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Sistemas AVAC

Especialização em Energia & Ambiente

Sistemas AVAC
Classificação Energética C&S

Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica


Especialização em Energia & Ambiente
Pedro Lobarinhas

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Classificação Energética Sistemas AVAC
Especialização em Energia & Ambiente

Índice
 Classificação Energética
 IEE
 Consumos Tipo S ou Tipo T
 Simulação Dinâmica Multizona ou Monozona
 Fatores de conversão de energia
 Emissões equivalentes de CO2
 IEEpr e IEEref
 Indicador de energia primária renovável, 𝑅𝑒𝑛𝐶&𝑆
 Medidas de melhoria
 “Espaços úteis” vs “Espaços não úteis”
 Coeficiente de redução de perdas, bztu
 Marcação das envolventes
 Consumos de AQS
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Classificação Energética Sistemas AVAC
Especialização em Energia & Ambiente

Classificação Energética

- Com base em condições:


 reais previstas (novos)
 efectivas (existentes)
- Comparar com condições de referência, IEEref
- Determinação com base no rácio RIEE

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IEE Sistemas AVAC
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Tipos de Índices de Eficiência Energética

EDIFÍCIO REFERÊNCIA
Novos:
IEE previsto, S
IEE previsto IEE previsto, T
IEE renovável IEE referência, S
IEE referência
IEE referência, T

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 Índice de Eficiência Energética - Edifício


 IEE Previsto (novos e existentes), IEEpr
Determinado com base:
 localização do edifício,
 características reais da envolvente
 características dos sistemas técnicos
 perfis de utilização previstos para o edifício

IEEpr= IEEpr,S + IEEpr,T - IEEpr,REN [kWhEP/(m2.ano)]

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 Índice de Eficiência Energética - Edifício


 IEE Referência (novos e existentes), IEEref
É calculado um valor de referência para cada edifício.
IEEref = IEEref,S + IEEref,T [kWhEP/(m2.ano)]
Para calcular este valor vão utilizar-se características reais do edifício
e seus sistemas mas também, valores de referência, nomeadamente:
 Caraterísticas da envolvente opaca e envidraçada
 Eficiências de sistemas de climatização e produção de AQS
 Caudais de ar novo
 Potência absorvida por ventiladores
 Densidade de iluminação
 Sistemas de energia renovável
 Sistemas de controlo
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Manual SCE
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 Divisão nos consumos de energia: Tipo S e Tipo T

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 Métodos para Determinar IEE


 Novos ou Grandes Reabilitações
– Simulação Dinâmica Multizona
ou
– Simulação Simplificada Monozona

 Existentes
– Simulação Dinâmica Multizona
ou
– Simulação Simplificada
ou
– IEE Efectivo (auditorias)

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Métodos para Determinar IEE


 Simulação Dinâmica Multizona
Recurso a ferramentas certificadas, como:
 Energy+ (várias interfaces recorrem ao energy+)
 Trace (Trane)
 HAP (Carrier)
 ...

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Métodos para Determinar IEE


 Simulação Dinâmica Monozona

O cálculo dinâmico simplificado monozona só poderá ser utilizado em


PES, de acordo com a definição de monozona.

- No caso da Simulação Monozona, é possível utilizar uma folha


de cálculo, que tenha os dados climáticos, para determinar a
classe energética
- Existem algumas folhas de cálculo disponíveis:
- ITeCons
- LNEG
- PTnZeb

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 Zoneamento
 Monozona
- Nos edifícios C&S, o balanço de energia é aplicado a zonas térmicas,
tratando-se do espaço ou do conjunto de espaços passíveis de serem
considerados em conjunto, devido às suas similaridades, em termos de
perfil de ocupação, iluminação e equipamentos, ventilação, sistema de
climatização e condições de exposição solar, devendo este zonamento ser
representado nas plantas do edifício e constar no relatório de avaliação do
DEE.
- Na definição do zonamento podem ainda ter-se em conta as simplificações
previstas nas alíneas seguintes:
a) No caso de um edifício com área interior útil de pavimento igual ou
inferior a 250 m2, pode ser considerada uma zona térmica que agregue a
totalidade dos espaços interiores úteis;
b) No caso de um edifício com múltiplos corpos, podem ser adotados os
pressupostos previstos na alínea anterior para cada corpo.
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Zoneamento
Edifício ou fração

Conjunto de espaços

Podem ser tratados como Monozona ou A ≤ 250 m2?

