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15/05/2020

EEL410.1

Eletricidade II

2. Circuitos Trifásicos

Camila Paes Salomon

Universidade Federal de Itajubá


camilapsalomon@unifei.edu.br

3. Cargas Equilibradas em
Circuitos 3Φ

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Cargas e Conexões

• Uma carga é chamada de equilibrada quando as três


fases possuem a mesma impedância (módulo e ângulo)

• As conexões entre geradores (fontes) e cargas trifásicas


podem ser de quatro padrões diferentes:

• Y-Y, Y-Δ, Δ-Δ, Δ-Y

• Análise (geral):
• Lei de Ohm e Leis de Kirchhoff
• Analisar particularidades de cada conexão (tensões,
correntes)

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Gerador Y – Carga Y (Equilibrada)

• Se a carga é equilibrada, não há circulação de corrente


pelo neutro

• As correntes de fase do gerador são iguais às correntes


de linha, que também são as correntes de fase da carga

• A tensão de fase da fonte é igual à tensão de fase da


carga à qual está conectada

• Tem-se:

̇
̇ =
̇

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Exemplo – Conexão Y-Y (Equilibrada)

• Para o circuito abaixo (sequência de fases da fonte ABC),


pede-se: a) os ângulos de fase 2 e 3; b) o módulo das
tensões de linha; c) as correntes de linha; d) mostre que
IN = 0.

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Gerador Y – Carga Δ (Equilibrada)

• Cada carga do Δ trifásico está submetida à tensão de


linha, VL, proveniente da fonte trifásica em Y

• As tensões de fase da carga são iguais às tensões de linha


da fonte

• A corrente em cada fase da carga é dada pela relação


entre a tensão de linha e a impedância da fase

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Exemplo – Conexão Y-Δ (Equilibrada)

• Para o circuito abaixo, pede-se: a) os ângulos de fase 2 e


3; b) as correntes de cada fase conectada à carga; c) o
módulo das correntes de linha.

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Conexões Δ-Δ e Δ-Y (Equilibradas)

• Na conexão Δ-Δ, cada fase da carga em Δ está submetida


à tensão de linha, VL, proveniente da fonte trifásica em Δ

• Na conexão Δ-Y, cada fase da fonte trifásica em Δ


alimenta dois ramos da carga trifásica em Y

• Os cálculos seguem os mesmos procedimentos vistos


para as conexões Y-Y e Y-Δ

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Exemplo – Conexão Δ-Δ (Equilibrada)

• Para o circuito abaixo, pede-se: a) os ângulos de fase 2 e


3; b) as correntes de cada fase conectada à carga; c) o
módulo das correntes de linha.

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Exemplo – Conexão Δ-Y (Equilibrada)

• Para o circuito abaixo, pede-se: a) as tensões de cada fase


conectada à carga; b) o módulo das tensões de linha.

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4. Potência em Circuitos 3Φ

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Potência – Conexão Y

• Seja um circuito trifásico com uma carga equilibrada


conectada em Y:

• A potência consumida pelo circuito pode ser obtida


através das grandezas de fase ou das grandezas
grandezas de linha

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Potência – Conexão Y

• A potência ativa fornecida a cada fase pode ser


determinada por:

= cos = =

onde  é o ângulo de fase entre e

• A potência total fornecida à carga é a soma das potências


fornecidas a cada uma das fases

• Para um circuito equilibrado, as potências nas fases são


iguais, logo:

=3

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Potência – Conexão Y

• Considerando-se tensões e correntes de linha:

= 3
=

• Logo:

= 3 cos =3

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Potência – Conexão Y

• A potência reativa associada a cada fase é dada por:

= sen = =

• A potência reativa total é a soma das potências fornecidas


a cada uma das fases. Em um circuito equilibrado:

=3

• Em termos de grandezas de linha:

= 3 sen =3

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Potência – Conexão Y

• A potência aparente associada a cada fase é dada por:

• A potência aparente total é a soma das potências


fornecidas a cada uma das fases. Em um circuito
equilibrado:

=3

• Em termos de grandezas de linha:

= 3

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Exemplo – Potência em Conexão Y

• Para a carga em Y abaixo, determine a potência real,


reativa e aparente para cada fase e a total, e o fator de
potência.

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Potência – Conexão Δ

• Considere um circuito trifásico com uma carga equilibrada


conectada em Δ

• A potência consumida pelo circuito pode ser obtida de


forma semelhante ao cálculo utilizado para a conexão em
Y

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Potência – Conexão Δ

• Potência ativa

= cos = = =3

• Potência reativa

= sen = = =3

• Potência aparente

= =3

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Fator de Potência

• Para qualquer caso analisado, o fator de potência da carga


representa a relação entre a potencial ativa a potência
aparente fornecida ao circuito

• Logo:

= = cos

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Exemplo – Potência em Conexão Δ

• Para a carga em Δ abaixo, determine a potência real,


reativa e aparente total, e o fator de potência.

