Processos psicrométricos e fator de derivação da serpentina

CONDICIONAMENTO DE AR
&
REFRIGERAÇÃO
CONDICIONAMENTO DE AR E REFRIGERAÇÃO
AULA 4
PROCESSOS PSICROMÉTRICOS
FATOR DE DERIVAÇÃO DA SERPENTINA
Foi mostrado que a

temperatura BS do ar que
passa através de uma
serpentina de aquecimento,
tende a aproximar-se da
temperatura da superfície da
serpentina ponto C da figura
ao lado.
Se todo o ar que passa

através da serpentina ficar em
contato com a superfície de
aquecimento, e permanecer
neste contato por um espaço
suficiente de tempo, a
temperatura BS do ar saindo
pode ser elevada à temperatura
da superfície de aquecimento.
Contudo, uma determinada

porção da quantidade total do ar que
passa através de alguma serpentina de
aquecimento nunca fica em contato
com a superfície da serpentina e
portanto, não é afetada por esta
passagem através da serpentina. Isto
é, ela deixa a serpentina na mesma
condição em que entrou.
A porção de ar que passa

através da serpentina sem ter
contato com sua superfície é
conhecida como ar de derivação
e, quando expressa como uma
taxa para a quantidade total do ar,
é chamada de fator de derivação
da serpentina.
O ar que deixa a
serpentina é realmente uma
mistura de duas correntes de
ar ou componentes.
Um componente é a
porção do ar que entra em
contato direto com a superfície
da serpentina considerando-se
que sai da serpentina a uma
temperatura BS igual à
temperatura média da superfície
da mesma.
O outro componente é
o ar de derivação, que não
tem contato com a superfície
da serpentina, e considera-se
que sai dela à mesma
temperatura BS com que
entrou.
O ponto de estado B, que

representa a condição do ar que deixa
a serpentina de aquecimento, também
pode ser considerado como sendo a
condição da mistura resultante quando
duas quantidades de ar, tendo
condições iniciais representadas pelos
pontos de estado A e C, são postas
em contato.
O ponto de estado B
sempre dividirá uma linha reta
(AC) desenhada entre os dois
pontos de estado iniciais (A e C),
em duas partes que são
exatamente proporcionais às
quantidades das duas correntes
de ar.
A linha BC representa
um componente de quantidade
de ar: o ar de derivação.
A linha AB representa o
outro componente de quantidade
de ar: aquele que realmente tem
contato com a superfície da
serpentina.
A linha AC representa a
quantidade total da mistura de
ar que deixa a serpentina, a qual
é a soma das duas quantidades
componentes do ar.
O FD de qualquer
serpentina é a relação entre a
quantidade do ar de derivação e a
quantidade total do ar.
Conseqüentemente, a relação entre
a linha BC e a linha AC é, neste
caso, igual ao fator de derivação da
serpentina de aquecimento.
Uma vez que, em termos

de escala da temperatura BS, o
comprimento da linha BC é igual a
TC - TB e o comprimento da linha
AC é igual a TC - TA.
TA : temperatura BS do ar entrando na serpentina

TB : temperatura BS do ar deixando a serpentina
TC : temperatura média efetiva da superfície da serpentina
É importante entender que o fator de derivação de qualquer

serpentina de aquecimento ou resfriamento, deve sempre ser determinado,
dividindo-se a diferença entre a temperatura BS do ar que sai, e a temperatura da
superfície da serpentina, pela diferença entre a temperatura BS do ar que entra e
a temperatura da superfície da serpentina.

EXERCÍCIO 1
Calcule o fator de derivação da serpentina de aquecimento
usada no processo de aquecimento sensível descrito na figura abaixo, se
a temperatura média efetiva da superfície da serpentina for 105 F.
SOLUÇÃO 1
Calcule o fator de derivação da serpentina de aquecimento usada no processo de
aquecimento sensível descrito na figura abaixo, se a temperatura média efetiva da superfície da
serpentina for 105 F.

