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ENVOLTÓRIA –

DETERMINAÇÃO DA EFICIÊNCIA
Regulamento Técnico da Qualidade para o Nível de Eficiência
Energética para Edificações Residenciais
DETERMINAÇÃO DA EFICIÊNCIA
Como visto na aula anterior “Introdução ao RTQ-R”, existem dois métodos para a
determinação da eficiência da envoltória:

 Método prescritivo

 Eficiência quando naturalmente ventilada: usada na equação geral;


 Eficiência quando condicionada artificialmente: na ENCE, o nível de eficiência
é informativo, pois nem sempre a unidade habitacional é condicionada
artificialmente.

 Método de simulação

 Eficiência quando naturalmente ventilada;


 Eficiência quando condicionada artificialmente.

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Edificações Residenciais
MÉTODO PRESCRITIVO
 O método prescritivo utiliza uma
planilha desenvolvida pelo LabEEE
que facilita os cálculos da eficiência
energética das edificações
residenciais.

 Fazem parte da determinação da


eficiência da envoltória os seguintes
indicativos:
 GHR,CA, CR

EqNumEnvAmbResf
EqNumEnvAmbA

EqNumEnvAmbRefrig
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Edificações Residenciais
MÉTODO PRESCRITIVO
 A planilha está disponível no site do LabEEE
(http://www.labeee.ufsc.br/projetos/etiquetagem/residencial/downloads) uma planilha que
já contempla todas as equaçãoes, de todas as Zonas Bioclimáticas

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Edificações Residenciais
GHR- INDICADOR GRAUS-HORA
 GHR - indicador de graus-hora para resfriamento da envoltória
naturalmente ventilada.

 É analisado em cada ambiente de permanência prolongada da UH, através de


equações de acordo com a ZB.

 Indicador de desempenho térmico baseado em uma temperatura de referência


(26⁰C).

 Quanto maior o GHR, pior é o desempenho térmico da envoltória analisada.

 No caso do resultado obtido ser um número negativo, o indicador deve ser


considerado como zero.

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GHR- INDICADOR GRAUS-HORA
 Determinação dos equivalentes numéricos da envoltória de cada ambiente para
resfriamento:
 Indicador de graus-hora;
 Para todas as zonas bioclimáticas;
 EqNumEnvAmbResfr.

 A tabela abaixo mostra a relação entre o valor encontrado no Equivalente


numérico da envoltória do ambiente para resfriamento e o nível de eficiência
(para a Zona Bioclimática 3):

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Edificações Residenciais
GHR- INDICADOR GRAUS-HORA
Equação 3.15 – Indicador de graus-hora para resfriamento da ZB3

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Edificações Residenciais
GHR- INDICADOR GRAUS-HORA
Grande parte das incógnitas presentes na equação são, na verdade, constantes
e seus valores são encontrados na tabela a seguir.

Constantes da Equação 3.15

8 Regulamento Técnico da Qualidade para o Nível de Eficiência Energética de


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CA – COEFICIENTE DE AQUECIMENTO
 Determinação dos equivalentes numéricos da envoltória de cada ambiente para
aquecimento:
 Indicador de consumo;
 Para ZB 1 a ZB 4;
 EqNumEnvAmbA:

 A tabela abaixo mostra a relação entre o valor encontrado no Equivalente


numérico da envoltória do ambiente para aquecimento e o nível de eficiência
(para a Zona Bioclimática 3):

9 Regulamento Técnico da Qualidade para o Nível de Eficiência Energética de


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CA – COEFICIENTE DE AQUECIMENTO

Equação 3.16 –consumo relativo para aquecimento da ZB3.

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Edificações Residenciais
GH e CA – VARIÁVEIS DAS EQUAÇÕES

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Edificações Residenciais
GH e CA – VARIÁVEIS DAS EQUAÇÕES

12 Regulamento Técnico da Qualidade para o Nível de Eficiência Energética de


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EqNumEnv
 EqNumEnv - Equivalentes numéricos da envoltória dos ambientes para
resfriamento e aquecimento.

