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DIRETORIA DE PROJETOS
RT.01.28.a
PROJETO PAISAGÍSTICO
DIRETORIA DE PROJETOS
RT.01.28.a
PROJETO PAISAGÍSTICO
PARA VIAS RURAIS
Elaboração:
Andréa Greiner da Cunha Salles
Angelina B. A. Magalhães
Cláudia M. Pereira Ramos Claro
Eduardo Rezende Tondato
Hélcio Mário Machado da Silva
Murilo Fonte Boa
Wagner Cavazza Pinto Coelho
Revisão:
Andréa Greiner da Cunha Salles
Newton Martins de Souza
Luiz Carlos Soares
1. REFERÊNCIAS
Esta Recomendação Técnica fundamenta-se nas seguintes leis, decretos, regulamentos e
portarias:
ABNT NBR 6971, Defensas Metálicas, Implantação;
ABNT NBR 6970, Defensas Metálicas, Defensas Metálicas Zincadas por Imersão à
Quente;
FHWA Safety, AASHTO, Roadside Design Guide, 2011;
DNIT, IPR 713, Instruções de Proteção Ambiental das Faixas de Domínio e Lindeiras das
Rodovias Federais, IPA 01, Instrução de Proteção Ambiental para Arborização e
Paisagismo, 2005;
DNIT, Diretrizes Básicas para Elaboração de Estudos e Programas Ambientais
Rodoviários, Anexo B, IS 04, Programa de Paisagismo, 2006
DNIT, IPR 726, Diretrizes Básicas para Elaboração de Estudos e Projetos Rodoviários,
Anexo B, IS 216, Instrução de Serviço para Projeto de Paisagismo;
DNIT, IPR 718, Manual de Projeto de Interseções;
DER/SP, Instrução de Projeto, Projeto de Paisagismo, IP DE-S00/001, 2005;
CONTRAN, Resolução nº 236 do CONTRAN, Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito,
Volume IV, Sinalização Horizontal;
NOVACAP, Manual de Jardinagem e Produção de Mudas do Departamento de Parques e
Jardins, DU, DPJ, Brasília, 2003.
2. OBJETIVO
Seu objetivo geral é definir os procedimentos a serem adotados para elaboração do projeto
paisagístico ou projeto de paisagismo, integrando-o ao projeto de engenharia rodoviária,
buscando o equilíbrio espacial e ambiental em função da operacionalidade da rodovia, além
de contribuir para a segurança e conforto dos usuários.
São objetivos específicos, os seguintes:
Proporcionar um ambiente atraente e agradável, menos monótono e fatigante, tornando
as vias rurais confortáveis e seguras aos usuários;
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ATO NORMATIVO
Código: RT.01.28.a
Denominação do Ato: RECOMENDAÇÃO TÉCNICA Unidade Emissora: DP
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Assunto: PROJETO PAISAGÍSTICO PARA VIAS RURAIS
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demais tipos de equipamentos, tais como: áreas de descanso, mirantes, sítios históricos,
arqueológicos e turísticos.
O projeto paisagístico deve optar pela seleção da vegetação compatível com a fitogeografia
da região, com base no equilíbrio biológico existente nas diferentes coberturas vegetais dos
ecossistemas, na área do Estado de Minas Gerais.
4. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS
As árvores que necessitem ser preservadas, e que possam oferecer risco ao usuário, devem
ser isoladas da corrente de tráfego, através de dispositivo de contenção veicular, do tipo
defensa metálica, conforme NBR 6970 e NBR 6971. Tal dispositivo visa redirecionar
veículos desgovernados, e proteger os ocupantes dos veículos.
As disposições das árvores devem ser observadas para que, após seu crescimento, não
haja prejuízo com relação à visibilidade na via.
Baseando-se em publicação da AASHTO Roadside Design Guide recomenda-se que a
distância livre entre o bordo externo do acostamento e a árvore mais próxima seja de, no
mínimo, 9 (nove) metros.
A época mais apropriada para se implantar o projeto paisagístico é durante a construção da
via rural, ou melhor, quando do asfaltamento ou acabamento da mesma, desde que a faixa
de domínio esteja toda ela efetivamente cercada.
Quando da operação da rodovia, se necessário, devem ser eliminados efeitos de oclusão
visual do motorista, ofuscamento produzido pelos faróis dos veículos e efeito
estroboscópico, através da reposição de espécies ou introdução de melhorias paisagísticas.
