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08/05/2020

EEL410.1

Eletricidade II

2. Circuitos Trifásicos

Camila Paes Salomon

Universidade Federal de Itajubá


camilapsalomon@unifei.edu.br

1. Características de
Sistemas Trifásicos

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Introdução

• A geração de tensão AC é feita através de geradores,


sendo que o gerador elementar constitui de uma bobina
girando imersa em um campo magnético

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Introdução

• Os geradores das usinas bem como os sistemas de


transmissão e distribuição de energia elétrica são
geralmente trifásicos

• Um sistema trifásico é a combinação de três sistemas


monofásicos, com o mesmo nível de tensão, sendo as
tensões defasadas entre si de 120º

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Geração de Tensões Trifásicas
• Um gerador trifásico funciona da mesma forma que um
monofásico, porém ele é composto por três enrolamentos
(bobinas independentes), cada uma delas produzindo uma
tensão de mesmo módulo, mas com a defasagem de 120º
• O gerador é capaz de produzir uma potência três vezes maior
que ele produziria se fosse monofásico
• Cada bobina representa uma fase do gerador

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Geração de Tensões Trifásicas

• O sistema de tensões trifásicas pode ser representado


por:

= ( )
= ( − 120°)
= + 120° = − 240°

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Geração de Tensões Trifásicas

• Utilizando fasores:

̇ = ∠0°
̇ = ∠ − 120°
̇ = ∠120°= ∠ − 240°

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Tensões Trifásicas

• Note que em qualquer instante de tempo, a soma das três


tensões é sempre zero

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Vantagens no Uso de Sistemas 9

Trifásicos (3Φ)
• Vantagem construtiva do gerador trifásico, incluindo a
capacidade de potência três vezes maior que a de um
monofásico

• Equipamento 3Φ possui menores dimensões, sendo mais leve e


eficiente que o equivalente monofásico (redução de custos)

• Permitem flexibilidade na escolha das tensões

• Podem ser utilizados para alimentar cargas monofásicas

• Linhas mais leves são mais fáceis de instalar e torres podem ser
mais delgadas e espaçadas

• Equipamentos e motores 3Φ apresentam melhores


características de partida e operação que os 1Φ

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2. Conexões em Sistemas
Trifásicos

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Introdução

• As fases de um gerador trifásico ou de um transformador


trifásico são as fontes de um circuito 3Φ

• Estes equipamentos são formados por bobinas (ou


enrolamentos) em que os pontos finais (e/ou iniciais)
podem ser unidos

• Esta união pode formar uma conexão em Y (estrela ou


ípsilon) ou conexão em Δ (delta ou triângulo)

• Estas conexões também são usadas para as cargas do


circuito

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Conexões em Y

• Nesta conexão, os pontos de cada terminal são unidos em


um ponto comum, sendo representado por um Y
• O terminal comum é chamado de terminal neutro (N)

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Conexões em Y

• A conexão em Y pode ser feita a três ou quatro fios


• A conexão a quatro fios possui um quarto condutor
ligando os pontos neutros da geração e da carga

Conexão a três fios

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Conexões em Y

• A conexão em Y pode ser feita a três ou quatro fios


• A conexão a quatro fios possui um quarto condutor
ligando os pontos neutros da geração e da carga

Conexão a quatro fios

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Conexões em Y – Tensões

• Dois níveis de tensão podem ser obtidos na conexão Y:


tensão de fase e tensão de linha (ou tensão fase-fase)

Tensão de Fase
• Tensão obtida entre a saída de um terminal (uma linha) e
o ponto neutro
• Representa o valor da tensão produzida por uma bobina
ou fase do sistema trifásico

̇ = ̇ − ̇

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Conexões em Y – Tensões

• Dois níveis de tensão podem ser obtidos na conexão Y:


tensão de fase e tensão de linha (ou tensão fase-fase)

Tensão de Linha (ou Tensão Fase-Fase)


• Tensão obtida entre dois pontos de saída ou duas fases
quaisquer, ou entre duas linhas do circuito
• É dada pela diferença fasorial entre as tensões das duas
fases

̇ = ̇ − ̇

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Conexões em Y – Tensões

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Conexões em Y – Tensões

• Relação entre tensão de linha e tensão de fase:

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Conexões em Y – Tensões

• Relação entre tensão de linha e tensão de fase:

̇ = 3 ̇ ∠ ± 30°

• Em módulo: = 3

• Em fase: A defasagem entre a tensão de fase e a tensão


de linha mais próxima é de 30º

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Conexões em Y – Correntes

• As correntes que percorrem cada uma das linhas


(correntes de linha) são as mesmas que percorrem as
fases (correntes de fase)

̇ = ̇

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Conexões em Y – Tensões e 21

Correntes (Resumo)

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Sequência de Fases – Y

• As fases de um circuito 3Φ são representadas por uma


sequência qualquer de letras (em geral: A B C ou R S T)

• Tomando-se uma fase como referência (por exemplo, fase


A), as outras duas estão defasadas em 120º e 240º (ou
-120º)

• A sequência de fases é a ordem na qual as tensões ou


correntes atingem seus valores máximos

• Sequência positiva: ABC


• Sequência negativa: CBA (ou ACB)

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Sequência de Fases – Y

• Sequência positiva: ABC

• Sequência negativa: CBA (ou ACB)

ABC ACB

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Conexões em Δ

• Nesta conexão, o ponto final de um enrolamento é


conectado ao ponto inicial do próximo enrolamento,
sendo representado por um Δ
• Nesta conexão, não existe ponto neutro

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Conexões em Δ - Tensões

• Nesta conexão, as tensões de linha são iguais às tensões


de fase (só há um nível de tensão possível)

̇ ̇ = ̇

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Conexões em Δ - Correntes

• Dois níveis de corrente ser obtidos na conexão Δ:


correntes de linha ( ̇ , ̇ , ̇ ) e correntes de fase (correntes
nas bobinas) ( ̇ , ̇ , ̇ )

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Conexões em Δ - Correntes

• Relação entre corrente de linha e corrente de fase:

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Conexões em Δ – Correntes

• Relação entre corrente de linha e corrente de fase:

̇ = 3 ̇ ∠ ∓ 30°

• Em módulo: = 3

• Em fase: A defasagem entre a corrente de fase e a


corrente de linha mais próxima é de 30º

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Conexões em Δ – Tensões e 29

Correntes (Resumo)

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Sequência de Fases – Δ

• Nesta conexão, é mais usual definir a sequência de fases


em termos das tensões de linha

• Sequência positiva: AB, BC e CA


• Sequência negativa: AB, CA e BC

ABC ACB

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Referências

1. M. Gussow, “Eletricidade Básica”, Editora Bookman, 2ª


edição, 2009.
2. R. L. Boylestad, “Introdução à Análise de Circuitos”,
Editora Pearson, 12ª edição, 2012.
3. E. T. Wanderley Neto, Eletricidade (notas de aula), 2014.

Direitos autorais das figuras:


• R. L. Boylestad, “Introdução à Análise de Circuitos”, Editora Pearson, 12ª edição, 2012
© 2011 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados.
• M. Gussow, “Eletricidade Básica”, Editora Bookman, 2ª edição, 2009.
• https://www.fiern.org.br/empresa-indiana-vence-leilao-de-linhas-de-transmissao-de-energia-
no-rn/ (acesso em 08/05/20220)

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