SOLUÇÃO 1
Calcule o fator de derivação da serpentina de aquecimento usada no processo de
aquecimento sensível descrito na figura abaixo, se a temperatura média efetiva da superfície da
serpentina for 105 F.
O FD da serpentina de 0,348 significa, com efeito, que 34,8% da

quantidade total do ar passa através da serpentina de aquecimento sem ter
contato com a superfície da serpentina e portanto, sai desta na condição de
entrada do mesmo (A), enquanto os outros 65,2% da quantidade total do ar, têm
contato com a superfície da serpentina e têm sua temperatura elevada para a
temperatura da superfície da mesma (C). A mistura destas duas quantidades de
ar produz a mistura de ar que sai da serpentina na condição (B).
REFRIGERAÇÃO SENSÍVEL
A refrigeração sensível
do ar é conseguida pela
passagem do ar através de urna
superfície de refrigeração seca,
cuja temperatura esteja abaixo
da temperatura BS do ar,
porém, acima da temperatura
PO do mesmo.
REFRIGERAÇÃO SENSÍVEL
• Não é acrescentada ou removida umidade alguma;

• A umidade específica permanece a mesma;
• A temperatura PO permanece o mesmo;
• O conteúdo de calor latente do ar permanece o mesmo;
• A mudança no calor total do ar é igual à mudança no calor
sensível do mesmo.
EXERCÍCIO 1
Quatro mil libras de ar por hora, tendo temperaturas iniciais BS e BU de
87 F e 60 F, respectivamente, são passadas através de uma superfície de
refrigeração seca e refrigeradas a uma temperatura BS final de 60 F. Se a
temperatura da superfície de refrigeração for 50 F, determine:
(a) o calor sensível transferido em Btu por hora,
(b) o fator de derivação da serpentina,
(c) a quantidade de ar de derivação em libras por hora.
SOLUÇÃO 1
Quatro mil libras de ar por hora, tendo temperaturas iniciais BS e BU de 87 F e 60 F,
respectivamente, são passadas através de uma superfície de refrigeração seca e refrigeradas a
uma temperatura BS final de 60 F. Se a temperatura da superfície de refrigeração for 50 F,
determine:
(a) Aplicando a Equação
Qs = (4.000 lb/h) (0,24) (87 - 60 )

Qs = 25.920 Btu/h
SOLUÇÃO 1
determine:
(b) Aplicando a Equação

SOLUÇÃO 1
determine:
(c) A quantidade de ar de derivação (VA) é
VA = (4000 lb/h) (0,27)
VA = 1080 lb/h
EXERCÍCIO 2
Quatro mil kilogramas (2000kg) de ar por hora, com temperaturas

iniciais de bulbo seco (BS) e bulbo úmido BU de 30 C e 15 C,
respectivamente, são passadas através de uma superfície de refrigeração
seca e refrigeradas a uma temperatura BS final de 15 C. Se a
temperatura da superfície de refrigeração for 10 C, determine:
(a) o calor sensível transferido em Kcal por hora,
(c) a quantidade de ar de derivação em kilogramas por hora.
REFRIGERAÇÃO E DESUMIDIFICAÇÃO
Simultaneamente, a
refrigeração e desumidificação
do ar, ocorrerão em qualquer
ocasião em que o ar passe
através de uma superfície de
refrigeração, cuja temperatura
esteja abaixo da temperatura
PO inicial do ar.
REFRIGERAÇÃO E DESUMIDIFICAÇÃO
Isto é verdade, quer a

temperatura BS do ar saindo
da superfície de refrigeração
seja menor ou não que a
temperatura PO inicial do ar.
EXERCÍCIO 3
Duas mil libras de ar por hora, tendo as temperaturas iniciais BS e

