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Sistemas AVAC

Especialização em Energia & Ambiente

Sistemas AVAC
Rendimentos + Iluminação

Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica


Especialização em Energia & Ambiente
Pedro Lobarinhas

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Manual SCE
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Especialização em Energia & Ambiente

 Equipamentos Climatização e AQS


 Que rendimento considerar para efeitos da DEE?
DEE: Desempenho Energético do
Edifício

SPER e PER têm um significado


paralelo ao SCOP e COP (ou
SEER e EER), mas quando a
fonte de energia é um combustível
e não eletricidade

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 Equipamentos Climatização e AQS


 Que rendimento considerar para efeitos da DEE?
 No caso de equipamentos existentes considerar um fator de depreciação
devido à idade: 𝐸𝐷𝐸𝐸 = 𝐸 × 𝐹𝑎𝑔𝑒

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 Equipamentos Climatização e AQS


 Que rendimento considerar para efeitos da DEE?
Nas situações seguintes, a eficiência do sistema para determinada
função deve ser obtida através da Tabela 76:
a) Sistemas de aquecimento ambiente por efeito de Joule (resistência
elétrica);
b) Termoacumuladores elétricos para a função AQS;
c) Sistemas bomba de calor, que não possuam a sua eficiência
determinada através da Norma EN 16147, para a função AQS;
d) Ausência de informação, independentemente da função

Tabela 76 – Notas:
(1) Na falta de informação sobre a data de instalação do sistema técnico, usar a data mais
recente entre: ano de fabrico e ano de construção do edifício;
(2) Se houve manutenção ao equipamento no último ano (documentada por evidências), não
se aplica o fator de correção
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 Equipamentos Climatização e AQS


Valores de 𝑆𝐶𝑂𝑃 e 𝑆𝐸𝐸𝑅, adotados devem corresponder às:
 Temperaturas previstas na Tabela 77, para a função aquecimento:

TEvaporador

 Temperaturas previstas Tabela 78, na função arrefecimento:

TCondensador
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Equipamentos Climatização e AQS


Chillers & Bombas de Calor:
 Na ausência de informação, para a função aquecimento:

 Para a função arrefecimento:

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 Iluminação
 Em edifícios C&S: Iluminação interior e exterior – tem que cumprir
requisitos!!!

Caraterização do sistema de iluminação fixa:


a) Quantidade e potência das lâmpadas;
b) Quantidade de luminárias;
c) Tipo, quantidade e potência dos balastros, transformadores ou drivers;
d) Densidade de potência de iluminação;
e) Tipo e potência dos sistemas de controlo e regulação de fluxo (em
função da ocupação e de luz natural);
f) Iluminância, quando aplicável.

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 Iluminação
 Lâmpadas e Luminárias
Potência nominal de iluminação fixa em cada espaço (𝑃𝑡𝑜𝑡):
𝑃𝑡𝑜𝑡 = σ𝑛 𝑃𝑖,𝑛 𝑊
Onde:
𝑃𝑡𝑜𝑡 – Potência nominal total de iluminação fixa do espaço [W];
𝑃𝑖,𝑛 – Potência nominal do conjunto lâmpada + balastro, transformador ou driver, da
luminária 𝑛 [W]

Quando a potência associada aos balastros ou transformadores é desconhecida


considera-se que:
a) Em balastros eletromagnéticos, também conhecidos por ferromagnéticos ou
convencionais, a potência do balastro assume o valor correspondente a 30% da
potência da lâmpada;
b) Em balastros eletrónicos, a potência do balastro assume o valor correspondente
a 10% da potência da lâmpada.

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 Iluminação
 Sistemas de controlo
 A potência nominal dos sistemas de controlo do espaço (𝑃𝑐), corresponde ao
somatório da potência dos dispositivos de deteção e controlo de movimento ou
ocupação e dos dispositivos de deteção e controlo de luz natural.
 Na falta de melhor informação (exceto novos e renovados), considerar:
𝑃𝑐 = 0,17 × 𝐴𝑒𝑠𝑝𝑎ç𝑜 𝑊

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 Iluminação
 Fator de ocupação, Foc
 Foc está associado à existência de sistemas de controlo e regulação de fluxo por
deteção de movimento ou ocupação (Tabela 85);
 Na ausência deste tipo de sistemas, 𝐹𝑜𝑐=1;
 Alternativamente, podem ser utilizados outros valores para 𝐹𝑜𝑐 desde que
devidamente justificados.

