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JEAN FELIPE BENEVENTO AMARAL DOS SANTOS

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO:


COMPARAÇÃO DO MÉTODO DE ABERTURA DE
TRINCHEIRA E MÉTODO NÃO DESTRUTIVO NA
IMPLEMENTAÇÃO DE INFRAESTRUTURA DE
SANEAMENTO

Londrina
2024
JEAN FELIPE BENEVENTO AMARAL DOS SANTOS

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO:


COMPARAÇÃO DO MÉTODO DE ABERTURA DE
TRINCHEIRA E MÉTODO NÃO DESTRUTIVO NA
IMPLEMENTAÇÃO DE INFRAESTRUTURA DE
SANEAMENTO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


à Universidade Estadual de Londrina - UEL,
como requisito parcial para a obtenção do título
de Bacharel em Engenharia Civil.

Orientador: Prof. Dr. Deize Dias Lopes

Londrina
2024
JEAN FELIPE BENEVENTO AMARAL DOS SANTOS

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO:


COMPARAÇÃO DO MÉTODO DE ABERTURA DE
TRINCHEIRA E MÉTODO NÃO DESTRUTIVO NA
IMPLEMENTAÇÃO DE INFRAESTRUTURA DE
SANEAMENTO

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado à Universidade Estadual de
Londrina - UEL, como requisito parcial para
a obtenção do título de Bacharel em
Engenharia Civil.

Orientador: Prof. Dr. Deize Dias Lopes

BANCA EXAMINADORA

Prof. Dr. Deize Dias Lopes


Universidade Estadual de Londrina - UEL

Prof. Caio Victor Lourenço Rodrigues


Universidade Estadual de Londrina - UEL

Vilson Gomes
Companhia de Saneamento do Paraná -
SANEPAR

Prof. Membro 4
Universidade Estadual de Londrina - UEL

Londrina, _____de Fevereiro de 2024.


RESUMO

BENEVENTO, Jean Felipe Amaral Dos Santos. Comparação do Método De


Abertura De Trincheira E Método Não Destrutivo Na Implementação De
Infraestrutura De Saneamento. 2023. Número total de folhas. Trabalho de
Conclusão de Curso de Graduação em Engenharia Civil– Centro de Tecnologia e
Urbanismo, Universidade Estadual de Londrina, Londrina,2023.

Palavras-chave: método não destrutivo; HDD; abertura de trincheira;


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Trincheira Aberta....................................................................................... 16


Figura 2 - Passos Para O Método De Trincheiras ..................................................... 17
Figura 3 - Retroescavadeira E Escavadeira .............................................................. 18
Figura 4 - Máquina Valadora ..................................................................................... 18
Figura 5 - Métodos De Construção Não Destrutivos ................................................. 19
Figura 6 - Cravação De Tubo .................................................................................... 21
Figura 7 – Perfuração Horizontal Direcional .............................................................. 23
Figura 8 - Passos Da HDD ........................................................................................ 24
LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Sinalização .............................................................................................. 29


Quadro 2 - Locação, demarcação e nivelamento ...................................................... 30
Quadro 3 - Remoção do pavimento .......................................................................... 30
Quadro 4 - Manuseio de entulho ............................................................................... 31
Quadro 5 - Movimentação de terra ............................................................................ 32
Quadro 6 - Escoramento ........................................................................................... 32
Quadro 7 - Assentamento da tubulação por abertura de trincheiras ......................... 33
Quadro 8 - Recomposição do pavimento .................................................................. 34
Quadro 9 - Assentamento da tubulação por MND ..................................................... 35
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Métodos Não Destrutivos ......................................................................... 20


Tabela 2 - Caracteristica Para Cada Categoria Do HDD .......................................... 25
Tabela 3 - Custos Do Método Abertura De Trincheira .............................................. 36
Tabela 4 - Custos Método Perfuração Horizontal Direcional ..................................... 36
SUMÁRIO

1 OBJETIVOS GERAIS ............................................................................... 14


1.1 Objetivos específicos .................................................................................. 14
2 INTRODUÇÃO ......................................................................................... 15
3 REFERENCIAL TEÓRICO ....................................................................... 16
3.1 Método com abertura de trincheiras............................................................ 16
3.2 Métodos Não Destrutivos ............................................................................ 19
3.2.1 Cravação de tubo................................................................................. 21
3.2.2 Perfuração Direcional Horizontal ......................................................... 22
3.3 Custos Da Implantação da Rede ................................................................ 25
3.3.1 Custos de construção .......................................................................... 26
4 ESTUDO DE CASO ................................................................................. 27
5 METODOLOGIA ....................................................................................... 28
5.1 Orçamento .................................................................................................. 28
5.1.1 Cálculo de tempo de duração da obra ................................................. 28
5.2 Composições dos custos ............................................................................ 29
5.2.1 Sinalização do trecho que será implementada a rede ......................... 29
5.2.2 Locação, demarcação e nivelamento .................................................. 29
5.2.3 Remoção do pavimento existente ........................................................ 30
5.2.4 Manuseio de entulho............................................................................ 31
5.2.5 Movimentação de terra ........................................................................ 31
5.2.6 Escoramento ........................................................................................ 32
5.2.7 Assentamento da tubulação método de abertura de trincheiras .......... 33
5.2.8 Recomposição do pavimento ............................................................... 34
5.3 Cálculo de custos para perfuração horizontal direcional ............................. 34
5.3.1 Assentamento da tubulação por HDD .................................................. 35
6 RESULTADO E DISCUSSÕES ................................................................ 36
7 CONCLUSÃO ........................................................................................... 37
14

1 OBJETIVOS GERAIS

Realizar um levantamento dos métodos não destrutíveis e do


método de abertura de trincheiras para a instalação de infraestrutura de
saneamento, posteriormente realizar em um estudo de caso uma comparação de
custo e tempo entre o método convencional e o não destrutivo.

