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FACULDADE DE ENGENHARIA
JUIZ DE FORA
2014
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA
JUIZ DE FORA
2014
NIELSEN ARMANDO BARGUINI
Juiz de Fora
2014
VANTAGENS E DESVANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DO MÉTODO DE
ESCAVAÇÃO NÃO DESTRUTIVO PIPE JACKING.
Por:
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Agradeço a minha família, aos meus pais, Maria das Graças Barguini e
João Roberto Barguini, pelo amor, carinho, paciência, incentivo, e
principalmente por terem acreditado em meu potencial. Aos meus irmãos José
Roberto Barguini e Wendel Wilson Barguini e suas famílias por todo apoio,
incentivos e companheirismo. Amo imensamente todos vocês. Vocês são a
razão de tudo isso, sem vocês não teria sido possível.
Por fim, a todos que fizeram parte da minha formação, o meu muito
obrigado.
RESUMO
1 - INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 10
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 84
1 - INTRODUÇÃO
10
Teoricamente não há limite de distância entre os poços de serviço.
Porém, considerações práticas de engenharia e econômicas podem impor
certas restrições. Normalmente, distâncias de algumas centenas de metros,
tanto retilíneas como curvilíneas, podem ser executadas desde que se utilize
um sistema adequado.
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capacidade dos sistemas de propulsão hidráulica, da distância entre os poços
de serviço, da necessidade ou não de lubrificação durante o processo e/ou de
estações intermediárias de cravação, além de influir no dimensionamento
estrutural do sistema de reação e do revestimento do túnel. Esta avaliação não
se mostra uma tarefa simples, uma vez que fatores como lubrificação,
variações estratigráficas, desalinhamento e rugosidade dos tubos, dentre
muitos outros, interagem mutuamente na mobilização dos esforços de
cravação. Internacionalmente tem-se proposto, com certo sucesso, alguns
métodos baseados em fórmulas empíricas ou em conceitos da Mecânica dos
Solos. O controle de direção vem sendo alcançado através do emprego de
“shields” que permitem o controle direcional, da monitoração das deflexões
angulares entre juntas consecutivas e pela adoção da lógica “fuzzy” no controle
do alinhamento. Todas as atividades supracitadas interagem para a
manutenção da integridade dos tubos durante o processo executivo do método
“pipe jacking” e denotam o sucesso ou não do processo (DRÖSEMEYER,
2004).
1.1 Objetivos
12
1.2 Justificativa
13
2 - HISTÓRICO DOS TÚNEIS NO BRASIL E NO MUNDO
14
construíram túneis rodoviários e uma rede de túneis e cavidades subterrâneas
representadas pelas catacumbas” (SILVEIRA, 1974).
15
Figura 1 – Esquema do Túnel de Brunel - Seção transversal. (PAIVA et al.,
2011).
16
De acordo com Silva et al. (1999), o engenheiro francês Brunel é
considerado o pioneiro em construção de túneis subaquáticos, devido à sua
obra de 1825 sob o rio Tamisa, na Inglaterra. Antes da patente da couraça já
haviam sido realizados túneis subaquáticos, porém de seções menores e
voltados para a mineração.
Cogita-se que o primeiro túnel do Brasil tenha sido construído por volta
de 1860. Ele foi escavado em rocha e fazia parte da Rodovia União e Indústria
que ligava o estado do Rio de Janeiro ao de Minas Gerais e tinha 7 m de
largura e 144 m de extensão, muito moderna para a época. Imagina-se
também que o túnel tivesse a largura da rodovia (CELESTINO et al., 2010).
17
Figura 3 - Túnel Grande. (PAIVA et al., 2011).
18
transformou-se este trecho de 360 m em túnel, construindo sua abóbada em
concreto armado, que segundo Celestino et al. (2010), esta é a datação mais
antiga e confiável de utilização deste material.
Segundo Fontoura et al. (1994), foi por volta de 1975 que o método
construtivo subterrâneo passou a ser muito utilizado na execução de redes de
saneamento das grandes cidades, evitando assim a abertura de valas na
execução das obras. Com o avanço tecnológico dos túneis, passou-se também
a utilizá-los em casos onde o escoramento, escavações e troca de solo se
tornavam economicamente inviáveis devido ao tipo de solo ou à profundidade
de escavação.
