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1 ANEXOS DE PROJETOS PARA ANÁLISE NO PEP


1.1 Documento Comprovante de Responsabilidade Técnica
- Do próprio profissional
- Assinado pelo profissional (conforme exigido pelo próprio conselho de classe) e
pelo cliente. A assinatura obrigatoriamente deve ser de próprio punho ou digital
(certificada).
- Contendo no mínimo as seguintes atividades técnicas:
a) Edificações Atendidas no grupo B:
• ramal de entrada de energia em baixa tensão (380/220 V);
• instalação residencial ou comercial em baixa tensão com medição
coletiva (em KVA ou KW);
• quadro de medição de energia coletivo (número de unidades
consumidoras);
• proteção elétrica/eletrônica (amperes);
• aterramento de instalação elétrica (em ohm);
• caso incluída a execução, incluir a atividade verificação final de
instalações elétricas de baixa tensão conforme nbr 5410.
b) Edificações Atendidas no grupo A:
• ramal de entrada de energia em média tensão (13,8 kV ou
23,1kV);
• subestação de energia externa/abrigada (KVA ou kW);
• proteção contra descargas atmosféricas (kA);
• instalação residencial/comercial/industrial em baixa e média tensão
(kVA ou kW);
• proteção elétrica/eletrônica (amperes);
• sistema de medição de energia em BT/MT (unidades consumidoras);
• aterramento de instalação elétrica (ohm);
• caso incluída a execução, incluir as atividades de verificação final de
instalações elétricas conforme NBR 5410 e 14039.

Autoria: Eng.º Jeferson de Souza – Matrícula 15912 NUCAP/DVTC/SPTC


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1.2 Memorial Descritivo


O memorial descritivo não é um trabalho acadêmico. Assim, não é
necessário explicar para que serve um DPS ou um sistema de aterramento. É um
documento complementar ao projeto elétrico com o objetivo de detalhar itens do
projeto e justificar as escolhas feitas, especialmente quando divergentes dos
padrões esperados.
Tópicos obrigatórios:
− Descrição da obra;
− Aspectos legais;
− Entrada de energia;
− Medição;
− Proteção;
− Geração própria (se existir);
− Aterramento e equipotencialização;
− Memorial de cálculo.

1.2.1 Capa (opcional)


1.2.2 Descrição da Obra
Descrição sucinta do empreendimento informando o que é (edifício,
galpão, complexo industrial, etc.) e sua destinação (residencial, comercial,
industrial ou misto) e o ramo de atividade se comercial (comércio de roupas,
aluguel, fabricação de calçados, abate de aves, etc.).
Exemplo:
- Este projeto se destina a obra de um padrão de entrada em baixa tensão para
atendimento de edifício residencial de cinco pavimentos contendo dez unidades
consumidoras trifásicas por bloco num total de 3 blocos;
- Este projeto se destina a obra de um padrão de entrada em média tensão com
uma subestação externa para atendimento de um empreendimento industrial de
produção de calçados.

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1.2.3 Aspectos Legais


Deve conter as normas aplicadas no projeto. Todos os projetos devem
indicar a NBR-5410, a NR-10 e I-321.0038 e a principal norma da empresa na
qual o projeto se sustenta:
- Projetos de edifícios de uso coletivo com ramal de entrada em BT: NT-03 e
adendos, N-321.0001;
- Projetos de edifícios de uso coletivo com ramal de entrada em MT:
NBR14039, NT-03 e adendos, N-321.0002;
- Projetos de Subestação: NBR14039, N-321.0002;

1.2.4 Entrada de Energia


Descrever o ramal de conexão e o de entrada, desde o ponto de
derivação até a medição.

1.2.5 Medição
Descrever o tipo de atendimento, especificando os quadros de
medidores, bem como equipamentos auxiliares (TC e TP) conforme o caso.

1.2.6 Proteção
Descrever os disjuntores gerais e o DPS utilizados, contendo a
especificação completa dos mesmos.

1.2.7 Aterramento e Equipotencialização


Descrever a malha de aterramento (número de hastes e especificação
do condutor), esquema de ligação (TN-C no padrão de entrada e TN-S no interior
das unidades consumidoras), BEP, hastes (dimensões e pintura), condutores e
barramentos (seção mínima de 25x5 mm² para o BEP e 20x3 mm² para os
demais).

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1.2.8 Memorial de Cálculo


Se a obra for um edifício de uso coletivo, mostrar o resultado do método
de cálculo padrão da Celesc, mesmo utilizando outra metodologia para
especificar os elementos do projeto.
O memorial deve justificar os condutores escolhidos para os ramais de
ligação e de entrada, bem como todas as proteções gerais. Quaisquer
divergências com normas da concessionária devem ser justificadas.
Ao final deve ser identificado o responsável técnico pelo cálculo.
1.2.9 Relação de Materiais (opcional)
Se apresentado deve estar completo e coincidir com todo o projeto.

1.2.10 Memorial Executivo da Obra (opcional)


Especificação completa de todos os materiais utilizados no ramal de
ligação e de entrada (condutores, quadro de medição, disjuntores, DPS, eletrodos
de aterramento, condutores, barramentos, etc.)

2 PRANCHAS
Todas as pranchas devem seguir o padrão da ABNT para apresentação
de projetos técnicos, especialmente quanto ao formato da folha, legendas e selo
contendo as seguintes informações:
a) Identificação da prancha;
b) Identificação e endereço do empreendimento;
c) Responsável legal ou proprietário;
d) Responsável técnico pelo projeto e respectiva inscrição no CREA ou
TRT;
e) Identificação da solicitação no PEP;
f) Identificação do número do documento de responsabilidade técnica.