1.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Levantar os principais métodos não destrutivos usados em


infraestrutura de saneamento;
- Fazer uma síntese MND em função das condições de aplicação
(diâmetros, profundidades, tipo de solo....);
- Comparar as vantagens e desvantagens do uso método tradicional
e MND;
- Realizar um estudo de caso parta comparar os custos financeiros
de cada método;
15

2 INTRODUÇÃO

A implementação eficiente de redes de saneamento é uma grande


preocupação para o desenvolvimento sustentável das cidades em todo o mundo.
Essas redes desempenham um papel crítico na promoção da saúde pública, na
proteção do meio ambiente e no bem-estar das populações urbanas. No entanto, a
expansão e a manutenção dessas redes muitas vezes enfrentam muitos desafios,
especialmente no que diz respeito aos métodos utilizados para a instalação e
manutenção desse tipo de infraestrutura.
O método tradicional de abertura de valas tem sido comumente
utilizado para a implantação de redes de saneamento, envolvendo a escavação de
valas no solo. Embora esse método seja amplamente utilizado, ele apresenta
diversas desvantagens, incluindo custos elevados, impactos ambientais negativos,
interrupções significativas no tráfego e nas atividades urbanas, além de riscos de
danos a benfeitorias já existentes (NAJAFI, 2010).
Em contrapartida, os métodos não destrutivos surgiram como uma
alternativa promissora para a instalação e manutenção de redes de saneamento.
Esses métodos se baseiam em tecnologias avançadas que permitem a inspeção,
reparo e substituição de tubulações sem a necessidade de escavação de trincheiras.
Entre as técnicas não destrutivas mais utilizadas estão a perfuração horizontal
direcional, micro túneis e cravação de tubo (DEZOTTI, 2008).
A busca por soluções mais sustentáveis, economicamente viáveis e
menos destrutivas para a expansão e manutenção das redes de saneamento é
altamente relevante para o planejamento urbano. A pesquisa realizada neste
trabalho de conclusão de curso tem como objetivo central a avaliação comparativa
entre o método tradicional de abertura de valas e os métodos não destrutivos para a
implementação de redes de saneamento.
16

3 REFERENCIAL TEÓRICO

Existem várias abordagens disponíveis para a instalação,


reabilitação, substituição e reparo de infraestruturas subterrâneas urbanas. A
escolha do método mais adequado depende das particularidades de cada projeto,
incluindo características do solo ao longo da rota, diâmetro das tubulações, extensão
máxima das tubulações, nível de precisão necessário, cronograma de execução e
disponibilidade local do método construtivo (ABRATT, 2017).
Esses métodos construtivos podem ser categorizados em dois
grupos principais: os Métodos Tradicionais, que envolvem a abertura de trincheiras,
e os Métodos Não-Destrutivos (DEZOTTI, 2008). A seguir, apresentaremos uma
breve descrição de cada um desses métodos.

3.1 MÉTODO COM ABERTURA DE TRINCHEIRAS

O método com abertura de trincheiras para a instalação de


tubulações subterrâneas, é conhecido como o método tradicional. Os procedimentos
que se enquadram nessa categoria envolvem a escavação ao longo do percurso
planejado da rede, o posicionamento da tubulação na vala, utilizando um berço de
materiais apropriados, seguido pelo preenchimento e compactação da vala.
Geralmente, para concluir o projeto, é necessário restaurar a
superfície do pavimento após a instalação da tubulação (DEZOTTI, 2008), uma vez
que este é removido para a escavação, conforme mostrado na Figura 1.
Figura 1 - Trincheira Aberta

Fonte: www.opopular.com.br
17

A Norma NBR 12266/92 estabelece os requisitos para o projeto e a


realização de trincheiras destinadas à instalação de tubulações de água, esgoto e
drenagem urbana. Apesar de ser um método amplamente adotado devido à sua
longa história de aplicação, pode não representar a opção mais vantajosa em termos
de custo-benefício.
Os métodos tradicionais apresentam desvantagens notáveis,
incluindo interferências significativas em outras infraestruturas urbanas, resultando
em congestionamentos, impactos ambientais adversos e danos a pavimentos,
instalações e estruturas vizinhas. Essa situação dificulta obras com custos diretos
aparentemente baixos, devido aos custos sociais substanciais associados aos
problemas resultantes (ARIARATNAM et al., 1999).
É importante notar que os métodos tradicionais têm visto um
progresso tecnológico limitado nas últimas cinco décadas. Os principais
equipamentos utilizados para realizar esses serviços incluem retroescavadeiras,
escavadeiras, valadoras, pás carregadeiras, compactadores, máquinas de corte de
pavimento e caminhões (DEZOTTI, 2008). A seleção dos equipamentos e
acessórios necessários é determinada pelo engenheiro responsável pela obra, com
base na análise do projeto de execução.
Além disso, a área de trabalho deve ser adequadamente isolada e
sinalizada para restringir o acesso de pessoas não autorizadas, garantindo a
segurança dos trabalhadores. Assim, sendo ilustrado as etapas na Figura 2.
Figura 2 - Passos Para O Método De Trincheiras

Fonte: O autor.
18

Os equipamentos mais comuns para a abertura de trincheiras


incluem escavadeiras e retroescavadeiras. As escavadeiras tendem a criar
trincheiras com perfil irregular, resultando em uma base irregular, e sua
produtividade é limitada. As retroescavadeiras apresentam desafios semelhantes às
escavadeiras, além de exigirem mais tempo para a abertura das trincheiras. Na
Figura 3a é mostrada uma retroescavadeira e na Figura 3b uma escavadeira.
Figura 3 - Retroescavadeira E Escavadeira

Fonte: www.mills.com.br
As máquinas valadoras, Figura 4, apresentam produtividade superior
comparadas as escavadeiras e retroescavadeiras, além disso, criam trincheiras mais
uniformes, com dimensões precisas em uma única operação. As trincheiras exibem
paredes verticais, base mais nivelada e inclinação longitudinal controlada, reduzindo
a necessidade de retrabalho e escavações adicionais.
Figura 4 - Máquina Valadora

