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história

5
Módulo

capítulo 1

CONSOLIDAÇÃO DAS MONARQUIAS


NA EUROPA MODERNA
HISTória Módulo 5 Consolidação das monarquias
capítulo 1 na Europa moderna

A centralização do poder
Colapso do
feudalismo.

Ascensão da burguesia e Necessidades do rei: Centralização do


declínio da nobreza manter privilégios dos poder.
(ambas sem força para nobres e satisfazer aos
impor sua hegemonia). interesses dos burgueses.

Rei: centralizou o poder com


recursos da burguesia e apoio
político da nobreza.

Burguesia: apoiou o rei visando Nobreza: apoiou o rei para se


à unificação de leis, moedas, proteger de revoltas populares e
pesos e medidas e impostos, manter suas terras e privilégios.
para favorecer o comércio.
HISTória Módulo 5 Consolidação das monarquias
capítulo 1 na Europa moderna

Bases do Estado moderno


n Estado: organismo político-administrativo com poder sobre um território.
É responsável pela aplicação das leis e pelo controle da justiça e da força
armada, assegurando a obediência ao poder soberano.

n O Estado moderno superou o universalismo da Igreja Católica e o


particularismo do poder feudal durante a Idade Média.

n Os Estados da Europa Ocidental formaram-se em momentos distintos e


suas funções se modificaram ao longo do processo histórico.

n Portugal, Espanha, França e Inglaterra formaram-se entre os


séculos XII e XV.
HISTória Módulo 5 Consolidação das monarquias
capítulo 1 na Europa moderna

Formação de Portugal e da Espanha


n Reconquista: sob o espírito cruzadista, cristãos avançaram sobre a
Península Ibérica com o objetivo de expulsar os muçulmanos.

Portugal A reconquista da Península Ibérica

FERNANDO JOSÉ FERREIRA


Século XI Século XII

FERNANDO JOSÉ FERREIRA


n 1096: formação Século XI
Leão
Século XII

Cast
do Condado Leão Navarra Navarra
41° N ão
Arag Cond. de ão Leão

Cast
41° N Navarra

ela
Leão ão Castela Navarra

ag
41° N Barcelona Agrag Cond. ão

Ar
41° N

Portucalense.

al
ela
de Cond. da
tu

ag
r Barcelona Catalunha Castela
Po

Ar
al
g Cond. da
r tu Catalunha
CALIFADO DE CÓRDOBA Po

1139: constituição do IMPÉRIO ALMOR ÁVIDA


n CALIFADO DE CÓRDOBA
OCEANO OCEANO IMPÉRIO ALMORÁVIDA

Reino de Portugal. ATLÂNTICO


OCEANO
ÁFRICA
ATLÂNTICO
OCEANO
ÁFRICA
ATLÂNTICO
0° 0° ATLÂNTICO
ÁFRICA ÁFRICA
0° 0°
Século XIII Século XV

Espanha 41° N
Leão
Na
Século XIII
va
rra
41° N
Nav
arr
a
Século XV

g al Aragão Leão
rra Aragão

1492: expulsão dos


u

n va a
rt

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Castela Na
Po

41° N
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41° N
al

Portu
g Castela
Aragão Aragão
muçulmanos da
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N O A LM Ô A D A

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Castela
Po
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Portu
Castela
Al

OCEANO
Península Ibérica por OCEANO
rve

Granada Granada
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ATLÂNTICO N O A LM Ô A D A
ATLÂNTICO
ga
Al

Fernando de Aragão e Territórios sob domínio islâmico


OCEANO

ÁFRICA
ATLÂNTICO
Granada 0°
ÁFRICA
OCEANO
ATLÂNTICO
Granada

Isabel de Castela, os Ataques cristãos aos territórios islâmicos


União de reinos 0°
ÁFRICA 300 km

ÁFRICA

“reis católicos”. Fonte:


