisagístico;
III - combater o descarte irregular de resíduos sólidos através da consolidação de equipamentos
institucionais na área que apliquem programas e soluções específicas para o tema;
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Art. 304. Integram as áreas prioritárias para PIU as instalações e áreas da antiga Usina
Termoelétrica.
Parágrafo único. A delimitação do PIU para a área da antiga Usina Termoelétrica consta no Anexo 5
desta Lei Complementar.
Art. 305. São diretrizes específicas para a área das instalações e áreas da antiga Usina
Termoelétrica:
I - buscar a definição de estratégias, em parceria com a União e o Estado, de utilização, ocupação e
Art. 306. Integram as áreas prioritárias para Projetos de Intervenções Urbanas as áreas adjacentes
ao Rio Ibirapuitã e Arroio Regalado no Perímetro Urbano Sede.
Parágrafo único. A delimitação do PIU para as áreas adjacentes ao Rio Ibirapuitã e Arroio Regalado
no Perímetro Urbano Sede constam no Anexo 5 desta Lei Complementar.
Art. 307. São diretrizes específicas para as áreas adjacentes ao Rio Ibirapuitã e Arroio Regalado no
Perímetro Urbano Sede:
I - instituir legislação específica delimitando as áreas previstas no art. 298 como parque natural
municipal, a fim de dispor diretrizes e dispositivos que resguardem o patrimônio ambiental das
áreas e contenham ocupações irregulares;
II - instituir setorização das áreas, estabelecendo áreas de preservação e regeneração de acesso
controlado e áreas de usos sustentáveis e compatíveis com o local, assim como identificar áreas de
lazer existentes e áreas com potencial para lazer e contemplação, desde que estas não
prejudiquem o meio ambiente;
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III - sediar ou aproximar órgãos ou departamentos ambientais existentes ou que vierem a ser
instituídos;
IV - buscar parcerias com Universidades, instituições educacionais e de pesquisa e a sociedade
civil organizada para atividades de vocação ambiental, incluindo o desenvolvimento de pesquisas;
V - criar estratégias de recuperação ambiental em áreas degradadas;
VI - criar estratégias para drenagem urbana e de controle das cheias do entorno das áreas,
inclusive de criação de bacias de retenção;
VII - estabelecer parcerias com a concessionário responsável pela execução e operação das redes
esgoto cloacal no Município para identificar e extinguir despejos clandestinos de esgoto cloacal;
VIII - monitorar a concessionária responsável pela execução e operação de redes de esgoto cloacal
no Município com objetivo de reduzir e controlar impactos ambientais consequentes de suas obras;
IX - combater o descarte irregular de resíduos sólidos através da consolidação de equipamentos
públicos na área, da identificação de limite do parque natural municipal e de programas de
orientação e educação ambiental;
X - estabelecer parcerias com os proprietários de áreas privadas existentes na delimitação indicada
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pelo art. 298, para o emprego das diretrizes dispostas nos incisos anteriores.
Art. 308. Integra as áreas prioritárias para PIUs a área do antigo aeroporto.
§ 1º A delimitação do PIU para a área do antigo aeroporto consta no Anexo 5 desta Lei
Complementar, sendo dividida em dois setores:
I - o setor à noroeste da Av. Inácio Campos de Menezes; e
II - o setor à sudeste da Av. Inácio Campos de Menezes.
§ 2º O Poder Público poderá definir a realização de PIU único para área ou a aplicação de projeto
específico para cada setor definido no §1º deste artigo.
§ 3º O(s) Projeto(s) de Intervenção Urbana para a área definida no §1º deste artigo poderá(ão)
prever, através de lei específica e mediante contrapartidas, a modificação de índices e
II - O incentivo a usos e atividades diversificadas e uma maior densidade em relação a outras zonas
da cidade;
IV - O fomento de habitações de menor custo através de programas de habitação social e
construções, especialmente aquelas que podem beneficiar o público universitário;
V - A parceria com a Universidade e a União em busca da ocupação e diversificação do uso do solo
do setor à noroeste delimitado no Art. 300; e
VI - A criação de estratégias e parcerias com a Universidade para a integração da área do setor à
noroeste, delimitado no
Art. 300, com o Município e, sobretudo, com os bairros adjacentes.