Fonte: www.vermeerportugal.pt
19

3.2 MÉTODOS NÃO DESTRUTIVOS

Conforme a Associação Brasileira de Tecnologia Não Destrutiva


(ABRATT, 2017), os Métodos Não Destrutivos englobam um conjunto de técnicas,
materiais e equipamentos aplicáveis à instalação, reparação e substituição de tubos,
dutos e cabos subterrâneos, com ênfase na redução ou eliminação da necessidade
de escavação. Esses métodos se dividem em três categorias principais: reparos e
reformas; substituição no local por ruptura no mesmo trajeto; e instalação de novas
redes, sendo que a perfuração direcional horizontal está incluída nessa última
categoria.
Os Métodos Não Destrutivos são empregados na implantação e
recuperação de uma ampla gama de infraestrutura urbana, como a transmissão e
distribuição de energia elétrica, telecomunicações, distribuição de água, petróleo e
gás, sistemas de esgoto, travessias de avenidas, drenagem subterrânea e muito
mais (MASSARA et al., 2007). A Figura 5 apresenta os métodos de construção não-
destrutivos mais utilizados, dividindo-os de acordo com sua dirigibilidade e
necessidade de pessoal na frente de escavação.
Figura 5 - Métodos De Construção Não Destrutivos

Fonte: O autor
20

Com base na literatura foi possível formular uma tabela resumindo


as principais informações de cada método não destrutivo, considerando alguns
aspectos relacionados a sua possiblidade de aplicação, entre o quais: seus
diâmetros, profundidade de instalação e comprimentos que atingem. Assim,
apresentado na Tabela 1.
Tabela 1 - Métodos Não Destrutivos

Diâmetro Diâmetro Profundidade de Comprimento


Método
Mínimo Máximo Instalação maximo de Instalação
HDD 50mm 1200mm Até 61 metros até 1830m
Micro túneis 250mm 1500mm -
Tubo-piloto
100mm 760mm - até 90m
Micro tuneis
Cravação de
900mm 3700mm min. 10xDiametro até 305m
Tubo
Perfuração
Horizontal a 100mm 1500mm até 20m até 180m
Trado
Cravação
100mm 1500mm min. 1,2m até 90m
Dinâmica
Cravação por
12,7mm 200mm min. 1,2m até 76m
Percussão
Fonte: Elaborado pelo autor - DEZOTTI (2008); NAJAFI 2010; ABRAHAM, BAIK E GOKHALE (2002)

A adoção crescente das tecnologias não destrutivas se justifica por


vários motivos. Em primeiro lugar, à medida que essas tecnologias evoluem, tornam-
se mais sofisticadas e oferecem uma relação custo-benefício melhor. Além disso, as
empresas e a opinião pública estão cada vez mais conscientes da importância dos
custos sociais associados aos processos de construção. A crescente
conscientização sobre esses custos e a demanda por abordagens mais sustentáveis
para resolver desafios de infraestrutura tem impulsionado a adoção de métodos não
destrutivos (ARIARATNAM et al., 1999).
Conforme destacado por DEZOTTI (2008), os métodos não
destrutivos apresentam várias vantagens, como:
- Redução de interrupções no tráfego e áreas de trabalho congestionadas;
- Minimização de problemas relacionados à definição de novas rotas,
- Utilização de caminhos pré-determinados fornecidos pelas tubulações existentes;
- Ocupação de menos espaço subterrâneo;
- Possibilidade de aumentar o diâmetro das tubulações sem abrir trincheiras;
21

- Redução de áreas de trabalho expostas;


- Aumento da segurança para trabalhadores e usuários das vias;
- Eliminação da necessidade de remoção de entulho e a minimização de danos ao
pavimento e outras estruturas;
- Redução de impactos sociais, econômicos e ambientais.

3.2.1 Cravação de tubo

A cravação de tubo é um método não destrutivo que consiste em


construir dois poços de visita, um para entrada, chamado de emboque, e outro para
saída, o desemboque. Esses poços são projetados para acomodar o Shield,
equipamento usado na escavação de túneis, e o macaco hidráulico, que é o
dispositivo usado para cravar os tubos, um após o outro, conforme demonstrado na
Figura 5. Esse método é frequentemente adotado em grandes centros urbanos ao
redor do mundo e tem se tornado cada vez mais importante na execução de obras.
Ele permite a execução de túneis para diversos tipos de redes de infraestrutura,
como esgoto sanitário, redes de telecomunicação e galerias técnicas. O MND por
cravação de tubos pode ser aplicado para instalar tubos de 900mm até 3700mm
(NAJAFI 2010).

Figura 6 - Cravação De Tubo

Fonte: NAJAFI 2010


22

A cravação de tubo é especialmente útil em áreas urbanas


densamente ocupadas, pois não requer a interdição de ruas ou desapropriação de
edificações. Esse método minimiza a perturbação no tráfego, áreas de trabalho e
áreas congestionadas. Outra vantagem é que ele possibilita o uso de caminhos
predeterminados providos pela tubulação existente, reduzindo problemas de direção
e controle associados com novas rotas.
Os tubos utilizados no tunelamento são regulamentados pela Norma
Brasileira ABNT NBR 15319 – Tubos de concreto de seção circular, para cravação –
Requisitos e Métodos de Ensaio. Eles possuem um processo de fabricação
diferenciado, uma vez que são submetidos a esforços diferentes dos tubos de
concreto ordinários.
Segundo os autores ABRAHAM, BAIK E GOKHALE (2002) as
principais vantagens desse método são: permite a instalação de tubulação com alto
grau de precisão no alinhamento e declividade e tem alta capacidade de trabalhar
em diversos tipos de solo. Já suas desvantagens são: a incapacidade de utilizar
tubos flexíveis ou de baixa resistência; apresenta limitações na superação de
obstruções; necessita de execução de poço de partida e recepção; necessita de
parede de reação e a entrada de trabalhadores no túnel.