SIM NÃO

Cálculo dinâmico simplificado Cálculo dinâmico detalhado

Pode ser construída uma folha de Tem de ser obrigatoriamente utilizado


cálculo baseada na metodologia RC, 3 um programa de simulação dinâmica
nodos ou 5R1C, EN ISO 13790 detalhada, norma ASHRAE 140

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 Fatores de Conversão de Energia


 Energia Final para Energia Primária

A unidade de energia primária agora usada é o kWhEP e não o kgep

 Eletricidade, independentemente da origem (renovável ou não renovável)


Fpu = 2,5 kWhEP/kWh
 Combustíveis sólidos, líquidos e gasosos não renováveis
Fpu = 1 kWhEP/kWh
 Energia térmica de origem renovável
Fpu = 1 kWhEP/kWh

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Manual SCE
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Fatores de Conversão de Energia


 Energia Final para Emissões equivalentes de CO2

As emissões de CO2 são calculadas com base nos fatores de conversão para
cada tipo de fonte de energia (antes convertida em kWhEP)

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 Novos e Grandes Remodelações – Requisitos a aplicar

 Requisitos de Comportamento Térmico


1. Requisitos da qualidade térmica da envolvente: opaca e envidraçada

 Requisitos de Eficiências Sistemas Técnicos


1. Requisitos de conceção e de instalação dos sistemas técnicos
2. Requisitos de IEE
3. Avaliação periódica aos consumos dos grandes edifícios de serviços
existentes

 Requisitos de ventilação
1. Valores mínimos de caudais de ar novo por espaço
2. Limiares de protecção para QAI
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 Índice de Eficiência Energética - Edifício


 Cálculo do IEEpr
IEEpr= IEEpr,S + IEEpr,T - IEEpr,REN [kWhEP/(m2.ano)]

Parcela a parcela: IEEpr,S


1
𝐼𝐸𝐸𝑝𝑟,𝑆 = σ𝑖 𝐸𝑆,𝑖 𝐹𝑝𝑢,𝑖 [kWhEP/(m2.ano)]
𝐴𝑡𝑜𝑡
Em que:
𝐸S,i – Consumo de energia do tipo S (Tabela 100), por fonte de energia 𝑖 [kWh/ano];
𝐴𝑡𝑜𝑡 – Área total de pavimento [m2];
𝐹𝑝𝑢,𝑖 – Fator de conversão de energia final para energia primária da fonte 𝑖, incluindo
renovável [kWhEP/kWh]

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 Índice de Eficiência Energética - Edifício


 Cálculo do IEEpr
Parcela a parcela: IEEpr,S
A parcela 𝐸𝑆,𝑖 relativa a: aquecimento ambiente, arrefecimento ambiente, humidificação e
desumidificação, preparação de AQS e de água quente de piscinas (AQP), necessária para
o cálculo do 𝐼𝐸𝐸pr,S é obtida através de:
𝑓𝐸𝑘,𝑛 𝑄𝐸𝑛
𝐸𝑆,𝑖 = σ𝑛 σ𝑘 [kWh/ano]
η𝑘,𝑛
𝑖

Em que:
𝑄𝐸𝑛 – Necessidades de energia para o uso 𝑛 e fonte de energia 𝑖 [kWh/ano];
𝑓𝐸𝑘,𝑛 – Parcela das necessidades de energia supridas pelo sistema 𝑘 para o uso 𝑛 e fonte
de energia 𝑖;
𝜂𝑘 – Eficiência do sistema 𝑘 que serve o uso 𝑛 para a fonte de energia 𝑖, que corresponde
ao respetivo valor de 𝐸𝐷𝐸𝐸 (=1, com exceção de sistemas de queima a biomassa sólida).

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 Índice de Eficiência Energética - Edifício


 Cálculo do IEEpr
Parcela a parcela: AQS + AQP
𝑄𝐴𝑄𝑆 = 𝐶𝐴𝑄𝑆 . 4,187. ∆𝑇 /3600 [kWh/ano]

Em que:
𝑄𝐸𝑛 – Necessidades de energia para o uso 𝑛 e fonte de energia 𝑖 [kWh/ano];
𝑄𝐴𝑄𝑆 – Necessidades nominais anuais de energia útil para preparação de AQS [kWh/ano];
𝐶𝐴𝑄𝑆 – Consumo anual de AQS [l/ano];
∆𝑇 – Aumento de temperatura necessário para a preparação das AQS [ºC]

Nota: no caso das AQP, usar método da norma NP4448, expresso no anexo
VI do manual SCE.

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 Índice de Eficiência Energética - Edifício


 Cálculo do IEEpr
Parcela a parcela: Outros Consumos
 Usar os valores provenientes das simulações do edifício (dinâmica
multizona ou do cálculo dinâmico simplificado monozona);
 Na ausência desses valores usar:

𝑊𝐸𝑛,𝑘 = 𝑃𝐸,𝑘 . 𝑛ℎ𝑒 = 𝑃𝐸,𝑘 σℎ 𝑓𝐻,ℎ [kWh/ano]

Em que:
𝑊𝐸𝑛,𝑘,ℎ – Consumo de energia do equipamento ou sistema 𝑘 para o uso 𝑛 na hora ℎ
[kWh/ano];
𝑃𝑘 – Potência absorvida pelo equipamento ou sistema 𝑘 [kW];
𝑓𝐻,ℎ – Fração de utilização na hora ℎ [h];
𝑛ℎ𝑒 – Número de horas equivalentes de funcionamento, que corresponde à soma anual
das frações de uso na hora ℎ, sendo genericamente estimado pelos perfis de utilização em
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dias tipo, [h/ano].
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 Índice de Eficiência Energética - Edifício