2.1 PRANCHA DE SITUAÇÃO (01)


Deve ter as seguintes informações:
a) Arruamento;

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b) Norte geográfico;
c) Posição do quadro ou subestação em relação à via pública com cotas;
d) Posição da malha de aterramento e da caixa de inspeção;
e) O desenho deve ser proporcional à propriedade,
propriedade, preferencialmente em
escala;
f) Indicar:: afastamento de lixeiras (1,5m) e de central de gás (1,8m),
espaço livre em frente ao quadro (mínimo 1 metro para estacionamento e
passagem de veículos, 1,2 em espaço exclusivo e 1,5 se passagem de
pedestres), distância entre caixas de passagem (15m no máximo)
má e até o
quadro e o recuo deste em relação à via pública, extensão do ramal de
conexão e afastamento da caixa de passagem junto ao poste em relação
a este.

Figura 1.Exemplo de planta de situação com seus elementos básicos.

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2.2 PRANCHA DO PADRÃO DE ENTRADA (02)


Deve conter:
conter
a) Perfil do ramal de ligação e de entrada com todos os detalhes;

erfil da entrada de energia de um padrão subterrâneo.


Figura 2. Exemplo de perfil

2.3 DIAGRAMA UNIFILAR (03)


O diagrama unifilar deve ter as seguintes informações:
a) indicação da delimitação dos módulos/quadros e compartimentos de cabinas de
medição, proteção e, quando necessário, transformação;
b) tensão de fornecimento;
c) dimensões dos barramentos de cobre de fase, neutro e terra dos módulos,
quadros e cabines, inclusive dos centros de medição modulados;
d) seção transversal, quantidade por circuito, tipo do material (cobre ou alumínio),
tipo de isolação (PVC ou EPR/XLPE) e isolamento (0,75kV ou 1kV para baixa tensão /
12/20 kV ou 20/35 kV para média tensão) dos
dos condutores das fases, neutro e

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aterramentos e suas formas de acondicionamento (leito, bandeja, canaleta,


eletroduto, indicando suas dimensões, quantidade, etc.);
e) faseamento desde o ponto de entrega até a saída das medições, respeitando o
balanceamento
o das fases;
f) esquemas de intertravamentos, indicando o tipo (elétrico, mecânico ou
eletromecânico);
g) corrente nominal (A) dos disjuntores;
h) identificação dos circuitos de saída de módulos, quadros e centros de medição;
i) indicação da quantidade de transformadores internos, com descrição do
proprietário (CELESC ou particular), tipo de núcleo (envolvente ou envolvido),
esquema de ligação de cada enrolamento (triângulo, triângulo aterrado, estrela ou
ziguezague),
), isolamento (óleo ou seco), impedância
impedância percentual (Z), potência e tensão
de cada enrolamento;
j) ligação e especificação dos seus equipamentos e materiais (DPS, disjuntor, caixa,
barramento pente, condutores e eletrodutos). O DPS deve ser trifásico (NÃO TRÊS
MONOFÁSICOS EM CONJUNTO);
CONJUNTO

Figura 3. Exemplo de legenda.

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Figura 4.. Exemplo de diagrama unifilar.

2.4 QUADRO DE MEDIDORES E/OU SUBESTAÇÃO (04)


No caso de quadros de medidores coletivos estes devem ser
mostrados da forma como instalados no local, incluindo dimensões exatas, placas
de advertência e com os nomes das unidades consumidoras nas tampas das
caixas ordenadas da forma padrão (vide figura abaixo). Os nomes das unidades
consumidoras devem ser os mesmos do unifilar.
No caso de blocos com quadros idênticos, mostrar apenas um citando
citan
esta informação. Os nomes dos quadros devem ter numeração seqüencial e estar
bem destacados para evitar enganos.
As caixas não utilizadas ou reservas devem ter tampas cegas (sem
nenhuma abertura). Deverá ser mostrada também a vista interna de pelo menos
meno
um quadro de medidores contendo o esquema de ligação de um medidor
conforme mostrado na página 17 da instrução normativa I-321.0040.
I 321.0040.

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Figura 5. Sequência de nomeação das caixas de medidores no quadro (da esquerda


para a direita e de cima para baixo)

Figura 6.. Exemplo de quadro


quadro para ligação de sete unidades consumidoras sem
condomínio. Utilizado quadro para nove medidores, sendo duas tampas cegas.

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Para subestações mostrar todas as vistas cotadas e em escala.

2.5 DETALHES (05)


Nesta prancha e seguintes inserir detalhes do projeto conforme
necessidade.

Figura 7.. Exemplo de prancha de detalhes.

3 Boas Práticas
- No campo de mensagens fazer uma síntese do que é o projeto (como por
exemplo: ligação de edifício coletivo novo, aumento de carga de uma única unidade
consumidora do prédio, etc.);
- Não utilizar fontes muito pequenas ou de difícil compreensão;
- Fazer o desenho
esenho ocupando toda a prancha como mostrado
mostrad nos modelos acima;
- Salvar os arquivos com a orientação correta da prancha assim como as
mostradas nos exemplos, não de cabeça para baixo ou de lado;
- Identificar adicionalmente as unidades consumidoras com letras grandes na vista
frontal dos quadros de medidores como mostrado na figura 6;
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