Titulo

Tituio do original em inglés

SPIRITUAL LEADERSH
SPIRITUAL LEADERS IP
HIP
Copyright © 1967, 1980 por
The Moody Bible Institute of Chicago

Tradugfi’o
Tradugé ‘o de Oswaldo Ramos
I? edigaTo brasfleira
Hedigio brasileira em maio de 1985
2‘? edigfio
ediga'o brasileira em janeiro 1987 -‘ _,,
Impresso pela Imprensa da Fé, Sé'oSEO Paulo, SP‘ 13‘
13'
Publicado no Brasil com a devida autorizag
autorizagé'o
ao
e com todos os direitos reservado
reservadoss pela 7 ‘ '
ASSOCIACAO RELIGIOSA EDITORA MUNDO CRISTAO
Caixa Postal 21257
21. 257, 04698— Sao Paulo, SP '
 '11.
8.
s Essenciais 3 Lideranga — 1
Qu'alidade
J

E necessdn'o, portanro, que o bispo seja irrepreensivel, esposo

de um: 36 mulher, temperante, Sébrz'o, modesto, hospitaleiro,
apto para ensinar; n50 dado ao vinho, r150 violem‘o, pare'm,
cordato, inimigo de contendas, né‘o avarento; e que governe
bem a sua pro‘pria case, criando'os filhos sob disciplina, com
todo respeito; (pots se alguém n50 sabe governar a prépria
casa, coma cuidam’ da igreja de Deus .7); mfo seja neéfito, para
m‘z‘o suceder que se ensoberbega‘ e incomz ml condenaga‘o do
diabo. Pelo contra’rib, é necessa’n'o que ele tenha bom teste-
munho dos de fora, a fim de na‘o cair no oprrjbn'o e no [ago
do diabo.
l TIMOTEO 3 :2-7

Qua11do Jesus estava prepaxando Seus discipulos p313 suas tarefas )

futuras demonstrou um método de treinainento excelenteLElf. os _ensippué.
tantQ _com 11965.3 301110 11910 example. Seu _ensino era mais prance que 1
£01111_3_1_I_E1é prowdenmava retiros para ensinamentos e3péc1'313 mas em \_v

geral, os caracteres dos discfpulos foram forjados nas estradas da vida ao

.jnvés de no isolamento. As experléncias do dia 3 dia dos disc1pulos cons.
titufam oportunidades para inculcax princfpios e valores espirituais
Ele empregava o método de rgsidfincia (como, por exemplo, Lo. 10:
17-24), que permlt que 151133 aprendessem 131119 atrayeswdegsellsmezms
quapto de se'us suc ssos (Mc.9: 14-29). Aprendia111.3 exercen a. fé. para-
suas necessfii’i‘“ finasr Ele lhes delegava autorid3de e responsablhdade a
medifigi 5193113111“ sendo capaze_s d_e assum1-las 0 discurso maxavilhoso de
.1030 13 16 tem 31516 cliamadé? de discurso de formatura dos disc1pulos.
Nao ha nada melhor para fazermos do que seguir o exemplo do Mestre
SuPIemp, 0 example mziximo de lideranga espixitual.
 44 Lideranga Espirimal

A0 preparar urn homem para a lideranga, Deus sempre tern em vista a

esfera de servigos para os quais Ele Se propfie a chama—lo. Ele é capaz,
portanto, de adaptar meios aos fins, e clotar esse homem com dons natu-
rals e graga de tal forma que ele estara muito berm equipado para cumprir
suas obrigagfies vocacionais.,Sem o soberbo equipamento e o treinamento
singular que recebeu, Paulo nunca teria 'colhido os inacreditéveis resultados
obtldos numa vida ta'o cprta.
Deus preparbu Adoniram Judson para ser pioneiro em Burma, conce—
dendo-lhe as qualidades apropriadas: autoconfianga temperada com
humildade, energia refreada pela prudéncia, paciéncia, desprendimento,
coragem, e paixao pelas almas. _
Martinho Lutero, o grands Reformador, foi descrito como um homem
de facil acesso: totalmente destitur’do de vaidade, tfio simples em seus
gostos que as pessoas ficavam imaginando corno poderia ele sustentar-se
com tao pouco, cheio de bom senso, de humor brincalhao, e alegria,
honesto, transparente como 0 dia, e sincero. Adicione-se a tudo isto sua,
coragem indémita, convicgio inflevel e paixao por Cristo. N50 é ,de
admirar-se que ele tenha amarrado homens a si mesmo, com cordas de ago.
0 professor G. Warneck descreveu Hudson Taylor em termos que
indicam a maneira adequada como Deus o havia qualificado ara sgu
trabalho de pioneiro na 011111m e do Espfrit\
Wiramerfté‘éfifiéfigfié' a Deus e a sua vocagfio, de grande autotx
negaga'o, compaixao sincera, raro poder de oraga‘o, maravilhosa capacidade E
de organizagao, perseveranga infatigavel, extraordinérla irifluéncia sobre"
as pessoas e,- além do mai§J_d§_1gn_a_sjmplj§i_Qa_de quase infantil.”
m to as essTTasos, os homens forfififii‘d’ég de dons que os
equiparam de forma singular para as tarefas especiais para as quais seriam
chamados. Contudo, aquilo que os ergueu acima de seus companheiros
, foi a maneira extraordinaria como desenvolveram estes dons e gragas.
através da devogao e da autodisciplina.
Consideraremos. a seguir, as qualidades gerais necessérias para trans-
formar um homem num lider espiritual, e que devem ser continuamente
desenvolvidas pelo lider.

DISCIPLINA

Tem sido dito, acertadamente, que 0 future pertenoe a0 disciplinado.