Parágrafo Único. A diretriz prevista no inciso I deste artigo deverá se referenciar pelas diretrizes
viárias estabelecidas neste PDDM, pelo Plano de Mobilidade Urbana e buscar sempre, quando
possível, a continuidade entre as vias existentes nos bairros a sudoeste e noroeste das áreas
delimitadas no Art. 300.
Art. 310. Integram as áreas prioritárias para Projetos de Intervenções Urbanas as áreas militares
presentes no Perímetro Urbano Sede.
Parágrafo Único. A delimitação do PIU para as áreas militares presentes no Perímetro Urbano Sede
constam no Anexo 5 desta Lei Complementar, sendo reconhecidas três áreas não contíguas:
I – A área militar junto ao Bairro Tancredo Neves; e
II – A área militar junto ao Bairro Medianeira.
III – a área militar lindeira à Rua Décio Pedroso Serpa, em linha reta desde o fim da Avenida
Eurípedes Brasil Milano até a BR 290 e, na sequência, a área militar contígua à área
de propriedade da Sucessão de Maria Zedália Serpa.
Art. 311. Caso a área militar junto ao Bairro Tancredo Neves, definida no inciso I do art. 302, venha
ser desocupada pelo Exército Brasileiro, ficam estabelecidas as seguintes diretrizes específicas:
I - buscar a definição de estratégias, em parceria com a União e o Estado, de utilização, ocupação e
Art. 312. No caso das áreas militares junto ao Bairro Medianeira e a lindeira à Rua Décio Pedroso
Serpa, em linha reta desde o fim da Avenida Eurípedes Brasil Milano até a BR 290 e, na sequência,
a área militar contígua à área de propriedade da Sucessão de Maria Zedália Serpa, definidas nos
Incisos II e III do art. 302, venham a ser desocupadas pelo Exército Brasileiro, ficam estabelecidas
as seguintes diretrizes específicas:
I - buscar a definição de estratégias, em parceria com a União e o Estado, de utilização, ocupação e
gestão da área;
II – potencializar seu valor histórico e buscar medidas de preservação de sua identidade e
requalificação de suas estruturas e conjuntos edificados históricos;
III - incentivar a utilização diversificada da área e de suas instalações, impulsionando parcerias
entre os órgãos públicos, instituições e entes privados;
IV – o estímulo ao parcelamento do solo sobre as partes não ocupadas da área, prevendo:
a) a complementação da malha viária da região, devendo também se referenciar pelas diretrizes
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viárias estabelecidas neste PDDM, pelo Plano de Mobilidade Urbana e buscar sempre, quando
possível, a continuidade entre as vias existentes no entorno;
b) o incentivo a usos e atividades diversificadas e uma maior densidade em relação a outras zonas
da cidade; e
c) o fomento de habitações de menor custo através de programas de habitação social e
construções.
§1º O Projeto de Intervenção Urbana (PIU) para as áreas militares previstas no caput deste artigo
poderá prever, através de lei específica e mediante contrapartidas, a modificação de índices e
características e uso do solo previstos respectivamente nos Capítulos II e III do Título IV do Regime
Urbanístico desta Lei Complementar .
§ 2º A lei específica que regulamentar o PIU previsto no §1º deste artigo deve atender aos objetivos
e diretrizes estabelecidos neste PDDM e conter, no mínimo:
I - contrapartidas a serem exigidas dos proprietários, usuários permanentes e investidores privados
em função dos benefícios recebidos;
II - instrumentos urbanísticos complementares e de gestão ambiental a serem utilizados na
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implantação;
III - previsão de terrenos para a produção habitacional de interesse social dentro de seu perímetro;
IV - formas de controle e gestão do PIU previstos neste artigo, com a previsão de um Conselho
Gestor paritário, formado por representantes do Poder Público e da sociedade civil;
V - os recursos de contrapartidas financeiras e decorrentes dos benefícios urbanísticos concedidos
deverão ser encaminhados ao Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano – FMDU; e
VI - regras de transição do regime jurídico do PIU para o regime jurídico ordinário da Lei do PDDM,
aplicáveis ao final do PIU.