19
20
21
2.1 Aspectos básicos da Implantação de um túnel
23
Os métodos não tripulados, num primeiro momento, podem ser vistos
como sendo os empregados na execução de “micro-túneis”, os quais se
caracterizam por apresentarem diâmetros inferiores a 900mm ou 1000mm,
porém, o seu conceito pode ser estendido para túneis de diâmetros maiores.
24
(i) o que envolve a execução prévia de um furo piloto (“Pilot Boring
Method”),
25
a) Percursor de Deslocamento do Solo (“Soil Displacement Hammer”).
26
No caso dos sistemas não dirigíveis com avanço por escavação, pode-
se, também, efetuar sua propulsão dinâmica ou estaticamente. A escavação do
solo internamente ao revestimento se executa em conjunto com o avanço do
túnel ou após a conclusão do revestimento. Nestes sistemas enquadram-se os
métodos de Percussão Horizontal com Ponta Aberta (“Horizontal Hammer with
Open Pipe”) (Figura 5a) e o de Perfuração e Cravação Horizonta (“Horizontal
Jacking and Boring Unit”) (Figura 5b). No primeiro, a escavação se processa
por meio da injeção de ar comprimido, água pressurizada ou, ainda, por meio
de um êmbolo, após a conclusão do revestimento. Este método é indicado para
a instalação de tubos metálicos com diâmetros inferiores a 1400 mm. No
segundo método a escavação se processa por meio de uma cabeça
perfuradora, paralelamente a cravação dos tubos, assim como se realiza a
remoção contínua do solo escavado através de uma hélice transportadora.
27
Nos sistemas dirigíveis que exigem a execução prévia de um furo piloto
(“Pilot Boring Methods”), a feitura deste pode se dar por cravação ou
escavação dirigidas e, posteriormente, realiza-se o alargamento do furo piloto
para a instalação do revestimento final. Para executar-se este alargamento,
pode-se empregar o Método de Deslocamento do Solo (“Soil Displacement
Method”) (Figura 6a) ou o Método de Escavação com Trado Helicoidal (“Soil
Borrow Method”) (Figura 6b).
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6b) Método de Escavação com Trado Helicoidal (“Soil Borrow Method”)
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Figura 7: Método de instalação do revestimento final através do Método de
Cravação Frontal. (STEIN et al., 1989 apud DRÖSEMEYER, 2004).
30
todo o circuito com lama ou ar. O diâmetro nominal dos tubos instalados com o
“Jacking and Boring Method” varia de 250 mm a 1000 mm e as distâncias
alcançadas ficam em torno de 60 m.
31
(2004), discorre acerca das vantagens de se empregar sistemas de duplo
estágio; contudo, seu uso mostra-se mais próprio para o caso de obras de
“microtúneis”.
32
Figura 9: “Open Hand Shield” (PIPE JACKING ASSOCIATION, 1995a).
33
3.2.3 Couraça com Braço Retroescavador (“Backacter
Shield”)
34
Figura 12: Seção de uma Couraça de Escavação Plena de Túneis.
(HERRENKNECHT, 2001 apud DRÖSEMEYER, 2004).
35
o material escavado é transportado na forma de lama. Segundo Alvarez (2000),
em 1874, H. Lorenz propôs o emprego de lama bentonítica sob pressão para
estabilizar a frente de escavação, mas somente em 1896, H. H. Dlarymple-Hay
utilizou a argila para estabilizar a frente em terrenos coesivos. Conforme Negro
Júnior e Coutinho (1995) apud Drösemeyer (2004), este tipo de equipamento
começou a ser empregado por volta de 1970, porém, o revestimento constituía-
se de anéis segmentados. No início da década de 80, sim, aliaram-se as
técnicas de escavação com “shield” de pressões balanceadas e revestimento
constituído de tubos cravados (“Slurry Pipe Jacking”).
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Figura 13: Pressões atuantes junto a frente de escavação. (STEIN et al., 1989
apud DRÖSEMEYER, 2004).
37
Figura 14: Possíveis deformações do solo causadas pela pressão de contato
(STEIN et al., 1989 apud DRÖSEMEYER, 2004).
38
Figura 15: Arranjo geral de um sistema “Slurry Shield” (HERRENKNECHT,
2001 apud DRÖSEMEYER, 2004).
