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S.R.

DO TURISMO E TRANSPORTES
Portaria n.º 56/2012 de 16 de Maio de 2012

Ao abrigo dos artigos 5.º, n.º 2, 30.º, n.º Artigo 4.º


11, 35.º, nº 1, e 62.º, n.º 1, alínea b), iii), Sistema de classificação
todos do Decreto Legislativo Regional n.º
7/2012/A, de 1 de março, manda o 1 - Sem prejuízo do cumprimento do
Governo Regional dos Açores, pela disposto no artigo seguinte, são fixados
Secretária Regional da Economia, o requisitos mínimos obrigatórios para cada
seguinte: categoria e requisitos opcionais.
Artigo 1.º 2 - Para cada requisito opcional é fixado
um determinado número de pontos.
Objeto
3 - A atribuição de uma categoria
São aprovadas as normas de execução pressupõe o cumprimento dos requisitos
do Decreto Legislativo Regional n.º obrigatórios, bem como a obtenção da
7/2012/A, de 1 de março, no que concerne pontuação em requisitos opcionais fixada
aos requisitos ou critérios de instalação, para a mesma.
classificação e funcionamento dos
seguintes tipos de empreendimentos 4 - Após a atribuição da classificação do
turísticos: empreendimento turístico resultante da
auditoria realizada nos termos do artigo
a) Estabelecimentos hoteleiros; 36º do Decreto Legislativo Regional n.º
b) Aldeamentos turísticos; 7/2012/A, de 1 de março, podem ser
alterados os requisitos opcionais dos
c) Apartamentos turísticos;
empreendimentos, escolhidos para a
d) Conjuntos turísticos. obtenção da pontuação obrigatória,
Artigo 2.º mediante comunicação prévia à direção
regional competente em matéria de
Classificação turismo.
Os empreendimentos turísticos referidos Artigo 5.º
no artigo anterior são classificados na
respetiva tipologia e grupo, nas categorias Publicidade da classificação
de 1 a 5 estrelas, de acordo com o Nos anúncios ou reclamos instalados nos
estabelecido no Decreto Legislativo próprios empreendimentos pode constar
Regional n.º 7/2012/A, de 1 de março, e apenas o seu nome.
em função do cumprimento dos requisitos
Artigo 6.º
previstos na presente portaria.
Requisitos obrigatórios comuns
Artigo 3.º
Os empreendimentos turísticos previstos
Categorias
no artigo 1.º devem possuir os seguintes
1 - Os estabelecimentos hoteleiros equipamentos e características:
classificam-se nas categorias de 1 a 5
a) Apresentar adequadas condições de
estrelas, de acordo com os requisitos
higiene e limpeza, conservação e
constantes do anexo I à presente portaria,
funcionamento das instalações e
que dela faz parte integrante. 2 - Os
equipamentos;
aldeamentos turísticos e os apartamentos
turísticos classificam-se nas categorias de b) Insonorização de toda a maquinaria
3 a 5 estrelas, de acordo com os requisitos geradora de ruídos em zonas de clientes,
constantes, respetivamente, dos anexos II em especial ascensores e sistemas de ar
e III à presente portaria, que dela fazem condicionado;
parte integrante.
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c) Sistema de armazenamento de lixos 1 - Os conjuntos turísticos devem possuir,
quando não exista serviço público de no mínimo, e para além dos requisitos
recolha; gerais de instalação, as seguintes
infraestruturas e equipamentos:
d) Sistema de iluminação de segurança,
de acordo com o disposto na legislação a) Vias de circulação internas que
aplicável; permitam o trânsito de veículos de
emergência;
e) Sistema de prevenção de riscos de
incêndio, de acordo com o disposto em b) Vias de circulação internas com uma
diploma próprio; largura mínima de 3m ou 5m, conforme
sejam de sentido único ou duplo, quando
f) Todas as unidades de alojamento são
permitido o trânsito de veículos
identificadas no exterior da respetiva porta
automóveis;
de entrada, em local bem visível;
c) Áreas de estacionamento de uso
g) Sistema de segurança nas portas de
comum;
entrada das unidades de alojamento, que
apenas permita o acesso ao utente e ao d) Espaços e áreas verdes exteriores
pessoal do estabelecimento; envolventes para uso comum;
h) As unidades de alojamento são e) Portaria;
insonorizadas e com janelas ou portadas f) Piscina de utilização comum;
em comunicação direta com o exterior;
g) Equipamentos de desporto e lazer.
i) Água corrente quente e fria;
2 – O disposto no número anterior aplica-
j) Telefone ligado à rede exterior, quando se aos aldeamentos turísticos, exceto a
estiver disponível o respetivo serviço alínea g).
público.
3 - Nas situações de atravessamento de
Artigo 7.º aldeamentos e conjuntos turísticos por
Camas convertíveis e suplementares estradas e caminhos municipais, linhas de
amovíveis água e faixas de terreno afetas a funções
de proteção e conservação de recursos
1 – No máximo, podem ser colocadas
naturais, devem ser garantidas, quer as
duas camas convertíveis nas salas de
condições de segurança dos utilizadores
estar de cada unidade de alojamento.
do empreendimento, quer a adequada
2 – Nos apartamentos em estúdio só são preservação dos recursos em causa.
permitidas camas convertíveis, salvo
Artigo 9.º
quando se verifiquem ambas as condições
seguintes, em que também são permitidas Classificação das pousadas e
até duas camas fixas (duas camas estabelecimentos hoteleiros instalados
individuais ou uma cama dupla): em edifícios classificados
a) Área do apartamento superior à 1 - As pousadas instaladas em edifícios
mínima regulamentar, pelo menos em 5 classificados como monumentos nacionais
m2; ou de interesse público devem obter a
pontuação exigida para os hotéis de 4
b) Zonas de estar e de dormir
estrelas.
funcionalmente separadas.
2 - As pousadas instaladas em edifícios
3 – É permitida a colocação, a pedido, de
classificados de interesse regional ou
uma cama suplementar amovível, nos
municipal ou em edifícios que, pela sua
quartos, caso haja espaço suficiente para
antiguidade, valor arquitetónico e histórico,
o efeito.
sejam representativos de uma
Artigo 8.º determinada época devem obter a
Requisitos específicos dos conjuntos pontuação exigida para os hotéis de 3
e aldeamentos turísticos estrelas.