§ 3º A lei específica que regulamentar o PIU previsto no §1º deverá manter o zoneamento industrial
junto à Rodovia BR 290.
Subseção VII – Do PIU Tiarajú
Art. 313. Faz parte das áreas prioritárias para PIUs trecho do canteiro central da Avenida Tiaraju.
Art. 314. São diretrizes específicas para o trecho do canteiro central da Avenida Tiaraju:
I - requalificar passeios públicos e canteiros centrais;
II – criar espaços de lazer, contemplação e esporte para a comunidade;
III – fomentar espaço democrático para eventos, feiras e shows para a comunidade;
IV – implantar eixos de mobilidade não-motorizada como para caminhada e bicicleta;
V - promover eixos de arborização com espécies adequadas e nativas aos respectivos locais;
VI - propiciar áreas de cultivos e agricultura urbana e de pomares; e
VII - aplicar estratégias para a melhoria da drenagem urbana, inclusive com a criação de bacias de
retenção.
Parágrafo único. As diretrizes previstas no caput deverão ser adotadas nos eixos de continuidade
previstos no § 3º do Art. 305.
Art. 315. A gestão democrática da cidade, direito da sociedade e essencial para a concretização de
suas funções sociais, será realizada mediante processo permanente, descentralizado e participativo
de planejamento, controle e avaliação e será o fundamento para a elaboração, revisão,
aperfeiçoamento, implementação e acompanhamento do PDDM e de planos, programas e projetos
setoriais e específicos.
Art. 316. O Sistema Municipal de Planejamento Urbano será implementado pelos órgãos do Poder
Executivo, assegurando a participação direta da população em todas as fases de planejamento e
gestão democrática da cidade e garantindo as instâncias e instrumentos necessários para
efetivação da participação da sociedade na tomada de decisões, controle e avaliação das políticas
públicas, sendo composto por:
Art. 318. O Poder Executivo promoverá a adequação da sua estrutura administrativa, quando
necessário, para a incorporação dos objetivos, diretrizes e ações previstos neste PDDM, mediante a
reformulação das competências de seus órgãos da Administração Direta e Indireta.
Parágrafo único. Cabe ao Poder Executivo garantir os recursos e procedimentos necessários para a
formação e manutenção dos quadros necessários no funcionalismo público para a implementação
das disposições desta Lei Complementar.
Art. 319. A participação dos munícipes em todo processo de planejamento e gestão da cidade será
baseada na plena informação, disponibilizada pelo Poder Executivo com a devida antecedência e
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Art. 320. O Poder Executivo promoverá a cooperação com os Municípios vizinhos e com órgãos
estaduais objetivando formular políticas, diretrizes, planos, projetos e ações conjugadas destinadas
à superação de problemas setoriais ou regionais comuns, bem como poderá firmar convênios ou
estabelecer consórcios com a finalidade de articulação com o Governo do Estado e o Governo
Federal para o gerenciamento e implementação de projetos urbanísticos, a aplicação conjunta de
recursos e a regularização e a administração das áreas remanescentes.
Art. 321. O Conselho Municipal de Política Urbana e Ambiental - CMPUA, órgão colegiado,
integrante da estrutura do Poder Executivo, tem por finalidade estudar e propor diretrizes para a
formulação e implementação da Política de Desenvolvimento Urbano e Ambiental e da Estratégia
de Ordenamento Territorial do Município constantes respectivamente nos Títulos II e III desta Lei
Complementar, bem como acompanhar e avaliar sua execução, conforme dispõe a Lei Federal
10.257/2001.
§ 1º O CMPUA será composto por 22 (vinte e dois) integrantes titulares, presidente, e respectivos
suplentes de titulares, sendo representantes do Poder Executivo e da sociedade civil, organizados
por segmentos, com direito a voz e voto, a saber:
I - 11 (onze) integrantes representantes de órgãos do Poder Executivo indicados pelo Prefeito
Municipal, Cargos em Comissão ou Servidores de Carreira, distribuídos da seguinte forma:
a) 1 (um) integrante da Secretaria de Planejamento ou que tenha atribuições legais correlatas;
b) 1 (um) integrante da Secretaria do Meio Ambiente ou que tenha atribuições legais correlatas;
§ 6º O Poder Executivo regulamentará por Decreto o processo eleitoral para a eleição dos
representantes da sociedade civil.
