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Marieta Severo

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Marieta Severo
OMC

Marieta em 2019

Nome completo Marieta Severo da Costa

Nascimento 2 de novembro de 1946 (76 anos)
Rio de Janeiro, DF, Brasil

Nacionalidade brasileira

Parentesco Clara Buarque (neta)

 Carlos Vergara (c. 1964–65)
Cônjuge
 Chico Buarque de
Hollanda (c. 1966–99)[1]
 Aderbal Freire
Filho (c. 2004)
Filho(a)(s) Sílvia Buarque

Ocupação  atriz
 roteirista
 produtora teatral
Período de 1964–presente
atividade

Prêmios ver lista

Marieta Severo da Costa OMC (Rio de Janeiro, 2 de novembro de 1946) é


uma atriz, roteirista e produtora teatral brasileira. Ela é conhecida pelos diversos
trabalhos no cinema, televisão e teatro, sendo uma das atrizes mais premiadas do país, já
tendo ganhado quatro estatuetas da APCA, três Prêmios Guarani, um Kikito, dois
prêmios Shell e dois Molières, além de receber duas indicações ao Grande Otelo.[2] Em
2012, foi agraciada com a Ordem do Mérito Cultural por sua contribuição à cultura
nacional.[3]
Marieta iniciou sua carreira teatral em 1965 e estreou na televisão no ano seguinte, na
telenovela O Sheik de Agadir, exibida pela Rede Globo. A partir daí, atuou em diversas
telenovelas e programas da emissora - sobretudo interpretando vilãs em telenovelas
como Vereda Tropical (1984–85), Deus Nos Acuda (1992), Laços de Família (2000–
01), Verdades Secretas (2015) e O Outro Lado do Paraíso (2017–18). Ela também
ficou conhecida por interpretar a divertida Irene "Dona Nenê" Silva no seriado A
Grande Família (2001–14), papel que lhe rendeu diversos prêmios e elogios da crítica e
público. No cinema atuou em diversas produções, como Com Licença, Eu Vou à
Luta (1986), O Corpo, Carlota Joaquina, Princesa do Brazil (1995), Castelo Rá-Tim-
Bum, o Filme (1999), As Três Marias, A Dona da História (2004), Cazuza - O Tempo
Não Para (2004), e Vendo ou Alugo (2013), A Voz do Silêncio (2018) e Noites de
Alface (2021).
Foi casada por 33 anos com o cantor e compositor Chico Buarque de Hollanda, com
quem teve três filhas: Sílvia, Helena, e Luísa. Em 2005, fundou, ao lado da
amiga Andrea Beltrão, o Teatro Poeira no Rio de Janeiro.

Família e educação
Descendente remota de açorianos,[4] Marieta Severo nasceu em 2 de novembro de 1946,
no Rio de Janeiro. Só foi registrada no dia 3, pois seu pai Luís Antonio Severo da Costa
não queria que houvesse comemoração no Dia dos Mortos.[5] Filha de um advogado e de
uma professora de inglês chamada Lígia Paixão[6], sonhava em ser bailarina e
estudou balé clássico durante muitos anos, mas mantinha os pés no chão.[7] Sem ter
ninguém do meio artístico para lhe servir de exemplo na família, não pensava
seriamente em seguir a carreira artística.[8] Formou-se professora normalista no Instituto
Superior de Educação do Rio de Janeiro[9], mas ao conhecer o Tablado, de Maria Clara
Machado, decidiu investir na carreira de atriz.[10]

Marieta em maio de 2010, na reinauguração do Teatro Municipal do Rio de Janeiro.

Eu era a contadora de histórias oficial da escola. Quando faltava uma professora


“ em outra turma, falavam: 'Chama a Marietinha para contar história!' O que eu
fazia naquela época tem a ver com o que faço hoje: contar histórias.[11] ”
Em 1964, Severo casou-se com seu primeiro namorado, o artista plástico Carlos
Vergara, mas após um ano juntos, divorciaram-se.[12] Logo depois começou um
relacionamento com o compositor Chico Buarque. Casaram-se em 1966. O matrimônio
de 33 anos gerou três filhas: Helena, Luísa e a atriz Sílvia Buarque. Em 1999, optaram
pelo divórcio.[13][14]
Após outros relacionamentos, conheceu o diretor teatral Aderbal Freire Filho, e
iniciaram um namoro. Casaram-se em 2004, e até hoje estão juntos.[15][16]
Em junho de 2020, Aderbal Freire Filho teve um acidente vascular cerebral (AVC).
Desde então, está internado em um hospital do Rio de Janeiro e Marieta passa o maior
tempo possível ao lado do marido.[17]