BU de 79 F e 65 F, respectivamente, são passadas através de uma
serpentina de refrigeração, cuja temperatura média efetiva da superfície é
50 F. Considerando que todas as partes do ar estão em contato com a
superfície de refrigeração, de tal modo que o ar deixa a serpentina saturada à
temperatura da superfície de refrigeração, trace o trajeto no diagrama
psicrométrico, e determine:
(a) o calor total removido por libra de ar seco,
(b) o calor sensível removido por libra de ar seco,
(c) o calor latente removido por libra de ar seco,
(d) a massa de vapor de água condensada do ar em libras por hora.
SOLUÇÃO 3
Duas mil libras de ar por hora, tendo as temperaturas iniciais BS e BU de 79 F e 65 F, respectivamente,
são passadas através de uma serpentina de refrigeração, cuja temperatura média efetiva da superfície é 50 F.
Considerando que todas as partes do ar estão em contato com a superfície de refrigeração, de tal modo que o ar deixa
a serpentina saturada à temperatura da superfície de refrigeração, trace o trajeto no diagrama psicrométrico, e
determine: (a) o calor total removido por libra de ar seco, (b) o calor sensível removido por libra de ar seco, (c) o calor
latente removido por libra de ar seco, (d) a massa de vapor de água condensada do ar em libras por hora.
Supondo que todas as partes

do ar estão em contato com a
superfície de refrigeração e são
refrigeradas simultânea e
progressivamente da condição inicial
até à final, é razoável considerar que o
processo de ar condicionado seguirá o
trajeto ABC, como foi mostra a figura
do diagrama psicrométrico.
EXERCÍCIO 4
Duas mil libras de ar por hora, tendo as temperaturas iniciais BS e BU

de 79 F e 65 F, respectivamente, são passadas através de uma serpentina de
refrigeração, cuja temperatura média efetiva da superfície é 50 F. Considerando
que todas as partes do ar estão em contato com a superfície de refrigeração, de
tal modo que o ar deixa a serpentina saturada à temperatura da superfície de
refrigeração, trace o trajeto no diagrama psicrométrico, e determine:
(a) o calor total removido por libra de ar seco,
(b) o calor sensível removido por libra de ar seco,
(c) o calor latente removido por libra de ar seco,
(d) a massa de vapor de água condensada do ar em libras por hora.
SOLUÇÃO 4
Duas mil libras de ar por hora, tendo as temperaturas iniciais BS e BU de 79 F e 65 F, respectivamente, são
passadas através de uma serpentina de refrigeração, cuja temperatura média efetiva da superfície é 50 F.
O ar à condição inicial A é
primeiro resfriado com temperatura PO
constante (e taxa de umidade) ao longo
da linha AB de saturação, até sua
temperatura PO inicial (ponto B) e
depois então, resfriado e desumidificado
ao longo da curva de saturação (BC)
para as condições de saída (ponto C)
SOLUÇÃO 4
O ar à condição inicial A é primeiro resfriado

com temperatura PO constante (e taxa de
umidade) ao longo da linha AB de saturação,
até sua temperatura PO inicial (ponto B) e
depois então, resfriado e desumidificado ao
longo da curva de saturação (BC) para as
condições de saída (ponto C). Este processo
teórico é ilustrado na figura ao lado.
SOLUÇÃO 4
(a) Do diagrama psicrométrico

ht,a = 30,05 - 0,108
ht,a = 29,94 Btu/lb
ht,c = 20,40 Btu/lb
SOLUÇÃO 4
(a) Do diagrama psicrométrico

ht,a = 30,05 - 0,108
ht,a = 29,94 Btu/lb
ht,c = 20,40 Btu/lb
Aplicando a Equação
SOLUÇÃO 4
(b) Aplicando a Equação
Qs = (1 lb) (0,24) (79 - 50 )

Qs = 6,96 Btu/Ib
SOLUÇÃO 4
(c) O calor latente removido
QL = Q t - Qs
QL = 9,54 - 6,96
QL = 2,58 Btu/lb
SOLUÇÃO 4
(d) Do diagrama, temos: wa = 0,010 Ib/lb e wc = 0,0076 Ib/lb
A massa de vapor de água condensado por hora é:

m= (2000 Ib/h) (0,010 - 0,0076) = 4,8 Ib/h
Uma solução alternativa para as

partes a, b e c, é ilustrada no diagrama
da figura ao lado.
FATOR DE CALOR SENSÍVEL DA SERPENTINA
Em qualquer processo de refrigeração e desumidificação, ambos, o calor

latente e o sensível, são removidos da serpentina de refrigeração, sendo a soma
dos dois o calor total transferido.
A relação entre o calor sensível e o calor transferido é conhecida como
fator de calor sensível da serpentina (FCSS).
EXERCÍCIO 3
Calcule o FCSS para a serpentina do exercício anterior.

