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CONSULTORIA-GERAL DA UNIÃO
CONSULTORIA JURÍDICA JUNTO AO MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, DESENVOLVIMENTO E GESTÃO
COORDENAÇÃO-GERAL JURÍDICA DE RECURSOS HUMANOS
ESPLANADA DOS MINISTÉRIOS - BLOCO: K - 9º ANDAR - SALA 928 - CEP: 70040-906 - BRASÍLIA - DF
N UP: 0 5 2 1 0 .0 0 5 7 2 0 /2 0 1 8 -4 7
IN TERESSA D OS: Se cr e t a r i a d e Ge st ã o d e Pe sso a s - SGP/M P
A SSUN TOS: Cá l cu l o d a g r a t i f i ca çã o n a t a l i n a e m ca so d e m u d a n ça d e ca r g o s n o d e co r r e r d o
a n o ( v a câ n ci a e p o s se e m o u t r o ca r g o p ú b l i co i n a cu m u l á v e l ) e e x e r cíci o d e su b st i t u i çã o d e
ca r g o e m co m i ssã o / f u n çã o d e d i r e çã o o u ch e f i a .
I. Grat ifi cação nat alina. Cálculo em caso de m udança de cargos no decorrer do ano
(vacância e posse em out ro cargo público inacum ulável) e em caso de exercício de
subst it uição de cargo em com issão / função de direção ou chefia.
II. Ent endim ent o ant erior do órgão cent ral do SIPEC que a base de cálculo da grat ifi cação
nat alina era a rem uneração de dezem bro, sem proporcionalidade com cargos ou com a
subst it uição exercidos durant e de janeiro a novem bro. Pareceres
n . 00716/2016/LFL/CGJRH/CONJUR-MP/CGU/AGU e n. 1269-3.10/2014/TLC/CONJUR/MP-
CGU/AGU que defenderam a proporcionalidade do cálculo da parcela.
III. Propost a da SGP/MP no sent ido do ret orno do ent endim ent o ant eriorm ent e
vigent e. Parecer GM n. 013, de 11 de dezem bro de 2000 (vinculant e) que afi rm a a
subsist ência da relação jurídica ent re servidor e Adm inist ração, em caso de m udança de
cargos em um a m esm a ent idade federat iva. Exercício de subst it uição que caract eriza
"rem uneração de dezem bro" som ent e nos casos em que a subst it uição ocorre em
dezem bro.
IV. Anuência com a propost a da SGP/MP. Decisão do STF que afi rm a o carát er anual da
grat ificação nat alina. Term os expressos do art . 63 da Lei n. 8.112/1990.
1. A Secret aria de Gest ão de Pessoas - SGP/MP, por m eio da Not a Técnica n. 13920/2018-MP
(seq. 1), rem et eu o processo em epígrafe a est a Consult oria Jurídica, quest ionando sobre a possibilidade
de revisão do Parecer n. 00716/2016/LFL/CGJRH/CONJUR-MP/CGU/AGU, que t rat ara do cálculo da
grat ifi cação nat alina nos casos de vacância de cargo público por posse em out ro cargo inacum ulável,
passando o servidor a exercer, de form a sucessiva, dois cargos públicos dist int os inacum uláveis no
decorrer de um m esm o ano.
3. Na present e oport unidade, a SGP defende a prevalência do ent endim ent o que vigia
ant eriorm ent e ao Parecer n. 00716/2016/LFL/CGJRH/CONJUR-MP/CGU/AGU (Not as Técnicas n.
42/2015/CGNOR/DENOP/SEGEP/MP, 68/2015/CGNOR/DENOP/SEGEP/MP,
609/2009/COGES/DENOP/SRH/MP e 676/2009/COGES/DENOP/SRH/MP), segundo o qual a base de cálculo
da grat ifi cação nat alina é a rem uneração do m ês de dezem bro, nos t erm os do art . 63 da Lei n.
8.112/1990, independent em ent e do recebim ent o de valores dist int os em out ros m eses do ano devido ao
exercício de out ro cargo.