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3 - Os estabelecimentos hoteleiros juntando-se cópia do levantamento
instalados em edifícios classificados como referido no nº 3 do artigo 30º do Decreto
monumentos nacionais, de interesse Legislativo Regional nº 7/2012/A, de 1 de
público, de interesse regional ou março, se for o caso.
municipal, ou em edifícios que, pela sua 2 - Para que a comissão realize a vistoria
antiguidade, valor arquitetónico e histórico, e delibere validamente, é suficiente a
sejam representativos de uma presença dos representantes do
determinada época, poderão ser município, desde que os restantes tenham
dispensados dos requisitos mínimos sido regularmente convocados, exceto no
obrigatórios se esses requisitos se caso previsto no nº 3 do artigo 30º do
revelarem suscetíveis de afetar as Decreto Legislativo Regional nº 7/2012/A,
características arquitetónicas ou de 1 de março, em que também é
estruturais dos edifícios. imprescindível a presença do
Artigo 10.º representante da direção regional
competente em matéria de turismo.
Áreas
Artigo 12.º
As áreas mínimas estabelecidas na
presente portaria não se aplicam aos Projetos com forte componente de
empreendimentos turísticos que já tenham animação turística
projeto de arquitetura aprovado à data da Para efeitos do disposto no artigo 62º, nº
sua entrada em vigor. 1, alínea b), iii), do Decreto Legislativo
Artigo 11.º Regional nº 7/2012/A, de 1 de março, são
aplicáveis as normas da Portaria nº
Autorização de abertura − vistorias
102/2010, de 28 de outubro.
1 – Para efeitos de emissão da
Artigo 13.º
autorização de abertura dos
empreendimentos turísticos, a comissão Entrada em vigor
prevista no artigo 65.º do Regime Jurídico A presente portaria entra em vigor no dia
da Urbanização e Edificação integra seguinte ao da sua publicação.
obrigatoriamente representantes da
direção regional competente em matéria Secretaria Regional da Economia.
de turismo, do serviço competente em Assinada em 30 de Abril de 2012
matéria de proteção civil e segurança
contra incêndios e do delegado de saúde A Secretária Regional da Economia,
concelhio, os quais devem ser convocados Luísa Maria Estrela Rego Miranda
com a antecedência mínima de oito dias, Schanderl.

Anexo I
Estabelecimentos hoteleiros

Anexo II
Aldeamentos turísticos

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Anexo II
Apartamentos turísticos

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