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DEPARTAMENTO DE EDIFICAÇÕES E ESTRADAS DE RODAGEM DE MINAS GERAIS

DIRETORIA DE PROJETOS

RT.01.28.a

PROJETO PAISAGÍSTICO

PARA VIAS RURAIS

Belo Horizonte, Fevereiro de 2022


DEPARTAMENTO DE EDIFICAÇÕES E ESTRADAS DE RODAGEM DE MINAS GERAIS

DIRETORIA DE PROJETOS

RT.01.28.a

PROJETO PAISAGÍSTICO
PARA VIAS RURAIS

Elaboração:
Andréa Greiner da Cunha Salles
Angelina B. A. Magalhães
Cláudia M. Pereira Ramos Claro
Eduardo Rezende Tondato
Hélcio Mário Machado da Silva
Murilo Fonte Boa
Wagner Cavazza Pinto Coelho

Revisão:
Andréa Greiner da Cunha Salles
Newton Martins de Souza
Luiz Carlos Soares

Belo Horizonte, Fevereiro de 2022


ATO NORMATIVO
Código: RT.01.28.a
Denominação do Ato: RECOMENDAÇÃO TÉCNICA Unidade Emissora: DP
Sistema: PROJETO Data da Vigência 28/02/2022
Assunto: PROJETO PAISAGÍSTICO PARA VIAS RURAIS

1. REFERÊNCIAS
Esta Recomendação Técnica fundamenta-se nas seguintes leis, decretos, regulamentos e
portarias:
 ABNT NBR 6971, Defensas Metálicas, Implantação;
 ABNT NBR 6970, Defensas Metálicas, Defensas Metálicas Zincadas por Imersão à
Quente;
 FHWA Safety, AASHTO, Roadside Design Guide, 2011;
 DNIT, IPR 713, Instruções de Proteção Ambiental das Faixas de Domínio e Lindeiras das
Rodovias Federais, IPA 01, Instrução de Proteção Ambiental para Arborização e
Paisagismo, 2005;
 DNIT, Diretrizes Básicas para Elaboração de Estudos e Programas Ambientais
Rodoviários, Anexo B, IS 04, Programa de Paisagismo, 2006
 DNIT, IPR 726, Diretrizes Básicas para Elaboração de Estudos e Projetos Rodoviários,
Anexo B, IS 216, Instrução de Serviço para Projeto de Paisagismo;
 DNIT, IPR 718, Manual de Projeto de Interseções;
 DER/SP, Instrução de Projeto, Projeto de Paisagismo, IP DE-S00/001, 2005;
 CONTRAN, Resolução nº 236 do CONTRAN, Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito,
Volume IV, Sinalização Horizontal;
 NOVACAP, Manual de Jardinagem e Produção de Mudas do Departamento de Parques e
Jardins, DU, DPJ, Brasília, 2003.
2. OBJETIVO
Seu objetivo geral é definir os procedimentos a serem adotados para elaboração do projeto
paisagístico ou projeto de paisagismo, integrando-o ao projeto de engenharia rodoviária,
buscando o equilíbrio espacial e ambiental em função da operacionalidade da rodovia, além
de contribuir para a segurança e conforto dos usuários.
São objetivos específicos, os seguintes:
 Proporcionar um ambiente atraente e agradável, menos monótono e fatigante, tornando
as vias rurais confortáveis e seguras aos usuários;

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 Facilitar o combate à erosão e a consolidação de áreas do corpo estradal, incluindo a