Carreira
Em 1964, Severo foi acompanhar uma amiga em um teste para uma peça e acabou
sendo convidada pelo diretor Luiz Carlos Maciel para um papel no filme Society em
Baby Doll.[18] Na mesma época, estreou também no teatro com a peça Feitiços de Salém.
[19]
 No final do mesmo ano, pisou pela primeira vez no palco num pequeno papel em As
Feiticeiras de Salém, de Arthur Miller. A protagonista da peça, Eva Wilma, a indicou
para um papel na novela O Sheik de Agadir, de Glória Magadan, na recém-inaugurada
TV Globo.[20]
Na trama, então com 19 anos e em seu primeiro papel na televisão, interpretou a
princesa árabe Éden, a antagonista da trama. No decorrer da história, misteriosos
assassinatos vão acontecendo. A identidade do criminoso, conhecido pelo nome Rato,
só foi revelada no final da trama. Para surpresa do público, o Rato era a princesa Éden,
sua personagem.[21] Em 1967, participou da novela O Homem Proibido[22] e atuou no
filme Todas as Mulheres do Mundo.[23] Em 1968, estrelou o musical Roda Viva, que
criticava abertamente o regime militar, e entrou na mira dos agentes da segurança
nacional.[24][25]
Época do exílio
À época dos anos de chumbo, acompanhando o marido, Chico Buarque, no lançamento
de um álbum em Roma, e grávida de Sílvia, Marieta recebeu notícias de como andava a
situação no Brasil e foi aconselhada a não retornar. Passou dois anos neste "autoexílio"
em Roma.[26][27]
Volta ao Brasil e regresso à carreira
No final de 1970, Severo voltou ao Brasil e retomou a carreira de atriz, participando da
novela E Nós, Aonde Vamos?, sob a direção de Sérgio Britto, exibida pela Rede Tupi.
[28]
 Depois desse trabalho, afastou-se da televisão para se dedicar às três filhas, e também
aos projetos de teatro e cinema.[29] Em 1978, atuou no filme Chuvas de Verão[30] e na
peça Ópera do Malandro.[31] Em 1979 esteve em cartaz com o longa Bye Bye Brasil.[32]
Em 1983, após 18 anos, Severo voltou à TV Globo e trabalhou em duas produções da
emissora: a minissérie Bandidos da Falange e a novela Champagne, onde interpretou a
frágil Dinah, mulher hostilizada pelo marido machista Zé Brandão, vivido por Jorge
Dória.[33] Demorou a se firmar como intérprete de televisão. Após a estreia em 1966, só
se consagraria no meio, a partir dos anos 1980, vivendo personagens como a vilã
Catarina de Vereda Tropical, em 1984.[34]
Em 1985, interpretou Suzana, a ex-mulher do costureiro Ariclenes, de Luis Gustavo,
com quem vivia uma relação de amor e ódio, rendendo cenas hilárias à novela Ti Ti Ti.
[35]
 Em 1986, foi agraciada com o prêmio de melhor atriz pelo Festival de Gramado, pela
sua atuação no filme Com Licença, Eu Vou à Luta.[36] Em 1988, integrou o elenco do
seriado Tarcísio & Glória, protagonizado por Tarcísio Meira e Glória Menezes.
[37]
 Depois, em 1989, encarnou a nobre e independente Madeleine de Que Rei Sou Eu?.[38]
Em 1992, Severo mais uma vez desponta como a antagonista principal de uma novela
ao dar vida a perversa secretária Elvira, a grande vilã de Deus Nos Acuda.[39] Em 1994
fez parte do elenco da novela Pátria Minha, dando vida a vilã Loretta.[40] Entre 1995 e
1997, participou de alguns episódios da série A Comédia da Vida Privada.[41] Também
em 1995, foi protagonista do filme Carlota Joaquina, Princesa do Brazil.
[42]
 Posteriormente, em 2000, voltou as novelas interpretando mais uma vilã, a sofisticada
Alma Flora, de Laços de Família[43], personagem que lhe rendeu o prêmio de Melhor
Atriz pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA).[44]
No filme As Três Marias, de 2002, Severo faz uma mulher forte que tem seu marido e
dois filhos brutalmente assassinados. Ela convoca então as três filhas para cada uma
delas procurar um matador e vingar o pai.[45] Foi nesse ano, que a atriz recebeu o
prêmio Oscarito, do Festival de Gramado, pelos 37 anos de carreira dedicados ao
cinema brasileiro.[46] Em seguida, no ano de 2004, filmou Cazuza - O Tempo Não Para,
onde interpretou Lucinha Araújo, mãe do cantor Cazuza.[47] Também em 2004,
protagonizou o longa A Dona da História, baseado na peça de João Falcão.[48]
Dona Nenê