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 Iluminação
 Fator de disponibilidade de luz natural, Fd
 Fd está associado à existência de sistemas de controlo em função do nível e da
existência de luz natural no interior do espaço (Tabela 86);
 Na ausência deste tipo de sistemas, 𝐹d =1;
 Alternativamente, podem ser utilizados outros valores para 𝐹d desde que
devidamente justificados.

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 Iluminação
 Densidade de Potência, DPIinst

A densidade de potência de iluminação instalada em cada espaço (𝐷𝑃𝐼𝑖𝑛𝑠𝑡):

𝑃𝑡𝑜𝑡 ×𝐹𝑜𝑐 ×𝐹𝑑 +𝑃𝑐


𝐷𝑃𝐼𝑖𝑛𝑠𝑡 = 𝑊 Τ𝑚 2
𝐴𝑒𝑠𝑝𝑎ç𝑜

Onde:
𝐷𝑃𝐼𝑖𝑛𝑠𝑡 – Densidade de potência de iluminação instalada no espaço [W/m2];
𝑃𝑡𝑜𝑡 – Potência nominal total dos sistemas de iluminação fixa do espaço [W];
𝐹𝑜𝑐 – Fator de ocupação do espaço;
𝐹𝑑 – Fator de disponibilidade de luz natural do espaço;
𝑃𝑐 – Potência nominal total dos sistemas de controlo do espaço [W];
𝐴𝑒𝑠𝑝𝑎ç𝑜 – Área de pavimento do espaço [m2]

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 Iluminação
 Densidade de Potência, DPIinst

Se não existir sistema de iluminação, usar:


𝐸𝑚,𝑟𝑒𝑞
𝐷𝑃𝐼𝑖𝑛𝑠𝑡 = 𝐷𝑃𝐼100 𝑙𝑥,𝑚𝑎𝑥 𝑊 Τ𝑚 2
100

Onde:
𝐷𝑃𝐼𝑖𝑛𝑠𝑡 – Densidade de potência de iluminação instalada no espaço [W/m2];
𝐷𝑃𝐼100 𝑙𝑥,𝑚a𝑥 – Densidade de potência de iluminação máxima do espaço, por
100 lx, obtida de acordo com o disposto na portaria prevista no nº12 do artigo
6 do Decreto-Lei 101-D/2020, [(W/m2)/100 lx];
E𝑚,𝑟𝑒𝑞 – Iluminância média requerida no espaço, obtida através do Anexo IV –
Valores de iluminância [lx].

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 Iluminação
 Densidade de Potência, DPIinst

Edifícios em tosco ou sem funcionamento, em que não exista sistema de


iluminação, nem informação sobre o uso efetivo do espaço, deve ser
considerado o seguinte valor por defeito:

a) Para edifícios de comércio, 𝐷𝑃𝐼𝑖𝑛𝑠t = 12 𝑊/𝑚2

b) Para edifícios de serviços, 𝐷𝑃𝐼𝑖𝑛𝑠𝑡 = 14 𝑊/𝑚2

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Portaria 138-I
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 Iluminação
 Verificação do requisito
Sistemas de iluminação fixa
 Requisitos de controlo adequado:
a) Os sistemas fixos de iluminação em edifícios C&S, com exceção dos
circuitos com equipamentos elétricos auxiliares digitais, devem recorrer à
segregação dos circuitos elétricos de potência, nomeadamente:
i. Utilização de circuitos independentes por cada zona funcional;
ii. Adoção de circuito elétrico independente que alimente a(s)
luminária(s) junto às janelas;
iii. Adoção de circuitos elétricos independentes por filas de luminárias,
paralelas ou alternadas entre si;
iv. Adoção de circuitos independentes para as luminárias das
circulações.

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 Iluminação
 Verificação do requisito
Edifícios de C&S devem verificar o cumprimento de requisitos relativos à:
i. iluminância
ii. densidade de potência

i. Iluminância
É a quantidade de luz, proveniente de um sistema de iluminação, que incide
no plano de trabalho [lux]
 A aferição da iluminância, para verificação do cumprimento de requisito,
pode ser feita:
a) Por estudo luminotécnico com recurso a software adequado de acordo
com a EN 15193,
b) Por medição no local, seguindo a metodologia prevista na EN 12464-1
Em qualquer dos casos não devendo ser contabilizado o contributo da iluminação
natural, móvel, de emergência, de montras, de expositores e cénica)
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Portaria 138-I
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 Iluminação
 Verificação do requisito
i. Iluminância (cont.)
 Requisitos:
c) O dimensionamento dos sistemas de iluminação fixa deve ser realizado
tendo por base os níveis de iluminância, … em função da utilização, conforme
previsto nas Normas EN 12464 -1 e EN 12193, esta última aplicável a
iluminação em edifícios ou recintos para prática desportiva;
d) Para efeitos de aplicação do disposto na alínea anterior, a iluminância dos
espaços deve cumprir com os valores previstos nas normas referidas, não os
podendo exceder em mais de 30%

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 Iluminação
 Verificação do requisito
a) Iluminância (cont.)
 Os valores de iluminância média requerida no espaço (Ē𝑚 𝑟𝑒𝑞), da Norma
EN 12464-1, encontram-se no Anexo IV – Valores de iluminância.