redução dos custos de execução e manutenção;
 Salientar a pista de rolamento e evidenciar os obstáculos em potencial, tais como:
curvas, interseções e obras de arte.
 Harmonizar o campo visual do motorista;
 Auxiliar na manutenção e no enriquecimento da cobertura vegetal ao longo da faixa de
domínio, recompondo amostras de vegetação nativa;
 Atender às recomendações e condicionantes dos órgãos ambientais;
 Implantar as medidas compensatórias da perda do patrimônio biótico, como intervenções
em áreas de preservação permanentes;
 Promover a recomposição das formações ciliares na faixa de domínio, reconstituindo
corredores ecológicos existentes e oferecendo proteção adicional contra o assoreamento e
condições propícias à fauna aquática e terrestre;
 Valorizar e enfatizar os marcos turísticos, através da implantação de mirantes e áreas de
repouso.
3. CONDIÇÕES GERAIS
O princípio fundamental do paisagismo em vias rurais é a integração da via na paisagem e a
incorporação do patrimônio paisagístico dos arredores, para a contemplação e apreciação
do usuário. A via deve se tornar um elemento integrado à natureza e agradável ao usuário,
com locais apropriados à parada dos veículos, destinados ao repouso, recreação e
observação da paisagem.
Elementos construtivos e arquitetônicos da via, bem como, a própria vegetação devem ser
objeto de soluções paisagísticas. Prédios de valor histórico ou artístico, formações
geológicas características, lagos, maciços vegetais e demais elementos de interesse
paisagístico, devem influenciar o tratamento da via, valorizando seu efeito cênico.
O paisagismo deve contribuir com a segurança rodoviária como elemento de sinalização
viva, além de barreira redutora de velocidade dos veículos que eventualmente possam sair
da pista, como também como elemento de redução do “run off” da drenagem superficial da
rodovia.
O projeto paisagístico deve estar integrado ao projeto rodoviário e em harmonia com os

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demais tipos de equipamentos, tais como: áreas de descanso, mirantes, sítios históricos,
arqueológicos e turísticos.
O projeto paisagístico deve optar pela seleção da vegetação compatível com a fitogeografia
da região, com base no equilíbrio biológico existente nas diferentes coberturas vegetais dos
ecossistemas, na área do Estado de Minas Gerais.
4. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS
As árvores que necessitem ser preservadas, e que possam oferecer risco ao usuário, devem
ser isoladas da corrente de tráfego, através de dispositivo de contenção veicular, do tipo
defensa metálica, conforme NBR 6970 e NBR 6971. Tal dispositivo visa redirecionar
veículos desgovernados, e proteger os ocupantes dos veículos.
As disposições das árvores devem ser observadas para que, após seu crescimento, não
haja prejuízo com relação à visibilidade na via.
Baseando-se em publicação da AASHTO Roadside Design Guide recomenda-se que a
distância livre entre o bordo externo do acostamento e a árvore mais próxima seja de, no
mínimo, 9 (nove) metros.
A época mais apropriada para se implantar o projeto paisagístico é durante a construção da
via rural, ou melhor, quando do asfaltamento ou acabamento da mesma, desde que a faixa
de domínio esteja toda ela efetivamente cercada.
Quando da operação da rodovia, se necessário, devem ser eliminados efeitos de oclusão
visual do motorista, ofuscamento produzido pelos faróis dos veículos e efeito
estroboscópico, através da reposição de espécies ou introdução de melhorias paisagísticas.
Ao longo da rodovia deve-se priorizar o plantio de maciços vegetais de grandes volumes, por
serem mais significativos, em locais intermitentes nas tangentes longas, contribuindo para
reduzir a monotonia, bem como, nas imediações das curvas, para combater os efeitos da
oclusão visual.
A arborização deve ser constituída, idealmente, por maciços pluriespecíficos, espaçados
assimetricamente, variando-se a altura, o volume, a textura e a cor e ainda, ter como
contraponto árvores isoladas e afastadas da pista de rolamento.
Em relação às áreas de descanso/mirante, devem ser observados os seguintes requisitos:
 A área de descanso ou mirante deve situar-se preferencialmente num trecho em tangente;