§ 7º Os representantes da sociedade civil serão eleitos pelos seus pares mediante processo
coordenado por comissão eleitoral paritária do CMPUA.
§ 8º Para a eleição dos representantes relacionados nas alíneas “a” a “h” do inciso II deste artigo,
será garantido direito a voto a todo e qualquer cidadão com título eleitoral, sem necessidade de pré-
cadastramento.
§ 9º Os demais representantes da sociedade civil serão escolhidos no âmbito dos órgãos dos quais
sejam integrantes.
§ 10º O mandato será de dois anos, sendo permitida apenas uma recondução sucessiva.
Art. 322. A função dos integrantes do CMPUA é considerada serviço de relevante valor social e não
remunerada.
Art. 327. O CPDDM será composto por 14 (catorze) integrantes e seus respectivos suplentes, de
forma paritária, sendo 07 (sete) representantes do Poder Executivo, Cargos em Comissão ou
Servidores de Carreira, 4 (quatro) representantes de entidades comunitárias e da sociedade civil e 3
(três) representantes de entidades de classe.
§ 1º Deverão ser indicados pelas entidades de classe os titulares e suplentes para comporem o
CPDDM.
§ 2º Os representantes acima citados serão:
I - do Município:
a) 2 (dois) representantes da Secretaria de Infraestrutura ou que tenha atribuições legais correlatas;
b) 1 (um) representante da Secretaria de Planejamento ou que tenha atribuições legais correlatas;
c) 1 (um) representante da Secretaria de Meio Ambiente ou que tenha atribuições legais correlatas;
d) 1 (um) representante da Secretaria de Segurança Pública, Mobilidade e Cidadania ou que tenha
atribuições legais correlatas;
e) 1 (um) representante da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo ou que tenha
atribuições legais correlatas;
f) 1 (um) representante da Procuradoria Geral do Município (PGM).
II - das Entidades Comunitárias e sociedade civil:
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Art. 328. O CPDDM terá uma diretoria composta por um Presidente e um Vice-Presidente,
escolhidos entre os conselheiros, com mandato de dois anos, permitida a recondução uma única a
vez.
Parágrafo único. O Secretário Executivo do CPDDM será o Secretário de Planejamento do
Município ou alguém por ele designado.
Art. 329. As decisões do CPDDM serão tomadas pelo critério de maioria simples, em reuniões que
contenham a presença, de pelo menos, 2/3 (dois terços) dos seus integrantes.
Art. 330. A função dos integrantes do CPDDM é considerada serviço de relevante valor social e não
remunerada.
Art. 331. O CPDDM pode, sempre que necessário ao seu perfeito funcionamento, constituir
Art. 332. O CPDDM poderá convidar para participar de suas reuniões, sem direito a voto, técnicos e
dirigentes do Poder Executivo Municipal e especialistas para prestarem assessoramento em
questões julgadas necessárias ao cumprimento de suas finalidades.
Art. 333. O CPDDM funcionará como última instância de Recurso para o julgamento do mérito de
interpelações promovidas por terceiros e relacionados ao cumprimento das normas dispostas neste
PDDM
Art. 335. As decisões do CPDDM, sempre que de interesse público, deverão ser divulgadas por
meio de comunicados escritos aos interessados, ou através de editais publicados nos meios de
comunicação local e no sítio oficial do Município na internet.
Art. 336. A Secretaria Municipal de Planejamento prestará o apoio administrativo necessário para o
funcionamento do CPDDM.
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Art. 337. O Poder Executivo realizará audiências públicas por ocasião do processo de licenciamento
de empreendimentos e atividades públicas e privadas de impacto urbanístico ou ambiental para os
quais sejam exigidos estudos e relatórios de impacto ambiental.
§ 1º Todos os documentos relativos ao tema da audiência pública, tais como estudos, plantas,
planilhas e projetos, serão colocados à disposição de qualquer interessado para exame e extração
de cópias, inclusive por meio eletrônico e em formato aberto, com antecedência mínima de 10 (dez)
dias úteis da realização da respectiva audiência pública.