Exemplo de tabela
do Anexo IV sobre
iluminância

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DL 101-D/2020
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 Iluminação
 Verificação do requisito

ii. Densidade de Potência


Requisito:
 Os sistemas de iluminação fixa devem dispor de: 𝐷𝑃𝐼100 𝑙𝑥 < 𝐷𝑃𝐼100 𝑙𝑥,𝑚a𝑥
(incluindo toda a iluminação fixa, com exceção da iluminação de emergência, de
montras, de expositores, cénica e em recintos para prática desportiva em regime de
alta competição e de transmissão televisiva)
100 𝑊 Τ𝑚 2
𝐷𝑃𝐼100 𝑙𝑥 = 𝐷𝑃𝐼𝑖𝑛𝑠𝑡 100 𝑙𝑥
𝐸𝑚
Onde:
𝐷𝑃𝐼100 𝑙𝑥 – Densidade de potência de iluminação instalada no espaço, por 100
lx [(W/m2)/100 lx];
𝐷𝑃𝐼𝑖𝑛𝑠𝑡 – Densidade de potência de iluminação instalada no espaço [W/m2];
Ē𝑚 – Iluminância média mantida no espaço [lx] 19
Port.138-I/2020
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 Iluminação Requisito:
𝐷𝑃𝐼100 𝑙𝑥 < 𝐷𝑃𝐼100 𝑙𝑥,𝑚a𝑥
 Verificação do requisito
b) Densidade de Potência - 𝐷𝑃𝐼100 𝑙𝑥,𝑚a𝑥

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 Iluminação
 Exemplo: Lâmpadas fluorescentes tubulares T8 vs T5
Características de uma T5 (exemplo)
 T5 inserida em tubo com as dimensões das fluorescentes tradicionais T8
 Balastro eletrónico integrado na solução
 Substituição das Fluorescentes T8 sem necessidade de substituir luminária
 Até 60% de economia de energia (com balastro eletromagnético)
 Temperatura de cor: 3000 – 6500K
 Tempo de Vida média de 20.000 horas
 Luz imediata apos ligar
 Ra>85 ⇒ cores mais nítidas (Ra ou IRC – índice de reprodução de cor)
 Ideal para hotéis, hospitais, escritórios, parques de estacionamento

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 Iluminação
Características das lâmpadas de sódio
 Arranque é lento, podendo demorar até 15 minutos para o funcionamento pleno
 Necessitam de luminárias para direcionar o feixe de luz, pois irradiam a 360º
 Redução do fluxo luminoso a partir de 20% da sua vida útil
 Antes do surgimento dos led’s, era o tipo de lâmpada com maior rendimento
(lumen vs watt) do mercado
 Problemas de reposição de cor
 Muito usadas em pavilhões industriais (armazéns) e na via pública

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 Iluminação
 Tipos de Lâmpadas: T8 vs T5
Características de uma T5 (exemplo)

Relação entre comprimento e potência,


nas fluorescentes tubulares

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 Iluminação
 Tipos de Lâmpadas: algumas características

LED’s – 60 a 90 lm/W
(em crescendo)

AP – alta pressão
BP – baixa pressão
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 Iluminação
 Tipos de Lâmpadas: Watt versus lumens

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 Iluminação
 Fluxo luminoso vs tempo de vida das lâmpadas

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 Iluminação
 Temperatura de cor

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 Iluminação
 Lâmpadas
Temperatura de Cor (Cromaticidade)
 Expressa a aparência de cor da luz emitida pela fonte de luz. A sua unidade
de medida é o Kelvin (K).
 Quanto mais alta a temperatura de cor, mais clara é a tonalidade de cor da
luz.
 Quando se fala em luz quente ou fria, não há ligação ao calor físico da
lâmpada, e sim a tonalidade de cor que ela apresenta ao ambiente. Luz com
tonalidade de cor mais suave revela-se mais aconchegante e relaxante; luz
mais clara, mais estimulante.
Temperatura [K]