 Cálculo do IEEpr
IEEpr= IEEpr,S + IEEpr,T - IEEpr,REN [kWhEP/(m2.ano)]

Parcela a parcela: IEEpr,T


1
𝐼𝐸𝐸𝑝𝑟,𝑇 = σ𝑖 𝐸𝑇,𝑖 𝐹𝑝𝑢,𝑖 [kWhEP/(m2.ano)]
𝐴𝑡𝑜𝑡
Em que:
𝐸T,i – Consumo de energia do tipo T (Tabela 100), por fonte Sde energia 𝑖 [kWh/ano];
𝐴𝑡𝑜𝑡 – Área total de pavimento [m2];
𝐹𝑝𝑢,𝑖 – Fator de conversão de energia final para energia primária da fonte 𝑖, incluindo
renovável [kWhEP/kWh]

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 Índice de Eficiência Energética - Edifício


 Cálculo do IEEpr
IEEpr= IEEpr,S + IEEpr,T - IEEpr,REN [kWhEP/(m2.ano)]

Parcela a parcela: IEEpr,REN


O 𝐼𝐸𝐸𝑝𝑟,𝑟𝑒𝑛 representa a produção de energia, elétrica e térmica, a partir de fontes
de origem renovável para autoconsumo nos usos regulados, logo:
𝐼𝐸𝐸𝑝𝑟,𝑟𝑒𝑛 ≤ 𝐼𝐸𝐸𝑝𝑟,S
1
𝐼𝐸𝐸𝑝𝑟,𝑅𝐸𝑁 = σ𝑖 𝐸𝑅𝐸𝑁,𝑖 𝐹𝑝𝑢,𝑖 [kWhEP/(m2.ano)]
𝐴𝑡𝑜𝑡
Em que:
𝐸REN,i – Energia produzida a partir de fontes de origem renovável destinada a
autoconsumo [kWh/ano];
𝐴𝑡𝑜𝑡 – Área total de pavimento [m2];
𝐹𝑝𝑢,𝑖 – Fator de conversão de energia final para energia primária da fonte renovável
[kWhEP/kWh] 21
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 Índice de Eficiência Energética - Edifício


 Cálculo do IEEpr
IEEpr= IEEpr,S + IEEpr,T - IEEpr,REN [kWhEP/(m2.ano)]

Parcela a parcela: IEEpr,REN


A produção de energia, elétrica e térmica, a partir de fontes de energia renovável
para os usos não regulados e para exportar para a rede (𝐸𝑟𝑒𝑛,𝑒𝑥𝑡) não devem ser
contabilizados no 𝐼𝐸𝐸𝑝𝑟,𝑟𝑒𝑛.

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 Índice de Eficiência Energética - Edifício


 Cálculo do IEEpr
Aula 06-Nov-2023
 Cálculo de consumos – Exemplo

Mês % Considere um bar num estabelecimento de ensino que tem, entre outros
Set 75 equipamentos, uma máquina de café com 2 kW de potência, um moinho de café
Out 100 com 1,2 kW, uma televisão LCD com 400 W e um conjunto de balcões frigoríficos
Nov 100 com 240 W de iluminação e 1400 W associados ao grupo compressor. O referido
Dez 50 espaço trabalha no periodo escolar (2ª a 6ªfeira), das 8h00 às 18h00. Foi
Jan 100
observado que o LCD e a máquina de café estão sempre ligados, quando o espaço
Fev 100
está em funcionamento e que o moinho trabalha cerca de 10% desse tempo.
Mar 100
Relativamente aos balcões frigoríficos, a iluminação coincide com o tempo de
abertura do espaço ao público. Já o grupo compressor dos balcões frigoríficos, foi
Abr 50
observado que está em operação, cerca de 20% do tempo.
Mai 100
Jun 50 a) Em que parcela do IEE surgem estes consumos?
Jul 0 b) Qual o seu peso anual na respetiva parcela do IEE?
Ago 0 c) Qual a redução de emissões equivalentes de CO2 pelo balcão frigorífico estar 23
desligado durante as 12 semanas das férias de verão?
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 Índice de Eficiência Energética - Edifício


 Indicador de Energia Primária Renovável: 𝑅𝑒𝑛𝐶&𝑆

Onde,
𝑅𝑒𝑛𝐶&𝑆 – Indicador de energia primária renovável em edifícios de comércio e serviços;
𝐼𝐸𝐸𝑝𝑟,𝑟𝑒𝑛 – Indicador de eficiência energética previsto renovável [kWhEP/(m2.ano)];
𝑓𝐴𝑄𝑆,𝑘 – necessidades de energia útil para preparação de AQS supridas pelo sistema 𝑘 para a
fonte de energia 𝑗;
𝑄𝐴𝑄𝑆 – Necessidades nominais anuais de energia útil para preparação de AQS [kWh/ano];
𝐴𝑡𝑜𝑡 – Área total de pavimento [m2];
𝜂𝑘 – Eficiência do sistema 𝑘 que serve o uso 𝑛 para a fonte de energia 𝑖, que corresponde ao
respetivo valor de 𝐸𝐷𝐸𝐸, assumindo o valor de 1 no caso de sistemas de cogeração ou trigeração
e de sistemas que recorram a fontes de energia renovável, com exceção de sistemas de queima
a biomassa sólida
𝐹𝑝𝑢,𝑗 – Fator de conversão de energia final para energia primária para a fonte de energia 𝑗,
incluindo renovável [kWhEP/kWh] 24
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 Índice de Eficiência Energética - Edifício


