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S.R.

DO TURISMO E TRANSPORTES
Portaria n.º 94/2013 de 17 de Dezembro de 2013

O Decreto Legislativo Regional n.º 7/2012/A, Artigo 2.º


de 1 de março, alterado e republicado pelo Tipologias
Decreto Legislativo Regional n.º 23/2012/A,
de 31 de maio, veio consagrar o regime 1 – Os estabelecimentos de alojamento
jurídico da instalação, exploração e local podem ser integrados num dos
funcionamento dos empreendimentos seguintes tipos:
turísticos, estabelecendo, entre o mais, que a) Quartos na residência do locador;
os serviços de alojamento turístico só podem
ser prestados naqueles empreendimentos e b) Moradia;
no alojamento local. c) Apartamento;
Pela presente portaria definem-se os d) Estabelecimentos de hospedagem.
requisitos mínimos a observar pelos
estabelecimentos de alojamento local, as 2 – A exploração de quartos na residência
suas tipologias, o procedimento de do locador, em número superior a três,
verificação daqueles requisitos e o registo, considera-se abrangida pela alínea d) do
para além de outros aspetos relacionados número anterior.
com a publicidade e identificação do 3 – Considera-se moradia o
estabelecimento. estabelecimento de alojamento local cuja
Prevê-se, ainda, a obrigação de os titulares unidade de alojamento é constituída por um
dos estabelecimentos comunicarem o edifício autónomo, de caráter unifamiliar.
número de hóspedes e a sua origem à 4 – Considera-se apartamento o
direção regional competente em matéria de estabelecimento de alojamento local cuja
turismo, já que esses dados estatísticos unidade de alojamento é constituída por uma
poderão vir a relevar-se importantes para a fração autónoma de edifício.
definição das políticas neste setor atividade.
5 – Os estabelecimentos de hospedagem
Por fim, estabelece-se um regime de devem ter menos de 20 camas, incluindo
salvaguarda para os estabelecimentos de camas convertíveis, sendo que estas não
hospedagem existentes à data da entrada podem exceder o número de camas fixas, e
em vigor da presente portaria no que se um máximo de 10 quartos e podem ocupar a
refere aos limites de capacidade. totalidade ou fração autónoma dum único
Assim, ao abrigo do n.º 1 do artigo 4.º do edifício ou dum conjunto de edifícios
Decreto Legislativo Regional n.º 7/2012/A, de contíguos.
1 de março, alterado e republicado pelo 6 – Os conjuntos de apartamentos situados
Decreto Legislativo Regional n.º 23/2012/A, no mesmo edifício ou em edifícios contíguos
de 31 de maio, manda o Governo Regional, e explorados pela mesma entidade devem ter
pelo Secretário Regional do Turismo e menos de 20 camas, incluindo camas
Transportes, o seguinte: convertíveis, sendo que estas não podem
Artigo 1.º exceder o número de camas fixas, e um
máximo de 10 quartos.
Objeto
Artigo 3.º
A presente portaria estabelece os requisitos
mínimos a observar pelos estabelecimentos Unidades de alojamento
de alojamento local, as suas tipologias, o 1 – As moradias ou apartamentos
procedimento de verificação daqueles representam uma única unidade de
requisitos e o seu registo, bem como as alojamento.
normas relativas à publicidade e identificação
2 – As unidades de alojamento dos
dos estabelecimentos e à disponibilização de
estabelecimentos de hospedagem são
informação para fins estatísticos.
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quartos, exclusivamente, podendo ser 5 – A comunicação ao requerente, referida
individuais, duplos ou triplos. no número anterior, constitui título válido de
abertura ao público.
Artigo 4.º
Artigo 5.º
Procedimento e registo
Requisitos gerais e específicos
1 – Com exceção dos estabelecimentos
instalados em imóveis construídos em 1 – O disposto no n.º 1 do artigo 6.º, nos nºs
momento anterior à entrada em vigor do 1 e 3 do artigo 7.º e nos nºs 1 e 2 do artigo
Decreto-Lei n.º 38.382, de 7 de agosto de 8.º do Decreto Legislativo Regional n.º
1951, a comercialização de estabelecimentos 7/2012/A, de 1 de março, aplica-se aos
de alojamento local pressupõe a existência estabelecimentos de alojamento local.
de autorização de utilização ou de título de 2 – Os requisitos gerais e específicos dos
utilização válido do imóvel, cuja verificação estabelecimentos de alojamento local
cabe à câmara municipal do respetivo constam dos anexos II e III da presente
concelho. portaria, da qual são parte integrante.
2 – Para efeitos de verificação dos 3 – Relativamente aos estabelecimentos de
requisitos mínimos, o requerente deve alojamento local que assumam a tipologia de
entregar na respetiva câmara municipal um estabelecimentos de hospedagem, as
requerimento conforme modelo constante do câmaras municipais podem fixar requisitos de
anexo I da presente portaria, que dela faz instalação e funcionamento para além dos
parte integrante, instruído com os seguintes previstos na presente portaria.
documentos:
Artigo 6.º
a)Documento comprovativo da legitimidade
do requerente; Publicidade
b)Termo de responsabilidade, passado por A publicidade, documentação comercial e
técnico habilitado, em como as instalações merchandising dos estabelecimentos de
elétricas, de gás e termoacumuladores alojamento local deve indicar o respetivo
cumprem as normas legais em vigor; nome, seguido da expressão «alojamento
local» ou a abreviatura «AL».
c) Planta do imóvel, com indicação das
unidades de alojamento a afetar à atividade Artigo 7.º
pretendida; Placa identificativa
d)Nome e número de identificação fiscal do 1 – Os estabelecimentos de alojamento
titular do estabelecimento, designadamente local devem afixar, no exterior, junto ao
para consulta eletrónica de cadernetas acesso principal, uma placa identificativa, a
prediais. qual deve ser fornecida pela câmara
3 – No prazo de 60 dias após a municipal, e deve ser conforme ao modelo
apresentação do requerimento a que se previsto no anexo IV da presente portaria,
refere o número anterior, a câmara municipal que dela faz parte integrante.
deve realizar vistoria ao estabelecimento 2 – A placa identificativa dos
para verificação do cumprimento dos estabelecimentos de alojamento local é de
requisitos necessários. material acrílico cristal transparente,
4 – Verificada a conformidade do extrudido e polido, com 10 mm de espessura,
estabelecimento no âmbito da vistoria devendo observar as seguintes
referida no número anterior, a câmara características:
municipal dará conhecimento desse facto ao a)Dimensão de 20 cm x 20 cm;
requerente e à direção regional competente
em matéria de turismo, no prazo máximo de b)Tipo de letra Helvetica Neue, de cor
15 dias, para efeitos do registo previsto no n.º cinzenta (pantone 431);
2 do artigo 4.º do Decreto Legislativo c)Aplicação com a distância de 50 mm da
Regional n.º 7/2012/A, de 1 de março. parede, através de parafusos de aço inox em