3.2.2 Perfuração Direcional Horizontal

Segundo NAJAFI (2010) a perfuração direcional horizontal é um


sistema dirigível para a instalação de tubos, condutos e cabos ao longo de um perfil
desejado usando uma sonda de perfuração lançada da superfície. Este método
envolve a perfuração de um furo piloto que é posteriormente alargado com o uso de
uma broca antes da instalação do tubo do produto. Dependendo do diâmetro do
tubo, podem ser necessários vários alargamentos, conforme ilustrado na Figura 7.
23

Figura 7 – Perfuração Horizontal Direcional

Fonte: NAJAFI 2010


A escavação é realizada por ação mecânica assistida por fluido do
cabeçote de corte. A primeira etapa da instalação consiste em perfurar um furo piloto
de pequeno diâmetro, de 50mm a 150mm, ao longo da linha central desejada de um
perfil proposto. As etapas subsequentes de instalação consistem em alargar o furo
piloto para o diâmetro desejado para acomodar o tubo do produto e, eventualmente,
puxar o tubo do produto através do furo alargado (NAJAFI 2010). Na Figura 8 é
demonstrado os passos para a o método de perfuração horizontal direcional.
24

Figura 8 - Passos Da HDD

Fonte: O autor.
Como o nome "perfuração direcional horizontal" sugere, este método
tem a capacidade única de rastrear a localização do cabeçote de corte e direcioná-lo
durante o processo de perfuração. O resultado é uma maior capacidade de instalar
infraestrutura em condições subterrâneas difíceis.
De acordo com ABRAHAM, BAIK E GOKHALE (2002) as principais
vantagens desse método são: alta capacidade de dirigibilidade; não necessita
execução de poço de entrada e saída; tempo de instalação dos equipamentos é
relativamente menor comparado aos demais métodos de construção não-
destrutivos; o método pode alcançar de um único ponto de lançamento o maior
comprimento de instalação, comparado a qualquer outro método não-destrutivo do
tipo não tripulado. Enquanto suas desvantagens são que: os tipos de tubo utilizado
devem apresentar suficiente resistência à tração axial; em instalação de tubulações
em pequena profundidade é possível ocorrer movimentação do solo.
De acordo com NAJAFI (2010) o material do solo com partículas de
25mm ou maior não pode ser suspenso de maneira eficiente pelo fluido de
perfuração. O fluido de perfuração que é preparado para lidar com solo de partículas
maiores que 25mm geralmente acaba sendo muito viscoso para ser utilizado no
sistema de perfuração direcional horizontal.
Outras limitações incluem a possibilidade de colapso do furo em
25

solos com composição principal de cascalho ou areia. Em solos muito macios, a


capacidade de direcionamento pode se tornar difícil. Não manter o fluxo de fluido de
escavação suficiente para remover os detritos de escavação, pode causar uma
situação de hidrotravamento, e consequentemente elevação do solo ou pavimento
acima da perfuração.

3.2.2.1 Categorias da Perfuração Direcional Horizontal

A perfuração direcional horizontal (HDD) é uma técnica avançada


que oferece soluções eficazes para a instalação de tubulações subterrâneas sem a
necessidade de escavação convencional. Este método é segmentado em três
categorias principais: Mini-HDD, Midi-HDD e Maxi-HDD, cada uma adaptada para
diferentes escalas de projetos. A Tabela 2 apresenta as principais características de
cada categoria do método HDD.
Tabela 2 - Caracteristica Para Cada Categoria Do HDD

Categoria

Característica Und Maxi-HDD Mid-HDD Mini-HDD

Diâmetro (mm) 600 a 1200 300 a 600 50 a 300


Profundidade (m) até 61 até 23 até 6
Extensão (m) 1830 305 183
Área de trabalho
(m2) 45,70 x 76,20 30,50 x 45,70 6,10 x 18,30
recomendada
Mobilização e instalação h 6 24-36 36-240
Perfuração Do Furo Piloto m/h 30,5-122 18-91,5 6-55
Alargamento m/h 30,5-91 18-73 6-55
Puxada tubulação PEAD m/h 61-183 61-183 46-137
PEAD, aço e PVC
PEAD e aço PEAD, aço e ferro
Material do tubo Aplicações fundido Linhas de
Passagens sob dúctil Passagens sob
típicas gás,cabos de energia
Rios e Autovias Rios e Rodovias
e telecominações
Fonte: BENNETT, ARIARATNAM E COMO (2004) /NAJAFI (2010) /DEZOTTI (2008)

3.3 CUSTOS DA IMPLANTAÇÃO DA REDE

A avaliação econômica de um projeto de instalação de tubulações


exige uma compreensão abrangente de todos os fatores de custo relacionados às
condições específicas do projeto. Isso garante que o custo total estimado seja o
mais fiel à realidade possível.
26

3.3.1 Custos de construção

Os custos associados à construção de uma obra compreendem três


categorias principais: custos diretos, custos indiretos e custos sociais. Os custos
diretos abarcam despesas diretas relacionadas à mão de obra, materiais,
subcontratação e equipamentos necessários para a execução da obra.
Os custos diretos envolvem elementos como escoramento ou
inclinação das paredes de valas escavadas, a instalação de parapeitos de
segurança, rebaixamento do nível d'água, seleção do tipo de tubo, mão de obra,
remoção de resíduos, operações de aterramento e compactação, entre outros. Os
custos diretos são calculados com base nas quantidades necessárias para concluir a
obra BUSH, SIMONSON (2001).
Os custos indiretos, também conhecidos como custos gerais de
construção, compreendem todas as despesas que não estão diretamente
relacionadas às operações de construção em si. Normalmente, esses custos são
rateados e distribuídos por todo o projeto. Exemplos de custos indiretos incluem
administração e despesas gerais, como taxas, utilidades temporárias, supervisão de
campo, controle de tráfego e seguros. A estimativa dos custos indiretos é
frequentemente realizada após a estimativa dos custos diretos, geralmente
representando uma porcentagem dos custos diretos. A determinação dos custos
indiretos demanda um conhecimento significativo na área de construção e pode
adicionar variações substanciais à estimativa dos custos de construção, podendo
chegar a cerca de 20% dos custos diretos da obra (NAJAFI, 2004).
Com base em RAHMAN, VANIER E NEWTON (2005), os custos
sociais englobam os impactos gerais na comunidade e os danos causados ao meio
ambiente e a estruturas existentes. A busca por soluções que minimizem riscos
técnicos e econômicos, juntamente com a necessidade de preservar o meio
ambiente e melhorar a qualidade de vida, tornou essencial a avaliação e
consideração dos custos sociais na instalação de utilidades subterrâneas. Esses
custos sociais podem ter um papel fundamental na determinação do custo total ao
longo do ciclo de vida de uma utilidade subterrânea, e essa determinação é
influenciada, principalmente, pelo método construtivo adotado.
27