 Cálculo do IEEpr
Simulação Dinâmica Multizona (SDM)
 Usar programa acreditado pela Norma ASHRAE 140, que deve modelar:
 Mais do que uma zona térmica;
 Com um incremento de tempo hora a hora (ou menor), e por um período de
um ano civil (8760 horas);
 A variação horária das cargas internas, diferenciadas em: ocupação,
iluminação e equipamentos;
 Os pontos de ajuste dos termóstatos das zonas térmicas e a operação dos
sistemas de climatização, permitindo a respetiva parametrização, de forma
independente, para dias da semana e fins de semana;
 A recuperação de calor do ar de rejeição;
 O efeito da massa térmica do edifício (inércia).
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 Índice de Eficiência Energética - Edifício


 Cálculo do IEEpr
Nas Simulações (Multizona ou Monozona), usar:
 Ocupação
 Considerar densidade de ocupação real ou prevista (por defeito usar perfis
do anexo VII);
 Considerar perfil de ocupação real ou previsto (por defeito usar perfis do
anexo VII);

 Condições interiores
 T ∈ [20 a 25ºC]
Nota - boa prática usar 20ºC no periodo de aquecimento e 25ºC no periodo de
arrefecimento

 Pontes térmicas
 Podem ser ignoradas as PTL ⇒ majoração em 5% as necessidades de 26
aquecimento do edifício
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 Índice de Eficiência Energética - Edifício


 Cálculo do IEEpr
Nas Simulações (Multizona ou Monozona), usar:
 Envolvente envidraçada
 Nos espaços com dormida e com dispositivos de proteção solar móveis,
assumir-se o valor de 𝑈𝑊𝐷𝑁;

 Ventilação
 Nos sistemas de ventilação mecânica considerar os caudais de ar novo
efetivamente introduzidos nos espaços (tendo em conta a eficácia da
remoção de poluentes)
 Em sistemas de ventilação que sirvam espaços interiores úteis, considerar
o perfil horário em funcionamento contínuo sempre que os espaços estão
ocupados (ocupação ≠ 0% ⇒ ventilação “on”).

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 Índice de Eficiência Energética - Edifício


 Cálculo do IEEpr
Nas Simulações (Multizona ou Monozona), usar:
 Climatização
 Em sistemas de climatização que sirvam espaços interiores úteis,
considerar funcionamento contínuo sempre que os espaços estão
ocupados (ocupação ≠ 0% ⇒ climatização “on”);
 Na ausência de sistemas de climatização, considerar o sistema por defeito
(chiller bomba de calor a ar, com COP de 3,0 e EER de 2,9)

 Iluminação
 Considerar a densidade de potência de iluminação instalada ou a instalar,
(conforme secção 11.4 do Manual SCE)
 Iluminação interior considerar perfil de iluminação real ou previsto (por
defeito usar perfis do anexo VII);
 Iluminação exterior, considerar a potência e o número de horas de 28
funcionamento anuais.
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 Índice de Eficiência Energética - Edifício


 Cálculo do IEEpr
Nas Simulações (Multizona ou Monozona), usar:
 Outros equipamentos
 Considerar a densidade de potência dos equipamentos (cap.13, Manual
SCE);
 Considerar perfil real ou previsto (por defeito usar perfis do anexo VII);

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 Índice de Eficiência Energética - Edifício


 Cálculo do IEEref - (IEE de Referência)
Neste caso é considerada a inexistência de sistemas renováveis!
 Envolvente Opaca
 Considerar os 𝑈𝑟𝑒𝑓 (Tabela 103); Não confundir Uref com Umax!!!
 Usar absortância solar, 𝛼𝑠𝑜𝑙 = 0,4
 PTP com 𝑈𝑟𝑒𝑓 (Tabela 103);

 Envolvente envidraçada
 Usar 𝑈𝑟𝑒𝑓 (Tabela 103);
 Aenv ≤ 30% Aparede
 Não são considerados vãos envidraçados horizontais
 Considerar o fator solar de referência (𝑔𝑡𝑜𝑡,𝑟𝑒𝑓) (Tabela 104);
 Considerar a ausência de dispositivos de proteção solar móveis ou fixos;
 Considerar a ausência de elementos de sombreamento do tipo pala 30
horizontal e vertical.
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 Índice de Eficiência Energética - Edifício


 Cálculo do IEEref - (IEE de Referência)
 Envolvente, Uref

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 Índice de Eficiência Energética - Edifício


 Cálculo do IEEref - (IEE de Referência)
 Ventilação
 Usar método prescritivo e assumir ℇ=0.8;
 Potvent  750 W ⇒ SFP = 1250 W/(m3/s);
 Ignorar a existência de sistemas de arrefecimento gratuito, de recuperação
de calor, de caudal de ar variável ou outras soluções de eficiência
energética na ventilação.