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 Para áreas de descanso localizadas em ambos os lados de uma mesma rodovia, deve-se
respeitar a distância mínima de 1.000 (mil) metros entre elas;
 Para a implantação da área de descanso deve-se respeitar um afastamento em função da
segurança e da necessidade de espaço para manobras e estacionamento, devendo constar
de projeto específico a ser submetido à aprovação da Diretoria de Projetos do DER/MG.
4.1. Parâmetros do Projeto Paisagístico
Os parâmetros e elementos que devem constituir o projeto paisagístico são os seguintes:
 Condições adequadas de visibilidade, para os usuários que percorrem a rodovia;
 Redução de ofuscamento devido aos faróis de veículos;
 Utilização de maciços vegetais ao longo do percurso, objetivando minimizar a monotonia;
 Sinalização viva dos diversos eventos na rodovia;
 Introdução de espécies vegetais que, estrategicamente situadas, amorteçam o impacto de
veículos,
 Sombreamento de setores de áreas operacionais;
 Introdução de barreiras contra o vento;
 Contenção dos taludes;
 Combate à erosão e ao assoreamento do solo, que dizem respeito à proteção e
manutenção da rodovia.
4.2. Conceito de Distância de Visibilidade e Área de Visibilidade Desimpedida
Em caso de interseções deve ser considerado o conceito de Distância de Visibilidade, em
que o motorista necessita ter visão desimpedida de toda a interseção e de partes dos ramos
de acesso, para que possa se antecipar a situações de perigo e tomar uma decisão segura.
Essa distância necessária é função das velocidades dos veículos envolvidos e das
distâncias percorridas entre os tempos de percepção, reação e frenagem.
A Tabela 1, a seguir, apresenta os valores que podem ser adotados para as distâncias de
visibilidade de parada, em função da velocidade de projeto.
Observa-se que essa é uma tabela referência, podendo o projetista considerar os valores
preconizados no Manual de Projeto de Interseções, DNIT, IPR 718, caso julgue necessário.

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Tabela 1
Distâncias de Visibilidade em Função da Velocidade
Velocidade de Projeto Distância de Visibilidade de Parada
(Km/h) (m)
20 20
30 35
40 50
50 65
60 85
70 105
80 130
90 160
100 185
110 220
120 250
IP-DE-S00/001/DER/SP, baseada na Fonte AASTO, 2004

Para determinação dos triângulos de visibilidade, a distância “b” é a distância percorrida por
veículos que estão na rodovia principal e, a distância “a” é a distância percorrida na rodovia
secundária, a partir do ponto de decisão até o ponto de cruzamento com uma das correntes
da rodovia principal. Essas duas linhas formam um triângulo, onde não deve haver nenhum
obstáculo à visão, constituindo a “AVD” ou Área de Visibilidade Desimpedida. (Vide Figura 1)
FIGURA 1

Fonte: IP-DE-S00/001/DER/SP

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Na Área de Visibilidade Desimpedida, devem ser plantadas forrações de no máximo 0,50


metros de altura.
4.3. Maciços Vegetais como Quebra de Monotonia Visual
Para proporcionar a quebra de monotonia em grandes trechos em tangentes, recomenda-se
o uso de maciços dispostos aleatoriamente, compostos por espécies de diferentes alturas,
tipos de folhas e flores, afim de manter o motorista estimulado. (Vide Figura 2)
FIGURA 2

4.4. Dispositivos Antiofuscantes Compostos de Barreiras Vegetais em Tangente e em


Curvas
Nas barreiras vegetais antiofuscantes deve-se considerar alguns requisitos:
 Altura mínima de 1,75 metros e, máxima que, em caso de tombamento, não invada a pista;
 Densidade de ramos e folhas que formem um maciço denso e contínuo, até o solo;
 Apresentem resistência a impactos, mas não sejam lenhosos;

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 Possuam folhas perenes;


 Sejam de espécies rústicas, que não precisem de poda ou manutenção.
A disposição da vegetação deve observar parâmetros de distância e intensidade luminosa:
recomenda-se adotar a distância de 1.000 metros antes das áreas detectadas de
ofuscamento, para garantir proteção diante de faróis altos ou baixos;
Em casos de canteiros centrais com largura superior a 3,0 (três) metros, e em curva, deve-
se analisar graficamente os pontos de possíveis ofuscamentos. Para delimitar a área onde
deve-se colocar a vegetação, traça-se o prolongamento da linha de tangente a partir do
ponto de início da curva, pelo seu lado de fluxo interno e uma reta ligando o mesmo ponto
de início da curva, até o ponto de TS ou PC do lado oposto. (Vide Figura 3)
FIGURA 3

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4.5. Anteparos e Barreiras Amortecedoras Laterais