‘Esta qualidade foi colocadaem primeiro lugar, em nossa lista, porque as
demais qualidades, por grandiosas que sejam, sem a disciplina jamais
realizara'o seu potencial maximo. 86 a pessoa disciplinada subira até os
mais altos poderes. Ela é capaz de liderar porque conseguiu conquistar-se
a si mesma. -
Qualidades Essenciais & Lideranpa — J _ 45

. As palavras discz'pulo e discipline derivam da mesma raizre’dermé

a pessoa que, primeiramente ,se submeteu defibga vontadghgaprendeu a
05“ 03?; SfigEIEiQMudiscipfinajmppfi de fea‘guaamjgguisla,
irnpos 'a,§i.mesmarddend§gtro, uma disciplina ,aingfimais rig'orosa. AqueleS'
qn'e’EéFrebeIam contra a autoridade e mofam da autodisciplina raramente
se qualificam para uma lideranga de primeira o'rdem. Eles evitam os rigores
e sacrificios exigidos, e rejeitam a disciplina divina envolvida na lideranga.
Muitos que abandonam o trabalho missionario o fazem nao porque n50
13311211531110 suficientemente doradofdféfignghnflupggq‘mandes a‘reas
de—-suas“vida§m fi—fiifgfififigqfio‘smao controle do Espirito $31132.
"'O‘pr'egmgoso e o defioagayzégaaraaa-satar_a9..agrazing“?Werdadelrt
lidé‘faficff‘ww “W“
(W‘Muitos que tomam cursos de lideranga, na esperanga de atingi-la,
falham porque nunca aprenderam a obedeceg 850 some meninos brin-
cando de guerra na ma. Quando um transeunte perguntou—lhes porque
estavam ta'o quietos, n50 fazendo coisa alguma, um garoto replicou:
“Somos todos generajs. N50 conseguirnos convencer ninguém a lutar.”
0 Dr. Donald Bamhouse chamou a atengfio para o extraordinario
fato de que a média das idades dos quarenta mi] biografados no Who’s
Who* — os‘ quarenta mi] que realmente gonduzem os Estados Unidos, era
de menos de vinte e ,oito anos. Isto salienta o importante fato de que a
disciplina bem cedo na Vida de quem esteja preparado para fazer sacrifi-
cios, a fim de obter prepare adequado para a tarefa vital, é aquilo que
pavimenta a estrada das grandes realizagoes.
Um grande estadista fez um discurso que-mudou a direga‘o dos assun-
tos nacionais. “Posso perguntar-Ihe quanto tempo 0 senhor levou para
preparar esse discurso'?” Perguntou-lhe um admirador.
“Minha Vida toda tem sido um preparative para aquilo que eu disse
hoja”, replico‘u o homem. ,
?‘0 jovem que tern calibre de lfder trabalha enquanto os outros perdem
tempo, estuda enquanto os outros dormem, ora enquanto os outros
briucamfNao ha lugar para habitos desleixados quanta a pensamentos,
palavras, agoes ou mesmo vestuairio. Ele observara uma disciplina militar
na dicta e no comportamento, de maneira a poder lutar hem. Elie assumiré,
sem'relutancia, a tarefa desagradzivel que os outros evitam, on a obn'gagé‘o
oculta, de que as pessoas fogem porque nfi’o ha nela aplausos nem reconhe-
cim'entokO lider cheio do Espir'ito nao recuara diante do situagoes difr’ceis,
nem de pessoas problgrnitroafifinern rng ”do, servrgo sujo. Quando
fia‘sfirfoffejfifififipn _,.__pj1ma oxide Ymfiéjqumdm os
mteréSSéé'aa 013, 53‘. $1.53!. ,r .fliaqaczuglremu. uaagalaazuemaamagm

*- .Publicaofio americana que traz os dados biogrzificos dos profissionais mais famo-
‘sos, em tpdas as areas do atividade humana, nos Estados Unidos. N. do T.
46 Lida‘anga Espifinwl

remessa daquela carta difi'cil Seu_ 9e_sto de papéis infiteis nao data indica-
We seUTaI ‘Cassoma’resolugao de problemas urgentes. Sua oragao sera:

Deus, endurece-me contra mim mesmo,

Esse covarde, com voz patética,
que anseia pelo descanso, pelo prazer,
pela sombra e agua fresca.
Eu mesmo: arquitrajdor de mim mesmo,
0 mais oco dos meus amigos,
. Meu pior inimigo,‘ o mais mortffero,
Meu obstéculo em qualquer estrada.
AMY WILSON CARMICHAEL

Poucos homens forarn mais fiéis e corajosos, em ama: a repreensé‘o, on em

falar francamente as pessoas, quando elas precisavam disso, on a obra do
Senhor o exigia, do que Fred Mitchell, diretor inglés da Missao Continental
Chinesa, e presidents da Convenga'o Inglesa Keswick. Embora incomu- '
mente sensivel e afetuoso, p01 natureza, ele nae evitava a entrevista
desagradével. Quando tinha algo duro para' dizer, ale 0 fazia em espirito
de 013930, e com amor, embora nem todos fossem capazes de aceitar a
admoestagao com o mesmo espirito. Ele nos oonfiou que sofrera muito
quando, em alguns cases, sua fidelidade havia resultado na perda de
amigos.
Ao aproximar-se do fim da Vida, um amigo observou que “ele mudou
bastante. Embora nao evitasse uma tarefa desagtadavel, mas necessaria, ele
gastava mais tempo em oragao, antes de executa-la”. Freqiientemente,
quando devia lidar com assunto que envolvia disciplina, ou precisava cortar
as pretensfies dos outros,e1e escrevia uma carta e a guardava durante
varios dias. Enta'o, as vezes, ao 1616-1a, obtinha certeza maior de que deveria
env1a1a e a punha no oorreio Outras vezes, a carta era rasgada e ele.
escrevia outta.
0 Dr. Thomas Cochrane, fundador do Movimento para Dominic do
Mundo, estava sendo entrevistado para ir ao campo missionario. Quando
lhe perguntaram: “Para que trabalho no' campo o senhor se sente chamado
de modo especial? Ele respondeu: “so sei que eu gostaria que fosse o
trabalho mais duro que o senhor pudesse oferecer-me”. Esta é a resposta
de um homem fortemente disciplinado.
Lytton Strachey escreveu o seguinte, a respeito de Florence Nightin-
gale:

Nao foi pela sua dogura gentil e auto-abnegagao feminina que ela'
censeguiu transformar, em ordem, o caos dos Hospitais Scutari;
que ela, com seus préprios recursos, vestiu o Exército Britfinico;
dominou os poderes cerrados e relutantes- do mundo oficial; foi
Qualidades Essenciais d Lideranga — I ‘ 47

através de método estrito, através de rigida disciplina, de cuidadosa

atengao aos detalhes, deltrabaiho incessante. por inamovel deter-
minagfio de uma vontade indomavel. Po: baixo de uma aparéncia
calma, chamas apaixonadas e irresistiveis mantinham-se escondidas.

Samuel Chadwick, o grands pregador nietodista, e diretor do Colégio

Cliff, produziu grande impacto sobre sua geragao. Ele se disciplinava
com grande rigor ievantando-se as seis da manhaT para tomar um 13t
frio fosse vera'o ou fosse _i_nvamo. Acostumou-se com pouco sono. As
luzes em seu escritorio raramente se apagavam antes das duas horas da
madrugada. Este rigoroso programa era apenas a expressao externa de uma
diSCiplina interna.
Durante toda sua Vida, George Whitefield foi um madrugador: usual-
mente levantava-se as quatro horas. Era pontual, também, quanto a hora
de recolher-se, a noite. Quando o relégio batia dez horas, n50 importava
quem fossem seus Visitantes, ou que tipo de conversa 05 entretinha no
momento; ele se levantava de sua cadeira e, avangando para a porta, dizia
com muito bom humor a seus amigos: “Venham, senhores, é hora das
pessoas boas estarem em casa.” 7 '
Barclay Buxton, do Jap'a’o, costumava incentivar os crentes a viverem
vidas disciplinadas, tanto nos negocios como no trabalho evange-
listico. Isto incluia disciplina no estudo da Biblia e mi oragao, no
dizimo de seu dinheiro e no de seu tempo, e na manutenoao da safide
através da alimentaga'o sadia, do 50110 e do exercicio.rlnclu1'ao rigor
de um companheirismo discipiinado entre cristaos, diferentes entre
si de varias maneiras. Esta disciplina objetivava equipé—los para supor-
tar 'responsabilidades. Em seguida, ele os incentivava a assumir cargos
em comissfies,. e a cumprir com suas obrigaooes exe‘rcendo perfeita
logica e discernimento na execugaio do trabalho. Tudo isto refletia a
disciplina do sua Vida. Sua motivaga‘o das pessoas veio através da
experiéncia.

Estes trechos de biografia servem apenas para ilustrario fato de que:

~ As imensurfiveis alturas atingidas

Pelos grandes homens 1150 form
Atingidas por um v00 repentino.
Enquanto seus companheiros dormiam
Esses homerrs trabalhavam duramente.
AUTOR DESCONHECIDO

Visto Que o lider mesmo é tao fortemente disc1pl1nado 9s outros

sentem listo, e ficam inusitadamente dispostos a co perar com a disciplina
que ele espera tiE todos "m“ "M“ " “ ” “W
 48 ' { deranpa Espmtual}

Hi outro elemento pouco enfatizado, na disciplina, que merece

atengifo. E a disposigfio tanto para receber Como para' dar aos outros.
Alguns deleitam-se em sacrificaI-se pelos outros, sem, oontudo, permitir
_que haja tetribuigfio. Nfi'o querem, absolutamentes dever algo a alguém.
Entretanto, esta é uma poderosa maneira de exercer lideranga'eficiente.
, Quem a negligencia rouba a si mesmo e 303 outros.
Diz-se do bispo Westcott que, no fun de sua Vida, ele terla dito que
havia oometido um grande erro: Embora estivesse sempre disposto a
ajudar os outros até o limite de sua capacidade jamais havia permitido
' que alguém fizesse alga por ele e, dome resultado,fa1tava-1he um elemento
dc dogma e safisfagao. Ele n50 havia permitido a si mesmo a disciplina de
receber muitos ates de bondade os quais nao poderiam, agora ser retri-
bufdos.

VIsAo

aqueles que mais poderosa e permanentemente influenciaram sua

geragfio tém side “videntes” — homens que viram mais, e mais longe, do
que os demais — homens de fé, visto que fé é visfio. Isto foi verdadeiro
quanto aos profetas ou videntes" dos tempos do Velho Testamento. De
Moises, um dos grandes lide'res de todos os tempos, a bIia diz que
“permaneoeu firme como quem vé aquele que é invisfvel.” Sua fé comu-
nicava visio. '
' Powhattan James, em sua biografia de George W. Truett, o grande .
h’der batista, diz o seguinte:

‘0 homem de Deus deve ter visd‘o de coisas espifituais. Deve sex capaz
de ver as montanhas cheias de cavalos e carruagens de fogo; Cleve set
capaz de interpretar aquilo que estai escrito pelo dedo de Deus nas
paredes da consciéncia; deve ser capaz de traduzir os sinais dos tempos
em termos de seu significado espiritual; deve ser capaz de descenar, de
vez em quando, as mgtinas do 111m material a fim de permitir que
os mortais vislumbrem a gloxia espiritual que coroa o trono da miseri-
cérdia de Deus. 0 homem de Deus deve proclamar o padré’o que
lhe foi mostS/ado no monte, e a visfio que lhe foi ‘mOstrada na ilha da
revelagi'o. Ele nao conseguiré fazer nada disto sem que tenha
visao espiritual 7