 Climatização
 Considerar os sistemas de referência em função dos sistemas do edifício
previsto (ver tabela 105);
 Ignorar a existência de sistemas de arrefecimento gratuito, de recuperação
de calor, de caudal variável ou outras soluções de eficiência energética na
climatização.

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 Índice de Eficiência Energética - Edifício


 Cálculo do IEEref
 Climatização
Diferenciar: Aquecimento +
Arrefecimento + AQS/AQP

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 Índice de Eficiência Energética - Edifício


 Cálculo do IEEref - (IEE de Referência)
Neste caso é considerada a inexistência de sistemas renováveis
 AQS + AQP
 Considerar os sistemas de referência em função dos sistemas do edifício
previsto (ver tabela 105);
 Considerar a ausência de sistemas de recuperação de calor, de caudal
variável ou outras soluções de eficiência energética na AQS e AQP.

 Iluminação
 Considerar uma densidade de potência de iluminação para 𝐷𝑃𝐼100 𝑙𝑥,𝑚á𝑥,
(nº12 do artigo 6º do DL 101-D/2020), e para o valor de iluminância média
requerida no espaço (Ē𝑚 𝑟𝑒𝑞), conforme no Anexo IV – usar valores de
iluminância, sem contabilizar sistemas de controlo por ocupação ou por
disponibilidade de luz natural;

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Manual SCE
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 Índice de Eficiência Energética - Edifício


 Fator de Conversão de Energia, Fpu

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Manual SCE
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 Classe Energética
 Edifícios C&S
𝐼𝐸𝐸𝑝𝑟,𝑆 − 𝐼𝐸𝐸𝑝𝑟,𝑟𝑒𝑛
𝑅𝐼𝐸𝐸 =
𝐼𝐸𝐸𝑟𝑒𝑓,𝑆

Em que:
𝑅𝐼𝐸𝐸 – Rácio de classe energética em edifícios de comércio e serviços;
𝐼𝐸𝐸𝑝𝑟,𝑆 – Indicador de eficiência energética previsto do tipo S [kWhEP/(m2.ano)];
𝐼𝐸𝐸𝑝𝑟,𝑟𝑒𝑛 – Indicador de eficiência energética previsto renovável [kWhEP/(m2.ano)];
𝐼𝐸𝐸𝑟𝑒𝑓,𝑆 – Indicador de eficiência energética de referência do tipo S kWhEP/(m2.ano)]

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 Classe Energética
 Edifícios C&S

𝐼𝐸𝐸𝑝𝑟,𝑆 − 𝐼𝐸𝐸𝑝𝑟,𝑟𝑒𝑛
𝑅𝐼𝐸𝐸 =
𝐼𝐸𝐸𝑟𝑒𝑓,𝑆

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Despacho 6476-E
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 Requisitos
 Edifícios C&S Novos

Nota: Classe energética mínima B e não B-, como vigorava até 01 Julho 2021!!!

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Despacho 6476-E
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 Requisitos
 Edifícios C&S Grandes Remodelações

Nota: Classe energética mínima C, como antes!!!

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Manual SCE
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 Medidas de Melhoria, MM
Na avaliação do DEE, sempre que exista potencial de melhoria, esta deve
ser identificada e estudada.
 As MM devem observar os seguintes pontos:
 Correção de patologias construtivas;
 Promoção do conforto térmico, da salubridade dos espaços e da
qualidade do ar interior;
 Redução das necessidades de energia útil;
 Melhoria da eficiência energética dos sistemas técnicos e
respetivos componentes;
 Promoção da utilização de sistemas com recurso a fontes de
energia renovável.

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Manual SCE
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 Medidas de Melhoria, MM
 Para o estudo de uma MM deve:
a) Considerar os custos de energia à data da submissão do PCE ou
CE, excluindo os custos financeiros e os efeitos da inflação (dito
PRS);
b) Descrever a medida e o respetivo processo de implementação
incluindo, sem limitar:
i. Caraterísticas técnicas e/ou propriedades dos materiais ou
sistemas;
ii. Quantidades, dimensões e/ou capacidades;
iii. Aspetos prévios e eventuais condicionantes técnicas, legais
ou práticas à execução da medida, como o caso de
licenças, autorizações ou outros elementos relevantes;
iv. Requisitos ou recomendações de instalação, operação e
manutenção.

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Manual SCE
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 Medidas de Melhoria, MM
 Para o estudo de uma MM deve:
c) Apresentar a estimativa do custo de investimento, da redução de
consumos de energia e da poupança económica;
d) Determinar o impacto da MM nos indicadores energéticos e de
desempenho aplicáveis (IEE e emissões equivalentes de CO2);

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 Medidas de Melhoria, MM
 Para o estudo de uma MM deve:
e) No caso de múltiplas MM deve ser apresentada a análise da
implementação global.

