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Principais Pontos de Atenção/reprovas em Minigeração

Objetivo: Auxiliar a apresentação de projetos de minigeração fotovoltaica, com a


utilização desse guia, conforme os critérios das normas:

• DIS-NOR-036 – Fornecimento de Energia Elétrica em Média Tensão de


Distribuição a Edificação Individual.
• DIS-NOR-033 – Conexão de Geradores em Paralelo com o sistema de
Distribuição de Média Tensão.
• DIS-NOR-031 – Conexão entre Microgeração Distribuída em Baixa Tensão e a
Rede de Distribuição da ELEKTRO.

Observação: A utilização do guia não dispensa a leitura e revisão periódica das normas
técnicas da ELEKTRO, disponíveis em versão atualizada no seguinte endereço:
https://www.neoenergiaelektro.com.br/fornecedores/normas-tecnicas
Todos os projetos de Minigeração deverão ser apresentados através do seguinte
endereço: https://gdneoenergiaelektro.neoenergia.com/

Cabine Primária
Planta Situação:

• Os desenhos apresentados deverão estar em formatos “*.DXF ou *.DWG”, conforme item


7.38.2.6 da norma DIS-NOR-036 e 7.19.1 da norma DIS-NOR-033.

• Conforme o Item 6.15.1.2, “p” e 7.38.2.5 da norma DIS-NOR-036, deverá apresentar na


planta situação (croqui) a representação gráfica da rede de distribuição da ELEKTRO mais
próxima, observando as Simbologias normatizadas do Anexo XII, Item 8.5 da norma DIS-
NOR-012.

Também deverá apresentar no croqui (planta implantação) a indicação das estruturas


propostas (altura e resistência mecânica do poste, estruturas primárias, cabos, etc.).
Observar a simbologia da norma DIS-NOR-012, Anexo XII

Por questões de localização e segurança deverá indicar também números de


confiabilidades. Como confiabilidades consideramos chaves seccionadoras,
transformadores, religadores, números de medidores, etc. Nos equipamentos os números
poderão ser encontrados nos postes a uma altura aproximada de 4 metros, com números
pintados em preto com o fundo em amarelo, ou então números pintados no tanque dos
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transformadores na cor preta (Ex. 109315 – 3 – 15). Já os números dos medidores podem
ser encontrados no visor dos equipamentos (Ex. 3T05067-1). Também poderá ser indicado
o número da unidade consumidora (UC), podendo ser encontrada na fatura de energia
enviada ou coordenadas (ex. do poste particular para encabeçamento do ramal de
ligação).

Nota: Procurar sempre enviar mais de uma confiabilidade e sempre enviar as coordenadas
do poste particular (encabeçamento do ramal de ligação).

Ex. de número de confiabilidade pintada em poste com instalação de equipamento:

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Exemplo de número de tombamento:

• Na planta também deverá indicar os limites de propriedade e anotar no desenho de forma


clara, quem é o proprietário das terras onde estão ocorrendo as melhorias. Caso o
proprietário não for o solicitante do projeto, deverá ser apresentado o Termo de
Autorização de Passagem assinado (Vide o formulário ND.21-F001). O contrato de locação,
usufruto ou comodato não substitui o documento solicitado. Vide o item 6.15.1.2, “i” da
norma DIS-NOR-012.

• Indicar na planta o local de instalação dos postes, cabine, transformadores, inversores e


módulos fotovoltaicos (arranjos).

• Também deverá anotar se há ou não pendências ambientais para a implantação das


infraestruturas elétricas. Caso existir, o projeto deverá ser apresentado juntamente com
as devidas licenças. Item 6.15.1.2, “l” e “m” da norma DIS-NOR-012.

Nota. Caso existir vegetação deverá ser indicado o tipo. Indicar também as linhas de limite
de APP em relação as instalações (se existirem). Ex. Rios, córregos, áreas protegidas, etc.

• Caso as instalações estiverem próximas a rodovias, deverão ser indicadas as linhas de


limite da faixa de domínio e servidão. Havendo intervenção/ocupação, deverá ser enviada
a aprovação da ocupação pelo órgão responsável pela administração das rodovias.