39
Figura 16: Seção de um “Slurry Shield Machine”. (HERRENKNECHT, 2001
apud DRÖSEMEYER, 2004).
40
comprimido na câmara posterior, se regule com muito mais precisão a pressão
de suporte na câmara frontal. Assim, consegue-se manter uma pressão de
suporte razoavelmente constante mesmo com variações na velocidade de
avanço do “shield” e de remoção dos detritos (MILLIGAN, 2000). Os
“Hydroshields” aplicam-se, basicamente, aos mesmos tipos de solo que os
“Slurry Shields”, porém, mostram-se mais flexíveis às mudanças nos tipos de
solo (Figura 19).
41
Na Alemanha em 1985 foi construído o primeiro “Mixshield” que, como
o próprio nome sugere, trata-se de um “shield” misto, ou seja, que incorpora o
conceito dos “Slurry Shields”, dos EPBM’s e das Couraças Pressurizadas (“Air
Pressurised Shields”). O princípio dos “Mixshields” baseia-se no conceito
clássico dos “Hydroshields”, onde uma suspensão de bentonita é empregada
para suportar a frente de escavação, porém, eles podem operar ora como um
“Slurry Shield” ora como um “Mixshield” (Figura 20). Prestam-se para o uso em
solos heterogêneos, onde se espera uma frente de escavação instável (Figura
21).
42
3.2.7 Couraça de Balanceamento das Pressões do Solo
(“Earth Pressure Balance Machine” - EPBM)
43
dentro da câmara de trabalho. Para evitar-se o afluxo de água, torna-se
imprescindível o condicionamento do solo escavado quanto a fluidez e
permeabilidade. O condicionamento se faz através da injeção de aditivos
apropriados junto à frente de escavação. Os equipamentos EPBM se
empregam, preferencialmente, em maciços homogêneos, constituídos por
solos argilosos, siltosos, arenosos ou pedregulhosos (Figura 23).
44
Figura 24: Seção de um EPBM com transporte por bombeamento
(HERRENKNECHT, 2001 apud DRÖSEMEYER, 2004).
45
3.2.8 Couraças para Micro-túneis (“Microtunnelling Machine”)
46
3.3 Tubos
Concreto armado;
Argila vitrificada (“Stoneware”);
Cimento-amianto;
47
Fibra de vidro reforçada plástica;
Aço;
Compostos.
48
Figura 27: Sistema instalado nos tubos para promover a sua lubrificação.
(HERRENKNECHT, 2001 apud DRÖSEMEYER, 2004).
49
razão, tubos de aço não devem ser empregados em coletores de esgoto.
Tubos de aço utilizam-se freqüentemente em dutos de gás, óleo e adutoras de
água. Estes tubos disponibilizam-se numa ampla variedade de diâmetros,
comprimentos e qualidades de aço.
50
tubo, as quais precisam ser lisas, regulares e livres de defeitos ou reparos. A
distância que se deve manter entre tubos adjacentes precisa ser coerente com
as dimensões e tipo do material obturador utilizado.
51
4 - O MÉTODO “PIPE JACKING”
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(micro-computação). Estes aprimoramentos tecnológicos se deram,
principalmente, no Japão e na Alemanha.
53
2,6km. Trajetórias curvas também podem ser executadas, dado os avanços
obtidos em controle de alinhamento e investigação geotécnica.
Sendo assim, verifica-se que o método “pipe jacking” pode ser aplicado
nestas três classes de túneis, o que demonstra a grande versatilidade do
método. O emprego da técnica na execução dos “micro-túneis” foi possibilitado
pela mecanização e automação da escavação na frente de avanço e pela
eliminação da montagem do revestimento no interior do túnel. Estas duas
atividades limitavam o diâmetro mínimo dos túneis a cerca de 1000mm, visto
que, até então, era necessário tripular a escavação dos túneis com homens
junto à frente de escavação para se executarem essas atividades.