Ao longo da rodovia deve-se priorizar o plantio de maciços vegetais de grandes volumes, por
serem mais significativos, em locais intermitentes nas tangentes longas, contribuindo para
reduzir a monotonia, bem como, nas imediações das curvas, para combater os efeitos da
oclusão visual.
A arborização deve ser constituída, idealmente, por maciços pluriespecíficos, espaçados
assimetricamente, variando-se a altura, o volume, a textura e a cor e ainda, ter como
contraponto árvores isoladas e afastadas da pista de rolamento.
Em relação às áreas de descanso/mirante, devem ser observados os seguintes requisitos:
A área de descanso ou mirante deve situar-se preferencialmente num trecho em tangente;
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Para áreas de descanso localizadas em ambos os lados de uma mesma rodovia, deve-se
respeitar a distância mínima de 1.000 (mil) metros entre elas;
Para a implantação da área de descanso deve-se respeitar um afastamento em função da
segurança e da necessidade de espaço para manobras e estacionamento, devendo constar
de projeto específico a ser submetido à aprovação da Diretoria de Projetos do DER/MG.
4.1. Parâmetros do Projeto Paisagístico
Os parâmetros e elementos que devem constituir o projeto paisagístico são os seguintes:
Condições adequadas de visibilidade, para os usuários que percorrem a rodovia;
Redução de ofuscamento devido aos faróis de veículos;
Utilização de maciços vegetais ao longo do percurso, objetivando minimizar a monotonia;
Sinalização viva dos diversos eventos na rodovia;
Introdução de espécies vegetais que, estrategicamente situadas, amorteçam o impacto de
veículos,
Sombreamento de setores de áreas operacionais;
Introdução de barreiras contra o vento;
Contenção dos taludes;
Combate à erosão e ao assoreamento do solo, que dizem respeito à proteção e
manutenção da rodovia.
4.2. Conceito de Distância de Visibilidade e Área de Visibilidade Desimpedida
Em caso de interseções deve ser considerado o conceito de Distância de Visibilidade, em
que o motorista necessita ter visão desimpedida de toda a interseção e de partes dos ramos
de acesso, para que possa se antecipar a situações de perigo e tomar uma decisão segura.
Essa distância necessária é função das velocidades dos veículos envolvidos e das
distâncias percorridas entre os tempos de percepção, reação e frenagem.
A Tabela 1, a seguir, apresenta os valores que podem ser adotados para as distâncias de
visibilidade de parada, em função da velocidade de projeto.
Observa-se que essa é uma tabela referência, podendo o projetista considerar os valores
preconizados no Manual de Projeto de Interseções, DNIT, IPR 718, caso julgue necessário.
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Tabela 1
Distâncias de Visibilidade em Função da Velocidade
Velocidade de Projeto Distância de Visibilidade de Parada
(Km/h) (m)
20 20
30 35
40 50
50 65
60 85
70 105
80 130
90 160
100 185
110 220
120 250
IP-DE-S00/001/DER/SP, baseada na Fonte AASTO, 2004
Para determinação dos triângulos de visibilidade, a distância “b” é a distância percorrida por
veículos que estão na rodovia principal e, a distância “a” é a distância percorrida na rodovia
secundária, a partir do ponto de decisão até o ponto de cruzamento com uma das correntes
da rodovia principal. Essas duas linhas formam um triângulo, onde não deve haver nenhum
obstáculo à visão, constituindo a “AVD” ou Área de Visibilidade Desimpedida. (Vide Figura 1)
FIGURA 1
Fonte: IP-DE-S00/001/DER/SP
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5. ELABORAÇÃO DO PROJETO
O projeto de paisagismo deve ser desenvolvido em duas fases:
Projeto Básico
Projeto Executivo
5.1. Projeto Básico
No Projeto Básico devem constar:
Levantamento dos recursos paisagísticos, visando identificar, preservar e melhorar os
principais valores naturais, através da caracterização ambiental dos meios físico e biótico, na
área de influência do empreendimento;
Listagem de ocorrências significativas, tais como nascentes, cursos d’água, florestas,
bosques, sítios históricos e outros;
Levantamento dos locais de interesse turístico ou apropriados para parada e lazer;
Indicação de locais mais adequados à implantação de estacionamentos, mirantes, postos
de polícia e de serviços;
Especificação das espécies vegetais propostas (árvores, palmeiras, arbustos, forrações e