Morna < 3.300 K

Neutra 3.300 K a 5.000 K


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Fria > 5.000 K
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 Iluminação
Temperatura de Cor (Cromaticidade)

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 Iluminação
Temperatura de Cor (Cromaticidade)

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 Iluminação
 Exemplo de aplicação 1
Pretende-se verificar a solução de iluminação, no que diz respeito ao nível de
iluminância e à densidade de potência de iluminação, para os seguintes espaços:
 gabinete individual, área = 20 m2
 sala de reuniões, área = 76 m2
 Auditório, área = 160 m2
Valores entregues pelo autor de projeto:
 Gabinete: Iluminância = 520 lux; potência = 280 W (incluindo balastros)
 Sala de reuniões: Iluminância = 400 lux; potência = 620 W (incluindo balastros)
 Auditório (teatro, cinema): Iluminância = 80 lux; potência = 320 W (incluindo
balastros)
 Potência associada aos sistemas de controlo: 6 W no gabinete e 8 W na sala de
reuniões. No auditório não existe potência associada ao controlo.
 O gabinete e a sala de reuniões têm dispositivos de controlo por disponibilidade
de luz natural.
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 Iluminação
 Exemplo de aplicação 1
Resolução
Lembrar:
Tabelas Anexo IV (Manual SCE): valores Emed,req
Tabela 25 (Portaria 138-I/2020): valores 𝐷𝑃𝐼100 𝑙𝑥,𝑚a𝑥
𝑃𝑡𝑜𝑡 ×𝐹𝑜𝑐 ×𝐹𝑑 +𝑃𝑐
𝐷𝑃𝐼𝑖𝑛𝑠𝑡 = 𝑊 Τ𝑚 2
𝐴𝑒𝑠𝑝𝑎ç𝑜

100 𝑊 Τ𝑚 2
𝐷𝑃𝐼100 𝑙𝑥 = 𝐷𝑃𝐼𝑖𝑛𝑠𝑡 100 𝑙𝑥
𝐸𝑚

 Necessário verificar: iluminância e 𝐷𝑃𝐼100 𝑙𝑥,𝑚a𝑥

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 Iluminação
 Exemplo de aplicação 1
Resolução (cont.)
Verificação dos níveis de iluminância:
Valores Em,req retirados tabela 144 (Anexo IV, Manual SCE):
 Gabinete: 520 lux < 1,3 x 500 = 650 lux - Regulamentar
 Sala de reuniões: 400 lux < 1,3 x 500 = 650 lux - Regulamentar
 Auditório: 80 lux < 1,3 x 500 (*) = 650 lux - Regulamentar

(*) - A iluminação deve ser regulável

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 Iluminação
 Exemplo de aplicação 1
Resolução (cont.)
Verificação dos DPI100lux:
Gabinetes:
 DPI100lux,máx = 1,5 (W/m2)/100 lux (tabela 25, Portaria 138-I)
 DPIinstalado= (280 x 0,9+6)/20 = 12,9 W/m2 para uma Iluminância de 520 lux
 DPIinstalado/Em x 100 = 2,48 (W/m2)/100 lux > 1,5 (W/m2)/100 lux – Não
regulamentar!!

Sala de reuniões:
 DPI100lux,máx = 1,5 (W/m2)/100 lux (tabela 25, Portaria 138-I)
 DPIinstalado= (620 x 0,8+8)/76 = 6,63 W/m2, para uma Iluminância de 400 lux
 DPIinstalado/Em x 100 = 1,66 (W/m2)/100 lux > 1,5 (W/m2)/100 lux – Não
regulamentar!!!
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 Iluminação
 Exemplo de aplicação 1
Resolução (cont.)
Verificação dos DPI100lux:
Auditório:
 DPI100lux,máx = 1,5 (W/m2)/100 lux (tabela 25, Portaria 138-I)
 DPIinstalado= 320/160 = 2,0 W/m2, numa Iluminância de 80 lux
 DPIinstalado/Em x 100 = 2,5 (W/m2)/100 lux > 1,5 (W/m2)/100 lux – não
regulamentar!!!