( i ) Pa g a m e n t o d a g r a t i fi ca çã o n a t a l i n a e m ca so d e v a câ n ci a p o r p o s se e m o u t r o
ca r g o p ú b l i co i n a cu m u l á v e l ( m u d a n ça d e ca r g o s n o d e co r r e r d o a n o )
a) a base de cálculo da grat ifi cação nat alina é a rem uneração do m ês de dezem bro,
sit uação que im port a no reconhecim ent o dos valores recebidos nesse m ês para o seu
cálculo;
19. Ao prever, de m aneira geral, no caput do art igo 63, que a grat ifi cação nat alina
corresponde a 1/12 (um doze avo) da rem uneração a que o servidor fi zer jus no m ês de
dezem bro, por m ês de exercício no respect ivo ano, a Lei nº 8.112/90 im plant ou, em
benefício do servidor que exerceu as suas funções em um m esm o cargo no decorrer do
ano, sist em át ica de pagam ent o que assegura que a m encionada grat ifi cação
cont em ple event uais acréscim os rem unerat órios obt idos at é o m ês de dezem bro, advindos,
por exem plo, de progressões funcionais. Foram disciplinadas, port ant o, as sit uações, t idas
com o ordinárias no serviço público, de ocupação do m esm o cargo durant e t odo o ano.
20. Não pret endeu o legislador, at ravés do art igo 63, da Lei nº 8.112/90, alcançar a
sit uação excepcional de vacância por posse em cargo inacum ulável, at ribuindo ao servidor
que pediu vacância do cargo público que ocupava para exercer suas at ribuições em out ro
cargo inacum ulável o direit o ao recebim ent o da grat ifi cação nat alina de t odo o ano com
base na rem uneração desse novo cargo, apenas em função da sua t it ularização no m ês de
dezem bro. Na referida hipót ese, especial, de vacância por posse em cargo inacum ulável,
m ais coerent e se reput a a incidência do regram ent o previst o no art igo 65 da Lei nº
8.112/90, nos t erm os do qual " o servidor perceberá sua grat ifi cação nat alina,
proporcionalm ent e aos m eses de exercício, calculada sobre a rem uneração do m ês da
exoneração" , int erpret ando-se am pliat ivam ent e o t erm o 'exoneração', de form a a abranger
não apenas a vacância do cargo público decorrent e de exoneração, m as t am bém a
vacância oriunda da posse em out ro cargo inacum ulável com o ant eriorm ent e t it ularizado
pelo servidor.
8. No ent ant o, a m eu ver, o ent endim ent o da SGP adot ado inicialm ent e é o m ais consent âneo
com a disciplina legal da grat ifi cação nat alina. Com o bem salient ou a Not a Técnica n. 13920/2018-MP,
nos casos em que o servidor m uda de cargo público, ocorrendo vacância e posse em out ro cargo
t am bém pert encent e à União, subsist e a m esm a relação jurídica ent re ele e a Adm inist ração Pública, nos
t erm os do Parecer GM n. 013, de 11 de dezem bro de 2000 (vinculant e). Com o consequência, os direit os
personalíssim os do servidor perm anecem incorporados ao seu pat rim ônio jurídico, não havendo razões
para se equiparar t al sit uação de fat o com a exoneração de cargo referida no art . 65 da Lei n.
8.112/1990.
4. É consent ânea com o regim e jurídico est at ut ário a que são jungidos os servidores
públicos federais a asserção de que, a part ir da invest idura no cargo, o servidor adquire
direit os, inclusive est ipendiários, e assum e deveres, nos t erm os da lei. Di-lo Hely Lopes
Meirelles: os - direit os do t it ular do cargo rest ringem -se ao seu exercício, às prerrogat ivas
da função e aos vencim ent os e vant agens decorrent es da invest idura, sem que o servidor
t enha propriedade do lugar que ocupa, vist o que o cargo é inapropriável pelo servidor -
(Direit o Adm inist rat ivo Brasileiro, São Paulo: Ed. Malheiros, 20ª ed, 1995, p. 366). A
cont rário senso, o inst it ut o da exoneração encont ra-se regulado com o fi t o de ext inguir o
vínculo jurídico est abelecido ent re a pessoa nom eada e a em pregadora, cessando os
direit os e deveres pert inent es.
