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Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Marieta Severo
OMC
Marieta em 2019
Nascimento 2 de novembro de 1946 (76 anos)
Rio de Janeiro, DF, Brasil
Nacionalidade brasileira
Carlos Vergara (c. 1964–65)
Cônjuge
Chico Buarque de
Hollanda (c. 1966–99)[1]
Aderbal Freire
Filho (c. 2004)
Filho(a)(s) Sílvia Buarque
Ocupação atriz
roteirista
produtora teatral
Período de 1964–presente
atividade
Família e educação
Descendente remota de açorianos,[4] Marieta Severo nasceu em 2 de novembro de 1946,
no Rio de Janeiro. Só foi registrada no dia 3, pois seu pai Luís Antonio Severo da Costa
não queria que houvesse comemoração no Dia dos Mortos.[5] Filha de um advogado e de
uma professora de inglês chamada Lígia Paixão[6], sonhava em ser bailarina e
estudou balé clássico durante muitos anos, mas mantinha os pés no chão.[7] Sem ter
ninguém do meio artístico para lhe servir de exemplo na família, não pensava
seriamente em seguir a carreira artística.[8] Formou-se professora normalista no Instituto
Superior de Educação do Rio de Janeiro[9], mas ao conhecer o Tablado, de Maria Clara
Machado, decidiu investir na carreira de atriz.[10]
Carreira
Em 1964, Severo foi acompanhar uma amiga em um teste para uma peça e acabou
sendo convidada pelo diretor Luiz Carlos Maciel para um papel no filme Society em
Baby Doll.[18] Na mesma época, estreou também no teatro com a peça Feitiços de Salém.
[19]
No final do mesmo ano, pisou pela primeira vez no palco num pequeno papel em As
Feiticeiras de Salém, de Arthur Miller. A protagonista da peça, Eva Wilma, a indicou
para um papel na novela O Sheik de Agadir, de Glória Magadan, na recém-inaugurada
TV Globo.[20]
Na trama, então com 19 anos e em seu primeiro papel na televisão, interpretou a
princesa árabe Éden, a antagonista da trama. No decorrer da história, misteriosos
assassinatos vão acontecendo. A identidade do criminoso, conhecido pelo nome Rato,
só foi revelada no final da trama. Para surpresa do público, o Rato era a princesa Éden,
sua personagem.[21] Em 1967, participou da novela O Homem Proibido[22] e atuou no
filme Todas as Mulheres do Mundo.[23] Em 1968, estrelou o musical Roda Viva, que
criticava abertamente o regime militar, e entrou na mira dos agentes da segurança
nacional.[24][25]
Época do exílio
À época dos anos de chumbo, acompanhando o marido, Chico Buarque, no lançamento
de um álbum em Roma, e grávida de Sílvia, Marieta recebeu notícias de como andava a
situação no Brasil e foi aconselhada a não retornar. Passou dois anos neste "autoexílio"
em Roma.[26][27]
Volta ao Brasil e regresso à carreira
No final de 1970, Severo voltou ao Brasil e retomou a carreira de atriz, participando da
novela E Nós, Aonde Vamos?, sob a direção de Sérgio Britto, exibida pela Rede Tupi.
[28]
Depois desse trabalho, afastou-se da televisão para se dedicar às três filhas, e também
aos projetos de teatro e cinema.[29] Em 1978, atuou no filme Chuvas de Verão[30] e na
peça Ópera do Malandro.[31] Em 1979 esteve em cartaz com o longa Bye Bye Brasil.[32]
Em 1983, após 18 anos, Severo voltou à TV Globo e trabalhou em duas produções da
emissora: a minissérie Bandidos da Falange e a novela Champagne, onde interpretou a
frágil Dinah, mulher hostilizada pelo marido machista Zé Brandão, vivido por Jorge
Dória.[33] Demorou a se firmar como intérprete de televisão. Após a estreia em 1966, só
se consagraria no meio, a partir dos anos 1980, vivendo personagens como a vilã
Catarina de Vereda Tropical, em 1984.[34]
Em 1985, interpretou Suzana, a ex-mulher do costureiro Ariclenes, de Luis Gustavo,
com quem vivia uma relação de amor e ódio, rendendo cenas hilárias à novela Ti Ti Ti.
[35]
Em 1986, foi agraciada com o prêmio de melhor atriz pelo Festival de Gramado, pela
sua atuação no filme Com Licença, Eu Vou à Luta.[36] Em 1988, integrou o elenco do
seriado Tarcísio & Glória, protagonizado por Tarcísio Meira e Glória Menezes.
[37]
Depois, em 1989, encarnou a nobre e independente Madeleine de Que Rei Sou Eu?.[38]
Em 1992, Severo mais uma vez desponta como a antagonista principal de uma novela
ao dar vida a perversa secretária Elvira, a grande vilã de Deus Nos Acuda.[39] Em 1994
fez parte do elenco da novela Pátria Minha, dando vida a vilã Loretta.[40] Entre 1995 e
1997, participou de alguns episódios da série A Comédia da Vida Privada.[41] Também
em 1995, foi protagonista do filme Carlota Joaquina, Princesa do Brazil.
[42]
Posteriormente, em 2000, voltou as novelas interpretando mais uma vilã, a sofisticada
Alma Flora, de Laços de Família[43], personagem que lhe rendeu o prêmio de Melhor
Atriz pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA).[44]
No filme As Três Marias, de 2002, Severo faz uma mulher forte que tem seu marido e
dois filhos brutalmente assassinados. Ela convoca então as três filhas para cada uma
delas procurar um matador e vingar o pai.[45] Foi nesse ano, que a atriz recebeu o
prêmio Oscarito, do Festival de Gramado, pelos 37 anos de carreira dedicados ao
cinema brasileiro.[46] Em seguida, no ano de 2004, filmou Cazuza - O Tempo Não Para,
onde interpretou Lucinha Araújo, mãe do cantor Cazuza.[47] Também em 2004,
protagonizou o longa A Dona da História, baseado na peça de João Falcão.[48]
Dona Nenê
Filmografia
Televisão
1983
Dinah Mercadante
Champagne
Brandão
Episódio: "Raios e
1990 Delegacia de Mulheres Jandira[60]
Trovões"
1992
Episódio: "Brasileiro
1995 Brasil Legal Selma[61]
Perfeito"
1996
A Comédia da Vida Privada
Episódio: "Parece Que
Maria Tereza
Foi Ontem"
2019
2021
Ana Maria Moreira Bastos
Um Lugar ao Sol
(Noca)[67]
Cinema
196
Society em Baby-Doll
5
196
Todas as Mulheres do Mundo Dorinha
6
197
Quatro Contra o Mundo
0
197
Roleta Russa Maria[68]
2
197
Crueldade Mortal Jurema
6
197
Bye Bye Brasil Assistente social
9
198
Certas Palavras Ela mesma[69] Documentário
0
Também
Com Licença, Eu Vou à Luta Eunice
roteirista
198
6
198
Por Dúvida das Vias Vesga Curta-metragem
7
198
Mistério no Colégio Brasil Patrícia
8
O Corpo Carmen
199
1
Vai Trabalhar, Vagabundo II: a Carmen, a "Dama de
Volta Copas"