Esta era uma caracten’stica de Charles Cowman, fundador da Socie-

dade Missionéria Oriental. “Era um homem de visio. Durante toda sua
Vida. ele‘parecia ver o que a multidio n50 conseguia ver; e via com major
largueza e major profundidade do que muitos de seus dias. Foi um homem
de grandes horizontes.” ,
Qualidades Essenciais a‘ Lideranga — J 49

A A visao inclui a previsé‘o (visa'o de coisas e P9§§0§$)_a,,_§-fl§§£jflf€ma

(visfio‘de‘si'rnesmo); i‘s'tqo‘ é, di‘sceffiir‘fiéfi'téfié‘i‘ato's‘ ao redor de. si, e dentro
de‘si;~ Comenta—se douPresideiitéMEKifiléfifié‘El?era um grande estadista
fibrque ‘possuiaa faculdade die aplicar o ouvido ao cha‘o e ouvir as coisas
que estavam vindo. E urna figura de linguagem diferente, que comunica a
mesma idéia. Ele transformou 'sua‘ a“fi§£°.§£¥lfll§@r Sabia' ver o que
estava a frentemmgrffisao dos resultados_ dag regras _ou
'.£?§§9"w’
afifiififlfi'ipf‘1i.’d_...5fha'fi§§deg V M”
-
par'i‘a frentel para ver (35: figug‘wrnaneira as
apefiafs' asfgeragdes presentesemastamliéinis,{mums 3"?“
Os grandes pioneiros missionaries foram, sem exceefio, homens de
visa'orCarey olhava‘o mundo todo, nomapa, enquanto Seus companheiros,
tambe‘m pregadores, estavam preocupados com suas pequenas igrejas.
Henry Martyn viu a India, a Persia e a Arabia — uma visa‘o do mundo
mfigulmano '~ enquarfto a igreja, em sua terra natal, se engalfinhava em
disputasteologicas. Os contemporfineos de AJB.‘ Simpson disseram dele:
“Parecia que o trabalho ‘de sua Vida era 'seguir a frente, sozinho, porque
seus colegas n50 viam nada a explorar.” '
Falando a Douglas Thornton, do Egito, 0 Sr. Baylis, seu supervisor
no campo missionério, comentou o seguinte: “Thornton, vocé é diferente
de todo o mundo que eu conhego. Vocé esté'sempre olhando para o fim
das coisas. A major-la das pessoas, inclusive eu, acha melhor olhar 0 pro-
ximo paSSo, fazer a coisa seguinte.” A resposta de Thornton foi: “Descobri
que a inspiragfio constants que se obtém a0 olhar para o alvo é a forga
principal que me ajuda a perseverar.” Era-1he absolutamente necessario
que tivesse um ideal, ou uma visfio. Ele nfio poderia trabalhar sem isto.
Isto explicava, entfio, a largueza de suas idéias e a magnitude de seu
trabalho.
Foi dito o seguinte, a respeito da contribuigio de Thornton para o
Movirnento Voluntario de Estudantes: “Eie foi 0 major profeta do Movi~
mento de Estudantes. Perscrutava 0 future e depois tragava seus pianos.”
Era tipico de sua visa‘o global escrever aos lideres de sua sociedade nestes
termos: “Estive na Imprensa Americana, em Beirute, 6 vi 121 o resultado
do demoradfssimo estudo dos sete eruditos érabes. Digo-lhes que é uma
gota d’agua no oceano. Precisamos de um hinario em arabe, uma coletanea
completa de obras teologicas, e uma batelada de folhetos» sobre contro-
vérsias.”
Olhos que olham sfio comuns. Sa'o raros os olhos que véem. Os fariseus“
olhamm para Pedro ‘e viram apenas um pobre pescador. iletrado, total-
mente insignificante, indigno de Uma segunda olhada. Jesus olhou para
Pedro e descobriu o profeta e pregador, o santo e o 11'der de um grupo
singular dc homens, que viraram o mundo de pernas para 0 ar.
A Visfio inclui o on‘mismo e a espemnga. Iamais um pessimista tornou-
se IEEI. O pessimista vé uma dificuldade em cada Oportunidade. 9
~-———.'_._____ f
 50 . Lidertznga Espin'mal

otimista vé uma oportumdade em cada dificuldade O pessimista, sempre

véndo dificuldades antes das possibilidades, tende a refrear o homem de
visao que de_seja deslanchar 0 homem prudente tem seu papel a ser
desempenhado a0 ajudar seu h’der a sex otimista e ao mesmo tempo, .
realista. Deve ele, contudo, estar alerta, a fun de que sua prudéncia nata, e
agora desenvolvida, n50 apare as asas do homem a quem Deus deseja que
voe alto. O homem cuidadoso e prudente retira ligfies valiosas da histéria
e da tradiga'o, mas cone 0 perigo de ficar acorrentado a0 passa_do. 0
homem que v5 dificuldades ta‘o claramente que na'o consegue discernir'
as possibilidades. esta incapacitado para inspirar seus liderados.
Browning assim descreve o otimista corajoso:

E alguém que jamais desiste,

Mas continua marchando de peito abertd
Nunca duvidando que as nuvens negras se dispersarfi'o.
Nunca'admitindo, embora a justiga
Posse vilipendiada, ,
Que 0 mal haveria de trianfar.