5. Aquisição e ext inção de direit os, via de regra, ocorrem t am bém em qualquer caso de
invest idura e vacância de cargo decorrent e da posse em out ro inacum ulável, ainda que as
últ im as envolvam um a só pessoa jurídica de direit o público, com o no caso da União. Os
direit os oriundos do novo provim ent o são previst os na legislação em vigor na dat a da posse
e o com prom isso do Est ado com o t rabalho pret érit o result a de concessões, de ordem
9. Dessa form a, é aplicável à sit uação ora t rat ada o art . 63 da Lei n. 8.112/1990, que elege a
rem uneração do m ês de dezem bro com o base de cálculo da grat ifi cação nat alina. Nesse part icular, faz-
se necessário dist inguir a base de cálculo da parcela (rem uneração de dezem bro) do seu fat o gerador,
que é o exercício de cargo público durant e o ano, em dezem bro ou em qualquer out ro m ês, desde que
por fração superior a 15 (quinze) dias. Dessa form a, ainda que o fat o gerador do benefício seja o
exercício do cargo durant e o ano, não há, consoant e as disposições legais aplicáveis, necessária
correlação do seu valor com as rem unerações percebidas durant e esse período, m as sim com
a rem uneração a que o servidor fizer jus em dezem bro.
10. Nesse sent ido, há decisão do Suprem o Tribunal Federal que afi rm a o carát er único da
grat ifi cação nat alina, correspondent e à unidade de t em po " ano" . O julgado foi proferido em at enção à
aquisição do direit o pelos servidores no ano da prom ulgação da Const it uição Federal, que est endeu a
eles a parcela ant es rest rit a às relações t rabalhist as. Considerou-se que a prom ulgação da Cart a
som ent e em out ubro de 1988 não ensejaria a proporcionalidade do benefício, em vist a do seu carát er
único. O vot o expressam ent e dest acou a produção de efeit os da grat ifi cação nat alina com relação ao
ano a que se refere, e não a cada m ês de t rabalho (AgRg n. 176194-7 - RJ, rel. Minist ro Marco Aurélio,
d.j. 12.03.1996).
Relat ório
Conform e se depreende da decisão de folhas 61 e 62, m ant ive o provim ent o que im plicara
o t rancam ent o do ext raordinário, afast ando a possibilidade de considerar-se vulnerada a
regra insert a nos art igos 5º , § 1º e 7º , inciso XIII e 39, § 2º , t odos da Cart a Polít ica da
República, ao fundam ent o de que a g r a t i fi ca çã o n a t a l i n a co r r e sp o n d e à u n i d a d e d e
t e m p o a n o , s e n d o q u e o d i r e i t o a ss e g u r a d o a o s se r v i d o r e s p ú b l i co s p e l o s
m e n ci o n a d o s d i sp o si t i v o s t e v e e f i cá ci a i m e d i a t a .
Com a peça de fl s. 64 a 66, insist e-se na proporcionalidade do benefício, porquant o " o
direit o ao décim o-t erceiro se adquire m ês a m ês. A cada m ês se adquire 1/12" (folha 65).
Reafi rm a-se, assim , a alegação de violência aos art igos 5º, § 1º e 39, § 2º , da Const it uição
Vot o
[ ...] Transcrevo, assim , as razões que m e levaram a m ant er o t rancam ent o do
ext raordinário:
A g r a t i fi c a çã o n a t a l i n a , d e n o m i n a d a d é ci m o -t e r ce i r o sa l á r i o , é ú n i ca e
co r r e s p o n d e à u n i d a d e d e t e m p o a n o . Pois bem , a Cart a de 1988 apanhou a relat iva ao
ano em que prom ulgada quando ainda não sat isfeit a. Assim , o direit o assegurado aos
t rabalhadores urbanos e rurais e, em face à rem issão do art igo 39, § 2º , nela cont ido, aos
servidores públicos, t eve efi cácia im ediat a, t al com o, aliás, previst o no § 1º do art igo 5º do
Diplom a Maior. Nem se diga que o parágrafo est á rest rit o aos direit os const ant es do elenco
do art igo em que inserido. Sob a ópt ica de direit os e garant ias, a Cart a de 1988 agasalha
t rês grupos, conform e m encionado por José Afonso da Silva em "Curso de Direit o
Const it ucional Posit ivo" - 10ª edição - Malheiros Edit ores Lt da.: os explícit os, os im plícit os e
os decorrent es de t rat ados int ernacionais em que a República Federat iva do Brasil seja
part e. A incidência im ediat a diz respeit o à Lei Básica com o um t odo, sendo pert inent e,
assim , t am bém , no que concerne ao art igo 7º . Em boa hora, o Colegiado de origem evocou
lição do insuplant ável Délio Maranhão: " A p l i ca d a , p o i s , a o c o n t r a t o e m cu r so , se u s
e f e i t o s h ã o d e se p r o d u zi r, co n se q u e n t e m e n t e , e m r e l a çã o a u n i d a d e e m cu r so a
q u e se r e f e r e " (Direit o do Trabalho, 2ª edição, 1971, páginas 179 e 180). Daí a
procedência, com o regist rado no arest o im pugnado m ediant e o ext raordinário, do que
advert ido pela Procuradoria de Just iça: o criat ivo cálculo, part indo-se o ano de 1989 em
dois períodos, " foi engendrado com o form a de se furt ar ao cum prim ent o da ordem m aior".