Em complemento às barreiras rígidas ou defensas maleáveis, pode-se usar maciços de
espécies vegetais, que possam auxiliar o amortecimento do impacto de veículos
desgovernados em locais críticos da rodovia, tais como em taludes de aterro, ou em
canteiros centrais, no caso de curvas acentuadas. (Vide Figura 4)
FIGURA 4

4.6. Combate ao Assoreamento e Erosão do Solo


Nos taludes, o revestimento vegetal deve ser constituído por forrações e arbustos com
raízes de sistema radicular forte e intrincado, para auxiliar no combate à erosão.
Deve-se manter um afastamento entre a vegetação e os dispositivos de drenagem, para que
a drenagem não seja obstruída por folhas, galhos ou raízes.
Deve-se plantar as espécies pendentes em áreas próximas à crista dos taludes, e as
espécies trepadeiras na base dos taludes.
Nas bermas, deve-se considerar os dispositivos de drenagem e utilizar, preferencialmente, o
revestimento vegetal de gramíneas.

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4.6.1 Vegetação em Taludes de Aterro e Corte


Em caso de declividade acentuada dos taludes deve-se utilizar revestimento destinado a
proteger contra erosão, tais como forrações e arbustos, com raiz de sistema radicular
intrincado e resistente.
Observa-se ainda, que arbustos dispostos no pé de taludes de corte podem servir de
anteparo contra quedas de materiais soltos, tais como pedras ou galhos.
Nos taludes de aterro pode ser utilizada uma vegetação arbustiva, de forma a atuar como
barreira vegetal de contenção, auxiliando no amortecimento dos impactos de veículos
desgovernados. (Vide Figura 5)

FIGURA 5

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5. ELABORAÇÃO DO PROJETO
O projeto de paisagismo deve ser desenvolvido em duas fases:
 Projeto Básico
 Projeto Executivo
5.1. Projeto Básico
No Projeto Básico devem constar:
 Levantamento dos recursos paisagísticos, visando identificar, preservar e melhorar os
principais valores naturais, através da caracterização ambiental dos meios físico e biótico, na
área de influência do empreendimento;
 Listagem de ocorrências significativas, tais como nascentes, cursos d’água, florestas,
bosques, sítios históricos e outros;
 Levantamento dos locais de interesse turístico ou apropriados para parada e lazer;
 Indicação de locais mais adequados à implantação de estacionamentos, mirantes, postos
de polícia e de serviços;
 Especificação das espécies vegetais propostas (árvores, palmeiras, arbustos, forrações e
grama) e locação dos diversos agrupamentos representados em planta, com identificação da
altura e a distância recomendada para o plantio, privilegiando as espécies nativas;
 Indicação de fontes de aquisição de espécies vegetais, distância de transporte,
quantidade disponível e época de plantio;
 Desenvolvimento de anteprojetos especiais de urbanização, no caso do traçado estar
inserido em perímetro urbano;
 Esboço dos projetos arquitetônicos de praças, belvederes, equipamentos de apoio ao
usuário e edifícios destinados à administração rodoviária na faixa de domínio;
 A apresentação nesta fase deve ser composta pelo Relatório e Memória Justificativa, pelos
projetos contendo plantas, seções e detalhes gerais;
 O relatório deve conter a concepção do projeto, o levantamento qualitativo das
potencialidades paisagísticas, a relação das espécies vegetais propostas (arbóreas,
arbustivas, forrações e grama). Os desenhos devem ser apresentados em plantas que
utilizem a escala definida no projeto geométrico e que contenham a caracterização das