4 ESTUDO DE CASO
28

5 METODOLOGIA

Com base no referencial teórico levantado, foi possível determinar


as etapas que compõe a implementação de uma infraestrutura de saneamento, tanto
pelo método de abertura de trincheiras, quanto para o MND perfuração horizontal
direcional. Com as informações coletadas foi possível encontrar os custos e tempo
para realização de cada etapa da obra.
Neste segmento, elucidaremos o processo de estimativa de custos
para ambas as abordagens de implantação de redes de saneamento e realizaremos
uma comparação entre eles. Para isso, abordaremos alguns procedimentos que
serão detalhados a seguir, visando a demonstrar a solidez e confiabilidade da
pesquisa.

5.1 ORÇAMENTO

Para embasar a estimativa dos custos diretos, inicialmente, realizou-


se um estudo do projeto hidráulico em questão. Com base na revisão bibliográfica,
identificaram-se e categorizaram-se os diferentes tipos de serviços envolvidos na
implementação de tubulações de saneamento, considerando tanto o método
convencional quanto o não destrutivo. Além disso, consultaram-se autores de
referência na área de saneamento e as diretrizes estabelecidas pela Associação
Brasileira de Normas Técnicas.
Com os procedimentos delineados para ambas as técnicas,
procedeu-se à análise da tabela de preços de serviços do Sistema Nacional de
Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (SINAPI), a fim de realizar a
estimativa de custos. Isso envolveu a coleta dos tipos de serviço necessários, seus
custos unitários correspondentes e a avaliação de suas composições.

5.1.1 Cálculo de tempo de duração da obra

Para adquirir as informações sobre a duração total da obra, foram


calculadas as horas necessárias para cada tipo de serviço com base nos índices de
produtividade da mão-de-obra. Esses índices estão incorporados na composição de
cada serviço, conforme registrado nos bancos de dados do SINAPI.
29

Calculado o tempo dedicado a cada tipo de serviço por meio da


revisão bibliográfica e da utilização de termos de referência para a execução de
obras da SINAPI, identificaram-se os serviços que, em uma rotina padrão de obra,
são abrangidos no mesmo intervalo de tempo. Esses serviços foram então
agrupados em fases. A taxa horária predominante de cada grupo foi somada,
resultando, por fim, na estimativa das horas totais de obra.

5.2 COMPOSIÇÕES DOS CUSTOS

Neste item será demonstrado os como será realizado os cálculos


dos custos diretos e tempo de serviço para cada etapa do método de abertura de
trincheiras e o método não destrutivo utilizando as composições do SINAPI.

5.2.1 Sinalização do trecho que será implementada a rede

A composição da sinalização, Quadro 1, é composta pelos materiais


e mão de obra necessária, para a realização do serviço tendo como unidade de
custo R$/m.
Quadro 1 - Sinalização

TELA TAPUME, COR LARANJA, COM SUPORTE A CADA 2M Unidade Valor R$


(FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO) m 2,97
Preço
Descrição Unidade Coeficiente
Unitário Total
Mão de Obra
Servente Com Encargos
h 0,0833 20,42 1,7
Complementares
Materiais
Tela Plástica Laranja, Tipo Tapume
Para Sinalização, Malha Retangular, m 0,1 3 0,3
Rolo 1.20 X 50 M (L X C)
Balizador Movei Conforme Ntc-108 Un 0,00637 152,33 0,97
Fonte: Elaborado pelo Autor - SINAPI

5.2.2 Locação, demarcação e nivelamento

A composição de locação, demarcação e nivelamento, Quadro 2, é


composta pelos materiais, máquinas e mão de obra necessária, para a realização do
serviço tendo como unidade de custo R$/m.
30

Quadro 2 - Locação, demarcação e nivelamento

LOCAÇÃO E NIVELAMENTO DE VALAS PARA ADUTORAS Unidade Valor R$


OU REDES DE DISTRIBUIÇÃO COM USO DE
EQUIPAMENTOS TOPOGRÁFICOS. m 2,07
Preço
Descrição Unidade Coeficiente
Unitário Total
Mão de Obra
Auxiliar De Topógrafo Com Encargos
H 0,036 14,48 0,52
Complementares
Topografo Com Encargos
H 0,016 29,92 0,47
Complementares
Equipamentos
Caminhonete De Carga 1,2 T (Pick-
Up 4x4 diesel) Com Combustível, H 0,012 84,24 1,01
Manutenção E Seguro
Estação Total Eletrônica Com
Precisão Angular De 2", Linear De 2
H 0,012 4,59 0,05
Mm E Alcance Com 1 Prisma De
3.000 M
Nível Ótico C/ Precisão +/- O,7mm
H 0,012 1,92 0,02
Tipo Wild Na-2 Ou Equiv.
Fonte: Elaborado pelo Autor - SINAPI

5.2.3 Remoção do pavimento existente

A composição de remoção de pavimento, Quadro 3, é composta


pelos materiais, máquinas e mão de obra necessária, para a realização do serviço
tendo como unidade de custo R$/m².
Quadro 3 - Remoção do pavimento