[ ...]
11. Assim , deve prevalecer o ent endim ent o de que a b ase de cálculo da grat ifi cação nat alina
consist e na rem uneração do m ês de dezem bro. Em caso de m udança de cargo no decorrer do ano
(vacância por posse em out ro cargo inacum ulável), a grat ifi cação deve ser paga com base na
rem uneração de dezem bro, com put ando t odos os m eses t rabalhados no exercício, inclusive no out ro
cargo, sem cálculo proporcional à rem uneração de cada um dos cargos exercidos.
( i i ) Cá l cu l o d a g r a t i fi ca çã o n a t a l i n a e m ca so d e e x e r cíci o d e su b st i t u i çã o d e ca r g o
e m co m i ssã o o u f u n çã o d e ch e f i a /d i r e çã o
12. O órgão cent ral do SIPEC, ant eriorm ent e ao Parecer n. 00716/2016/LFL/CGJRH/CONJUR-
MP/CGU/AGU, propugnava o ent endim ent o de que o exercício de subst it uição de cargo em com issão ou
função de chefi a som ent e t eria refl exos no cálculo da grat ifi cação nat alina se t al ocorresse no m ês de
dezem bro (Not as n. 609/2009/COGES/DENOP/SRH/MP e 676/2009/COGES/DENOP/ SRH/ MP) . Ao que
parece, o ent endim ent o decorria da orient ação fi rm ada no Ofício-Circular n. 83, de 18 de dezem bro de
2002, que t rat ou do cálculo da grat ifi cação nat alina nos casos de exercício de cargo em com issão (frise-
se que a análise ora realizada será rest rit a aos casos de exercício de subst it uição dos ocupant es de
cargo em com issão, nos t erm os propost os pela Not a Técnica n. 13920/2018-MP, sem adent rar em out ras
sit uações de ocupação de cargo em com issão/ função de chefia).
N o t a n . 6 0 9 /2 0 0 9 /COGES/D EN OP/SRH /M P
6. Quant o ao m érit o, t orna-se im perat ivo inform ar que est a Secret aria de Recursos
Hum anos já se m anifest ou por m eio do Ofício-Circular no 83, de 18 de dezem bro de 2002,
pacifi cando ent endim ent o a ser adot ados pelos dirigent es de Recursos Hum anos que fazem
part e do Sist em a de Pessoal Civil do Governo Federal – SIPEC, na form a colacionada:
“ 3. Grat ifi cação nat alina: A grat ifi cação nat alina, t am bém denom inada 13º (décim o
t erceiro)salário, é um a grat ifi cação salarial paga aos servidores públicos federais,
ut ilizando-se com o base de cálculo a rem uneração referent e ao m ês de dezem bro,
conform e dispõe o art . 63 da Lei nº 8.112, de 1990. Esclareça-se que a expressão “ por m ês
de exercício no respect ivo ano” , ut ilizada no m encionado disposit ivo legal deve ser
ent endida com o sendo o t em po de efet ivo exercício prest ado pelo servidor.
3.1. Dos pagam ent os/indenizações
a) o pagam ent o da grat ifi cação nat alina será efet uado de form a int egral, t om ando-se por
base a rem uneração do m ês de dezem bro, desde que no respect ivo ano t enha havido
efet ivam ent e o exercício em quaisquer cargos e/ou funções públicas;
b) o servidor det ent or de cargo efet ivo nom eado para cargo em com issão no decorrer do
exercício, fará jus ao pagam ent o int egral, no m ês de dezem bro, da grat ifi cação nat alina
calculada com base na rem uneração do m ês de dezem bro;
c) o servidor ocupant e de cargo efet ivo exonerado do cargo em com issão, receberá
indenização de grat ifi cação nat alina proporcionalm ent e aos m eses de exercício, calculada
sobre a rem uneração do m ês em que ocorreu o at o exonerat ório;
d) o servidor ocupant e de cargo efet ivo exonerado de cargo em com issão e nom eado para
out ro de m aior valor rem unerat ório, por exem plo, perceberá indenização de grat ifi cação
nat alina, proporcionalm ent e aos m eses de exercício t om ando por base a rem uneração do
m ês em que ocorreu a exoneração, sem prejuízo do pagam ent o da grat ifi cação nat alina
correspondent e à rem uneração do m ês de dezem bro;
e) o servidor sem vínculo nom eado para cargo em com issão ou equivalent e, fará jus à
grat ifi cação nat alina calculada proporcionalm ent e aos m eses que efet ivam ent e est eve em
7 . Co n cl u i -se p e l a s o r i e n t a çõ e s r e t r o m e n c i o n a d a s , q u e a b a s e d e cá l cu l o d a
g r a t i fi ca çã o e m co m e n t o é a r e m u n e r a çã o d o m ê s d e d e ze m b r o , s i t u a çã o q u e
i m p o r t a n o r e co n h e ci m e n t o d o s v a l o r e s r e ce b i d o s n e sse m ê s p a r a o se u cá l cu l o ,
desde que os at os legais que inst it uíram as vant agens pecuniárias percebidas pelo servidor
não apresent em vedações em cont rário.