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áreas de tratamento paisagístico, com os elementos físicos e maciços vegetais. Além das
plantas, devem ser apresentados os detalhes das áreas de intervenção paisagística para
entendimento das soluções propostas.
5.2. Projeto Executivo
Nesta fase, o projeto deve ter como base a consolidação do Projeto Básico, adequado ao
levantamento topográfico, o traçado geométrico definitivo, com a representação de taludes
de corte e aterro, faixas de acostamento, sarjetas, passeios e outros elementos construtivos,
compatibilizando-o com outros elementos propostos nos outros projetos de engenharia
rodoviária.
O Projeto Executivo deve constar de:
 Indicação das espécies vegetais propostas, preferencialmente nativas e compatíveis com
as diferentes coberturas vegetais, contribuindo para melhor integração à paisagem, visando
a harmonização dos elementos construtivos, arquitetônicos e vegetação local;
 Tratamento paisagístico de interseções e acessos, considerando os critérios de segurança
e visibilidade, de forma a garantir a segurança aos usuários da rodovia;
 Detalhamento dos projetos-tipo adotados, considerando os maciços arbóreos/arbustivos e
as diferentes forrações especificadas no projeto;
 Projeto de implantação das áreas de estacionamentos, mirantes, repouso e/ou recreação,
postos de polícia, balanças, pedágio, áreas de apoio operacional e outros;
 Identificação do revestimento vegetal de recobrimento dos taludes de corte e aterro, como
grama, semeadura manual, hidrossemeadura, dentre outros;
 Detalhamento dos elementos arquitetônicos e paisagísticos dos mirantes, estacionamentos
e áreas de lazer;
 Elaboração do Quadro de Quantidades;
 Cronograma para implantação dos serviços;
 Instruções para execução dos serviços.
Nesta fase, o projeto deve ser composto pelo Relatório, Memorial Descritivo, apresentação
de plantas e detalhes correspondentes, além da planilha de quantidades.
As soluções aprovadas na fase do Projeto Básico devem ser detalhadas na fase do Projeto
Executivo e apresentado por meio dos seguintes elementos:

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 Apresentação de Relatório e Memória Justificativa contendo a concepção do projeto, a


caracterização ambiental da área de influência, com a identificação dos recursos
paisagísticos, informações referentes à identificação das espécies (nome científico e
popular), porte, diâmetro do tronco, floração e ações de manejo mais adequadas para as
espécies indicadas no projeto; especificações técnicas de todos os serviços, como plantio
das espécies vegetais, adubação e manutenção de acordo com a sua categoria;
 Planta geral de situação da via onde se assinalem, relacionando-se ao estaqueamento, os
pontos de interesse para o projeto, tais como: cidades, rios, nascentes, locais de vistas
panorâmicas ou sítios históricos, bem como, a divisão de trechos para arborização, as áreas
escolhidas para repouso e/ou recreação, as interseções e outros;
 Planta geral do tratamento paisagístico apresentada na mesma escala do projeto
geométrico, caracterizando as áreas de tratamento paisagístico através das poligonais com
os vértices amarrados às estacas do projeto geométrico ou representadas através de
coordenadas geográficas;
 Plantas com o tratamento paisagístico das interseções e acessos;
 Plantas planialtimétricas das áreas escolhidas para estacionamento, mirantes e similares;
 Quadro de Quantidades com a listagem das espécies vegetais selecionadas e os
respectivos serviços de implantação e manutenção;
 Os desenhos devem ser compatíveis com o Projeto Geométrico e escalas específicas
para os detalhamentos necessários, visando o entendimento da obra a ser executada;
 Os desenhos devem ser entregues em formato A-3 e em formatos específicos de acordo
com o detalhamento dos projetos.
6. INSTRUÇÕES PARA EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS
6.1. Preparo das Mudas em Viveiros e Transporte
O preparo das mudas, quando realizado em viveiro, deve ter instalações adequadas, com
área suficiente e canteiros especialmente preparados para esta finalidade, através da
obtenção de sementes produzidas por matrizes selecionadas.
Estas matrizes, tanto de natureza arbórea como arbustiva, devem ser resultantes de
espécies produzidas em hortos e destinadas a fornecer as sementes que devem dar origem
às mudas utilizadas para o plantio das áreas a serem arborizadas.