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Medição de Potência

• Para medição de potência em circuitos CA utiliza-se um


instrumento chamado wattímetro

• O wattímetro é composto de um sensor de corrente e de


um sensor de tensão

• Como a potência é função dos valores de tensão e


corrente, a indicação do valor de potência é feita com
base nos valores medidos de tensão e corrente

• O wattímetro monofásico é um instrumento de quatro


terminais

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Medição de Potência

• Em um circuito monofásico a medição é feita diretamente


através da medição da corrente e da tensão sobre a carga
• Os sensores de corrente e de tensão do wattímetro são
conectados como um amperímetro e um voltímetro
comuns
• Para a medição de potências trifásicas, podem ser
utilizados dois métodos diferentes:

• Método dos 3 wattímetros

• Método dos 2 wattímetros

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Método dos 3 Wattímetros

• A potência em cada fase do circuito é medida de maneira


independente, utilizando-se um wattímetro para cada fase

• A potência total fornecida à carga é a soma das potências


medidas nos três wattímetros

• As conexões mudam de acordo com o tipo de conexão


utilizada, Y ou Δ

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Método dos 3 Wattímetros

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Método dos 3 Wattímetros

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Método dos 2 Wattímetros

• A medição de potência em circuitos trifásicos pode ser


feita utilizando-se apenas dois wattímetros

• Escolhem-se duas das fases para a medição de corrente


por cada um dos wattímetros

• Já os valores de tensão são medidos entre as mesmas


duas fases escolhidas e a terceira fase

• A potência total pode ser a soma ou a subtração dos


valores indicados pelos dois wattímetros, dependendo
das características do circuito

• Este método só pode ser utilizado para sistema a 4 fios se


este for equilibrado

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Método dos 2 Wattímetros

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Método dos 2 Wattímetros

Determinação se a potência total é dada pela soma ou


pela subtração dos valores obtidos nos wattímetros

• Existem duas verificações possíveis

• A primeira delas é feita a partir do fator de potência do


circuito:

• Quando o fator de potência da carga é maior que 0,5


(indutivo ou capacitivo), os valores dos dois wattímetros
devem ser somados

• Quando o fator de potência é menor que 0,5, os valores


devem ser subtraídos (o valor maior menos o valor menor)

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Método dos 2 Wattímetros

• A segunda forma é um método prático que deve ser


realizado durante a medição

• Neste caso:
• Seleciona-se a linha na qual não se faz a medição de corrente

• Desliga-se desta linha o ponto de medição de tensão do


wattímetro que apresenta a leitura de menor valor

• Conecta-se este ponto ao ponto de medição de corrente do


wattímetro que apresenta leitura de maior valor

• Se a nova leitura for negativa, a potência total é a diferença


entre as leituras originais

• Se a nova leitura for positiva, a potência total é a soma das


duas leitura originais

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Determinação do FP

• Para um sistema equilibrado:

= 3 cos

• Assim, o fator de potência pode ser obtido a partir das


leituras dos wattímetros e dos módulos da tensão e da
corrente de linha

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Circuitos Desequilibrados
• Quando a carga possui impedâncias diferentes, ocorre um
desequilíbrio no sistema trifásico

• Na prática, a maioria dos circuitos 3Φ é desequilibrada,


pois muitas vezes é impossível controlar a quantidade ou
o tipo de carga que está conectada a cada uma das fases

• Como as correntes em cada fase são diferentes, se o


circuito for Y-Y a quatro fios, a solução se torna
simplificada, já que a diferença de corrente flui pelo
neutro

• Para outros circuitos a solução segue as Leis de Kirchhoff,


podendo ser realizada por análise de malhas ou outro
método de resolução de circuitos

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Circuitos Desequilibrados

Potência em Circuitos Desequilibrados

• A potência em circuitos trifásicos desequilibrados pode


ser medida utilizando-se o método dos 3 wattímetros ou
o método dos 2 wattímetros

• Para cargas em Y, o método dos 2 wattímetros deve ser


usado apenas para sistemas a 3 fios

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Referências

1. M. Gussow, “Eletricidade Básica”, Editora Bookman, 2ª


edição, 2009.
2. R. L. Boylestad, “Introdução à Análise de Circuitos”,
Editora Pearson, 12ª edição, 2012.
3. E. T. Wanderley Neto, Eletricidade (notas de aula), 2014.

Direitos autorais das figuras:


• R. L. Boylestad, “Introdução à Análise de Circuitos”, Editora Pearson, 12ª edição, 2012
© 2011 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados.
• M. Gussow, “Eletricidade Básica”, Editora Bookman, 2ª edição, 2009.
• http://www.politerm.com.br/Produto-PRODUTOS-Wattimetros-Wattimetro-Monofasico-de-
Bancada-Analogico-Ponteiro-modelo-71-versao-245-262.aspx (acesso em 08/05/2019)

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