SOLUÇÃO 3
Qt = 6,96 Btu/lb
Qs = 9,54 Btu/lb
SOLUÇÃO 3
O FCSS pode ser

determinado diretamente do
diagrama psicrométrico,
empregando- se a escala de fator
de calor sensível na margem
direita do diagrama. Uma reta
(reta AC na figura ao lado)
traçada entre a condição de
entrada de ar (A) e a temperatura
da superfície de refrigeração (C)
é conhecida como reta FCSS.
SOLUÇÃO 3
Observe que o
componente vertical desta reta é
um índice do calor latente
(umidade) removido durante o
processo, quando medido pela
escala de umidade específica,
enquanto que o componente
horizontal, é um índice do calor
latente removido, quando medido
pela escala da temperatura BS.
SOLUÇÃO 3
Uma vez que as escalas

da taxa da temperatura BS e
umidade são lineares, é evidente
que a inclinação desta reta
mudará em proporção, para se
converter em FCSS, tornando-se
mais vertical quando a FCSS
diminui e mais horizontal quando
a FCSS aumenta.
SOLUÇÃO 3
Para um processo e
refrigeração sensível, a linha FCSS
é exatamente horizontal e coincide
com as linhas a temperatura PO
constante.
SOLUÇÃO 3
Para determinar o FCSS

diretamente do diagrama, uma reta,
começando no ponto de referência
do diagrama e prolongando-se até a
escala do fator de calor sensível na
margem direita do referido
diagrama, é desenhada
paralelamente a reta FCSS.
SOLUÇÃO 3
O FCSS é lido da escala de

fator do calor sensível até o ponto
em que a referida reta intercepta a
escala. Na figura ao lado, leia o
FCSS como 0,73.
FIM

Processos psicrométricos e fator de derivação da serpentina

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CONDICIONAMENTO DE AR

Foi mostrado que a

Se todo o ar que passa

Contudo, uma determinada

A porção de ar que passa

O ponto de estado B, que

Uma vez que, em termos

TA : temperatura BS do ar entrando na serpentina

É importante entender que o fator de derivação de qualquer

TA : temperatura BS do ar entrando na serpentina

TA : temperatura BS do ar entrando na serpentina

O FD da serpentina de 0,348 significa, com efeito, que 34,8% da

• Não é acrescentada ou removida umidade alguma;

(a) Aplicando a Equação

Qs = (4.000 lb/h) (0,24) (87 - 60 )

(b) Aplicando a Equação

(c) A quantidade de ar de derivação (VA) é

VA = (4000 lb/h) (0,27)

Quatro mil kilogramas (2000kg) de ar por hora, com temperaturas

Isto é verdade, quer a

Duas mil libras de ar por hora, tendo as temperaturas iniciais BS e

Supondo que todas as partes

Duas mil libras de ar por hora, tendo as temperaturas iniciais BS e BU

O ar à condição inicial A é primeiro resfriado

(a) Do diagrama psicrométrico

(a) Do diagrama psicrométrico

(b) Aplicando a Equação

Qs = (1 lb) (0,24) (79 - 50 )

(c) O calor latente removido

(d) Do diagrama, temos: wa = 0,010 Ib/lb e wc = 0,0076 Ib/lb

A massa de vapor de água condensado por hora é:

Uma solução alternativa para as

Em qualquer processo de refrigeração e desumidificação, ambos, o calor

Calcule o FCSS para a serpentina do exercício anterior.

Calcule o FCSS para a serpentina do exercício anterior.

O FCSS pode ser

Uma vez que as escalas

Para determinar o FCSS

O FCSS é lido da escala de

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