N o t a n . 6 7 6 /2 0 0 9 /COGES/D EN OP/SRH /M P
2. Esclarecem os que a g r a t i fi ca çã o n a t a l i n a é a d é ci m a t e r ce i r a r e m u n e r a ç ã o q u e
o se r v i d o r f a z j u s a o fi n a l d e ca d a a n o , t e n d o co m o b a se d e c á l cu l o , a
r e m u n e r a çã o p a g a a o se r v i d o r n o m ê s d e d e ze m b r o d e ca d a e x e r cíci o .
3. Acrescent e-se ainda, que se o servidor est eve no exercício da subst it uição do cargo em
com issão no m ês de dezem bro, a ele caberá o pagam ent o da grat ifi cação nat alina no valor
de sua rem uneração recebida em dezem bro daquele exercício, proporcional ao período de
efet iva subst it uição, no referido m ês. Esse ent endim ent o est á em consonância com o que
est abelece o art . 63 da Lei nº 8.112, de 1990.
2 7 . Tendo-se em vist a que o direit o à grat ifi cação nat alina se adquire m ês a m ês, o
servidor que exerça a subst it uição durant e o ano faz jus à cont agem de dois períodos
dist int os, no exercício da subst it uição e fora dele, t endo direit o ao pagam ent o proporcional
de cada um deles com base na respect iva rem uneração recebida. Assim , ainda que a
subst it uição não t enha ocorrido no m ês de dezem bro, os valores percebidos a t ít ulo de
subst it uição devem ser com put ados no cálculo do décim o t erceiro salário
proporcionalm ent e aos m eses durant e os quais o subst it ut o recebeu a ret ribuição pelo
exercício do cargo em com issão ou função de direção ou chefia.
14. Observa-se que esse ent endim ent o já havia sido defendido por est a Consult oria Jurídica por
m eio do Parecer n. 1269-3.10/2014/TLC/CONJUR/MP-CGU/AGU (anexo).
b) Caso posit ivo, o ent endim ent o supra poderá ser aplicado nos casos de subst it uição?
Caso negat ivo, qual o ent endim ent o acert ado na hipót ese de subst it uição?
9. De acordo com que dispõe o art . 38, parágrafo 1º da Lei n. 8.112/90, o " subst it ut o
assum irá e cum ulat ivam ent e, sem prejuízo do cargo que ocupa, o exercício do cargo ou
função de direção ou chefi a e os de Nat ureza Especial, nos afast am ent os, im pedim ent os
legais ou regulam ent ares do t it ular e na vacância do cargo, hipót eses em que deverá opt ar
pela rem uneração de um deles durant e o respect ivo período" .
10. Assim , ent ende-se que o m esm o raciocínio declinado no it em ant erior deve ser aplicado
aos casos de subst it uição, calculando-se a grat ifi cação nat alina de form a proporcional aos
m eses de efet ivo exercício em que se deram a subst it uição, haja vist a que o valor da
grat ifi cação nat alina deve refl et ir o padrão rem unerat ório percebido pelo servidor durant e
o ano.
11. De acordo com a SEGEP/MP, a ext int a SRH, por int erm édio da Not a Técnica n.
609/2009/COGES/DENOP/SRH/MP, de 26 de novem bro de 2009, " m anifest ou-se no sent ido
de que os valores percebidos a t ít ulo de subst it uição dos ocupant es de cargo em com issão
ou função de direção ou chefi a som ent e podem ser vir para base de cálculo da grat ifi cação
nat alina, desde que a subst it uição t enha ocorrido no m ês de dezem bro" .
