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História da África I - Relatório de leitura - Profª. Dr.

ª: ‘Maria Cristina Cortez


Wissenbach

Aluno: Douglas Peixoto da Silva – Nº USP 11910232 – Noturno

Texto: DIAS, Jill. “Fome e doenças na história de Angola c. 1830 – 1930”. Famine and
Disease in the History of Angola (c.1830-1930). The Journal of African History, vol. 22,
n 3, 1981, pp. 349-378. [tradução]

Crises epidêmicas e climáticas na História de Angola

Em meio ao contexto histórico geral das transformações mundiais na passagem do


século XIX para XX, o cenário transitório foi de expansão comercial para uma grande
depressão econômica. Por meio de evidencias relacionadas à fome e doenças em
Angola, este ensaio elucida a história médica e a variabilidade instável climática que
contribuiu para manter um equilíbrio precário dos recursos em Angola, mesmo antes do
período transitório de expansão a recessão mundial.

O ensaio aponta que em diferentes séculos (XVI ou XVII), Angola sofreu momentos de
secas, doenças e fome. Os efeitos da seca eram intensificados pelas técnicas primitivas
de cultivo e pela falta de irrigação, que restringiam seriamente a quantidade de terra
cultivável (Dias, 1981, p. 350). E a sazonalidade das chuvas colaboravam idem com as
crises em Angola.

Com o decréscimo do comercio marítimo de escravos e a emergente eclosão da


exploração de matéria prima em meados do século XIX, mudanças significativas
demográficas ocorreram em Angola. Além de fortalecer o crescimento das plantations
portuguesas, estas mudanças foram determinantes para uma piorar das crises epidêmica
e de fome que ocorrerá no final do século. Isto também foi determinante na conquista
militar portuguesa em Angola, pois estas crises suscitavam enfraquecimento de uma
resistência mobilizada e efetiva. Ano a pôs ano, foi se tornando cada vez mais crônicos
tais problemas para os africanos de Angola.

Conclui-se que esta herança se perdura até o século XXI, pois fica evidente nos Índices
de Desenvolvimento Humano (IDH) a posição que Angola ocupa 148ª, com 0,403
(muito baixo), comparada a Portugal - 38ª posição com 0,864 (muito alto). De modo
geral este contexto integra boa parte das colônias europeias, pois os menores índices do
IDH estão concentrados no continente africano.

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