54
5 - A EXECUÇÃO DO PIPE JACKING
5.1 O Projeto
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com contornos suaves como os circulares ou elípticos são preferíveis aos
contornos angulosos, característicos de seções retangulares, por estes
apresentarem concentração de tensões nos pontos angulosos. No método
“pipe jacking” geralmente são empregadas seções circulares; entretanto,
seções quadradas ou retangulares também podem ser utilizadas.
condições do terreno;
melhor caminho a ser percorrido;
existência de utilidades enterradas e estruturas subterrâneas;
localização dos poços de visita e do canteiro de obras;
extensões a serem vencidas;
profundidade;
declividade;
diâmetro dos tubos;
econômicos.
56
definição do método construtivo e no seguimento das especificações inerentes
a este, para que, assim, garantam-se a estabilidade da escavação e a
minimização dos danos às construções e utilidades contíguas. A definição de
métodos construtivos inadequados, o não seguimento de suas especificações
ou, até mesmo, a negligência das especificações nos documentos do projeto
(deixando o construtor livre para agir conforme seus interesses), podem
provocar conseqüências adversas e refletir em graves danos às edificações
vizinhas em função da magnitude dos recalques que podem ocorrer.
a) estabilidade da escavação;
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5.2 A Técnica
59
Figura 30: Cilindros hidráulicos (PJA, 2014).
Figura 31: Vista externa do túnel pipe jacking e pistões hidráulicos (PJA, 2014).
60
Existem diversas aplicações para este método, principalmente em
áreas urbanizadas como: tubulações da rede de saneamento (coletores de
esgoto), drenagem de águas pluviais, transporte de fiação e cabos elétricos,
rede de telecomunicações, e outras finalidades.
61
Para execução do Pipe Jacking são utilizados:
62
Figura 34: Poço de serviço (PJA, 2014).
63
Figura 36: Poço de serviço em obra do coletor tronco do Projeto Tietê
(SABESP, 2014).
64
Figura 37: Tubulação de concreto armado para cravação; transporte da
tubulação com guindaste; armadura do tubo; armazenamento; introdução da
tubulação no poço de serviço (PJA, 2014).
65
Figura 38: Container para operação, controle e abrigo de equipamentos (PJA,
2014).
66
Figura 39: Remoção do solo escavado (PJA, 2014).
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praticamente nenhuma perda de solo na frente de escavação. Garante uma
boa estanqueidade dispensando serviços de acabamentos internos.
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6 - VANTAGENS E DESVANTAGENS
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se empregam valas a céu aberto, para a implantação do túnel em áreas
urbanas.
O método pipe jacking pode ser visto como um método muito versátil
para abertura de túneis, instalação de coletores de esgoto, redes principais de
água, oleodutos, passagens subterrâneas, dentre outras. O método utiliza alta
tecnologia em todo o seu processo executivo. No entanto, alguns fatores
devem ser adequadamente avaliados para o sucesso na utilização desta
técnica. A estimativa e o controle dos esforços de cravação são fatores
fundamentais e, ligados diretamente a estes, tem-se os fatores concernentes à
70
lubrificação do solo. Um fator de grande importância diz respeito ao
condicionamento do solo, o qual está relacionado à manutenção da
estabilidade da escavação e ao transporte de material escavado. Outros
fatores que merecem destaque são: o controle do alinhamento, necessário
para garantir a integridade dos tubos; a estimativa e o controle dos recalques e
levantamentos, com o objetivo de evitarem-se danos às edificações lindeiras e;
a averiguação de possíveis obstruções no trajeto a ser seguido
(DRÖSEMEYER, 2004).
71
reduzir o esforço de cravação de 20 a 50%; no entanto, o fator de redução
geralmente alcançado varia de 20 a 30% (TERZAGHI, 1950).
72
utilizados dispositivos medidores de avanço de cravação. Para a instalação de
tubos em trechos curvos, têm-se a utilização de sofisticados giroscópios,
equipamentos GPS (Global Positioning System) e estações totais. Devido à
utilização de um sistema laser para o controle do direcionamento, este método
é capaz de realizar instalações com alto grau de acurácia. Túneis executados
em Pipe Jacking possuem alta qualidade. Garrido (2003) afirma que devido à
taxa de precisão de 0,2%, garantida devido ao nivelamento e alinhamento a
laser, o Pipe Jacking torna-se ideal para a execução de túneis que irão abrigar
condutos livres, tais como galerias de esgoto e de drenagem.