Orientamos verificar o desenho “Modelo de Projeto Minigeração Fotovoltaica.DWG”,


fornecido pela ELEKTRO, para verificar os desenhos mínimos necessários.
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Ponto de Entrega:

• O ponto de entrega deverá situar-se, sempre que possível, no limite da propriedade com
a via pública e o mais próximo possível da entrada principal, conforme 7.14.14 da norma
DIS-NOR-036.
Lembrando que sempre deverá existir fácil acesso a pessoas e veículos, bem como para
instalação e remoção de equipamentos.

• Conforme o Item 7.14.17 da norma DIS-NOR-036, a cabine de medição e proteção


deverá ser instalada no máximo a 10 metros da divisa da propriedade.

• Observar sempre os elementos do ramal de entrada e distâncias mínimas e máximas


na Figura 1 do Anexo III da norma DIS-NOR-036.
Detalhes Construtivos (desenhos):

• A apresentação dos detalhes construtivos é facultativa ao responsável


técnico/cliente, contudo, caso não apresentados, deverá ser informada quais as
figuras normativas construtivas da norma DIS-NOR-036 eles observam.

Vide exemplo abaixo:

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Orientamos verificar o desenho “Modelo de Projeto Minigeração Fotovoltaica.DWG”,
fornecido pela ELEKTRO, para verificar os desenhos mínimos necessários.

Cabo subterrâneo:

• Deverá indicar o dimensionamento do cabo subterrâneo no projeto e diagrama unifilar,


conforme os critérios da Tabela 12 da norma DIS-NOR-036. Salientamos que o
dimensionamento do cabo considera a potência total de transformação e não a demanda
contratada.

Importante salientar também que o atendimento a cubículos blindados deverá ocorrer


obrigatoriamente com ramal subterrâneo.

Nota: Para casos onde a potência total de transformação for superior a padronizada na
Tabela 12, deverão ser utilizados compatíveis com a corrente total de transformação. Para
esses casos, deverá enviar manual/catálogo dos cabos, ou declaração do fabricante
informando que os cabos suportam a corrente.

Divisão da geração em unidades menores (Multimedição):

• Quando houver necessidade de subdivisão da geração em unidades de menores potências


(desde que não ultrapasse o limite de enquadramento regulatório) e pertençam ao mesmo
titular, dentro da mesma propriedade. Ex. Ao invés da instalação de uma usina de 5MW,
serem instaladas cinco (5) usinas de 1MW. Deverá ser justificado tecnicamente o motivo
da subdivisão, tendo em vista mesmo cliente e mesma propriedade, podendo ser atendido
em medição única.

Existindo razão técnica, o atendimento ocorrerá através de ramal de ligação único e


conexão em cabine de multimedição’ (agrupada).

A cabine de multimedição deverá possuir proteção geral totalizadora (considerando


potência de transformação e demanda contratada de todas as unidades consumidoras).
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Após a medição em sequência deverão ser instalados os cubículos de medição e proteção
MT das demais unidades.

• Notas: Conforme resolução vigente, não poderá existir subdivisão das gerações para fugir
de enquadramento de micro ou minigeração.

Não poderá existir duas entradas (ramais de ligação) dentro da mesma propriedade, dessa
forma o motivo da multimedição.

Para projetos de multimedição deverá ser apresentado desenho único contemplando


todas as unidades consumidoras (proteção geral, medições e proteções individuais),
diferenciando apenas os documentos individualizados, como por exemplo: formulário de
solicitação de minigeração, Informação para Demanda contratada, etc.

O estudo de proteção (coordenação e seletividade) a ser apresentado é o da proteção


geral totalizadora (considerando a potência total de transformação e demanda total
contratada. Os estudos individuais das unidades serão considerados internos e deverão
estar seletivos com a proteção geral.

Vide exemplo simples de cabine multimedição com 2 unidades consumidoras com geração
de 1,5MW, dentro da mesma propriedade. (Totalizado 3 MW).

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Responsabilidade técnica (ART/TRT/Outros.)