Territórios sob domínio islâmico
AtaquesHILGEMANN, Werner; KINDER, Hermann. Atlas historique: de l’apparition
cristãos aos territórios islâmicos
União de reinos
de l’homme sur la terre à l’ère atomique. Paris: Perrin, 1992. p. 192.
HISTória Módulo 5 Consolidação das monarquias
capítulo 1 na Europa moderna

Monarquia na Inglaterra
n A Inglaterra unificou-se no século XII, sob o reinado de Henrique II.
n No reinado de Ricardo Coração de Leão, cresceu a insatisfação da nobreza
com os custos militares do rei. Posteriormente, a nobreza impôs a
Magna Carta (1215) ao rei João Sem-Terra, limitando o poder real.
n No século XIII, formou-se o Parlamento inglês, constituído por duas
câmaras:

Membros do alto clero


e da alta nobreza Câmara dos
escolhidos pelo rei. Lordes

Câmara dos
Comuns
Indivíduos da baixa
nobreza (gentry) eleitos
por voto censitário.
HISTória Módulo 5 Consolidação das monarquias
capítulo 1 na Europa moderna

Unificação na França
n Na França, a unificação resultou da atuação da monarquia na Guerra dos
Cem Anos (1337-1453).

França Inglaterra

Para vencer o conflito, o rei fez


alianças com a nobreza e formou
um exército profissional. Iniciou,
assim, a consolidação de seu
poder e a unificação do território
francês.
HISTória Módulo 5 Consolidação das monarquias
capítulo 1 na Europa moderna

Centralização do poder real


n Séculos XVII-XVIII: o fortalecimento do poder real atingiu o auge com o
absolutismo.

Rei absolutista

Controle do Formulação
comércio. de leis.

Controle da
Formação do
máquina do
exército.
Estado.

Controle da
Criação de
produção
impostos.
manufatureira.
HISTória Módulo 5 Consolidação das monarquias
capítulo 1 na Europa moderna

Teóricos do absolutismo
n Cada Estado europeu desenvolveu um absolutismo com características
próprias, e foram formuladas teorias filosóficas para justificá-lo.
n Vários pensadores elaboraram teorias políticas para legitimar o poder
centralizado dos reis e para expressar os interesses da burguesia em
ascensão e da nobreza enfraquecida.
SANTI DI TITO – PALAZZO VECCHIO, FLORENÇA

MUSEU BRITÂNICO, LONDRES


“O rei deve saber “O rei é a única
combinar a virtù figura capaz de
e a fortuna e não manter a ordem e a
se subordinar a segurança nacional.”
nenhuma
instituição.”

Nicolau Maquiavel Thomas Hobbes


(1469-1527) (1588-1679)
HISTória Módulo 5 Consolidação das monarquias
capítulo 1 na Europa moderna
HYACINTHE RIGAULT – GALERIA DEGLI UFFIZI, FLORENÇA

BIBLIOTECA NACIONAL DA FRANÇA, PARIS


“O rei é detentor de
um poder delegado por
Deus.”

Jacques Bossuet Jean Bodin


(1627-1704) (1530-1596)
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5
Módulo

capítulo 2

RENASCIMENTO
E REFORMAS RELIGIOSAS
HISTória Módulo 5 Renascimento
capítulo 2 e reformas religiosas

Renascimento
n Movimento cultural, científico e artístico iniciado, durante a Baixa Idade
Média, no norte da Península Itálica. Região de tradição
comercial.
n No mesmo período, houve as seguintes transformações sociais e
econômicas na Europa Ocidental:

Enriquecimento e
Crescimento das Expansão Aperfeiçoamento
fortalecimento da
cidades. comercial. técnico.
burguesia.

n Transformação da relação do ser humano com a natureza.


n Desenvolvimento técnico-científico.
n Emergência de novos valores e formas de pensamento.

Humanismo
HISTória Módulo 5 Renascimento
capítulo 2 e reformas religiosas

Características do humanismo
n Os humanistas:

• valorizavam o espírito crítico;

• acreditavam na capacidade humana de conduzir o próprio destino;

• desejavam superar o pensamento medieval retomando a cultura da


Antiguidade clássica.