§ 2º As intervenções realizadas em audiências públicas deverão ser registradas para acesso e
divulgação públicos em até 20 (vinte) dias úteis da sua realização e deverão constar no respectivo
processo administrativo.
§ 3º O Poder Executivo dará ampla publicidade aos resultados advindos das audiências públicas
que promoverá, especialmente indicando as medidas adotadas em função das opiniões e
manifestações colhidas junto à população.
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Art. 338. A iniciativa popular de Projetos de Leis, de Plebiscitos e de Referendos ocorrerão nos
termos da legislação federal pertinente, da Lei Orgânica do Município e da legislação municipal
complementar.
Art. 339. O Poder Executivo poderá promover atividades de formação para os munícipes, como
cursos, seminários e oficinas, com o objetivo de ampliar a troca de informações sobre as políticas
de desenvolvimento urbano, favorecendo seu contínuo aperfeiçoamento.
Art. 341. O Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano – FMDU será administrado por um
Conselho Gestor, composto por:
I - Presidência;
II - Plenário; e
III - Secretaria Executiva.
Parágrafo único. Poderão ser constituídas comissões internas, permanentes ou temporárias, para o
melhor andamento dos trabalhos disciplinados neste capítulo.
Art. 344. O Plenário será composto, de forma paritária, por 12 (doze) integrantes, com igual número
de suplentes.
§1º Além da presidência, a composição deverá ser na seguinte conformidade:
I - 01 (um) representante da Secretaria Municipal de Planejamento ou que tenha atribuições legais
correlatas;
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Art. 346. A Secretaria Executiva do Conselho Gestor será exercida pela Secretaria Municipal de
Planejamento, cabendo-lhe:
I - executar as funções de apoio técnico e administrativo e promover o controle dos prazos;
II - registrar a entrada e movimentação do expediente, recepcionar demandas, elaborar a pauta de
cada reunião e arquivar os assuntos tratados nas reuniões;
III - elaborar os extratos e atas de reunião;
IV – publicar no sítio oficial do Município na internet as convocações, extratos, atas das reuniões e
deliberações, os documentos apresentados e os balanços contábeis;
V - elaborar e tornar público o relatório semestral das atividades realizadas nos termos do inciso IV
deste artigo;
VI - atender às determinações do Presidente;
VII - receber e analisar a conformidade das solicitações de recursos com o Plano Anual de
Aplicação aprovado conforme o disposto no inciso IV do art. 339.
Art. 347. O Regimento Interno do Conselho Gestor deverá conter, no mínimo, as seguintes
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disposições:
I – que o Conselho Gestor reunir-se-á ordinariamente a cada 3 (três) meses e extraordinariamente
sempre que necessário, mediante convocação da Presidência;
II – que durante a primeira reunião ordinária de cada exercício, deverá ocorrer a prestação de
contas referente ao exercício anterior;
III – que no terceiro trimestre de cada exercício, deverá ocorrer a apresentação do Plano Anual de
Aplicação para o exercício seguinte;
IV – que os materiais relativos à pauta deliberativa das reuniões deverão ser encaminhados à
Secretaria de Planejamento, com antecedência de 10 (dez) dias úteis corridos da data da reunião e
disponibilizados, aos conselheiros, em formato eletrônico, com antecedência de 5 (cinco) dias úteis;
V – que as reuniões ordinárias e extraordinárias serão públicas e durarão o tempo necessário ao
alcance de seus objetivos, ficando a critério do Presidente a sua interrupção, mediante motivação.
Art. 348. O Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano – FMDU será constituído de recursos
provenientes de:
I – dotações orçamentárias e créditos adicionais suplementares a ele destinados;
II – repasses ou dotações de origem orçamentária da União ou do Estado do Rio Grande do Sul a
ele destinados;
III – empréstimos de operações de financiamento internos ou externos;
IV – contribuições ou doações de pessoas físicas ou jurídicas;
V – contribuições ou doações de entidades internacionais;
VI – acordos, contratos, consórcios ou convênios;
VII – rendimentos obtidos com a aplicação do seu próprio patrimônio;
VIII – outorga onerosa de potencial construtivo;
IX – retornos e resultados de suas aplicações financeiras;
X – multas, correção monetária e juros recebidos em decorrência de suas aplicações;
XI – outras receitas eventuais.