Severo como Dona Nenê, em 2001

De 2001 a 2014, Severo trabalhou no seriado A Grande Família, exibido pela Rede


Globo, no qual interpretou a dona-de-casa Dona Nenê, ao lado de Marco Nanini.[49]
Teatro Poeira
Em 2005, ao lado da amiga Andréa Beltrão, Severo inaugurou o Teatro Poeira, em
Botafogo, Rio de Janeiro.[50] O empreendimento era um sonho antigo das atrizes.[51] Em
2007, as duas estrearam o espetáculo As Centenárias e, no mesmo ano, estavam na
versão cinematográfica de A Grande Família.[52]
Fim da Grande Família e regresso às novelas
Severo foi convidada para interpretar a presidente Dilma Rousseff no filme homônimo
baseado na obra A 1ª Presidenta, do escritor e jornalista Helder Caldeira, que seria
rodado em 2012, mas recusou o convite alegando outros compromissos profissionais.
[53]
 Em 2015, voltou as novelas para interpretar a cafetina Fanny Richard, a vilã da
novela Verdades Secretas. Por sua atuação venceu o Prêmio Extra de Televisão, na
categoria de melhor atriz.[54] Em 2017, voltou ao horário nobre, retornando sua parceria
com Walcyr Carrasco e interpretando a diabólica vilã Sophia, a matriarca autoritária e
grande vilã em O Outro Lado do Paraíso.[55] Em 2020, retornaria ao horário nobre,
integrada no elenco do folhetim de Lícia Manzo, intitulado Um Lugar ao Sol, onde
interpreta a avó da protagonista Lara (Andreia Horta). A produção foi, contudo,
interrompida por conta da pandemia de COVID-19 e só estreou em novembro de 2021.
[56]

Filmografia
Televisão

Ano Título Personagem Nota

1966 O Sheik de Agadir Éden de Bassora

Anastácia, a Mulher sem


1967
Destino
O Homem Proibido Thana

1970 E Nós, Aonde Vamos? Rachel

Bandidos da Falange Denise[57]

1983
Dinah Mercadante
Champagne
Brandão

1984 Vereda Tropical Catarina de Oliva Salgado

1985 Ti Ti Ti Suzana Azevedo

Episódio: "O Pai do


Armação Ilimitada Governanta[58]
Bacana"
1987

Canção de Todas as Crianças Cordélia[59] Especial de fim de ano

1988 Tarcísio & Glória Carmem Oswalt

1989 Que Rei Sou Eu? Madeleine Bouchet

Episódio: "Raios e
1990 Delegacia de Mulheres Jandira[60]
Trovões"

As Noivas de Copacabana Promotora

1992

Deus Nos Acuda Elvira Ferreira Bismark

Loretta Ramos Pellegrini


Pátria Minha
Vilela
1994

Confissões de Adolescente Helena Episódio: "Mamãe


Noel"

A Farsa da Boa Preguiça Clarabela Caracão Telefilme

Episódio: "Brasileiro
1995 Brasil Legal Selma[61]
Perfeito"

Regina Episódio: "Mãe é Mãe"

Bia Episódio: "Drama"

1996
A Comédia da Vida Privada
Episódio: "Parece Que
Maria Tereza
Foi Ontem"

Episódio: "A Grande


1997 Helena
Noite"

Alma Flora Pirajá de


2000 Laços de Família
Albuquerque

2001– Irene Souza Silva (Dona


A Grande Família
14 Nenê)[62]

2004 Sitcom.br Mulher com insônia[63] Episódio: "Insônia"

Fanny Richard / Rita de


2015 Verdades Secretas Temporada 1
Cássia[64]

2017 O Outro Lado do Paraíso Sophia Montserrat

O Álbum da Grande Família Dona Nenê (narradora)

2019

As Vilãs que Amamos Ela mesma[65] Episódio: "8"


Mulheres Fantásticas Narradora[66] Episódio: "Tu Youyou"

2021
Ana Maria Moreira Bastos
Um Lugar ao Sol
(Noca)[67]

Pacto Brutal - O Assassinato de


2022 Ela mesma
Daniella Perez

Cinema

Ano Filme Personagem Nota

196
Society em Baby-Doll
5

196
Todas as Mulheres do Mundo Dorinha
6

197
Quatro Contra o Mundo
0

197
Roleta Russa Maria[68]
2

197
Crueldade Mortal Jurema
6

Gente Fina É Outra Coisa Elsa


197
7
Chuvas de Verão Dodora

197
Bye Bye Brasil Assistente social
9
198
Certas Palavras Ela mesma[69] Documentário
0

Sonho Sem Fim Lola

Também
Com Licença, Eu Vou à Luta Eunice
roteirista
198
6

A Espera Narradora Curta-metragem

O Homem da Capa Preta Zina

Leila Diniz Srª. Diniz

198
Por Dúvida das Vias Vesga Curta-metragem
7

Sonhos de Menina-Moça Suely[70]

198
Mistério no Colégio Brasil Patrícia
8

Faca de Dois Gumes Sônia J. Amado


198
9
A Porta Aberta Curta-metragem

O Corpo Carmen

199
1
Vai Trabalhar, Vagabundo II: a Carmen, a "Dama de
Volta Copas"

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