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APRESENTAÇÃO

“Sua igreja vai bem?” Esta pergunta simples e corriqueira é, na verdade, de difícil
resposta. Para uns a igreja nunca vai bem. Para outros ela nunca vai mal. Na verdade,
igreja perfeita só mesmo a triunfante, pois todas as que ainda militam na vida presente,
enfrentam problemas, crises e contratempos que servem para o amadurecimento e o
despertamento de líderes e do povo de Deus. Assim sendo, uma das questões mais
desestabilizadoras e visivelmente presente nas igrejas hoje, e que certamente precisa
de reflexão e orientação para a sua superação é a divisão.
Igrejas divididas, fracionadas, cheias de grupinhos, de partidos e sub-partidos, é
de fácil percepção nos dias atuais. Os motivos para as dissidências e intrigas são os
mais variados. Podemos citar alguns exemplos: forma de liturgia (tradicionais x
renovados), opção político-partidária (esquerda x direita), confronto de gerações
(idosos x moços), liderança eclesiástica (satisfeitos x insatisfeitos), ênfase ministerial
(espiritualizados x socializados) ...
É bom dizer, logo de início, que não há nada de errado com opiniões divergentes
ou com diversidade na igreja. A diversidade é positiva na vida da igreja, a divisão é
negativa. Jesus adverte: “Se um reino estiver dividido contra si mesmo, tal reino não
pode subsistir”, tendo isso em mente, ajuntei 8 lições de fontes variadas para
alinharmos a Igreja Presbiteriana da Floresta em uma única direção e, com base em
Atos 9.31, iremos estudar um pouco sobre a Igreja (Lições 1 a 5) depois veremos que
a igreja que é Cheia do Espírito Santo precisa estar sempre cheia (Lições 6 a 8).
Rev. Henrique Dutra
Sumário
Apresentação ................................................................................................................................. 1
A Igreja Pacificadora – Lição 01 ................................................................................................... 3
A Igreja Como Casa de Deus em Construção – Lição 02 ............................................................. 5
A Igreja Frutífera – Lição 03 ......................................................................................................... 8
A Igreja que Obedece – Lição 04 ................................................................................................ 10
A Igreja Cheia do Espírito Santo – Lição 05............................................................................... 13
A Igreja Cheia de Poder – Lição 06 ............................................................................................ 16
A Igreja Cheia de Temor – Lição 07 ........................................................................................... 19
A Igreja Cheia de Sabedoria – Lição 08...................................................................................... 22
A IGREJA PACIFICADORA – LIÇÃO 01
Texto básico: Atos 9.31
INTRODUÇÃO
Nas próximas cinco lições vamos estudar um pouco sobre o tema Igreja Abençoadora, pois
se temos uma obrigação para com a sociedade, o mundo em geral, é sermos agentes de bênção, pois
somos despenseiros da graça de Deus (1Co 4.1-2). Neste estudo, destacamos a primeira parte do
versículo 31 que diz: “A Igreja, na verdade, tinha paz por toda a Judéia, Galiléia e Samaria...” Esse
período de paz aconteceu logo depois das primeiras perseguições que a Igreja sofreu e logo após a
conversão de Saulo/Paulo, o perseguidor que se tornou perseguido. Mas, em qualquer circunstância,
a igreja pode, pela graça de Deus, viver em paz e pode ser agente da paz. Por isso, uma Igreja
abençoadora, é uma igreja pacificadora.
Mais do que nunca, a igreja precisa assumir a sua função de promotora da paz. Para isto ela
não pode ser passiva, mas deve ser ativa, deve ser artífice da paz. A Bíblia diz que a paz é fruto da
justiça (Isaías 32.17). Logo devemos lutar pela justiça num país injusto, onde impera a corrupção, o
roubo, a violência e a impunidade! Devemos estar preparados para usar, principalmente, as armas da
Palavra e da Oração.
Como responder ao desafio de sermos uma igreja abençoadora que promove a paz?