Art. 351. A Secretaria solicitante que tiver recursos do FMDU aprovados na Lei Orçamentária Anual
deverá criar, para cada exercício orçamentário, um processo, a ser publicado, contendo o Plano
Anual de Aplicação.
§ 1º O Plano Anual de Aplicação deverá conter:
I - a apresentação com elementos visuais de cada objeto, tais como:
a) mapa e descrição dos objetos;
b) valor solicitado;
c) fotografias da situação inicial; e
d) projeto, quando presente;
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solicitação de recursos, se for o caso, observar os procedimentos previstos no artigo 343 desta Lei
Complementar; e
III - a Secretaria solicitante que tiver seu Plano Anual de Aplicação alterado após aprovação do
Conselho Gestor do FMDU deverá apresentar os elementos constantes do §1º deste artigo no
processo, atualizados.
Art. 352. Para a solicitação dos recursos, os objetos aprovados nos Planos Anuais de Aplicação
deverão ser enviados para a Secretaria de Planejamento, contendo:
I - Formulário de Solicitação de Recursos, preenchido em sua integralidade e referenciado em
informação assinada pelo titular da unidade orçamentária da Secretaria solicitante, conforme o
modelo a ser regulamentado em Decreto Municipal;
II - documentos que vinculem o objeto da solicitação às categorias de investimento, conforme as
prioridades previstas no artigo 343 desta Lei Complementar, tais como:
Complementar.
Art. 353. Os recursos serão liberados somente se o Plano Anual de Aplicação da Secretaria
solicitante for aprovado pelo Conselho Gestor do FMDU, bem como após o atendimento do disposto
no artigo 346 desta Lei Complementar.
Art. 354. Os recursos do FMDU serão executados exclusivamente em seu próprio órgão
orçamentário e deverão estar diretamente vinculados aos projetos aprovados pelo Conselho Gestor.
Art. 355. As Secretarias solicitantes que receberem recursos serão responsáveis pela fiscalização
da sua aplicação e por prestarem contas ao Conselho Gestor.
Parágrafo único. Quando os recursos forem executados por meio das entidades da Administração
Municipal Indireta, as Secretarias solicitantes a elas vinculadas serão responsáveis por garantir o
cumprimento das obrigações de sua competência.
Art. 356. Os órgãos e entidades da Administração Municipal Direta e Indireta que receberem
recursos do FMDU deverão encaminhar, mensalmente, à Secretaria de Planejamento, cronograma
de execução dos recursos atualizados no mês para cada objeto e rendimento financeiro obtido,
mediante a transferência de recursos do FMDU, caso se apresente.
Art. 357. A Prestação de Contas Parciais a serem apresentadas nas reuniões ordinárias, mediante
inclusão na pauta, serão enviadas no processo eletrônico do Plano Anual de Aplicação, contendo
os mesmos elementos atualizados, acrescidos de:
I - valor solicitado, valor empenhado, valor liquidado, valor pago e rendimento financeiro quando
houver;
II - fotografias atualizadas; e
III - situação da ação.
Art. 359. O Plano Anual de Aplicação, suas alterações e a Prestação de Contas Finais deverão:
I - explicitar os objetos que se caracterizam como projeto destinado à execução das obras e
intervenções;
II - indicar o projeto ou obra para as solicitações que se caracterizem como gerenciamento; e
III - explicitar os objetos que se inserirem nos limites de aquisição de terras e mobilidade.
Art. 360. Os casos não previstos neste Capítulo poderão ser apreciados e decididos pelo Conselho
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Gestor do FMDU, nos limites de sua competência, e regulados por meio de Resoluções próprias.
Art. 361. As despesas decorrentes da execução deste capítulo correrão por conta das dotações
orçamentárias próprias, suplementadas se necessário.