 Pode ser desempenhado para resfriamento (EqNumEnvResfr), para aquecimento


(EqNumEnvA) ou para ambientes condicionados artificialmente (EqNumEnvRefrig).

 EqNumEnvResfr representa o desempenho da envoltória para o verão.

 EqNumEnvA representa o desempenho da envoltória para o inverno.

 Determinação do equivalente numérico da envoltória da unidade habitacional


autônoma.

 Ex: Para a ZB3, o equivalente numérico da envoltória da UH (EqNumEnv) é obtido por


meio da Equação 3.8.

EqNumEnv = 0,64 × EqNumEnvResfr + 0,36 × EqNumEnvA


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MÉTODO PRESCRITIVO - PLANILHA
 Preenchendo a planilha

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MÉTODO PRESCRITIVO - PLANILHA
 ZONA BIOCLIMÁTICA

 Escolher Zona
Bioclimática

A lista com a identificação da zona de 330


cidades pode ser encontrada na NBR 15220-3.

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MÉTODO PRESCRITIVO - PLANILHA
 AMBIENTE

 Preencher as características
 Definição de Ambiente: do ambiente

 Espaço interno de uma edificação,  AUamb - Área útil do ambiente


fechado por superfícies sólidas, com
divisórias que vedem o espaço do
piso até o teto.  Área útil do ambiente analisado (m²).

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MÉTODO PRESCRITIVO - PLANILHA
 COBERTURA

 Ucob - Trasmitância da cobertura


 Deve ser calculada considerando-se todas as camadas
entre o interior e o exterior do ambiente. Se a cobertura  Preencher os valores pra
do ambiente não estiver voltada para o exterior o valor transmitância, capacidade
deve ser 0 (zero). [W/(m²K)]. térmica e absortância.

 CTcob - Capacitância Térmica da cobertura


 Deve ser calculada considerando-se todas as camadas
entre o interior e o exterior do ambiente. Se a cobertura
não estiver voltada para o exterior o valor deve ser 1 (um)
[kJ/(m²K)].

 αcob - Absortância da cobertura


 Absortância da superfície externa da cobertura. O valor
deve situar-se entre 0,10 e 0,90 ou 0 quando a cobertura
do ambiente não estiver voltada para o exterior
(adimensional).
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Edificações Residenciais
MÉTODO PRESCRITIVO - PLANILHA
 COBERTURA

 Preencher os valores pra


transmitância, capacidade
térmica e absortância.

Coberturas que não são voltadas para o


exterior: Coberturas que são voltadas para o exterior:
Preencher a planilha com os dados de U,
Ucob = 0 CT,α da cobertura.
αcob = 0
CTcob = 1 (para efeito de cálculo da equação)

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MÉTODO PRESCRITIVO - PLANILHA
 CARACTERÍSTICA CONSTRUTIVA

 Variável binária (0 ou 1)
Faz se uma média ponderada das CT das paredes internas,
externas e cobertura pelas respectivas áreas e é avaliado:

• Para CT acima de 250 kJ/m²K


Capacidade térmica alta:
CTalta = 1 e CTbaixa = 0

• Para CT abaixo de 50 kJ/m²K


Capacidade térmica baixa:
CTbaixa = 1

• Para CT com valores intermediários:


CTalta e CTbaixa = 0

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MÉTODO PRESCRITIVO - PLANILHA
 CARACTERÍSTICA CONSTRUTIVA

 Variável binária (0 ou 1)
Ambiente com cobertura voltada para o exterior:

cob = 0 0 a 25%
cob= 0,5 25% a 75%
cob = 1 75% a 100%

Para ambientes em contato com o solo: Solo = 1

Para ambientes sob pilotis: Pil = 1

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MÉTODO PRESCRITIVO - PLANILHA
 ÁREAS DE PAREDES EXTERNAS DO AMBIENTE