A visio comunica espfrito de aventura, e a histéria estzi a0 lado.

daqueles que possuem fé e esp1'n'to de aventura. 0 homem de visa’o esta
disposto a dar novos passos, pela fé,_quando, aparentemente la embaixo
56 ha vacuo. 0 verdadeiro 11'der n50 age apenas 11a seguranga, mas esta
disposto a correr um 115cc calculadO. Dizia—se do arcebispo Mowll, de
Sydney:

Uma das marcas de sua grandeza é que ele jamais esteve atras de sua
geraga‘o, nem demasiado na frente. Estava sempre na frente, suficien—
temente avangado para poder liderar a. marcha. Procurava sempre
captar a visao de novos horizontes. Ainda tinha mente receptiva para '
novas ide’ias numa idade quando muitos estao incIinados a deixar
que os eventos acontegam Iivremente

Embora devamos valorizar o passado, e 910011121: tirar proveito dele,

n50 'deven’amos considera-Io tao sagrado a ponto de sacrificar o futuro
por amor a0 passado. O homem de visfio olha para 0 future, a0 det'erminar
‘ as regras do presente.

Sozinha, a visfio faz um visionario.

A sabedon’a, 56, faz um pedante.
Mas a combinagao de ambas é irresistfvel.
Visa‘o sem tarefa produz um visionario.
Tarefa sem visao é enfado.
Visa'o com tarefa produz um missionario.
 lidaa’es Essencz'ais é Lideranga — I 51

SABEDORIA

“Sabedoria: conhecimento da verdade instrugfa‘o imensa. razfio;

justo conhecimento, natural ou adquirido, das verdades (momente mo-
Iais); saber doutrina, ciéncia; totalidade dos conhecimentos adquiridos..
(_Ca1da__s _Aulete). Webster define sabedoria como “a faculdade de fazer-se
1130 do conhecimento, uma combinagao de discernimento, julgamento
sagacidade e poderes semelhantes. .. nas Escrituras o julgamento justo
concernente a verdade moral e espiritual”.
Sabedoria é mais que conhecimento, o qual é simples acfimulo dem
fatomab‘edona‘fdnm‘fié‘soal ungflib’fio em sagacidade.
"E“ifiais do qUé”'p‘ercep§:ao_hu ana: é difemunent" oélésfial F conheci-
mentomcomwenetra'éio fio cora‘g’ao das coisas — isto é conhecimento das
coisas como sfio realmente. Envolve o conhecimento de Deus e dos
labirintos do coragfio humane. E muito mais que simples conhecimento; é
a aplicagé‘o correta do conhecimento, em assuntos morais e espirituais, a0
enfrentar situagfies COnfusas, na complexidade das relaooes humanas.
Dizia Theodore Roosevelt que “sabedoria é noventa por cento uma ques-
ta'o de ser szibio a tempo”. A maioria das pessoas é “quase sempre sfibia
depois do evento.” '
(I) A sabedoria dd :19 l1’der o equilfb'rio neoessario, e o livra da excentri¥
c1 adé e da extravagancxa. O conhecimento e obtido pEI'o estudo, mas
quando o msgirito enche 11m E115 concede sabedoIia gggmusai're
aplicaf es nheoimedm do maneua conega “Cheio de.,sahedonalia
um dos rq_1tos_ ale” mesmo pal-11 lideres subordmados na igreja_ geosta-
« 11ca;(A1. 6. 3)” ‘ '

Conhe‘cimento e sabedoria longe de serem UM,

Freqfientemente nao tém ligagao entre si
\ O conhecimento habita cabegas cheias
_,.de pensamentos de outros homens.
A sabedoria mora em mentes atentas
A seus préprios pensamentos.
O conhecimento orgulha-se de ter aprendido 131110;
b A sabedoria é humilde: sabe que pouco sabe.
AUTOR DESCONHECIDO

O lugar da sabedoria na lideranga foi indieado na deciaragfio de

D. E. Hoste: ,, -

Quando um homem, em virtude de sua. posigfio oficial, exige obe-

diéncia dos outros, sem Iespeito 2‘1 razfio e consciéncia destes‘, demons-
tra o espi’rito da'tirania. Quando, por outro lado, pelo exercfcio do
1310 .e da simpatia,’pela oragz'io, pelo poder espiritual, e pela sadia
 52 Lidemngq Espin’tl

sabedoria, a pessoa é capaz de influenciar e iluminar aos outros, de

ta] modo que estes, através de sua prépria razio e consciéncia, sao
levados a alterar a direga’o de suas vidas, e adotar outro caminho, isto
é prova de verdadeira lideranga espiritual:

, A oragé’o de Paulo pelos crentes de Colossos deveria estar constante-

mente nos labios dos lideres que detém responsabilidades eSpir-ituais:
“Que transbordeis de pleno conhecimento da sua vontade, em, toda 'a
sabedoria e entendimento espirz'nml.” (C1. 1:9 gn'fo do autor).