73
mínimo recomendado para o tubo a ser instalado é de 900mm. Teoricamente,
não há limite para o diâmetro máximo do tubo, todavia os maiores diâmetros
geralmente encontrados possuem 3700mm de diâmetro. As dimensões de
diâmetro mais comuns neste método variam de 1220 a 1830mm.
74
serviços, visto que cada túnel tem suas peculiaridades e, pouco provavelmente,
o mesmo equipamento poderá ser utilizado pela mesma empresa na
construção de um túnel de igual diâmetro, logo após a finalização deste
serviço. Devido ao alto custo do equipamento de corte, o Pipe Jacking torna-se
mais oneroso à medida que exigem-se maiores diâmetros dos túneis, visto que,
o quanto maior o shield, maior será o seu valor e mais peculiar será o túnel.
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7 - UTILIZAÇÕES DO MÉTODO NO BRASIL
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pedregulhos e até em rochas – na presença ou não de água. Além disso, as
obras têm acabamento instantâneo, imediatamente após a execução; os túneis
são absolutamente estanques; e a qualidade do revestimento dos túneis
corresponde à qualidade dos tubos. O pipe jacking é executado por meio da
cravação de tubos de concreto de alta resistência, permitindo a realização de
obras em uma grande variedade de diâmetros. O método é apropriado,
portanto, para construção de redes coletoras e coletores-tronco de esgotos,
galerias de drenagem pluvial, adutoras, dutos para passagem de cabos
elétricos, telefônicos e fibra ótica, tubulações de gás, passagens subterrâneas
para pedestres, tubulações de uso múltiplo, transporte subterrâneo em plantas
industriais e obras de recuperação ambiental. Na Europa, particularmente na
Alemanha, o método é adotado desde os anos 1960 e tem tido uma
participação no mercado de aproximadamente 20% do total de tubos
produzidos.
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7.2 Emissário no Litoral de São Paulo
79
Ainda segundo Fogaça (2010), a obra em questão integra o programa
da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) para
a despoluição das praias paulistas e está sendo executada pelo consórcio
composto pelas construtoras Norberto Odebrecht e Carioca. Elas respondem
pela instalação de um emissário submarino de 4.095 m de extensão, dos quais
705 m foram executados em túnel de concreto, da praia até a área posterior à
zona de arrebentação do mar, e os 3.390 m restantes serão instalados em
tubos de PEAD (polietileno de alta densidade), que avançam a partir desse
ponto mar adentro.
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Segundo Dantas (2009), com a metodologia escolhida para a
escavação do túnel responsável pelo transporte da vazão de trabalho, a
comunidade, o meio ambiente e a cidade ganharão em qualidade e
preservação. O trecho executado em Pipe Jacking passa por baixo de toda a
Avenida Jorge Amado e praia dos Artistas, saindo à profundidade de 12,00 m.
Neste ponto ocorre a transição do túnel em tubos de concreto armado para a
tubulação em PEAD, onde os efluentes tratados serão lançados a uma
profundidade de 44 m.
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8 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Felizmente, no campo da Engenharia possuímos uma gama de opções
e alternativas que, aplicamos da melhor maneira possível, modificando a
natureza.
83
REFERÊNCIAS
ABBOTT, D. (1997); The use of modern tunnelling techniques for different soils
conditions in urban areas. PalestraEspecial. No: 2º Simpósio sobre Túneis
Urbanos, pp. 251-272, São Paulo, SP, Maio, 1997.
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http://www.revistamt.com.br/index.php?option=com_conteudo&task=viewMateri
a&id=272. Acesso em 13 de maio de 2014.
GARRIDO, J. (2003), O pipe jacking abre uma janela para o futuro. Revista
Engenharia. São Paulo, Ed. 560, p. 42-72, set. 2003.
85
PITA, M. (2011); Disposição oceânica de esgotos, Edição 10 - Dezembro/2011,
Editora PINI. 2011. Disponível em: http://infraestruturaurbana.
pini.com.br/solucoes-tecnicas/10/disposicao-oceanica-de-esgotos-primeira-
parceria-publico-privada-em-saneamento-243543-1.aspx. Acesso em 10 maio
2014.
PJA, THE PIPE JACKING ASSOCIATION (2014), Consulta geral a home Page
oficial. Disponível em: <http://www.pipejacking.org/Resources/PJA%20
microtunnelling%20FINAL.pdf > . Acesso em 14 maio 2014.
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