APambN (m²): Área de parede Paredes externas:


externa do ambiente, na fachada Superfícies opacas que
voltada para o Norte; delimitam o interior do
exterior da edificação.
APambS (m²): Área de parede Esta definição exclui as
externa do ambiente, na fachada aberturas.
voltada para o Sul;

APambL (m²): Área de parede


externa do ambiente, na fachada
voltada para o Leste;

APambO (m²): Área de parede


externa do ambiente, na fachada
voltada para o Oeste.
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MÉTODO PRESCRITIVO - PLANILHA
 ÁREAS DE ABERTURAS EXTERNAS

AAbN (m²): área de abertura, Aberturas externas:


desconsiderando caixilhos, na Área de abertura,
fachada voltada para o Norte; desconsiderando
caixilhos (m²).
AAbS (m²): área de abertura,
desconsiderando caixilhos, na
fachada voltada para o Sul;

AAbL (m²): área de abertura,


desconsiderando caixilhos, na
fachada voltada para o Leste;

AAbO (m²): área de abertura,


desconsiderando caixilhos, na
fachada voltada para o Oeste.
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MÉTODO PRESCRITIVO - PLANILHA
 CARACTERÍSTICAS DAS ABERTURAS

150 70

Fvent - fator das aberturas para


ventilação abertura para
100
110

ventilação em relação à abertura


do vão.

Varia de 0 a 1

Ex: Fvent = (0,70x1,00)/(1,50x1,10)


Fvent = 0,42

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MÉTODO PRESCRITIVO - PLANILHA
 CARACTERÍSTICAS DAS ABERTURAS

Calculando o somb:
1- venezianas que cubram 100% da abertura quando
somb: variável que define a
fechada ou dispositivo de proteção solar que
presença de dispositivos de
bloquear mais de 75% da incidência solar
proteção solar externos às
0–1 proteção solar que não sejam venezianas – verificar abertura.
Anexo1 RTQ-R ou dispositivo solar que
bloquear menos de 75% -o somb é proporcional
ao valor obtido
0- quando não houver dispositivos de proteção solar
0,2- para ambientes com sombreamento por varanda,
beiral ou brise horizontal, desde que os ângulos
de sombreamento alpha () e gama () atendam aos
limites de ângulo mínimos para Norte, Sul, Leste e
Oeste estabelecidos pelas equações ao lado:

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MÉTODO PRESCRITIVO - PLANILHA
 CARACTERÍSTICAS DAS ABERTURAS

Consultar Anexo I – RTQ_R: somb: variável que define a


presença de dispositivos de
proteção solar externos às
abertura.

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MÉTODO PRESCRITIVO - PLANILHA
 CARACTERÍSTICAS GERAIS

AparInt (m²):
área das paredes internas, excluindo
as aberturas e as paredes externas;
Observação: os pilares podem ser PD: pé direito;
desconsiderados, considerando-os
como área de parede. Caltura: coeficiente de altura:

pé-direito
área útil do ambiente

26 Regulamento Técnico da Qualidade para o Nível de Eficiência Energética de


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MÉTODO PRESCRITIVO - PLANILHA
 CARACTERÍSTICAS DE ISOLAMENTO TÉRMICO

} Para as demais
ZBs deve ser 0
(zero)

VID: indica a existência de vidro duplo no


ambiente:
isol: existência de isolamento nas paredes
externas e coberturas. Devem apresentar 1 Se possuir vidro duplo
U ≤1,00 W/(m²K); 0 Se não possuir vidro duplo

UVID :transmitância térmica do vidro;

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MÉTODO PRESCRITIVO - PLANILHA
 ENCONTRANDO OS NÍVEIS DE EFICIÊNCIA
EqNumEnvAmbResf

EqNumEnvAmbA

EqNumEnvAmbRefr

Próximo passo:
Verificar se o não atendimento aos pré-requisitos da envoltória
fazem com que caia algum dos níveis do ambiente

Observação: o MENOR nível sempre prevalecerá quando se trata


de atendimento à pré-requisito.

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