• Deverá ser apresentada responsabilidade técnica abrangendo todos os itens do projeto


(Cabine, Proteção, Aterramento, Geração, Aterramento da Geração, etc.)

Caso for o mesmo responsável técnico para todo o projeto, poderá apresentar
responsabilidade técnica única, desde que todos os itens estejam descritos no documento.
Ex. Descrever no Campo 05 (observações).

Projeto de Minigeração
• Conforme o Item 7.7.1.6 da norma DIS-NOR-033, não é permitido a utilização de fusíveis
ou seccionadores monopolares entre o disjuntor de interligação e os geradores. E
também, como o Item 7.7.1.8 para os casos de paralelismo contínuo, não podem ser
instalados fusíveis entre a saída do circuito da subestação acessada e o ponto de conexão
com a central geradora de energia.

• Conforme o Item 7.18.1, “f”, da norma DIS-NOR-033, deverá apresentar as seguintes


informações no memorial descritivo de geração:

✓ Objetivo ou finalidade do projeto e da instalação (inclusive ser for um caso de


ampliação da geração);
✓ Descritivo de funcionamento e operação do sistema de paralelismo;
✓ Descritivo de funcionamento dos intertravamentos;
✓ Cronograma de execução do projeto e data prevista para início das operações;
✓ Tipo de paralelismo (momentâneo, contínuo com exportação, contínuo sem
exportação), período de paralelismo e tempo do paralelismo;
✓ Demandas de consumo previstas e quantidade de energia a ser exportada, quando
for o caso;

• Apresentar na planta situação/implantação, a localização dos módulos, inversores, strings


de proteção, transformadores, etc. (Apresentar nos formatos “*.DWG” ou “*.DXF”).

• Consoante o Item 7.18.3 da norma DIS-NOR-033 e PRODIST, deverá anotar na ART/TRT ou


enviar ART/TRT específica, para o sistema de aterramento da geração.

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Também deverá ser enviado o Termo de Responsabilidade pelo Sistema de Aterramento
da Cabine e Geração. Vide os itens 7.18.1, "i" da norma DIS-NOR-033, 7.38.2.5, “f” e
7.38.2.12 da norma DIS-NOR-036.

• Caso o inversor não possua cadastro no Inmetro (geralmente importados ou com mais de
10kW) e não conste na lista de inversores homologados do Portal GD, deverão ser
apresentadas as seguintes certificações, para que seja dada a equivalência com a
certificação do Inmetro:

Nota: Poderá ser enviada declaração ou documento emitido pelo fabricante dos
inversores, atestando que os mesmos estão de acordo com as normas abaixo:

✓ ABNT NBR 16149 - 2013: Esta Norma estabelece as recomendações específicas para a
interface de conexão entre os sistemas fotovoltaicos e a rede de distribuição de
energia elétrica e estabelece seus requisitos.
Válida a partir de: 01/03/2014 (publicada em 01/03/2013).

✓ ABNT NBR 16150 - 2013: Esta Norma especifica os procedimentos de ensaio para
verificar se os equipamentos utilizados na interface de conexão entre o sistema
fotovoltaico e a rede de distribuição de energia estão em conformidade com os
requisitos da ABNT NBR 16149.
Válida a partir de: 04/04/2013 (publicada 04/03/2013).

✓ ABNT NBR 62116 – 2012 – idêntica a IEC 62116 (EUROPEIA) – 2008: O objetivo desta
Norma é fornecer um procedimento de ensaio para avaliar o desempenho das medidas
de prevenção de anti-ilhamento utilizadas em sistemas fotovoltaicos conectados à
rede elétrica.
Válida a partir de: 06/04/2012."

• Não poderá existir sobrecarga nos transformadores de acoplamento/carga. Para clientes


que utilizam transformadores com potência igual a potência de geração, deverá ficar
comprovado o fator de potência 100% (1), caso contrário deverá ser revisto a potência do
transformador ou potência total de geração.