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Cuidados especiais devem ser adotados em relação aos canteiros, constituídos por
camadas drenante, de esterco e de solo areno-argiloso. As sementes devem ser
introduzidas nos canteiros, cobertas com tela fina para a proteção contra a insolação e as
chuvas intensas que podem prejudicar o seu desenvolvimento.
Esta proteção deve ser mantida até o início da germinação, quando deve ser realizada a
aclimatação das mudas no canteiro, retirando-se a cobertura, inicialmente em intervalos de
horas, em seguida de dias e, finalmente, retirando-se definitivamente a cobertura.
Ao atingir a altura de 5 (cinco) centímetros, as mudas devem ser transplantadas para sacos
plásticos, procedendo-se a novo processo de aclimatação das mudas no ripado, durante 15
(quinze) dias, procurando-se mantê-las na sombra durante 50% do tempo.
As mudas devem permanecer no viveiro da obra, em local denominado “Pátio de Espera”,
até alcançarem alturas de 0,50 a 1,50 m, quando devem estar aptas para serem utilizadas
no plantio. Antes de serem transportadas para o plantio devem ser adubadas e receber
tratamento fitossanitário.
O transporte exige o máximo de cuidados, principalmente quando se utilizar espécies mais
sensíveis, devendo-se colocar, no fundo da carroceria do caminhão, uma camada de argila
que deve ser mantida constantemente saturada, objetivando evitar a queima das raízes que
tenham perfurado os sacos plásticos, nos quais tenham sido acondicionadas.
Sobre as mesmas, deve ser colocado um encerado para evitar, durante o transporte, a ação
do sol e do vento.
6.2. Preparo do Terreno
Nas áreas selecionadas para o paisagismo deve ser procedida a limpeza e capina
mecânica, através da remoção de todo o lixo e restos de obra, tais como tocos, galhos,
pedras ou plantas indesejáveis.
Para o plantio de áreas com forração ou grama deve ser previsto o preparo do solo a 20
(vinte) centímetros de profundidade, quebra de torrões do solo, no processo de
escarificação, afim de reduzir a compactação, incorporar corretivos e fertilizantes, aumentar
os espaços porosos e, com isso, elevar a permeabilidade e o armazenamento de ar e água.
Caso seja necessário, o nivelamento do terreno deve ser executado.

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6.3. Estaqueamento
Na execução do plantio, é necessário o estaqueamento para definir a posição exata de cada
muda de árvore ou a área a ser plantada de arbustos ou cobertura de solo, através de
estacas, com a identificação de cada espécie, conforme o projeto.
6.4. Abertura e Adubação de Covas
A abertura das covas, ao longo do trecho a ser arborizado, deve seguir o especificado em
projeto, isto é, a sua distribuição deve seguir os grupamentos intercalados das mudas,
respeitando o espaçamento especificado. A camada de solo orgânico existente deve ser
retirada na ocasião da abertura da cova e depositada separadamente do restante do solo.
As covas devem ser deixadas abertas pelo menos por 24 (vinte e quatro) horas, visando a
aeração e ação bactericida do sol.
Em seguida, deve ser recolocada uma camada de terra descompactada procedendo-se a
adubação.
A adubação consiste na adição de fertilizantes de vários tipos no solo na quantidade
adequada e de forma balanceada e visa à obtenção do melhor potencial de desenvolvimento
possível das plantas. Os adubos orgânicos consistem em resíduos de plantas e de animais
em fase de decomposição. Além dos compostos orgânicos, existem os químicos, que podem
ser extraídos de rochas ou sintetizados pela indústria e disponíveis no mercado.
Na adubação das covas deve-se aplicar corretivos de calcário dolomítico, quando
necessário, e incorporados em seguida. Os fertilizantes devem ser aplicados, e feita a sua
incorporação em seguida. Além disso, as mudas devem estar em bom estado fitossanitário e
plantadas na profundidade correta (altura do coleto).
Para efeito de adubação são consideradas as seguintes categorias de mudas:
 Mudas de pequeno porte: até 1,50 m de altura, em que as covas devem ser de 0,40 m x
0,40 m x 0,40 m;
 Mudas de médio porte: acima de 1,50 m até 3,00 m de altura, em que as covas devem ser
de 0,60 m x 0,60 m x 0,60 m;
 Mudas de grande porte: acima de 3,0 m de altura, em que as covas devem ser de 1,00 m x
1,00 m x 1,00 m.