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Manual SCE
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Especialização em Energia & Ambiente

 Categorias de Espaços
 Edifícios C&S
 Espaços interiores úteis ou não úteis
a) Usar tabela 14 Manual SCE como referência
b) Ocupação permanente - presença humana superior, em média, a
2h/dia no período de funcionamento, e cumulativamente, uma
densidade superior a 0,025 ocupantes/m2;
c) Ver situações particulares (6.2.1)

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Manual SCE
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 Categorias de Espaços
Edifícios C&S - Parte inicial da Tabela 14

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Manual SCE
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 Categorias de Espaços
Edifícios C&S - Parte inicial da Tabela 14

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Manual SCE
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 Categorias de Espaços
 Edifícios C&S
 Espaços interiores úteis ou não úteis - situações particulares:
a) Um espaço climatizado com o objetivo de garantir as condições
de conforto térmico para ocupação humana, independentemente
do previsto na Tabela 13 ou na Tabela 14 e nas alíneas
seguintes, deve ser sempre considerado espaço interior útil;
b) Nas situações em que exista uma instalação sanitária com acesso
exclusivo pelo exterior ou por um espaço interior não útil, esta
deve ser considerada espaço interior não útil;
c) As escadas e circulações interiores que dão acesso a espaços
interiores não úteis a partir de espaços interiores úteis, desde
que separadas por portas, devem ser consideradas como
espaços interiores não úteis;

47
Manual SCE
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Especialização em Energia & Ambiente

 Categorias de Espaços
 Edifícios C&S
 Espaços interiores úteis ou não úteis - situações particulares:
d) Um espaço de ar que disponha de uma dimensão média, no
sentido do fluxo de calor, superior a 30 cm, deve ser considerado
espaço interior não útil;
e) Nos edifícios de habitação, uma lavandaria em que não se
verifique a possibilidade de ventilação para o exterior ou para um
espaço interior não útil, quer seja por infiltrações através dos
vãos envidraçados, condutas, aberturas ou outro componente,
deve ser considerada espaço interior útil
f) Nos edifícios de habitação, independentemente da climatização e
do aquecimento da água, o espaço destinado a uma piscina
interior deve ser considerado espaço interior não útil.

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 Condições Fronteira

bztu = 0,6

(1) - Para efeitos do cálculo dinâmico simplificado monozona, com exceção dos elementos que separam o 49
espaço interior útil do edifício adjacente, deve ser considerada uma condição fronteira sem trocas térmicas
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 Coeficiente de Redução, bztu


𝜃𝑖𝑛𝑡 − 𝜃𝑒𝑛𝑢
𝑏𝑧𝑡𝑢 =
𝜃𝑖𝑛𝑡 − 𝜃𝑒𝑥𝑡
Não conhecendo as temperaturas, é possível estimar bztu pela Tabela 16:

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Especialização em Energia & Ambiente

 Marcação das Envolventes


 A envolvente de um edifício é constituída pelo conjunto dos elementos que
separam os espaços interiores úteis do resto (do exterior, dos espaços interiores
não úteis, do solo, de edifícios adjacentes e de outras frações vizinhas);
 A envolvente deve ser delimitada nas plantas e, quando aplicável, nos cortes,
diferenciando-se o tipo de envolvente pela cor associada (tabela 17).

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Manual SCE
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 Marcação das Envolventes


 A marcação nas peças desenhadas deve ser realizada pela superfície interior dos
elementos, correspondendo às paredes uma linha contínua e aos pavimentos e
coberturas as tramas previstas na Figura 8.

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Marcação das Envolventes


 Exemplo:

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Sistemas AVAC
Especialização em Energia & Ambiente

Marcação das Envolventes Considerar trocas térmicas

C&S Fração PES


 Exemplo 2: bztu > 0,7
Fração Serviços
em estudo Edifício
adjacente
Fração PES (bztu = 0,6)
bztu ≤ 0,7

Desprezar Fração habitação


trocas térmicas

Considerar
Frações e edifícios adjacentes
Espaços Tipo B
trocas térmicas

Espaço Útil
Espaço não útil
bztu > 0,7
Desprezar trocas térmicas
Espaço não útil
bztu ≤ 0,7
54
Sistemas AVAC
Especialização em Energia & Ambiente

Marcação das Envolventes


Ambas as fracções
 Exemplo 3:
como parte do
mesmo edíficio A

Varanda com
bztu0.7

Envolvente exterior
Nos edifícios C&S Envolvente interior
apenas há requisitos Envolvente sem requisitos (*)
Cave com btr0.7 Envolvente em contacto 55
para Exterior e bztu>0,7
com solo (sem requisitos)
Manual SCE
Sistemas AVAC
Especialização em Energia & Ambiente

Marcação das Envolventes


 Exemplo 4:

Exterior
Interior (bztu>0,7)
Interior (bztu≤0,7)
56
Sem requisitos
Manual SCE
Sistemas AVAC
Especialização em Energia & Ambiente