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Diagrama Unifilar/Trifilar
• Conforme os Itens 7.18.1, “a” e “c” da norma DIS-NOR-033 e 7.38.2.10 da norma DIS-NOR-
036, os diagramas deverão ser apresentados de forma completa (detalhada) e em formato
*.DXF ou *.DWG. Deverão indicar desde o ponto de conexão até os geradores e conforme
os Itens deverá indicar as descrições e características elétricas de todo o sistema de
proteção, transformação e geração. Ex. Cabos, Barramentos, Disjuntores, TPs, TCs,
Transformadores, etc.

Observar as seguintes características nos diagramas:


o Características técnicas (relação de transformação, classe de exatidão,
potência, tensão, capacidade de interrupção nominal em curto circuito, etc..)
dos equipamentos envolvidos.

o Indicação de linha de trip, comando, alimentação e linha de intertravamento.


Equipamentos de manobra que possibilitem o fechamento do paralelismo e
não possuam função de proteção de verificação de sincronismo deverão
possuir intertravamentos que evitem o fechamento do paralelismo por esses
equipamentos.

Nota: Apresentar legenda, indicando de forma clara quais linhas, e quais funções (Ex.
Linha de Força, Trip, comando e Intertravamento elétrico). As linhas deverão possuir
coloração distinta por função.

o Numeração de chaves seccionadoras, disjuntores, TCs, TPs., transformadores,


geradores e demais equipamentos envolvidos.

Obs.:
As chaves seccionadoras de manobra deverão ser numeradas sequencialmente de
acordo com padrão 29-xx, porém com números pares (29-02, 29-04, 29-06, etc.), os
disjuntores deverão ter numeração sequencial a partir do número 1 conforme padrão
52-xx (52-01, 52-02, etc.) e as chaves seccionadoras de aterramento, quando existirem,
deverão ser numeradas sequencialmente conforme padrão 29-xx, porém com
números ímpares (29-01, 29-03, 29-05, etc.);

Os equipamentos deverão ser numerados em campo conforme descritos na versão


final e aprovada do projeto.

o Observar os desenhos do Anexo III da norma DIS-NOR-033 em conjunto com os


modelos do Anexo Ii da norma DIS-NOR-036.

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o Orientamos verificar o desenho “Modelo de Projeto Minigeração Fotovoltaica.DWG”,
fornecido pela ELEKTRO, para verificar os desenhos mínimos necessários.

• Deverá ser efetuada conferência/revisão entre o diagrama unifilar, trifilar e estudo de


proteção apresentados, pois via de regra possuem informações divergentes quanto as
características dos TPs, TCs, etc. O que acaba gerando reprovas desnecessárias. Efetuar
revisão do projeto!

• Para 100% dos casos deverá ser prevista a instalação de Transformador de Potência (TP)
auxiliar para a alimentação do sistema de iluminação e alimentação auxiliar (nobreak).
Vide os itens 7.23.1 e 7.33.3.11, “b” da norma DIS-NOR-036 da ELEKTRO.

O TP auxiliar deve ser instalado após a medição e ante do disjuntor de proteção geral (52-
01) e instalados no mesmo compartimento do disjuntor. Deve possuir proteção contra
sobrecorrente e ser dimensionado de acordo com as necessidades da cabine e das
recomendações do fabricante. Vide o Item 7.14.11 da norma DIS-NOR-036

• Tendo em vista o tipo de paralelismo (fotovoltaico com anti-ilhamento), entendemos não


ser necessária à instalação de um TP a montante do disjuntor para efetuar a função de
sincronismo ou leitura de tensão (check de tensão em barra morta).

• Deverá indicar no diagrama as características do nobreak e ou banco de baterias


(autonomia, potência e tensão de saída). Lembrando que a autonomia deverá ser de no
mínimo 2 horas, conforme o Item 7.33.3.11 da norma DIS-NOR-036.

• Para projetos de geração, tendo em vista a necessidade de leitura por fase, deverão ser
utilizados 3TPs, Grupo 3 (sobretensão 90%), ligados em Estrela Aterrada – Estrela Aterrada
(Yaterr-Yaterr). Vide o Item 6.1 do Anexo II da norma DIS-NOR-033.