DECISAO
Quando todos os fatos sfio conhecidos, o verdadeiro Ifder surge com
sua mareahcaraefrerfstiea: a decisao firme emfigenffiue pBEsm
'v‘fsé'fd’deve—faier alga a :ésfigigé’j"delaj”fiatg ‘ _npar§§11um'visio- v
nério ‘e'm‘vezde‘lfd‘é‘fi‘ NeléEfiWmmiusfio,
afiegfiggfii‘lgjmsgadamem,premissasmsfilidas‘.._LQ1j§LM9Jln£fl_§Iy ‘inclui
o poder de decisfio firme entre seus sete ingredientes da liderahga mflitar.
Assim_q_1;§_=9_b’.de1;.espir—itgualgoWofltfifififfifleuDFus,
eWflAwagaoflimediata, 31:30 importando asrg‘gnsegfiéncrias. AU
perseguir....sausideais, ele teré coragem suficiente para qfieimaflééfidntes
air-as de 31. Egg;gs;a;dism1gmcei£aya:to¢aflié§fi6fi§fi§flifiifié pelo
fracasso ogmpelo‘sucesso decorrente ‘ifi’sfli5139339)aeggfiompa
"'”<’1'u€fao ‘ritfii‘i fidfi‘é‘rfiéfifiévslgsflde um subordinado‘.
"M'Abrafio deméflsEBh' ser homem ‘dé‘flé‘dfiio ciara e rapida, quando
enfrentou a crise da captura de Sodoma, e de seu sobrinho L6. Em seu
relacionamento com Lé, Abrafio manifestou 0s lados ativo e passivo de
sua espirituah'dade. Ao abn‘r mic altruisticamente de seus direitos a
escolha das terras de pastagens, Abraio demonstrou a graga passiva da
piedade. Contudo, ao ter de enfrentar a crise, ele demonstrou decisfio e
iniciativa imediatas. Com grande bravura ele perseguiu sens inimigos,
dispondo de um bando de servos armados, terrivelmente inferior em
nfimero, e inspirado por sua fé em Deus, conquistou retumbante vitéria
sobre sens inimigos. '
Moisés qualificou-se para tornar—se lider de Israel somente quando,
apés avaliar o custo, tomou a importante decisio de abandonar os tesourbs
e prazeres do Egito, e identificar-se com Israel em suas afliéb‘es e sofri—
mentos. Foi a fé que o levou a tomar uma decisé‘o de tfio longo alcance
(Heb. 11:24-27).
.E significativo que a_ primeira pergunta de Paulo, apés sua conversfio,
foi uma pergunta—chave e refletia esta qualidade: “Que farei, Senhor?”
(At; 22:10). No momento em que ele se convenceu da divindade de
Cristo, ele tomou a decisio de prestar—Lhe obediéncia inquestjonével.
Ele recebia luz e a seguia; Via sua obrigagfio e a cumpria. '
 Qualidades Essenciais d Lideranga — I 53

Cada um dos heréis imortalizados em Hebreus 11‘ era uma pessoa de

visao e de decisao. Primeiro, tinham a visio. Em seguida calculavam o
Gusto, tomavamsuas decisoes e agiam de acordo. O mesmo se pode dizer
dos grandes h’deres missionaries. Carey teve ‘sua visa‘o em'Kettering, e .
tomou sua decisao a luz da mesma, embora'as dificuldades para'transfor-
mar. sua visé’o em realidade atingiss'em dimensfies gigantescas. Ele realizou
sua fisao na‘indria. David Livingstone teve sua visao em Dumbarton,
’ tomou' sua decisfio, venceu todos os‘ obstéculos. e prosseguiu firme, reali—
zando-a 11a Africa. As circunstfincias na‘o podem frustraI tais homens,
nem as dificuldades deté-los.
O verdadeiro lider resistira a tentagfio de adiar uma tomada‘ge deci-
sfio, e 1150 vacilara mais, uma've‘z que: fénh '"dfijgnydfifi’dfieyapgar
sfio-vfatfiffiWflfiififfffilfii, mas sincera,'_eflngelho_r do Que
'
nenhufna'fl s’é‘o."NaVefdade‘EZ‘fnenljgr‘na Ideas-50” thinbérgiu 'W I” .1559:
W Lfigrnaa $691539, sagéoaaagalam
e- muit‘0"fi'e‘g'§§_n
é’aceitével. Na majoria das decis&§'%‘problema fundamental 1150 e tanto
' saber o que se deve fazer, mas, estar preparado para viver com as conse-
qfiéncias. 7 .
Dizia-se de Charles Cowman que ele era homem de um 56 propésito .
Mantinha seus olhos fixos num grande objetivo. Para ale, 3. visa‘o de uma
possibilidade tomava-se aeao. No momento em que achava possivel realizar
determinada coisa, ficava inquieto até que essa coisa estivesse sendo
executada. -
Um jovem que iniciava seu trabalho na Guaxda Costeira foi chamado,
bem r'cedo, para tomar parte numa missfio desesperada. Erguia-se uma
tremenda tempestade, e um navio pedia socon’o em grave perigo. Quando
os homens comegaram a movimentar um gtande bote, preparando—se para
a operagfio de‘socorro, aquele jovem, alarmado com a ffiria da ventania,
gritou para-o capitfio: “Nunca voltaremos ! ” Acima da tempestade, ressoou
a voz do capitfi'o: f‘Nzio temos de voltar, mas temos de sair!”

CORAGEM ‘

‘FExige-se, do lider espiritual, coragemrda mais alta ordem — coragem

moral, sempre, 1e freQfientemente}*coragemMfisifcafi'gagnbémfeoragem é
“aqGéla‘afigfifiaggjiifiéfigT5331? abacimta: ' > " 'n’s’ a enffentaro fiefig‘o‘,
.. _ _, 99.2.:1ilniéfcljéa' ,7 dEiSIEEsiz
0U a'a'ifiéméfiéesgmafirm,tanto fQTifiémalV 1
'P‘alow’éra corajoso, ffsioa comdmbfihnente, mas sfia obfagem
na'o era do tipo que na‘o conhece o temor. “E foi em fraqueza, temor e
grande trernorflque eu estive entre v63.” (1 Cor. 2:3). “Porque chegando
nos :3 Macedonia, ’nenhfim alivio tivemos; pelo contrério, em tudo fomos
atribulados: lutas‘por fora, temores por dentro” (2 Cor. 7:5). Embora
na‘o cortejasse o perigo, Paulo [150 o evitou, desde que os interesses de
' Seu Mestre estivessem em jogo.
 54 r Lideranga Espiritual

