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ARQUITETURA ATUAL

Espaço de Convivência do Campus I, FUMEC, Belo Horizonte, 2003,


Andréa Vilella Arruda & Sérgio Palhares
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SISTEMAS CONVENCIONAIS

Como traduzir a ideia arquitetônica para a realidade?


SISTEMAS CONVENCIONAIS

• Os sistemas convencionais são aqueles em que a estrutura e as


vedações são executadas in loco;

• Assim, são utilizadas estruturas de concreto armado, com fôrmas


(de madeira ou metálica) e vedações em tijolos cerâmicos e
argamassa produzida na própria obra;

• Estrutura Monolítica : grande interferência das deformações


estruturais.

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SISTEMAS CONVENCIONAIS

• Mão de obra: artesanal, baixa produtividade, altos índices de


perdas; depende das condições climáticas para sua execução;

◦ O acabamento só tem início após a conclusão da estrutura,


quando o concreto já foi curado. Quebra-se a parede para
passar as tubulações;
◦ Execução do revestimento por operários pendurados em um
balancim (alto risco, dificuldade de supervisão), perda de 20%
ou 30% da argamassa colocada na parede.

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Vídeo 1 – Alvenaria de vedação

Vídeo 2 – Dobra dos ferros no canteiro;

Vídeo 3 – Concretagem de uma viga.

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SISTEMAS INDUSTRIALIZADOS

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SISTEMAS INDUSTRIALIZADOS

• obra com elementos


pré-fabricados em
indústrias
• canteiro: local de
montagem.
• Vantagens:
• racionalização de
materiais e mão de
obra,
• agilidade na execução
com planejamento
detalhado de entregas
• baixo desperdício.

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SISTEMAS INDUSTRIALIZADOS

Componentes de um sistema:
Estrutura, painéis de piso, vedações,
equipamentos, instalações, caixilhos,
etc.

Estrutura: metálica, concreto pré-


moldado, mista, alvenaria estrutural

Fachadas: painéis pré-fabricados


(melhor previsão de detalhes na
interface com estrutura e caixilhos,
na estanqueidade e na
padronização dos acabamentos).
SISTEMAS INDUSTRIALIZADOS

Fechamento interno:
– painéis metálicos, concreto
autoclavado e de gesso
acartonado,
– fácil embutimento de
tubulações,
– boa qualidade de acabamento
– flexibilidade de lay-outs.

Argamassa projetada
SISTEMAS INDUSTRIALIZADOS

• Escolha do sistema:
• Avaliar o empreendimento como
um todo
• Adequação técnica
• custo de execução
• custos dependem de :
– mercado dos materiais
– oferta de mão de obra local
– momento econômico
– repetitividade (construção
industrializada)
– padronização, equalização de
vãos e dimensões de peças,
detalhes de ligação
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Estrutura metálica

Componentes do sistema:
• chapas de ligação,
• parafusos,
• chumbadores
• perfis

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• Os perfis metálicos possuem seção
transversal que se assemelha às letras
I, H, U, Z, e L, (cantoneiras).
• obtenção:
– laminação (laminados)
– soldagem (soldados)
– eletro-soldagem de chapas (eletro-
soldados)
– conformação a frio (formados a frio)

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Perfis Laminados

• Fabricados a quente nas usinas


siderúrgicas
• Mais econômicos: dispensam a
fabricação “artesanal” dos perfis
soldados ou dos perfis formados
a frio.
• Dimensões padronizadas:
projetista fica restrito a essas
dimensões.
• Gerdau: tamanhos padronizados
de 6 ou 12 m para entrega
imediata ; sob encomenda, em
dimensões especiais, de 6 a 24
m.
• Perfis de dimensões diferentes:
utilizar os formados a frio ou
soldados
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Perfis Soldados

• Formados por chapas de aço


estrutural, que recebem as
soldas para unir as chapas;
• Seções I ou H

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Perfis Formados a Frio
• Perfis dobrados à temperatura
ambiente;
• Seções variadas: U, Ue, Z, Caixa,
etc;
• São utilizados em estruturas de steel
framing, telhados, estruturas
metálicas em geral.