• Para alimentação do relé, além do nobreak (fonte prevista no Item 7.33.3.11), deverá ser
prevista fonte capacitiva externa (auxiliar), dimensionada para o correto funcionamento
do relé em momentos de falta, curto, afundamento, conforme o Item 7.33.3.12 da norma
DIS-NOR-036.

Nota: A fonte interna dos relés não supre a necessidade da instalação da fonte externa
(deverá ser instalada). Caso o relé não possua fonte, a externa atende o solicitado pela
norma.

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• Para alimentação da bobina de abertura, além do nobreak (fonte prevista no Item
7.33.3.11), deverá ser previsto trip capacitivo externo (auxiliar), com função de disparo
capacitivo, dimensionada para o correto funcionamento do relé em momentos de falta,
curto, afundamento, conforme o Item 7.33.3.13 da norma DIS-NOR-036.

Nota: O Trip interno dos relés não supre a necessidade da instalação da trip externo
(deverá ser instalado). Caso o relé não possua trip, o externo atende o solicitado pela
norma.

Nota. Caso instalada fonte externa dupla (duas saídas, uma para fonte outra para trip),
deverá indicar de forma clara no projeto. Se não for fonte com dupla saída, não poderá
utilizar fonte única, devendo ser instalada duas (uma para alimentação e outra para
disparo).

• A Fonte e trip capacitivos externos (auxiliares) deverão ser alimentados pelo nobreak,
tendo em vista maior confiabilidade do sistema de proteção.

• Os TPs e TCs de proteção, deverão ser instalados a montante do disjuntor e deverão


possuir primário compatível com a tensão de fornecimento da distribuidora. Vide o local
de instalação no Anexo II da norma DIS-NOR-036. Orientamos verificar o desenho “Modelo de
Projeto Minigeração Fotovoltaica.DWG”, fornecido pela ELEKTRO, para verificar os desenhos
mínimos necessários.

• Indicar no diagrama a tensão de saída dos inversores e do transformador de acoplamento.


Lembrando que as tensões deverão ser compatíveis. Caso não, deverá indicar a instalação
de transformador rebaixador/elevador entre o inversor e o transformador de
acoplamento.

Estudo de proteção:
Observar para a elaboração do estudo de proteção o Anexo 2 (Orientações para Estudo de
Proteção de Interligação em Acessos de Geração Fotovoltaica acima de 75 kW em conexões
de Média Tensão), que se conectam à rede através de inversores com anti-ilhamento e
também o documento “Modelo - Projeto de Estudo de Proteção e Seletividade -Minigeração
Fotovoltaica.DOC”.
Para 100% dos casos de minigeração fotovoltaica, deverá ser enviado o documento Checklist
de Proteções, devidamente preenchido. O formulário poderá ser encontrado no seguinte link:

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https://www.neoenergiaelektro.com.br/Media/Default/Prestadores%20de%20Servi%C3%A7
os/Cabine%20Prim%C3%A1ria/Formulario-Check-List-Protecoes-NOR36-Rev01-C.xls

• Deverão ser ajustadas as funções 51/50, 51N/50N, 51NS(GS), 59, 59N, 47, 32 e 27-0. A
função 27-0 deverá ser ajustada em todos os relés que possuírem a função.
Demais funções estão dispensadas, conforme o Anexo 2, evitando desligamentos
desnecessários da cabine, tendo em vista do tipo de paralelismo e as funções de proteção
nativas nos inversores.

• A função ANSI51, caso a demanda contratada estiver abaixo da capacidade do


transformador, poderá ser ajustada em no máximo 1,3 vezes a corrente de carga
(demanda contratada).

Porém, no momento do ajuste deverá ficar atendo que, o ajuste não poderá acarretar
sobrecarga do transformador, assim, deverá variar em no mínimo 1,1 (10% de
sobrecorrente) e no máximo 1,3 (30%).

Para casos onde a demanda contratada for equivalente a potência de transformação (Ex.
1 MVA e 1MW - fator de potência 1 (100%), a função ANSI 51 deverá ser ajustada em 10%
de sobrecorrente (1,1 vezes).