Martt Lutero possur’a esta importante qualidade em medida desco-

munal. Tem-se asseverado que ele foi,rprovave1mente, o homem mais
corajoso que ja existiu. Ao partir para sua histérica viagem a Worms,
ele disse: “Podsis esperar de mim tudo, memos o..medo_, ou a retratag'a‘o.
N50 fugirei, nem me retratarei.” Seus amigos advertirarh-no dos perigos
que_ enfrentaria, e tentaram' dissuadi-Io. Contudo, Lutero na‘o se deixaria
dissuadir. “Na'o ir a Worms!” disse ele.‘ “Irei a Worms mesmo que haja
tantos deménios lé, co'motelhas nos telhados.” ' V_
‘Quando Lutero foi chamado perante ofinperador, pediram-lhe que
se retratasse. Insistiram- em que ele deveria- dizer numa palavra, se ele se
retrataria on n50. “Amends que eu seja convencido pelas Escrituras
Sagradas, ou por raioes lucidas, de 'outras fontes, n50 poderei retratar-me,”
declarou. “N56 posso condescender oom Concflios, riem com 0 Papa,
porque eles erraram freqfientemente. Minha consciéncia é: prisioneira
da Palavra de Deus.“ ' ‘ ‘ : '
Quando, outra vez,_ lhe foi dada uma oportunidade para retratar-se,
ele cnuzou‘os ‘bragos: “Fico aqui;jn2To posso fazer outra coisa. Deus me
ajudefi’ Alguns dias ahtespde .sua morte', relembrando este incidente,
Lutero descreveu seus sentimentos: “Eu na'o tinha medo de coisa alguma;
Deus pode tornar uma pessoa trerfiendarnente auda'z. N50 sei se _eu poderia
estar t'a'o animado hoje.” ’ ' . ' '
Contudo, nem todos sac corajosos, por natureza, come 0 era Lutero,
fato que esté explicito e implicito, nasEscrituras. O maior gran de cora-
gem é atribur’do a pessoa que tern grande medo, mas recusaise a éap'ifular.
Na'o importa quanta medo tenham sentido; os lideres de Deus, em todas
as geraofies, recebem a ordem para ter bom animouNé‘o sentissem eles
qualquer medo, es‘ta ordem nzTo teria razao de ser. A responsabflidade
pela sua prépria Coragem jé colocada no 11'der mesmo, visto’que ele é
temple do Espr’rito de poder, que torna possivel o desempenho c0rajoso‘.
Veja o oohtraste en'tre estes dois registros: “Trancadas as portas da
casa onde estavam os discipulos, com'medo dos judeus”'(Jo.20:19 e
“A0 verem a intrepidez de Pedro e 1050 . . . ” (At. 4:13). Era os mesmos
discfpulos confrontados pelos mesmos jugieus, apés um intervalo de
curto tempo; De onde 'veio a-nova coragem‘? A inspiraga'o da a respoéta:
“Todos ficaram cheios do Espfrito Santo.” Quando o Espirito Santo
assume tOtal controls 'da personalidade, ele concede “né’o . . . espirito de
covardia, mas de poder” (2 Tim. 1:7).
,EA cpragem de um lider é demonstrada‘ quangofiglgflgsjé_,disgc1§;g3
enfrWEEfidigfigslafififiigafihEggshowovastadores, com
mnumgage, e ,3 agir _com firmoza,__a_ luzfigssarsngircuustfincias"adyersas,
mafia“ que isto' répreséfifo'iiéspréstfgio 'pessoal. A inércia e a o‘posiga‘o
dos outros n50 ‘0 de'tém. _Sua coragem 1150 é coisa de memento, mas
continua até que a tarefa seja feita. ‘
As pessoas esperam que sous lideres ajam com coragem e calma nas
 55-
slidades Essenczlzis d Lideranga — J

; n50, porém, os
crises. Outros podem descontrolar-se e perder a cabega
ores e
lfderes. Eles fortalecem seus liderados em meio a reveses destruid
influéncias enfraq ueced oras., -
Ezequias fez
7A0 enfrentar as hOIdas impiedosas de Senaqueribe,
dedicou -se a fortalecér o
calmamente os preparativos militares, e depois
cora'jos os”, ele exorto ur “N50 temais, nem
motal do poyo. “Sede fortes e
causa do Iei da Assl’ria , nem por causa de toda a mul-
vos assusteis por
que o que esta
tidfio que esta com ele; porque um ha conosco maior do
mas conosc o o Senhor nosso
com e1e.”‘Com ele esté o brago de came,
Deus; para nos ajudar 6 para guerrear nossas guerras. 0 povo cobrou
CK“). 3217-8, grifo
a'nimo com as palavras de Ezeguias, rei de Judé.” (2
,
do autor). Isto é, realmente, lideranga.

HUMILDADE

A humilcladspé.Masqaract‘eristicao penexcelénciaadoahqmgmwage Deué ..