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cada canto, com 8 mm de diâmetro e 60 mm regulamentos municipais previstos no artigo
de comprimento. 79.º do Decreto-Lei n.º 167/97, de 4 de julho,
ou registados como alojamento local, nos
Artigo 8.º
termos do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º
Livro de reclamações 39/2008, de 7 de março, em funcionamento à
1 – Os estabelecimentos de alojamento data da entrada em vigor da presente
local devem dispor de livro de reclamações portaria, devem proceder, no prazo máximo
nos termos e condições estabelecidos no de 30 dias, ao seu registo obrigatório junto da
Decreto-Lei n.º 156/2005, de 15 de setembro, direção regional competente em matéria de
com as alterações introduzidas pelos turismo, para efeitos do n.º 2 do artigo 4.º do
Decretos-Lei n.º 371/2007, de 6 de Decreto Legislativo Regional n.º 7/2012/A, de
novembro, n.º 118/2009, de 19 de maio, n.º 1 de março.
317/2009, de 30 de outubro, e n.º 242/2012, 2 – Os titulares dos estabelecimentos de
de 7 de novembro. hospedagem, ou registados como alojamento
2 – O original da folha de reclamação deve local, referidos no número anterior, devem
ser enviado à Inspeção Regional de Turismo, adaptar os estabelecimentos ao disposto no
entidade competente para fiscalizar e instruir presente diploma, no prazo de um ano, sem
os processos de contraordenação previstos prejuízo do disposto no n.º 4.
no diploma referido no número anterior. 3 – Findo o prazo estabelecido no número
Artigo 9.º anterior, as câmaras municipais devem
vistoriar oficiosamente os estabelecimentos,
Estatística no prazo de 90 dias, e comunicar as
1 – Os titulares dos estabelecimentos conclusões à direção regional competente
devem proceder a um registo mensal em matéria de turismo, para efeitos do
obrigatório do número de hóspedes, disposto no n.º 4 do artigo 4.º ou no artigo
discriminado por nacionalidades. 10.º, consoante os casos.
2 – O registo referido no número anterior 4 – Os limites de capacidade fixados nos
deve ser enviado à direção regional n.ºs 5 e 6 do artigo 2.º não se aplicam aos
competente em matéria de turismo até ao estabelecimentos de hospedagem ou de
décimo dia útil do mês seguinte àquele a que alojamento local registados, ou outros
se reporta a informação. estabelecimentos, antes da entrada em vigor
do presente diploma.
Artigo 10.º
Artigo 12.º
Sanção
Entrada em vigor
Em caso de incumprimento do disposto na
presente portaria e com exceção dos factos A presente portaria entra em vigor no dia 1
previstos na alínea b) do nº 1 do artigo 53º do de janeiro de 2014.
Decreto Legislativo Regional nº 7/2012/A, de
1 de março, o registo do estabelecimento é
cancelado. Secretaria Regional do Turismo e
Transportes.
Artigo 11.º
16 de dezembro de 2013.
Estabelecimentos existentes
O Secretário Regional do Turismo e
1 – Os titulares dos estabelecimentos de Transportes, Vítor Manuel Ângelo de Fraga.
hospedagem, registados de acordo com os

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