12. A int erpret ação, cont udo, além de não se m ost rar razoável, viola o princípio da
isonom ia, um a vez que garant e t rat am ent o rem unerat ório desigual a sit uações de t rabalho
idênt icas, sendo ilógico conferir o pagam ent o da grat ifi cação apenas aos servidores que
exerceram a subst it uição no m ês de dezem bro.
16. Dessa m aneira, deve prevalecer o ent endim ent o de que o exercício de subst it uição de
cargo em com issão/ função de chefi a ou direção som ent e repercut e na grat ifi cação nat alina se ele
houver ocorrido no m ês de dezem bro, um a vez que a parcela considera com o base de cálculo som ent e a
rem uneração a que o servidor fizer jus nesse m ês.
( i i i ) Co n cl u sã o
17. Ant e o expost o, est a Consult oria Jurídica m anifest a concordância com a Not a Técnica n.
13920/2018-MP, para fi rm ar o ent endim ent o de que a base de cálculo da grat ifi cação nat alina consist e
na rem uneração a que o servidor fizer jus no m ês de dezem bro, de m aneira que:
(i) em caso de m udança de cargo no decorrer do ano (vacância por posse em out ro cargo
inacum ulável), a grat ifi cação deve ser paga com base na rem uneração de dezem bro, com put ando t odos
os m eses t rabalhados no exercício, inclusive no out ro cargo, sem cálculo proporcional à rem uneração de
cada um dos cargos exercidos; e
(ii) o exercício de subst it uição de cargo em com issão/ função de chefi a ou direção som ent e
repercut e no valor da grat ificação nat alina se ele houver ocorrido no m ês de dezem bro.
19. Recom enda-se o envio dest e Parecer à SGP/MP, em respost a à Not a Técnica n. 13920/2018-
MP.
À consideração superior.
Brasília, 14 de agost o de 2018.
Docum ent o assinado elet ronicam ent e por SHARON ZIMMERMANN DAVIES, de acordo com os norm at ivos
legais aplicáveis. A conferência da aut ent icidade do docum ent o est á disponível com o código
158261510 no endereço elet rônico ht t p://sapiens.agu.gov.br. Inform ações adicionais: Signat ário (a):
SHARON ZIMMERMANN DAVIES. Dat a e Hora: 16-08-2018 17:00. Núm ero de Série: 13629615. Em issor:
Aut oridade Cert ificadora SERPRORFBv4.
N UP: 0 5 2 1 0 .0 0 5 7 2 0 /2 0 1 8 -4 7
IN TERESSA D OS: Se cr e t a r i a d e Ge st ã o d e Pe sso a s - SGP/M P
A SSUN TOS: Cá l cu l o d a g r a t i f i ca çã o n a t a l i n a e m ca so d e m u d a n ça d e ca r g o s n o d e co r r e r d o
a n o ( v a câ n ci a e p o s se e m o u t r o ca r g o p ú b l i co i n a cu m u l á v e l ) e e x e r cíci o d e su b st i t u i çã o d e
ca r g o e m co m i ssã o / f u n çã o d e d i r e çã o o u ch e f i a .
Docum ent o assinado elet ronicam ent e por JULIANA CORBACHO NEVES DOS SANTOS, de acordo com os
norm at ivos legais aplicáveis. A conferência da aut ent icidade do docum ent o est á disponível com o
código 160092551 no endereço elet rônico ht t p://sapiens.agu.gov.br. Inform ações adicionais: Signat ário
(a): JULIANA CORBACHO NEVES DOS SANTOS. Dat a e Hora: 16-08-2018 17:34. Núm ero de Série:
17133255. Em issor: Aut oridade Cert ificadora SERPRORFBv5.
N UP: 0 5 2 1 0 .0 0 5 7 2 0 /2 0 1 8 -4 7
IN TERESSA D OS: M IN ISTÉRIO D O PLA N EJA M EN TO, D ESEN V OLV IM EN TO E GESTÃ O
A SSUN TOS: GRA TIFICA ÇÃ O
Docum ent o assinado elet ronicam ent e por VANIA LUCIA RIBEIRO VIEIRA, de acordo com os norm at ivos
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VANIA LUCIA RIBEIRO VIEIRA. Dat a e Hora: 17-08-2018 11:30. Núm ero de Série: 13424160. Em issor:
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