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Tudo isso tem a ver com Elon Musk, uma das maiores personalidades
empreendedoras e multimilionárias do século XXI.
Parece loucura?
Porém, seu legado, ainda em construção, vai muito além da sua fortuna.
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➢ A história de Elon Musk no empreendedorismo
Com o boom da internet, criou, junto ao seu irmão, Kimbal Musk, uma empresa de
geolocalização chamada Global Link (posteriormente rebatizada como Zip2), que
oferecia serviços semelhantes aos atuais do Google Maps.
A ideia era, por meio de dados públicos de mapas e negócios, gerar uma
plataforma para comerciantes anunciarem e se conectarem com consumidores,
tendo os jornais como seus principais clientes.
Mas, sistemas de pagamento online ainda eram pouco para Musk que tinha a
mente muito mais à frente.
Assim, em maio de 2002, Musk criou a SpaceX, uma empresa que tem como
objetivo espalhar vida humana pela galáxia, desenvolvendo e lançando seus
próprios protótipos de foguetes.
Essas são apenas suas principais empreitadas, porém, ao longo dos anos
seguintes, Musk se envolveu em diversos projetos, como no desenvolvimento de
inteligência artificial, energia solar, distribuição de internet e mobilidade urbana.
Tudo isso mostra, por si só, sua visão ampla, visionária e ousada, transitando
entre áreas complexas e variadas.
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➢ Infância e formação: o que levou Elon Musk se tornar um dos
homens mais ricos e influentes do mundo
Um fato interessante que diversas pessoas não sabem é que Musk não é
estadunidense, e sim, sul-africano.
Quando criança, o pequeno Musk tinha o perfil clássico do nerd introvertido: não
gostava de esportes, mas adorava livros e vídeo games.
Se por um lado, isso o levava a sofrer bullying por parte de outras crianças, por
outro, foram esses interesses que deram a ele o pontapé inicial em sua trajetória
empreendedora.
Aos 10 anos de idade, ao ler uma revista sobre computadores, descobriu que os
jogos eram criados a partir de códigos de programação e, extasiado com esse
novo mundo que estava descobrindo, pediu ao pai um computador, que rejeitou o
pedido.
O garoto passou então a economizar de sua mesada para adquirir o tão desejado
bem e, quando o conquistou, o aparelho vinha acompanhado de um curso de
programação de seis meses.
Com o “queijo e a faca na mão”, o menino desenvolveu seu primeiro jogo aos 12
anos de idade, batizando-o de Blaster.
O fato do game ter sido programado por alguém tão jovem chamou a atenção da
revista de negócios PC and Office Technology, que comprou o jogo de Musk por
cerca de 500 dólares.
Anos depois, em entrevista, Musk afirmou que sua motivação para a criação do
jogo foi vendê-lo e, com o dinheiro adquirido, comprar outros jogos que gostava.
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Apesar desse início de adolescência brilhante, Musk continuou a sofrer na escola,
em episódios de bullying cada vez mais violentos, que só foram cessar aos seus
17 anos, quando aprendeu a se defender em aulas de caratê, judô e luta livre.
Nesse período, porém, o jovem Elon já não via mais a África do Sul como o seu
lugar no mundo.
Ele sabia que só conseguiria alcançar todo seu potencial indo para os Estados
Unidos, mais precisamente, para o tão prometido Vale do Silício, em São
Francisco.
Assim, carregando nada além que suas bagagens, sua coragem e seus sonhos, o
jovem comprou sua passagem e foi para Ontário, no Canadá, aproveitando a
cidadania canadense da mãe.
E como todo início de vida adulta, também não foi fácil os primeiros anos de vida
independente de Musk.
Mas, todo esse esforço tinha um motivo para além da sobrevivência: matricular-
se na Queen’s University.
E ele o realizou.
Seu desempenho como estudante lhe rendeu uma vaga para um programa de PhD
na famosa Universidade de Stanford, na Califórnia, na qual matriculou-se no
curso de física e ciência dos materiais.
Mas, assim como tudo na sua vida não corre por caminhos óbvios, sua
permanência na instituição durou apenas dois dias, cancelando sua matrícula
para praticar o que seria sua marca: o empreendedorismo.
Em sociedade com seu irmão mais novo, Kimbal, os Musks criaram a já citada
Global Link, em 1995.
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Seu sucesso foi tão grande que um investidor local aportou 3 milhões de
dólares na empresa, com os quais contrataram mais funcionários e melhoraram o
sistema, rebatizando a empresa como Zip2.