1º - VIVENDO EM PAZ
Em primeiro lugar, em paz com Deus (Rm 5.1). Deus não justifica quem se justifica. Para que
haja paz por meio da justificação, a igreja é formada por pessoas que reconhecem os seus pecados
(Rm 3.23), que os confessam e deixam (Pv 28.13; Sl 85.10) e que recebem pela fé a vida eterna em
Cristo (Rm 6.23; 1Jo 5.11-13). Somos justificados pela graça mediante a fé, mas essa graça é
preciosíssima, porque teve alto preço (2Co 5.21; Is 53.5). Essa paz é preciosa e vai além de toda a
compreensão humana!
Em segundo lugar, paz com os irmãos em Cristo (Ef 2.14-19). A Igreja é a família de Deus!
Uma amostra do Reino de Deus. A unidade em Cristo é o maior testemunho para o mundo cheio de
conflitos e de violência (Jo 17.20-21).
Em terceiro lugar, paz com todas as pessoas, vencendo o mal com o bem (Rm 12.17-21).

2º - VIVENDO COMO FILHOS DE DEUS


Os pacificadores são filhos de Deus (Mt 5.9). Podem gloriar-se mesmo nas tribulações porque
estas produzem perseverança, a perseverança produz experiência (caráter aprovado, NVI), a
experiência (caráter aprovado) produz esperança e a esperança não decepciona (Rm 5.3-5, NVI)!!!
Quem tem fé no Cristo vivo e uma esperança viva tem paz e alegria em qualquer circunstância! (1Pe
1.6-7). Essa paz é fruto do Espírito (Gl 5.22; Rm 5.5).
Exemplos: Estevão (At 7.55-60), Paulo (At 21.10-13), Paulo e Silas na prisão (At 16.23-25).
O mundo hoje precisa de testemunhos dos filhos de Deus que vivem a paz que vai além da
compreensão humana! Foi o testemunho de Estevão que se tornou aguilhão na consciência de Paulo
(At 26.14) e o levou à conversão. De perseguidor passou a ser perseguido. A paz de quem morre por
amor a Jesus, e pela causa da justiça, é verdadeira, convincente, indestrutível e eficaz para levar
rebeldes à obediência de Cristo.

3 - LUTANDO PELA JUSTIÇA


Diante da injustiça do mundo, o cristão não é nem acomodado nem revoltado. Essas atitudes
são ineptas e inoperantes. O Cristão é, no bom sentido do termo, um revolucionário. Ele participa da
revolução do Reino de Deus, sendo símplices como as pombas e prudentes como a serpente em
todos os seus relacionamentos (Mt 10.16-22). Essa luta é inevitável para o filho de Deus e é
indispensável, pois a paz é fruto da justiça (Is 32.17).
As nossas principais armas nessa luta são a Palavra e a Oração. A Palavra é a espada do
Espírito, com dois gumes e penetrante (Ef 6.17; Hb 4.12); A oração faz tremer a terra, traz a plenitude
do Espírito e capacita os crentes para serem ousados na proclamação do Evangelho! (At 4.31). Essas
armas são poderosas na luta contra as hostes espirituais da maldade que atuam através de pessoas
e de estruturas pecaminosas (Ef 6.12-13; 2Co 10.4-6). Essas forças precisam ser destronadas para
que o Senhor Jesus seja entronizado.
Nessa luta, precisamos manter nossa posição em Cristo. Se sairmos dessa posição, não
seremos vencedores (Ef 1.19-22; 2.6). Resistamos à armadilha demoníaca de lutarmos contra a carne
e o sangue (contra o ser humano); resistamos a tentação de descermos para o nível do inimigo!

CONCLUSÃO
“Se quiser paz, lute pela justiça” Essa afirmação é verdadeira. Mas a maior contribuição para
a causa da paz é o testemunho de vidas justificadas pela graça de Deus mediante a fé e que, pelo
poder de Deus, vivem essa justiça de Deus, recebida pela fé, nos relacionamentos e nos negócios
diários de tal maneira que levem as pessoas que as observam a glorificarem a Deus (Mt 5.16) e a se
submeterem à Sua soberania em todas as áreas das suas vidas! (Dn 6.25-27).
Essa paz o mundo não pode dar, mas também não pode tirar. Somos convocados para
abençoarmos os irmãos e o mundo promovendo essa paz!

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