DEMOLIÇÃO DE PAVIMENTO ASFÁLTICO, DE FORMA Unidade Valor R$


MECANIZADA, COM UTILIZAÇÃO DE CORTADORA DE PISO,
SEM REAPROVEITAMENTO
m² 8,74
Preço
Descrição Unidade Coeficiente
Unitário Total
Mão de Obra
Servente Com Encargos
H 0,0524 20,42 1 07
Complementares
Equipamentos
Escavadeira Hidráulica Sobre
Esteiras, Caçamba 0,80 M3, Peso
CHP 0,0326 220,89 7,2
Operacional 17 T, Potência Bruta 111
Hp - Chp Diurno. Af_06/2014
Cortadora De Piso Com Motor 4
Tempos A Gasolina, Potência De 13
Hp, Com Disco De Corte Diamantado
CHP 0,0524 9,08 0,47
Segmentado Para Concreto, Diâmetro
De 350 Mm, Furo De 1" (14 X 1") -
Chp Diurno. Af_08/2015
Fonte: Elaborado pelo Autor - SINAPI
31

5.2.4 Manuseio de entulho

A composição de manuseio de entulho, Quadro 4, é composta pelos


materiais, máquinas e mão de obra necessária, para a realização do serviço tendo
como unidade de custo R$/m³.
Quadro 4 - Manuseio de entulho

REMOÇÃO DE ENTULHO EM CAMINHÃO BASCULANTE, ATÉ Unidade Valor R$


1,0 KM, INCLUSIVE CARGA MECANIZADA E DESCARGA.
m³ 4,85
Preço
Descrição Unidade Coeficiente
Unitário Total
Equipamentos
Caminhão Basculante 6 M3 Toco,
Peso Bruto Total 16.000 Kg, Carga
Útil Máxima 11.130 Kg, Distância
CHP 0,01751 188,94 3,3
Entre Eixos 5,36 M, Potência 185 Cv,
Inclusive Caçamba Metálica - Chp
Diurno. Af_06/2014
Pá Carregadeira Sobre Rodas,
Potência Líquida 128 Hp, Capacidade
Da Caçamba 1,7 A 2,8 M3, Peso CHP 0,00811 191,79 1,55
Operacional 11632 Kg - Chp Diurno.
Af_06/2014
Fonte: Elaborado pelo Autor - SINAPI

5.2.5 Movimentação de terra

A composição de movimentação de terra, Quadro 5, é composta


pelos materiais, máquinas e mão de obra necessária, para a realização do serviço
tendo como unidade de custo R$/m³.
32

Quadro 5 - Movimentação de terra

ESCAVAÇÃO MECANIZADA EM CAMPO ABERTO EM


MATERIAL DE 13 E/OU 23 CATEGORIAS ACIMA DE 2,00 M E Unidade Valor R$
ATÉ 4,00 M DE PROFUNDIDADE E REATERRO
COMPACTADO MECANICAMENTE EM CAMADAS DE 0,20 M
COM APROVEITAMENTO DO MATERIAL ESCAVADO.
m³ 13,57

Uni Coefi Preço


Descrição
dade ciente Unitário Total
Mão de Obra
Servente Com Encargos Complementares H 0,45 20,42 9,18
Equipamentos
Trator De Esteiras, Potência 100 Hp, Peso
Operacional 9,4 T, Com Lâmina 2,19 M13 - CHP 0,0204 190,55 3,88
Chp
Placa Vibratória Reversível Com Motor 4
Tempos A Gasolina, Força Centrífuga De 25
CHP 0,061 8,38 0,51
Kn (2500 Kgf), Potência 5,5 Cv - Chp Diurno.
Af_08/2015
Fonte: Elaborado pelo Autor - SINAPI

5.2.6 Escoramento

A composição de escoramento, Quadro 6, é composta pelos


materiais, máquinas e mão de obra necessária, para a realização do serviço tendo
como unidade de custo R$/m².
Quadro 6 - Escoramento

ESCORAMENTO DE VALA, TIPO BLINDADO, COM Unidade Valor R$


PROFUNDIDADE DE 1,5 A 3,0 M, LARGURA MENOR QUE 1,5
M, FORNECIMENTO E EXECUÇÃO m² 7,57

Uni Coefi Preço


Descrição
dade ciente Unitário Total
Mão de Obra
Servente Com Encargos
H 0,10845 20,42 2,21
Complementares
Equipamentos
Escavadeira Hidráulica Sobre Esteiras,
Caçamba 0,80 M3, Peso Operacional 17
CHP 0,01376 220,89 3,03
T, Potência Bruta 111 Hp - Chp Diurno.
Af_06/2014
Conjunto De Módulo Metálico,
Comprimento De 3,6 M E Altura De 3,0 UN 0,00006 38.862,54 2,33
M (Estroncas De 1,00 M)
Fonte: Elaborado pelo Autor - SINAPI
33

5.2.7 Assentamento da tubulação método de abertura de trincheiras

A composição de assentamento de tubos pelo método convencional,


Quadro 7, é composta pelos materiais, máquinas e mão de obra necessária, para a
realização do serviço tendo como unidade de custo R$/m.
Quadro 7 - Assentamento da tubulação por abertura de trincheiras

ASSENTAMENTO DE TUBOS DE POLIETILENO DE ALTA


DENSIDADE (PEAD), COM SOLDA POR TERMO FUSÃO Unidade Valor R$
(TOPO), DIÂMETRO 630 MM, INCLUSIVE CARGA,
DESCARGA E TRANSPORTE. m 4881,69

Unid Coefic Preço


Descrição
ade iente Unitário Total
Mão de Obra
Assentador De Tubos Com Encargos
H 0,0549 29,68 1,62
Complementares
Servente Com Encargos Complementares H 1,17775 20,42 24,04
Soldador Com Encargos Complementares H 0,20807 26,02 5,41
Equipamentos

Guindauto Hidráulico, Capacidade Máxima


De Carga 6200 Kg, Momento Máximo De
Carga 11,7 Tm, Alcance Máximo Horizontal
CHP 0,1167 280,73 32,76
9,70 M, Inclusive Caminhão Toco Pbt 16.000
Kg, Potência De 189 Cv - Chp Diurno.
Af_06/2014