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Código: RT.01.28.a
Denominação do Ato: RECOMENDAÇÃO TÉCNICA Unidade Emissora: DP
Sistema: PROJETO Data da Vigência 28/02/2022
Assunto: PROJETO PAISAGÍSTICO PARA VIAS RURAIS

6.5. Plantio e Tutoramento


O plantio de árvores deve ocorrer durante o período chuvoso e ser evitado o fim da estação
chuvosa até o início da estação seca, quando a planta sofre mais com a adaptação da falta
de água e com a luz intensa do sol.
O plantio deve ser executado retirando-se as embalagens, e evitando a perda de terra
vegetal, que vem junto com o torrão. As mudas devem ser cuidadosamente colocadas nas
covas, evitando-se batidas, para que suas raízes não sofram lesões.
O tutoramento visa garantir um crescimento retilíneo e proteger a muda contra ações ou
situações que possam danificá-la, como por exemplo, a movimentação das raízes. Consiste
na colocação de estacas de bambu enterradas, para melhorar a fixação e, que são
amarradas ao tronco das mudas, através de fita de plástico ou de borracha. As mudas
devem ser regadas imediatamente após o plantio.
Para obter melhor resultado no plantio e fixação do gramado, seu plantio deve ser feito em
conjunto com o sistema de irrigação, de forma a garantir sua implantação em qualquer
época do ano. Os tapetes são uma forma rápida e eficiente de plantio, uma vez que a
incidência de plantas daninhas é baixa. Para correções de desníveis acentuados deve ser
feita a retirada do trecho do gramado em desnível e colocada uma porção de terra antes do
replantio do gramado.
6.6. Irrigação
O projeto paisagístico deve relacionar o preparo do solo com a eficiência de sua irrigação,
tendo por objetivo otimizar a absorção de todos os nutrientes necessários ao
desenvolvimento da planta. A irrigação deve fornecer a água em quantidade suficiente e no
momento certo, para assegurar seu desenvolvimento e sobrevivência.
No dimensionamento da irrigação, um dos fatores a ser considerado é a evapotranspiração,
que consiste na determinação da quantidade de água evaporada e transpirada por uma
superfície coberta por vegetação, durante um período determinado.
Desse modo, a expressão dos valores médio ou diários da evapotranspiração devem ser
considerados nos estudos para os trechos, levando-se em consideração o clima. A Tabela 3,
a seguir, relaciona o tipo de clima com a evapotranspiração.

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Tabela 3
Relação entre Clima e Evapotranspiração
Evapotranspiração
Clima
(mm/dia)
Frio e Úmido 2,5 - 3,8
Frio e Quente 3,8 - 5,1
Temperado e Úmido 3,8 - 5,1
Temperado e Seco 5,1 - 6,4
Quente e Úmido 5,1 - 7,6
Quente e Seco 7,6 - 11,4
Fonte: NOVACAP/DU/DPJ/2003

Exemplo: Ao se considerar-se 10 mm em média, para o caso do clima quente e seco e,


sabendo-se que 1 mm equivale a 1 litro de água por metro quadrado, tem-se um gasto de 10
litros de água por metro quadrado para a irrigação, levando-se em conta somente a
evapotranspiração. Ou seja, neste caso, não está sendo considerada a capacidade de
retenção de água pelo solo.
Assim, o dimensionamento da água necessária é muito importante, para que a irrigação não
cause danos ao solo ou encareça a execução do projeto.
6.7. Manutenção
A manutenção consiste na limpeza, retirada de espécies invasoras e combate às pragas e
doenças, além da rega sistemática.
O método de adubação de manutenção ou de cobertura deve ser feito durante o período de
crescimento da planta, para manter os níveis adequados de nutrientes no solo e melhor
desenvolvimento das plantas.
Para as espécies de forrações, grama, arbustivas, palmeiras e arbóreas, a adubação deve
ser feita, pelo menos, uma vez por ano. Além disso, deve ser feito o replantio das plantas
que apresentarem baixo desenvolvimento, danos mecânicos irreversíveis ou estiverem
mortas. O combate a pragas e doenças deve ser feito de forma sistêmica, por meio de
vistorias.
A poda é feita para modificar o crescimento, reduzir o tamanho ou o vigor do vegetal. O
sistema radicular relaciona-se com a copa das árvores, quando este é pequeno e a copa
também apresenta pouco volume.