Marcação das Envolventes


 Exemplo 5:

Exterior
Interior (bztu>0,7)
Interior (bztu≤0,7)
Sem requisitos
57
Solo
Portaria 138-I
Sistemas AVAC
Especialização em Energia & Ambiente

 Consumos AQS - Edifícios C&S


Necessidades nominais anuais de energia para preparação de AQS, QAQS

𝑄𝐴𝑄𝑆 = (𝐶𝐴𝑄𝑆 .4,187. ∆𝑇)/3600 [𝑘𝑊ℎ/𝑎𝑛𝑜]

Em que:
𝑄𝐴𝑄𝑆 – Necessidades nominais anuais de energia útil para preparação de AQS [kWh/ano];
𝐶𝐴𝑄𝑆 – Consumo anual de AQS [l/ano];
∆𝑇 – Aumento de temperatura necessário para a preparação das AQS [ºC].

58
Portaria 138-I
Sistemas AVAC
Especialização em Energia & Ambiente

 Consumos AQS - Edifícios C&S

59
Portaria 138-I
Sistemas AVAC
Especialização em Energia & Ambiente

 Consumos de AQS
 Edifícios C&S
 Alguns cuidados a verificar:
c) No caso de edifícios C&S podem ser considerados outros valores de
consumo diário de AQS (distintos dos da Tabela 23), devendo o autor
do projeto, nos casos aplicáveis, justificar devidamente os valores
utilizados no projeto de especialidade;
f) É obrigatória a instalação de uma rede de circulação e retorno de
AQS, quando o comprimento da canalização de distribuição, entre o
aparelho gerador ou acumulador e o dispositivo terminal mais
afastado for superior a 15 metros;
g) O disposto na alínea anterior pode ser dispensado sempre que sejam
instalados equipamentos nos dispositivos terminais a mais de 15
metros de distância do aparelho gerador ou acumulador que anulem
os tempos de espera pela AQS ou o seu desperdício durante esse
período;
60
Portaria 138-I
Sistemas AVAC
Especialização em Energia & Ambiente

 Consumos de AQS
 Edifícios C&S
 Perante a existência de coletores solares térmicos:
i. Esolar ∈ [50% a 75%] das necessidades anuais de AQ;
ii. Nos sistemas solares térmicos de circulação forçada que sirvam
vários depósitos ou frações, instalar válvulas de regulação de caudal
de forma a garantir o equilíbrio hidráulico e térmico;
iii. O vaso de expansão deve ser função da temperatura de estagnação
do coletor solar e da probabilidade de expulsão do fluido térmico,
devendo a sua posição ser a jusante da válvula de retenção;
iv. Se Testagnação>120 °C, o vaso de expansão deve ser dimensionado para
absorver as dilatações do circuito e receber o líquido expulso
durante a vaporização do coletor;
v. Acaptação>15 m2, a rede de tubagem do circuito primário deve
apresentar perda de carga ≤ 4 mbar/metro linear de tubagem.
61
Portaria 138-I
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Especialização em Energia & Ambiente

 Consumos de AQS
 Edifícios C&S
 Solar térmico: requisitos de instalação
a) A instalação ou renovação dos sistemas de preparação de AQ dos edifícios
deve ser assegurada por pessoas devidamente habilitadas para o exercício da
atividade e que garantam a conformidade com as leis e regulamentos em vigor
e realizada, sempre que aplicável, pelos técnicos qualificados mencionados no
nº 2 do artigo 10º do DL 101-D/2020;
b) Os sistemas previstos na alínea anterior devem, ainda, cumprir com a
legislação em vigor e, sempre que aplicável, o especificado no projeto, as
instruções de montagem definidas pelos fabricantes e a arte de boa execução;

c) São incentivadas as iniciativas promovidas pelas entidades referidas na


alínea a) sobre, designadamente, a aplicação de soluções inovadoras e o
reforço da capacitação técnica e humana e das melhores práticas ambientais e
sustentáveis;
62
Portaria 138-I
Sistemas AVAC
Especialização em Energia & Ambiente

 Consumos de AQS
 Edifícios C&S
 Solar térmico: requisitos de instalação
d) No caso da instalação de sistemas solares térmicos, devem ser cumpridos
adicionalmente os seguintes requisitos:

i) O circuito primário deve ser fechado, não podendo estar ligado à rede
de abastecimento de água;

ii) O circuito primário deve ser cheio com água glicolada, para evitar o
congelamento perante as temperaturas mais baixas previstas,

iii) A pressurização do circuito primário dos sistemas solares térmicos de


circulação forçada deve ser feita a frio, com pmin  1 bar (pressão relativa
no coletor), acrescendo a altura manométrica da instalação.

e) No caso de sistemas de preparação de AQ com recurso a equipamentos


com permuta ar-água, a admissão de ar desses sistemas deve ser proveniente
do exterior ou de espaços interiores não úteis. 63
Portaria 138-I
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Especialização em Energia & Ambiente