Desenvolvimento dos tipos móveis e da prensa:


ampliação dos impressos = difusão do pensamento
humanista pela Europa Ocidental.
HISTória Módulo 5 Renascimento
capítulo 2 e reformas religiosas

Características do Renascimento
Antropocentrismo
Posicionamento do humano
no centro do universo.

Hedonismo
Valorização do corpo, Classicismo
dos prazeres terrenos Renascimento Retomada dos valores da
e espirituais, e culto à Antiguidade clássica.
beleza e à perfeição.

Naturalismo Racionalismo
Interesse em retratar o Busca da verdade
ser humano, os animais e pela pesquisa
a natureza de maneira científica.
realista, por meio de
estudos de anatomia.
HISTória Módulo 5 Renascimento
capítulo 2 e reformas religiosas

Desenvolvimento científico
O humanismo repercutiu na astronomia,

LEONARDO DA VINCI – GALERIA DA ACADEMIA, VENEZA


n

na matemática, na física e na medicina.


n Na astronomia, o grande avanço foi
a formulação da teoria heliocêntrica
pelo astrônomo e matemático Nicolau
Copérnico. Tal teoria foi aperfeiçoada
pelo alemão Johannes Kepler, que
comprovou que os planetas giravam em
torno do Sol em órbita elíptica.
n O alquimista e médico Paracelso
elaborou o primeiro manual de cirurgia,
descrevendo o papel da química na
medicina.
O desenho Homem vitruviano (1492), de Leonardo
da Vinci, é baseado nos estudos do arquiteto romano
Vitrúvio (I a.C.), e expressa os valores do classicismo e
do antropocentrismo defendidos pelos humanistas.
HISTória Módulo 5 Renascimento
capítulo 2 e reformas religiosas

Reformas religiosas
n Ao longo da Baixa Idade Média, a Igreja Católica sofreu muitas críticas,
motivadas, principalmente, pelas seguintes práticas:

• venda dos cargos eclesiásticos;

• despreparo dos clérigos para a vida religiosa;

• vida luxuosa do clero.

n No mesmo período ocorreram movimentos considerados heréticos, que


misturavam crítica religiosa e social.

n Nos séculos XIV e XV, intelectuais como John Wycliffe e Jan Huss
criticavam a Igreja. Eles são considerados precursores da Reforma.

n A formação das monarquias nacionais, o movimento renascentista e o


fortalecimento da burguesia ajudaram a enfraquecer o poder do papa.
HISTória Módulo 5 Renascimento
capítulo 2 e reformas religiosas

Doutrinas protestantes
Luteranismo Calvinismo Anglicanismo
Idealizador: monge Idealizador: teólogo Idealizador: rei inglês
alemão Martinho Lutero francês João Calvino Henrique VIII.
(1483-1546). (1509-1564). Local de origem: Inglaterra.
Local de origem: Sacro Local de origem: Suíça. Contexto: após submeter a
Império Romano- Contexto: Calvino elaborou Igreja ao Estado, na Inglaterra, e
-Germânico. uma teologia que justificava divorciar-se de sua esposa para
Contexto: Lutero se a atuação da burguesia, se casar novamente, Henrique
revoltou contra a venda associando a prosperidade VIII foi excomungado. Diante
de indulgências por econômica à salvação. disso, fundou a Igreja Anglicana
parte da Igreja Católica e Principais pontos: salvação e tornou-se seu chefe.
publicou suas 95 teses. pela fé; princípio da Principais pontos: manutenção
Principais pontos: predestinação; eleição da estrutura hierárquica da
salvação pela fé; livre divina associada à Igreja Católica (padres, bispos
interpretação da Bíblia; prosperidade econômica; e arcebispos); rejeição da figura
sacramentos do batismo e valorização do trabalho, do papa e estabelecimento
da eucaristia. do lucro e do acúmulo de do rei como chefe da Igreja na
riquezas. Inglaterra.
HISTória Módulo 5 Renascimento
capítulo 2 e reformas religiosas

Contrarreforma: a Reforma Católica


n A Igreja Católica reagiu aos movimentos protestantes estabelecendo uma
série de medidas com o objetivo de se fortalecer.