Grupo Gerador Rebocável, Potência 66 Wa,


CHP 0,10403 76,34 7,94
Motor A Diesel - Chp Diurno. Af_03/2016

Máquina Para Soldagem De Tubos Plásticos


Por Termo fusão De 315 A 630 Mm De H 0,10403 25,79 2,68
(Diâmetro - Sem Operador
Alinhador/Raspador Rotativo De Tubos De
Pead, Diâmetro 800 A 1200 Mm - Sem H 0,10403 6,57 0,68
Operador
Máquina De Solda Por Eletrocussão,
Potência 3.500 W, Tensão Primário 230 V /
H 0,02601 5,51 0,14
60 Hz Dimensões 285 X 200 X 360 Mm -
Sem Operador
Cavalo Mecânico Tração 6x2, Peso Bruto
Total Combinado 56000 Kg, Capacidade
máxima De Tração *66000* Kg, Potência
•360* Cv, Inclusive Semirreboque Com Três CHP 0,00195 416,05 0,81
Eixos, Para Transporte De Carga Seca,
Dimensões Aproximadas 2,60 X 12,50 X
0,50 M
Materiais
Tubo De Polietileno De Alta Densidade,
Pead, Pe-80, De= 630 Mm X 57,3 Mm
M 1,03 4.658,74 4.798,50
Parede (Sdr 11pn 12,5 ) Para Rede De Agua
Ou Esgoto ( Nbr 15561)
Fonte: Elaborado pelo Autor - SINAPI
34

5.2.8 Recomposição do pavimento

A composição de recomposição do pavimento, Quadro 8, é


composta pelos materiais, máquinas e mão de obra necessária, para a realização do
serviço tendo como unidade de custo R$/m³.
Quadro 8 - Recomposição do pavimento

REVESTIMENTO ASFÁLTICO COM PRE-MISTURADO A FRIO


FINO OU GROSSO, PARA FECHAMENTO DE VALAS, Unidade Valor R$
INCLUSIVE FORNECIMENTO DO MATERIAL,
ESPALHAMENTO E COMPACTAÇÃO.
m² 1081,82
Unida Coeficie Preço
Descrição
de nte Unitario Total
Mão de Obra
Servente Com Encargos Complementares H 3,30493 20,42 67,48
Equipamentos
Rolo Compactador Vibratório Tandem Aço
Liso, Potência 58 Hp, Peso Sem.Com Lastro
Chp 0,1111 173,64 19,29
6,5 / 9,4 T, Largura De Trabalho 1,2 M - Chp
Diurno. Af_06/2014
Pá Carregadeira Sobre Rodas, Potência
Líquida 128 Hp, Capacidade Da Caçamba
Chp 0,01175 191,79 2,25
1,7 A 2,8 Ím3, Peso Operacional 11632 Kg -
Chp Diurno. Af_06/2014
Tanque De Asfalto Estacionário Com
Serpentina, Capacidade 30.000 L - Chip Chp 0,14763 270,31 39,9
Diurno. Af 06/2014
Grupo Gerador Rebocável, Potência 66 Kva,
Chp 0,05729 76,34 4,37
Motor A Diesel - Chp Diurno. Af_03/2016
Usina De Asfalto À Frio, Capacidade De 40 A
60 Ton/Hora, Elétrica Potência 30 Cv - Chp Chp 0,05729 242,76 13,9
Diurno. Af_03/2016
Materiais
Areia Média, Posto Obra M3 0,39173 130 50,92
Cal Hidratada Ch-I Para Argamassas Kg 90,4096 1,4 126,57
(Pedra Britada N. O, Ou Pedrisco (4,8 A 9,5
M3 0,59004 102,75 60,62
Mm), Posto Obra
Pedra Britada N. 1 (9,5 A 19 Mm), Posto
M3 0,46444 89 41,33
Obra
Emulsão Asfáltica Catiônica Rm-Ic Para Uso 188,274
Kg 3,48 655,19
Em Pavimentação Asfáltica. Com ICMS. 27
Fonte: Elaborado pelo Autor - SINAPI

5.3 CÁLCULO DE CUSTOS PARA PERFURAÇÃO HORIZONTAL DIRECIONAL

Neste item será demonstrado como será realizado os cálculos dos


custos diretos e tempo de serviço para cada etapa do método não destrutivo. Como
será utilizado a mesma metodologia para os itens de sinalização do trecho que será
implementada a rede, locação, demarcação e nivelamento, remoção do pavimento
existente, manuseio de entulho, movimentação de terra e recomposição do
35

pavimento. Será apresentado apenas o item de assentamento de tubulação.

5.3.1 Assentamento da tubulação por HDD

Na composição do assentamento da tubulação pelo método da


perfuração horizontal direcional, Quadro 9, é composta pelos materiais, máquinas e
mão de obra necessária, para a realização do serviço tendo como unidade de custo
R$/m.
Quadro 9 - Assentamento da tubulação por MND

ASSENTAMENTO DE TUBULAÇÃO PELO MÉTODO NÃO Unidade Valor R$


DESTRUTIVO MND DIRECIONAL DN 630 MM PN 08 INCLUSIVE
SOLDA POR TERMO FUSÃO, FORNECIMENTO DE TUBOS,
m 7496,83
CONEXÕES E MAO DE OBRA
Preço
Descrição Unidade Coeficiente
Unitário Total
Mão de Obra
Encarregado Geral Com Encargos
Complementares
H 1,1 38,89 42,77