 Consumos de AQS
 Edifícios C&S
 Solar térmico: requisitos de ajustamento
a) Sistemas AQ novos ou renovados em edifícios de C&S com PAQ>30 kW ou
que incluam sistemas solares térmicos circulação forçada com Acaptação>15 m2
devem ser objeto de tarefas de testes e ajustamento após a conclusão das
instalações e previamente à fase de serviço;

64
Portaria 138-I
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Especialização em Energia & Ambiente

 Consumos de AQS
 Edifícios C&S
 Solar térmico: testes dos requisitos de ajustamento
As tarefas de testes e ajustamento devem demonstrar o funcionamento em
conformidade com as especificações definidas em projeto, as instruções de
montagem definidas pelos fabricantes e ainda a legislação em vigor, bem
como a arte de boa execução, de acordo com os seguintes termos:

i. Para cada teste devem ser previamente estabelecidas as metodologias de


execução e os critérios de aceitação, referenciando as normas, localização
dos ensaios efetuados e intervenientes;

ii. O procedimento de teste deve incluir sempre a formação dos responsáveis


das instalações do edifício, incluindo, sempre que aplicável, os técnicos
qualificados mencionados no nº 5 do artigo 10º do DL 101-D/2020;

65
Portaria 138-I
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Especialização em Energia & Ambiente

 Consumos de AQS
 Edifícios C&S
 Solar térmico: testes dos requisitos de ajustamento
iii. Os testes previstos devem dar origem a um relatório de execução,
devendo este ser validado pelo dono de obra ou respetivo representante,
devendo conter, entre outros, os seguintes elementos de informação:
1) A data de realização e os técnicos responsáveis de cada teste;
2) A identificação das entidades ou técnicos presentes em cada teste
3) Os resultados pretendidos e obtidos;
4) A indicação de eventuais medidas de seguimento, na eventualidade do
teste necessitar de continuação;
5) A indicação da eventual necessidade de realização de uma nova sessão,
cujo prazo de início e de conclusão deve encontrar-se definido;

66
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Especialização em Energia & Ambiente

 Exercício C&S_1
 Desempenho Energético Edifícios C&S
Considere um edifício de serviços, a construir no Porto (altitude 120 m), cujo projeto de
arquitetura deu entrada na entidade licenciadora depois de 1 de julho de 2021.
O edifício destina-se a ser um estabelecimento de ensino e o projeto indica uma área total de
pavimento de 1100 m2, onde se inclui a área da cozinha (75 m2) e a área de um armazém de
material desportivo (150 m2).
O edifício dispõe de um termoacumulador elétrico para preparação das AQS, com um
rendimento de 96% e de uma bomba de calor para efetuar o aquecimento ambiente com
uma potência de 24 kW, um COP de 3,2 e um SCOP de 3,4. Não existe qualquer sistema de
arrefecimento. Existe ainda um termossifão que garante 60% das necessidades de AQS.
Na cozinha está prevista a instalação de uma hotte compensada com uma potência
absorvida de 900 W e um caudal de extração de 2500 m3/h. Prevê-se que esta hotte
funcione, nos dias úteis, cerca de 4 horas. Na cozinha existem diversos equipamentos que
funcionam a gás natural e que dão apoio à preparação de cerca de 60 refeições por dia.
A escola não encerrará no verão.
No que respeita a ventilação existirá uma UTAN responsável pela admissão de ar novo nas
salas de aulas e refeitório. Existem várias bombas de recirculação associadas ao sistema de
preparação de AQ.
Na tabela seguinte apresentam-se os resultados da simulação para as condições previstas e
para as condições de referência.
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Especialização em Energia & Ambiente

 Exercício C&S_1
 Desempenho Energético Edifícios C&S
Previsto Referência
Energia útil Energia Final Energia útil Energia Final
Tipo de uso [kW.h/ano] [kW.hEP/ano] [kW.h/ano] [kW.hEP/ano]
Aquecimento 4000 2600
Arrefecimento 850 1800
AQS Apoio 1920 1920
Substituto de AQS Solar 2880 2880
Ventilador UTAN 2600 2600
Bombas de recirculação 1900 1100
Iluminação interior 8000 18000
Iluminação exterior 750 750
Elevador 600 600
Equipamantos Eléctricos 10000 10000
Equipamentos Gás Natural 8000 8000
Hotte 906

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Especialização em Energia & Ambiente

 Exercício
 Desempenho Energético Edifícios C&S (cont.)
a) Qual a contribuição do aquecimento para a energia primária desta FA?
b) Qual a contribuição do arrefecimento para a energia primária desta FA?
c) Quais os consumos Tipo S e Tipo T?
d) Qual o consumo previsto para a hotte?
e) Qual o consumo de energia final em termos previstos deste edifício?
f) Qual o consumo de energia primária em termos previstos deste edifício?
g) Qual o valor do IEEprev,S?
h) Qual o valor do IEEprev,T?
i) Qual o valor do IEEprev?
j) Quais as emissões de CO2 previstas para este edifício?
k) Qual o valor do IEEref?
l) Qual a classe energética deste edifício?
m) Este edifício é um nZEB?
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