“ a};
usa, ‘éfiifiota ela naoesteja go pardonb doémupdovagiggaflgg“p511
"do c'o‘mér‘cio, a hinnildade nao é uma qualgdadg argigjggopawwsaee.gap giiglda.
Contudo,
' ‘
Ali, osh’deres precisam e procura'm proeminéncia e u
na-esgagglE’Va ore 7 .“LaQilda e OCUB§.}E§;3§,Q£,€L§§I§_QEB- Auto-
n'éfg‘agggJLLHaojutopublicidade:=foi-aasdetl Q;d_3_Cristo ata lide
autoridade, Ele ]hes
A0 treinar Seus discipulos para futuras posigfies de
iais, como os déspotas
disse que n50 deveriam sex pomposos e ditator
como Seu Mestre (Mat. 20:25-27).
orientais, mas modestos e humildes
ra o. caminh o escond ido do servigo sacrificial, e
0 lider espifitua] escolhe
ante e da
a' aprovagfio de .seu Senhor3 ao invés do compromisso retumb
adulagfio da multidfio mundana. .
za de .1050
‘Alguém poderia concluir, erroneamente, que a grande
dios de seu ministério, porvocasiio dayiolenta
Batista ocorreu nos primor
jante, nas palavras'
denfincia dos males de seus dias, na eloqfiéncia chame
candentes que ppenetravam, e expunham os co'ragfies de seus contempo-
réneos. Contudo, o segredo que‘ fez dele 0 major dos nascidos de mulher
deve ser encontrado em sua afirmagio inconsciente, mas infinitamente
reveladorat‘ “Convém que ele cresga e co diminua” (Jo, 3:30). Nesta
simples sentenga estg revelada sua estatura espiritual.
ser
A humildadle do Eden tanto quanto sua espiritualidade, deveria
uma MIL—lite.fififiéfififin fiflmfifiwumfivo{Star
da humildade, com o pasgirdcgmanps
o 'Efésgimento defilfg invay graga
BFIfivTo‘éfi'é‘Tffiwsedfifinfistério} "56 " rébBfliia?“§éfi “§a§§§‘a6j"qu‘e (6.1%,- agofi
W.

eu sou o manor dos

Mus—kw...“ ‘;_A.__..__~.‘

aboneBe, Paulo chegou 2‘: seguinte conclusfio: “ . . .

(1 Cor.
apostolos, que mesmo na'o sou digno de se'r chamado apéstolo”
mim, o menor
15:9). AlguI'n tempo depois ele declarou o seguinte: “A
do fim, e
de todos os santos” (Ef. 3:8). Quando sua Vida aproximava—se
56 Lidemnga Espiritutzl

ele se preparava para encontrar-se com seu Senhor, confessou: “Eu sou
o pn'ncipal (dos pecadores) ”-(1 Tim. 1:15).
Em seu livro “Serious Call,” William Law exorta:
Que todos os dias sejam dias de humildade; condescendei com todas
as fraquezas e enfermidades de seus semelhantes, cobri seus pontos
fracos amai seus pontos de exceléncia encorajai suas virtudes aliviai
suas necessidades, alegrai-vos em suas prosperidade compadecéi-vos
deles em suas tribulagoes, recebei sua amizadé, perdoai sua faltajde
bondade, perdoai sua malicia, sede servos dos‘ servos, e condescendei
' em fazer o mais humilde servigo para o mais humilde dos sexes hu-
1113305.

Em oerta ocasia‘o, Samuel Brengle foi apresentado come “0 grande

Dr. Brengle”. Em seu diario, ele escreveu: 1

Se pareoo grande aos oihos doles, o Senhor esté ajudando-me, da

forma mais graciosa, a ver que eu sou absolutamente nada sem Ele, e
ajudando-me a manter-me pequeno ante meus préprios olhos. Ele
me usa. Contudo, estou realmente interessado em que Ele me USe,'
pois n50 sou eu quem faz a obra. 0 machado n50 pode gloriar-se das
zirvores que derrubou. Ele n50 poderia fazer nada, n50 fora o lenha-
do: Ele é quem fez o servigo: fez o machado, afiou—o, e usou—o.
No momento em que ale 0 atira de lado o machado transforma—se em
ferro velho
Que eu jamais perca isto de vista.

0 lider espiritual de hoje, corn toda a probabilidade, é aquele que,

ontem, ,expressava sua humildade, trabalhando alegre e fielmente, numa
posigao secundaria. E foi imbux’do desta sabedoria que Robert Morrison,'
da China, escreveu o seguinte: “A grande falta, penso on, em nossas
missoes, é que ninguém quer set 0 segundo. Talvez predominem as van-
tagens, contudo, n50 consigo vé-las.”

INTEGRIDADE E SINCERIDADE

Paulo abriu seu coraga'o de maneira como poucos de nos estamos

preparados a fazé-lo — exibiu tanto seus fralcassos quanto sens sucessos
Mesmo antes de sua conversa'o eIe era sincero um homem fntegro que
servia a Deus com uma consciéncia pura (2 Tm 1 :.3) Mais tarde escreveu
para os corfntios: ”“Porque nos nao estamos, como tantos outros, merca-
dejando a palavra de Deus; antes, em Cristo é que falamos na presenga de
Deus, com sinceridade e da parte do proprio Deus” (2 Cor. 2:17). Ele
n50 fugiu, nem mesmo da sondagem divina (1 Cor. 4 :4).
Qualidades Essenciais d Lideranga — I _ 57

No Velho Testamento a sinceridade e a integridade cram impostas

swim; (Ut’mfice‘rrdfde e transparencm d: carater u1_na
qualidadeinconsciente qum: {Finesm
Nos p11mord1os dé se'u 1111111sté110 Billy G1aham foi convidado para
uma entrevista com Sir Winston Churchill. A0 chegar, para a entrevista,
Billy Graham descobriu, para sen espanto, que ele se encontrava na pre-
senga do Gabinete Inglés. Quando deixou a sala, apés a entrevista, Chur-
chill virou-se para seus companheiros e disse: “Ali esté um homem sincero.”
Respondendo a.uma pergunta, um homem de negécios de p'mjegio
disse: “Se eu devesse 'mencionar a qualidade mais importante dg: um
gerente geral, eu diria 'que é a integridade pessoal — alguém sincero'aol
prometer, fiel 110 cumprimento do (lever, correto nas finangas, leal no
servigo e honesto na palavra.”