Vídeo - Steel Framing


Estruturas mistas

• Steel deck:
• a laje de concreto é fundida
in-loco sobre forma de chapa
de aço conformada,
• vence os vãos entre vigas,
• passa a ser a ferragem
positiva da laje.
• Vantagens:
• prescinde de fôrmas e escoras
durante a cura,
• a seção transversal da forma
abre espaço para passagem
dos dutos e cabos de
utilidades.

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Alvenaria Estrutural

• Tijolos especiais, com


resistência elevada à
compressão são usados
“substituindo” vigas e pilares;
• É necessária uma amarração
entre os blocos;
• Pontos determinados pelo
calculista são preenchidos por
groute;
• Os tijolos podem ser de
concreto ou cerâmicos.

Vídeo - Alvenaria Estrutural

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SISTEMAS DE FACHADA

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Painéis

Painel de concreto celular


autoclavado Painel pré-moldado de concreto

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Painel-cortina
• fixado à estrutura e nas lajes da
edificação, recobrindo
externamente toda a estrutura
(mais usual)

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Painel de concreto armado in loco

• a partir de fôrmas que já trazem os


recortes dos vãos
• função estrutural,
• fachada sobe junto com a estrutura,
permitindo cronogramas mais curtos.
• monolítica, porém menos sujeita a
fissuras, (as armaduras densas dissipam
as tensões).
• elevada precisão, alta produtividade e
mais seguro,
• sistema requer fôrmas e gruas pesadas

Vídeo – Paredes de concreto 22/32


Rochas fixadas com argamassa

• assentamento de placas
pétreas em revestimento
externo: grande variedade
• Fixação mais comum :
argamassas mistas, aplicadas
em camada única, (não sendo
usual a preparação prévia da
base) e com uma espessura
superior a 20 mm.
• argamassa colante: espessura
10 mm.

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Problemas:
• descolamento,
• eflorescências,
• necessidade de limpeza
frequente,
• dificuldade de substituição de
peças
• baixa durabilidade do sistema
de fixação
• fixação de painéis :
praticamente abolida em
grandes construções.
• NBR 13.707 (Projeto de
Revestimento de Paredes e
Estruturas com Placas de
Rocha): limita a colagem desse
tipo de revestimento a
edificações com no máximo 15
m de altura

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Rochas com insertes

• sistemas de fixação por insertes


metálicos

Vantagens
• maior rapidez no processo de
fixação
• disponibilidade de fixadores
metálicos no mercado nacional
• facilidade de reposição das placas
• precisão da instalação
• mais leve, se comparado ao
assentamento com argamassa
• maior eficiência energética das
fachadas
• ampliação da durabilidade

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Sistema de fixação não visível
(apoio interno)

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Revestimentos cerâmicos

• placas cerâmicas e
porcelanatos
• desempenho depende de
especificação

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• projeto executivo da fachada
(evita patologias e reduz risco
de acidentes).
• projeto de assentamento:
considera as condições
climáticas, o tipo de cerâmica
mais apropriada e as
interfaces com vigas, caixilhos,
varandas e outros
revestimentos, de acordo com
o trabalho de cada material.

Edificio Terra Brasilis, Recife: cerâmica grés 7,50 x 7,50 cm, (


maior parte da fachada), porcelanato 30 x 30 Cm nos
detalhes. Portobello: projeto de assentamento, e controle
tecnológico dos materiais dos serviço executados – emrpesa
garante a instalação por 20 anos.
• detalhar as juntas de
movimentação, que são
obrigatórias e devem ficar
aparentes
• silicone não é recomendado para
fachadas
• piores problemas : causados pela
ausência ou deficiência das juntas
• regularização do plano para
aplicação do revestimento
• ancoragem cimentícia com
reforço metálico
• Preferência para argamassa
industrializada misturada
mecanicamente

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• Porcelanato
• formulação mais complexa;
queima diferenciada, com
temperaturas superiores a
• 1200 graus Celsius.
• índices praticamente nulos de
Porcelanato metalizado
absorção de água
• elevada resistência mecânica, a
variações térmicas e à ação de
produtos químicos.
• basicamente dois tipos de
porcelanato: não esmaltado,
(porcelanato técnico) e
esmaltado

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ARGAMASSA PROJETADA

• Argamassa para revestimento;


Projetada a alta pressão por

uma bomba;
• Maior produtividade;
• Maior controle de qualidade.

Vídeo

Projeção de reboco

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