Art. 363. O Poder Executivo deverá estruturar e manter atualizado, permanentemente, o Sistema
Municipal de Informações Sociais, Culturais, Econômicas, Financeiras, Patrimoniais,
Administrativas, Físico-territoriais, Geológicas, Ambientais, Imobiliárias, Segurança e Qualidade de
Art. 364. Os agentes públicos e privados, em especial os concessionários de serviços públicos que
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desenvolvem atividades no Município, deverão fornecer ao Poder Executivo, no prazo que este
fixar, todos os dados e informações que forem considerados necessários ao Sistema Municipal de
Informações.
Parágrafo único. O disposto neste artigo se aplica aos entes privados, concessionárias ou
autorizatárias de serviços públicos federais ou estaduais, mesmo quando submetidas ao regime de
direito privado.
Art. 365. Deve ser assegurada a ampla divulgação dos dados do Sistema Municipal de
Informações, por intermédio do sítio eletrônico do Município na internet, bem como por outros meios
úteis a tal finalidade, em linguagem acessível à população.
Art. 367. Os Conselhos Municipais de Política Urbana e do PDDM tem como atribuições o
monitoramento e a avaliação da implementação do PDDM, conforme estabelecido nesta seção.
Parágrafo único. Os setores diversos e representantes da sociedade civil poderão se somar no
monitoramento e na avaliação da implementação do PDDM.
Art. 368. O Poder Executivo dará ampla publicidade a todos os documentos e informações
produzidos no processo de revisão e implementação do PDDM, de planos, programas e projetos
setoriais e específicos, bem como do controle e fiscalização de sua implementação, a fim de
assegurar o conhecimento dos respectivos conteúdos à população, devendo, ainda, disponibilizá-
los a qualquer munícipe que os requisitar, nos termos exigidos na legislação municipal.
Art. 369. É assegurado a qualquer interessado, nos termos da Lei, o direito à ampla informação
sobre os conteúdos de documentos, informações, estudos, planos, programas, projetos, processos
e atos administrativos e contratos.
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Art. 370. Para possibilitar o acompanhamento da implantação do PDDM, o Poder Executivo deverá
definir e publicar regularmente indicadores de monitoramento e avaliação.
§ 1º Os indicadores de monitoramento e avaliação deverão contemplar as diferentes dimensões da
avaliação de desempenho das políticas públicas apontadas neste PDDM, abordando sua eficiência,
eficácia e efetividade.
§ 2º Os indicadores de monitoramento e avaliação deverão registrar e analisar, no mínimo:
I - os resultados alcançados em relação aos objetivos do PDDM, das Zonas Especiais, previstas no
Título IV desta lei, e dos projetos especiais, previstos no Título V desta Lei Complementar;
II - os avanços em relação à realização das ações prioritárias nos sistemas urbanos e ambientais
previstas neste PDDM;
III - os desempenhos de todos os instrumentos de política urbana e de gestão ambiental previstos
neste PDDM.
§ 3º As fontes de informações deverão ser públicas e publicadas regularmente.
Art. 372. As matérias previstas neste PDDM, sujeitas a regulamentação do Poder Executivo, serão
regulamentadas através de Decreto Municipal ou Lei Ordinária, editados em até 180 (cento e
oitenta) dias a contar da publicação desta Lei Complementar.
Art. 373. Os prazos previstos neste PDDM são contados da data da notificação do responsável ou
de seu preposto, da publicação do Ato no Diário Oficial do Estado do Rio Grande do Sul - DOE ou
no sítio oficial do Poder Executivo do Município de Alegrete na internet, na forma do art. 224 do
Código de Processo Civil Brasileiro - CPC.
Art. 375. Ficam expressamente revogadas as Leis Complementares Municipais 021/2006 e 37/2011
e as Leis Municipais 2.480/1994; 3.025/2000; 1.740/1988; 1.404/1981; 5.725/2016; 5.375/2014;
5.597/2015; 5.801/2017; 5.855/2017; 5.864/2017; 5.369/2014; 5.939/2018; 2.164/1991 e
1.850/1989.
Art. 376. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.
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Alegrete, Sala das Comissões Permanentes Ver. Jorge Luiz Xavier, 26 de dezembro de 2022.