• Função ANSI50N, deverá observar sempre o fase-terra mínimo simétrico e possuir no


máximo ajuste em 80% da proteção à montante, apresentado nos dados de curto-circuito
fornecidos pela distribuidora. Verificamos que há confusão na identificação do mesmo.
Observar a Identificação no exemplo abaixo:

• Quanto a função 27, conforme o Item 7.33.4.1 da norma DIS-NOR-036, a ELEKTRO orienta
não habilitar essa função e, caso necessite de habilitação, deverá ocorrer nas instalações
internas, próxima as máquinas ou equipamentos sensíveis.
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Lembrando que os inversores já possuem a função.

• Cara os cálculos de dimensionamento do TC, deverá considerar o máximo curto-circuito


teórico da barra, dessa forma, evitando substituição do TC na cabine em caso de alterações
na rede da distribuidora. Vide o exemplo do Anexo II da norma DIS-NOR-036 da ELEKTRO.

• Função 59. Tendo em vista as variações de tensão normais permitidas pelo PRODIST e a
classe de exatidão do TP (erro), orientamos considerar no mínimo 15% de sobretensão.
(Avaliar). Tal ação evita desligamentos desnecessários do disjuntor geral de proteção (52-
01).

Atentar que os ajustes a serem informados à distribuidora tem como base a tensão fase-
terra, tendo em vista a ligação dos TPs em Yaterr-Yaterr.

• A função 47 deverá ser ajustada como inversão de fases, conforme o Item 7.33.6 da norma
DIS-NOR-036.

• Função 32. Orientamos efetuar ajuste de sobregeração no mínimo 10% a 20%, tendo em
vista oscilações de tensão naturais (PRODIST) e erros de leitura de equipamentos,
evitando desligamentos da cabine.

• Função 51NS, conforme o Item 7.33.3.7, "c" da norma DIS-NOR-036, a função 51NS
deverá possuir ajuste de 3 a 6A no primário e tempo de 0,05 a 1 segundo.

• Função 59N. A função de sobretensão residual e neutro deverá ser ajustada em 90% da
3V0 - Tensão de sequência zero (residual).

• O cálculo de Suportabilidade (Ponto ANSI), deverá ser efetuado por equipamento


transformador.

• Quanto ao cálculo de corrente térmica do TC, para casos onde a corrente for superior a
80A (considerando a corrente de curto de 10KA para cálculos), deverá ser apresentado
catálogo, manual ou lado do fabricante, comprovando que o equipamento suporta tal
corrente, tendo em vista que geralmente a mesma se limita em 80A.

• Deverá ser ajustada a função 27-0 (subtensão de alimentação) no relé, considerando a


tensão de alimentação do relé.

O ajuste da função observa a tensão de saída do nobreak/banco de baterias. Como a


alimentação auxiliar do relé é efetuada por nobreak com tensão de saída em Vca e existe
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fonte capacitiva auxiliar (Vcc). A tensão do nobreak sofre sobretensão em Raiz 2, na ponte
retificadora. da fonte. Assim, recomenda-se 70% a 80% da tensão (Vcc) de alimentação,
ou seja, Vca elevada em √2. Vide modelo de estudo de proteção

• Deverá ser apresentada Tabela Resumo dos Ajustes, informando os TCs, TPs, RTC, RTP, e
ajustes primários e secundários (tendo em vista que alguns relés são parametrizados dessa
forma). Importante se atentar se o Relé observa o RTC, Primário do TC para a configuração
dos ajustes secundários.

• Deverá ser apresentado Coordenoagrama e deverá indicar no mesmo, as curvas de fase e


neutro do cliente e distribuidora, fusíveis, inrush e suportabilidade, conforme o exemplo
do Anexo II da norma DIS-NOR-036.

Para os transformadores que não possuírem proteção pela curva do disjuntor, deverá
indicar qual a proteção existente para os mesmos.

Para todos os itens apontados acima, caso ocorrer reprova, sempre enviar a carta de
resposta com as correções e justificativas anotadas abaixo dos itens de reprova.

Normas e Formulários

Todas as normas e formulários poderão ser encontrados nos seguintes links:

https://www.elektro.com.br/fornecedores/normas-tecnicas

Campinas, 12 de janeiro de 2022

Análise de projetos Particulares

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