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 Requisitos dos Sistemas Energéticos


 Exemplo de aplicação 2
Considere um sistema dotado de uma UTA com possibilidade de free-cooling.
Sabendo que as condições interiores requeridas são: Tdb=25 ºC e HR=50%,
avalie a possibilidade de recurso ao arrefecimento gratuito (free-cooling), nas
seguintes condições exteriores:
a) Tdb=23 ºC e HR=40%
b) Tdb=23 ºC e HR=70%
c) Tdb=20 ºC e HR=70%
d) Tdb=28 ºC e HR=20%

Nota: para tirar partido do free-cooling será necessário verificar em simultâneo: Text<Tint e hext<hint

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 Requisitos dos Sistemas Energéticos


 Exemplo de aplicação

Lembrar:

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 Requisitos dos Sistemas Energéticos


 Exemplo de aplicação
Lembrar ainda que, de acordo com a legislação:
b) É obrigatória a instalação de dispositivos que permitam o arrefecimento dos locais
apenas com ar exterior (free-cooling) quando a temperatura e a entalpia do ar exterior
forem inferiores à do ar de retorno e sempre que a soma dos caudais de ar de
insuflação de todos os equipamentos nos sistemas de climatização do tipo «tudo ar»
seja superior a 10 000 m3/h;

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 Requisitos dos Sistemas Energéticos


 Exemplo de aplicação 3
Um grande edifício de serviços tem um sistema de climatização constituído por: uma UTA para
assegurar a climatização do auditório (UTA1) e uma outra UTA para climatizar o refeitório
(UTA2). O restante edifício é climatizado por ventilo-convetores a quatro tubos e a renovação de ar
é assegurada por uma UTAN.
A UTA1 tem um caudal de insuflação de 15000 m3/h, um caudal de ar novo de 10000 m3/h e um
caudal de ar rejeitado de 9000 m3/h. A potência associada ao ar rejeitado é de 100 kW. Esta UTA
está equipada por um recuperador de calor do ar rejeitado com uma eficiência de 70% e um
equipamento que permite efetuar o arrefecimento gratuito (free-cooling).
A UTA2 insufla um caudal de ar de 6000 m3/h, o caudal de ar novo é de 4000 m3/h e o ar rejeitado
é de 3600 m3/h a potência associada ao ar rejeitado é de 37 kW. Esta UTA não possui nem
recuperador de calor, nem equipamento para arrefecimento gratuito.
A UTAN tem uma caudal de ar insuflado de 5300 m3/h. O caudal de ar rejeitado associado aos
restantes espaços é de 4800 m3/h e tem uma potência de 49 kW. A energia rejeitada é recuperada na
UTAN com um recuperador de eficiência 52%.
Verifique se a solução é regulamentar.
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 Requisitos dos Sistemas Energéticos


 Exemplo de aplicação 3
Lembrar ainda que:
c) Deve ser instalada recuperação de energia no ar de rejeição com uma eficiência
mínima de 50 %, durante o período de aquecimento, sempre que a soma da potência
térmica de rejeição de todos os equipamentos em condições de projeto seja superior a
80 kW;
d) Para efeitos do previsto na alínea anterior, nos sistemas sem capacidade de
recuperação de calor latente, a eficiência de recuperação aplica-se apenas ao calor
sensível;

Neste caso verificar:


 Requisitos de recuperação da energia do ar rejeitado
 Verificar requisitos de arrefecimento gratuito (free-cooling)

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 Iluminação
 Exemplo de aplicação 3
Resolução
 Requisitos de recuperação da energia do ar rejeitado

Unidade Potência rejeitada Eficiência Potência recuperada


(kW) (%) (kW)
UTA1 100 70 70
UTA2 37 0 0
UTAN+VE 49 52 25,5
TOTAL 186 51,3% 95,5

Eficiência  50%
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 Iluminação
 Exemplo de aplicação 3
Resolução
 Verificar requisitos de arrefecimento gratuito (free-cooling):
Sistemas tudo ar:

Unidade Caudal de Ar insuflado (m3/h) Eficiência

UTA1 15000 70%


UTA2 6000 ---
TOTAL 21000

Como total ≥ 10000 m3/h, todas as UTAs de sistemas tudo-ar deverão estar
equipadas com free-cooling ⇒ UTA2 está não regulamentar.

Nota: A UTAN está inserida no sistema ar-água (VC´s), não entra neste requisito.
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 Requisitos dos Sistemas Energéticos


 Exemplo de aplicação 4
Considere a seguinte situação de projeto, de uma UTA com recuperador de
placas de fluxo cruzado:
 Caudal de ar novo: 7170 m3/h
 Caudal de ar rejeitado: 7830 m3/h
 Temperatura do ar novo: 3,5 °C
 Humidade relativa do ar novo: 80%
 Temperatura de retorno: 20,0 °C
 Humidade relativa do ar de retorno: 50%
Valores observados:
 Temperatura de ar novo (após recuperador): 13,2 °C
 Condensados recolhidos no recuperador: 1,0 kg/h
 Temperatura do ar exaurido (após recuperador): 11,1 °C

 Qual a eficiência de recuperação de calor?


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