grama) e locação dos diversos agrupamentos representados em planta, com identificação da
altura e a distância recomendada para o plantio, privilegiando as espécies nativas;
Indicação de fontes de aquisição de espécies vegetais, distância de transporte,
quantidade disponível e época de plantio;
Desenvolvimento de anteprojetos especiais de urbanização, no caso do traçado estar
inserido em perímetro urbano;
Esboço dos projetos arquitetônicos de praças, belvederes, equipamentos de apoio ao
usuário e edifícios destinados à administração rodoviária na faixa de domínio;
A apresentação nesta fase deve ser composta pelo Relatório e Memória Justificativa, pelos
projetos contendo plantas, seções e detalhes gerais;
O relatório deve conter a concepção do projeto, o levantamento qualitativo das
potencialidades paisagísticas, a relação das espécies vegetais propostas (arbóreas,
arbustivas, forrações e grama). Os desenhos devem ser apresentados em plantas que
utilizem a escala definida no projeto geométrico e que contenham a caracterização das
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áreas de tratamento paisagístico, com os elementos físicos e maciços vegetais. Além das
plantas, devem ser apresentados os detalhes das áreas de intervenção paisagística para
entendimento das soluções propostas.
5.2. Projeto Executivo
Nesta fase, o projeto deve ter como base a consolidação do Projeto Básico, adequado ao
levantamento topográfico, o traçado geométrico definitivo, com a representação de taludes
de corte e aterro, faixas de acostamento, sarjetas, passeios e outros elementos construtivos,
compatibilizando-o com outros elementos propostos nos outros projetos de engenharia
rodoviária.
O Projeto Executivo deve constar de:
Indicação das espécies vegetais propostas, preferencialmente nativas e compatíveis com
as diferentes coberturas vegetais, contribuindo para melhor integração à paisagem, visando
a harmonização dos elementos construtivos, arquitetônicos e vegetação local;
Tratamento paisagístico de interseções e acessos, considerando os critérios de segurança
e visibilidade, de forma a garantir a segurança aos usuários da rodovia;
Detalhamento dos projetos-tipo adotados, considerando os maciços arbóreos/arbustivos e
as diferentes forrações especificadas no projeto;
Projeto de implantação das áreas de estacionamentos, mirantes, repouso e/ou recreação,
postos de polícia, balanças, pedágio, áreas de apoio operacional e outros;
Identificação do revestimento vegetal de recobrimento dos taludes de corte e aterro, como
grama, semeadura manual, hidrossemeadura, dentre outros;
Detalhamento dos elementos arquitetônicos e paisagísticos dos mirantes, estacionamentos
e áreas de lazer;
Elaboração do Quadro de Quantidades;
Cronograma para implantação dos serviços;
Instruções para execução dos serviços.
Nesta fase, o projeto deve ser composto pelo Relatório, Memorial Descritivo, apresentação
de plantas e detalhes correspondentes, além da planilha de quantidades.
As soluções aprovadas na fase do Projeto Básico devem ser detalhadas na fase do Projeto
Executivo e apresentado por meio dos seguintes elementos:
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Cuidados especiais devem ser adotados em relação aos canteiros, constituídos por
camadas drenante, de esterco e de solo areno-argiloso. As sementes devem ser
introduzidas nos canteiros, cobertas com tela fina para a proteção contra a insolação e as
chuvas intensas que podem prejudicar o seu desenvolvimento.
Esta proteção deve ser mantida até o início da germinação, quando deve ser realizada a
aclimatação das mudas no canteiro, retirando-se a cobertura, inicialmente em intervalos de
horas, em seguida de dias e, finalmente, retirando-se definitivamente a cobertura.
Ao atingir a altura de 5 (cinco) centímetros, as mudas devem ser transplantadas para sacos
plásticos, procedendo-se a novo processo de aclimatação das mudas no ripado, durante 15
(quinze) dias, procurando-se mantê-las na sombra durante 50% do tempo.
As mudas devem permanecer no viveiro da obra, em local denominado “Pátio de Espera”,
até alcançarem alturas de 0,50 a 1,50 m, quando devem estar aptas para serem utilizadas
no plantio. Antes de serem transportadas para o plantio devem ser adubadas e receber
tratamento fitossanitário.