• Reorganizou o Tribunal do Santo Ofício (Inquisição), instituição criada


durante a Idade Média para combater as heresias. No século XV, voltou-
-se aos cristãos-novos, acusados de realizar práticas judaizantes e, no
século XVI, aos adeptos das igrejas reformadas.

• Realizou o Concílio de Trento (1545-1563), em que se reafirmaram os


dogmas católicos e os sacramentos e se confirmaram a transubstanciação,
a hierarquia do clero e o celibato clerical. Nele foram também fixadas
normas para coibir os abusos do clero e foi criado o Index Librorum
Prohibitorum, índice de livros proibidos pela Igreja.
• Estruturou a Companhia de Jesus (1540), ordem religiosa criada por
Inácio de Loyola e estudantes cristãos voltada à difusão do cristianismo,
com atuação de destaque na evangelização dos ameríndios.
HISTória Módulo 5 Renascimento
capítulo 2 e reformas religiosas

Resultado das reformas religiosas


n As reformas religiosas provocaram as seguintes mudanças:
• ruptura na cristandade na Europa Ocidental;
• substituição do latim
pelas línguas locais nos Religiões na Europa no século XVI
cultos;

ANDERSON DE ANDRADE PIMENTEL


REINO DA
NORUEGA
REINO DA
REINO DA SUÉCIA
ESCÓCIA MAR
• aceitação da livre DO
NORTE REINO DA MAR

interpretação da Bíblia
IRLANDA DINAMARCA BÁLTICO
REINO DA PRÚSSIA
INGLATERRA

pelos fiéis; REINO DA


POLÔNIA
300 km SACRO IMPÉRIO Luteranos
ROMANO-GERMÂNICO

• liberdade de culto.
Calvinistas
OCEANO REINO DA Anglicanos
ATLÂNTICO FRANÇA Católicos
Ortodoxos
Difusão
islâmica
ESTADOS
A liberdade de culto não se
L

IMPÉRIO Difusão Luterana


GA

WICH

40º N
DA IGREJA TURCO-OTOMANO e/ou Calvinista
REINO DA
RTU

REEN

ESPANHA Minorias
traduziu em liberdade religiosa a calvinistas
PO

DE G

REINO DE Minorias
IANO

NÁPOLES
princípio, pois, em muitos locais,
luteranas
MERID

Minorias
MAR MEDITERRÂNEO católicas
os protestantes também

Fonte: PARKER, Geoffrey (Coord.). Atlas da história do mundo. 4. ed.


perseguiram seus opositores. São Paulo: Folha de S.Paulo/Times Books, 1993. p. 179.
história

5
Módulo

capítulo 3

EXPANSÃO ULTRAMARINA
EUROPEIA E MERCANTILISMO
HISTória Módulo 5 Expansão ultramarina
capítulo 3 europeia e mercantilismo

Expansão ultramarina
n No século XV, alguns Estados europeus passaram a patrocinar viagens
marítimas ao Oriente em busca de especiarias e de metais preciosos. Teve
início a expansão comercial ultramarina (as grandes navegações).
n Motivações:
Econômicas Religiosa Política Aventureiras
n Comércio de n Espírito cruzadista n Desejo de n Busca pelo

especiarias. de expansão da fé ampliação desconhecido.


n Busca por metais cristã. territorial. n Sonhos de riqueza.

preciosos.

n Fatores que possibilitaram a expansão ultramarina europeia:

Inovações tecnológicas
Centralização política n Caravela
n Unificação de leis e unidades de medida.
n Bússola
n Imposição de um sistema tributário para
n Astrolábio
arrecadação de recursos. n Cartografia
HISTória Módulo 5 Expansão ultramarina
capítulo 3 europeia e mercantilismo

