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Messianismo Régio (Sebastianismo): O sebastianismo foi uma crença profética que surgiu
em Portugal como consequência do desaparecimento do rei D. Sebastião no século XVI.
Os falsos Dom Sebastião: Os chamados falsos "D. Sebastião" acabou por ganhar contornos
políticos preocupantes para Madri, já que o possível retorno prejudicaria a sucessão e
linhagem de Dom Filipe I (da Espanha, II em Portugal) conseguinte a União Ibérica.
Uma série de outros pretendentes tentaram se passar pelo rei desaparecido e as tentativas
foram punidas com a morte. O caso mais simbólico e consumado foi o do "Sebastião de
RELATÓRIO
Veneza", um calabrês, Marco Túlio Cattizzone, que se fizera passar por D. Sebastião. O mais
interessante é o fato de não falar português, o calabrês também tinha uma família em Veneza,
e mesma assim houve pessoas próximas a Dom Sebastião que garantiram a veracidade do
falso rei, todos acabaram condenados à morte.
Crise de sucessão: Havia 5 possíveis candidatos a suceder D. Sebastião, porém, o mais forte
era Filipe II (Espanha). Entre 1580/83 Filipe II articula negociações políticas com a elite
portuguesa ofertando títulos, rendas, postos e privilégios.
Contudo existe uma resistência da parte de D. Antônio (Portugal), primo de D. Sebastião. Sua
tentativa de usurpar o trono é arruinada mediante a perseguição do cardial D. Henrique que
justifica sua ilegitimidade por meio de sua origem, sua mãe seria uma “cristã nova” e D.
Antônio teria sangue impuro. Disputas que cominariam em batalhas e a ocupação de Portugal.
Filipe II se consolida rei em 1581 com o Pacto de Tomar, reconhecido pelas cortes
portuguesas e casas reais. Filipe II reside no mosteiro de Tomar até 1583, quando em seguida
retorna a Espanha, engendrando um sentimento contrário nos portugueses que acreditavam
que a cede do império Habsburgo se mantivesse na capital em Lisboa.
Aumento das expectativas: No capítulo II (“o reino e seu vasto mundo”), ressalta-se as
mudanças promovidas pela expansão mercantil e as descobertas Ibéricas, principalmente o
aumento da expectativa de vida e o nascimento de uma mundialização.
Nota-se idem a influência de Fernand Braudel e sua tese de economia mundo, no qual é
possível acompanhar o crescimento econômico das capitais de Lisboa e Madri detendo um
poder centralizador e levando a migração interna de um pequeno êxodo rural entre o séc. XV
e XVI.
RELATÓRIO
Em meio a isto, temos uma crescente modificação na percepção de poder régio e eclesiástico,
com o advento dos novos horizontes tem-se a possibilidade e as justificativas jurídicas e
teológicas da expansão ibérica e católica.