O transporte exige o máximo de cuidados, principalmente quando se utilizar espécies mais
sensíveis, devendo-se colocar, no fundo da carroceria do caminhão, uma camada de argila
que deve ser mantida constantemente saturada, objetivando evitar a queima das raízes que
tenham perfurado os sacos plásticos, nos quais tenham sido acondicionadas.
Sobre as mesmas, deve ser colocado um encerado para evitar, durante o transporte, a ação
do sol e do vento.
6.2. Preparo do Terreno
Nas áreas selecionadas para o paisagismo deve ser procedida a limpeza e capina
mecânica, através da remoção de todo o lixo e restos de obra, tais como tocos, galhos,
pedras ou plantas indesejáveis.
Para o plantio de áreas com forração ou grama deve ser previsto o preparo do solo a 20
(vinte) centímetros de profundidade, quebra de torrões do solo, no processo de
escarificação, afim de reduzir a compactação, incorporar corretivos e fertilizantes, aumentar
os espaços porosos e, com isso, elevar a permeabilidade e o armazenamento de ar e água.
Caso seja necessário, o nivelamento do terreno deve ser executado.
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6.3. Estaqueamento
Na execução do plantio, é necessário o estaqueamento para definir a posição exata de cada
muda de árvore ou a área a ser plantada de arbustos ou cobertura de solo, através de
estacas, com a identificação de cada espécie, conforme o projeto.
6.4. Abertura e Adubação de Covas
A abertura das covas, ao longo do trecho a ser arborizado, deve seguir o especificado em
projeto, isto é, a sua distribuição deve seguir os grupamentos intercalados das mudas,
respeitando o espaçamento especificado. A camada de solo orgânico existente deve ser
retirada na ocasião da abertura da cova e depositada separadamente do restante do solo.
As covas devem ser deixadas abertas pelo menos por 24 (vinte e quatro) horas, visando a
aeração e ação bactericida do sol.
Em seguida, deve ser recolocada uma camada de terra descompactada procedendo-se a
adubação.
A adubação consiste na adição de fertilizantes de vários tipos no solo na quantidade
adequada e de forma balanceada e visa à obtenção do melhor potencial de desenvolvimento
possível das plantas. Os adubos orgânicos consistem em resíduos de plantas e de animais
em fase de decomposição. Além dos compostos orgânicos, existem os químicos, que podem
ser extraídos de rochas ou sintetizados pela indústria e disponíveis no mercado.
Na adubação das covas deve-se aplicar corretivos de calcário dolomítico, quando
necessário, e incorporados em seguida. Os fertilizantes devem ser aplicados, e feita a sua
incorporação em seguida. Além disso, as mudas devem estar em bom estado fitossanitário e
plantadas na profundidade correta (altura do coleto).
Para efeito de adubação são consideradas as seguintes categorias de mudas:
Mudas de pequeno porte: até 1,50 m de altura, em que as covas devem ser de 0,40 m x
0,40 m x 0,40 m;
Mudas de médio porte: acima de 1,50 m até 3,00 m de altura, em que as covas devem ser
de 0,60 m x 0,60 m x 0,60 m;
Mudas de grande porte: acima de 3,0 m de altura, em que as covas devem ser de 1,00 m x
1,00 m x 1,00 m.
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Tabela 3
Relação entre Clima e Evapotranspiração
Evapotranspiração
Clima
(mm/dia)
Frio e Úmido 2,5 - 3,8
Frio e Quente 3,8 - 5,1
Temperado e Úmido 3,8 - 5,1
Temperado e Seco 5,1 - 6,4
Quente e Úmido 5,1 - 7,6
Quente e Seco 7,6 - 11,4
Fonte: NOVACAP/DU/DPJ/2003
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ANEXO
Prezado Senhor,
___(CGC ou CPF)___, vem pela presente solicitar de V.Sa., a devida autorização para a uso
e ocupação da faixa de domínio da(s) Rodovia(s) _(sigla)_, Trecho(s)
___________________________, entre os km ____ e _____, para a implantação do projeto
paisagístico em anexo, a ser aprovado pela Assessoria de Meio Ambiente, do DER/MG.
Atenciosamente,
_________________________________
(Assinatura do Representante Legal)
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