Operador De Máquinas E Equipamentos Com


Encargos Complementares
H 2,2 32,97 72,53

Servente Com Encargos Complementares H 1,1 20,42 22,46


Soldador Com Encargos Complementares H 1,1 26,02 28,62
Equipamentos
Caminhão Para Equipamento De Limpeza A
Sucção, Com Caminhão Trucado De Peso 'Bruto
Total 23000 Kg, Carga Útil Máxima 15935 Kg,
Distância Entre Eixos 4,80 M, Potência 230 Cv,
CHP 1,1 352,61 387,87
Inclusive Limpadora A Sucção, Tanque 12000 L-
Chp Diurno. Af 11/2015
Retroescavadeira Sobre Rodas Com
Carregadeira, Tração 4x2, Potência Líq. 79 Hp,
Caçamba Carreg. Cap. Mín. 1 M3, Caçamba Retro
Cap. 0,20 M3, Peso Operacional Mín. 6.570 Kg,
CHP 1,1 142,96 157,25
Profundidade Escavação Máx. 4,37 M - Chp
Diurno. Af 06/2014
Grupo Gerador Rebocável, Potência 66 Kva,
Motor A Diesel - Chp Diurno. Af_03/2016
CHP 1,1 76,34 83,97
Guindauto Hidráulico, Capacidade Máxima De
Carga 6200 Kg, Momento Máximo De Carga 11,7
Tm, Alcance Máximo Horizontal 9,70 M, Inclusive
CHP 1,1 280,73 308,8
Caminhão Toco Pbt 16.000
Perfuratriz Horizontal Direcional Até 1200mm,
140hp. Excluso Operador
H 1,1 654,08 719,48
Assentamento De Tubos De Polietileno De Alta
Densidade (Pead), Com Solda Por Termo fusão
(Topo), Diâmetro 630 Mm, Inclusive Carga,
M 1 76,08 76,08
Descarga E Transporte.
Materiais
Caminhão Tanque Mercedes Benz L1620/51 -
8.000 L
H 1,1 275,69 303,25
Bentonita KG 52 3,67 190,84
Celutrol KG 3,6 84,56 304,41
Tubo De Polietileno De Alta Densidade, Pead, Pe-
80, De= 630 Mm X 57,3 Mm Parede (Sdr 11pn
12,5 ) Para Rede De Agua Ou Esgoto ( Nbr
M 1,03 4.658,74 4.798,50
15561)
Fonte: Elaborado pelo Autor - SINAPI
36

6 RESULTADO E DISCUSSÕES

A análise dos custos diretos, resultante da fase de orçamentação,


evidenciou particularidades distintas entre os dois métodos. Conforme indicado nas
Tabelas 2 e 3, que abrangem categorias de serviços para a execução da (((OBRA A
DEFINIR))), observa-se uma distribuição moderada das porcentagens de custo para
os serviços associados ao método destrutivo.
Tabela 3 - Custos Do Método Abertura De Trincheira

Método de Abertura de trincheira


Horas de Custo Custo Total
Item Serviço % R$/meto
Serviço Unitário (R$) (R$)
1 Sinalização
Locação, Demarcação e
2
Nivelamento
3 Remoção de Pavimento
4 Manuseio de Entulho
5 Movimentação de Terra
6 Escoramento
7 Assentamento de Tubulação
8 Recomposição do pavimento
Soma
Fonte: O Autor
Por outro lado, para o método não destrutivo, destaca-se um
aumento significativo nos custos relacionados ao assentamento da tubulação,
enquanto as demais atividades apresentam valores consideravelmente reduzidos em
comparação com as etapas mais onerosas.
Tabela 4 - Custos Método Perfuração Horizontal Direcional

Método Perfuração Horizontal Direcional


Horas de Custo Custo Total
Item Serviço % R$/meto
Serviço Unitário (R$) (R$)
1 Sinalização
Locação, Demarcação e
2
Nivelamento
3 Remoção de Pavimento
4 Manuseio de Entulho
5 Movimentação de Terra
6 Assentamento de Tubulação
7 Recomposição do pavimento
Soma
Fonte: O Autor
37

7 CONCLUSÃO
38

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12266: Projeto e


execução de valas para assentamento de tubulação de água, esgoto ou
drenagem urbana. 1 ed. Rio de Janeiro: ABNT, 1992.

CELESTINO, R. N. Método não destrutivo (MND) como alternativa de


execução em sistemas de esgotamento sanitário - estudo de caso
envolvendo análise em campo e projeto. 2016. 112 f. TCC (Graduação) - Curso
de Engenharia Sanitária e Ambiental, Departamento de Engenharia Sanitária e
Ambiental, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2016.

DEZOTTI, M. C. Análise da utilização de métodos não-destrutivos como


alternativa para redução dos custos sociais gerados pela instalação,
manutenção e substituição de infra-estruturas urbanas subterrâneas. 2008.
197 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Engenharia Civil, Escola de Engenharia
de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2008.

RIGHI, R. B. S. Recuperação e implantação de redes subterrâneas pelo


método não destrutivo - perfuração horizontal direcional. 2015. 64 f.
Monografia (Pós-Graduação) – Especialização em Construção Civil, Escola de
Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais, Universidade Federal de
Minas Gerais, Belo Horizonte, 2015.

SANZ, M.A. Comparativo de custos diretos entre a perfuração direcional


horizontal e a abertura de vala para instalação de dutos. 2017. 21 f. TCC
(Graduação) - Curso de Engenharia Civil, Departamento de Engenharia Civil,
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2017.

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https://blog.mills.com.br/wp-content/uploads/2023/02/escavadeiras-e-
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VERMEER PORTUGAL. Valadoras Disponível em:


https://www.vermeerportugal.pt/pt/produtos/abertura-de-vala/valadoras-
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NAJAFI, Mohammad.Trechless Technology Piping: Installation and Inspection.


Texas, Estados Unidos: WEF Press, 2010.

ARIARATNAM, S. T.; LUEKE, J. S.; ALLOUCHE, E. N. Utilization of Trenchless


Construction Methods by Canadian Municipalities. Virgínia, Estados Unidos.
Journal of Construction Engineering and Management, v. 125, n. 2, março 1999.
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em: 23 de setembro de 2023.

TISAKA, M. Orçamento na Construção Civil: consultoria, projeto e execução.


39

São Paulo, Sp: Pini, 2006. 1 ed. Cap. 2.

ABRAHAM, D. M.; BAIK H. S.; GOKHALE S. (2002). Development of decision


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