Expansionismo ibérico
n Em Portugal e na Espanha, a expansão ultramarina atendia aos interesses
de diferentes setores sociais:
• realeza – buscava novas fontes de renda;
• nobreza e burguesia – pretendiam conquistar territórios e ampliar o
comércio;
• Igreja Católica – desejava conquistar fiéis por meio da catequese.

n O pioneirismo português pode ser explicado por diversos fatores:


• consolidação precoce da monarquia centralizada;
• relativa escassez de recursos naturais;
• existência de uma burguesia mercantil enriquecida;
• liderança em tecnologia náutica;
• projeto de expansão da fé cristã;
• espírito aventureiro dos navegadores.
HISTória Módulo 5 Expansão ultramarina
capítulo 3 europeia e mercantilismo

Navegadores pioneiros (séculos XV e XVI)


n Diogo Cão: Atingiu a foz do Rio Congo em 1482.

n Bartolomeu Dias: Chegou, em 1487 e 1488, ao extremo sul do continente


africano, que passou a ser chamado de Cabo da Boa Esperança.

n Cristóvão Colombo: Financiado pela Coroa espanhola, chegou à América


em 1492.

n Vasco da Gama: Partindo de Portugal, atingiu Calicute, em 1498,


descobrindo um novo caminho para as Índias.

n Pedro Álvares Cabral: Chegou à Ilha de Vera Cruz (Brasil) em 1500 e


depois seguiu viagem para a Índia.

n Fernão de Magalhães: Atingiu o Pacífico pelo Estreito de Magalhães e


iniciou a primeira viagem de circum-navegação (1519-1521).
HISTória Módulo 5 Expansão ultramarina
capítulo 3 europeia e mercantilismo

Viagens marítimas (séculos XV e XVI)

ANDERSON DE ANDRADE PIMENTEL


LINHA DO TRATADO DE TORDESILHAS (1494)
CÍRCULO POLAR ÁRTICO

ÁSIA

AMÉRICA EUROPA
DO Arq. dos
Açores PORTUGAL OCEANO
NORTE Lisboa ESPANHA
PACÍFICO
Ceuta
TRÓPICO DE CÂNCER Ilha da Madeira Cabo Bojador

Arq.
OCEANO Cabo Socotra Filipinas
Verde Guiné ÁFRICA Ilhas Guam
PACÍFICO Calicute


EQUADOR Fernando Pó
Molucas
AMÉRICA S. Tomé
Melinde
DO Congo OCEANO
SUL ÍNDICO
Porto Moçambique
Seguro MADAGASCAR OCEANIA
TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO

EXTREMO SUL DO
CONTINENTE AMERICANO
E ESTREITO DE MAGALHÃES OCEANO
Rota de Bartolomeu Dias (1487/88)
ATLÂNTICO
NIA

Cabo das Tormentas Rota de Cristóvão Colombo (1492)


(Boa Esperança)

Rota de Vasco da Gama (1497/98)


PATA

Rota de Pedro Álvares Cabral (1500)


1.470 km
Rota de Fernão de Magalhães (1519)

Fontes: Atlas histórico escolar. Rio de Janeiro: FAE, 1991. p. 112-113; PARKER, Geoffrey. Atlas Verbo de história universal. Lisboa:
Times; São Paulo: Verbo, 1997. p. 74-75.
HISTória Módulo 5 Expansão ultramarina
capítulo 3 europeia e mercantilismo

Tratado de Tordesilhas
n Espanha e Portugal pretendiam garantir o domínio sobre as terras
encontradas e sobre as que ainda encontrariam.
n A Igreja Católica intermediou um acordo entre os dois países, que firmaram
o Tratado de Tordesilhas (1494).
Domínios coloniais portugueses e espanhóis
no século XV
ANDERSON DE ANDRADE PIMENTEL

E U R O P A
Ilhas Açores PORTUGAL ESPANHA
Lisboa MAR
Sevilha M
ED
Ilha da Madeira ITE
RRÂNEO

Ilhas Canárias
TRÓPICO DE CÂNCER
LINHA DO TRATADO DE TORDESILHAS (1494)

