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Faculdade de Tecnologia Nova Palhoça

- FATENP
A avaliação do edifício FATENP foi realizada pelo método prescritivo do Regulamento Técnico
da Qualidade do Nível de Eficiência Energética em Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos
(RTQ-C), considerando quatro itens principais: envoltória, sistema de iluminação, sistema de
condicionamento de ar e ventilação natural. Este último é realizado para o método prescritivo,
porém através da simulação das condições de conforto dos usuários nos ambientes não
condicionados. Os equivalentes numéricos encontrados foram:

• Envoltória: 5,00 – nível de eficiência A

• Sistema de Iluminação: 4,71 – nível de eficiência A

• Sistema de Condicionamento de Ar: 5,00 – nível de eficiência A

• Ventilação natural: 4,36 – nível de eficiência B

Para avaliação da envoltória, deve-se idenficar a Zona Bioclimática em que o edifício se


encontra. O município de Palhoça faz parte da região metropolitana de Florianópolis, sendo
assim classificado como pertencente à ZB-3. O sombreamento gerado pelas proteções solares
gerou um Indicador de Consumo de 126,50 que, comparado ao limite máximo (para nível A e
para este edifício) de 129,06, garantiu nível de eficiência A na envoltória. Os pré-requisitos
específicos foram alcançados, com destaque para a cobertura de telhas metálicas verdes. Ela
cobre principalmente a circulação central ventilada naturalmente, cujo limite máximo de
transmitância térmica é de 2,00 W/m²K. A sua parcela que cobre as salas também deve
atender a este limite, enquanto a sua parcela que cobre os laboratórios (ambientes
condicionados) deve atender ao limite de 1,00 W/m²K. Assim, as camadas da cobertura destas
áreas foram calculadas como ‘telha metálica curva + câmara de ar espessura grande + laje’,
enquanto outras partes da cobertura dos ambientes condicionados foram calculadas como
‘telha metálica reta + câmara de ar espessura pequena + laje’. Por fim, foram realizadas duas
ponderações de transmitância térmica por área de cobertura: a primeira para ambientes não
condicionados e a segunda para ambientes condicionados, cada qual comparada ao seu respec
tivo limite máximo para nível de eficiência A.

Os sistemas de iluminação de ambientes de escritórios apresentam iluminâncias entre 302 lux


e 330 lux, e os de salas de aula entre 410 lux e 450 lux. Deve-se lembrar que o RTQ-C
recomenda a adoção de iluminâncias mínimas da norma de iluminação, complementando o
sistema com iluminação de tarefa, o que foi atendido pelos projetistas. Os níveis de eficiência
dos ambientes são ou nível A ou nível B, sendo que a ponderação pela área dos ambientes
para o sistema de iluminação completo do edifício resultou em um equivalente numérico de
4,71, nível A de eficiência energética (Figura 20).
O sistema de condicionamento de ar do tipo split está presente na administração, biblioteca,
auditório e 3 laboratórios. Todos os equipamentos especificados são nível A, alcançando assim
o equivalente numérico com 5 pontos sem a necessidade de ponderação pela área.

Por fim, destaca-se a simulação de ventilação natural realizada para as salas de aula (Figura
21), que representam 29% da área útil do edifício e 48% da área de permanência prolongada.
O sistema de condicionamento de ar é nível A em 32% da área útil (52% dos ambientes de
permanência prolongada) e a ventilação natural contribui com o nível B (EqNumV de 4,36 ) em
29% da área útil (48% da área de ambientes de permanência prolongada). Este fator foi
essencial para que o edifício alcançasse nível de edificiência A pois, sem a simulação de
ventilação a pontuação final através do método prescritivo indicaria nível de eficiência B –
mesmo que a envoltória, o sistema de iluminação e o sistema de condicionamento de ar sejam
nível A (Figura 22). Afinal, 29% da área útil não contribuiria nem com 1 ponto (nível E) caso não
houvesse simulação de ventilação nestes ambientes (na equação geral, a área dos ambientes
de permanência prolongada não condicionados efetivamente simulados seria ANC=0).

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