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No projeto paisagístico de vias rurais é recomendada a poda de formação, no início de seu


desenvolvimento, ou a poda de conservação, que tem como finalidade suprimir ou reduzir os
galhos quebrados ou supérfluos, de maneira a assegurar ao interior da copa, o livre acesso
de ar e luz.
6.7.1 Forrações
Para os canteiros de forrações deve-se efetuar a capina, para evitar a competição entre as
espécies de interesse, com as plantas daninhas, sendo que para complementação dos
canteiros pode-se efetuar a divisão de touceiras.
6.7.2 Grama
A capina nas áreas gramadas ocorre com a remoção das plantas daninhas (catação). Após
isso, efetua-se o corte, no qual as áreas gramadas devem ser mantidas nos limites de porte
entre 5 (cinco) a 10 (dez) centímetros de altura, garantindo um bom aspecto visual ao longo
do ano. A variação do corte se deve ao tipo de grama, intensidade das chuvas, regime de
irrigação e nível de adubação do solo.
Em áreas de desaparecimento da camada de grama, deve ser removido o terreno exposto,
com pás e deve ser executada a descompactação e aeração do solo, para em seguida ser
feita a adubação e execução do replantio.
6.7.3 Espécies Arbustivas
Na planta ainda jovem deve ser feita a conformação da copa, consistindo em uma melhor
distribuição espacial de seus ramos. Ela deve ser realizada após o crescimento da planta
para a retirada de ramos em excesso, secos, doentes ou danificados. Na conservação,
relativa a cada espécie, o “coroamento” é feito de modo a evitar competições entre a espécie
cultivada e plantas daninhas.
6.8. Registro de Plantio
Deve ser realizado através do preenchimento de formulários, previamente preparados, nos
quais constem a natureza da espécie, a procedência, o local do plantio, a data e o nome da
empresa responsável pelo plantio.
7. MONITORAMENTO
O monitoramento destina-se ao acompanhamento do desenvolvimento das mudas durante o
período de aclimatação, estimado em 90 (noventa) dias, no mínimo. Nesta etapa devem ser

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realizadas as correções e substituição das mudas que não apresentarem desenvolvimento


satisfatório.
As ações de monitoramento apoiam-se essencialmente em inspeções visuais, cobrindo 3
(três) momentos distintos, representados pelo plantio, a pega das mudas e a adequação às
condições ambientais de inserção.
Para a verificação da adequação às condições ambientais de inserção deve ser observada a
colonização propiciada pelos módulos paisagísticos implantados e, a eventual ocorrência de
conflitos com outros elementos da rodovia, os quais devem ser sanados durante a fase de
implantação, através de proposta de alteração pela fiscalização responsável pelos aspectos
ambientais da obra.
8. OBTENÇÃO DE AUTORIZAÇÃO
Caso seja necessário obter a autorização referente à “Solicitação para uso e ocupação da
faixa de domínio nas rodovias sob circunscrição do DER/MG” (vide ANEXO) deve ser
observado o preconizado na presente recomendação técnica e na RT 04.16 vigente.
9. VIGÊNCIA
Esta Recomendação entra em vigor em 28/02/2022, revogando as disposições em contrário.

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ANEXO

SOLICITAÇÃO PARA USO E OCUPAÇÃO DA FAIXA DE DOMÍNIO NAS RODOVIAS SOB


CIRCUNSCRIÇÃO DO DER/MG
Ilmo. Sr.
Coordenador da ____ CRG do DER/MG
Endereço:

Prezado Senhor,

________________(nome)_________________ com sede à ________(endereço)______

___(CGC ou CPF)___, vem pela presente solicitar de V.Sa., a devida autorização para a uso
e ocupação da faixa de domínio da(s) Rodovia(s) _(sigla)_, Trecho(s)
___________________________, entre os km ____ e _____, para a implantação do projeto
paisagístico em anexo, a ser aprovado pela Assessoria de Meio Ambiente, do DER/MG.

Esclarecemos que conhecemos o contido na "RT.01.28 “PROJETO PAISAGÍSTICO PARA


VIAS RURAIS" e na RT 04.16 vigentes e, nos comprometemos a respeitar e cumprir todos
os itens nelas contidos.

Sem mais para o momento, aguardamos o pronunciamento do DER/MG a respeito do


assunto.

Atenciosamente,

_________________________________
(Assinatura do Representante Legal)

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