Por seus serviços considerados inovadores para a época, a Global Link tinha 160
jornais como clientes, incluindo o gigante The New York Times.
A decisão foi assertiva, pois, um ano depois, em 1999, a Zip2 foi comprada pela
Compaq Computer por 305 milhões de dólares e, nessa negociação, Musk saiu
com nada menos que 22 milhões de dólares, com apenas 28 anos de idade.
Inquieto por novos desafios, o mais novo milionário criou, no mesmo ano,
a X.com, um dos primeiros bancos online do mundo.
O sucesso do PayPal fez com que atraísse o interesse do eBay que, em outubro do
mesmo ano, desembolsou 1,5 bilhões de dólares na compra da companhia.
Nessa transação, Musk abriu mão da sua participação e levou para sua conta 165
milhões de dólares.
Com uma fortuna como essa, e ainda extremamente jovem, uma pessoa comum
não pensaria muito em se aposentar e apenas curtir a vida, sem preocupações
com trabalho.
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Se hoje em dia muitas pessoas podem considerar essa ideia um tanto quanto
absurda, mesmo estando nós no caminho de concretizá-la, imagine no início dos
anos 2000…
Mas, o absurdo nunca foi uma barreira para Musk que, em 2001, passou a tentar
negociar com fornecedores russos, únicos provedores de foguetes e mísseis
balísticos na época.
No total descrédito levado, Musk investiu então no que seria uma de suas
empreitadas mais desafiadoras: a exploração aeroespacial.
Mesmo após quase chegar à falência por tentativas falhas nos primeiros
lançamentos, a empresa ganhou notoriedade por realizar operações espaciais
que apenas estatais, como a NASA, conseguiam fazer.
Assim, o custo por toda a operação sai muito mais em conta, um dos motivos
da NASA ser um dos seus principais clientes.
A Space X vendeu, em 2011, seu primeiro voo comercial até a lua para o bilionário
Japonês Yusaku Maezawa, que está programado para acontecer em 2023.
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➢ Investimento automobilístico
Em janeiro de 2021, Elon Musk foi considerado a pessoa mais rica do mundo, com
uma fortuna avaliada em 190 bilhões de dólares.
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A declaração, para muitas pessoas, pode soar como arrogante, ou revelar uma
personalidade obsessiva de Musk com o trabalho…
E, claro, assim como toda pessoa, ele também gosta de ser considerado uma
grande mente dos nossos tempos, ser uma grande celebridade e ter os holofotes
virados para si.
Por isso, por mais excêntricos e futuristas que seus projetos possam parecer, sua
visão está sempre voltada a como o desenvolvimento destas tecnologias podem
contribuir para o desenvolvimento da humanidade e preservação do meio
ambiente.
A ideia de povoar Marte, por meio da Space X, para muito além de parecer um
roteiro de filme de ficção espacial, tem como propósito preservar a vida humana
em outro lugar da galáxia, caso qualquer catástrofe aconteça na Terra (algo
realmente levado à sério por Musk).
A aposta na Tesla, por sua vez, se deu pela preocupação com a grande produção e
emissão de gases poluentes causados pelos carros de combustível fóssil,
empreendedor, então, na produção de carros elétricos, de energia limpa.
A direção autônoma, por sua vez, também é uma aposta para a preservação da
vida humana, melhoria na qualidade de vida e geração de renda para as pessoas.
E por falar em energia limpa e locomoção, outra aposta de Musk, agora para
transporte coletivo, é o Hyperloop, um trem ultrarrápido, movido a levitação
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magnética e vácuo, que promete fazer viagens continentais em questão de pouco
mais de meia hora.
Não bastando isso, também criou a The Boring Company, uma empresa destinada
ao desenvolvimento de transporte subterrâneo de pessoas e cargas,
desafogando os trânsitos das grandes cidades.
Outra aposta de Musk foi na Solar City, empresa de energia solar criada por seus
primos, que teve seu aporte inicial de 10 milhões de dólares, e que chegou a
conquistar 40% do market-share dos Estados Unidos.
O visionário acredita que as AI podem substituir o ser humano, mas sabe que seu
desenvolvimento é algo inevitável.
Por isso, Musk criou a OpenAi, uma instituição voltada a contribuir com esse
desenvolvimento, mas de maneira ética e segura.
Por esse grande receio, ele acredita que o meio para contornar o controle das AI
sob a humanidade seja aprimorar as tecnologias aplicadas ao corpo humano,
transformando o ser humano em “ciborgues”, sofisticando as habilidades mentais
e físicas naturais através da tecnologia.