Ilhas de Cabo Verde

Á F R I C A
OCEANO
São Jorge da Mina
ATLÂNTICO
Fernando Pó
EQUADOR
0° Príncipe
Ilha de São Tomé
Ilha Ano Bom
OCEANO A M ÉRICA
PACÍFICO
Ilha Ascensão

Ilha Santa Helena


TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO

Fonte: VICENTINO, Cláudio. Atlas histórico:


Ilha Tristão da Cunha
Possessões espanholas
Possessões portuguesas
geral e Brasil. São Paulo: Scipione, 2011.
1.270 km 0°
p. 90.
HISTória Módulo 5 Expansão ultramarina
capítulo 3 europeia e mercantilismo

Encontro entre europeus e americanos


n Além do contato entre as diferentes culturas, a expansão ultramarina
europeia provocou uma série de transformações, tanto na Europa como na
América.

Transformações na Europa Transformações na América


• Revolução no comércio: o eixo econômico • Foram inseridos animais, plantas,
deixou de ser o Mar Mediterrâneo e passou a ser hábitos, técnicas e instituições pelos
o Oceano Atlântico. europeus.
• Portugal, Espanha, Inglaterra e França passaram • Com as doenças trazidas pelos
a ocupar papéis de destaque na economia, europeus, muitos indígenas foram
em detrimento das repúblicas italianas, que dizimados.
perderam seu monopólio comercial.
• Os europeus impuseram a conversão
• Os europeus levaram conhecimentos e espécies ao cristianismo aos povos indígenas,
animais e vegetais da América para a Europa e pois se consideravam escolhidos por
para outras partes do mundo. Deus para essa missão. Os indígenas que
• O afluxo de metais provenientes da América se recusaram a ser convertidos foram
provocou uma revolução nos preços dos combatidos, aprisionados, escravizados
produtos. ou mortos pelos europeus (“guerra justa”).
HISTória Módulo 5 Expansão ultramarina
capítulo 3 europeia e mercantilismo

Mercantilismo
n Os mercados abertos pela expansão marítima e o domínio de áreas na Ásia,
na África e na América fizeram do comércio a maior fonte de riqueza dos
Estados europeus.
n O conjunto de princípios e práticas econômicas adotadas por esses Estados,
entre os séculos XV e XVIII, é chamado de mercantilismo ou capitalismo
comercial.
Balança comercial favorável Intervenção estatal na economia

Colonialismo Mercantilismo Protecionismo alfandegário

Estabelecido
mediante o pacto Metalismo
colonial.

A adoção das políticas mercantilistas impulsionou a acumulação primitiva de capital por parte
dos Estados europeus. Posteriormente, essa prática propiciaria o desenvolvimento do capitalismo.
HISTória Módulo 5 Expansão ultramarina
capítulo 3 europeia e mercantilismo

Práticas mercantilistas em diferentes Estados

Portugal Espanha Holanda


n Comércio de n Exploração colonial: n Estímulo ao comércio por meio da

especiarias do Oriente. extração de ouro Companhia das Índias Orientais e da


n Exploração colonial: e, principalmente, Companhia das Índias Ocidentais.
inicialmente, do açúcar prata da América; n Fornecimento de crédito e de

e, depois, do ouro. agricultura e pecuária. moedas pelo Banco de Amsterdã.


n Tráfico de escravos. n Tráfico de escravos. n Produção e comércio de
n Metalismo n Metalismo manufaturas diversas.

França Inglaterra Estados germânicos


n Industrialismo ou colbertismo: n Comercialismo: n Cameralismo: aumento

conjunto de medidas produção e comércio de da arrecadação


mercantilistas desenvolvidas manufaturas têxteis. de impostos e
por Jean-Baptiste Colbert. n Expansão colonial consequente
n Produção e comércio de n Desenvolvimento da crescimento da renda
manufaturas. marinha mercante dos Estados.
n Exploração colonial: extração por meio dos Atos de n Controle e organização

de matérias-primas para as Navegação. da produção agrícola e


manufaturas. n Pirataria manufatureira.

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