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Curioso
Buscar o novo é algo desafiador, ainda mais quando saímos da nossa zona de
conforto.
Olhando, porém, para a trajetória de Musk, observamos que suas aventuras por
áreas completamente diferentes foram movidas pela curiosidade.
Sonhado
E por falar em realizar o se acredita, nada nos move mais do que nossos sonhos, o
que não foi e é diferente para Musk.
E não falamos apenas dos sonhos grandes de Musk, como a preservação da vida
humana, mas, desde pequeno o empreendedor já sonhava.
E dessa mesma história, tiramos também outro exemplo de seu perfil: não ter
medo de tentar.
Se Musk não tivesse tentado, não teria sequer programado seu primeiro jogo,
dando início ao seu encanto pela tecnologia.
Sim, Elon Musk também é um ser humano como nós e também tem seus receios e
inseguranças.
Porém, apesar de eles nos tornarem humanos, é preciso utilizá-los como válvula
de motivação e não de autotravamento.
Devorador de livros
Desde a infância, Musk sempre teve os livros como seus grandes companheiros.
Inclusive, foi pela leitura da série “O Senhor dos Anéis” que o empreendedor se
identificou na missão de “salvar o mundo”.
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Musk sempre declarou que grande parte da sua formação veio desses
companheiros, desde sua infância: “Fui criado por livros. Livros, e depois meus
pais”.
Pensamentos crítico
“Para produzir Teslas melhores […] tenho que pensar muito criticamente. Então,
quando vejo o carro, vejo todas as coisas que penso que precisam ser
consertadas para torná-lo melhor.”
É uma habilidade, por outro lado, que requer um desprendimento das próprias
crenças, visto a necessidade de saber receber feedbacks negativos e avaliá-los.
E para isso, também é preciso reservar um tempo para pensar, e pensar a longo
prazo, nunca tomando decisões sob o calor das emoções.
Aprendizado multidisciplinar
Em 2013, Elon Musk participou de uma entrevista para o Ted Talks e, já na época,
revelou seus projetos visionários que já são realidade nos dias atuais, bem como
a maneira como enxerga suas crenças como empreendedor.
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Abaixo, separamos suas principais falas e a entrevista pode ser assistida, na
íntegra, no link a seguir:
Link: https://youtu.be/IgKWPdJWuBQ
“Foi, de fato, mais do ponto de vista de quais são as coisas que precisam acontecer
para que o futuro seja mais entusiasmante e inspirador? E realmente penso que há
uma diferença fundamental, se você meio que espia o futuro, entre uma humanidade
que é uma civilização que navega no espaço, que está lá fora, explorando as estrelas,
em vários planetas, acho realmente entusiasmante, comparada àquela em que
estamos confinados para sempre à Terra, até algum evento de extinção final.”
Reutilização de foguetes:
“Todo tipo de transporte que usamos, sejam aviões, trens, automóveis, bicicletas,
cavalos, é reutilizável, mas não os foguetes. Então, temos que resolver este problema
para nos tornarmos uma civilização que navega no espaço.”
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Colonização de Marte:
“Bem, acho que há uma boa estrutura para pensar. É a física. Sabe, o tipo de
raciocínio com princípios básicos. […] O que quero dizer com isso é: Traga as
coisas para suas verdades fundamentais e racione a partir daí, em oposição a
raciocinar por analogia.”
“Através da maior parte de nossa vida, vivemos raciocinando por analogías, que
basicamente significa copiar o que outras pessoas fazem com pequenas
variações. E você tem que fazer isso. Do contrário, mentalmente, você não seria
capaz de viver o dia.”
“Quando você quer fazer algo novo, você tem que aplicar a abordagem da física.
Física é, na verdade, imaginar como descobrir coisas novas que são
contraintuitivas, com a mecânica quântica. É realmente contraintuitivo. Acho que
realmente isso é o que precisa ser feito, e também prestar atenção, de fato, ao
feedback negativo e pedir por ele, particularmente aos amigos. Pode soar como
conselho simples, mas dificilmente alguém faz isso, e ele é incrivelmente útil.”
Afinal, suas inovações impactaram e impactam até hoje nosso modo de viver e de
enxergar o mundo.
Em um curto prazo de tempo, pouco mais de 20 anos, Musk nos fez acreditar que
aquelas ideias futuristas de filmes de ficção científica podem ser reais e mais
próximas do que imaginamos.
O que nos faz pensar: o que será que vem por aí?
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